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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ - UNIFEI
ISEE - INSTITUTO DE SISTEMAS ELÉTRICOS E ENERGIA
LABORATÓRIO DE CONVERSÃO I - EEL056
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA -
BACHARELADO
GUSTAVO DE OLIVEIRA ENDO - 2022005929
MARCOS ALEXANDRE DOMICIANO PEREIRA - 2022012208
TALES RENATO DE LIMA ANTÔNIO - 2022006640
WELLINGTON RENAN ANANIAS - 2022006677
EXPERIÊNCIA 05 - MÁQUINA ASSÍNCRONA I
ITAJUBÁ - MG
2024
GUSTAVO DE OLIVEIRA ENDO - 2022005929
MARCOS ALEXANDRE DOMICIANO PEREIRA - 2022012208
TALES RENATO DE LIMA ANTÔNIO - 2022006640
WELLINGTON RENAN ANANIAS - 2022006677
EXPERIÊNCIA 05 - MÁQUINA ASSÍNCRONA I
Relatório apresentado ao
professor Ricardo Elias Caetano,
como requisito para composição
da nota do relatório na disciplina
Laboratório de Conversão I.
ITAJUBÁ - MG
2024
1
SUMÁRIO
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................................... 3
1.1. Ensaio em Vazio ou Ensaio com Rotor Livre............................................................... 4
1.2. Ensaio em Curto-circuito ou Ensaio com Rotor Bloqueado ou Ensaio de Rotor
Travado.................................................................................................................................5
2. OBJETIVOS...........................................................................................................................6
3. INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTOS..............................................................................6
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL................................................................................. 8
4.1. Dados básicos do MIT...................................................................................................8
4.2. Ensaio em Vazio ou com Rotor Livre........................................................................... 9
4.2.1 Resistência e Temperatura....................................................................................9
4.2.2 Cálculo das Perdas............................................................................................. 10
4.2.3 Cálculo da Impedância do Estator e Correntes de Perda e de Magnetização.... 15
4.3. Ensaio com rotor Bloqueado (ou Curto-Circuito).......................................................16
4.4. Circuito Equivalente do MIT...................................................................................... 20
5. CONCLUSÕES....................................................................................................................20
6. BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................21
2
RESUMO
Neste relatório, foi conduzido um estudo abordando os conceitos relacionados a
máquinas assíncronas de indução trifásica. Foram conduzidos dois experimentos durante o
laboratório, o primeiro foi o ensaio a vazio, também conhecido como ensaio de rotor livre, já
o segundo foi o ensaio de curto-circuito, também conhecido como ensaio de rotor travado. O
ensaio de rotor livre é realizado deixando o rotor desimpedido e operando na sua frequência
nominal, permitindo-o girar sem qualquer carga aplicada, e ao medir grandezas como tensão
e corrente, podemos calcular os parâmetros do estator. Já o teste de rotor travado consiste em
manter o rotor completamente estático, e ir aplicando uma tensão gradualmente crescente na
sua frequência nominal, até atingir a corrente nominal, e através da medição de grandezas
como tensão e corrente, é possível determinar os parâmetros de dispersão e perdas do rotor.
Estes testes são cruciais para assegurar o funcionamento adequado dos motores assíncronos
de indução trifásica.
3
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As máquinas elétricas são conversores eletromecânicos de energia que podem operar
tanto como geradores quanto como motores. No modo gerador, a máquina elétrica obtém
energia mecânica no seu eixo e a converte em energia elétrica nos seus terminais. Quando
operada como motor, ela recebe energia elétrica em seus terminais e a converte em energia
mecânica no seu eixo, permitindo a realização de trabalho.
Nas máquinas elétricas rotativas, a energia elétrica é obtida na conversão
eletromecânica da energia cinética, podendo ser obtida através da combustão de combustíveis
fósseis, da energia potência das águas e outros métodos. Assim, as máquinas assíncronas,
também conhecidas como motores de indução, são tipos de motores elétricos nos quais
recebem energia elétrica em seus terminais de estator e essa energia gera um campo
magnético girante, que induz correntes no rotor. As correntes provocadas no rotor produzem
um campo magnético que interage com o campo do estator, gerando torque e fazendo o rotor
girar.
Em uma máquina assíncrona, a utilização do circuito equivalente é fundamental tanto
para o entendimento teórico quanto para representação dos fenômenos eletromagnéticos
relacionados ao motor. Dessa forma, a Figura 1 representa o circuito equivalente abordado.
