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Contrato de Franquia ………………… Contrato Comercial de Franquia Conceito: O contrato de franquia é o acordo em que o detentor de propriedade industrial concede permissão para determinada empresa produzir e comercializar de forma direta, produtos de marcas consolidadas no mercado. ● trata-se de um método de distribuição de produtos e/ou serviços através de parcerias entre empresas ● À luz do direito, a franquia é um conjunto de contratos em que um é destacado como principal e os demais acessórios ou dependentes. Exemplo: rede de lanchonetes McDonald 's. Características do contrato de franquia: segundo a maioria dos doutrinadores o contrato de franquia é bilateral, consensual, oneroso, empresarial, de execução continuada, internacional ou nacional, híbrido e complexo, de prestações recíprocas (comutativo, informal) a. Bilateral: Manifesta-se pela caracterização positiva das duas partes, franqueador e franqueado, bem como pelas obrigações mútuas decorrentes do consenso entre elas. b. Consensual: o simples consentimento, ou seja, aceitação das partes, gera obrigações que se antecipam ao início das operações e não dependem do fornecimento de qualquer produto a ser distribuído no mercado ● logo, a partir do consentimento o pagamento de taxas já é uma obrigação e o uso da marca pelo franqueado já é um direito c. Típico: esse contrato deve seguir algumas formalidades para sua elaboração, o que passou a ser chamado de contrato nominado d. Execução continuada: Caracterizada como um contrato de duração, a franquia tem suas prestações e contraprestações executadas de maneira contínua e permanente, de modo que se repete no tempo e no espaço. e. Híbrido: Envolve elementos de contratos variados como o de fornecimento, de concessão, de prestação de serviços e vários outros f. Formal: Trata-se de um ato jurídico solene, submetendo-se a formas precisas e exigidas pela lei. ● o contrato deve se submeter a normas da Lei da Franquia g. Empresarial: Contrato estabelecido entre duas empresas, sendo o franqueador uma empresa coletiva ou individual e o franqueado também empresa individual ou coletiva h. Comutativo: Considerado empresarial e oneroso, indica equivalência possível da utilidade obtida pelas partes. ● Os direitos e obrigações são conhecidos pelas partes de forma antecipada a fim de conciliá-los e obter equivalência dos valores. i. Intuitu Personae: Assim caracterizado, pois destina as partes exclusividade nos seus negócios. ● O franqueador possui a exclusividade da tecnologia, das marcas registradas e de outros elementos patenteados. Direitos e obrigações do franqueador: A franquia é um contrato bilateral e oneroso, ou seja, gera deveres e obrigações para ambas as partes ● A principal característica desse contrato é a autonomia jurídica e financeira do franqueado como empresário, não estando ligado ao franqueador a qualquer vínculo empregatício Direitos do franqueador: a. Do recebimento da remuneração: O franqueador receberá em forma de royalties a remuneração pelo uso da tecnologia pelo franqueado ● Essa taxa é também denominada cânon do contrato, ou taxa de filiação (Ela é convencionada no contrato entre as partes) b. Supervisão do franqueado: O franqueador tem o direito de fiscalizar o cumprimento dos objetivos contratuais pelo franqueado, podendo vistorias o negócio deste quando bem entender (será verificado se a finalidade da franquia está sendo cumprida) ● Essa vistoria tem a finalidade de verificar se todas as normas estão sendo devidamente cumprida ● Bem como se os métodos de trabalho estão sendo seguidos ● As instalações e o seu estado de conservação, higiene, padrão de qualidade, também serão verificados c. Escola de franqueado: Os franqueadores têm o direito de escolher quem serão os seus franqueados. ● Por certo que, serão pessoas de sua confiança, e com os requisitos mínimos para a sua aceitação como franqueado. Obrigações do franqueador: a. Treinamento dos funcionários: precisa oferecer treinamento para os funcionários do franqueado e passar informações sobre como a empresa funciona ● Assim, a equipe do franqueado será apto a exercer o seu trabalho com eficiência, bem como de acordo com os padrões uniformes da franquia. b. Fornecimento de tecnologia: O franqueador fornecerá ao franqueado um pacote pronto dos serviços que este irá prestar, isso não poderá de forma alguma ser alterado pelo franqueado ● Essa tecnologia refere-se ao licenciamento do nome, marca, logotipo, nome dos produtos, métodos de trabalho e etc c. Propaganda e publicidade: Essa promoção é obrigação do franqueador, ele será responsável pela publicidade da franquia ● Em alguns casos ela poderá ser dividida entre o franqueador e franqueada, a exemplo de placas indicativas do endereço do franqueado. (necessária prévia autorização do franqueador) d. Pesquisa: O franqueador será responsável pela constante pesquisa de mercado, sempre buscando criar novos produtos para atender a demanda e alargar a oferta ● franqueador deverá propor ampla assistência ao franqueado Direitos do Franqueado: a. Uso da Tecnologia do Franqueador: O direito de utilização da tecnologia do franqueador pelo franqueado constitui um dos principais pilares da lógica da transferência de tecnologia. ● A aquisição de uma franquia pressupõe não apenas a