Buscar

Cap19 - Retração e fluência

Prévia do material em texto

Capítulo 19
Retração e Fluência
José Zamarion F Diniz (1) – Zamarion e MillenJosé Zamarion F. Diniz (1) Zamarion e Millen
Consultores S/S
Juliana Ferreira Fernandes (2) – EPUSP 
Selmo Chapira Kuperman (3) – Desek LTDA.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
R t ã
A retração no concreto está associada a
Retração
A retração no concreto está associada a
deformações em pastas de cimento (principalmente,
devido a sua perda de água) argamassas e concretosdevido a sua perda de água), argamassas e concretos,
sem que haja qualquer tipo de carregamento, reações
químicas deletérias e expansivas ou variaçõesquímicas deletérias e expansivas ou variações
térmicas.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Ti d R t ãTipos de Retração
• Retração plástica (plastic shrinkage);• Retração plástica (plastic shrinkage);
• Retração devida à contração química ou deformação
autógena (autogenous);autógena (autogenous);
• Retração por secagem ou hidráulica (hydraulic shrinkage);
• Retração por carbonatação (carbonation shrinkage).
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
E i d R t ã
O ensaio para determinar a retração hidráulica livre, tanto
Ensaios de Retração
p ç ,
para o concreto quanto para a argamassa, é de simples
execução e consiste em medir a variação de comprimento
d d l d t Há á idos corpos-de-prova ao longo do tempo. Há várias normas
sobre ensaios de retração do concreto, dentre elas está a
norma brasileira ABNT NBR 12650:1992norma brasileira ABNT NBR 12650:1992.
Figura 1 – Ensaio de retração em corpos-de-prova prismáticos no Laboratório Federal Suíço de Pesquisa e 
T t d M t i i (EMPA M t i l S i & T h l ) Z i S í
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Teste de Materiais (EMPA Material Science & Technology), Zurique, Suíça.
Fl ê i
Um material apresenta fluência (creep) se, sob tensão
Fluência
p ( p) ,
constante, sua deformação aumenta no tempo, como
indicado esquematicamente na Figura 2.
ã
o
Fluência por secagem
D
e
f
o
r
m
a
ç
ã
Fluência básica
Retração
Figura 2 Deformação dependente do tempo em concreto submetido à carga constante
Tempo
Deformação elástica 
nominal
t0
Figura 2 – Deformação dependente do tempo em concreto submetido à carga constante.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Fl ê i t
O concreto é um material de estrutura bastante complexa
Fluência no concreto
O concreto é um material de estrutura bastante complexa,
heterogênea, que varia com o tempo. A porosidade do material e
a água nele presente são decisivas para a magnitude da fluência
d t A fl ê i d t t t ddo concreto. A fluência do concreto apresenta certo grau de
reversibilidade, veja Figura 3.
ê
n
c
i
a
 
