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SISTEMA DE ENSINO
NOÇÕES DE 
GESTÃO PÚBLICA
Princípios, Gerencialismo, Governança 
e Governabilidade
Livro Eletrônico
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
Sumário
Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade .....................................................................3
1. Princípios da Administração Pública ...............................................................................................................3
1.1. Princípios Expressos ..............................................................................................................................................4
1.2. Princípios Implícitos ou Reconhecidos .................................................................................................... 10
2. Gerencialismo ou Administração Pública Gerencial ............................................................................17
2.1. Noções Preliminares ............................................................................................................................................17
2.2. Origem, Conceito, Contexto e Características ......................................................................................17
2.3. Fases ou Estágios do Modelo Gerencial .................................................................................................21
2.4. A Reforma Gerencial no Brasil e o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do 
Estado/PDRAE) - 1995 ..............................................................................................................................................25
3. Governabilidade e Governança .........................................................................................................................31
3.1. Origens .........................................................................................................................................................................31
3.2. Governabilidade .....................................................................................................................................................31
3.3. Governança ..............................................................................................................................................................33
4. Decreto n. 9.203, de 22 de Novembro de 2017 .......................................................................................38
Resumo ...............................................................................................................................................................................45
Mapa Mental ....................................................................................................................................................................49
Questões de Concurso ...............................................................................................................................................50
Gabarito ..............................................................................................................................................................................62
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................63
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
PRINCÍPIOS, GERENCIALISMO, GOVERNANÇA E 
GOVERNABILIDADE
1. PrincíPios da administração Pública
Os princípios são os vetores fundamentais que alicerçam o edifício jurídico das regras. Se 
os princípios são normas que antecedem as regras, é de perceber que são dotados de carga 
normativa mais perene do que as leis, principalmente porque não há hierarquia material entre 
princípios. Por exemplo, o princípio da eficiência é o mais recente dos princípios expressos; 
todavia, não afasta a aplicação da legalidade. Tais postulados convivem de forma harmônica.
Obs.: � ESCLARECENDO
 � Imagine a construção de um prédio. Começamos por onde? Pela sua base, claro, seus 
alicerces, que devem estar nivelados, para que o prédio não corra risco de desmoro-
nar. Se tivéssemos uma parte do alicerce mais elevada que as demais, nosso prédio, 
certamente, tombaria.
 �
Regras
Regras quebradas, 
mantem-se o prédio
Princípios 
expressos
Princípios 
implícitos
Princípios derrubados 
podem ruir todo o 
prédio
 � Pois bem! Nosso “prédio”, daqui por diante, é a Administração Pública. Seus pilares 
são os princípios, que dão suporte a toda a atividade da Administração. Suas janelas 
são as regras (leis). Quebrar a janela é menos grave que derrubar um dos alicerces, 
concordam?
Alguns desses “pilares” são explícitos na Constituição, e constam, por exemplo, do caput 
do art. 37 da CF/1988. Outros são encontrados implicitamente no texto constitucional, ou seja, 
são depreendidos do sistema jurídico-administrativo constitucional, ou expressos em textos 
legais (no campo infraconstitucional), ou, ainda, construídos pela doutrina pátria a partir da 
interpretação da ordem jurídica.
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1.1. PrincíPios ExPrEssos
É a Constituição de 1988 a responsável por consagrar as normas e princípios básicos re-
gentes da Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos municípios. São princípios constitucionais expressos no caput do 
art. 37 da CF: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.
Obs.: � ESQUEMATIZANDO
 �
Princípios 
expressos ou 
explícitos
(CF/88, art. 37)
L
I
M
P
E
egalidade
mpessoalidade
oralidade
ublicidade
ficiência
Decorrentes do Poder 
Constituinte Originário
1º GRAU
Decorrente da EC 19/98 
(Reforma Administrativa)
2º GRAU
Administração Direta
Conjunto de órgãos
Administração Indireta
Somatório de novas pessoas jurídicas
Tais princípios valem para todos os Poderes, de todos os entes integrantes da Federação 
Brasileira/União, Estados, Distrito Federal e municípios) e respectivas Administrações Direta e 
Indireta. Façamos a leitura do referido dispositivo constitucional:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...).
Nos termos da CF/1988, os princípios se dirigem a toda a Administração Direta e, também, 
a toda a Administração Indireta, independentemente da natureza jurídica da entidade. Assim, 
mesmo entidades da Administração Pública que explorem atividades econômicas, como o 
Banco do Brasil e a Petrobras, submetem-se aos princípios constitucionais da Administra-
ção Pública.
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Princípios, Gerencialismo,as do setor de infraestrutura. 
Estão no Estado seja porque faltou capital ao setor privado para realizar o investimento, 
seja porque são atividades naturalmente monopolistas, nas quais o controle via mercado 
não é possível, tornando-se necessário, no caso de privatização, a regulamentação rígida.
2.4.2. Setores do Estado, Tipos de Gestão e Formas de Propriedade
Cada um dos quatro setores referidos apresenta características peculiares, tanto no que se 
refere às suas prioridades, quanto aos princípios administrativos adotados.
No núcleo estratégico, o fundamental é que as decisões sejam as melhores, e, em seguida, 
que sejam efetivamente cumpridas. A efetividade é mais importante que a eficiência. O que 
importa saber é, primeiro, se as decisões que estão sendo tomadas pelo governo atendem 
eficazmente ao interesse nacional, se correspondem aos objetivos mais gerais aos quais a 
sociedade brasileira está voltada ou não. Segundo, se, uma vez tomadas as decisões, estas 
são de fato cumpridas.
Já no campo das atividades exclusivas de Estado, dos serviços não exclusivos e da pro-
dução de bens e serviços o critério eficiência torna-se fundamental. O que importa é atender 
milhões de cidadãos com boa qualidade a um custo baixo.
No núcleo estratégico, em que o essencial é a correção das decisões tomadas e o princípio 
administrativo fundamental é o da efetividade, entendido como a capacidade de ver obedeci-
das e implementadas com segurança as decisões tomadas, é mais adequado que haja um 
misto de administração pública burocrática e gerencial.
No setor das atividades exclusivas e de serviços competitivos ou não exclusivos, o impor-
tante é a qualidade e o custo dos serviços prestados aos cidadãos. O princípio correspondente 
é o da eficiência, ou seja, a busca de uma relação ótima entre qualidade e custo dos serviços 
colocados à disposição do público. Logo, a administração deve ser, necessariamente, geren-
cial. O mesmo se diga, obviamente, do setor das empresas, que, enquanto estiverem com o 
Estado, deverão obedecer aos princípios gerenciais de administração.
