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Características da Introdução ao Estudo do Direito

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IED – Introdução ao Estudo do Direito 
 
Características da Disciplina Introdução ao Estudo do Direito 
 Propedêutica - Tudo aquilo que serve de Introdução ao Estudo de uma ciência; 
 Enciclopédica (sociológica e filosófica) - Visão multidisciplinar do Direito; 
 Epistemológica - Estudo crítico da ciência. Problematiza os conceitos; 
 Zetética (discussões) – Perquirir (investigar, perguntar). 
Atenção: Zetética ≠ Dogmática 
OBS: Diferente da dogmática, que consiste em um pensamento ancorado em pontos de partida 
inquestionáveis que são os dogmas. 
DOGMA - É uma crença ou doutrina estabelecida de uma religião, ideologia ou qualquer tipo 
de organização, considerada um ponto fundamental e indiscutível de uma crença. 
 
DIREITO - Sistema de normas de conduta imposto por um conjunto de instituições para regular as 
relações sociais. Se relaciona com outras ciências, como Sociologia, Filosofia, Economia e Política. 
 
Teoria da Norma Jurídica. 
 Causalidade (concreto) – Lógica do SER (Lógica da realidade). Dado A será B. 
 Imputação (teórico, imaterial) – Lógica do “DEVE-SER). Dado A “dever ser” B. 
 Determinismo Biológico (inaceitável ao humano) – A ação dos seus membros é regida pelo 
puro instinto. As ações sociais são previamente orientadas pelo código genético. 
Ex: Sociedades das abelhas, formigas. 
 Norma Social – Propõe a disciplinar o comportamento humano, estabelecendo inclusive a 
conseqüência aplicável diante de uma infração. Estão associadas às relações de liberdade. 
 Normas Técnicas - Regulam de forma neutra o comportamento humano. Regras que 
disciplinam o comportamento humano priorizando a obtenção de resultados. Privilegia a 
realização de certos fins em detrimento dos meios que são empregados pelo agente social, 
tendo em vista a otimização dos resultados, preocupam-se com a regulação da conduta. 
Ex: Regras da ABNT. 
 Normas Éticas - Procuram preservar a dignidade da pessoa humana, priorizando a busca de 
meios socialmente legítimos para a realização de determinadas finalidades. 
 Normas de Etiquetas Sociais - São aquelas que disciplinam certos hábitos de educação e 
polidez no trato com as pessoas e as coisas. A sua inobservância (forma errônea) não fere a 
estrutura social. Sua sanção é difusa. Norma de etiqueta social NÃO sendo cumprida gera uma 
descortesia. 
SANÇÃO DIFUSA – Pode ser aplicada por qualquer pessoa, sem previsão de lei. 
Indeterminada, de forma que não se sabe o tipo e o prazo da punição. 
SANÇÃO ORGANIZADA (Estado) - É usada pelo Direito, ou seja, com prazo e tipo 
determinados. 
A descortesia é passível da sanção difusa, primeiro porque todo e qualquer ator social pode aplicá-la 
e em segundo lugar porque o seu conteúdo e intensidade não estão previamente determinados ou 
fixados em lei. Nesse caso não existe o monopólio (Estado) de aplicação da sanção difusa. 
 Normas Morais - Regulam os padrões de comportamento e valores mais relevantes para a 
vida social. Apresenta sanção de natureza difusa. 
Imoralidade – Infração social correspondente a norma moral. 
A imoralidade diferencia-se da etiqueta pelo procedimento de condutas não existindo valores 
rígidos entre essas duas vertentes. 
 
Norma Jurídica 
São regras disciplinadas através das chamadas relações monopolizadoras estatais. O 
descumprimento das normas jurídicas faz surgir à chamada ilicitude. Os contornos da ilicitude são 
definidos com base em fatores históricos e culturais, ressaltando-se que os limites entre moralidade e 
ilicitude são bastante tênues, não raro sendo punida uma conduta tanto pela moral tanto pelo direito. 
A conseqüência da ilicitude é a chamada “sanção jurídica” e nesse caso será configurada enquanto 
SANÇÃO ORGANIZADA. 
 
Sanção Cível Patrimonial – Acarreta numa sanção financeira. 
Sanção Cível Transferível – Descendência da sanção aos hereditários, ou seja, sucessores. 
Sanção Penal Pessoal – Ocorre na “figura” criminosa, ou seja, será sempre na pessoa do criminoso. 
Sanção Penal Intransferível – Pessoal, individual, sem a possibilidade de se sancionar terceiros. 
 
