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0 CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO BACHARELADO EM ENFERMAGEM ESTÁGIO CURRICULAR II MANAUS 2019 1 ALÍCIA ARAÚJO FERREIRA ESTUDO DE CASO: SUICÍDIO INFANTIL – TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE. Estudo de Caso realizado no mês de setembro de 2019, no SPA Enfa. Eliememe Mady – SPA do Galiléia, e no CAIC Dr. Moura Tapajós, para obtenção de nota do Estágio Curricular II em Saúde da Criança, sob orientação da Enfa. Vanderlúcia Marques. MANAUS 2019 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 1. ESTUDO DE CASO CLÍNICO 1.1 Anamnese 1.2 Queixa Principal 1.3 História da Doença Atual 1.4 História Pregressa 1.5 História Imunológica 1.6 História Alimentar 1.7 Exame Clínico Diário 1.8 Exame Físico 2. FISIOPATOLOGIA DO TRANSTORNO BIPOLAR E DA DEPRESSÃO 3. DIAGNÓSTICO 4. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 5. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO 6. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM 7. EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS 3 INTRODUÇÃO A ideação suicida é comum na idade escolar e na adolescência; as tentativas, porém, são raras em crianças pequenas. Tentativas de suicídio consumado aumentam com a idade, tornando-se comuns durante a adolescência. Crianças suicidam com fatores desencadeantes: discussão com os pais, problemas escolares, perda de entes queridos e mudanças significativas na família e transtornos de personalidade. Os transtornos mentais mais comumente associados ao comportamento suicida são depressão, mania ou hipomania, estados mistos ou ciclagem rápida, transtornos de conduta e abuso de drogas (Shafer, 2001). Mas crianças e adolescentes com humor irritável, agitação psicomotora, delírios, crise de violência súbita e alucinações auditivas também apresentam alto risco de suicídio a curto prazo. O suicídio tem sido um tema bastante debatido nos dias atuais e uma das justificativas para isso são as estimativas apresentadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de que, no ano de 2020, cerca de 1,53 milhão de pessoas cometerão suicídio, o que representa um ato suicida a cada dois segundos (BERTOLOTE; FLEISHMANN, 2002 apud MELEIRO et. al, 2004). Ainda segundo a OMS e o Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS), no Brasil esse índice aumentou em 21% entre os anos de 1980 e 2000, representado em sua maior parte por indivíduos do sexo masculino. Já na população adolescente, Abasse et al (2009), cita que houve um aumento da taxa de suicídio de 47,5% no período entre os anos 2000 e 2004. Este fato pode estar relacionado ao fato de que a fase da adolescência é marcada por um período de desenvolvimento e transição, que refletem em alterações físicas, psíquicas e sociais, onde as relações podem vir acompanhadas de conflitos, dúvidas e angústias. Tendo em vista esses fatores a ideação suicida na adolescência pode ser subestimada com relação ao comportamento autodestrutivo, a mudança e a construção dos ideais de vida Mesmo com números crescentes falar sobre a morte ou sobre os motivos que levaram o indivíduo a atentar contra a própria vida são assuntos que não são vivenciados com clareza na sociedade, não são comentados, investigados e apresentados da mesma maneira que se pode observar em campanhas de conscientização da população para com outras doenças e comorbidades (BARBOSA; MACEDO; SILVEIRA, 2011). 4 Este fato pode ser explicado pelo preconceito, estigma e receio de instigação do ato suicida existentes ainda hoje dentro da sociedade e das famílias, gerando assim um tabu em torno do assunto. Existe ainda uma banalização das expressões do desejo de morte e da depressão, que são um dos principais fatores envolvidos na ideação suicida. Além disso, a falta de informação com relação ao manejo destas situações, faz com que o assunto se torne evitado e até mesmo velado. O suicídio tem se tornado um problema de saúde pública devido ao seu crescimento significativo nas últimas décadas, tendo uma predominância em ocorrências no sexo masculino, porém com transição de idosos para adolescentes de idades acima de 14 anos (SIM/MS, 2000). De acordo com a cartilha de prevenção ao suicídio voltada para conselheiros publicada em 2006 pela OMS, a adolescência é uma fase propensa