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Contrato de Franquia ………………… 
Contrato Comercial de Franquia 
 
Conceito: O contrato de franquia é o acordo em que o detentor de propriedade 
industrial concede permissão para determinada empresa produzir e comercializar de 
forma direta, produtos de marcas consolidadas no mercado. 
● trata-se de um método de distribuição de produtos e/ou serviços através de 
parcerias entre empresas 
● À luz do direito, a franquia é um conjunto de contratos em que um é 
destacado como principal e os demais acessórios ou dependentes. 
 
Exemplo: rede de lanchonetes McDonald 's. 
Características do contrato de franquia: segundo a maioria dos doutrinadores o 
contrato de franquia é bilateral, consensual, oneroso, empresarial, de execução 
continuada, internacional ou nacional, híbrido e complexo, de prestações recíprocas 
(comutativo, informal) 
 
a. Bilateral: Manifesta-se pela caracterização positiva das duas partes, 
franqueador e franqueado, bem como pelas obrigações mútuas decorrentes 
do consenso entre elas. 
 
b. Consensual: o simples consentimento, ou seja, aceitação das partes, gera 
obrigações que se antecipam ao início das operações e não dependem do 
fornecimento de qualquer produto a ser distribuído no mercado 
● logo, a partir do consentimento o pagamento de taxas já é uma 
obrigação e o uso da marca pelo franqueado já é um direito 
 
c. Típico: esse contrato deve seguir algumas formalidades para sua 
elaboração, o que passou a ser chamado de contrato nominado 
 
d. Execução continuada: Caracterizada como um contrato de duração, a 
franquia tem suas prestações e contraprestações executadas de maneira 
contínua e permanente, de modo que se repete no tempo e no espaço. 
 
e. Híbrido: Envolve elementos de contratos variados como o de fornecimento, 
de concessão, de prestação de serviços e vários outros 
 
f. Formal: Trata-se de um ato jurídico solene, submetendo-se a formas 
precisas e exigidas pela lei. 
● o contrato deve se submeter a normas da Lei da Franquia 
 
g. Empresarial: Contrato estabelecido entre duas empresas, sendo o 
franqueador uma empresa coletiva ou individual e o franqueado também 
empresa individual ou coletiva 
 
h. Comutativo: Considerado empresarial e oneroso, indica equivalência 
possível da utilidade obtida pelas partes. 
● Os direitos e obrigações são conhecidos pelas partes de forma 
antecipada a fim de conciliá-los e obter equivalência dos valores. 
 
i. Intuitu Personae: Assim caracterizado, pois destina as partes exclusividade 
nos seus negócios. 
● O franqueador possui a exclusividade da tecnologia, das marcas 
registradas e de outros elementos patenteados. 
 
Direitos e obrigações do franqueador: A franquia é um contrato bilateral e 
oneroso, ou seja, gera deveres e obrigações para ambas as partes 
● A principal característica desse contrato é a autonomia jurídica e financeira 
do franqueado como empresário, não estando ligado ao franqueador a 
qualquer vínculo empregatício 
 
Direitos do franqueador: 
 
a. Do recebimento da remuneração: O franqueador receberá em forma de 
royalties a remuneração pelo uso da tecnologia pelo franqueado 
● Essa taxa é também denominada cânon do contrato, ou taxa de filiação (Ela 
é convencionada no contrato entre as partes) 
 
b. Supervisão do franqueado: O franqueador tem o direito de fiscalizar o 
cumprimento dos objetivos contratuais pelo franqueado, podendo vistorias o 
negócio deste quando bem entender (será verificado se a finalidade da 
franquia está sendo cumprida) 
● Essa vistoria tem a finalidade de verificar se todas as normas estão 
sendo devidamente cumprida 
● Bem como se os métodos de trabalho estão sendo seguidos 
● As instalações e o seu estado de conservação, higiene, padrão de 
qualidade, também serão verificados 
c. Escola de franqueado: Os franqueadores têm o direito de escolher quem 
serão os seus franqueados. 
● Por certo que, serão pessoas de sua confiança, e com os requisitos 
mínimos para a sua aceitação como franqueado. 
 
Obrigações do franqueador: 
 
a. Treinamento dos funcionários: precisa oferecer treinamento para os 
funcionários do franqueado e passar informações sobre como a empresa 
funciona 
● Assim, a equipe do franqueado será apto a exercer o seu trabalho com 
eficiência, bem como de acordo com os padrões uniformes da 
franquia. 
 
b. Fornecimento de tecnologia: O franqueador fornecerá ao franqueado um 
pacote pronto dos serviços que este irá prestar, isso não poderá de forma 
alguma ser alterado pelo franqueado 
● Essa tecnologia refere-se ao licenciamento do nome, marca, logotipo, 
nome dos produtos, métodos de trabalho e etc 
 
c. Propaganda e publicidade: Essa promoção é obrigação do franqueador, ele 
será responsável pela publicidade da franquia 
● Em alguns casos ela poderá ser dividida entre o franqueador e 
franqueada, a exemplo de placas indicativas do endereço do 
franqueado. (necessária prévia autorização do franqueador) 
 
d. Pesquisa: O franqueador será responsável pela constante pesquisa de 
mercado, sempre buscando criar novos produtos para atender a demanda e 
alargar a oferta 
● franqueador deverá propor ampla assistência ao franqueado 
 
Direitos do Franqueado: 
 
a. Uso da Tecnologia do Franqueador: O direito de utilização da tecnologia do 
franqueador pelo franqueado constitui um dos principais pilares da lógica da 
transferência de tecnologia. 
● A aquisição de uma franquia pressupõe não apenas a utilização da 
marca, nomes de produtos e logotipos do franqueador 
 
b. Comercialização dos produtos: Com a aquisição da franquia fica o 
franqueado autorizado a comercializar todos os produtos do franqueador 
● Por diversos motivos o franqueador pode substituir determinado 
produto, devendo sempre providenciar a reposição por outro que não 
afete o volume de vendas. 
 
