Prévia do material em texto
16/07/2024, 19:10 Exercício avaliativo - Módulo 5: Revisão da tentativa Iniciado em terça-feira, 16 jul. 2024, 18:59 Estado Finalizada Concluída em terça-feira, 16 jul. 2024, 19:10 Tempo 11 minutos 30 segundos empregado Notas 3,00/3,00 Avaliar 20,00 de um máximo de 20,00(100%) Questão 1 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Nessa Unidade foram discutidos, de forma geral, dois modelos de planejamento, gestão e governança de políticas públicas. o primeiro deles, mais tradicional, tem diretamente a ver com as formas burocráticas que se constituíram na modernidade a partir de critérios de racionalização das regras e estruturas dos Estados. Já o segundo, relativamente mais recente, se relaciona com as novas formas de mobilização política e visam ao alcance de resultados cívicos de políticas públicas. Assinale a alternativa que apresenta os nomes desses dois Modelos brevemente discutidos nesta Unidade: a. Modelo Burguês e o Modelo Ambiental. b. Modelo de Hayek e o Modelo de Marx. C. Modelo Coletivo e o Modelo Individual. d. Modelo Político e o Modelo Social. e. Modelo Tecnocrático e o Modelo Participativo. Sua resposta está correta. Como mencionado na Unidade, a maioria das instituições públicas que hoje conhecemos nasceram no final do século XIX ou início do século XX, num período caracterizado pela revolução industrial, pela emergência das burocracias públicas nas sociedades democráticas e pela influência da administração racional-legal-científica. A estrutura de poder no âmbito destas instituições era predominantemente de cima para baixo, hierarquizada, com fortes controles que asseguravam desempenho e responsabilização para a autoridade que era delegada, e algumas dessas características e práticas originais mudaram em resposta às inúmeras realidades que estão permanentemente em mudança. Mas, de uma forma geral, o modelo burocrático, tecnocrático da era industrial ainda é o cerne de muitas organizações públicas. Este se constituiu no primeiro modelo mais conhecido de planejamento, gestão e governança que é o Modelo Tecnocrático. Na sequência, os desafios no campo da gestão das políticas públicas passou a exigir uma participação ativa de personagens de dentro e de fora dos governos, incluindo também o terceiro e o privado, mas principalmente agentes da sociedade civil, as cidadãs e os suas formas de organização e mobilização política, bem como as suas comunidades. Foi assim que se passou a exigir que os governos trabalhassem para além das suas fronteiras convencionais, lançando mão de estratégias de articulação em redes, pautadas por processos de participação pública e outros, que passaram a exigir dos governos que utilizassem a sua autoridade e os seus recursos para habilitar e empoderar grupos historicamente excluídos. Daí surgiu o Modelo de planejamento, gestão e governança que é o Modelo Participativo. Cabe esclarecer que ambos convivem dentro da estatura do Estado e não se trata, afinal, de escolher, ou um ou outro. Cada um deles tem suas próprias finalidades e cumpre o seu papel. A resposta correta é: Modelo Tecnocrático e o Modelo Participativo. https://mooc41.escolavirtual.gov.br/mod/quiz/review.php?attempt=5216858&cmid=90695 1/316/07/2024, 19:10 Exercício avaliativo - Módulo 5: Revisão da tentativa Questão 2 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Analisando o caminho histórico de construção das políticas para as mulheres a partir do processo recente de redemocratização brasileira, é possível afirmar que: Assinale a alternativa que está correta: a. Essas políticas sempre existiram, e isso desde o Brasil b. Conselho Nacional de Direitos da Mulher (CNDM), que foi criado em 1985, não tem nada a ver com a formulação das políticas públicas para as mulheres no Brasil. C. Foi exatamente a partir deste momento que vimos florescer e reemergin os movimentos de mulheres e feministas e também os movimentos negros e de mulheres negras quase sempre em uma relação de desconfiança para com o Estado brasileiro. d. Essas políticas nunca tiveram como seu eixo o enfrentamento às violências contra as mulheres porque esse fenômeno é muito sutil no país, os indicadores e diagnósticos não apontam para esse como um tema relevante para as políticas públicas para as mulheres brasileiras. e. Não temos ainda no país esforços muito concretos de formulação e implementação de políticas públicas para as mulheres. Trata-se de um tema de políticas públicas que não foi, de fato, alvo de atenção e não está construído entre nós. Sua resposta está correta. Na verdade, desde que o país retornou à normalidade democrática (e até mesmo um pouco antes disso) as mulheres brasileiras, organizadas em movimentos sociais, sindicatos, partidos etc. passaram a fazer pressão pela elaboração de uma pauta de políticas públicas que viesse, de fato, a contemplar as mulheres e atender às violações de seus direitos. Nessa direção é que foi criado, justamente, o CNDM Conselho Nacional dos Direitos da Mulher no governo José devido à pressão exercida