aos pensamentos suicidas devido às mudanças que ocorrem durante a sua passagem. Fatores complexos como as mudanças no humor em virtude de transtornos de personalidade, problemas sociais e comportamentais, o uso de substâncias, associados à fatores como uma vida familiar conturbada, bullying, estresse e baixo rendimento escolar podem acarretar em sentimentos de desesperança e desamparo, resultando na tentativa de suicídio (OMS, 2006). Ainda de acordo com a OMS, entre os adolescentes o ato suicida está amplamente relacionado ao histórico de doenças psiquiátricas na família, negligência ou abuso sexual na infância, baixo nível de apoio parental, problemas com a lei ou disciplinares, contato com armas de fogo, abuso psicológico por parte de colegas ou familiares, tentativa anterior e suicídio de familiares ou conhecidos. O momento de passagem da infância para adolescência gera problemas existenciais, que podem levar os adolescentes a apresentarem pensamentos suicidas em baixa frequência e de forma esporádica, isso é caracterizado como parte normal do processo de entender o significado da sua existência ou da sua morte, além disso nessa fase existe a dependência e a independência extremas e esses anseios podem ou não ser relatados a família (MOREIRA; BASTOS, 2015). O adolescente entra em conflito consigo mesmo a partir do momento em que não se identifica mais como criança, porém também ainda não possui habilidades sociais e psíquicas necessárias para a resolução de problemas complexos da vida adulta. Por isso, na adolescência é comum a manifestação de sentimentos ambivalentes e comportamentos autodestrutivos. Estes comportamentos tendem a se dissipar conforme o amadurecimento do indivíduo, porém quando o adolescente não consegue elaborar soluções para os problemas dessa transição a não ser pela 5 finalização da vida, esta questão precisa ser acompanhada de forma mais próxima e de maneira mais efetiva. Muitos dos comportamentos apresentados pelos adolescentes, segundo Moreira e Bastos (2015), são típicos dessa fase, por isso deve-se atentar às frustrações demonstradas, para identificar o que é patológico do que não é. Uma vez que o adolescente executa o ato, o impacto da ação suicida, mesmo quando não efetivado, reflete não apenas no próprio indivíduo mas nos familiares, amigos e demais pessoas que socialmente o acompanham, gerando consequências tanto materiais quanto psicológicas, ou seja, não é somente a pessoa que produz o ato que sofre (WENZEL; BROWN; BECK, 2010). Devido a isso, os mesmos autores enfatizam ainda que o acompanhamento realizado ao paciente com ideação suicida deve ser estendido também aos familiares ou acompanhantes, pois a falta de informações a respeito do risco de ocorrer uma nova tentativa e também, a importância de verificar comportamentos que podem ser destrutivos como isolamento social, ideias de autopunição, verbalizações sobre o desejo de morrer, tristeza acentuada e desesperança são fatores que podem levar o sujeito a efetivação do suicídio ou a uma nova tentativa (WENZEL; BROWN; BECK, 2010). A identificação que o adolescente faz através do reconhecimento das relações sociais são fundamentais para a formação da subjetividade e construção da resiliência e capacidade de resolução de conflitos, que se dá a partir da sua inserção e significância nos grupos aos quais pertence e que lhe fornecem suporte emocional, afetivo, psicológico e social. Segundo Moreirae Bastos (2015) e Wang e Ramadam (2004) é preciso entender a subjetividade e a história que desencadeou a ação, considerando que a morte para a maioria dos indivíduos é temida, porém para outros, pode surgir em sua história como um fim para o sofrimento para o qual não havia mais solução, sendo um alívio ou um ato de desespero e insanidade momentânea. Com isso fica evidente a dificuldade de abordagem do sujeito com um único motivo, porque cada ser humano é único, com suas limitações e capacidades. 