utilização da marca, nomes de produtos e logotipos do franqueador b. Comercialização dos produtos: Com a aquisição da franquia fica o franqueado autorizado a comercializar todos os produtos do franqueador ● Por diversos motivos o franqueador pode substituir determinado produto, devendo sempre providenciar a reposição por outro que não afete o volume de vendas. c. Exclusividade de área: O franqueado tem o direito de vender determinado produto ou prestar certo serviço de forma exclusiva ● É premissa da franquia a ausência de concorrência dentro de determinada área Fala do professor: O valor pago pelo franqueado ao franqueador para a utilização de todo o complexo de direitos e obrigações decorrentes da franquia pressupõe exclusividade. Se não existisse esta garantia, qual o motivo de se associar a uma marca existente? Não seria mais lógico empreender criando uma marca própria? d. Segurança de suprimento: Ao franqueado deve ser assegurada a regularidade e segurança no suprimento de insumos e outros bens necessários à atividade, como equipamentos e instalações, com manutenção do preço e demais condições de compra. ● Uma vez que o franqueado não tem liberdade total na escolha de seus fornecedores, sendo obrigado a servir apenas de alguns indicados pelo franqueador. ● Por esse motivo, é dever do franqueador e direito do franqueado o suprimento de tudo que for necessário à atividade comercial. Obrigações do franqueado: a. Pagamento de remuneração: A primeira remuneração do franqueado ao franqueador é a taxa de franquia. ● Este valor corresponde à aquisição de todos os direitos de utilização de imagem, marca, know how dentre outros, a depender do tipo de franquia. ● Outra taxa largamente utilizada para remunerar o franqueador são os denominados royalties. ● A taxa de mídia é outra fonte de receita da franqueadora. ● Assim como os royalties, a taxa de mídia também é cobrada em percentual calculado sobre o faturamento. b. Aquisição de insumos: os insumos utilizados na produção dos produtos vendidos devem respeitar a mesma qualidade das demais unidades franqueadas c. Sigilo: o franqueado deverá guardar sigilo a respeito da tecnologia utilizada no seu trabalho, como métodos, processos, produção, know how e outros segredos de fábrica inerentes ao negócio ● É normal a proibição da divulgação de negociações em curso entre franqueador e franqueado. Contrato de arrendamento mercantil- Leasing Comercial → Este é um contrato muito comum no mundo comercial, sendo considerado por muitos um contrato de aluguel visto sua natureza ● é regulamentado na lei 6.099 de 1974 e em resolução do Banco Central n°2.309/96 Conceito do contrato de arrendamento: Como isso surge na prática?: o empresário, em regra, quando precisa de um móvel ou imóvel, ele pode ir até o proprietário e fazer a compra daquele bem. Entretanto, temos algumas situações onde o empresário não quer comprar o bem, assim, surge a possibilidade do arrendamento mercantil. Exemplo: um empresário está em busca de uma frota de carros para sua empresa. Entretanto, não quer comprar esses carros, logo, ele busca uma pessoa jurídica (locadora de carros) com quem firmará contrato de arrendamento mercantil ● assim, os carros ainda serão de propriedade da locadora mas o empresário passa a ter a posse direita durante a vigência e nos termos específicos do contrato Sujeitos deste contrato: temos o arrendador (proprietário do bem) e o arrendatário (aquele que utiliza o bem) ● o arrendador é pessoa jurídica ● o arrendatário pode ser tanto pessoa jurídica quanto pessoa física O que acontece quando o contrato chega ao fim?: quando este finaliza, o arrendatário possui três opções ● ele poderá prorrogar o contrato e ter a posse direito por mais tempo determinado e o contrato ● ele poderá ficar com aquele bem, dessa forma, ele deverá pagar um valor residual ao arrendador ● ele poderá extinguir o contrato e devolver o bem para o arrendador Modalidades: 1. Leasing financeiro: o arrendatário paga um valor em dinheiro para ter a posse direita daquele bem para o arrendador ● assim é uma modalidade de arrendamento mercantil que permite a uma empresa usufruir de um bem (veículos, equipamentos, imóveis, etc.) sem ter que desembolsar o valor total à vista ● O arrendatário tem a opção de adquirir o bem ao fim do contrato, pelo valor residual acordado, e assume as responsabilidades por ele 2. Leasing back: uma forma específica de arrendamento mercantil, é caracterizado pela venda de um bem por uma empresa para uma arrendadora e, posteriormente, o arrendamento do mesmo bem de volta para a empresa que o vende ● sendo assim, a empresa continua a utilizar o bem, mesmo após a venda, através do arrendamento ● A operação de leasing back pode ser internacional, permitindo que empresas brasileiras exportem bens de forma escritural, com o arrendador sendo uma empresa estrangeira Importante sobre o leasing back: Em resumo, o leasing back é uma ferramenta financeira que permite às empresas obterem recursos para outros investimentos, sem se desapegarem do uso de um ativo que já possuem Exemplo de leasing back: uma empresa vende um imóvel para obter capital de giro, mas continua a utilizar o mesmo imóvel através de um contrato de arrendamento com a empresa que o comprou 3. Leasing operacional: é um tipo de contrato em que o arrendador (proprietário