Características das Normas Jurídicas 
 Coercitividade (Obrigatoriedade) – Ameaça de aplicação da força capaz de atuar no 
psiquismo do individuo. 
A coerção é um elemento psicossocial que tem o principio de estabelecer as normas 
provenientes às sanções jurídicas. 
A coarção se apresenta como uma manifestação concreta da força, toda vez que as instâncias 
de coercitividade normativa não conseguem inibir a ilicitude. (coarção: ato de coagir, 
constranger). 
 Bilateralidade – Visualizada na norma jurídica porque em toda relação jurídica observa-se de 
um lado um sujeito ativo titular de um direito subjetivo e de outro lado, um sujeito passivo 
obrigado a um cumprimento de um dever jurídico, ou seja, um fenômeno jurídico e bilateral. 
A lei é para ser cumprida por todos, significa que existe uma bilateralidade, em 
conformidade e ninguém está ausente das sanções se a lei não for cumprida. 
 
 Dever / Direito Dever / Direito 
(Sujeito Ativo Sujeito Passivo) 
 Heteronomia (Estado) – Imposta ao individuo, cabendo ao autor social atender aos preceitos 
normativos. Nesse sentido, as normas morais não seriam impostas ao individuo, mais tão 
somente postas pela própria convicção do agente. 
Todos devem se submeter à vontade da lei. 
 Exterioridade – A ciência do Direito costuma atribuir às normas jurídicas no caráter exterior 
com o sentido de manifestar-se empiricamente (baseado apenas na experiência e não no 
estudo) na vida social. Por outro lado a moral seria uma instância normativa interior, no sentido 
de que a moralidade estaria restrita à intimidade de cada individuo, daí porque o cumprimento 
de um dever moral se processaria na consciência individual. 
 
Atributos nas Normas Jurídicas 
 Legitimidade – Considerada justa pela sociedade. Implica numa adequação valorativa à 
concepção de justiça. É a efetiva co-relação entre a norma jurídica e a concepção de justiça. 
É legal, que está de acordo com a lei. 
Correntes: (trabalham com o ideal de concepção de Justiça) 
 Jus naturalista – Defende a idéia de que a justiça corresponde a um direito natural 
(nasce com o ser humano). A justiça para essa corrente é um valor imutável. (Ex: 
Exploradores de Cavernas). 
 Culturalista – Defende a idéia de que além do direito positivo (estatal) haveria também o 
direito natural (o ser humano já nasceria titular de certas faculdades). Seria um valor 
histórico cultural em que cada sociedade estabelece uma ordem justa, portanto, legitima. 
 Contratualista – A Justiça é resultante de um contrato social. Uma sociedade justa seria 
aquela cujas instituições políticas e econômicas, criadas pelo contrato social, 
respeitassem a igualdade e compensassem as diferenças. 
CONTRATO SOCIAL - Conjunto de disposições orgânicas que se referem à estruturação e 
aos direitos e deveres das partes integrantes de uma sociedade civil, comercial ou de 
natureza econômica, que são registradas no órgão competente. 
 Eficácia (≠ de eficiência) – Possibilidade concreta de efeitos jurídicos. 
Eficácia Social (efetividade): Consiste na adequação da norma jurídica à realidade. Afirma-se 
que uma norma jurídica é efetiva quando os atores sociais cumprem freqüentemente os seus 
preceitos, fazendo com que o dever ser normativo se converta em ser, no âmbito das relações 
sociais. 
 Eficácia Técnico Jurídica (aplicabilidade) – Diz respeito à co-relação entre duas normas 
jurídicas. Toda vez que a produção de efeitos de uma norma jurídica depende da criação de 
outra norma jurídica, deparamo-nos com o problema da aplicabilidade. A norma jurídica só será 
aplicada uma vez elaborada a norma jurídica posterior. Ex:Artigo 153 da CF. A previsão da 
formação de lei posterior que regularize a fortuna. 
 Vigência (período que terá feito) – Tempo de validade de uma norma jurídica. Podem ser: 
determinada (estabelece o termino de sua validade). Ex: Lei Orçamentária Anual; ou 
indeterminada (não prevêem o marco final de sua validade). Ex: Medida Provisória. 
 Validade – Se refere à hierarquização das normas jurídicas. Norma jurídica válida é aquela 
regra de Direito produzida de acordo com a norma jurídica hierarquicamente superior. Não se 
encontram isoladas, mais perfazem um todo escalonado em sucessivos degraus de hierarquia 
normativa.

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