6 1. ESTUDO DE CASO CLÍNICO 1.1 Anamnese Data da admissão: 10/09/19, adolescente AOPCR, feminina, 13 anos, parda, natural de Manacapuru-AM, residente no bairro Cidade Nova, estudante, deu entrada no SPA Enfa. Eliememe Mady com indícios de tentativa de suicídio, hipocorada, dispinéica, taquicárdica, hipoglicêmica, estado nutricional abaixo do padrão, lesão no pescoço causada com material perfurocortante. A tia materna da adolescente informou que a mesma confessou que pegou uma espécie de faca que estava sobre a bancada da cozinha e decidiu intentar contra a própria vida, pois os coleguinhas de escola a discriminavam muito por ser extremamente magra. Reforçou, ainda que a sobrinha sempre falava que queria morrer por se achar feia e magra demais. Ela foi examinada e avaliada pelo médico cururgião plantonista que a encaminhou para a emergência e para cuidados psicológicos. 1.2 Queixa Principal Incisão superficial no pescoço a esquerda. . 1.3 História da Doença Atual A adolescente encontra-se em quadro depressivo por transtorno de personalidade Borderline. 1.4 História Pregressa Tia verbalizou que por ser muito magra, a jovem vem sofrendo bullyng e discriminação na escola a mais de dois anos e que a adolescente passou a ter comportamento de tristeza e apatia com relatos de vontade de morrer e que já havia intentado contra sua própria vida no mês de fevereiro deste ano quando, na oportunidade, mutilou um dos pulsos. 1.5 História Imunológica Cartão vacinal não atualizado. 7 1.6 História Alimentar Nutrição muito abaixo do padrão. 1.7 Exame Clínico Diário Acopanhamento nutricional especializado. Acompanhamento Psicológico especializado diário e sempre que necessário. Acompanhamento diário com a Enfermagem para realização de curativos Acopanhamento de SSVV de 6/6 h. 1.8 Exame Físico Impressão geral: peso 38Kg, altura, 1,52 m, consciente, orientada em tempo e espaço, apática, afebril, leve hipotermia, hipocorada, hipoglicêmica, bradipneica, braditensa, estado nutricional muito abaixo do padrão, derme desidratada. Mucosas: hipocoradas, couro cabeludo íntegro, higiene oral satisfatória. Cabeça e crânio: orofaringe normal sem uso de prótes, pescoço com lesão por material perfurocortante a esquerda, expansão toráxica lenta. Mamas: sem anormalidades. Sistema cardiovascular: bradicárdica. Trato Urinário: diurese presente, evacuações presentes. Órgãos genitais: preservados. Aparelho locomotor: músculos e ossos preservados. MMSS: músculos e ossos preservados. MMII: com mobilidade preservada. SSVV: T 34,0ºC, PA: 94x61mmHg, R: 15 rpm, P: 58 bpm, Glicemia Capilar: 60 mg/dL. 2. FISIOPATOLOGIA DO TRANSTORNO DE PERSONALIDAE BORDERLINE E DA DEPRESSÃO A bioquímica tem sido um dos campos mais frutíferos no estudo da fisiopatologia da Depressão, ainda que os achados não permitam grandes conclusões. As primeiras hipóteses biológicas da fisiopatologia dos Transtornos Afetivos nasceram juntamente com o estudo dos possíveis mecanismos de ação dos antidepressivos. As primeiras hipóteses biológicas foram da deficiência de catecolaminas, logo seguida pela hipóteses da deficiência de indolaminas. Esta hipótese postulava, em síntese, que a 8 depressão seria o resultado de um déficit central de noradrenalina, e que a mania poderia dever- se a um excesso cerebral desse neurotransmissor. Acreditava-se, e ainda muitos acreditam, que a depressão estaria relacionada ao funcionamento bioquímico inadequado da atividade de neurotransmissores, notadamente da serotonina, noradrenalina e dopamina. E de fato, a hipótese de hipofuncionamento dos sistemas de neurotransmissores ganhou mais credibilidade depois que alguns antidepressivos agiam aumentando esses neurotransmissores e, concomitantemente, melhorando a depressão. Entretanto, estas hipóteses não explicavam a falta de eficácia imediata dos tratamentos antidepressivos, apesar desses medicamentos aumentarem as concentrações sinápticas de serotonina e de noradrenalina quase imediatamente. Realmente, hoje se aceita mais a idéia de que o aumento da disponibilidade de neurotransmissores melhora o quadro depressivo, que é o que fazem os antidepressivos. Isso parece indiscutível. Mas, cada vez mais, aceita-se a idéia de que a depressão não pode ser atribuída exclusivamente ao hipofuncionamento desses neurotransmissores ou à diminuição de seus níveis no cérebro. Pode tratar-se de uma fisiopatologia multifatorial. A idéia de que outros mecanismos podem estar envolvidos na origem da Depressão começou a ser melhor pensada depois de se constatar que os níveis dos neurotransmissores aumentam 3 horas depois de tomados os antidepressivos, mas a melhora da depressão só acontece de 2 a 3 semanas depois. Porque essa discrepância