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Cap36 - Concreto de alto e ultra-alto desempenho

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Capítulo 36
Concreto de Alto e Ultra-alto Desempenho
Bernardo F Tutikian – UNISINOSBernardo F. Tutikian – UNISINOS
Geraldo Isaia - UFSM
Paulo Helene – PhD Engenharia & 
C lt iConsultoria
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36.1 Introdução
• Cada vez exige-se do concreto;g ;
• As notáveis evoluções do cálculo estrutural, aliados ao 
maior conhecimento do comportamento mecânico do p
concreto e do aço, permitem que projetistas especifiquem 
estruturas cada vez mais arrojadas em concreto armado e 
t didprotendido;
• Por isso, foram desenvolvidas misturas especiais, com 
i d d i CC h d d Cpropriedades superiores aos CC, chamadas de Concretos 
de Alta Resistência (CAR ou HSC High Strenght Concrete), 
Concretos de Alto Desempenho (CAD ou HPC HighConcretos de Alto Desempenho (CAD ou HPC High 
Performance Concrete), e até, de Ultra-Alto Desempenho 
(CUAD ou UHPC Ultra-high Performance Concrete). 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
( g )
36.1 Introdução
• A incorporação de outros elementos no concreto, como p ç ,
aditivos, adições minerais, pigmentos e fibras e o uso de 
técnicas de execução diferenciadas, como a cura a altas 
t t õ it bt ã dtemperaturas e pressões, permitem a obtenção de 
concretos de última geração, que poderiam, teoricamente, 
atender a qualquer solicitação de projeto permitindo aatender a qualquer solicitação de projeto, permitindo a 
execução de estruturas esbeltas, duráveis e seguras para o 
usuário final;;
• Para atingir concretos duráveis, é necessário dosá-los com 
relação água/aglomerante (a/agl) inferior a 0,40, por ç g g ( g ) , , p
exemplo, porém sem prejudicar a trabalhabilidade da 
mistura. Isso somente é possível quando se utilizam 
diti l tifi t / l tifi t
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
aditivos plastificantes e/ou superplastificantes.
36.1 Introdução
• Por essas razões, quando se deseja projetar e construir , q j p j
edificações ou obras de infraestrutura de alto desempenho, 
devem-se planejar desde as fases iniciais do ante-projeto, 
j t ti d it t d t t dprojetos executivos de arquitetura, de estrutura, de 
instalações e outros – construção, uso e manutenção, de 
modo integrado para que todas essas fases estejammodo integrado para que todas essas fases estejam 
alinhadas no conceito de Construção de Alto Desempenho.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36.2 Definição
• CAD é um material que apresenta comportamento durante q p p
a utilização da construção em patamar mais elevado que 
os CC, atendendo satisfatoriamente às exigências 
id l i tá i l á irequeridas pelo proprietário ou pelo usuário em 
conformidade com os projetistas da estrutura de concreto;
E t d d h ã i tê i• Entende-se por desempenho não apenas a resistência 
mecânica, mas também a trabalhabilidade, a estética, o 
acabamento a integridade e principalmente aacabamento, a integridade, e, principalmente, a 
durabilidade;
• É comum que se confunda o CAD com o CAR mas nem• É comum que se confunda o CAD com o CAR, mas nem 
sempre um CAD é um CAR.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36.2 Definição
• Segundo o ACI (1998), pode-se definir o CAD como:g ( ), p
“um concreto que atenda uma combinação especial
entre desempenho e requisitos de uniformidade que nãop q q
pode ser atingida rotineiramente com o uso de
componentes convencionais e práticas normais de mistura,
l t ”lançamento e cura”.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36.3 Princípios básicos para o CAD
• Diminuição da relação água/aglomerante e da quantidade ç ç g g q
total e água por m³, através do uso de aditivos 
plastificantes e/ou superplastificantes;
• Otimização da granulometria dos agregados para aumentar 
o esqueleto inerte e obter maior compacidade, utilizando-se 
d úd d diâ t á iagregados graúdos de menor diâmetro máximo e 
adequada composição granulométrica dos finos;
R f d li õ í i i á i dá i• Reforço das ligações químicas primárias e secundárias 
entre as partículas, pelo uso de adições minerais que 
provocam o refinamento dos poros e dos grãosprovocam o refinamento dos poros e dos grãos, 
especialmente do silicato de cálcio hidratado (C-S-H).