(
1
0
-
6
)
m
a
ç
ã
o
 
p
o
r
 
f
l
u
ê
Tempo (dias)
•
D
e
f
o
r
m
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Figura 3 – Curva típica da fluência de concreto carregado e descarregado. Reversibilidade da fluência 
(MEHTA & MONTEIRO, 2008). 
P i i i f t i fl fl ê iPrincipais fatores que influem na fluência
• Idade de Carregamento• Idade de Carregamento
• Relação Tensão-Resistência
• Geometria da peça• Geometria da peça
• Efeito da Umidade e da Temperatura
Efeito do Cimento• Efeito do Cimento
• Influência dos Agregados
Ef it d Aditi• Efeito dos Aditivos
• Efeito das Adições Minerais
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
R d ã d Fl ê iRedução da Fluência
•A redução do efeito da fluência, principalmente do ponto de vistaA redução do efeito da fluência, principalmente do ponto de vista
dos materiais, passa pelo controle destes fatores:
• a fluência ocorre na pasta de cimento e está relacionada com os
movimentos internos da água adsorvida, interlamelar ou
intracristalina;
• a fluência é um fenômeno elásto plástico parte recuperável• a fluência é um fenômeno elásto-plástico, parte recuperável
(reversível e parte irreversível);
• o processo de secagem tem efeito direto sobre a fluência;p g ;
• a fluência cresce com o aumento da temperatura;
• a fluência diminui com o aumento das dimensões da peça;
• em média, 25% da fluência total ocorre após 2 semanas, 55%
após 3 meses e 75% após 1 ano;
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
R d ã d Fl ê i ( ti ã )Redução da Fluência (continuação)
fl ê i é i t i l à i tê i d• a fluência é inversamente proporcional à resistência do
concreto no instante de aplicação da carga;
• a relação tensão/resistência no instante de aplicação da• a relação tensão/resistência no instante de aplicação da
carga é um fatores fundamentais na magnitude da fluência.
Em geral, quando a relação tensão/resistência atinge valorg q g
acima de 0,4 surgem microfissuras no concreto que
aumentam significativamente a fluência;
i ã d i tê i d t d t t d• a variação da resistência do concreto durante o tempo de
atuação da carga é importante e a fluência será tanto menor
quanto maior for o aumento relativo de resistência depois daquanto maior for o aumento relativo de resistência depois da
aplicação da carga;
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
R d ã d Fl ê i ( ti ã )Redução da Fluência (continuação)
• mantidas as demais características o aumento do teor de• mantidas as demais características, o aumento do teor de 
agregado reduz a fluência do concreto, e agregados com 
maior módulo de elasticidade tendem a reduzir a fluência do a o ódu o de e ast c dade te de a edu a uê c a do
concreto;
• não há um consenso sobre os efeitos gerais dos aditivos e g
das adições minerais sobre a fluência. 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
A t P áti R d ã d Fl ê iAspectos Práticos para Redução da Fluência
A redução do fenômeno da fluência em estruturasA redução do fenômeno da fluência em estruturas,
principalmente nas de concreto armado de edificações,
passa por três aspectos gerais: projeto, materiais e técnicasp p p g p j ,
construtivas. A seguir são relacionados alguns dos pontos
mais importantes no que se refere aos materiais e às
técnicas construtivas.
Materiais
A utilização de materiais e dosagens que reduzam a retração por
secagem e aumentem a resistência e o módulo de elasticidade dosecagem e aumentem a resistência e o módulo de elasticidade do
concreto, inevitavelmente, levarão a uma diminuição da fluência.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Aspectos Práticos para Redução da Fluência 
( ti ã )(continuação)
Técnicas Construtivas
•a) Cura
•A cura do concreto bem como a manutenção de um ambiente
local com elevada umidade traz como benefícios um maior ganho
de resistência do concreto, principalmente às primeiras idades,
maior módulo de elasticidade às primeiras idades uma reduçãomaior módulo de elasticidade às primeiras idades, uma redução
da retração por secagem e redução da fluência.
•b) Carregamento
•Considera-se que, para valores desta relação inferiores a 0,40, a
redução da fluência é aproximadamente linear. Por outro lado,
l d l ã t ã / i tê i i d 0 40para valores da relação tensão/resistência acima de 0,40, a
fluência aumenta exponencialmente com a relação.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Previsão da Fluência e da Retração 
