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introdução à economia

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: A "Pré-História" da economia - A economia, nas comunidades primitivas, eram de subsistência e sua divisão de trabalho muito bem definida: homens caçavam e mulheres ocupavam-se com as tarefas de cuidar dos filhos e administração do lar e confecção de artesanato. Com o passar dos tempos, percebeu-se que o excedente poderia ser trocado outros itens, originando o primeiro comércio, através de escambo.
 Na Grécia antiga, a economia baseava-se na agricultura e comércio marítimo. Deu-se o início da idéia de comércio devido a pobreza do solo, ao espaço territorial pequeno e ao crescimento da população. A “idéia econômica” grega baseava-se no socialismo, aonde o geral se sobressaía ao particular. Tinham total desprezo pelo acúmulo de riquezas e prezavam pela igualdade.
Acredita-se que foi Aristóteles quem definiu primeiramente o termo economia. Economia vem de oikos / casa ; nomos / leis .
Com a queda da Grécia e ascensão Romana, a economia passou a ser intervencionista, com o Estado controlando o mercado de cereais. Roma era consumista, havendo, para isso expansão e reorganização territorial.
Tem-se o fim da economia antiga com a queda do império romano e invasão bárbara! Começa-se a Economia Dominial / Feudalismo ( Séc VI ao X) e Economia Senhorial / Burgos ( Séc XI ao XIII ). No feudalismo, a posse da terra era fundamental para a diferenciação dos grupos sociais: A Igreja Cristã era a maior detentora de feudos na Europa Ocidental. 
Não era fácil ser comerciante na Idade Média. Os senhores feudais cobravam altas taxas, pedágios, os caminhos eram repletos de salteadores e de dificil acesso , pois os conhecimentos nauticos e geográficos ainda eram demasiado rudimentares. Isto, sem contar que não havia motivação dos servos, tendo em vista que quanto maior o aumento da produtividade, maiores seriam os tributos.
Apesar disto, a Europa estava em um profundo crescimento demográfico, este devido a redução de guerras e de pestes. Este quadro incentivou técnicas agricolas mais elaboradas, o uso de animais , o dominio do ferro para fazer ferraduras e arados movidos a tração animal, melhor uso da água, etc, cenário propício para liberação de mão de obra para trabalhos de artesãos e comércio. A Itália, estrategicamente bem posicionada junto ao mar , exercia o controle da entrada de produtos orientais para a Europa Ocidental. Utlizavam-se dos dias festivos para fazer feiras, aonde vários negócios podiam ser concretizados concomitantemente. A partir do século XII, surgem as hansas, que são associações de comerciantes que atendiam os interesses de várias cidades, proporcionando comércio em maior escala. Paralelo a isto, houve o declinio dos feudos, surgindo os habitantes dos burgos, cidades fortificadas com forte vinculo comercial.
Nesta fase, o poder politico dos senhores feudais dá lugar ao poder centralizador de soberanos: as monarquias. Este processo deu-se através de comum acordo entre reis e burguesia. Era prejudicial ao comercio que existissem diferentes moedas, tributos, pesos, existentes nos diversos feudos. Ao mesmo tempo, não era interessante aos reis que a Igreja mantivesse ainda tamanho controle. Então, uma aliança com a nobreza limitaria a atuação da Igreja no espaço politico. Uma nova visão de economia estava surgindo...
Primeiras idéias - MERCANTILISMO - Com as grandes navegações e surgimento das colônias, o pensamento metalista surge: A prosperidade do país está diretamente proporcional à quantidade de metais preciosos adquiridos. A obtenção de ouro e prata viriam com a exploração direta das colonias ( Portugal e Espanha) ou com a intensificação do comércio externo. Mas, em ambos os casos, o nível das exportações deveria sempre ser maior do que o das importações. O lema era : "Vender sempre, comprar nunca ou quase nunca!" Para que isso acontecesse, o Estado impunha altas taxas alfandegárias, desestimulando as exportações e incentivando o comercio interno. Vem daí o termo protecionismo.
“O lucro de um é o prejuízo de outro” Montaigne, Michel Eyquem (1533 - 1592)
Desta forma, o mercantilismo pode ser classificado em : metalismo, balança comercial favoravel (superavit) e protecionismo.
Enquanto Portugal e Espanha focavam-se nas colônias exploratórias, França focava-se na manufatura, em especial a produtos de luxo, criando inúmeras companhias de comércio e industrialismo (tendo como principal figura, Colbert). Já na Inglaterra, o governo deu ênfase a sua frota naval (militar e mercante) . Também tinham companhia de comércio e impuseram os Atos de Navegação, determinando que as mercadorias importadas pelos países europeus só poderiam se dar através de navios ingleses ou do próprio país. Com isso, resultou-se na hegemonia inglesa dos comércios marítimos. Para Portugal e Espanha, que se preocuparam apenas em adquirir metais e não deram ênfase , inclusive, para a agricultura e manufaturas, tinham de importar até da própria Europa a subsistência das colônias, estes não conseguem manter superavit durante muito tempo. É a decadência dos países ibéricos e a ascensão dos países que investiram no comércio e manufaturação de produtos como meio de entesouramento.