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36.3 Princípios básicos para o CAD
• Assim, para transformar um CC em um CAD, além da , p ,
incorporação de aditivos químicos, adições minerais e 
agregados de melhor qualidade, devem-se estudar as três 
f d i tfases da mistura;
• Academicamente, separa-se o concreto em fases, a pasta 
d i t hid t d d t i ã dde cimento hidratada, a zona de transição e os agregados, 
apesar de a mistura ser um todo;
N lid d f i é• Na realidade, uma fase interage com a outra, porém, para 
fins didáticos, desconsidera-se essa condição. 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36.3 Princípios básicos para o CAD
36.3.1 Fase pasta de cimento hidratadap
• Para obter pastas de cimento hidratadas para CAD de até 
120 MPa, pode-se atuar apenas na diminuição da relação , p p ç ç
a/agl, para valores abaixo de 0,30, em massa, mistura 
homogênea e seleção adequada da matéria-prima;
• As características da pasta cimentícia dependem ainda da 
presença de adições minerais, geralmente pozolânicas 
íli i i l licomo a sílica ativa, cinza volante, metacaulim e outras. 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36.3 Princípios básicos para o CAD
36.3.2 Fase zona de transiçãoç
• A fase zona de transição é a mais frágil nos CAD, 
necessitando, portanto, um cuidado extra para diminuir sua , p , p
influência negativa;
• A zona de transição (ZT) é aquela região situada na ç ( ) q g
interface pasta-agregado, tanto para o agregado graúdo 
quanto para o miúdo.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36.3 Princípios básicos para o CAD
36.3.2 Fase zona de transiçãoç
Figura 1 – Representação esquemática da zona de transição nos concretos (MEHTA & 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
MONTEIRO 2008).
36.3 Princípios básicos para o CAD
36.3.3 Fase agregadosg g
• Ao aumentar a resistência dos concretos, principalmente 
após melhorar a pasta de cimento hidratada e a ZT, os p p ,
agregados tornam-se o elo fraco da mistura;
• Por isso, para o CAD, devem-se selecionar agregados de , p , g g
maior resistência, sendo fundamental o conhecimento das 
características da rocha mãe. 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36.3 Princípios básicos para o CAD
36.3.4 Interação entre as fases do CADç
• Foi descrito que para, melhorar as três fases do concreto, 
consequentemente a resistência final do CAD, é necessária q ,
a diminuição da relação a/agl, da porosidade da pasta de 
cimento hidratada e a seleção adequada de agregados;
• Para alcançar essas características simultaneamente, 
deve-se limitar a dimensão máxima dos agregados e 
b i ã d í d íbuscar a composição de curvas contínuas ou descontínuas 
de distribuição granulométrica, além da forma mais 
arredondada possívelarredondada possível. 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36 5 D
• A produção do CAD é mais complexa e sensível do que 
36.5 Dosagem
p ç p q
para outros concretos, devido às propriedades superiores 
deste material;
• Os métodos para dosagens de CAD mais utilizados são o 
Mehta-Aïtcin (1990), o de Aïtcin (2000), Nawy (1996) e o 
ét d IBRACON t bé li i tmétodo IBRACON, que também se aplica a essas misturas, 
conforme descrito no Capítulo 12 deste livro;
Ai d há é d d D L d (1990) T l• Ainda há métodos como o de De Larrard (1990), Torrales 
Carbonari (1996) eO´Reilly (1998). 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36 5 D
36.5.1 Método de Aïtcin
36.5 Dosagem
• O método é uma combinação de resultados empíricos com 
cálculos matemáticos, o que o torna relativamente simples, , q p ,
apesar de não haver uma garantia de obtenção das 