c. Exclusividade de área: O franqueado tem o direito de vender determinado 
produto ou prestar certo serviço de forma exclusiva 
● É premissa da franquia a ausência de concorrência dentro de 
determinada área 
Fala do professor: O valor pago pelo franqueado ao franqueador para a 
utilização de todo o complexo de direitos e obrigações decorrentes da franquia 
pressupõe exclusividade. Se não existisse esta garantia, qual o motivo de se 
associar a uma marca existente? Não seria mais lógico empreender criando uma 
marca própria? 
 
d. Segurança de suprimento: Ao franqueado deve ser assegurada a 
regularidade e segurança no suprimento de insumos e outros bens 
necessários à atividade, como equipamentos e instalações, com manutenção 
do preço e demais condições de compra. 
● Uma vez que o franqueado não tem liberdade total na escolha de seus 
fornecedores, sendo obrigado a servir apenas de alguns indicados 
pelo franqueador. 
● Por esse motivo, é dever do franqueador e direito do franqueado o 
suprimento de tudo que for necessário à atividade comercial. 
 
Obrigações do franqueado: 
 
a. Pagamento de remuneração: A primeira remuneração do franqueado ao 
franqueador é a taxa de franquia. 
● Este valor corresponde à aquisição de todos os direitos de utilização 
de imagem, marca, know how dentre outros, a depender do tipo de 
franquia. 
● Outra taxa largamente utilizada para remunerar o franqueador são os 
denominados royalties. 
● A taxa de mídia é outra fonte de receita da franqueadora. 
● Assim como os royalties, a taxa de mídia também é cobrada em 
percentual calculado sobre o faturamento. 
 
b. Aquisição de insumos: os insumos utilizados na produção dos produtos 
vendidos devem respeitar a mesma qualidade das demais unidades 
franqueadas 
 
c. Sigilo: o franqueado deverá guardar sigilo a respeito da tecnologia utilizada 
no seu trabalho, como métodos, processos, produção, know how e outros 
segredos de fábrica inerentes ao negócio 
● É normal a proibição da divulgação de negociações em curso entre 
franqueador e franqueado. 
 
 
Contrato de arrendamento mercantil- Leasing 
Comercial 
 
→ Este é um contrato muito comum no mundo comercial, sendo considerado por 
muitos um contrato de aluguel visto sua natureza 
● é regulamentado na lei 6.099 de 1974 e em resolução do Banco Central 
n°2.309/96 
 
Conceito do contrato de arrendamento: 
 
Como isso surge na prática?: o empresário, em regra, quando precisa de um 
móvel ou imóvel, ele pode ir até o proprietário e fazer a compra daquele bem. 
Entretanto, temos algumas situações onde o empresário não quer comprar o bem, 
assim, surge a possibilidade do arrendamento mercantil. 
 
Exemplo: um empresário está em busca de uma frota de carros para sua empresa. 
Entretanto, não quer comprar esses carros, logo, ele busca uma pessoa jurídica 
(locadora de carros) com quem firmará contrato de arrendamento mercantil 
● assim, os carros ainda serão de propriedade da locadora mas o empresário 
passa a ter a posse direita durante a vigência e nos termos específicos do 
contrato 
 
Sujeitos deste contrato: temos o arrendador (proprietário do bem) e o arrendatário 
(aquele que utiliza o bem) 
● o arrendador é pessoa jurídica 
● o arrendatário pode ser tanto pessoa jurídica quanto pessoa física 
 
O que acontece quando o contrato chega ao fim?: quando este finaliza, o 
arrendatário possui três opções 
● ele poderá prorrogar o contrato e ter a posse direito por mais tempo 
determinado e o contrato 
● ele poderá ficar com aquele bem, dessa forma, ele deverá pagar um valor 
residual ao arrendador 
● ele poderá extinguir o contrato e devolver o bem para o arrendador 
 
Modalidades: 
 
1. Leasing financeiro: o arrendatário paga um valor em dinheiro para ter a posse 
direita daquele bem para o arrendador 
● assim é uma modalidade de arrendamento mercantil que permite a uma 
empresa usufruir de um bem (veículos, equipamentos, imóveis, etc.) sem ter 
que desembolsar o valor total à vista 
● O arrendatário tem a opção de adquirir o bem ao fim do contrato, pelo valor 
residual acordado, e assume as responsabilidades por ele 
 
2. Leasing back: uma forma específica de arrendamento mercantil, é caracterizado 
pela venda de um bem por uma empresa para uma arrendadora e, posteriormente, 
o arrendamento do mesmo bem de volta para a empresa que o vende 
● sendo assim, a empresa continua a utilizar o bem, mesmo após a venda, 
através do arrendamento 
● A operação de leasing back pode ser internacional, permitindo que empresas 
brasileiras exportem bens de forma escritural, com o arrendador sendo uma 
empresa estrangeira 
 
Importante sobre o leasing back: Em resumo, o leasing back é uma ferramenta 
financeira que permite às empresas obterem recursos para outros investimentos, 
sem se desapegarem do uso de um ativo que já possuem 
 
Exemplo de leasing back: uma empresa vende um imóvel para obter capital de 
giro, mas continua a utilizar o mesmo imóvel através de um contrato de 
arrendamento com a empresa que o comprou 
 
3. Leasing operacional: é um tipo de contrato em que o arrendador (proprietário do 
bem) mantém a propriedade e a responsabilidade pelo bem durante toda a vigência 
do contrato, enquanto o arrendatário (utilizador) paga um valor mensal para usar o 
bem. 
● Diferentemente do leasing financeiro, no leasing operacional não há a 
possibilidade de o arrendatário adquirir o bem ao final do contrato, e a 
responsabilidade pela manutenção do bem geralmente recai sobre o 
arrendador. 
 
