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26 Corrosão das armaduras das estruturas de concreto Enio José Pazini Figueiredo - UFG Gibson Rocha Meira - IFPB •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia P i ã d d tPassivação da armadura no concreto • A película passivadora protetora do aço é gerada a partir de uma rápida e extensa reação eletroquímica que resulta na formação de uma fina camada de óxidos, transparente e aderente ao aço. • A ação de proteção exercida pela película passivadora é garantida pela alta alcalinidade do concreto e um adequado potencial eletroquímicoadequado potencial eletroquímico. • Esta condição pode ser melhor observada no diagrama de equilíbrio termodinâmico proposto por Pourbaixde equilíbrio termodinâmico proposto por Pourbaix. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Modelo para formatação de Quadros e FiFiguras •Figura 1 Diagrama de equilíbrio termodinâmico potencial versus pH para o sistema Fe H O a 25C •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •Figura 1 - Diagrama de equilíbrio termodinâmico, potencial versus pH, para o sistema Fe – H2O a 25C •Fonte: Pourbaix, 1974. Mecanismos de perda da estabilidade da lí l i dpelícula passivadora Carbonatação do concreto, que reduz seu pH a níveis insuficientes para manter o estado passivo das darmaduras; Presença do agente despassivador íon cloreto em tid d fi i t l li d tquantidade suficiente para romper localizadamente a camada passivadora; C bi ã d d i f t t i t it d Combinação dos dois fatores anteriormente citados. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Mecanismos eletroquímicos da corrosão e di õ d l i tcondições para o seu desenvolvimento •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •Figura 2 – Representação de uma pilha de corrosão em um mesmo metal – Fonte: Figueiredo e Meira, 2011. Si t t l i ti d ãSintomatologia e tipos de corrosão •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •Figura 3 - Tipos de corrosão – Fonte: Feliu, 1984. Si t t l i ti d ãSintomatologia e tipos de corrosão (a) •(b) •Figura 4 – Aparência superficial da corrosão generalizada desencadeada pela carbonatação do concreto (a) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Figura 4 Aparência superficial da corrosão generalizada desencadeada pela carbonatação do concreto (a) e da corrosão puntiforme desencadeada pela ação dos íons cloreto (b) – Fonte: Figueiredo e Meira, 2011. A f d ã d d l d T tti • As fases da corrosão segundo o modelo de Tuutti •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •Figura 5 - Modelo de Tuutti para a corrosão de armaduras – modelo ajustado – Fonte: Figueiredo e Meira, 2011. Iniciação da corrosão da armadura pela b t ã d t • carbonatação do concreto Com a penetração das moléculas de dióxido de carbono no concreto, ocorrem reações que fazemocorrem reações que fazem decrescer a alcalinidade na solução dos poros, conduzindo o pH para níveis próximos de 8. •Carbonatação p Com esta redução, há um comprometimento da estabilidadecomprometimento da estabilidade da película passivadora, uma vez que o metal sai da zona de passivação e entra na zona depassivação e entra na zona de corrosão. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Figura 6 – Efeito da carbonatação no comportamento da armadura em relação à corrosão, tendo como referência o diagrama de Poubaix – Fonte: Adaptado de Poubaix, 1987. Iniciação da corrosão da armadura pela b t ã d t • carbonatação do concreto •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •Figura 7 – Representação esquemática do processo de carbonatação – Fonte: CEB, 1984. Iniciação da corrosão da armadura pela ação d í l t • dos íons cloreto •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •Figura 8 - Formação do pite de corrosão pela ação dos cloretos – Fonte: Treadaway, 1988. Iniciação da corrosão da armadura pela ação d í l t • dos íons cloreto •Figura 9 - Diagrama de equilíbrio termodinâmico para o sistema Fe-H O a 25 oC na presença de solução com •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •Figura 9 - Diagrama de equilíbrio termodinâmico para o sistema Fe-H2O, a 25 oC, na presença de solução com íons cloreto a 355 ppm – Fonte Pourbaix, 1987. Li it íti d l t • Limite crítico de cloretos A chegada de cloretos nas proximidades da armadura por si só não A chegada de cloretos nas proximidades da armadura, por si só, não representa o início do processo de corrosão. É necessário que estejam em quantidade suficiente para desencadear o processo corrosivo. Essa tid d é h id li it íti d l tquantidade é conhecida como limite crítico de cloretos. Quadro 1 – Fatores que influenciam o limite crítico de cloretos, em % em relação à massa de aglomerante – Fonte: Glass e Buenfeld, 1997. Interface com o aço Fatores relacionados com o concreto Fatores externos Materiais cimentantes Barreira representada pelo concreto Vazios / falhas Quantidade de C3A Cura Quantidade de umidade Oxidação prévia pH Relação água / cimento Variações de umidade Cinza volante Espessura do cobrimento Concentração de oxigênio Escória Fonte de íons cloreto Sílica ativa Teor de aglomerante Tipo de cátion que acompanha o íon cloreto •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Teor de aglomerante Temperatura Limite crítico de cloretos • (fatores que influenciam) Interface aço-concreto ç • possibilidade de acúmulo pontual de cloretos em um local específico f lh f ã d lí l i d• falhas na formação da película passivadora. Fatores relacionados ao concreto • potencial alcalino da matrizpotencial alcalino da matriz • capacidade de fixação de cloretos à microestrutura do concreto • estabilidade das condições no entorno da armadura As variáveis relacionadas a fatores externos • tipo de cloreto envolvido (tipo de cátion associado) f d t ã t• forma de penetração no concreto • presença de oxigênio • condições de umidade e temperatura •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia condições de umidade e temperatura Li it íti d l t • Limite crítico de cloretos Formas de representar • [Cl]/[OH][Cl]/[OH] • % cloretos livres (em relação à massa de cimento) • % cloretos totais (em relação à massa de cimento) Valores usuais (cloretos totais) 0 4% ( i t ) t d• 0,4% (massa cimento) – concreto armado • 0,2% (massa cimento) – concreto protendido •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Fatores que influenciam a iniciação da corrosão • q ç (Concentração do agente agressivo no ambiente) • •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Figura 10 – Influência da concentração de CO2 no ambiente sobre o coeficiente de carbonatação – Fonte: Possan, 2004. Fatores que influenciam a iniciação da corrosão • q ç (Concentração do agente agressivo no ambiente) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •Figura 11 – Influência da presença de cloretos no ambiente sobre a concentração média de cloretos no interior do concreto ao longo do tempo – Fonte: Meira et al., 2007. Fatores que influenciam a iniciação da corrosão • q ç (Características da matriz de concreto) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •Figura 12 – Influência da relação água/cimento na penetração de cloretos no concreto – Fonte: Jaegermann, 1990. Fatores que influenciam a iniciação da corrosão • q ç (Características da matriz de concreto) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor:Geraldo C. Isaia •Figura 13 – Influência do tipo de cimento na carbonatação natural do concreto – Fonte: Vieira, et al., 2010. Fatores que influenciam a iniciação da corrosão • q ç (Características da matriz de concreto) •Quadro 2 Acréscimo de tempo para iniciar a corrosão em função do teor de C A•Quadro 2 - Acréscimo de tempo para iniciar a corrosão em função do teor de C3A – •Fonte: Rasheeduzzafar et al.,1990. Teor de C3A % de cloretos livres Acréscimo de tempo para iniciar a corrosão 2 % 86 % R f ê i2 % 86 % Referência 9 % 58 % 1,75 vezes 11 % 51 % 1 9311 % 51 % 1,93 vezes 14 % 33 % 2,45 vezes •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Fatores que influenciam a iniciação da corrosão • q ç (Condições de interação ambiente - estrutura) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •Figura 14 – Relação entre umidade relativa ambiental e grau de carbonatação – Fonte: Venuat e Alexandre, 1969. Fatores que influenciam a iniciação da corrosão • q ç (Condições de interação ambiente - estrutura) Fi 15 R l ã t d i ã fi d l t t t d t 5 1 •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •Figura 15 – Relação entre zona de exposição e perfis de cloretos para concretos expostos durante 5,1 anos – •Fonte: Sandberg et al.,1998. P ã d ã • Propagação da corrosão Fi 16 Di d E d i fl ê i d d l ódi ódi i •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •Figura 16 - Diagramas de Evans mostrando a influência dos processos de controle catódico, anódico, misto e por resistência sobre a intensidade de corrosão – Fonte: Figueiredo, 1994. P ã d ã • Propagação da corrosão Efeito da umidade, resistividade e acesso de oxigênio, g O concreto seco possui uma alta resistividade. Nessas condições, o concreto não permite a mobilidade dos íons. À medida que a unidade interna do concreto aumenta, a resistência ôhmica vai diminuindo e o processo de corrosão pode se desenvolver, ô ca a d u do e o p ocesso de co osão pode se dese o e , caso a armadura esteja despassivada. Quando os poros do concreto estão saturados de água a resistividade éQuando os poros do concreto estão saturados de água, a resistividade é a menor possível, porém o oxigênio encontra maior dificuldade para chegar até a armadura. Nessa situação, o processo de corrosão está controlado pelo acesso de oxigênio ou seja controlado catodicamentepelo acesso de oxigênio, ou seja controlado catodicamente. As velocidades de corrosão máximas se dão em concretos com teores d id d lt é t •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia de umidade altos, porém sem saturar os poros. P ã d ã • Propagação da corrosão Efeito da temperatura O aumento da temperatura estimula a mobilidade das moléculas, favorecendo seu transporte através da microestrutura do concreto . Raphael e Shalon (1971) mostram que a corrosão aumenta duas vezes a cada aumento de 20C. Tuutti (1982) examinou os efeitos da temperatura a -20C e os resultados sugerem que a velocidade de corrosão é reduzida 10 vezes a cada redução de temperatura de 20ºC abaixo de 0C. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia P ã d ã • Propagação da corrosão Formação de macrocélulas de corrosão Por diferença de concentração de sais (íons cloreto).Por diferença de concentração de sais (íons cloreto). Por diferença de pH. Pela presença de fissuras. Por aeração diferencial. Pela formação de pilhas galvânicas. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Corrosão da armadura versus vida útil da t t • estrutura o e s e m p e n h o fi manchas mínimo de pro jeto despassivação d e destacamentos fissuras mínimo de serviço V ida útil de pro jeto mínimo de ruptura perda de aderência redução de secção tempo Vida útil última ou to tal V ida útil de serviço 2 V ida útil de serviço 1 tempo Vida útil residual V ida útil residual •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •Figura 17 - Vida útil de estruturas de concreto tomando-se por referência o fenômeno da corrosão de armaduras – Fonte: Helene, 1993. E t té i di ó ti d ã • Estratégia para diagnóstico da corrosão •Figura 18 – Fluxograma de atuação em casos de aparecimento de corrosão de armaduras – Fonte: Lichtenstein, 1985. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Mét d t ã t ã • Métodos para proteção contra a corrosão Proteção por barreira. Repassivação. Proteção catódica. Proteção por inibição. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Mét d t ã t ã • Métodos para proteção contra a corrosão •Figura 19 – Técnicas e materiais usados para proteção das armaduras contra a corrosão – •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •Figura 19 – Técnicas e materiais usados para proteção das armaduras contra a corrosão – •Fonte: Figueiredo e Meira, 2011.
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