propriedades com exatidão.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36 5 D36.5 Dosagem
Método de Aïtcin
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36 5 D
36.5.2 Método de O´Reilly
36.5 Dosagem
y
• O método de dosagem proposto por O´Reilly (1998) pode 
ser dividido em duas partes: a primeira que determina, p p q ,
experimentalmente, a proporção entre os agregados, e a 
segunda que calcula, por meio de tabelas e aproximações, 
t tit i t d tos outros constituintes do concreto.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36 5 D
36.5.2 Método de O´Reilly
36.5 Dosagem
y
Primeira parte: Determinação da relação ótima dos 
agregados graúdos e miúdosg g g
)()( BdAd
100
)()( BA
AB
xBdxAdd 
dAB - massa específica da mistura dos agregados;
dA - massa específica da areia;
A - porcentagem de areia na mistura;p g ;
dB - massa específica do agregado graúdo (brita);
B - porcentagem de brita na mistura.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36 5 D
36.5.2 Método de O´Reilly
36.5 Dosagem
y
Primeira parte: Determinação da relação ótima dos 
agregados graúdos e miúdosg g g
d  100*
AB
ABAB
V d
dE 
EV – porcentagem de vazios na mistura;
dAB – massa específica da mistura;
AP – massa unitária da mistura 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36 5 D
36.5.2 Método de O´Reilly
36.5 Dosagem
y
Segunda parte: Determinação dos outros componentes 
do CAD
• O consumo de água e cimento do traço se determina com 
base na experiência anterior do executante do traço. Com p ç
isso, se mistura um traço experimental, e com os valores 
de resistência à compressão média do concreto, do 
i ili d d b l d lcimento utilizado e de constantes tabeladas pelo autor, se 
encontra a característica ‘A’ do agregado. A partir daqui, a 
etapa do método passa a ser empíricaetapa do método passa a ser empírica 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36 5 D
36.5.3 Métodos de O´Reilly e IBRACON em conjunto
36.5 Dosagem
y j
• Utilizando a primeira parte do Método de O´Reilly (1998), 
empacotamento dos agregados, com a elaboração dos p g g , ç
traços e diagramas de dosagem do Método IBRACON (ver 
Capítulo 12), pode-se chegar a um método combinado com 
t té i ô i f ôvantagens técnicas e econômicas, conforme propôs 
Tutikian (2007); 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36 5 D
36.5.3 Métodos de O´Reilly e IBRACON em conjunto
36.5 Dosagem
y j
• O primeiro passo é a determinação do esqueleto granular, 
por meio do empacotamento de dois em dois componentes, p p p ,
daqueles de maior dimensão até os de menor dimensão, 
definindo a mistura entre todos os agregados que 
t t l d iapresente o menor percentual de vazios;
• Com o esqueleto definido, parte-se para a execução de, no 
í i ê i i diá i bmínimo, três traços, o rico, o intermediário e o pobre;
• É importante ressaltar que, nesse momento, o teor de 
ã é i i ãargamassa não é mais constante, e sim, a proporção entre 
os agregados, determinada na etapa anterior. 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36 5 D
36.5.3 Métodos de O´Reilly e IBRACON em conjunto
36.5 Dosagem
y j
70
80
90
100
teor arg (%)
fcj (MPa)
91 dias
28 dias
7 dias
1 dia
30
40
50
60
70
0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9
10
20
30
1100200300400500600
a/cC (kg/m³) Cu (R$)
0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.91
2
3
4
100200300400500600
5
6
7
8
af = 20% m
ar = 32% m
b9,5 = 26,3% m
b19 = 21 7% m
C cim
Custo Exemplo de diagrama de dosagem 
com o teor de argamassa variando
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
8
9
m (kg/kg)
b19 21,7% m com o teor de argamassa variando 
(Tutikian, 2007).