Figura 1 - Circuito equivalente
Os parâmetros do circuito equivalente podem ser obtidos através dos ensaios em vazio
e de curto-circuito. Então, a seguir, serão detalhados os ensaios abordados no procedimento
de aquisição destes dados, necessários para construção do circuito equivalente.
4
1.1. Ensaio em Vazio ou Ensaio com Rotor Livre
Analogamente aos transformadores, o ensaio a vazio é um procedimento fundamental
para determinar os parâmetros do circuito equivalente de uma Máquina de Indução Trifásica
(MIT). Esse ensaio é realizado com o rotor girando livremente, ou seja, sem nenhuma carga
mecânica conectada ao eixo da máquina. Neste teste, o objetivo principal é medir as perdas
no núcleo, as perdas mecânicas e as correntes de magnetização. A figura abaixo representa o
esquema de montagem para a realização experimental do ensaio com rotor livre.
Figura 2 - Esquema do ensaio em vazio
Após a realização do experimento, podemos montar um circuito equivalente para este
ensaio que é apresentado na Figura 3 e realizar os cálculos para aquisição dos parâmetros.
Figura 3 - Circuito equivalente do ensaio com motor livre
Equações para determinarmos os parâmetros do circuito:
𝑍
0
=
𝑉
0
3·𝐼
0
𝑅
0
=
𝑃
0
3·𝐼
0
2 𝑋
0
= 𝑍
0
2 − 𝑅
0
2 𝑋
0
= 𝑋
𝑀
+ 𝑋
1
𝑐𝑜𝑠ⲫ
0
=
𝑃
𝐹𝐸
3·𝑉
0
·𝐼
0
𝐼
𝑃
= 𝐼
0
· 𝑐𝑜𝑠ⲫ
0
𝐼
𝑀
= 𝐼
0
· 𝑠𝑒𝑛ⲫ
0 𝑅
𝑝
=
𝑉
0
3·𝐼
𝑃
5
1.2. Ensaio em Curto-circuito ou Ensaio com Rotor Bloqueado ou Ensaio de
Rotor Travado
O ensaio em curto-circuito é outro procedimento essencial para a caracterização das
máquinas de indução trifásicas. Este ensaio é realizado para determinar os parâmetros da
impedância do estator e do rotor, e também para avaliar as perdas nos enrolamentos. Para sua
realização, com o rotor travado, é aplicada uma tensão crescente aos terminais do estator de
modo que a corrente de curto-circuito atinja seu valor nominal e flua através dos
enrolamentos do estator. Assim, obtém-se os valores da tensão aplicada, corrente absorvida e
potência ativa consumida. O esquema experimental do ensaio está representado na Figura 4.
Figura 4 - Esquema do ensaio em curto-circuito
Em seguida, podemos realizar a montagem do circuito equivalente para o ensaio com
rotor bloqueado, apresentado na Figura 5, e realizar a aquisição dos dados.
Figura 5 - Circuito equivalente do ensaio de motor travado
Operações do ensaio de curto circuito:
𝑍
𝐶𝐶
=
𝑉
𝑐𝑐
3·𝐼
𝐶𝐶
𝑅
𝐶𝐶
=
𝑃
𝐶𝐶
3·𝐼
𝐶𝐶
2 𝑋
𝐶𝐶
= 𝑍
𝐶𝐶
2 − 𝑅
𝐶𝐶
2 𝑍
𝑒𝑞
=
(𝑅'
2
+𝑗𝑋'
2
)·𝑗𝑋
𝑀
𝑅'
2
+𝑗(𝑋
𝑀
+𝑋'
2
)
6
2. OBJETIVOS
O objetivo principal deste relatório é apresentar, através do experimento realizado em
laboratório, como são obtidos os dados de uma máquina assíncrona de indução trifásica, por
meio dos ensaios a vazio e de curto-circuito. Também é objetivado realizar uma análise de
como a variação de algumas das grandezas podem alterar os valores de perdas,e os valores
referentes ao estator e ao rotor.
3. INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTOS
Os instrumentos e equipamentos utilizados na realização deste experimento foram:
● Regulador de Tensão
○ Fases: trifásico
○ Corrente Máxima: 11 A
○ Potência: 4,5 kVA
○ Input: 220 V/60
○ Output: 110 V/60
● Multímetro Fluke true RMS 115 Volts AC:
○ Gama: 60,00 V
○ Resolução: 0,01 V
○ Precisão: 1,0% + 3
● Multímetro Fluke true RMS 115 Volts AC:
○ Gama: 600,0 V
○ Resolução: 0,1 V
○ Precisão: 1,0% + 3
● Multímetro Minipa ET - 2075A Temperatura:
○ Gama: -50ºC a ~1000ºC
○ Resolução: 1ºC
○ Precisão: 0,3% + 3
7
● Multímetro Minipa ET - 2075A Corrente AC:
○ Gama: 6,000 A
○ Resolução: 0,001 A
○ Precisão: 1,0% + 3
● Multímetro Minipa ET - 2075A Resistência:
○ Gama: 600,0 Ω
○ Resolução: 0,1 Ω
○ Precisão: 0,5% + 4
● Wattímetro Lutron DW-6060:
○ Gama: 2000 W
○ Resolução: 1 W
○ Precisão: 1,0% + 1
● Motor Indução - Gaiola WEG:
○ Fases: trifásico
○ Tipo de ligação: Delta
○ Potência nominal: 0,75 kW
○ Tensão nominal: 220 V
○ Corrente nominal: 3,02 A
○ Frequência: 60 Hz
○ Temperatura ambiente máxima: 40ºC
○ Rendimento: 79,5
○ Fator de Potência: 0,82
● Cabos para ligação entre os equipamentos
8
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1 Dados básicos do MIT.
Figura 6 - Fotografia da placa do Motor Trifásico.
Tabela 1 - Dados de placa da Máquina Assíncrona Trifásica (MIT).
Conexão
do estator
Vnom do
estator [V]
Inom do
estator [A]
Nnom [rpm] Pnom do
rotor [W]
Vnom rotor
[V]
Inom do
rotor [A]
Δ 220 3,02 1720 750 - -
A) O tipo de conexão do estator não faz diferença para o funcionamento do motor
estudado, já que a alimentação da tensão é feita por meio de tensão de linha, e como a tensão
nominal em Y é 380 [V ] sua tensão de fase se iguala a tensão de fase nominal em delta.
B) Por meio da seguinte equação foi possível se obter o número de polos:
𝑛 = 60 ×𝑓
𝑝 [𝑟𝑝𝑚]
Onde:
Número de revoluções por minuto da máquina𝑛 →
Frequência da rede [Hz]𝑓 →
9
Número de pares de pólos da máquina𝑝 →
Isolando , chegamos a:𝑝
𝑝 = 60 ×𝑓
𝑛
𝑝 = 60 ×60
1720
𝑝 = 2, 093
Assim temos que a máquina tem 2 pares de polos, ou seja, possui 4 polos.
Também conseguimos calcular o escorregamento (s) do motor da seguinte forma:
𝑠 = 1800−1720
1800 × 100 = 4, 44%
4.2 Ensaio em Vazio ou com Rotor Livre
4.2.1 Resistência e Temperatura
Tabela 2 - Medição de Resistência e Temperatura
RAB [Ω] RBC [Ω] RAC [Ω] Temperatura [ºC]
(4,8 ± 0,4) (4,8 ± 0,4) (4,8 ± 0,4) (20 ± 1)
C) Para a conversão de R em Estrela, temos:
 𝑅
𝐴𝐵
 = 𝑅
𝐵𝐶
 = 𝑅
𝐴𝐶 
= 𝑅
𝑇1
+ 𝑅
𝑇1
//𝑅
𝑇1
 [Ω] 
𝑅
𝑇1
 =
3𝑅
𝐴𝐵
2 [Ω] 
𝑅
𝑇1
= (7, 2 ± 0, 4) [Ω] 
𝑅
𝑌
 =
𝑅
𝑇1
3 = (2, 4 ± 0, 4)[Ω]
Para realizar a correção da Resistência, podemos utilizar a seguinte fórmula,
utilizando para T o valor de 234,5 ºC (o material da bobina do estator é cobre):
 𝑅
𝑇
 = 𝑅
𝑌
 × 
𝑇 + 𝑇
2
𝑇 + 𝑇
1
 [Ω]
10
 𝑅
𝑇
 = (2, 4 ± 0, 4) × 234,5 + 40
234,5 + (20 ± 1)
𝑅
𝑇
 = (2, 6 ± 0, 4) Ω
4.2.2 Cálculo das Perdas
O esquema de ligação para o ensaio a vazio foi representado na Figura 2. Então, no
procedimento experimental, foram medidos os valores de tensão, corrente e potência para 10
valores de tensão aplicados no motor. Esses dados são mostrados na tabela abaixo:
Tabela 3 - Ensaio a vazio (ou com Rotor Livre).