do bem) mantém a propriedade e a responsabilidade pelo bem durante toda a vigência do contrato, enquanto o arrendatário (utilizador) paga um valor mensal para usar o bem. ● Diferentemente do leasing financeiro, no leasing operacional não há a possibilidade de o arrendatário adquirir o bem ao final do contrato, e a responsabilidade pela manutenção do bem geralmente recai sobre o arrendador. Perguntar para o fábio se pode ou não adquirir o bem ao final do leasing comercial Porque ele é vantajoso?: o leasing operacional é uma alternativa interessante para empresas que desejam utilizar bens sem ter que assumir a responsabilidade pela propriedade e manutenção, oferecendo flexibilidade e custos reduzidos. Alienação Fiduciária em Garantia…………. Origem: Lei 4.728/65 Introdução: lembrar sobre conceito de garantias reais, sendo as garantias reais são aquelas que recaem em um bem móvel ou imóvel. Ou seja, elas incidem sobre determinado bem do patrimônio do devedor, para garantir o ressarcimento do credor na hipótese de seu inadimplemento (em outras palavras, o bem é afetado para sirva como pagamento caso haja o inadimplemento) ● São exemplos de garantias reais o penhor (bens móveis), a anticrese (frutos como garantia) , a hipoteca (bens imóveis) e a alienação fiduciária ● esses três primeiros são garantia sobre coisa alheia, já a alienação fiduciária ● essas garantias reais são oponíveis erga omnes (está registrado no cartório) ● além disso, a lei assegura que têm garantias reais tem preferência no crédito (lei de recuperação judicial, art 83, inciso I, Lei 11.010/05) Art. 1.419 do CC. Nas dívidas garantidas por penhor, anticrese ou hipoteca, o bem dado em garantia fica sujeito, por vínculo real, ao cumprimento da obrigação. Classificação: é um contrato típico, formal, bilateral, oneroso, comutativo e acessório ● é acessório pois é uma garantia de um contrato principal Conceito de alienação fiduciária: é o contrato pelo qual o devedor transmite ao credor a prorpiedade ou tirlitlaareda do bem, logo, direito que permanecerá com o credor como propriedade fiduciária (relação de confiança) Para bens móveis fungíveis: artigo 1.361 a 1368-B do CC e decreto 911/69 Art. 1.361 do CC. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel infungível que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor. → propriedade resolúvel pé aquele que se ocorrer uma condição ou termo,e lá volta ao devedor § 1 o Constitui-se a propriedade fiduciária com o registro do contrato, celebrado por instrumento público ou particular, que lhe serve de título, no Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos, na repartição competente para o licenciamento, fazendo-se a anotação no certificado de registro. § 2 o Com a constituição da propriedade fiduciária, dá-se o desdobramento da posse, tornando-se o devedor possuidor direto da coisa. § 3 o A propriedade superveniente, adquirida pelo devedor, torna eficaz, desde o arquivamento, a transferência da propriedade fiduciária. Art. 1.362. O contrato, que serve de título à propriedade fiduciária, conterá: I - o total da dívida, ou sua estimativa; II - o prazo, ou a época do pagamento; III - a taxa de juros, se houver; IV - a descrição da coisa objeto da transferência, com os elementos indispensáveis à sua identificação. Art. 1.363. Antes de vencida a dívida, o devedor, a suas expensas e risco, pode usar a coisa segundo sua destinação, sendo obrigado, como depositário: I - a empregar na guarda da coisa a diligência exigida por sua natureza; II - a entregá-la ao credor, se a dívida não for paga no vencimento. Art. 1.364. Vencida a dívida, e não paga, fica o credor obrigado a vender, judicial ou extrajudicialmente, a coisa a terceiros, a aplicar o preço no pagamento de seu crédito e das despesas de cobrança, e a entregar o saldo, se houver, ao devedor. Art. 1.365. É nula a cláusula que autoriza o proprietário fiduciário a ficar com a coisa alienada em garantia, se a dívida não for paga no vencimento. Parágrafo único. O devedor pode, com a anuência do credor, dar seu direito eventual à coisa em pagamento da dívida, após o vencimento desta. Art. 1.366. Quando, vendida a coisa, o produto não bastar para o pagamento da dívida e das despesas de cobrança, continuará o devedor obrigado pelo restante. Art. 1.367. A propriedade fiduciária em garantia de bens móveis ou imóveis sujeita-se às disposições do Capítulo I do Título X do Livro III da Parte Especial deste Código e, no que for específico, à legislação especial pertinente, não se equiparando, para quaisquer efeitos, à propriedade plena de que trata o art. 1.231. Art. 1.368. O terceiro, interessado ou não, que pagar a dívida, se sub-rogará de pleno direito no crédito e na propriedadefiduciária. Art. 1.368-A. As demais espécies de propriedade fiduciária ou de titularidade fiduciária submetem-se à disciplina específica das respectivas leis especiais, somente se aplicando as disposições deste Código naquilo que não for incompatível com a legislação especial. Art. 1.368-B. A alienação fiduciária em garantia de bem móvel ou imóvel confere direito real de aquisição ao fiduciante, seu cessionário ou sucessor. Parágrafo único. O credor fiduciário que se tornar proprietário pleno do bem, por efeito de realização da garantia, mediante consolidação da propriedade, adjudicação, dação ou outra