36 6 P i d d d CAD
• Como a microestrutura do CAD é diferente do CC, é 
36.6 Propriedades do CAD
,
incorreto intuir que as propriedades no estado endurecido 
do CAD são apenas uma extensão das dos concretos 
iusuais;
• As propriedades dos CAD que mais se diferenciam dos CC 
ã l d hid t ã t ã tósão: calor de hidratação, retração autógena, cura, 
resistência à compressão, módulo de elasticidade e efeito 
das altas temperaturasdas altas temperaturas.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36 6 P i d d d CAD
36.6.1 Calor de hidratação
36.6 Propriedades do CAD
ç
• Para o concreto convencional, o calor de hidratação é 
proporcional ao consumo de cimento, visto que o aumento p p , q
da temperatura se deve às reações de hidratação 
exotérmicas, que são mais intensas nas idades iniciais;
• Entretanto, para o CAD esse comportamento nem sempre 
é válido, apesar de o consumo de cimento ser mais 
l d CCelevado que nos CC. 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36 6 P i d d d CAD
36.6.1 Calor de hidratação
36.6 Propriedades do CAD
ç
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Figura 6 – Aumento da temperatura no centro de colunas com fck de 35Mpa, 90Mpa e 120MPa (AÏTCIN, 2008).
36 6 P i d d d CAD
36.6.3 Resistência à compressão 
36.6 Propriedades do CAD
p
• A resistência à compressão dos CAD normalmente é maior 
do que nos CC;q ;
• Quando fixam-se relações a/agl baixas, melhora a ZT e 
seleciona agregados adequados, invariavelmente a g g q ,
resistência à compressão é afetada positivamente. 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36 6 P i d d d CAD
36.6.4 Módulo de elasticidade
36.6 Propriedades do CAD
• É importante o conhecimento do módulo de elasticidade em 
CAD, porque é uma propriedade intrínseca do concreto que , p q p p q
influi diretamente nas deformações dos elementos 
estruturais;
• Geralmente, a sua predição é realizada por intermédio da 
resistência à compressão, desde que exista uma relação 
i l i d d iproporcional entre essas propriedades, visto que os 
parâmetros que influem são os mesmos, embora em graus 
distintosdistintos. 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36 6 P i d d d CAD
36.6.4 Módulo de elasticidade
36.6 Propriedades do CAD
Figura 8 – Curvas tensão-deformação de CAD conforme norma norueguesa (HELLNAD, 1988).
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36 7 Ob E bl áti CAD
• A utilização do CAD vem se disseminando cada vez mais 
36.7 Obras Emblemáticas em CAD
ç
em obras no Brasil e no mundo, apesar de que o volume 
deste concreto ainda é ínfimo, se comparado com as 
li õ d CCVaplicações do CCV;
• As cidades brasileiras que mais se destacam nessa 
t l i ã Sã P l G iá C itib S l dtecnologia são São Paulo, Goiás, Curitiba e Salvador, mas 
encontram-se aplicações isoladas em outras regiões do 
paíspaís.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Obras Local Ano fck (MPa) 
Obras no Exterior 
Edifício Lake Point Tower Chicago – EUA 1965 50 
Edifício Water Tower Place Chicago – EUA 1970 60 
Plataforma Gullfaks Noruega 1981 70*Plataforma Gullfaks Noruega 1981 70
Arco da Defense Paris – França 1988 65* 
Ponte da Ilê de Ré França 1988 68 
Edifício Scotia Plaza Building Toronto – Canadá 1988 70 
Ponte Joigny França 1989 60 
Edifício Two Union Square Seattle EUA 1988 130**Edifício Two Union Square Seattle – EUA 1988 130One Peachtree Atlanta – EUA 1991 83*** 
Ponte Montée St-Rémi Canadá 1993 80* 
Ponte da Confederação Canadá 1997 72** 
Petronas Tower Kuala Lampur - Malásia 1999 80* 
Burg Khalifa Dubai 2009 80*Burg Khalifa Dubai 2009 80*
Obras no Brasil 
CNEC São Paulo 1989 65 
Ponte sobre o Rio Maranhão Goiás - 50 
Edifício Banco de Tóquio Salvador 1990 60 
S T ib l d J ti B íli 1993 72Supremo Tribunal de Justiça Brasília 1993 72
Edifício Suarez Trade Center Salvador 1993 60 
Edifício Golden Park Santa Maria 1994 60+ 
Torre das Nações Unidas São Paulo 1997 50 
Pavimento da Ponte Rio Niterói Rio de Janeiro 2000 65 
Museu Oscar Niemeyer Curitiba 2000 35****
Edifício Evolution Towers Curitiba 2000 60 
Edifício e-Tower São Paulo 2002 115*** 
Museu Iberê Camargo Porto Alegre 2005 45 
Edifício Buenos Aires Curitiba 2007 50 
Centro Empresarial Antártica Ponta Grossa – PR 2007 70
Edifício Palazzo Lumini Curitiba 2010 50 
* Resistências medidas em cubos. O resultado deve ser multiplicado por 0,80 para se ter 
correlação com cp´s cilíndricos. 