Outra distinção importante é a relacionada às formas de propriedade. Ainda que vulgarmen-
te se considerem apenas duas formas, a propriedade estatal e a propriedade privada, existe 
no capitalismo contemporâneo uma terceira forma, intermediária, extremamente relevante: a 
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
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propriedade pública não estatal, constituída pelas organizações sem fins lucrativos, que não 
são propriedade de nenhum indivíduo ou grupo e estão orientadas diretamente para o atendi-
mento do interesse público. O tipo de propriedade mais indicado variará de acordo com o setor 
do aparelho do Estado.
No núcleo estratégico a propriedade tem que ser necessariamente estatal. Nas atividades 
exclusivas de Estado, onde o poder extroverso de Estado é exercido, a propriedade também só 
pode ser estatal.
Já para o setor não exclusivo ou competitivo do Estado a propriedade ideal é a pública não 
estatal. Não é a propriedade estatal porque aí não se exerce o poder de Estado. Não é, por ou-
tro lado, a propriedade privada, porque se trata de um tipo de serviço por definição subsidiado. 
A propriedade pública não-estatal torna mais fácil e direto o controle social, através da partici-
pação nos conselhos de administração dos diversos segmentos envolvidos, ao mesmo tempo 
que favorece a parceria entre sociedade e Estado. As organizações nesse setor gozam de uma 
autonomia administrativa muito maior do que aquela possível dentro do aparelho do Estado. 
Em compensação, seus dirigentes são chamados a assumir uma responsabilidade maior, em 
conjunto com a sociedade, na gestão da instituição.
No setor de produção de bens e serviços para o mercado, em termos de propriedade, dada 
a possibilidade de coordenação via mercado, a propriedade privada é a regra. A propriedade 
estatal só se justifica quando não existem capitais privados disponíveis - o que não é mais o 
caso no Brasil - ou então quando existe um monopólio natural. Mesmo nesse caso, entretanto, 
a gestão privada tenderá a ser a mais adequada, desde que acompanhada por um seguro sis-
tema de regulação.
Em suma, temos:
NÚCLEO 
ESTRATÉGICO
ATIVIDADES 
EXCLUSIVAS
O critério eficiência 
torna-se 
fundamental.
A efetividade é mais 
importante que a 
eficiência.
Misto de 
administração 
pública burocrática e 
gerencial.
A administração 
deve ser, 
necessariamente, 
gerencial.
SERVIÇOS 
NÃO 
EXCLUSIVOS
O critério eficiência 
torna-se 
fundamental.
A administração 
deve ser, 
necessariamente, 
gerencial.
PRODUÇÃO 
DE BENS E 
SERVIÇOS
O critério eficiência 
torna-se 
fundamental.
A administração 
deve ser, 
necessariamente, 
gerencial.
Propriedade estatal. Propriedade estatal. Propriedade pública 
não estatal. Propriedade privada.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
020. (CEBRASPE/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/SEDF/ADMINISTRAÇÃO/2017) 
Acerca da estrutura administrativa do Estado e de assuntos correlatos, julgue o próximo item.
A perspectiva de reforma do Estado moderno subdivide a administração pública em quatro se-
tores: o núcleo estratégico, as atividades exclusivas, os serviços não exclusivos e a produção 
de bens e serviços para o mercado.
Nessa perspectiva, considera-se que as agências reguladoras pertencem ao setor do núcleo 
estratégico.
As agências reguladoras pertencem ao setor de atividades exclusivas. É o setor em que são 
prestados serviços que só o Estado pode realizar. São serviços em que se exerce o poder ex-
troverso do Estado - o poder de regulamentar, fiscalizar, fomentar. Como exemplos, temos a co-
brança e fiscalização dos impostos, a polícia, a previdência social básica, o serviço de desem-
prego, a fiscalização do cumprimento de normas sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de 
serviços de saúde pelo Estado, o controle do meio ambiente, o subsídio à educação básica, o 
serviço de emissão de passaportes etc.
Errado.
021. (FCC/ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO/SEMF TERESINA/TÉCNICO DO TE-
SOURO MUNICIPAL/2016) De acordo com o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 
que buscou consolidar o modelo gerencial na Administração pública brasileira, o denominado 
Núcleo Estratégico inclui
a) as entidades da sociedade civil que atuam em regime de colaboração com o Estado.
b) apenas os ocupantes dos cargos do primeiro escalão governamental.
c) as empresas públicas e sociedades de economia mista que prestam serviço público.
d) a equipe técnica encarregada de implementar as privatizações.
e) os membros do Executivo encarregados do planejamento e formulação de políticas públicas.
O núcleo estratégico é o governo, em sentido amplo. É o setor que define as leis e as políticas 
públicas e toma as decisões estratégicas. Corresponde aos Poderes Executivo, Legislativo, 
Judiciário e Ministério Público.
Letra e.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
3. GovErnabilidadE E GovErnança
3.1. oriGEns
Os conceitos de governabilidade e governança surgiram nos Estados modernos do sécu-
lo XIX (democracia liberal-burguesa), não apresentando uma definição muito clara e precisa, 
além de possuírem variáveis conforme o autor e sua nacionalidade, orientação ideológica e a 
ênfase dada a cada elemento que os compõem.
No entanto, é importante destacar que governabilidade e governança são temas indisso-
ciáveis e que se complementam entre si. Assim, estudar um conceito sem conhecer o outro 
é praticamente impossível. Além disso, as provas insistem nas comparações entre os termos 
justamente por causa desse vínculo forte existente entre ambos.
É por isso que as cobranças em concursos públicos, muitas vezes, causam confusões e 
mexem com a “cabeça” dos candidatos. O que queremos apresentar não é uma discussão dou-
trinária aprofundada, mas “caminhos” que permitam fazê-lo(a) gabaritar as questões de provas.
Assim, apenas para fins didáticos e uma análise mais pormenorizada, vamos estudá-los de 
forma destacada, mas sempre que necessário, faremos remissões de um ao outro.
3.2. GovErnabilidadE
3.2.1. Conceito
A governabilidade das democracias teve iniciada sua discussão sobre a causa dos proble-
mas de governabilidade e não governabilidade na Europa ocidental, no Japão e nos Estados 
Unidos, considerando o aumento das demandas sociais e a falta de recursos (financeiros e 
humanos) e de capacidade de gestão.
De forma direta, podemos entender a governabilidade como o próprio poder político, legi-
timado e contando com o apoio da sociedade e de seus representantes.
No entanto, todos esses outros conceitos, que se ramificam dessa definição inicial, já fo-
ram cobrados em provas:
• Condições substantivas, sistêmicas, materiais e institucionais de exercício do poder e 
de legitimidade do Estado.
• Capacidade política de decidir e governar.
• Capacidade para agregar múltiplos interesses da sociedade e apresentar-lhes um obje-
tivo comum.
• Definição de atuação do espaço público.
• Envolve o sistema de intermediação de interesses, as características do sistema políti-
co, a forma de governo e as relações entre os Poderes.