( ti ã )(continuação)
D d 1982 di d l f tDesde 1982, diversos modelos foram propostos para a
previsão da fluência e da retração. Dentre os modelos, os
mais estudados são: ACI 209R-92 (2008) (ACI)mais estudados são: ACI 209R 92 (2008) (ACI),
EUROCÓUDE 2 (2003) (EC2), BAZANT e BAWEJA (2000)
(B3), GARDNER e LOCKMAN (2001) (GL) e ABNT NBR
6118:2007 (NBR).•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Previsão da Fluência e da Retração
( ti ã )(continuação)
•Quadro 1 – Limitações dos modelos de fluência e de retração (KATAOKA, 2010).
Dados ACI EC2 B3 GL NBR
fcm28 (MPa) - 90 70 70 -
fck (MPa) - - - - 50
d / i t 13 5agregado/cimento - - 13,5 - -
tensão aplicada (%) 0-40 0-45 0-45 0-40 0-40
consumo de cimento 
(kg/m3)
- - 160-720 - -
(kg/m3)
água/cimento - - 0,35-0,85 0,4-0,6 -
umidade relativa (%) 100 100 100 100 100
tempo cura úmida (dias) >7 <14 - >2 -tempo cura úmida (dias) >7 <14 >2
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Previsão da Fluência e da Retração 
( ti ã )(continuação)
•Quadro 1 – Limitações dos modelos de fluência (F) e de retração (R) (KATAOKA, 2010).
Parâmetros *
ACI EC2 B3 GL NBR
F R F R F R F R F R
Tipo cimento √ √ √ √ √ √ √ √
Umidade relativa (%) √ √ √ √ √ √ √ √ √ √
Idade carregamento/fim cura (dias) √ √ √ √ √ √ √ √ √ √
Método de cura √ √ √ √
volume/superfície √ √ √ √ √ √
área/perímetro √ √ √ √
Dimensões do CP (cm) √ √ √ √ √ √ √ √ √ √
Secagem antes carregamento (dias) √ √ √ √
fcmt0 (MPa) √ √ √ √
fck (MPa) √
fcm28 (MPa) √ √ √ √ √ √ √ √
Ecmt0 (MPa) √ √ √ √ √
Ecm28 (MPa) √ √ √ √ √ √
Resistência agregado √
Quantidade agregado total (kg/m3) √
Consumo cimento (kg/m3) √ √
Quantidade água (kg/m3) √ √
Agregado miúdo (%) √ √
Abatimento (mm) √ √ √ √
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Temperatura (oC) √ √ √ √
Volume de ar (%) √ √
Tipo de agregado √
Previsão da Fluência e da Retração 
( ti ã )(continuação)
•Para que possam ser feitas comparações entre os modelos
de previsão, são necessários alguns ajustes, como por
exemplo, o tipo de cimento. No Quadro 3, estão dispostas as
correlações estabelecidas entre as classes de cimento decorrelações estabelecidas entre as classes de cimento de
outros países com os tipos de cimentos brasileiros assim
como os tipos de cimentos utilizados por cada modelo.
•Quadro 3 – Correlação entre as classes de cimento (MARQUES, 2011).
NBR EC2 ACI 209R B3 GL
como os tipos de cimentos utilizados por cada modelo.
NBR EC2 ACI 209R B3 GL
Tipo I Normal ASTM I ASTM I ASTM I
Tipo II Normal ASTM I ASTM I ASTM I
Tipo III Slow ASTM IS ASTM IS ASTM II*
Tipo IV Slow ASTM IP ASTM IP ASTM II*
Tipo V Rapid ASTM III ASTM III ASTM III
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Previsão da Fluência 
NBR 6118(2007)NBR 6118(2007)
•A metodologia descrita na NBR 6118(2007) dos modelos deg ( )
fluência divide-se, em duas partes, sendo uma delas
chamada de fluência rápida e a outra de fluência lenta, dada
l E ã 1pela Equação 1.
•A primeira parte é dita irreversível e seu efeito é significativo
durante as primeiras vinte e quatro horas após a aplicaçãodurante as primeiras vinte e quatro horas após a aplicação
da carga de origem.
•A segunda parte é composta por duas outras parcelas uma•A segunda parte é composta por duas outras parcelas, uma
lenta e irreversível e a outra lenta e reversível. Assim, a
deformação total e o coeficiente de fluência são definidosç
pelas Equações 2 e 3:
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Previsão da Fluência 
NBR 6118(2007) ( ti ã )NBR 6118(2007) (continuação)
• cc = cca + ccf + ccd (Equação 1)cc cca ccf ccd ( q ç )
• c total = c + cc = c (1 + ) (Equação 2)
•  = a + f + d (Equação 3) a f d ( q ç )
•
•cc - fluência do concretocc fluência do concreto
•cca - fluência rápida
•ccf - fluência lenta e irreversívelccf fluência lenta e irreversível
•ccd - fluência lenta e reversível
• - coeficiente de fluência rápidaa coeficiente de fluência rápida
•f - coeficiente de deformação lenta irreversível
• - coeficiente de deformação lenta reversível
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
•d - coeficiente de deformação lenta reversível
Previsão da Fluência 
NBR 6118(2007) ( ti ã )NBR 6118(2007) (continuação)
• O valor da deformação específica do concreto devido à fluência éç p
dado pela Equação 4:
• (Equação 4))t(t, . 
E
 ),( oc  occ tt 
•Ecs28 – módulo de elasticidade secante aos 28 dias (MPa),
calculado conforme Equação 5:
Ecs28
 