Fisiocracia - A fisiocracia é considerada a primeira escola econômica de carater cientifico. Desenvolveu-se no período de 1750 a 1775, baseado na obra de François Quesnay : "Tableau Economique", onde divide a economia em setores e Robert Jacques Turgot (17727 - 1781), que defendia a livre circulação de grãos entre as regiões francesas, a autonomia para o comércio internacional e o saneamento das finanças públicas.
Os fisiocratas defendiam a idéia de que a riqueza de um estado não advinha dos metais preciosos , mas sim em objetos úteis e pelo montante de bens e serviços colocados a disposição, que satisfizessem as necessidades humanas.
Dividiu a sociedade em classes sociais (camponeses, artesãos e proprietários de terra) e a economia em setores, mostrando correlação entre eles.
A riqueza voltava-se para a coisas da natureza: pesca, agricultura e mineração. Não mais a produção industrial, tendo em vista ela depender da matéria prima para existir. " Porque é aonde o excedente é gerado!"
É atribuída aos fisiocratas a frase: Laissez faire, laissez passer, o que significa que o Estado não deve intervir na economia!
ESCOLA CLÁSSICA - Há um consenso de que a Teoria econômica iniciou-se com a obra de Adam Smith, " Uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações" (1776). 
Diferente do mercantilismo, Smith defende um sistema de liberdade natural. De acordo com ele, essa forma economica defendia um sistema de restrições, privilégios, concessões, subsídios e incentivos, que só disseminavam o ódio e a discórdia entre as nações. Não seria função do Estado intervir na economia, pois os participantes desta possuem interesses próprios. Cabe ao Estado apenas a defesa nacional, administração da justiça e execução de obras públicas. A "mão invisivel" do mercado é que regula a atividade econômica. 
Smith também defende que a produção manufatureira leva o Excedente e não metais preciosos e terra. O valor pode ser gerado toda vez que uma mercadoria for vendida a um preço superior ao preço de custo. ( mensuração do excedente / valor da mercadoria) Para ele, a equação de preços é a soma da massa de salários + lucro + renda.
O autor afirma que o aumento da produtividade depedende da divisão "técnica" do trabalho e isto se dá devido a três fatores: 1) especialização do trabalhador em tarefas simples, 2) especialização de ferramentass e 3) economia de tempo.
Outros clássicos:
. David Ricardo: elaboração do método de análise por modelos.
. Thomas Malthus: ênfase para pressão dos recursos naturais sobre o sistema.
. J.S.Mill: consolida idéias de seus predecessores. 
. Jean-Baptiste Say (1768 - 1832) : ampliou a obra de Smith. Em: "Tratado de economia política" , subordinou a troca de mercadorias a sua produção e popularizou a conhecida lei de Say: "A oferta cria sua própria procura". Esta lei é um dos pilares da macroeconomia clássicae apenas contextada em meados do século passado. (Lei de demanda e oferta)
Idéias Marxistas: Com o valor sendo gerado pelo trabalho, os trabalhadores eram quem geravam a riqueza, sendo que os patrões é que ficavam com grande parte desta riqueza gerada pelos trabalhadores, então Marx chega a conclusão que o patronato , na realidade, estaria usurpando o proletariado deste valor gerado pelo fruto do trabalho, portanto, defende a inversão da pirâmide social.
Processo de mais-valia: diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador.
. Tese da exploração: Mais-valia (O trabalhador trabalha x horas e recebe x/2. O restante do horário, este trabalhará de graça para o patrão.)
. Tese da alienação: Origem na dicisão do trabalho. Marx considerava esta sendo o "modo capitalista de produção". Estas tarefas específicas contribuiriam negativamente para o desenvolvimento como individuo.
ESCOLA NEOCLÁSSICA - Teve início na década de 1870 e perdurou até as primeiras décadas do século XX. Dão maior ênfase aos aspectos microeconômicos da teoria. Os neoclássicos incorporaram o raciocínio matemático de Ricardo, isolando os fatos econômicos de outros pontos da realidade social.
Alfred Marshall (1842- 1924) foi um grande destaque desta escola, com o seu livro " Princípios da Economia". Ele tentou acordar pensamentos clássicos e marginalistas, daí denominado neoclassico.
A questão central desta escola era a determinação de peças em um mercado em equilibrio. A utilidade de um produto determina o valor dos bens, as quantidades procuradas e os preços finais de mercado . 1º) Quanto maior o bem é util, maior será a procura por ele e tanto maior será seu valor e consequentemente, seu preço. 2º) Quanto maior o preço, mais empresas se enteressarão em produzir e vender tal produto. 3º) O equílibrio do mercado dar-se-á quando houver um preço único para vendedores e compradores, aonde a oferta for igual a procura.
Os preços e salários são flexíveis, regulados pela oferta e procura de trabalho ou pela oferta e procura de bens e serviços de mercado. 
A diferença fundamental entre as escolas clássica e neoclassica é que na clássica o valor é determinado pela quantidade de trabalho e na neoclássica o valor depende da utilidade marginal. Então, de acordo com esta escola, quanto mais raro for um item, mas caro será seu preço e maior sua procura.