entre aumento de neurotransmissores e melhora da depressão? Isso não se sabe ao certo. Outro achado que suscitava dúvidas sobre a causa exclusiva da hipofunção de neurotransmissores, foi que a deficiência de noradrenalina e/ou de serotonina, assim como de seus metabólitos no líquido cefalorraquidiano (LCR), no sangue ou na urina, nunca foi consistentemente demonstrada em pacientes depressivos, apesar dos múltiplos esforços nesse sentido. Os trabalhos que atestavam eventual deficiência de catecolaminas e metabólitos em pacientes deprimidos não eram confirmadas por outros estudos. FONTE: www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=57 Em situação normal, sem Depressão, o número de neuroreceptores no neurônio 2 (pós- sináptico) é normal. 9 Os avanços recentes no conhecimento da complexa regulação da síntese dos neurotransmissores e de sua liberação a nível sináptico, os conhecimentos dos neuroreceptores pré e pós-sinápticos, juntamente com as interações desses neuroreceptores com os sistemas de segundos e terceiros mensageiros, assim como as relações dos diferentes neurotransmissores entre si e com outras substâncias, entre muitos outros achados, obrigam a modificar as hipóteses biológicas mais antigas sobre a fisiopatologia dos Transtornos Afetivos. Mas, apesar dessas novas e esperançosas hipóteses mais modernas, vários neurotransmissores (serotonina, noradrenalina, dopamina, GABA, acetilcolina) e neuropeptídeos (somatostatina, vasopresina, colecistocinina, opióides endógenos, etc) continuam se relacionando atualmente, de uma forma direta ou indireta, na patogenia dos Transtornos Afetivos. Entre essas substâncias, aquelas que parecem continuar mais implicadas em investigações são os neurotransmissores noradrenérgicos e, sobretudo, a serotonina, ainda que o modelo baseado na carência dessas substâncias tenha cedido terreno a teorias baseadas no desequilíbrio entre os sistemas de neurotransmissão e na desregulação dos neuroreceptores, os quais comandam a atividade desses neurotransmissores. FONTE: www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=57 Na Depressão, à medida em que escasseiam os neurotransmissores, aumen- tam os neuroreceptores. Portanto, hoje em dia a tônica das hipóteses recai sobre os neuroreceptores, os quais, ao invés de estruturas rígidas, passam a ser considerados estruturas plásticas que se adaptam e respondem à homeostasia orgânica e às alterações dos neurotransmissores. Existem dados sugestivos de que as alterações do sistemade neurotransmissores podem ocorrer como conseqüência de mudanças no número e/ou na sensibilidade dos neuroreceptores pré e pós-sinápticos no Sistema Nervoso Central, sem que haja, obrigatoriamente, uma alteração na quantidade do próprio neurotransmissor. As hipóteses 10 baseadas na "deficiência" de neurotransmissores têm sido, pois, substituídas por hipóteses mais enfocadas nos neuroreceptores. Estas novas hipóteses sugerem que a Depressão poderia estar relacionada mais à uma desregulação da sensibilidade do neuroreceptor do que com deficiências do neurotransmissor, e que a demora dos efeitos terapêuticos do tratamento antidepressivo estaria relacionado com alterações na sensibilidade dos neuroreceptores dependentes do tempo de uso dos medicamentos. Outra idéia é a de que os neuroreceptores, por serem proteínas, têm sua quantidade aumentada ou diminuída apenas por síntese ou degradação e, ao tratar-se de um processo que consome tempo, este poderia ser a causa da lenta ação terapêutica dos antidepressivos. Os neuroreceptores têm como missão, receber mensagens químicas específicas e traduzi-las nas correspondentes respostas neuronais pós-sinápticas. Acredita-se que a superfície externa do neuroreceptor serve para reconhecer e unir-se ao neurotransmissor, enquanto a superfície interna efetua as alterações intracelulares esperadas. Cada neuroreceptor tem no mínimo dois componentes, um de reconhecimento e outro efetor (superfície externa e interna, respectivamente), e existe um conjunto mais o menos complexo de componentes intermediários em dependência do tipo de neuroreceptor. Seriam os neuroreceptores, mais que os neurotransmissores, que determinariam qual neurotransmissor atuará sobre a célula e, curiosamente, se essa ação será excitatória ou inibitória. Ainda sobre neuroreceptores