forma pela qual lhe tenha sido transmitida a propriedade plena, passa a responder pelo pagamento dos tributos sobre a propriedade e a posse, taxas, despesas condominiais e quaisquer outros encargos, tributários ou não, incidentes sobre o bem objeto da garantia, a partir da data em que vier a ser imitido na posse direta do bem. Para bens Imóveis: é utilizada a Lei 9514/97 Para dinheiro creditórios: é utilizada a lei 4.758/65 Requisitos: a. Partes: qualquer um pode ser devedor e qualquer um pode ser credor mas dentro do mercado de capitais apenas instituições financeiras podem ser credores b. Objetos: pode ser bem móvel ou movel, material ou imaterial ● pode ser também um direito creditório ● admite se também coisa futura c. Requisitos: as cláusulas obrigatórias estão dispostas no artigo 1.362 do cc Importante: nos termos do parágrafo primeiro do termo 1.361 do CC é necessário o registro da alienação fiduciária para que tenha eficácia erga omnes (cartórios de títulos e documentos ou DETRAN, ou no cartório de imóveis) ● lembra que o contrato é válido desde do momento da assinatura, o registro apenas gera eficácia para todos pacto comissório: este pacto diz respeito a cláusula que permite que o credor fique com o bem em caso de inadimplemento,a assim sendo vedado, logo, o credor deve tentar vender o bem em leilões Art. 1.364 do CC. Vencida a dívida, e não paga, fica o credor obrigado a vender, judicial ou extrajudicialmente, a coisa a terceiros, a aplicar o preço no pagamento de seu crédito e das despesas de cobrança, e a entregar o saldo, se houver, ao devedor. Art. 1.365 do CC. É nula a cláusula que autoriza o proprietário fiduciário a ficar com a coisa alienada em garantia, se a dívida não for paga no vencimento → a jurisprudência é bem dividida mas a jurisprudência maior que diz que quita o valor da dívida quando vende em leilão bem imóvel TÍTULOS DE CRÉDITO……….………….. Esses títulos surgiram para fazer câmbio e trocar moedas de um lugar para outro, assim os viajantes viajam com papeis ao invés de moedas que eram trocados pelos cambistas e ganhavam as moedas daquela época ● títulos permitem a execução da obrigação, ou seja, do pagamento Conceito: É um documento físico ou eletrônico que representa a obrigação, logo, Representa o direito de receber um valor ou de ter uma obrigação cumprida Princípios: 1. Cartularidade: o crédito se incorpora no próprio documento, assim, é necessário um documento material, contendo neste título a relação jurídica a qual este pertence. ● há mitigação desse princípio que vem sendo compreendido de forma mais flexível para se adequar às novas necessidades do mercado e as novas tecnologias 2. Literalidade: o título só será cobrado sobre o que está estritamente mencionado neste, resumindo, só será cobrado o que está escrito ● Qualquer outra obrigação cuja gênese foi o título de crédito, se nele não estiver “escrita” não poderá ser cobrada 3. Autonomia: os títulos de crédito não estão ligados intrinsecamente a uma obrigação, eles próprios são uma obrigação, mesmo que decorrente de outra obrigação anterior. ● significa que cada obrigação assumida no título é independente das demais, e também das relações que o originaram 4. Inoponibilidade das exceções pessoais: significa que quem se obriga a pagar um título de crédito não pode alegar, em face do portador de boa-fé, as suas relações pessoais com o credor originário para se eximir do pagamento. ● Assim, o devedor não pode alegar dívidas, problemas ou relações particulares com o emissor original do título para não pagar ao portador atual ● este princípio visa proteger o portador de boa-fé de um título de crédito, que adquiriu o título sem saber de possíveis problemas entre o emissor e o devedor Exceções ao princípio da oponibilidade: exceções que podem ser opostas pelo devedor incluem situações como Má-fé do portador, dolo, fraude ou violência a. Má-fé do portador: Se o portador do título tiver conhecimento das relações pessoais entre o emissor e o devedor, ele não poderá se beneficiar do princípio da inoponibilidade b. Dolo, fraude ou violência: Se a emissão do título tiver sido obtida por meio de dolo, fraude ou violência, o devedor pode opor estas exceções ao portador. Títulos de crédito próprios: os títulos próprios são aqueles que cumprem rigorosamente os requisitos formais e legais ● São títulos que representam uma operação de crédito pura, com todas as características essenciais para sua existência e circulação ● são títulos próprios Letra de câmbio, nota promissória, cheque Títulos de crédito impróprios: São títulos que, embora representem um direito, não cumprem totalmente os requisitos de um título de crédito próprio, não se sujeitando inteiramente às regras do direito cambiário ● são vinculados, logo, podem ter uma relação causal com um negócio subjacente, o que significa que a validade do título pode depender da validade do negócio que o gerou. ● Não são totalmente autônomos, assim, a obrigação do sacador (emitente) pode estar condicionada ao negócio subjacente, podendo o devedor alegar vícios ou invalidade da relação causal para não cumprir o título. ● Não são sempre totalmente executivos, logo, nem sempre podem ser cobrados diretamente em via executiva, dependendo da natureza do título e do regime legal aplicável. Letras de Câmbio - tipos de títulos de