Perguntar para o fábio se pode ou não adquirir o bem ao final do leasing 
comercial 
 
Porque ele é vantajoso?: o leasing operacional é uma alternativa interessante para 
empresas que desejam utilizar bens sem ter que assumir a responsabilidade pela 
propriedade e manutenção, oferecendo flexibilidade e custos reduzidos. 
 
 Alienação Fiduciária em Garantia…………. 
 
Origem: Lei 4.728/65 
 
Introdução: lembrar sobre conceito de garantias reais, sendo as garantias reais 
são aquelas que recaem em um bem móvel ou imóvel. Ou seja, elas incidem sobre 
determinado bem do patrimônio do devedor, para garantir o ressarcimento do credor 
na hipótese de seu inadimplemento (em outras palavras, o bem é afetado para sirva 
como pagamento caso haja o inadimplemento) 
● São exemplos de garantias reais o penhor (bens móveis), a anticrese (frutos 
como garantia) , a hipoteca (bens imóveis) e a alienação fiduciária 
● esses três primeiros são garantia sobre coisa alheia, já a alienação fiduciária 
● essas garantias reais são oponíveis erga omnes (está registrado no cartório) 
● além disso, a lei assegura que têm garantias reais tem preferência no crédito 
(lei de recuperação judicial, art 83, inciso I, Lei 11.010/05) 
 
Art. 1.419 do CC. Nas dívidas garantidas por penhor, anticrese ou hipoteca, o 
bem dado em garantia fica sujeito, por vínculo real, ao cumprimento da obrigação. 
 
 
 
Classificação: é um contrato típico, formal, bilateral, oneroso, comutativo e 
acessório 
● é acessório pois é uma garantia de um contrato principal 
 
 
Conceito de alienação fiduciária: é o contrato pelo qual o devedor transmite ao 
credor a prorpiedade ou tirlitlaareda do bem, logo, direito que permanecerá com o 
credor como propriedade fiduciária (relação de confiança) 
 
Para bens móveis fungíveis: artigo 1.361 a 1368-B do CC e decreto 911/69 
Art. 1.361 do CC. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel 
infungível que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor. 
→ propriedade resolúvel pé aquele que se ocorrer uma condição ou termo,e lá volta 
ao devedor 
§ 1 o Constitui-se a propriedade fiduciária com o registro do contrato, celebrado por 
instrumento público ou particular, que lhe serve de título, no Registro de Títulos e 
Documentos do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos, na repartição 
competente para o licenciamento, fazendo-se a anotação no certificado de registro. 
§ 2 o Com a constituição da propriedade fiduciária, dá-se o desdobramento da posse, 
tornando-se o devedor possuidor direto da coisa. 
§ 3 o A propriedade superveniente, adquirida pelo devedor, torna eficaz, desde o 
arquivamento, a transferência da propriedade fiduciária. 
Art. 1.362. O contrato, que serve de título à propriedade fiduciária, conterá: 
I - o total da dívida, ou sua estimativa; 
II - o prazo, ou a época do pagamento; 
III - a taxa de juros, se houver; 
IV - a descrição da coisa objeto da transferência, com os elementos indispensáveis à 
sua identificação. 
Art. 1.363. Antes de vencida a dívida, o devedor, a suas expensas e risco, pode usar a 
coisa segundo sua destinação, sendo obrigado, como depositário: 
I - a empregar na guarda da coisa a diligência exigida por sua natureza; 
II - a entregá-la ao credor, se a dívida não for paga no vencimento. 
Art. 1.364. Vencida a dívida, e não paga, fica o credor obrigado a vender, judicial ou 
extrajudicialmente, a coisa a terceiros, a aplicar o preço no pagamento de seu crédito e das 
despesas de cobrança, e a entregar o saldo, se houver, ao devedor. 
Art. 1.365. É nula a cláusula que autoriza o proprietário fiduciário a ficar com a coisa 
alienada em garantia, se a dívida não for paga no vencimento. 
Parágrafo único. O devedor pode, com a anuência do credor, dar seu direito eventual à 
coisa em pagamento da dívida, após o vencimento desta. 
Art. 1.366. Quando, vendida a coisa, o produto não bastar para o pagamento da dívida e 
das despesas de cobrança, continuará o devedor obrigado pelo restante. 
Art. 1.367. A propriedade fiduciária em garantia de bens móveis ou imóveis sujeita-se 
às disposições do Capítulo I do Título X do Livro III da Parte Especial deste Código e, no 
que for específico, à legislação especial pertinente, não se equiparando, para quaisquer 
efeitos, à propriedade plena de que trata o art. 1.231. 
Art. 1.368. O terceiro, interessado ou não, que pagar a dívida, se sub-rogará de pleno 
direito no crédito e na propriedadefiduciária. 
Art. 1.368-A. As demais espécies de propriedade fiduciária ou de titularidade fiduciária 
submetem-se à disciplina específica das respectivas leis especiais, somente se aplicando as 
disposições deste Código naquilo que não for incompatível com a legislação especial. 
Art. 1.368-B. A alienação fiduciária em garantia de bem móvel ou imóvel confere 
direito real de aquisição ao fiduciante, seu cessionário ou sucessor. 
Parágrafo único. O credor fiduciário que se tornar proprietário pleno do bem, por 
efeito de realização da garantia, mediante consolidação da propriedade, adjudicação, dação 
ou outra forma pela qual lhe tenha sido transmitida a propriedade plena, passa a responder 
pelo pagamento dos tributos sobre a propriedade e a posse, taxas, despesas condominiais e 
quaisquer outros encargos, tributários ou não, incidentes sobre o bem objeto da garantia, a 
partir da data em que vier a ser imitido na posse direta do bem. 
 