• Termo que possui como fonte ou origem os cidadãos, além dos partidos políticos, as 
associações e demais grupos representativos da sociedade.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
Na prática, um governo tem governabilidade na medida em que seus dirigentes contem 
com os necessários apoios políticos para governar. Portanto, a governabilidade, ou seja, ca-
pacidade política de governar decorre do relacionamento do Estado e do seu governo com a 
sociedade.
022. (CEBRASPE/ANALISTA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS/SLU DF/ADMINISTRA-
ÇÃO/2019) Acerca da evolução das abordagens da administração e sua aplicação à adminis-
tração pública brasileira, julgue o item que se segue.
Governabilidade consiste na capacidade absoluta de governar independentemente de apoio 
popular ou político.
Como vimos, a governabilidade é uma capacidade política de governar derivada da relação 
de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade. Logo, há dependência do apoio 
popular, sim!
Errado.
3.2.2. Ingovernabilidade ou Não Governabilidade
Se a governabilidade decorre do relacionamento do Estado e do seu governo com a socie-
dade, a ingovernabilidade é a negação desse relacionamento, ou seja, é a relação de conflito 
do Estado e do seu governo com a sociedade.
Para Bobbio (2000)17, a ingovernabilidade ou a não governabilidade pode estar associada à 
sobrecarga fiscal, excesso de demandas e à crise de legitimidade do Estado.
• A sobrecarga fiscal se refere à sobrecarga de problemas aos quais o Estado deve res-
ponder com a expansão de seus serviços e intervenção.
• O excesso de demandas se refere ao desequilíbrio entre as demandas da população e a 
capacidade estatal em atendê-las.
• A crise de legitimidade que se origina quando a sociedade não aceita a legitimidade dos 
atos administrativos e políticos do Estado, considerando o problema de acumulação, 
distribuição e redistribuição de recursos, bens e serviços.
Ainda, segundo o modelo de governabilidade proposto por Ferreira Filho (2001)18, a crise 
de governabilidade, em regra, abrange três crises que estão interligadas: crise de sobrecarga, 
crise político-institucional ou agenciamento e crise democrático- representativa.
17 BOBBIO, N. Dicionário de política. Brasília: Universidade de Brasília. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São 
Paulo, 2000.
18 FERREIRA FILHO, M. G. A democracia no limiar no século XXI. São Paulo: Saraiva, 2001.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
• A crise de sobrecarga consiste na incapacidade de o Estado dar conta de todas as 
tarefas assumidas e que lhe são atribuídas pela Constituição e leis, sendo que essas 
tarefas aumentam de forma ilimitada, e abrangem todos os setores da sociedade. Para 
solucionar essa crise, o Estado precisa definir sua finalidade quanto governo. É necessá-
rio utilizar uma política racional, em que o Estado, somente, oriente, incentive, fiscalize e 
ampare e realize as funções que apenas ele pode desempenhar.
• A crise político-institucional ou agenciamento resulta da base de organização governa-
mental inadequada para um Estado intervencionista, adotada por muitos países, que é 
a separação dos poderes seguindo o modelo de Montesquieu (separação em três pode-
res: Executivo, Legislativo e Judiciário, independentes e autônomos entre si). Um exem-
plo da crise é que para o Executivo poder atuar de forma eficiente, ele precisa de leis e no 
momento que são necessárias, mas não é isso que ocorre, já que a própria estrutura do 
Legislativo dificulta muitas decisões. E, também, por serem poderes autônomos, o que 
interessa para em determinada ocasião, pode não interessar para o outro.
• A crise democrático-representativa decorre em função da vontade real do povo não ser 
transmitida aos órgãos da administração pública. Ocorre quando os governantes, de-
pois de eleitos, agem seguindo a própria pretensão, para o seu proveito e não de acordo 
com os interesses das pessoas que os elegeram. Soma-se a isso o fato de o processo 
de escolha dos políticos ser feito por intermédio dos partidos políticos, que influenciam 
na formação da opinião da população, resultando na escolha equivocada e aleatória de 
desconhecidos ou aproveitadores.
3.3. GovErnança
3.3.1. Origem do Conceito de Governança
Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são 
dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho 
de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa/IBGC), uma organização sem 
fins lucrativos, é a principal referência para o desenvolvimento das melhores práticas so-
bre o tema.
O instituto atualiza, periodicamente, o Código das Melhores Práticas de Governança Cor-
porativa. Esse Código foi desenvolvido, primariamente, com foco emempresas privadas. En-
tretanto, nas edições mais recentes é feita a opção pela palavra “organização”, a fim de tornar o 
documento mais abrangente e adaptável a outros tipos de organização, como, por exemplo, as 
do terceiro setor, cooperativas, estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista), 
órgãos governamentais, entre outras. Isso porque cada tipo de organização tem suas peculia-
ridades em termos de governança.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
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023. (CEBRASPE/ANALISTA MINISTERIAL/MPE CE/ADMINISTRAÇÃO/2020) Julgue o 
item a seguir, a respeito de governabilidade e governança e mudanças institucionais no âmbito 
do Estado.
Governabilidade refere-se ao conjunto de elementos que determinam a capacidade de gestão 
da administração pública, baseando-se, portanto, no conceito de efetividade.
O conceito tratado é o de governança, e não de governabilidade!
Errado.
3.3.2. Princípios Básicos de Governança Corporativa
Segundo o Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, os princípios básicos 
de governança corporativa devem permear, em maior ou menor grau, todas as práticas da orga-
nização, e sua adequada adoção resulta em um clima de confiança tanto internamente quanto 
nas relações com terceiros. São eles:
• Transparência (disclosure): consiste no desejo de disponibilizar para as partes inte-
ressadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas 
por disposições de leis ou regulamentos. Não deve restringir-se ao desempenho econô-
mico-financeiro, contemplando também os demais fatores (inclusive intangíveis) que 
norteiam a ação gerencial e que conduzem à preservação e à otimização do valor da 
organização.
• Equidade (fairness): caracteriza-se pelo tratamento justo e isonômico de todos os só-
cios e demais partes interessadas (stakeholders), levando em consideração seus direi-
tos, deveres, necessidades, interesses e expectativas.
• Prestação de contas (accountability): os agentes de governança devem prestar con-
tas de sua atuação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo, assumindo 
integralmente as consequências de seus atos e omissões e atuando com diligência e 
responsabilidade no âmbito dos seus papéis.
• Responsabilidade corporativa (compliance): os agentes de governança devem zelar pela 
viabilidade econômico-financeira das organizações, reduzir as externalidades negativas 
de seus negócios e suas operações e aumentar as positivas, levando em consideração, 
no seu modelo de negócios, os diversos capitais (financeiro, manufaturado, intelectual, 
humano, social, ambiental, reputacional etc.) no curto, médio e longo prazos.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
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024. (CEBRASPE/AUDITOR FISCAL DA RECEITA DO DISTRITO FEDERAL/SEFAZ DF/2020) 
No que se refere à administração pública brasileira, julgue o item a seguir.