V0 [V] I0 [A] P1 [W] P2 [W] P0 [W]
231 (2,292 ± 0,026) - (214 ± 3) (333 ± 4) (119 ± 5)
220 (2,089 ± 0,024) -(192 ± 3) (299 ± 4) (107 ± 5)
198 (1,780 ± 0,021) -(134 ± 2) (217 ± 3) (83 ± 4)
186 (1,653 ± 0,020) -(109 ± 2) (184 ± 3) (75 ± 4)
154 (1,340 ± 0,016) -(68 ± 2) (125 ± 2) (57 ± 3)
132 (1,157 ± 0,014) -(46 ± 1) (95 ± 2) (49 ± 2)
110 (0,966 ± 0,013) -(27 ± 1) (68 ± 2) (41 ± 2)
88 (0,810 ± 0,011) -(10 ± 1) (49 ± 1) (39 ± 1)
66 (0,640 ± 0,009) -(3 ± 1) (33 ± 1) (30 ± 1)
44 (0,604 ± 0,009) -(5 ± 1) (22 ± 1) (17 ± 1)
11
D)
Figura 7 - Gráfico das perdas em vazio P0 x V0.
Note que, no início do gráfico, é visível que os dois primeiros pontos não apresentam
a mesma formação dos demais, assim, para melhor compreender a potência, podemos
“ignorá-los” a fim de fazer uma extrapolação do gráfico para vermos a potência PAV + PS.
Assim, temos que essa potência, que é são as perdas por atrito e ventilação e as perdas por PS,
são aproximadamente 20 [W]. Também é possível fazer um ajuste da forma “a+b*x^c”, assim
conseguimos encontrar um valor ainda mais preciso para PAV + PS sendo esse novo valor
23,19 [W].
Agora, calculando Rp usando
𝑅
𝑃
=
𝑉
0
2
𝑃
𝐹𝐸
12
Tabela 4 - Valores calculados de RP
V0 [V] RP [Ω]
231 (1067 ± 170)
220 (968 ± 155)
198 (784 ± 125)
186 (692 ± 111)
154 (474 ± 76)
132 (348 ± 56)
110 (242 ± 39)
88 (155 ± 25)
66 (87 ± 14)
44 (39 ± 6)
Calculando cos (φ0):
𝑐𝑜𝑠 (φ
0
) =
𝑃
𝐹𝑒
√3*𝑉
0
*𝐼
0
Tabela 5 - Valores calculados de I0 e cos (φ0)
V0 [V] I0 [A] cos (φ0)
231 (2,292 ± 0,026) (0,051 ± 0,010)
220 (2,089 ± 0,024) (0,063 ± 0,010)
198 (1,780 ± 0,021) (0,082 ± 0,013)
186 (1,653 ± 0,020) (0,094 ± 0,015)
154 (1,340 ± 0,016) (0,14 ± 0,02)
132 (1,157 ± 0,014) (0,19 ± 0,03)
110 (0,966 ± 0,013) (0,27 ± 0,04)
88 (0,810 ± 0,011) (0,41 ± 0,06)
66 (0,640 ± 0,009) (0,68 ± 0,11)
44 (0,604 ± 0,009) (1,1 ± 0,2)
13
Figura 8 - Corrente em vazio em função da Tensão aplicada I0 x V0.
Figura 9 - Gráfico Rp x V0.
14
Figura 10 - Gráfico Cos (φ0) x V0.