Para bens Imóveis: é utilizada a Lei 9514/97 
 
Para dinheiro creditórios: é utilizada a lei 4.758/65 
 
Requisitos: 
 
a. Partes: qualquer um pode ser devedor e qualquer um pode ser credor mas 
dentro do mercado de capitais apenas instituições financeiras podem ser 
credores 
 
b. Objetos: pode ser bem móvel ou movel, material ou imaterial 
● pode ser também um direito creditório 
● admite se também coisa futura 
 
c. Requisitos: as cláusulas obrigatórias estão dispostas no artigo 1.362 do cc 
 
Importante: nos termos do parágrafo primeiro do termo 1.361 do CC é necessário o 
registro da alienação fiduciária para que tenha eficácia erga omnes (cartórios de 
títulos e documentos ou DETRAN, ou no cartório de imóveis) 
● lembra que o contrato é válido desde do momento da assinatura, o registro 
apenas gera eficácia para todos 
 
pacto comissório: este pacto diz respeito a cláusula que permite que o credor fique 
com o bem em caso de inadimplemento,a assim sendo vedado, logo, o credor deve 
tentar vender o bem em leilões 
 
Art. 1.364 do CC. Vencida a dívida, e não paga, fica o credor obrigado a vender, judicial 
ou extrajudicialmente, a coisa a terceiros, a aplicar o preço no pagamento de seu crédito e 
das despesas de cobrança, e a entregar o saldo, se houver, ao devedor. 
Art. 1.365 do CC. É nula a cláusula que autoriza o proprietário fiduciário a ficar com a 
coisa alienada em garantia, se a dívida não for paga no vencimento 
→ a jurisprudência é bem dividida mas a jurisprudência maior que diz que quita o 
valor da dívida quando vende em leilão bem imóvel 
 
 TÍTULOS DE CRÉDITO……….………….. 
Esses títulos surgiram para fazer câmbio e trocar moedas de um lugar para outro, 
assim os viajantes viajam com papeis ao invés de moedas que eram trocados pelos 
cambistas e ganhavam as moedas daquela época 
● títulos permitem a execução da obrigação, ou seja, do pagamento 
 
Conceito: É um documento físico ou eletrônico que representa a obrigação, logo, 
Representa o direito de receber um valor ou de ter uma obrigação cumprida 
 
Princípios: 
1. Cartularidade: o crédito se incorpora no próprio documento, assim, é 
necessário um documento material, contendo neste título a relação jurídica a 
qual este pertence. 
● há mitigação desse princípio que vem sendo compreendido de forma mais 
flexível para se adequar às novas necessidades do mercado e as novas 
tecnologias 
 
2. Literalidade: o título só será cobrado sobre o que está estritamente 
mencionado neste, resumindo, só será cobrado o que está escrito 
● Qualquer outra obrigação cuja gênese foi o título de crédito, se nele não 
estiver “escrita” não poderá ser cobrada 
 
3. Autonomia: os títulos de crédito não estão ligados intrinsecamente a uma 
obrigação, eles próprios são uma obrigação, mesmo que decorrente de outra 
obrigação anterior. 
● significa que cada obrigação assumida no título é independente das demais, 
e também das relações que o originaram 
 
4. Inoponibilidade das exceções pessoais: significa que quem se obriga a 
pagar um título de crédito não pode alegar, em face do portador de boa-fé, as 
suas relações pessoais com o credor originário para se eximir do pagamento. 
● Assim, o devedor não pode alegar dívidas, problemas ou relações 
particulares com o emissor original do título para não pagar ao portador atual 
● este princípio visa proteger o portador de boa-fé de um título de crédito, que 
adquiriu o título sem saber de possíveis problemas entre o emissor e o 
devedor 
 
Exceções ao princípio da oponibilidade: exceções que podem ser opostas pelo 
devedor incluem situações como Má-fé do portador, dolo, fraude ou violência 
a. Má-fé do portador: Se o portador do título tiver conhecimento das relações 
pessoais entre o emissor e o devedor, ele não poderá se beneficiar do 
princípio da inoponibilidade 
b. Dolo, fraude ou violência: Se a emissão do título tiver sido obtida por meio 
de dolo, fraude ou violência, o devedor pode opor estas exceções ao 
portador. 
Títulos de crédito próprios: os títulos próprios são aqueles que cumprem 
rigorosamente os requisitos formais e legais 
● São títulos que representam uma operação de crédito pura, com todas as 
características essenciais para sua existência e circulação 
● são títulos próprios Letra de câmbio, nota promissória, cheque 
Títulos de crédito impróprios: São títulos que, embora representem um direito, 
não cumprem totalmente os requisitos de um título de crédito próprio, não se 
sujeitando inteiramente às regras do direito cambiário 
● são vinculados, logo, podem ter uma relação causal com um negócio 
subjacente, o que significa que a validade do título pode depender da 
validade do negócio que o gerou. 
● Não são totalmente autônomos, assim, a obrigação do sacador (emitente) 
pode estar condicionada ao negócio subjacente, podendo o devedor alegar 
vícios ou invalidade da relação causal para não cumprir o título. 
● Não são sempre totalmente executivos, logo, nem sempre podem ser 
cobrados diretamente em via executiva, dependendo da natureza do título e 
do regime legal aplicável. 
 Letras de Câmbio - tipos de títulos de crédito.. 
 