** Resistências médias. Estas sempre são mais altas que o fck. 
Quadro 6 –
Principais obras
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
*** fck,est. Normalmente o fck,est é maior do que o fck.
**** fck estimado aos três dias. 
+ Resistência característica de pilares. Concreto com 50% de cinza volante e 3% de sílica ativa. 
 
Principais obras 
em CAD (Bezerra, 
2005; Christofolli, 
2007; Bianchini, 
2010).
36 7 Ob E bl áti CAD
• Observa-se que, no Brasil, o recorde de maior fck obtido 
36.7 Obras Emblemáticas em CAD
q , ,
em 2002, que perdura até hoje é do edifício e-Tower, em 
São Paulo (HELENE & HARTMANN, 2003), com 125 MPa 
d i tê i édi 115 MP d i tê ide resistência média e 115 MPa de resistência 
característica de projeto estimada (fck,est) e fck=80 MPa 
de resistência de projeto;de resistência de projeto;
• Resultados individuais obtidos a idades superiores a 1ano 
alcançaram os 155 5 MPaalcançaram os 155,5 MPa.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36.8 Concreto de Ultra-alto Desempenho 
(CUAD)
• Cada vez mais, busca-se aumentar a resistência à 
(CUAD)
,
compressão dos concretos, para obter um produto tão 
resistente e durável quanto uma rocha, porém fácil de 
ld l f di ãmoldar-se em qualquer forma e dimensão;
• Assim como os CAD são uma evolução frente aos CC, a 
l ã d CAD é t d ó ti (CPR)evolução dos CAD é o concreto de pós reativos (CPR) –
Reactive Powder Concrete (RPC), também conhecido 
como concreto de ultra alto desempenho (CUAD);como concreto de ultra alto desempenho (CUAD);
• Em termos de escala o CPR está para o CAD na proporção 
de 1:100de 1:100. 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36.8 Concreto de Ultra-alto Desempenho 
(CUAD)(CUAD)
Figura 12– Comparação de texturas entre CAD (esquerda) e CPR (direita) (RESPLENDINO, 2011).
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36.8 Concreto de Ultra-alto Desempenho 
(CUAD)(CUAD)
Figura 14 – Porosimetria de Hg comparativa entre CC, CAD e CPR
(ULTRA HIGH-PERFORMANCE CONCRETE, 2011).
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
(ULTRA HIGH PERFORMANCE CONCRETE, 2011).
36.8 Concreto de Ultra-alto Desempenho 
(CUAD)(CUAD)
Figura 16 – Curvas tensão-deformação de diversos tipos de concretos: convencional, de alto desempenho, de pós-reativos 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
g ç p p p
sem e com fibras, com e sem confinamento e/ou pressão (AÏTCIN, 2000).