PENSAMENTO KEYNESIANO - é a teoria econômica consolidada por John M. Keynes em seu livro: "Teoria geral do emprego, do juro e da moeda", 1936. Keynes demonstra que a combinação das politicas econômicas adotadas até então não se adequavam aquele periodo , esse de grande recessão mundial, devido a crise de 1929 ( Grande depressão). De acordo com Keynes, que contradiz a lei de Say, a oferta não cria a própria demanda. As pessoas simplesmente podem não querer gastar toda a sua renda. A procura pode ser menor que a oferta.
Ele também desenvolveu a teoria da preferencia pela liquidez, aonde a taxa de juros existe para equilibrar a oferta de moeda e a demanda por moeda.
Keynes defende que em període de recessão, a economia não se autoajusta, então que é necessária a intervenção do Estado aonde fosse necessário.
EVOLUÇÃO SO PENSAMENTO ECONOMICO APÓS KEYNES
. Monetaristas: baixa intervenção do Estado, preocupação com a moeda.
. Fiscalistas: alta intervenção do Estado, incentivam politicas fiscais 
. Pós - Keysianos: utilizam a especulação financeira e defendem a intervenção do estado.
. Teoria das Finanças (1970): gira em torno das falhas do mercado. Controle e planejamento macroeconômico, conceitos de equilibrio de mercados e hipóteses sobre os agentes econômicos.
Joan Robinson define clássico como aqueles que "absorveram a concepção de um mecanismo econômico baseado em classes, para fornecer uma análise da dinâmica da nossa sociedade industrial" .Robinson vai de encontro com a economia clássica ao afirmar sobre o fracasso dos clássicos em explicar problemas meramente teóricos. De acordo com Robinson, foram de Marshall e Walras os maiores esforços para deslocar a economia clássica e consolidar as contribuições , ainda não sólidas, da escola neoclássica. Marshall, seria, ainda segundo a autora, um "sintetizador... combinando a utilidade marginal com a teoria do valor dos custos de produção" 
Fontes consultadas:
. Apontamento das aulas
. LA ROVERE, Renata Lèbre - Introdução à Microeconomia , slideplayer.com.br/slide/365417
. BARBIERI, Fabio - Alienação: Marx e Hayek - Instituto Ordem Livre - 18 de abril, 2012
. LOPES JÚNIOR, Hélio Corrêa - Evolução do Pensamento Econômico
. AGUILAR FILHO, Hélio Afonso - A evolução da macroeconomia moderna entre perspectivas: Em busca da síntese perdida
. ROBINSON, Joan & EATWELL, Joan. Introdução à Economia, Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, 1978, p12
http://www.profwillian.com/prof/marcus/material_para_estudos/economia/economia_2_2011.pdf
2) (4,0 pontos) A demanda por um produto é afetada por diversos fatores, dentre eles a preferência do consumidor. A respeito da preferencia do consumidor, explique qual a relação com a demanda por um produto, como as preferencias podem ser afetadas e as razões pelas quais as empresas buscam aumentar a preferencia dos consumidores pelos produtos por elas produzidos. Ilustre sua resposta com exemplos da vida real ( por exemplo: apresentando notícias, artigos, etc , que se relacionem com a questão)
R: "A teoria da preferência do consumidor baseia-se na premissa de que os agentes se comportam de modo racional em sua tentativa de maximizar o grau de satisfação que podem obter, por meio da aquisição de uma determinada combinação de bens e serviços."
Conforme a teoria econômica, o consumo pode ser abordado pela "preferência do consumidor", que possui três hipóteses e que seriam verdadeiras para a maioria dos casos:
a) a preferência do consumidor tem de ser completa: o consumidor tem a capacidade de colocar em ordem de preferência quais são os produtos que ele julgue mais adequado as preferencias ou necessidades dele, seja qual for seu critério de decisão: mais barato, bonito, funcional, etc.
b) as escolhas do consumidor devam ser "transitivas": o consumidor pode escolher A sendo melhor que B e após isso comparar com o produto C , sendo este inferior a B e concluir que o melhor é consumir o produto A.
c) a atitude em relação as preferências deverá ser "monotônica": o consumidor deverá preferir cada vez mais daquele produto eleito na preferência.
Ilustrando nossa afirmativa, cito a reportagem a respeito dos ovos de Páscoa, que, mesmo tendo uma singela nota de que os ovos estariam 17% mais caros, aguçam a vontade de consumi-los (principalmente as crianças, publico alvo), devido aos "maravilhosos e apelativos" brindes que acompanham o produto, tornando-os "quase irresistiveis", inclusive com itens utilitários, como canecas e headphones, até itens colecionáveis, induzindo o consumidor a comprar mais do que uma unidade, se quiser completar a sua coleção.
http://www.universohq.com/noticias/pascoa-2015-novidades-nos-brindes-dos-ovos-de-chocolate/
Fonte de pesquisa:
Internet
Apontamentos de aula
http://www.eumed.net/libros-gratis/2010c/723/TEORIA%20DA%20PREFERENCIA%20E%20DA%20ESCOLHA%20DO%20CONSUMIDOR.htm

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