História no Brasil: adotamos essas letras de câmbio a partir de 1850 no código 
comercial, se baseando em regras costumeiras. Depois tivemos o decretos 204 que 
derrogou essa lei que tratava das letras de câmbio, que, posteriormente também foi 
derrogado pela LUG (lei uniforme de genebra) em 1966 
● depois disso, tivemos a atualização da letra de câmbio que foi transformada 
em DUPLICATAS 
Conceito: é um título de forma livre, não causal, que corresponde a uma ordem de 
pagamento à vista ou a prazo 
● ser um título de forma livre significa que é um documento (necessariamente) 
que pode ser feito de qualquer forma e em qualquer papel (não tem 
formalidades) 
● ser um título não causal significa é aquele que não depende de um 
circunstância para ser emitido (qualquer situação pode ser causa de emissão 
de letra de câmbio) 
● entretanto, precisamos nos atentar que no Brasil a letra de câmbio não pode 
ser emitida nas situações em que a duplicata pode (a duplicata pode ser 
emitida nos casos de compra e venda mercantil ou prestação de serviços) 
 
Importante: quando falamos em ordem de pagamento, nós temos três figuras 
jurídicas ainda que não temos três pessoas 
● um é o sujeito que emitiu (sacador ou emitente) 
● o outro é quem recebeu a ordem de pagamento (sacado ou aceitante) 
● a terceira é aquela que recebe o dinheiro (tomador) 
 
Requisitos de validade: estes estão estabelecidos no artigo primeiro da LUG 
 
1. No papel deve estar escrito expressamente que é uma letra de câmbio ou 
pelo menos estar escrita “LETRA” - documento 
 
2. Deve ser uma ordem pura e simples, assim, não se pode ter nenhuma 
condição ou termo para esse pagamento 
 
3. Deve ter nome e identificação do “sacado”, logo, aquela pessoa que irá 
cumorir a ordem depagamento 
 
4. Deve ter a data ou época do pagamento 
 
5. Deve ter o lugar do pagamento 
 
6. Deve ter o nome do tomador, logo, o credor (pode ser que também que o 
credor de ordem para outro receber) 
 
7. Deve ter a data e o local do saque (onde ele foi emitido?) 
 
8. Deve ter a assinatura do sacador 
 
9. Deve ter o valor do título 
 
Pode o título circular de maneira incompleta?: em regra claro que não, sendo 
nulo ou anulável mas temos algumas exceções 
● ele não precisa ter todos os requisitos no momento da emissão (saque) mas 
precisa estar completo no momento da cobrança, do protesto, da ação 
judicial 
● este foi posicionamento do STF na súmula 387 e pelo CC 
 
Súmula 387 do STF. A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branc, pode ser 
completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou protesto 
Art. 891 do CC. O título de crédito, incompleto ao tempo da emissão, deve ser preenchido 
de conformidade com os ajustes realizados. 
Parágrafo único. O descumprimento dos ajustes previstos neste artigo pelos que deles 
participaram, não constitui motivo de oposição ao terceiro portador, salvo se este, ao 
adquirir o título, tiver agido de má fé 
 
Atos jurídicos praticados e seus conceitos: 
a. Saque: é um ato formal de emissão do título que faz surgir três figuras 
jurídicas, o sacador ou emitente, sacado 
 
b. Aceite: é o ato de livre vontade do sacado que o torna devedor principal 
● caso haja recusa do aceite, isso gerará o vencimento antecipado do título 
● assim sendo, para que o credor possa exigir do emitente/sacador deverá 
fazer um protesto por falta de aceite 
● o aceite/recusa parcial gera a vinculação parcial do aceitante e o vencimento 
antecipado do título 
 
Observação sobre o aceite: temos a cláusula não aceitável que determina um 
prazo para que o título seja apresentado para aceite, evitando assim, o vencimento 
antecipado 
● além disso, temos o prazo de respiro, determina que o sacado pode pedir 
que o título seja apresentado no dia seguinte para ver se este será aceito ou 
não (artigo 24 da lug) 
 
c. Endosso: é um ato cambial de transferência do título, assim, pressupõe a 
existência de cláusula à ordem (transfere a propriedade do título de crédito 
para terceiro) 
● essa cláusula à ordem é a cláusula que permitiu que o título circulasse entre 
as pessoas (fez com que ele ficasse muito parecido com o dinheiro) 
● essa cláusula a ordem é tão importante que é presumida na letra de câmbio, 
na nota provisório e no cheque (prevista no art 1 e art 17 da LUG) 
● mas ela não é obrigatória 
● pode também inserir uma cláusula não à ordem, assim, proibindo o endosso 
no título de crédito 
● se a pessoa quiser ceder o título mesmo assim, temos a cessão de crédito no 
direito civil 
Como se faz o endosso?: basta uma mera assinatura no verso do título já é 
considerada um endosso 
● pode fazer na frente do título também mas tem que deixar claro que aquilo 
representa um endosso (pode ser feito no anverso) 
● lembra que foi feito para circular de maneira fácil 
 
Endosso pode ser em branco ou em preto: o endosso em branco é aquele que 
não identifica o novo credor (endossatário). A partir dele o título pode ser transmitido 
por mera tradição (entrega da coisa) 
● Já o endosso em preto é aquele que identifica o novo credor (assim temos 
uma circulação nominativa) 
 
Importante: no brasil temos um lei desde 1990 é proibido a circulação a título de 
portador acima de 100 reais 
● isso em tese invalidaria o endosso em branco mas o STF se posicionou 
dizendo que o título precisa estar completo no momento da cobrança, assim 
apenas o último acima 
 
Pode ter endosso parcial: não pode visto o princípio da cartularidade do título 
 
Efeitos do endosso?: temos a transferência do crédito, além disso, temos o 
surgimento da figura do coobrigado do título (garantia para o credor) 
● se não houver aceite o credor do título pode cobrar dos coobrigados e do 
sacador (coobrigado é um devedor solidário do título) 
● se teve aceite deve-se cobrar o devedor principal 
 