36.8 Concreto de Ultra-alto Desempenho 
(CUAD)
• Após os processos de execução do CPR, que incluem 
(CUAD)
p p ç , q
curas a altas temperaturas e pressões, adiciona-se a fibra 
metálica para conferir ao material a ductilidade e 
i tê i à t ã à fl ã á i li iresistências à tração e à flexão necessárias para eliminar 
as armaduras na estrutura final;
S d lt i d d â i• Sem armaduras e com as altas propriedades mecânicas, 
pode-se diminuir a espessura dos elementos por não 
necessitar de cobrimento e por absorver as solicitaçõesnecessitar de cobrimento e por absorver as solicitações 
com pouca quantidade de material.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36.8 Concreto de Ultra-alto Desempenho 
(CUAD)(CUAD)
Quadro 8 – Dosagens típicas do CPR (em massa). 
 
CPR 200 MPa CPR 800 MPa CPR 200 MPa CPR 800 MPa
Materiais Sem fibras Com fibras Agregados de sílica 
Agregados 
metálicos 
Cimento Portland 1 1 1 1 1 1 
Sílica ativa 0 25 0 23 0 25 0 23 0 23 0 23Sílica ativa 0,25 0,23 0,25 0,23 0,23 0,23
Areia (150-600µm) 1,1 1,1 1,1 1,1 0,5 - 
Quartzo (d50 = 10 µm) - 0,39 - 0,39 0,39 0,39 
Aditivo superplastificante 0,016 0,019 0,016 0,019 0,019 0,019 
Fib táli (L 12 ) 0 175Fibra metálica (L=12 mm) - - 0,175 - - -
Fibra metálica (L=3 mm) - - - - 0,630 0,630 
Agregados metálicos <800 µm - - - - - 1,49 
Água 0,15 0,17 0,17 0,19 0,19 0,19 
P ã d t ã 50 MP 50 MPPressão de compactação - - - - 50 MPa 50 MPa 
Temperatura de tratamento 
térmico 20°C 90°C 20°C 90°C 250 - 400°C 250 - 400°C 
 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36.8 Concreto de Ultra-alto Desempenho 
(CUAD)
36.8.4 Exemplo de obras
(CUAD)
p
• Na Figura 18, são representadas as seções de quatro tipos 
de materiais, CPR, aço, concreto protendido e concreto , , ç , p
armado, com mesma capacidade portante, para fins de 
comparação.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Figura 18 – Seções de peças de CPR, aço, concreto protendido e concreto 
armado com mesma capacidade portante (WALRAVEN, 2000).
36.8 Concreto de Ultra-alto Desempenho 
(CUAD)
36.8.4 Exemplo de obras
(CUAD)
p
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•Editor: Geraldo C. Isaia
Figura 20 – Seção transversal da viga inferior da passarela de Sherbrooke (BLAIS & COUTURE, 1999).
36.8 Concreto de Ultra-alto Desempenho 
(CUAD)
36.8.4 Exemplo de obras
(CUAD)
p
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•Editor: Geraldo C. Isaia
Figura 20 – Passarela Seonyu, Coréia do Sul.
36.8 Concreto de Ultra-alto Desempenho 
(CUAD)
36.8.4 Exemplo de obras
(CUAD)
p
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
Figura 21 – Posto de Pedágio do Viaduto Millau, França.
36 9 C id õ fi i36.9 Considerações finais
• Parece claro que o CAD tem um potencial latente a ser q p
explorado, mesmo já existindo exemplos de aplicação de 
destaque no cenário atual;
• Apesar de já haver um domínio do meio acadêmico e 
produtivo das técnicas a respeito dessa tecnologia, o uso 
d CAD i d tá t it it õ i ido CAD ainda está restrito a situações especiais, em que 
não é possível a utilização do CC.
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia
36 9 C id õ fi i36.9 Considerações finais
• Paralelamente a isso, vem surgindo o CPR, o mais , g ,
representativo dos CUAD, o qual ainda carece de mais 
estudos e aplicações práticas, ao menos em âmbito 
b il i t d í i l t d t i lbrasileiro, para ter-se um domínio completo do material;
• Espera-se, em breve, poder relatar a primeira aplicação 
áti d B il ó té i d ãprática desse no Brasil, após as técnicas de execução 
serem dominada pela indústria. 
•Livro Concreto: Ciência e Tecnologia
•Editor: Geraldo C. Isaia

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