crédito.. História no Brasil: adotamos essas letras de câmbio a partir de 1850 no código comercial, se baseando em regras costumeiras. Depois tivemos o decretos 204 que derrogou essa lei que tratava das letras de câmbio, que, posteriormente também foi derrogado pela LUG (lei uniforme de genebra) em 1966 ● depois disso, tivemos a atualização da letra de câmbio que foi transformada em DUPLICATAS Conceito: é um título de forma livre, não causal, que corresponde a uma ordem de pagamento à vista ou a prazo ● ser um título de forma livre significa que é um documento (necessariamente) que pode ser feito de qualquer forma e em qualquer papel (não tem formalidades) ● ser um título não causal significa é aquele que não depende de um circunstância para ser emitido (qualquer situação pode ser causa de emissão de letra de câmbio) ● entretanto, precisamos nos atentar que no Brasil a letra de câmbio não pode ser emitida nas situações em que a duplicata pode (a duplicata pode ser emitida nos casos de compra e venda mercantil ou prestação de serviços) Importante: quando falamos em ordem de pagamento, nós temos três figuras jurídicas ainda que não temos três pessoas ● um é o sujeito que emitiu (sacador ou emitente) ● o outro é quem recebeu a ordem de pagamento (sacado ou aceitante) ● a terceira é aquela que recebe o dinheiro (tomador) Requisitos de validade: estes estão estabelecidos no artigo primeiro da LUG 1. No papel deve estar escrito expressamente que é uma letra de câmbio ou pelo menos estar escrita “LETRA” - documento 2. Deve ser uma ordem pura e simples, assim, não se pode ter nenhuma condição ou termo para esse pagamento 3. Deve ter nome e identificação do “sacado”, logo, aquela pessoa que irá cumorir a ordem depagamento 4. Deve ter a data ou época do pagamento 5. Deve ter o lugar do pagamento 6. Deve ter o nome do tomador, logo, o credor (pode ser que também que o credor de ordem para outro receber) 7. Deve ter a data e o local do saque (onde ele foi emitido?) 8. Deve ter a assinatura do sacador 9. Deve ter o valor do título Pode o título circular de maneira incompleta?: em regra claro que não, sendo nulo ou anulável mas temos algumas exceções ● ele não precisa ter todos os requisitos no momento da emissão (saque) mas precisa estar completo no momento da cobrança, do protesto, da ação judicial ● este foi posicionamento do STF na súmula 387 e pelo CC Súmula 387 do STF. A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branc, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou protesto Art. 891 do CC. O título de crédito, incompleto ao tempo da emissão, deve ser preenchido de conformidade com os ajustes realizados. Parágrafo único. O descumprimento dos ajustes previstos neste artigo pelos que deles participaram, não constitui motivo de oposição ao terceiro portador, salvo se este, ao adquirir o título, tiver agido de má fé Atos jurídicos praticados e seus conceitos: a. Saque: é um ato formal de emissão do título que faz surgir três figuras jurídicas, o sacador ou emitente, sacado b. Aceite: é o ato de livre vontade do sacado que o torna devedor principal ● caso haja recusa do aceite, isso gerará o vencimento antecipado do título ● assim sendo, para que o credor possa exigir do emitente/sacador deverá fazer um protesto por falta de aceite ● o aceite/recusa parcial gera a vinculação parcial do aceitante e o vencimento antecipado do título Observação sobre o aceite: temos a cláusula não aceitável que determina um prazo para que o título seja apresentado para aceite, evitando assim, o vencimento antecipado ● além disso, temos o prazo de respiro, determina que o sacado pode pedir que o título seja apresentado no dia seguinte para ver se este será aceito ou não (artigo 24 da lug) c. Endosso: é um ato cambial de transferência do título, assim, pressupõe a existência de cláusula à ordem (transfere a propriedade do título de crédito para terceiro) ● essa cláusula à ordem é a cláusula que permitiu que o título circulasse entre as pessoas (fez com que ele ficasse muito parecido com o dinheiro) ● essa cláusula a ordem é tão importante que é presumida na letra de câmbio, na nota provisório e no cheque (prevista no art 1 e art 17 da LUG) ● mas ela não é obrigatória ● pode também inserir uma cláusula não à ordem, assim, proibindo o endosso no título de crédito ● se a pessoa quiser ceder o título mesmo assim, temos a cessão de crédito no direito civil Como se faz o endosso?: basta uma mera assinatura no verso do título já é considerada um endosso ● pode fazer na frente do título também mas tem que deixar claro que aquilo representa um endosso (pode ser feito no anverso) ● lembra que foi feito para circular de maneira fácil Endosso pode ser em branco ou em preto: o endosso em branco é aquele que não identifica o novo credor (endossatário). A partir dele o título pode ser transmitido por mera tradição (entrega da coisa) ● Já o endosso em preto é aquele que identifica o novo credor (assim temos uma circulação nominativa) Importante: no brasil temos um lei desde 1990 é proibido a circulação a título de portador acima de 100 reais ● isso em tese invalidaria o endosso em branco mas o STF se posicionou dizendo que o título precisa estar completo no momento da cobrança, assim apenas o último acima Pode ter endosso parcial: não pode visto o princípio da