Problema com antonímia de artigos: o artigo 15 da LUG prevalece para todos os 
títulos próprios (letra de câmbio, duplicata, nota promissória e cheque) . Nesses 
casos haverá solidariedade do endossante. 
● para os títulos impróprios prevalece o artigo 914 do CC, respondendo o 
endossante somente pela existência do título 
 
Existe endosso sem garantia?: existem sim mas o endossante deve escrever 
expressamente que não há garantia 
Endosso impróprio: é aquele em que não se transfere a propriedade do título, 
temos dois grandes exemplos 
● o endosso mandato é aquele que transfere apenas os poderes de 
representação do credor 
● o endosso caução é aquele utilizado como meio de garantia (penhor) 
 
Diferença entre endosso e cessão civil: 
ENDOSSO CESSÃO CIVIL 
Ato unilateral Ato bilateral 
deve ser feito no próprio título (princípio 
da leite líder) 
pode ser feita em qualquer documento 
endossante em regra é devedor 
solidário 
cedente responde apenas pela 
existência do título 
não precisa comunicar o devedor precisa comunicar o devedor (a 
consequência de não notificar o 
devedor, ele pode pagar para o credor 
originário) 
 
não se pode alegar questões pessoais pode se alegar questões pessoais (a 
consequência de não notificar o 
devedor, ele pode pagar para o credor 
originário) 
 
A principal diferença entre endosso e cessão civil de crédito reside na forma como a 
transferência do direito de crédito é realizada e na responsabilização do cedente. 
● O endosso é uma forma unilateral e formal, exigindo a assinatura no próprio 
título de crédito e, dependendo do tipo de endosso, podendo gerar 
responsabilidade solidária ao endossante pela dívida. 
● A cessão civil, por outro lado, é um contrato bilateral, exigindo a assinatura 
de um instrumento específico e não necessariamente transferindo a 
responsabilidade solidária ao cedente pela dívida 
Endosso: 
● Natureza: Ato unilateral. 
● Formalidade: Exige assinatura no próprio título de crédito. 
● Responsabilidade: Dependendo do tipo de endosso, o endossante pode 
responder pela dívida (solidariamente). 
● Título: A transferência do direito de crédito é realizada no próprio título. 
● Exceções: O devedor não pode alegar contra o endossatário de boa-fé 
exceções pessoais. 
Cessão Civil de Crédito: 
● Natureza: Contrato bilateral. 
● Formalidade: Exige instrumento específico (contrato). 
● Responsabilidade: O cedente, em regra, responde apenas pela 
existência do crédito e não pela dívida. 
● Título: A transferência do direito de crédito pode ser realizada sem a 
transferência do próprio título. 
● Exceções: O devedor pode alegar contra o cessionário de boa-fé 
exceções pessoais. 
 
d. Aval: Ato cambial pelo qual o avalista se compromete a pagar título de 
crédito nas mesmas condições que o devedor 
o que é um avalista: O avalista é uma pessoa que garante uma dívida ou 
empréstimo, comprometendo-se a pagar caso o devedor principal não consiga 
fazê-lo. 
● Em outras palavras, é uma garantia adicional para o credor, assegurando que 
o débito será quitado, mesmo que o devedor principal não cumpra suas 
obrigações. 
 
Forma: Simples assinatura no anverso (frente) e assinatura no verso comprovando 
ser aval. 
O aval pode ser parcial? Sim é possível (artigos 30, LVG e 29 da lei 7.375/85) 
pode ser parcial porque não se perde a cartularidade e ganha uma garantia 
● tanto na lug e na lei do cheque temos essa previsão de parcialidade do aval 
● mas o CC deixa claro em seu artigo 897 que não se pode aval parcial 
● então fica resolvido que o CC prevalece para TÍTULO IMPRÓPRIOS, já a 
LUG e a lei de cheque prevalece sobre TÍTULOS PRÓPRIOS (nota, letra de 
câmbio, cheque e duplicata) 
 
Aval em branco e aval em preto: em branco é aquele que não identifica a pessoa 
avalizada(quem está sendo garantido) 
● no caso de aval em branco, presume que está sendo avalista do sacador (art 
31 da LUG) 
● aval em preto é quando identifica quem está avalizando 
 
Aval simultâneo: Aval simultâneo ocorre quando vários avalistas garantem a 
mesma dívida ao mesmo tempo, ou seja, todos os avalistas têm a mesma obrigação 
de pagar a dívida em caso de inadimplência do devedor principal 
● Essa garantia é solidária, o que significa que o credor pode cobrar a dívida de 
qualquer um dos avalistas, independentemente da participação de cada um 
na garantia 
 
SÚMULA 189: AVAIS EM BRANCO E SUPERPOSTOS CONSIDERAM-SE 
SIMULTÂNEOS E NÃO SUCESSIVOS. 
 
Diferença entre aval e fiança: A principal diferença entre aval e fiança reside no 
seu âmbito de aplicação e na forma como a garantia é prestada. O aval é uma 
garantia pessoal prestada em títulos de crédito, como cheques e notas 
promissórias, enquanto a fiança é um contrato que garante uma obrigação principal, 
como um contrato de aluguel ou um empréstimo 
AVAL FIANÇA 
Âmbito: Limitado aos títulos de crédito. 
Âmbito: Pode ser aplicada a diversos 
tipos de obrigações, incluindo contratos 
de aluguel, empréstimos, etc 
Forma: É prestado por meio de uma 
assinatura no verso do título de crédito. 
 
Forma: É um contrato de garantia onde 
o fiador se obriga a cumprir a obrigação 
do devedor principal, caso este não o 
faça. 
 
Responsabilidade: O avalista assume 
a responsabilidade pelo pagamento do 
título, sendo solidário com o devedor 
principal. 
Responsabilidade: O fiador assume a 
responsabilidade pela obrigação 
principal, mas a sua responsabilidade é 
subsidiária, ou seja, o credor deve 
primeiramente tentar cobrar do devedor 
principal. 
 