calculado conforme Equação 5:
(Equação 5)
ckcs fE 560085,028  
•O coeficiente de fluência (t,to), válido também para a tração, é
dado pela Equação 6:
 
• (t,to) = a + f [f (t) - f (to)] + d d (Equação 6)
•t - idade fictícia do concreto no instante considerado (dias)
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
•to - idade fictícia do concreto ao ser feito o carregamento (dias)
Previsão da Fluência 
NBR 6118(2007) ( ti ã )NBR 6118(2007) (continuação)
• a - coeficiente de fluência rápida, determinado pela Equação 7:a p , p q ç
• (Equação 7)

 
 )(
)(18,0 0
tf
tf
c
c
a 
•
 
)t(f
)t(f
ooc
oc
 = função de crescimento da resistência do concreto com a idade, dadas pelas 
(Equação 8)
Equações 8 e 9:
)(
)(
1
ooc
oc
tf
tf 
(Equação 9)











 2
1
1
281exp
t
 
 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Previsão da Fluência 
NBR 6118(2007) ( ti ã )NBR 6118(2007) (continuação)
• – coeficiente que depende do tipo de cimento, dado por:
•0,38 para concreto de cimento CPIII e IV
•0,25 para concreto de cimento CPI e II
•0,20 para concreto de comento CPV-ARI, p
•t - idade fictícia do concreto (dias)
•f - valor final do coeficiente de deformação lenta irreversível
dada pela Equação 10.
•f = 1c.2c (Equação 10)
fi i t d d t d id d l ti d bi t•1c - coeficiente dependente da umidade relativa do ambiente e
da consistência do concreto dado no Quadro 4.
• - coeficiente dependente da espessura fictícia h da peça•2c - coeficiente dependente da espessura fictícia hfic da peça
dada pela Equação 11:
(Equação 11)fich 42 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
fic
2 h 20 c 
 
Previsão da Fluência 
NBR 6118(2007) ( ti ã )NBR 6118(2007) (continuação)
•f(t) ou f(to) - coeficiente relativo à deformação lenta irreversível, f( ) f( o)
dado pela Equação 12:
(Equação 12)
DCtt
BAtt
tf 
 2
2
)( 
•
113588350h42 23  hhA 
2332343060h768 23  hhB 
DCtt 
 
•d - valor final do coeficiente de deformação lenta reversível que
183109013h200 23  hhC 
19313534331916h7579 23  hhD 
 d valor final do coeficiente de deformação lenta reversível que 
é considerado igual a 0,4
•d - coeficiente relativo à deformação lenta reversível função do d
tempo (t,t0) decorrido após o carregamento, definido pela Equação 
13:
(Equação 13)20t- 0 t
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
(Equação 13)
70 t-
20 t
0
0


t
t
d 
 
Previsão da Fluência e da Retração 
NBR 6118(2007) ( ti ã )NBR 6118(2007) (continuação)
•Quadro 4 – Valores usuais para a determinação da fluência e da retração (NBR6118, 2007).
Umidade
Fluência
1c1) 3)
Retração
104 1s2) 3)
Ambiente
Umidade
U
%
γ 4)Abatimento de acordo com a ABNT NBR NM67
cm
0 - 4 5 - 9 10 - 15 0 - 4 5 - 9 10 – 15
Na água - 0,6 0,8 1,0 + 1,0 + 1,0 + 1,0 30,0
Muito úmido 
imediatamente acima da 
água
90 1,0 1,3 1,6 - 1,0 -1,3 -1,6 5,0
Ao ar livre, em geral 70 1,5 2,0 2,5 - 2,5 - 3,2 - 4,0 1,5, g
Em ambiente seco 40 2,3 3,0 3,8 - 4,0 - 5,2 - 6,5 1,0
1) 
t0
= 4,45 – 0,035U para abatimento no intervalo de a e U ≤ 90%.
2) 104 1s = – 6,16 – (U/484) + (U2/1590) para abatimentos de a e U ≤ 90%.1s
3) Os valores de 
1c
e 
1s 
para U ≤ 90% e abatimento entre e são 25% menorese para abatimentos entre e são 25% maiores.
4)  = 1 + exp (- 7,8 + 0,1 U) para U ≤ 90%
Notas
1 - Para efeito de cálculo, as mesmas expressões e os mesmos valores numéricos podem ser empregados no caso de tração.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
2 - Para o cálculo dos valores de fluência e retração, a consistência do concreto é aquela correspondente à obtida com o mesmo traço sem a adição de superplastificantes e 
superfluidificantes.
Previsão da Retração 
NBR 6118(2007)NBR 6118(2007) 
•Segundo a NBR6118 (2007) o valor da retração do concreto•Segundo a NBR6118 (2007), o valor da retração do concreto
depende da:
•a) umidade relativa do ambiente;) ;
•b) consistência do concreto no lançamento;
•c) espessura fictícia da peça.
•Dessa forma, a deformação devido à retração entre os instantes t0
e t pode ser expressa pela Equação 14:
(Equação 14))()()()(  (Equação 14)
•s(,ts) - deformação por retração última dada pela Equação 15:
(Equação 15)
)]()([),(),( 00 ttttt sssscs   
 