cartularidade do título Efeitos do endosso?: temos a transferência do crédito, além disso, temos o surgimento da figura do coobrigado do título (garantia para o credor) ● se não houver aceite o credor do título pode cobrar dos coobrigados e do sacador (coobrigado é um devedor solidário do título) ● se teve aceite deve-se cobrar o devedor principal Problema com antonímia de artigos: o artigo 15 da LUG prevalece para todos os títulos próprios (letra de câmbio, duplicata, nota promissória e cheque) . Nesses casos haverá solidariedade do endossante. ● para os títulos impróprios prevalece o artigo 914 do CC, respondendo o endossante somente pela existência do título Existe endosso sem garantia?: existem sim mas o endossante deve escrever expressamente que não há garantia Endosso impróprio: é aquele em que não se transfere a propriedade do título, temos dois grandes exemplos ● o endosso mandato é aquele que transfere apenas os poderes de representação do credor ● o endosso caução é aquele utilizado como meio de garantia (penhor) Diferença entre endosso e cessão civil: ENDOSSO CESSÃO CIVIL Ato unilateral Ato bilateral deve ser feito no próprio título (princípio da leite líder) pode ser feita em qualquer documento endossante em regra é devedor solidário cedente responde apenas pela existência do título não precisa comunicar o devedor precisa comunicar o devedor (a consequência de não notificar o devedor, ele pode pagar para o credor originário) não se pode alegar questões pessoais pode se alegar questões pessoais (a consequência de não notificar o devedor, ele pode pagar para o credor originário) A principal diferença entre endosso e cessão civil de crédito reside na forma como a transferência do direito de crédito é realizada e na responsabilização do cedente. ● O endosso é uma forma unilateral e formal, exigindo a assinatura no próprio título de crédito e, dependendo do tipo de endosso, podendo gerar responsabilidade solidária ao endossante pela dívida. ● A cessão civil, por outro lado, é um contrato bilateral, exigindo a assinatura de um instrumento específico e não necessariamente transferindo a responsabilidade solidária ao cedente pela dívida Endosso: ● Natureza: Ato unilateral. ● Formalidade: Exige assinatura no próprio título de crédito. ● Responsabilidade: Dependendo do tipo de endosso, o endossante pode responder pela dívida (solidariamente). ● Título: A transferência do direito de crédito é realizada no próprio título. ● Exceções: O devedor não pode alegar contra o endossatário de boa-fé exceções pessoais. Cessão Civil de Crédito: ● Natureza: Contrato bilateral. ● Formalidade: Exige instrumento específico (contrato). ● Responsabilidade: O cedente, em regra, responde apenas pela existência do crédito e não pela dívida. ● Título: A transferência do direito de crédito pode ser realizada sem a transferência do próprio título. ● Exceções: O devedor pode alegar contra o cessionário de boa-fé exceções pessoais. d. Aval: Ato cambial pelo qual o avalista se compromete a pagar título de crédito nas mesmas condições que o devedor o que é um avalista: O avalista é uma pessoa que garante uma dívida ou empréstimo, comprometendo-se a pagar caso o devedor principal não consiga fazê-lo. ● Em outras palavras, é uma garantia adicional para o credor, assegurando que o débito será quitado, mesmo que o devedor principal não cumpra suas obrigações. Forma: Simples assinatura no anverso (frente) e assinatura no verso comprovando ser aval. O aval pode ser parcial? Sim é possível (artigos 30, LVG e 29 da lei 7.375/85) pode ser parcial porque não se perde a cartularidade e ganha uma garantia ● tanto na lug e na lei do cheque temos essa previsão de parcialidade do aval ● mas o CC deixa claro em seu artigo 897 que não se pode aval parcial ● então fica resolvido que o CC prevalece para TÍTULO IMPRÓPRIOS, já a LUG e a lei de cheque prevalece sobre TÍTULOS PRÓPRIOS (nota, letra de câmbio, cheque e duplicata) Aval em branco e aval em preto: em branco é aquele que não identifica a pessoa avalizada(quem está sendo garantido) ● no caso de aval em branco, presume que está sendo avalista do sacador (art 31 da LUG) ● aval em preto é quando identifica quem está avalizando Aval simultâneo: Aval simultâneo ocorre quando vários avalistas garantem a mesma dívida ao mesmo tempo, ou seja, todos os avalistas têm a mesma obrigação de pagar a dívida em caso de inadimplência do devedor principal ● Essa garantia é solidária, o que significa que o credor pode cobrar a dívida de qualquer um dos avalistas, independentemente da participação de cada um na garantia SÚMULA 189: AVAIS EM BRANCO E SUPERPOSTOS CONSIDERAM-SE SIMULTÂNEOS E NÃO SUCESSIVOS. Diferença entre aval e fiança: A principal diferença entre aval e fiança reside no seu âmbito de aplicação e na forma como a garantia é prestada. O aval é uma garantia pessoal prestada em títulos de crédito, como cheques e notas promissórias, enquanto a fiança é um contrato que garante uma obrigação principal, como um contrato de aluguel ou um empréstimo AVAL FIANÇA Âmbito: Limitado aos títulos de crédito. Âmbito: Pode ser aplicada a diversos tipos de obrigações, incluindo contratos de aluguel, empréstimos, etc Forma: É prestado por meio de uma assinatura no verso do título de crédito. Forma: É um contrato de garantia onde o fiador se obriga a cumprir