Autonomia: A obrigação do avalista é 
independente da obrigação do devedor 
principal. 
Acessoriedade: A obrigação do fiador 
depende da existência da obrigação 
principal. 
 
Resumindo as diferenças: 
1. aval é um ato unilateral e a fiança é bilateral 
2. aval tem natureza cambial e a fiança tem natureza cível 
3. aval é um ato autônomo, a fiança é assessoria 
4. no aval o devedor é solidária e na fiança tem benefício de ordem (esse 
benefício pode ser afastado pelo contrato) 
 
e. Protesto: ato formal e solene, feito de forma extrajudicial com fé pública para 
comprovar atos ou obrigações 
● temos protesto por falta de aceite que é realizado quando não ocorre o 
aceite (pode ser feito até o vencimento do título mas há entendimentos que 
pode até o dia seguinte do vencimento do título) 
● temos o protesto por falta de pagamento que é realizado quando não há 
pagamento (seu prazo varia de entendimentos entre 1 dia após o vencimento 
ou 2 dias (LUG) após o vencimento) 
● temos o protesto por indicação é aquele realizado quando o devedor retém 
indevidamente o´título (exceção ao princípio da cartularidade) – é próprio da 
duplicata 
 
Efeitos do protesto: o protesto vai permitir a cobrança dos coobrigados 
(endossantes e avalistas), além disso, gera a interrupção da prescrição 
● se perder o prazo é possível protestar mas não pode cobrar os coobrigados, 
apenas podendo cobrar o devedor principal e o avalista do principal 
 Duplicata - espécies de títulos de créditos…………….. 
 
Origem da duplicata: a duplicata foi criada no Brasil, assim sendo, a duplicata é 
um título que permite que o sacador seja o próprio credor do débito 
 
Conceito: duplicata é um título causal, à ordem que documenta um crédito fundado 
em compra e venda mercantil ou prestação de serviços 
● ser causal implica que é a duplicata só pode ser emitida em determinadas 
circunstância sendo CONTRATO DE COMPRA E VENDA MERCANTIL E 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO 
● ademais, a duplicata decorre de uma fatura, logo, descreve fato ocorrido 
● temos duplicada a prazo (mais comum) e temos duplicata à vista 
 
Requisitos: 
1. no documento deve ter a indicação expressa que se tratar de uma duplicata 
2. deve constar a data de emissão no documento 
3. deve constar o número de ordem 
4. deve constar o número da fatura 
5. deve constar a data de vencimento 
6. deve constar o nome e domicílio das partes 
7. deve constar o valor (por extenso e algarismo - o número por extenso sempre 
prevalece se há divergência de escrita entre estes) 
8. deve constar o local do pagamento (também conhecido como praça) 
9. deve constar a cláusula à ordem 
10. deve deve constar a declaração e um espaço para aceite 
11. deve constar a assinatura do emitente 
 
Aceite: temos um regime peculiar de aceite na duplicata, assim sendo, visto que o 
acordo é mais direto entre o sacado e sacador, sendo decorrente do contrato de 
compra e venda e prestação de serviços 
● temos possibilidades de recusa, onde não há o aceite, sendo nos casos de 
avaria e divergências comerciais, previstos no artigo 8° da lei 5.474/68 (rol 
taxativo) 
 
Tipos de aceite: temos dois tipos, sendo o ordinário e o presumido 
 
a. ordinário: corresponde a assinatura 
 
b. presumido: não precisa da assinatura se comprovar que teve entrega da 
mercadoria mais o protesto 
 
 
Endosso e aval: esses institutos cabem na duplicata 
● assim as mesmas regras de endosso e aval para letra de câmbio se aplicam 
na duplicata 
 
Protesto: 
 
a. falta de pagamento: este se dá quando há o inadimplemento 
● existe um prazo de 30 dias desde o vencimento do título 
 
b. falta de aceite: este é pouco comum 
● existe um prazo que se considera até a data do vencimento 
 
c. falta de indicação: este é aquele realizado pelo credor que não está com a 
posse do título 
● não tem prazo 
 
Importante: pode sim protestar fora do prazo mas a consequência é que se perde o 
direito de cobrar os coobrigados (endossantes e avalistas do endossantes) 
 
Prescrição: está presente no artigo 18 da lei, sendo três anos para cobrar devedor 
principal e avalista 
● um ano para cobrar os coobrigados (endossantes e avalistas do 
endossantes) 
● um ano do pagamento para fazer exercício de regresso 
 
Triplicata: é o título reemitido em caso de perda ou extravio, artigo 23 da lei de 
duplicatas 
● como se fosse uma segunda via 
 
Duplicata virtual: esta é permitida e surge quando o título circula de maneira 
totalmente digital 
 
Duplicata escritural: regida pela lei 13.775/18 e circular do banco central 
4.016/2020, assim sendo, até 2018 os empresários que emitissem duplicata 
precisavam manter um livro de registro de emissão de duplicatas. 
● a partir de 2018 esse registro pode ser realizado de maneira digital, são as 
chamadas duplicatas escriturais 
 Cheque- espécies de títulos de créditos…………………. 
 
Origem do cheque: O cheque tem a mesma origem da letra de câmbio, os títulos 
só foram separados no período alemão. 
 