As políticas de compliance no âmbito da administração pública objetivam garantir que os ser-
vidores públicos prestem contas, aos órgãos de controle, das atividades exercidas no âmbito 
de suas funções.
O conceito de compliance, na verdade, está relacionado ao cumprimento das normas e regula-
mentos. Assim, a definição dá de políticas de accountability (prestação de contas).
Errado.
3.3.3. Governança Pública
No setor público, é importante você compreender a governança como um conjunto de ar-
ranjos formais e informais que determinam como são tomadas as decisões públicas e como 
são implementadas as ações públicas.
Mas, professor, esse conceito é muito semelhante ao de governabilidade! Verdade! Mas, aí 
vai a primeira dica de prova:
• Governabilidade é processo, é a análise da situação geral, é a análise de cenário do go-
verno (favorável ou desfavorável). Em suma, é a teoria!
• Governança é estruturar, é a prática das ações, é a capacidade técnica do governo. Em 
suma, é a prática!
Um governo pode possuir uma governabilidade (apoios políticos e da sociedade); ainda assim, 
poderá governar mal se lhe faltar a capacidade de governança (capacidade técnica). Ou seja, 
a governança pode se apresentar deficiente em condições satisfatórias de governabilidade.
Imagine você e sua família na plateia de uma apresentação da Orquestra Real do Concertge-
bouw (Holanda), uma das melhores sinfônicas do mundo. De repente, o maestro passa mal e 
precisa ser conduzido ao hospital. Você, que naquela semana havia iniciado um curso básico 
de violão, grita algo do tipo “deixa comigo!”, achando-se capaz de assumir o lugar do maes-
tro; sua família coloca-se em pé em manifesto de apoio total à sua decisão “maluca” e toda a 
plateia, desconhecendo suas capacidades, também começa a apoiá-lo. Pergunta-se: mesmo 
com o apoio total de sua família e da plateia, teria você condições de conduzir a sinfônica pelo 
restante do espetáculo? Não!
Pois é, você possui apoio de sua família e da plateia (governabilidade), mas não tem condições 
técnicas e prática necessária para conduzir a orquestra (governança).
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
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Vamos, então, comparar os conceitos de governabilidade aos de governança, para que 
tudo fique mais claro!
GOVERNABILIDADE GOVERNANÇA
Condições substantivas, sistêmicas, materiais 
e institucionais de exercício do poder e de 
legitimidade do Estado.
Capacidade que um determinado governo 
tem para formular e implementar as suas 
políticas – regulação de transações e 
operacionalização de soluções.
Capacidade política de decidir e governar.
Capacidade técnica de gerir os recursos 
públicos.
Capacidade para agregar múltiplos interesses 
da sociedade e apresentar-lhes um objetivo 
comum.
Surgem e se desenvolvem as condições 
acordadas com a sociedade - capacidade de 
representar os interesses da sociedade.
Definição de atuação do espaço público. Atuação no espaço público.19
Envolve o sistema de intermediação de 
interesses, as características do sistema 
político, a forma de governo e as relações 
entre os Poderes.
Mecanismos formais e informais para 
operacionalizar as políticas públicas.20
Termo que possui como fonte ou origem 
os cidadãos, além dos partidos políticos, as 
associações e demais grupos representativos 
da sociedade.
Termo que possui como fonte ou origem os 
próprios agentes públicos ou servidores do 
Estado que possibilitam a implementação das 
políticas públicas.
Relaciona-se com processo. Relaciona-se com estrutura.
Conceito mais simples e restrito. Conceito mais complexo e amplo.
3.3.4. Princípios Básicos da Governança para o Setor Público
Falar em princípios da governança pública não envolve uma lista exaustiva, mas uma lista 
exemplificativa. Resoluções de questões de provas devem considerar a análise das caracte-
rísticas do próprio conceito de governança. Ainda assim, vamos analisar alguns postulados 
doutrinários.
Por exemplo,conforme sugerido pelo Banco Mundial, atualmente, podemos considerar 
como princípios da boa governança: a legitimidade, a equidade, a responsabilidade, a eficiên-
cia, a probidade, a transparência e a accountability.
19 Em relação ao espaço público de atuação, a definição desse espaço se refere ao conceito de governabilidade, 
enquanto a atuação propriamente dita se vincula ao conceito de governança.
20 Os mecanismos formais abrangem as próprias instituições governamentais; já os mecanismos informais, de 
caráter não governamental, como associações e organizações, impõem uma conduta determinada dentro da sua área 
de atuação, satisfazendo as necessidades e demandas da sociedade.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
• Legitimidade: princípio jurídico fundamental do Estado Democrático de Direito e critério 
informativo do controle externo da administração pública que amplia a incidência do 
controle para além da aplicação isolada do critério da legalidade. Não basta verificar se 
a lei foi cumprida, mas se o interesse público, o bem comum, foi alcançado. Admite o 
ceticismo profissional de que nem sempre o que é legal é legítimo.
• Equidade: promover a equidade é garantir as condições para que todos tenham acesso 
ao exercício de seus direitos civis - liberdade de expressão, de acesso à informação, de 
associação, de voto, igualdade entre gêneros -, políticos e sociais - saúde, educação, 
moradia, segurança.
• Responsabilidade: diz respeito ao zelo que os agentes de governança devem ter pela 
sustentabilidade das organizações, visando sua longevidade, incorporando considera-
ções de ordem social e ambiental na definição dos negócios e operações.
• Eficiência: é fazer o que é preciso ser feito com qualidade adequada ao menor custo 
possível. Não se trata de redução de custo de qualquer maneira, mas de buscar a melhor 
relação entre qualidade do serviço e qualidade do gasto.
• Probidade: trata-se do dever dos servidores públicos de demonstrar probidade, zelo, 
economia e observância às regras e aos procedimentos do órgão ao utilizar, arrecadar, 
gerenciar e administrar bens e valores públicos. Enfim, refere-se à obrigação que têm os 
servidores de demonstrar serem dignos de confiança.
• Transparência: caracteriza-se pela possibilidade de acesso a todas as informações rela-
tivas à organização pública, sendo um dos requisitos de controle do Estado pela socie-
dade civil. A adequada transparência resulta em um clima de confiança, tanto interna-
mente quanto nas relações de órgãos e entidades com terceiros.
• Accountability: As normas de auditoria da Intosai conceituam accountability como a 
obrigação que têm as pessoas ou entidades às quais se tenham confiado recursos, 
incluídas as empresas e organizações públicas, de assumir as responsabilidades de 
ordem fiscal, gerencial e programática que lhes foram conferidas, e de informar a quem 
lhes delegou essas responsabilidades. Espera-se que os agentes de governança pres-
tem contas de sua atuação de forma voluntária, assumindo integralmente as consequ-
ências de seus atos e omissões.