e ação dos antidepressivos, tem-se suposto que os antidepressivos tricíclicos inibem imediatamente o mecanismo de recaptação de noradrenalina e/ou de serotonina pelo neurônio pré-sináptico, o que originaria um aumento da disponibilidade desses neurotransmissores (noradrenalina e serotonina) para serem captados pelos neuroreceptores pós-sinápticos. Como resposta, estes neurônios pós-sinápticos acabam por reduzir o número de seus neuroreceptores e, muito possivelmente, também da sensibilidade e atividade deles (dowm regulation). A correlação encontrada entre a dowm regulatiom dos neuroreceptores pós-sinápticos e a resposta clínica aos antidepressivos é provavelmente um dos poucos dados que sugerem um papel direto do sistema noradrenérgico na depressão. Descobriu-se também a existência de auto-receptores inibidores no neurônio pré- sináptico, o qual se estimularia com o aumento na concentração do neurotransmissor no espaço intersináptico e inibiria a liberação do mesmo neurotransmissor pelo neurônio pré-sináptico (dai o nome auto-receptor). 11 Enfim, as hipóteses da desregulação no número e na sensibilidade do neuroreceptor sugerem que, em síntese, as deficiências funcionais na neurotransmissão podem ocorrer mesmo com níveis normais de neurotransmissores, e não têm sido conclusivos os estudos para identificar uma clara evidência entre as deficiências catecolaminas e indolaminas nos pacientes depressivos. 3. DIAGNÓSTICO O diagnóstico da depressão é clínico, feito pelo médico após coleta completa da história do paciente e realização de um exame do estado mental. Não existe exames laboratoriais específicos para diagnosticar depressão. Subtipos de Depressão: Distimia: É um quadro mais leve e crônico. As alterações estão presentes na maior parte do dia, todos os dias, por, no mínimo, dois anos. Podem ocorrer oscilações, mas prevalecem às queixas de cansaço e desânimo durante a maior parte do tempo. Geralmente, se mostram como pessoas excessivamente preocupadas, que apresentam um sentimento persistente de preocupação. As alterações de apetite, libido e psicomotoras não são frequentes, é mais comum sintomas como letargia e falta de prazer pelas coisas que antes eram prazerosas. Na maioria dos casos, se inicia na adolescência ou no princípio da idade adulta. Depressão endógena: Caracteriza-se pela predominância de sintomas como perda de interesse ou prazer em atividades normalmente agradáveis, piora pela manhã, falta de reatividade do humor, lentidão psicomotora, queixas de esquecimento, perda de apetite importante e perda de peso, muita desanimo e tristeza. Depressão Atípica: Apresenta uma inversão dos sintomas: aumento de apetite e/ou ganho de peso, dificuldade para conciliar o sono ou sonolência, sensação de corpo pesado , sensibilidade exagerada à rejeição, responde de forma negativa aos estímulos ambientais. Depressão sazonal: Caracteriza-se pelo início no outono/inverno e pela remissão na primavera, sendo incomum no verão. A prevalência é maior entre jovens que vivem em maiores latitudes. Os sintomas mais comuns são: apatia, diminuição da atividade, isolamento social, diminuição da libido, sonolência, aumento do apetite, “fissura” por carbohidratos e ganho de peso. Para diagnóstico esses episódios devem se repetir por dois anos consecutivamente, sem quaisquer episódios não sazonais durante esse período. 12 Depressão psicótica: É um quadro grave, caracterizado pela presença de delírios e alucinações. Os delírios são representados por ideias de pecado, doença incurável, pobreza e desastres iminentes. Pode apresentar alucinações auditivas. Depressão secundária: Caracterizada por síndromes depressivas associadas ou causadas por doenças medico-sistêmicas e/ou por medicamentos. Depressão Bipolar: A maioria dos pacientes bipolares inicia a doença com um episódio depressivo, enquanto mais precoce o início, maior a chance de que o indivíduo seja bipolar. História familiar de bipolaridade, de depressão maior, de abuso de substâncias, transtorno de ansiedade, são indícios de evolução bipolar. Infelizmente, a Síndrome de Borderline é muitas vezes sub-diagnosticada ou mal diagnosticada. Um psiquiatra ou psicólogo pode diagnosticar o transtorno com base em uma entrevista completa e um exame médico abrangente. A análise clínica pode ajudar a descartar outras possíveis doenças e transtornos. O profissional de saúde mental licenciado pode perguntar sobre sintomas e histórico médico pessoais e familiares, incluindo qualquer histórico de doenças mentais. Esta informação pode ajudar o profissional a decidir sobre o melhor tratamento. É importante fazer exames fisiológicos, como hemograma e sorologia, para a exclusão de outras doenças, pois as suas características são semelhantes a outras doenças, como depressão ou esquizofrenia, por exemplo. 4. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS As manifestações clínicas da depressão são: Humor depressivo: sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimento de culpa. Acreditam que perderam, de forma irreversível, a capacidade de sentir prazer ou alegria. Tudo parece vazio, o mundo é visto sem cores, sem matizes de alegria. Muitos se mostram mais apáticos do que tristes, referindo “sentimento de falta de sentimento”. Julgam- se um peso para os familiares e amigos, invocam a morte como forma de alívio para si e familiares. Fazem avaliação negativa acerca de si mesmo, do mundo e do futuro Percebem as dificuldades como intransponíveis, tendo o desejo de por fim a um estado penoso. Os pensamentos suicidas variam desde o desejo de estar morto até planos detalhados de se matar. Esses pensamentos devem ser sistematicamente investigados. https://www.vittude.com/blog/13-sintomas-de-depressao/ https://www.vittude.com/blog/esquizofrenia-tipos-sintomas-tratamentos/ 13 Retardo motor, falta de energia, preguiça ou cansaço excessivo, lentificação do pensamento, falta de concentração, queixas de falta de memória, de vontade e de iniciativa. Insônia ou sonolência. A insônia geralmenteé intermediária ou terminal. A sonolência está mais associada à depressão chamada Atípica. Apetite: geralmente diminuído, podendo ocorrer em algumas formas de depressão aumento do apetite, com maior interesse por carbohidratos e doces. Redução do interesse sexual. Dores e sintomas físicos difusos como mal estar, cansaço, queixas digestivas, dor no peito, taquicardia, sudorese. Já as pessoas Borderline podem sofrer mudanças extremas de humor e podem demonstrar incertezas sobre quem são. Como resultado, seus interesses e valores podem mudar rapidamente. Os principais sinais incluem: Esforços frenéticos para evitar o abandono real ou imaginário. O medo do abandono provoca uma necessidade elevada de nunca se sentirem sozinhas, rejeitadas ou sem apoio. Um padrão de relações intensas e instáveis com familiares, amigos e entes queridos, muitas vezes passando de extrema proximidade e amor (idealização) a extrema fúria ou ódio (desvalorização). Impulsividade: idealizam pessoas, se apaixonam e desapaixonam de modo fulminante. Rapidamente desenvolvem admiração e desencanto por alguém. Auto-imagem distorcida e instabilidade em relação a si mesmo. Baixa autoestima. Comportamentos impulsivos e muitas vezes perigosos, como gastar compulsivamente, praticar sexo sem proteção, abusar de álcool e drogas, conduzir de forma imprudente e compulsão. Comportamentos suicidas recorrentes ou ameaças ou comportamentos autodestrutivos, como a automutilação. Muitos se machucam, queimam, furam, cutucam por vontade de sentir dor. Não é incomum ouvir relatos como “a dor no corpo é melhor que a dor na alma”. Humor intenso e altamente variável, com cada episódio durando de algumas horas a alguns dias. Sentimentos recorrentes de vazio e solidão. Possuem alta sensibilidade à rejeição. Pequenas rejeições provocam grandes tempestades emocionais. Uma viagem de https://www.vittude.com/blog/atitudes-para-aumentar-autoestima/ https://www.vittude.com/blog/automutilacao/ 14 negócios do parceiro pode desencadear reação completamente desproporcional como acusações de rejeição, de abandono e de egoísmo. Fúria, ódio ou raiva intensa ou problemas/dificuldades para controlar a raiva Presença de pensamentos paranóicos relacionados ao estresse Mais raramente podem apresentar episódios psicóticos Eventos aparentemente comuns podem desencadear sintomas. Por exemplo, as pessoas com Síndrome de Borderline podem sentir-se irritadas e angustiadas por pequenas separações – como férias, viagens de negócios ou mudanças bruscas de planos – de pessoas a quem se sentem próximas. Estudos mostram que as pessoas com este transtorno podem ver raiva