Conceito do cheque: É uma ordem de pagamento à vista que o emitente dirige a 
uma instituição financeira, com a qual mantém fundos. 
● O sacado necessariamente é uma instituição financeira, a ordem aqui é dada 
diretamente a uma instituição financeira; 
● A instituição financeira só precisa pegar se tiver fundos (se o indivíduo 
mantém o dinheiro no banco); 
 
Legislação: A convenção de genebra de 1931 previu regras sobre o cheque (LUG), 
porém o Brasil fez diversas ressalvas, razão pela qual editamos uma lei específica 
que é a lei 7.357/85 
Características específicas: 
1. Aceite- Não existe aceite no cheque, o banco não tem que aceitar. 
2. Endosso- ele é idêntico ao da letra de câmbio, vamos aplicar as mesmas 
regras 
3. Aval- o Aval também é muito semente a letra de cambio, aqui porém o 
sacado não pode ser avalizado (já que aqui o sacado é o banco) 
4. Apresentação- É o ato formal em que o credor apresenta ao banco o cheque 
para pagamento. O banco pagará se houver fundos, ainda que, conste no 
cheque prazo pós datado 
● Prazo de apresentação: 30 dias se o local de emissão for omesmo 
de pagamento, 60 dias se o local emissão for diferente do local de 
pagamento . 
● Apresentação fora do prazo: se ele apresentar fora do prazo ele 
perde o direito de cobrar coobrigados (endossantes e avalistas do 
endossante) 
● Reapresentação: se o cheque apresentado não tiver fundos, você 
pode reapresentar em prazo não inferior a 2 dias úteis da primeira 
apresentação. 
 
Devolução de cheque: A devolução do cheque será certificada pelo banco que 
indicará a razão (motivo) pelo qual o cheque não foi pago. 
 
Revogação x Sustação: A revogação (contraordem) realizada pelo emitente para 
impedir o pagamento, ela só produz efeitos após o prazo de apresentação (30 ou 60 
dias) do cheque (se o indivíduo apresentar o cheque dentro do prazo, o pagamento 
é realizado). Sustação deve ser fundada em relevante razão de direito, a qual o 
banco não discute (furto, roubo, desacordo comercial e etc) 
● Revogação: Revoga a ordem de pagamento dada ao banco, ela só surte 
efeito depois do prazo de apresentação por isso não faz tanto sentido 
● Sustação:”Sustar” o cheque, com um fundamento jurídico para o banco 
 
Protesto: Deve ser realizado dentro do prazo de apresentação. Há dúvidas se é um 
prazo fatal ou se somente impede a cobrança de coobrigados. 
 
Prescrição: O cheque prescreve em 06 meses após o fim do prazo de 
apresentação. 
Cheque pós datado: É o cheque que não é a vista (coloco uma data no cheque 
para o pagamento), ele vincula as partes mas não vincula o banco. 
● Chamado comumente de pré datado, decorre do costume e vincula as partes, 
porém não vincula a instituição financeira . 
 
Cheque visado: É aquele em que o banco assina no verso reconhecendo a 
existência de fundo em uma determinada data. 
 
Cheque Cruzado: É aquele em que se faz duas linhas na transversal e impede o 
saque em dinheiro, o credor deve depositar em alguma conta. 
 
Cheque administrativo: É um cheque emitido pela própria instituição financeira, 
geralmente utilizado para trazer maior segurança jurídica na operação. 
 
 Nota Promissória……………………..……………. 
 
 
Conceito: A nota promissória é uma promessa de pagamento, pelo qual o 
emitente/promitente obriga-se a pagar certa quantia em dinheiro a vista ou a prazo 
para o tomador/beneficiário. 
➔ É uma promessa de pagamento, diferente dos demais títulos de crédito que 
são ordens de pagamento (letra de câmbio, duplicata e cheque), temos aqui 
a figura do emitente e do credor. 
➔ Ele é um título não causal, de forma livre e pode ser escrito em qualquer 
papel. 
Requisitos: artigo 75 da LUF 
1. Denominação (Nota promissória); 
2. Promessa pura e simples, sem condições e sem encargos; 
3. O nome do beneficiário; 
4. A data da emissão; 
5. A assinatura do emitente; 
6. Local da emissão; 
7. Local do pagamento (se não tiver o local do pagamento, presume-se ser o 
mesmo local da emissão) 
Regime legal é o mesmo da letra de câmbio, com algumas peculiaridades: 
● Não tem aceite, eu estou prometendo que vou pagar 
● Emitente equiparado ao aceitante 
○ O emitente é equiparado a aceitante de modo que todas as regras que 
tratamos sobre aceitante vale para o emitente. 
● Se o Aval estiver em branco, presume-se em favor do emitente 
● Aval endosso e protesto seguirá as mesmas regras da letra de câmbio. 
Prazo de prescrição: 3 anos a contar do vencimento, para o direito de regresso é o 
mesmo prazo contado de 03 anos a partir do pagamento. 
 
Vinculação ao contrato - STJ = exceção ao princípio da autonomia (súmula 258, 
STJ) 
● Caso a nota promissória esteja vinculada ao contrato, a jurisprudência 
entende que não se aplica o princípio da autonomia/abstração 
● isso ocorreu porque antigamente os bancos faziam os cliente a assinar uma 
nota promissória em branco no momento de abertura de conta 
● assim se o cliente ficasse devendo algo, ele preenchia a nota promissória e 
executava o cliente (isso ocorria porque o título pode estar incompleta no 
momento da emissão) 
● assim, foi decidido pelo STJ que nota provisória vinculada a contrato bancário 
não goza do princípio da autonomia (assim o cliente pode discutir o contrato 
bancários visto que não liquidez desse que a originou) 
	 Contrato de Franquia ………………… 
	Contrato de arrendamento mercantil - Leasing Comercial 
	 Alienação Fiduciária em Garantia…………. 
	 TÍTULOS DE CRÉDITO……….………….. 
	 Letras de Câmbio - tipos de títulos de crédito.. 
	 Duplicata - espécies de títulos de créditos…………….. 
	 Cheque- espécies de títulos de créditos…………………. 
	 Nota Promissória……………………..…………….

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