Para o autor Matias-Pereira (2008)21, a governança pública está apoiada em quatro 
princípios:
• Relações éticas: dizem respeito a permissões de ações, cujo parâmetro limitador é a 
não nocividade social.
• Conformidade: refere-se à compatibilidade dos procedimentos com as leis e regulamentos.
21 MATIAS-PEREIRA, J. Administração pública comparada: uma avaliação das reformas administrativas do 
Brasil, EUA e União Europeia. Revista de Administração Pública, vol. 42, n. 1, 2008.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
• Transparência: visa disponibilizar às partes interessadas as informações que sejam de 
seu interesse, e não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos.
• Prestação de contas (accountability): é o dever dos agentes de governança nas justifi-
cativas de suas atuações, assumindo integralmente as consequências de seus atos e 
omissões.
025. (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO/ALAP/ATIVIDADE ADMINISTRATIVA/ADMINISTRA-
DOR/2020) A aplicação dos preceitos de governança corporativa a instituições públicas ou 
privadas, pressupõe, entre outros princípios e preceitos, a denominada accountability, que sig-
nifica que os agentes de governança devem
a) zelar pelo tratamento justo e isonômico de todos as partes interessadas (stakeholders), 
levando em consideração seus interesses e expectativas.
b) prestar informações de modo claro, conciso e tempestivo de sua atuação, sendo responsa-
bilizados por suas ações e omissões.
c) procurar a maximização dos resultados financeiros da entidade, atuando com eficiência e 
reduzindo perdas.
d) adotar práticas de sustentabilidade social, voltadas à inserção da entidade em políticas in-
clusivas e de respeito à diversidade.
e) atuar de forma ambientalmente sustentável, privilegiando processos de produção de bens e 
serviços que não consumam recurso naturais de forma excessiva.
No contexto da administração pública, a accountability é um termo que está relacionado com 
a prestação de contas e a responsabilização dos agentes públicos.
Sobre a letra A, aproxima-se do conceito do princípio da impessoalidade ou isonomia.
Sobre a letra C, a alternativa aproxima-se do princípio da eficiência.
Sobre as letras D, as alternativas destacam práticas de responsabilidade social corporativa.
Letra b.
4. dEcrEto n. 9.203, dE 22 dE novEmbro dE 2017
Dispõe sobre a política de governança da administração pública federal direta, autárquica 
e fundacional.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput , inciso 
VI, alínea “a”, da Constituição,
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
DECRETA:
Art. 1º Este Decreto dispõe sobre a política de governança da administração pública fede-
ral direta, autárquica e fundacional.
Art. 2º Para os efeitos do disposto neste Decreto, considera-se:
I – governança pública - conjunto de mecanismos de liderança, estratégia e controle postos 
em prática para avaliar, direcionar e monitorar a gestão, com vistas à condução de políticas 
públicas e à prestação de serviços de interesse da sociedade;
II – valor público - produtos e resultados gerados, preservados ou entregues pelas ativida-
des de uma organização que representem respostas efetivas e úteis às necessidades ou às 
demandas de interesse público e modifiquem aspectos do conjunto da sociedade ou de alguns 
grupos específicos reconhecidos como destinatários legítimos de bens e serviços públicos;
III – alta administração - Ministros de Estado, ocupantes de cargos de natureza especial, 
ocupantes de cargo de nível 6 do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS e presi-
dentes e diretores de autarquias, inclusive as especiais, e de fundações públicas ou autorida-
des de hierarquiaequivalente; e
IV – gestão de riscos - processo de natureza permanente, estabelecido, direcionado e mo-
nitorado pela alta administração, que contempla as atividades de identificar, avaliar e gerenciar 
potenciais eventos que possam afetar a organização, destinado a fornecer segurança razoável 
quanto à realização de seus objetivos.
Art. 3º São princípios da governança pública:
I – capacidade de resposta;
II – integridade;
III – confiabilidade;
IV – melhoria regulatória;
V – prestação de contas e responsabilidade; e
VI – transparência.
Art. 4º São diretrizes da governança pública:
I – direcionar ações para a busca de resultados para a sociedade, encontrando soluções 
tempestivas e inovadoras para lidar com a limitação de recursos e com as mudanças de 
prioridades;
II – promover a simplificação administrativa, a modernização da gestão pública e a integra-
ção dos serviços públicos, especialmente aqueles prestados por meio eletrônico;
III – monitorar o desempenho e avaliar a concepção, a implementação e os resultados 
das políticas e das ações prioritárias para assegurar que as diretrizes estratégicas sejam 
observadas;
IV – articular instituições e coordenar processos para melhorar a integração entre os dife-
rentes níveis e esferas do setor público, com vistas a gerar, preservar e entregar valor público;
V – fazer incorporar padrões elevados de conduta pela alta administração para orientar o 
comportamento dos agentes públicos, em consonância com as funções e as atribuições de 
seus órgãos e de suas entidades;
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
VI – implementar controles internos fundamentados na gestão de risco, que privilegiará 
ações estratégicas de prevenção antes de processos sancionadores;
VII – avaliar as propostas de criação, expansão ou aperfeiçoamento de políticas públicas 
e de concessão de incentivos fiscais e aferir, sempre que possível, seus custos e benefícios;
VIII – manter processo decisório orientado pelas evidências, pela conformidade legal, pela 
qualidade regulatória, pela desburocratização e pelo apoio à participação da sociedade;
IX – editar e revisar atos normativos, pautando-se pelas boas práticas regulatórias e pela 
legitimidade, estabilidade e coerência do ordenamento jurídico e realizando consultas públicas 
sempre que conveniente;
X – definir formalmente as funções, as competências e as responsabilidades das estrutu-
ras e dos arranjos institucionais; e
XI – promover a comunicação aberta, voluntária e transparente das atividades e dos resul-
tados da organização, de maneira a fortalecer o acesso público à informação.
Art. 5º São mecanismos para o exercício da governança pública:
I – liderança, que compreende conjunto de práticas de natureza humana ou comportamen-
tal exercida nos principais cargos das organizações, para assegurar a existência das condi-
ções mínimas para o exercício da boa governança, quais sejam:
a) integridade;
b) competência;
c) responsabilidade; e
d) motivação;
II – estratégia, que compreende a definição de diretrizes, objetivos, planos e ações, além de 
critérios de priorização e alinhamento entre organizações e partes interessadas, para que os 
serviços e produtos de responsabilidade da organização alcancem o resultado pretendido; e
III – controle, que compreende processos estruturados para mitigar os possíveis riscos 
com vistas ao alcance dos objetivos institucionais e para garantir a execução ordenada, ética, 
econômica, eficiente e eficaz das atividades da organização, com preservação da legalidade e 
da economicidade no dispêndio de recursos públicos.