t )(   (Equação 15)
•1s - coeficiente dependente da umidade relativa do ambiente e da
consistência do concreto apresentado no Quadro 4.
ssss t 21),(  
 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Previsão da Retração 
NBR 6118(2007) ( ti ã )NBR 6118(2007) (continuação)
•2s - coeficientes que depende da espessura fictícia da peça, dada 2s
pela Equação 16:
(Equação 16)
fic
s
h 2332 
•hfic - espessura fictícia dada pela Equação17:
(Equação 17)
fic
s h 38,202 
 
(Equação 17)
•A área da seção transversal da peça;
u
Ah cfic
 2 
 
•Ac - área da seção transversal da peça; 
•u - perímetro externo da seção transversal em contato com o ar.
• - coeficiente dependente da umidade relativa do ambiente coeficiente dependente da umidade relativa do ambiente.
Coeficiente dado no Quadro 4.
•βs(t) ou βs(t0) - coeficiente relativo à retração, no instante t ou t0
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
dado pela Equação 18:
Previsão da Retração 
NBR 6118(2007) ( ti ã )NBR 6118(2007) (continuação)
(Equação 18)BA  ttt
23 ( )
40A
EDC
BA
ts








100
t
100
t
100
t
100100100)( 23 
40A
8,4220h282h116 23  hB 
7,40h8,8h5,2 23 C 
8,6496h585h75 23  hD
 
•t - idade fictícia do concreto (dias) é dada pela Equação 19.
(E ã 19)
,
8,039584h88h169 234  hhE 
T 10 (Equação 19)
• - coeficiente dependente da velocidade de endurecimento do 
cimento dado pelo Quadro 5
 
i
ief
i tTt ,30
10 
 
cimento dado pelo Quadro 5.
•Ti - temperatura média diária do ambiente (ºC).
•tef i - período em que a temperatura média diária do ambiente se
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
tef,i período em que a temperatura média diária do ambiente se 
manteve constante (dias).
Previsão da Retração e da Fluência
NBR 6118(2007)NBR 6118(2007)
•Quadro 5- Valores da fluência e da retração em função da velocidade de endurecimento do cimento 
(NBR6118, 2007).
Cimento Portland (CP)