pelos movimentos de mulheres.0 CNDM foi inicialmente vinculado ao Ministério da Justiça, com papel executor além de formulador de políticas públicas e as primeiras propostas de políticas voltadas para as mulheres foram direcionadas para o enfrentamento das violências. E isso porque nesse momento da redemocratização brasileira ganharam grande visibilidade os inúmeros assassinatos de mulheres no país que, frequentemente naquela época, não eram tratados com o devido rigor. Também é importante reforçar que já temos sim no âmbito do Estado brasileiro uma trajetória relativamente bem sucedida de construção em torno dessas políticas. Foram realizadas até agora quatro Conferências Nacionais de Políticas para as mulheres e foram elaborados (a partir dessas Conferências e de seu ciclo interfederativo) três Planos Nacionais de Políticas para Mulheres. cabe destacar que esse processo ainda está inconcluso, inacabado: é preciso atualizar as demandas já realizadas e elaborar um novo Plano, bem como é também fundamental in desmontando aquelas engrenagens que fazem com que as mulheres tenham desconfiança do papel a ser desempenhado pelo Estado brasileiro na superação das desigualdades e das injustiças de gênero e de raça que ainda assolam o país. A resposta correta é: Foi exatamente a partir deste momento que vimos florescer e reemergin os movimentos de mulheres e feministas e também os movimentos negros e de mulheres negras quase sempre em uma relação de desconfiança para com o Estado brasileiro. 2/319:10 Exercício avaliativo Módulo 5: Revisão da tentativa Questão 3 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Na elaboração de políticas públicas para as mulheres o Curso recomenda enfaticamente que é, não apenas possível, mas necessário serem estabelecidas parcerias para facilitar esse entendimento, recuperamos o Triângulo de Velvet, elaborado por Catherine Woodward (2004). Essa figura do triângulo dá destaque, num contexto político que já vivemos, de oportunidades políticas para a construção de redes fortes de mobilização para a construção de OPM. Trata-se de, de fato, do objetivo de angariar parcerias comprometidas com as agendas feminista e antirracista, enfatizando ademais a importância da presença atuante dos movimentos sociais como potenciais aliados dessas lutas por democratização do Estado brasileiro. Dentre as alternativas abaixo, quais são estes três conjuntos de parceiros que podem aprimorar o trabalho dos OPM? a. Os/as ambientalistas, as polícias e o mercado financeiro. b. sistema político-partidário, o parlamento e as parlamentares. C. o terceiros setor, as agências de pesquisa e setores do mercado financeiro. d. Agentes do próprio Estado, movimentos sociais (especialmente de mulheres, feministas e antirracistas) e acadêmicas e acadêmicos confiáveis. e. Os agentes do FMI, as organizações internacionais e o Banco Mundial. Sua resposta está correta. São considerados fundamentais os seguintes atores parceiros: agentes do próprio Estado, movimentos sociais (especialmente de mulheres, feministas e antirracistas) e acadêmicas e acadêmicos confiáveis. Os três vértices (Movimentalista, Estatal e Acadêmico) do triângulo revelam as possibilidades e oportunidades de parcerias sinérgicas e positivas que podem ter impactos na consolidação e enraizamento deste tipo de políticas públicas no Brasil. Ademais, para finalizar a nossa discussão neste curso, retomo a importância que é preciso dar aos esforços de superação do racismo patriarcal brasileiro. Destaca-se que aqui no Brasil, diferente de muito outros países latino-americanos, os traços coloniais de seu sistema social e político não estão sendo atualmente debatidos de maneira pública e ampla, sendo que tal agenda não é ainda, infelizmente, central entre E foi a partir da construção de muitas e diferentes parcerias com entes governamentais (vértice estatal), as instituições da sociedade civil a exemplo dos movimentos de mulheres e feministas (vértice movimentalista) e, também, da aproximação necessária com pesquisadoras e acadêmicas confiáveis e comprometidas com estas agendas (vértice acadêmico) que será possível avançar ainda mais. A proposta de abordagem complexa para este tipo de políticas, anunciada desde o primeiro Módulo deste Curso, envolve, ao menos, três dimensões conjuntamente: 1. A ênfase na igualdade de tratamento (de oportunidades, com atenção para as diferenças e processos de transformação) para as mulheres e as pessoas negras e indígenas; 2. A ênfase na perspectiva das mulheres e das pessoas negras e indígenas (com valorização da inclusão, reversão e deslocamento das agendas para a promoção e o real empoderamento desses segmentos majoritários da população brasileira); e, finalmente, 3 A ênfase na perspectiva interseccional de gênero e raça na integração combinada de uma dimensão de gênero e raça com ações específicas interseccionais. A resposta correta é: Agentes do próprio Estado, movimentos sociais (especialmente de mulheres, feministas e antirracistas) e acadêmicas e acadêmicos confiáveis. 3/3