Art. 6º Caberá à alta administração dos órgãos e das entidades, observados as normas 
e os procedimentos específicos aplicáveis, implementar e manter mecanismos, instâncias e 
práticas de governança em consonância com os princípios e as diretrizes estabelecidos nes-
te Decreto.
Parágrafo único. Os mecanismos, as instâncias e as práticas de governança de que trata 
o caput incluirão, no mínimo:
I – formas de acompanhamento de resultados;
II – soluções para melhoria do desempenho das organizações; e
III – instrumentos de promoção do processo decisório fundamentado em evidências.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
Art. 7º-A. O Comitê Interministerial de Governança - CIG tem por finalidade assessorar o 
Presidente da República na condução da política de governança da administração pública fe-
deral./Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
Art. 8º-A. O CIG é composto pelos seguintes membros titulares:/Incluído pelo Decreto n. 
9.901, de 2019)
I – Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República, que o coordenará;/
Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
II – Ministro de Estado da Economia; e/Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
III – Ministro de Estado da Controlaria-Geral da União./Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
§ 1º Os membros do CIG poderão ser substituídos, em suas ausências e seus impedimen-
tos, pelos respectivos Secretários-Executivos./Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
§ 2º As reuniões do CIG serão convocadas pelo seu Coordenador./Incluído pelo Decreto n. 
9.901, de 2019)
§ 3º Representantes de outros órgãos e entidades da administração pública federal pode-
rão ser convidados a participar de reuniões do CIG, sem direito a voto./Incluído pelo Decreto n. 
9.901, de 2019)
Art. 8º-B. O CIG se reunirá, em caráter ordinário, trimestralmente e, em caráter extraordiná-
rio, sempre que necessário./Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
§ 1º O quórum de reunião do CIG é de maioria simples dos membros e o quórum de apro-
vação é de maioria absoluta./Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
§ 2º Além do voto ordinário, o Coordenador do CIG terá o voto de qualidade em caso de 
empate./Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
Art. 9º-A. Ao CIG compete:/Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
I – propor medidas, mecanismos e práticas organizacionais para o atendimento aos princí-
pios e às diretrizes de governança pública estabelecidos neste Decreto;/Incluído pelo Decreto 
n. 9.901, de 2019)
II – aprovar manuais e guias com medidas, mecanismos e práticas organizacionais que 
contribuam para a implementação dos princípios e das diretrizes de governança pública esta-
belecidos neste Decreto;/Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
III – aprovar recomendações aos colegiados temáticos para garantir a coerência e a co-
ordenação dos programas e das políticas de governança específicos;/Incluído pelo Decreto n. 
9.901, de 2019)
IV – incentivar e monitorar a aplicação das melhores práticas de governança no âmbito 
da administração pública federal direta, autárquica e fundacional; e/Incluído pelo Decreto n. 
9.901, de 2019)
V – editar as resoluções necessárias ao exercício de suas competências./Incluído pelo 
Decreto n. 9.901, de 2019)
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
§ 1º Os manuais e os guias a que se refere o inciso II do caput deverão:/Incluído pelo De-
creto n. 9.901, de 2019)
I – conter recomendações que possam ser implementadas nos órgãos e nas entidades da 
administração pública federal direta, autárquica e fundacional definidos na resolução que os 
aprovar;/Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
II – ser observados pelos comitês internos de governança, a que se refere o art. 15-A./In-
cluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
§ 2º O colegiado temático, para fins do disposto neste Decreto, é a comissão, o comitê, 
o grupo de trabalho ou outra forma de colegiado interministerial instituído com o objetivo de 
implementar, promover ou executar políticas ou programas de governança relativos a temas 
específicos./Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
Art. 10-A. O CIG poderá instituir grupos de trabalho específicos com o objetivo de assesso-
rá-lo no cumprimento das suas competências./Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
§ 1º Representantes de órgãos e entidades públicas e privadas poderão ser convidados a 
participar dos grupos de trabalho constituídos pelo CIG./Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
§ 2º O CIG definirá no ato de instituição do grupo de trabalho os seus objetivos específi-
cos, a sua composição e o prazo para conclusão de seus trabalhos./Incluído pelo Decreto n. 
9.901, de 2019)
Art. 10-B. Os grupos de trabalho:/Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
I – serão compostos na forma de ato do CIG;/Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
II – não poderão ter mais de cinco membros;/Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
III – terão caráter temporário e duração não superior a um ano; e/Incluído pelo Decreto n. 
9.901, de 2019)
IV – estarão limitados a três operando simultaneamente./Incluído pelo Decreto n. 
9.901, de 2019)
Art. 11-A. A Secretaria-Executiva do CIG será exercida pela Secretaria Especial de Relações 
Governamentais da Casa Civil da Presidência da República. (Redação dada pelo Decreto n. 
10.907, de 2021)
Parágrafo único. Compete à Secretaria-Executiva do CIG:/Incluído pelo Decreto n. 
9.901, de 2019)
I – receber, instruir e encaminhar aos membros do CIG as propostas recebidas na forma 
estabelecida no caput do art. 10-A e no inciso II do caput do art. 13-A;/Incluído pelo Decreto n. 
9.901, de 2019)
II – encaminhar a pauta, a documentação, os materiais de discussão e os registros das 
reuniões aos membros do CIG;/Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
III – comunicar aos membros do CIG a data e a hora das reuniões ordinárias ou a convoca-
ção para as reuniões extraordinárias;/Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
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Adriel Sá
IV – comunicar aos membros do CIG a forma de realização da reunião, que poderá ser por 
meio eletrônico ou presencial, e o local, quando se tratar de reuniões presenciais; e/Incluído 
pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
V – disponibilizar as atas e as resoluções do CIG em sítio eletrônico ou, quando o seu con-
teúdo for classificado como confidencial, encaminhá-las aos membros./Incluído pelo Decreto 
n. 9.901, de 2019)
Art. 12-A. A participação no CIG ou nos grupos de trabalho por ele constituídos será con-
siderada prestação de serviço público relevante, não remunerada./Incluído pelo Decreto n. 
