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Os conhecimentos apreendidos serão de fundamental importância para a reflexão teórica envolvendo a compreensão necessária de que o direito, para ser entendido e estudado enquanto fenômeno cultural e humano, precisa ser tomado enquanto sistema disciplinador de relações de poder, a partir da metodologia utilizada em sala com a aplicação dos casos concretos, a saber:
 
Caso Concreto 1
Direito subjetivo, direito potestativo, poder jurídico e faculdade jurídica.
 
Doutor MARIO CLÁUDIO, advogado, recebeu, em seu escritório, o senhor ALBERTO LOUZADA que, em lágrimas, contou-lhe todo o problema pelo qual vinha passando; casado há mais de 25 (vinte e cinco) anos com FLORIBELA LOUZADA , alguns dias atrás, recebeu carta anônima informando-o da traição de sua amada esposa com um estivador de nome SERGIO LUIZ, vulgo SERJÃO, que trabalhava no cais do porto de Vitória, cidade em que residia. Tomado de cólera, após discussão com sua esposa e de ter a certeza de toda a verdade, quase cometeu uma loucura, matando-a. A tempo percebeu a besteira que iria fazer com seu ato insano. Resolveu, então, procurar o advogado, a fim de que fossem tomadas todas as providências assecuratórias e necessárias para a devida separação judicial litigiosa. Ficou acordado que os serviços advocatícios prestados pelo doutor MARIO CLÁUDIO custariam R$ 3.000,00 (três mil reais). O processo judicial foi iniciado então. Ocorre que, no decorrer do processo, o senhor ALBERTO LOUZADA ficou insatisfeito com os serviços prestados e resolveu revogar o mandato, pelo qual havia conferido poderes ao advogado.
 
Tendo em vista o caso narrado, responda:
a)   A revogação do mandato, praticada pelo senhor ALBERTO LOUZADA, é hipótese de direito subjetivo ou de direito potestativo?   Por quê?  
R: direito potestativo. Trata-se de um contrato de Prestação de Serviços Advocatícios. Dependendo do tipo de contrato que foi feito entre as partes, salvo cláusula impeditiva. A revogação do mandato é hipótese de direito potestativo. Não comportando rejeição do sujeito passivo. Posto que o Sujeito ativo estará praticando ato de acordo com o direito, expresso através de uma manifestação de vontade.
b)   Qual a diferença entre o direito subjetivo e o direito potestativo?
 R: Direito Subjetivo é a vantagem conferida ao sujeito de relação jurídica, em decorrência da incidência da norma jurídica ao fato jurídico gerador por ela considerado suporte fático.
Direito Potestativo é um direito subjetivo que não cabe contestações, Não implica, por outro lado, num determinado comportamento de outrem, nem é suscetível de violação, o direito potestativo não se confunde com o direito subjetivo, porque a este se contrapõe um dever, o que não ocorre com aquele, espécie de poder jurídico a que não corresponde um dever, mas uma sujeição, entendendo-se como tal a necessidade de suportar os efeitos do exercício do direito potestativo atua esfera jurídica de outrem, sem que este tenha algum dever a cumprir
Caso Concreto 2
Direito subjetivo, direito potestativo, poder jurídico e faculdade jurídica.
 
Dona ALMERINDA DE SANTA CLARA não teve filhos e está viúva há treze anos, desde então administra pessoalmente seu conglomerado de empresas ligadas ao ramo da construção civil, avaliadas em torno de alguns milhões de reais, localizadas em Macapá, no Amapá.
Dona ALMERINDA conta com a ajuda de CARLOS ROBERTO, seu sobrinho mais novo, em uma das fábricas. 
Além de CARLOS, os únicos parentes vivos que Dona ALMERINDA possui são Marcos e Ricardo, irmãos  mais velhos de Carlos, e seus inimigos mortais. 
Como Dona ALMERINDA não possui um testamento escrito, MARCOS e RICARDO resolvem exigir que o testamento seja feito o quanto antes e que Dona ALMERINDA deixe a fábrica em que CARLOS trabalha para ele e que os demais bens sejam divididos entre os dois. Como Dona ALMERINDA se recusa, afirmando que tem a faculdade jurídica de fazer ou não qualquer testamento, seus dois sobrinhos contra-argumentam, afirmando que, como ela não tem filhos, é obrigada a fazer o testamento sim, em razão de um dever jurídico.
A partir do caso acima narrado, responda:
 