a obrigação do devedor principal, caso este não o faça. Responsabilidade: O avalista assume a responsabilidade pelo pagamento do título, sendo solidário com o devedor principal. Responsabilidade: O fiador assume a responsabilidade pela obrigação principal, mas a sua responsabilidade é subsidiária, ou seja, o credor deve primeiramente tentar cobrar do devedor principal. Autonomia: A obrigação do avalista é independente da obrigação do devedor principal. Acessoriedade: A obrigação do fiador depende da existência da obrigação principal. Resumindo as diferenças: 1. aval é um ato unilateral e a fiança é bilateral 2. aval tem natureza cambial e a fiança tem natureza cível 3. aval é um ato autônomo, a fiança é assessoria 4. no aval o devedor é solidária e na fiança tem benefício de ordem (esse benefício pode ser afastado pelo contrato) e. Protesto: ato formal e solene, feito de forma extrajudicial com fé pública para comprovar atos ou obrigações ● temos protesto por falta de aceite que é realizado quando não ocorre o aceite (pode ser feito até o vencimento do título mas há entendimentos que pode até o dia seguinte do vencimento do título) ● temos o protesto por falta de pagamento que é realizado quando não há pagamento (seu prazo varia de entendimentos entre 1 dia após o vencimento ou 2 dias (LUG) após o vencimento) ● temos o protesto por indicação é aquele realizado quando o devedor retém indevidamente o´título (exceção ao princípio da cartularidade) – é próprio da duplicata Efeitos do protesto: o protesto vai permitir a cobrança dos coobrigados (endossantes e avalistas), além disso, gera a interrupção da prescrição ● se perder o prazo é possível protestar mas não pode cobrar os coobrigados, apenas podendo cobrar o devedor principal e o avalista do principal Duplicata - espécies de títulos de créditos…………….. Origem da duplicata: a duplicata foi criada no Brasil, assim sendo, a duplicata é um título que permite que o sacador seja o próprio credor do débito Conceito: duplicata é um título causal, à ordem que documenta um crédito fundado em compra e venda mercantil ou prestação de serviços ● ser causal implica que é a duplicata só pode ser emitida em determinadas circunstância sendo CONTRATO DE COMPRA E VENDA MERCANTIL E PRESTAÇÃO DE SERVIÇO ● ademais, a duplicata decorre de uma fatura, logo, descreve fato ocorrido ● temos duplicada a prazo (mais comum) e temos duplicata à vista Requisitos: 1. no documento deve ter a indicação expressa que se tratar de uma duplicata 2. deve constar a data de emissão no documento 3. deve constar o número de ordem 4. deve constar o número da fatura 5. deve constar a data de vencimento 6. deve constar o nome e domicílio das partes 7. deve constar o valor (por extenso e algarismo - o número por extenso sempre prevalece se há divergência de escrita entre estes) 8. deve constar o local do pagamento (também conhecido como praça) 9. deve constar a cláusula à ordem 10. deve deve constar a declaração e um espaço para aceite 11. deve constar a assinatura do emitente Aceite: temos um regime peculiar de aceite na duplicata, assim sendo, visto que o acordo é mais direto entre o sacado e sacador, sendo decorrente do contrato de compra e venda e prestação de serviços ● temos possibilidades de recusa, onde não há o aceite, sendo nos casos de avaria e divergências comerciais, previstos no artigo 8° da lei 5.474/68 (rol taxativo) Tipos de aceite: temos dois tipos, sendo o ordinário e o presumido a. ordinário: corresponde a assinatura b. presumido: não precisa da assinatura se comprovar que teve entrega da mercadoria mais o protesto Endosso e aval: esses institutos cabem na duplicata ● assim as mesmas regras de endosso e aval para letra de câmbio se aplicam na duplicata Protesto: a. falta de pagamento: este se dá quando há o inadimplemento ● existe um prazo de 30 dias desde o vencimento do título b. falta de aceite: este é pouco comum ● existe um prazo que se considera até a data do vencimento c. falta de indicação: este é aquele realizado pelo credor que não está com a posse do título ● não tem prazo Importante: pode sim protestar fora do prazo mas a consequência é que se perde o direito de cobrar os coobrigados (endossantes e avalistas do endossantes) Prescrição: está presente no artigo 18 da lei, sendo três anos para cobrar devedor principal e avalista ● um ano para cobrar os coobrigados (endossantes e avalistas do endossantes) ● um ano do pagamento para fazer exercício de regresso Triplicata: é o título reemitido em caso de perda ou extravio, artigo 23 da lei de duplicatas ● como se fosse uma segunda via Duplicata virtual: esta é permitida e surge quando o título circula de maneira totalmente digital Duplicata escritural: regida pela lei 13.775/18 e circular do banco central 4.016/2020, assim sendo, até 2018 os empresários que emitissem duplicata precisavam manter um livro de registro de emissão de duplicatas. ● a partir de 2018 esse registro pode ser realizado de maneira digital, são as chamadas duplicatas escriturais Cheque- espécies de títulos de créditos…………………. Origem do cheque: O cheque tem a mesma origem da letra de câmbio, os títulos só foram separados no período alemão. Conceito do cheque: É uma ordem de pagamento à vista que o emitente dirige a uma instituição financeira, com a qual mantém fundos. ● O sacado necessariamente é uma instituição financeira, a ordem aqui é dada diretamente a uma instituição financeira; ● A instituição financeira só precisa pegar se tiver fundos (se o indivíduo mantém o dinheiro no banco); Legislação: A convenção de genebra de 1931 previu regras sobre o cheque (LUG), porém o Brasil fez diversas ressalvas, razão pela qual editamos uma lei específica que é a lei 7.357/85 Características específicas: 1. Aceite- Não existe aceite no cheque, o banco não tem que aceitar. 