9.901, de 2019)
Art. 13-A. Compete aos órgãos e às entidades integrantes da administração pública fede-
ral direta, autárquica e fundacional:/Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
I – executar a política de governança pública, de maneira a incorporar os princípios e as di-
retrizes definidos neste Decreto e as recomendações oriundas de manuais, guias e resoluções 
do CIG; e/Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
II – encaminhar ao CIG propostas relacionadas às competências previstas no art. 9º-A, 
com a justificativa da proposição e da minuta da resolução pertinente, se for o caso./Incluído 
pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
Art. 15-A. São competências dos comitês internos de governança, instituídos pelos órgãos 
e entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional:/Incluído pelo 
Decreto n. 9.901, de 2019)
I – auxiliar a alta administração na implementação e na manutenção de processos, estru-
turas e mecanismos adequados à incorporação dos princípios e das diretrizes da governança 
previstos neste Decreto;/Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
II – incentivar e promover iniciativas que busquem implementar o acompanhamento de 
resultados no órgão ou na entidade, que promovam soluções para melhoria do desempenho 
institucional ou que adotem instrumentos para o aprimoramento do processo decisório;/Inclu-
ído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
III – promover e acompanhar a implementação das medidas, dos mecanismos e das práti-
cas organizacionais de governança definidos pelo CIG em seus manuais e em suas resoluções; 
e/Incluído pelo Decreto n. 9.901, de 2019)
IV – elaborar manifestação técnica relativa aos temas de sua competência./Incluído pelo 
Decreto n. 9.901, de 2019)
Art. 16. Os comitês internos de governança publicarão suas atas e suas resoluções em 
sítio eletrônico, ressalvado o conteúdo sujeito a sigilo.
Art. 17. A alta administração das organizações da administração pública federal direta, 
autárquica e fundacional deverá estabelecer, manter, monitorar e aprimorar sistema de gestão 
de riscos e controles internos com vistas à identificação, à avaliação, ao tratamento, ao moni-
toramento e à análise crítica de riscos que possam impactar a implementação da estratégia 
e a consecução dos objetivos da organização no cumprimento da sua missão institucional, 
observados os seguintes princípios:
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
I – implementação e aplicação de forma sistemática, estruturada, oportuna e documenta-
da, subordinada ao interesse público;
II – integração da gestão de riscos ao processo de planejamento estratégico e aos seus 
desdobramentos, às atividades, aos processos de trabalho e aos projetos em todos os níveis da 
organização, relevantes para a execução da estratégia e o alcance dos objetivos institucionais;
III – estabelecimento de controles internos proporcionais aos riscos, de maneira a consi-
derar suas causas, fontes, consequências e impactos, observada a relação custo-benefício; e
IV – utilização dos resultados da gestão de riscos para apoio à melhoria contínua do de-
sempenho e dos processos de gerenciamento de risco, controle e governança.
Art. 18 A auditoria interna governamental deverá adicionar valor e melhorar as operações 
das organizações para o alcance de seus objetivos, mediante a abordagem sistemática e dis-
ciplinada para avaliar e melhorar a eficácia dos processos de gerenciamento de riscos, dos 
controles e da governança, por meio da:
I – realização de trabalhos de avaliação e consultoria de forma independente, segundo os 
padrões de auditoria e ética profissional reconhecidos internacionalmente;
II – adoção de abordagem baseada em risco para o planejamento de suas atividades e para 
a definição do escopo, da natureza, da época e da extensão dos procedimentos de auditoria; e
III – promoção à prevenção,à detecção e à investigação de fraudes praticadas por agentes 
públicos ou privados na utilização de recursos públicos federais.
Art. 19. Os órgãos e as entidades da administração direta, autárquica e fundacional ins-
tituirão programa de integridade, com o objetivo de promover a adoção de medidas e ações 
institucionais destinadas à prevenção, à detecção, à punição e à remediação de fraudes e atos 
de corrupção, estruturado nos seguintes eixos:
I – comprometimento e apoio da alta administração;
II – existência de unidade responsável pela implementação no órgão ou na entidade;
III – análise, avaliação e gestão dos riscos associados ao tema da integridade; e
IV – monitoramento contínuo dos atributos do programa de integridade.
Art. 21. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
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RESUMO
• Princípios expressos da Administração Pública
−	 Legalidade: significa dizer que a Administração Pública só pode atuar quando autori-
zada ou permitida pela lei.
−	 Impessoalidade, finalidade ou isonomia: dever de imparcialidade na defesa do inte-
resse público, impedindo discriminações e privilégios indevidamente dispensados a 
particulares no exercício da função administrativa.
−	 Moralidade: a conduta da Administração deve ser mais exigente do que simples cum-
primento da frieza das leis.
−	 Publicidade: a Administração Pública deve tornar públicos seus atos, na forma pre-
vista na norma.
−	 Eficiência: envolve a procura de produtividade e economicidade e, o que é mais im-
portante, a exigência de reduzir os desperdícios de dinheiro público.
• Princípios implícitos ou reconhecidos da Administração Pública
−	 Supremacia do interesse público sobre o interesse privado: a Administração, por re-
presentar o interesse público, tem a possibilidade, nos termos da lei, de constituir 
terceiros em obrigações mediante atos unilaterais.
−	 Indisponibilidade do interesse público: a Administração não tem liberdade para dis-
por dos bens e interesses públicos, porque age na defesa alheia.
−	 Finalidade pública: impõe ao administrador que sua atuação vise sempre ao objetivo 
da norma.
−	 Responsabilidade civil do Estado: as pessoas jurídicas de direito público e as de di-
reito privado prestadoras de serviços públicos responderão por danos causados a 
terceiros por seus agentes.
−	 Autotutela: a Administração tem a prerrogativa de policiar seus próprios atos, revo-
gando aqueles inconvenientes e anulando aqueles ilegais.
−	 Igualdade: todos os cidadãos devem receber igual tratamento da Administração, sen-
do vedado que se estabeleça de modo desarrazoado qualquer privilégio, favoritismo 
ou desvalia entre os administrados.
−	 Especialidade ou descentralização: ligado à ideia de descentralização administrativa, 
na busca de maior eficiência.
−	 Presunção de legitimidade ou de veracidade: engloba dois aspectos: de um lado, 
a presunção de verdade (veracidade), que diz respeito à certeza dos fatos; de outro 
lado, a presunção da legalidade, pois, se a Administração Pública se submete à lei, 
presume-se, até prova em contrário, que todos os seus atos sejam verdadeiros e pra-
ticados com observância das normas legais pertinentes.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
−	 Probidade administrativa: diz respeito à integridade de caráter, honradez, ou seja, 
conceito estreitamente relacionado com o de moralidade administrativa.
−	 Segurança jurídica: as relações jurídicas devem se estabilizar, não sendo mais alte-
ráveis na via administrativa.
−	 Princípio da confiança e boa-fé: os atos praticados pelo Poder Público são legítimos 
(presumem-se legais e verdadeiros), de tal sorte que os atos devem ser preservados 
em nome da boa-fé, sobrepondo-se, no caso concreto, ao princípio da legalidade.
−	 Motivação: a Administração tem o dever de motivar seus atos, sejam eles discricio-
nários, sejam vinculados.
−	 Razoabilidade: o administrador deve sempre adotar as providências mais adequadas 
aos casos concretos apresentados.
−	 Proporcionalidade: adequabilidade entre os meios utilizados e os fins pretendidos 
(princípio da vedação de excesso).
−	 Continuidade do serviço público: a atividade da Administração é ininterrupta, não se 
admitindo a paralisação dos serviços públicos.