em um rosto emocionalmente neutro e têm uma reação mais forte às palavras com significados negativos do que as pessoas que não possuem o transtorno. Os portadores desse transtorno têm medo que as as emoções fujam do seu controle, demonstrando tendência para se tornarem irracionais em situações de maior estresse e criando uma grande dependência dos outros para conseguirem manterem-se estáveis. Alguns desses sinais podem ser experimentados por pessoas com outros distúrbios e mesmo por pessoas sem nenhum transtorno mental. Isto não significa que eles podem ter a Síndrome de Borderline. É importante que um psicólogo ou psiquiatra realize uma avaliação completa para determinar diagnosticar um quadro de Transtorno de Personalidade Borderline. Somente um psicólogo ou psiquiatra devidamente habilitado deve orientar as opções corretas de tratamento. https://www.vittude.com/blog/psicopatia-como-identificar-um-psicopata/ https://www.vittude.com/blog/estresse-saiba-como-ele-afeta-sua-saude/ https://www.vittude.com/blog/diferenca-psicologo-e-psiquiatra/ 15 5. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Grupo Farmacológico Medicamento Posologia Via de adm Mecanismo de Ação Cuidados de Enfermagem Horário Analgésico Antipirético Dipirona 1ml IV Inibir a ciclooxigenase, síntese do tromboxano, a agregação plaquetária induzida pelo ácido araquidônico e a síntese total de prostaglandina E1 e E2. A ação da droga pode ser tanto central como periférica. Há evidências de que a ação central da dipirona no hipotálamo reduz a febre. Administrar lentamente para evitar reações adversas 08h 16h 24h Antibiótico Metronidazol 500 mg EV Anti-infeccioso que apresenta atividade antimicrobiana, que abrange exclusivamente microorganismos anaeróbios, e atividade antiparasitária. A absorção máxima ocorre ao final da infusão Administrar lentamente para evitar reações adversas 09h 17h 01h Benzodiazepina Diazepan 3,8 mg IM O diazepam, assim como outros benzodiazepínicos, atua nos receptores gabaérgicos, aumentando a afinidade dos mesmos pelo neurotransmissor GABA. Pode afetar, também, o metabolismo da progesterona e causar influências no sistema reprodutor. Administrar lentamente para evitar reações adversas 09h 16 6. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Para desenvolver as Prescrições e diagnósticos de Enfermagem foi utilizado o sistema NANDA - North American Nursing Diagnoses Association, 2018-2020, usando-se as etapas de Anamnese e Exame Fisico, Diagnósticos de Enfermagem, Planejamento e Resultados Esperados, Implementação da Assistência de Enfermagem com Prescrição de Enfermagem e a Avaliação da Assistência de Enfermagem. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM ACHADOS DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Relato verbal de inconformidade com sua imagem corporal Distúrbio na imagem corporal evidenciado por Sentimento negativo em relação ao corpo relacionado a alteração na autopercepção (00118) Domínio 6 Conforto Classe 3 Conforto físico PLANEJAMENTO INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM HORÁRIO Aceitação melhorada de sua imagem corporal Ofertar acompanhamento psicológico especializado – Psicologia Incentivar paciente a manter o acompanhamento psicológico – Enfermagem Orientar a família a buscar acompanhamento nutricional e psicológico especializados para a adolescente - Enfermagem 09 09h 09h 17 ACHADOS DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Glicemia abaixo dos parâmetros normais: 60 mg/dL Risco de glicemia instável evidenciado por ingestão alimentar insuficiente (00179) Domínio 2 Nutrição Classe 4 Metabolismo PLANEJAMENTO INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM HORÁRIO Promover uma melhora no quadro de hipoglicemia Promover acompanhamento nutricional adequado – Nutrição Motivar a família monitorar a alimentação da jovem – Enfermagem Incentivar a adolescente a alimentar-se de forma adequada e saudável - Enfermagem 09h 09h 09h ACHADOS DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Lesão na pele Risco de infecção evidenciado por alteração na integridade da pele associado a procedimento invasivo (0004) Domínio 11 Segurança/Proteção Classe 1 Infecção PLANEJAMENTO INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM HORÁRIO Diminuir o risco de infecção Monitorar sinais