2. Endosso- ele é idêntico ao da letra de câmbio, vamos aplicar as mesmas regras 3. Aval- o Aval também é muito semente a letra de cambio, aqui porém o sacado não pode ser avalizado (já que aqui o sacado é o banco) 4. Apresentação- É o ato formal em que o credor apresenta ao banco o cheque para pagamento. O banco pagará se houver fundos, ainda que, conste no cheque prazo pós datado ● Prazo de apresentação: 30 dias se o local de emissão for omesmo de pagamento, 60 dias se o local emissão for diferente do local de pagamento . ● Apresentação fora do prazo: se ele apresentar fora do prazo ele perde o direito de cobrar coobrigados (endossantes e avalistas do endossante) ● Reapresentação: se o cheque apresentado não tiver fundos, você pode reapresentar em prazo não inferior a 2 dias úteis da primeira apresentação. Devolução de cheque: A devolução do cheque será certificada pelo banco que indicará a razão (motivo) pelo qual o cheque não foi pago. Revogação x Sustação: A revogação (contraordem) realizada pelo emitente para impedir o pagamento, ela só produz efeitos após o prazo de apresentação (30 ou 60 dias) do cheque (se o indivíduo apresentar o cheque dentro do prazo, o pagamento é realizado). Sustação deve ser fundada em relevante razão de direito, a qual o banco não discute (furto, roubo, desacordo comercial e etc) ● Revogação: Revoga a ordem de pagamento dada ao banco, ela só surte efeito depois do prazo de apresentação por isso não faz tanto sentido ● Sustação:”Sustar” o cheque, com um fundamento jurídico para o banco Protesto: Deve ser realizado dentro do prazo de apresentação. Há dúvidas se é um prazo fatal ou se somente impede a cobrança de coobrigados. Prescrição: O cheque prescreve em 06 meses após o fim do prazo de apresentação. Cheque pós datado: É o cheque que não é a vista (coloco uma data no cheque para o pagamento), ele vincula as partes mas não vincula o banco. ● Chamado comumente de pré datado, decorre do costume e vincula as partes, porém não vincula a instituição financeira . Cheque visado: É aquele em que o banco assina no verso reconhecendo a existência de fundo em uma determinada data. Cheque Cruzado: É aquele em que se faz duas linhas na transversal e impede o saque em dinheiro, o credor deve depositar em alguma conta. Cheque administrativo: É um cheque emitido pela própria instituição financeira, geralmente utilizado para trazer maior segurança jurídica na operação. Nota Promissória……………………..……………. Conceito: A nota promissória é uma promessa de pagamento, pelo qual o emitente/promitente obriga-se a pagar certa quantia em dinheiro a vista ou a prazo para o tomador/beneficiário. ➔ É uma promessa de pagamento, diferente dos demais títulos de crédito que são ordens de pagamento (letra de câmbio, duplicata e cheque), temos aqui a figura do emitente e do credor. ➔ Ele é um título não causal, de forma livre e pode ser escrito em qualquer papel. Requisitos: artigo 75 da LUF 1. Denominação (Nota promissória); 2. Promessa pura e simples, sem condições e sem encargos; 3. O nome do beneficiário; 4. A data da emissão; 5. A assinatura do emitente; 6. Local da emissão; 7. Local do pagamento (se não tiver o local do pagamento, presume-se ser o mesmo local da emissão) Regime legal é o mesmo da letra de câmbio, com algumas peculiaridades: ● Não tem aceite, eu estou prometendo que vou pagar ● Emitente equiparado ao aceitante ○ O emitente é equiparado a aceitante de modo que todas as regras que tratamos sobre aceitante vale para o emitente. ● Se o Aval estiver em branco, presume-se em favor do emitente ● Aval endosso e protesto seguirá as mesmas regras da letra de câmbio. Prazo de prescrição: 3 anos a contar do vencimento, para o direito de regresso é o mesmo prazo contado de 03 anos a partir do pagamento. Vinculação ao contrato - STJ = exceção ao princípio da autonomia (súmula 258, STJ) ● Caso a nota promissória esteja vinculada ao contrato, a jurisprudência entende que não se aplica o princípio da autonomia/abstração ● isso ocorreu porque antigamente os bancos faziam os cliente a assinar uma nota promissória em branco no momento de abertura de conta ● assim se o cliente ficasse devendo algo, ele preenchia a nota promissória e executava o cliente (isso ocorria porque o título pode estar incompleta no momento da emissão) ● assim, foi decidido pelo STJ que nota provisória vinculada a contrato bancário não goza do princípio da autonomia (assim o cliente pode discutir o contrato bancários visto que não liquidez desse que a originou) Contrato de Franquia ………………… Contrato de arrendamento mercantil - Leasing Comercial Alienação Fiduciária em Garantia…………. TÍTULOS DE CRÉDITO……….………….. Letras de Câmbio - tipos de títulos de crédito.. Duplicata - espécies de títulos de créditos…………….. Cheque- espécies de títulos de créditos…………………. Nota Promissória……………………..…………….