Afinal, Dona ALMERINDA tem faculdade jurídica ou dever jurídico em relação a seu testamento?
R: R: Faculdade Jurídica, pois Dona Almerinda tem discernimento para fazer o que ela quiser;
Se os sobrinhos, MARCOS e RICARDO, obrigassem Dona ALMERINDA, através de meios coercitivos, a fazer um testamento, estariam violando sua faculdade jurídica de testar?
R: Sim, a faculdade jurídica é o poder que o sujeito possui de obter, por ato próprio, um resultado jurídico independentemente de outrem.
c)   Existe distinção entre faculdade jurídica e direito potestativo? Por quê?
 
Sim pois o direito potestativo é poder conferido ao respectivo titular de produzir um efeito jurídico mediante uma declaração unilateral de vontade,com ou sem formalidade, ou integrada por uma anterior decisão judicial.
Já a faculdade jurídica consiste no poder de agir, compreendido no direito, não tem vida própria, sucedendo logicamente ao direito, podendo deixar de ser exercida sem afetar a existência do direito.
Caso Concreto 3
 
Dever jurídico, sujeição, obrigação e ônus.
CLEVSON é filho único de Dona GERTRUDES, viúva aposentada do Tribunal de Contas do Estado do Ceará, e sempre temeu não ser bem entendido pela mãe quando resolvesse sair de casa para morar só.
Finalmente este dia chegou. Depois de assinar o contrato de locação, receber o regulamento do condomínio e fazer a mudança para instalar-se num apartamento conjugado no Edifício Condados do Tajmahal, em Fortaleza/CE, CLEVSON DE SANTA CRUZ resolveu tirar o fim de semana para ler com calma toda a papelada que recebera e assinara. 
CLEVSON ficou meio assustado com o que viu: como locatário, não poderia violar o direito de posse/propriedade alheio, teria que pagar o aluguel estabelecido mensalmente, conservar e restituir o imóvel; como condômino, tinha que submeter-se às regras do condomínio e se, por acaso, deixasse de pagar o aluguel e fosse acionado na justiça, teria que, como réu, contestar a ação.
 
Aponte a natureza jurídica de cada uma das tarefas assumidas por CLEVSON.
R: No caso da posse propriedade alheio, a natureza jurídica é a ocupação por ele feita com suas respectivas responsabilidades; Quanto ao pagamento do aluguel, sua natureza jurídica é de fiel depositário; na conservação do imóvel, a natureza jurídica é a de danos materiais, Quanto ao condomínio, a natureza jurídica é de direitos e deveres impostos.
b)   Por que essas tarefas possuem natureza jurídica distinta? Justifique-as.
 
Porque para cada tarefa existe uma obrigação e a natureza jurídica é como se fosse um efeito diferenciado para cada caso
Caso Concreto 4
 Dever jurídico é a necessidade imposta pelo direito (objetivo) a uma pessoa de observar determinado comportamento. É uma ordem, um comando, uma injunção dirigida à inteligência e à vontade dos indivíduos, que só no domínio dos fatos podem cumprir ou deixar de o fazer .O dever jurídico corresponde aos direitos subjetivos, não se confunde com o lado passivo das obrigações. Ao dever jurídico podem contrapor-se, no lado ativo da relação, não só os direitos públicos, mas ainda, no âmbito restrito do direito privado, tanto os direitos de crédito como os direitos reais, os direitos de personalidade, os direitos conjugais e dos direitos de pais e filhos. Forneça um exemplo de cada.
Direitos de crédito: decorrentes de precatório judicial
Direitos reais: Se você é proprietário, será pela vida inteira, até que venda;
Direitos de personalidade: Pessoa humana;
Direitos conjugais: Regime de bens;
Direitos de pais e filhos: Guarda e Pensão

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