Fl ê i R t ã
( )
Fluência Retração
De endurecimento lento (CP III E CP IV, todas as classes de resistência) 1
1De endurecimento normal (CP I e CP II, todas as classes de resistência) 2
De endurecimento rápido (CP V-ARI) 3
Onde:
CP I e CP I-S – Cimento Portland comum;
CP II-E, CP II-F e CP II-Z – Cimento Portland composto;
CP III Cimento Portland de alto fornoCP III – Cimento Portland de alto-forno;
CP IV – Cimento Portland pozolânico;
CP V-ARI – Cimento Portland de alta resistência inicial;
RS – Cimento Portland resistente a sulfatos (propriedade específica de alguns dos tipos de cimento citados)
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Previsão da Retração 
NBR 6118(2007) ( ti ã )NBR 6118(2007) (continuação)
•A NBR6118 (2007) também prescreve valores médios finais dos coeficientes de fluência e retraçãoA NBR6118 (2007) também prescreve valores médios finais dos coeficientes de fluência e retração
através de uma tabela ilustrada no Quadro 6.
• Quadro 6 – Valores característicos superiores para a deformação específica de retração εcs(,t0) e o 
coeficiente de fluência ( t ) (NBR6118 2007)coeficiente de fluência (,t0) (NBR6118, 2007).
Umidade Ambiente (%) 40 55 75 90
Espessura Fictícia 
(2Ac / u)
20 60 20 60 20 60 20 60
5 4,4 3,9 3,8 3,3 3,0 2,6 1,3 2,1
(t,t0)
t0 dias
30 3,0 2,9 2,6 2,5 2,0 2,0 1,6 1,6
60 3,0 2,6 2,2 2,2 1,7 1,8 1,4 1,4
5 0 44 0 39 0 37 0 33 0 23 0 21 0 10 0 09
cs (t,t0) 
‰
5 -0,44 -0,39 -0,37 -0,33 -0,23 -0,21 -0,10 -0,09
30 -0,37 -0,38 -0,31 -0,31 -0,20 -0,20 -0,09 -0,09
60 -0,32 -0,36 -0,27 -0,30 -0,17 -0,19 -0,08 -0,09
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
P iPesquisas
Quadro 7 – Estudos de caracterização da fluência e retração em corpos de prova no Brasil (KATAOKA, 2010).
Autor Velasco, 2008
Takeuti, 
2003
Kalintzis, 
2000
Miller, 
2008 Pereira, 2001
Equipe de 
Furnas
Tipo de ensaio
FB, RS, 
FB, RS*
FB, RS, 
RS* FB* FB, RS*Tipo de ensaio
RA*
FB, RS
RA*
RS FB FB, RS
Geometria 
Fluência 
(cm)
15x30 
(cilíndrico)
25x50 
(cilíndrico)
15x30 
(cilíndrico)
--- --- Variável c/ tensão
dos CPs
Retração 
(cm)
75x75x60 
(prismático)
15x15x60 
(prismático)
15x15x60 
(prismático)
15x15x60 
(prismático)
--- Variável
Idade Carregamento 
28 7 14 50 103 3 7 28 90 7 28 90 180 3 7 28 90 365
g
(dias)
28 7,14,50,103 3,7,28,90 --- 7,28,90,180 3,7,28,90,365
Início Secagem (dias) 28 28 28 --- --- 3,7
Tipo de cimento CPIII40
CPIIF32 
CPIIF32 CPII CPI32
Escória,pozolana, 
cinzaTipo de cimento CPIII40
CPV
CPIIF32 CPII CPI32 cinza 
volante,sílica
Condições de ensaio 21ºC 50% 23ºC 60% 23º 50%
40ºC
80%
--- 23ºC 60%
* FB fluência básica; FS fluência por secagem; RA retração autógena; RS retração por secagem
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
* FB – fluência básica; FS – fluência por secagem; RA – retração autógena; RS – retração por secagem.
E i L b t i iEnsaios Laboratoriais
•(a) (b) (c) (d)
•Figura 15 Bastidores de fluência com CPs selados e não selados:•Figura 15 – Bastidores de fluência com CPs. selados e não-selados: 
•(a) Lab. de Estruturas e Materiais Estruturais – LEM-EPUSP, São Paulo, Brasil; 
•(b) Lab. de Furnas, Goiânia, Brasil; 
•(c) Lab. de Betão Estrutural da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto –
LABESTPorto Portugal;LABEST,Porto, Portugal; 
•(d) Lab. Tecnológico de Delft - TU-Delft; Delft, Holanda; 
•(e) Lab. Nacional de Engenharia Civil – LNEC, Lisboa, Portugal.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
•(e) •(f)
I t t ã d difi õInstrumentação de edificações
(a) (b) (c)•(a) (b) (c)
•Figura 16 – Sensores para medir a deformação do concreto, da armadura e a temperatura: (a) sensor
elétrico de imersão;(b) sensor elétrico de colagem em armadura; (c) Sensor óptico de colagem em armadura;
•(d) (e)
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
elétrico de imersão;(b) sensor elétrico de colagem em armadura; (c) Sensor óptico de colagem em armadura;
(d) Sensor de termoresistência do tipo PT100; (e) Sensor óptico de temperatura (MARQUES, 2011).
Instrumentação de edificações
( ti ã )(continuação)
•Os extensômetros de corda vibrante são instrumentos de grande precisão e durabilidade, 
projetados para medir deformaçõesou tensões de longa duração em aço ou estruturas deprojetados para medir deformações ou tensões de longa duração em aço ou estruturas de 
concreto (desde edifícios até barragens). 
• (a) (b)
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
•Figura 17 – Extensômetro de corda vibrante: (a) esquema do sensor; (b) foto do extensômetro
Instrumentação de edificações
( ti ã )(continuação)
•O extensômetro elétrico tipo Carlson é um condutor livre e utilizado para medida de
deformações no interior de peças de concreto, sendo instalado no momento da concretagem
da peça de concreto. Apresenta excelente desempenho em medições de longa duração.
( ) (b)
•Figura 18– Extensômetro de condutor livre (tipo Carlson): (a) esquema do sensor; (b) foto do
e tensômetro
• (a) (b)
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
extensômetro

Continue navegando