flogísticos– Enfermagem Realizar curativo diário –Enfermagem 08h 20h 09h 18 Avaliar e registrar sinais e sintomas de infecção - Enfermagem 08h 20h ACHADOS DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Impulsividade Controle de impulsos ineficaz associado a transtorno de personalidade(00214) Domínio 5. Percepção/cognição Classe 4. Cognição PLANEJAMENTO INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM HORÁRIO Proporcionar melhora no quador de impulsividade Proporcionar ambiente calmo e arejado – Enfermeiro Aconselhar paciente a receber tratamento psicológico específico – Enfermeiro Motivar paciente a expor suas emoções e dificuldades emocionais - Psicologia 08h 20h 09h 09h ACHADOS DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Relatos de dor Dor caracterizada por expressão facial de dor (00132) Domínio 12. Conforto Classe 1. Conforto físicoPLANEJAMENTO INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM HORÁRIO O paciente deverá apresentar melhora no quadro de dor Ofertar analgesia conforme prescrição - Enfermeiro Encorajar paciente a buscar melhor posição no leito - Enfermeiro 08h 14h 20h 02h 08h 19 Ofertar compressas frias - Enfermeiro Sempre que necessário AVALIAÇÃO A implementação dos cuidados de enfermagem com o apoio dos demais profissionais da saúde propiciará a paciente uma recuperação mais rápida em seu quadro geral de saúde, trazendo um grande benefício a adolescente quanto ao enfrentamento das questões relacionadas a depressão e ao transtorno de personalidade BORDERLINE, bem como promover um melhor enfrentamento em relação a sua autopercepção. 20 7. EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM Adolescente no leito, lúcida, orientada em tempo e espaço, verbalizando, humor agitada, afebril, acianótica, anictérica, hipocorada, normocárdica, eupineica ao ar ambiente, estado nutricional abaixo do satisfatório e alimentando-se por via oral, porém não tendo boa aceitação da dieta, deambulando normalmente, couro cabeludo íntegro, globos oculares normais com pupilas isocórica, narinas pérvias, orofaringe inalteradas sem uso de prótese, pescoço com cicatriz provocada por incisão de material perfurocortante, pavilhões auriculares normais e funcionantes, tórax simétrico com expansibilidade normal, mamas preservadas e sem alterações, abdome plano e timpânico à percussão, intestino funcionante com eliminações presentes, genitália preservada, eliminações urinárias espontâneas e sem alterações, MMSS com força motora preservada e presença de HV circulante a E, MMII com força motora preservada. AC: RCR / Bulhas Normofonéticas em 2 tempos, AP: Murmúrios Vesiculares Presentes / Sem Ruídos Adventícios. SSVV PA: 94x62mmHg, T: 34,9ºC, FC: 90bpm, FR: 20 irm. Glicemia capilar: 81mg/dL 21 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS Buscando conceituar o suicídio deparamos com pensamentos conservadores, idealizando o evento de forma pré-disponível do ser, uma forma de conferir a responsabilidade do ato em parcelas em que a sociedade e o próprio indivíduo teriam sua responsabilidade. Objetivamente foram pesquisados fatores que possibilite o entendimento de tentativas, em sua maioria consumada para o suicídio e como este evento atinge familiares e profissionais envolvidos em tabus sociais, não atentando para os sinais e sintomas que só se torna evidentes após o ato consumado. A explicação sobre fatores de risco toma direções que convergem em que, discussões sobre a prevenção é de ordem pública, por se tratar de um evento que atinge diversas classes sociais e tem seu aumento preocupante, tirando precocemente do convívio social, jovens que economicamente estão em plena atividade, fator preocupante das autoridades, que através de políticas voltadas para prevenção e pósvenção, buscando estratégias que possibilitem diminuir os casos de tentativas de suicídio e suicídios, sem distinção de sexo, raça, idade e gênero. Amparo especializado aos familiares através de profissionais de saúde capacitados, tendo a sensibilidade dos que promovem a prevenção de que, estes profissionais por estarem diretamente assistindo as necessidades alheias e somadas com suas próprias necessidades, o torna um profissional de risco para o evento abordado. 22 REFERENCIAS ABASSE, M. L. F. ET AL . 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