E) Foi-se calculado as perdas no ferro a partir dos dados obtidos:
𝑃
0
 = 𝑃
𝐹𝑒
+ 𝑃
𝐽1
+ 𝑃
𝐴𝑉
+ 𝑃
𝑆
𝑃
𝐹𝑒
= 𝑃
0
− 𝑃
𝐽1
− 𝑃
𝐴𝑉
− 𝑃
𝑆
𝑃
𝐹𝑒
= 𝑃
0
− 3 * 𝑅
𝑇
* 𝐼
0
2 − 𝑃
𝐴𝑉
− 𝑃
𝑆
𝑃
𝐹𝑒
= (107 ± 5) − 3 * (2, 6 ± 0, 4) * (2, 089 ± 0, 024)2 − 23, 19
𝑃
𝐹𝑒
= (50 ± 8) 𝑊
Foi-se determinado também as perdas joule:
𝑃
𝐽1
= 3 · 𝑅𝑇 · 𝐼
0
2 = 3 · (2, 6± 0, 4) · (2, 089± 0, 024)2
𝑃
𝐽1
= 3 · (2, 6± 0, 4) · (4, 4± 0, 1) = 3 · (11, 44±1, 8) 
𝑃
𝐽1
= (34, 3 ± 5, 4) 𝑊
E logo após isso as perdas rotacionais:
𝑃
𝑅𝑂𝑇
= 𝑃
𝐹𝐸
+ 𝑃
𝐴𝑉
+ 𝑃
𝑆
= (50 ± 8) + 23, 19 
𝑃
𝑅𝑂𝑇
= (73, 19 ± 8) 𝑊
15
4.2.3 Cálculo da Impedância do Estator e Correntes de Perda e de Magnetização
F) Foi-se calculado as impedâncias do rotor por meio das equações abaixo:
𝑍
0
=
𝑉
0
3·𝐼
0
= 220
3·(2,089± 0,024)
= 220
(3,618± 0,052) = (60, 81 ± 0, 87) Ω 
𝑅
0
=
𝑃
0
3·𝐼
0
2 = (107 ± 5)
3·(2,089± 0,024)2 = (107 ± 5)
3·(4,4± 0,1) = (107 ± 5)
(13,2± 0,3) = (8, 11 ± 0. 42) Ω
𝑋
0
= 𝑍
0
2 − 𝑅
0
2 = (60, 81 ± 0, 87)2 − (8, 11 ± 0. 42)2
𝑋
0
= (3698 ± 105) − (65, 8 ± 6, 8) = (3632±105)
𝑋
0
= (60, 27± 0, 87) Ω 
𝑅
𝑃
=
𝑉
0
2
𝑃
𝐹𝐸
= 2202
(50 ± 8) = (968 ± 155) Ω
Além das impedâncias obtidas também podemos calcular as correntes de perda e
magnetização, conforme as equações abaixo:
𝑐𝑜𝑠(φ
0
) =
𝑃
𝐹𝐸
3·𝑉
0
·𝐼
0
= 50
3·220·(2,089± 0,024)
= 0, 063 ± 0, 010
𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑠(𝑐𝑜𝑠(φ
0
)) = 86° 
𝐼
𝑃
= 𝐼
𝑂
· 𝑐𝑜𝑠(φ
0
) = (2, 089± 0, 024) · (0, 063 ± 0, 010) = (0, 132 ± 0, 021) 𝐴
𝐼
𝑀
= 𝐼
0
· 𝑠𝑒𝑛(φ
0
) = (2, 084 ± 0, 024) 𝐴 
A resistência de perdas também pode ser calculada da seguinte maneira:
𝑅
𝑃
= 
𝑉
0
3·𝐼
𝑃
= 220
3·(0,132 ± 0,021)
= (961 ± 151) Ω 
16
4.3 Ensaio com rotor Bloqueado (ou Curto-Circuito)
Tabela 6 - Ensaio em Curto-Circuito (ou com Rotor Bloqueado).
VCC [V] ICC [A] P1 [W] P2 [W] PCC [W]
(36,62 ± 0,40) 3,17 (19 ± 1) (107 ± 2) (126 ± 2)
(35,15 ± 0,38) 3,02 (17 ± 1) (100 ± 2) (117 ± 2)
(29,40 ± 0,32) 2,42 (8 ± 1) (67 ± 2) (75 ± 2)
(25,05 ± 0,28) 1,96 (3 ± 1) (44 ± 1) (47 ± 1)
(20,64 ± 0,24) 1,51 (0 ± 1) (28 ± 1) (28 ± 1 )
G)
Figura 11 - Gráfico VCC x ICC.
17
Figura 12 - Gráfico PCC x VCC.
Figura 13 - Gráfico PCC x ICC.
