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Senado aprova projeto de lei que regulamenta profissão de vaqueiro

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Senado aprova projeto de lei que 
regulamenta profissão de vaqueiro 
É a regulamentação de uma das atividades profissionais mais antigas do Brasil. 
O primeiro registro oficial de pagamento pela lida com animais do campo foi 
em 1549, portanto ha 464 anos. 
 
O Senado aprovou, nesta terça-feira (24), um projeto de lei que reconhece e regulamenta como 
profissão uma das atividades mais tradicionais do Brasil. É o som do Sertão que acaba de ser 
ouvido no Congresso Nacional. 
O projeto de lei aprovado no Senado regulamenta a profissão de vaqueiro - como é chamado na 
Caatinga Nordestina. Também conhecido como tropeiro no Sul ou peão de boiadeiro no Sudeste 
e no Centro-Oeste. 
Todos representados nesta terça por um grupo de Pernambuco, de Alagoas e da Bahia e invadiu 
o prédio dos ternos e das gravatas com suas armaduras de couro curtido. 
Até agora, essa roupa típica era a única proteção que eles tinham contra acidentes de trabalho. A 
nova lei muda o status de quem lida com bois, búfalos, cavalos, mulas, cabras e ovelhas. Eles 
passam a ter direito a carteira de trabalho assinada, seguro de vida. Direitos que antes nem 
imaginavam. 
“O vaqueiro vai ter direito ao seu décimo terceiro, a um salário digno, é salário família, é férias”, 
disse Áureo Oliveira Carneiro, vaqueiro. 
Na tribuna do Senado, eles celebraram a inserção dessa profissão no universo da cidadania. 
É a regulamentação de uma das atividades profissionais mais antigas do Brasil. O primeiro 
registro oficial de pagamento pela lida com animais do campo foi em 1549, portanto ha 464 
anos. Nesses quase cinco séculos, a função era tratada como um bico. Agora, isso é coisa do 
passado. 
“Fazendo um reparo de cunho social, histórico, econômico e sobretudo cultural para um homem 
que deu tudo para este país e é como se ele não existisse”, ressaltou Washington Queiroz, 
antropólogo. 
Conquista que ecoa no Sertão. 
“Nós vamos ter mais confiança de vida e confiança para sobreviver e dá apoio a nossos filhos e 
toda a nossa família”, afirmou João Torres, vaqueiro. 
A regulamentação da atividade de vaqueiro abre caminho para outro projeto, dessa vez, do 
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Segundo as associações de vaqueiros do 
Brasil, que representam cerca de um milhão de profissionais, até o ano que vem, o Iphan deve 
reconhecer essa atividade como Patrimônio Cultural Brasileiro. 
Agora o projeto só precisa ser sancionado pela presidente Dilma. 
 
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