18
H)
A partir do ensaio, é calculado os valores de Zcc, Rcc e Xcc:
𝑍
𝐶𝐶
=
𝑉
0
𝐼
0
* 3
= (6, 72 ± 0, 07) Ω 
𝑅
𝐶𝐶
=
𝑃
𝐶𝐶
3*𝐼
𝐶𝐶
2 = (4, 27 ± 0, 07) Ω
𝑋
𝐶𝐶
= 𝑍
𝐶𝐶
2 − 𝑅
𝐶𝐶
2 = (5, 20 ± 0, 10) Ω
Agora, como o motor é classe B, temos:
𝑋
1
= 0, 4 * 𝑋
𝐶𝐶
= (2, 1 ± 0, 1) Ω
𝑋'
2
= 0, 6 * 𝑋
𝐶𝐶
= (3,1 ± 0, 1) Ω
Por fim, calculamos XM, R2’ e Rcarga:
𝑋
𝑀
= 𝑋
0
− 𝑋
1
= (58, 2 ± 7, 8) Ω
𝑅'
2
= 
𝑋
𝑀
 +𝑋'
2
 
𝑋
𝑀
( )2
* (𝑅
𝐶𝐶
 − 𝑅
1
) = (2, 10 ± 0, 89) Ω 
𝑅
𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
=
𝑅'
2
*(1−𝑠)
𝑠 = (45, 3 ± 19) Ω
I)
Agora, para conseguirmos fazer o gráfico de XM por V0, calculamos para cada valor
de tensão, o seu respectivo valor de XM. Esses valores foram colocados logo abaixo na
Tabela 7, e logo em seguida, plotado no gráfico da Figura 14.
19
Tabela 7 - Cálculo de XM para cada valor de V0
V0 [V] XM [Ω]
231 (55,6 ± 11)
220 (58,2 ± 7,8)
198 (62 ± 4)
186 (62 ± 3)
154 (63 ± 2)
132 (63 ± 1)
110 (62 ± 1)
88 (57 ± 1)
66 (52 ± 1)
44 (37 ± 1)
Figura 14 - Gráfico XM x V0.
20
4.4. Circuito Equivalente do MIT
J)
A partir dos valores obtidos a partir dos ensaios a vazio e em curto, agora será
apresentado o circuito equivalente completo por fase do MIT, com todos os valores das
grandezas. Note que a resistência de perdas no ferro (RP) foi desconsiderada, assim, o circuito
elétrico que representa o motor é apresentado na Figura 15.
Figura 15 - Circuito elétrico equivalente do MIT.
5. CONCLUSÕES
Dessa forma, por meio dos experimentos realizados no laboratório, foi possível
alcançar com êxito os objetivos desejados. Por meio dos ensaios realizados, a vazio e em
curto-circuito, foi-se possível adquirir dados importantes a respeito do MIT. Concluiu-se pelo
ensaio a vazio que, a medida que era variado a tensão era também variado por consequência o
valor da perda em vazio, essa variação foi apresentado no gráfico de P0xV0, além disso, foi-se
obtido as perdas por atrito e ventilação, e perdas suplementares, obtidas pela subtração das
perdas no rotor com as perdas no ferro. Por conseguinte, através do ensaio de curto-circuito,
foi possível concluir que a medida que a corrente injetada era variada e, por meio da ligação
aron medindo os valores, foi possível se obter as potências P1 e P2, que somadas resultam na
perda de curto-circuito PCC. Por fim, com os dados obtidos durante o experimento, foi-se
possível chegar com êxito na representação do circuito equivalente do motor com todas as
suas informações.
21
6. BIBLIOGRAFIA
FITZGERALD, A. E.; KINGSLEY, C.; UMANS, S. D. Electric machinery. Boston Etc.:
Mcgraw-Hill, Cop, 2014.
FLUKE. Multímetro digital True-RMS Fluke 115. Disponível em:
. Acesso
em: 03 jun. 2024.
LUTRON ELECTRONIC. DIGITAL WATT METER. Disponível em:
. Acesso em: 03 jun. 2024.
MINIPA. MULTÍMETRO DIGITAL Digital Multimeter ET-2507A. Disponível em:
https://www.minipa.com.br/images/Manual/ET-2507A-1102-BR.pdf. Acesso em: 03 jun.
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TORO, V. D.; DE ANDRADE MARTINS, O. Fundamentos De Máquinas Elétricas. Rio
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