−	 Sindicabilidade: é a faculdade de os órgãos estatais fiscalizarem os atos lesivos ao 
interesse público, por ilegais, ilegítimos ou ilícitos.
−	 Juridicidade: requer que a produção dos atos estatais esteja em consonância com os 
princípios constitucionais expressos e implícitos.
−	 Intranscendência subjetiva das sanções: impede que penalidades personalíssimas 
alcancem terceiros que não participaram da conduta ou que, ao menos, tinham como 
evitar o ilícito.
• Gerencialismo ou Administração Pública Gerencial
−	 Tem sua origem relacionada com as mudanças ocorridas nas administrações públi-
cas de alguns países a partir da década de 1970 (Estados Unidos, Inglaterra, Nova 
Zelândia e Austrália).
−	 Principais características:
o Emerge em resposta à expansão das funções econômicas/sociais do Estado, ao 
desenvolvimento tecnológico e à globalização da economia mundial.
o Necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços, tendo o cida-
dão como beneficiário.
o Orientada, predominantemente, pelos valores da eficiência, qualidade e produtividade.
o Enfoque relacional.
o Não rompe definitivamente com a gestão burocrática, inclusive mantendo e flexibi-
lizando alguns dos seus princípios fundamentais.
o Contrapõe-se à ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional.
o Forma de controle baseada nos resultados (controle a posteriori).
o Pratica a competição administrada no interior do próprio Estado.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
o Advoga tecnologias administrativas.
o Privilegia a descentralização de funções e a redução dos níveis hierárquicos.
o Exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas e o incentivo à 
criatividade e inovação.
o Enfatiza a terceirização de atividades de apoio.
o Concede liberdade gerencial aos gestores públicos.
o Exerce o controle gerencial por meio da pactuação de resultados e de desempenhos.
o Fundamenta-se nos princípios da confiança e da descentralização da decisão (em-
powerment e delegação).
o Preconiza a separação entre a formulação e a execução das políticas públicas.
o Destaca que o aparelho de Estado deve ser responsável pela formulação e regula-
ção de políticas públicas, não necessariamente por sua execução.
o Utilização do planejamento estratégico integrado ao processo de gestão.
−	 Gerencialismo puro ou managerialism: fazer mais com menos – eficiência.
o Organizar governos que custassem menos;
o Preocupação com o contribuinte - reduzir gastos e desperdícios em uma erade 
escassez;
o Utilização maciça de técnicas e mecanismos do setor privado para melhorar a efi-
ciência;
o Economia e eficiência governamental - engrenagens do modelo Weberiano;
o Produtividade como eixo central;
o Separação entre administração e política;
o Preocupação com valor do dinheiro (value money); e
o Visão da sociedade: contribuintes.
−	 Consumerism: fazer melhor – eficácia.
o Introdução do conceito de qualidade dos serviços;
o Flexibilidade de gestão;
o Foco no cliente/consumidor;
o Descentralização, como forma de conferir direito de escolha aos consumidores;
o Aumento da competição entre agências;
o Adoção de novas formas de contratação; e
o Visão da sociedade: clientes.
−	 Public Service Orientation/PSO): fazer o que deve ser feito – efetividade.
o Fusão de ideias de gestão dos setores públicos e privados;
o Redução do déficit institucional (“o que”, e não “como”);
o Foco nos cidadãos (conotação coletiva);
o Descentralização como forma de participação dos cidadãos;
o Ênfase no desenvolvimento da aprendizagem social; e
o Visão da sociedade: cidadãos.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
• A reforma gerencial no Brasil
−	 No ano de 1995, cria-se o Ministério da Administração e Reforma do Estado (MARE) 
- Ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira.
−	 O aparelho do Estado
o Núcleo estratégico. Corresponde ao governo, em sentido lato. É o setor que define 
as leis e as políticas públicas, e cobra o seu cumprimento.
o Atividades exclusivas. É o setor em que são prestados serviços que só o Estado 
pode realizar. São serviços em que se exerce o poder extroverso do Estado - o po-
der de regulamentar, fiscalizar, fomentar.
o Serviços não exclusivos. Corresponde ao setor onde o Estado atua simultanea-
mente com outras organizações públicas não-estatais e privadas. As instituições 
desse setor não possuem o poder de Estado.
o Produção de bens e serviços para o mercado. Corresponde à área de atuação das 
empresas. É caracterizado pelas atividades econômicas voltadas para o lucro que 
ainda permanecem no aparelho do Estado como, por exemplo, as do setor de in-
fraestrutura.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
MAPA MENTAL
NÚCLEO 
ESTRATÉGICO
ATIVIDADES 
EXCLUSIVAS
O critério eficiência 
torna-se 
fundamental.
A efetividade é mais 
importante que a 
eficiência.
Misto de 
administração 
pública burocrática e 
gerencial.
A administração 
deve ser, 
necessariamente, 
gerencial.
SERVIÇOS 
NÃO 
EXCLUSIVOS
O critério eficiência 
torna-se 
fundamental.
A administração 
deve ser, 
necessariamente, 
gerencial.
PRODUÇÃO 
DE BENS E 
SERVIÇOS
O critério eficiência 
torna-se 
fundamental.
A administração 
deve ser, 
necessariamente, 
gerencial.
Propriedade estatal. Propriedade estatal. Propriedade pública 
não estatal. Propriedade privada.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
QUESTÕES DE CONCURSO
001. (AOCP/AUDITOR FISCAL/PREF. JF/2016) Sobre o Princípio da Motivação, é lícito afir-
mar que ele
a) obriga o Estado a proporcionar aos seus agentes públicos condições para que estejam sem-
pre motivados a atender o interesse público.
b) garante que o Poder Público exerça o controle sobre os próprios atos, podendo anular os 
ilegais e revogar os inconvenientes, sem a necessidade de buscar o Poder Judiciário
c) obriga que o administrador público obedeça à lei e ao Direito, o que inclui os princípios ad-
ministrativos, sob pena de responder disciplinar, civil e criminalmente
d) determina que o administrador público deve expor os fundamentos de fato e de direito que 
embasaram sua decisão ou ato praticado.
e) decorre do próprio Estado de Direito e motiva à autoridade competente a se sentir obrigada 
a dar publicidade de seus atos.
002. (AOCP/ANALISTA FUNDIÁRIO/CODEM/ADVOGADO/2017) Os princípios são nortea-
dores de todo o ordenamento jurídico. O mesmo se pode afirmar sobre a administração públi-
ca. Assim, considerando a natureza, os fins e os princípios básicos de direito administrativo, 
assinale a alternativa correta.
a) Apesar de a Constituição Federal elencar expressamente cinco princípios da administração 
pública, é entendido pela doutrina que outros princípios constitucionais também se aplicam 
à presente temática, bem como outros que sequer são mencionados no texto constitucional.
b) A administração pública está obrigada por lei ao cumprimento de certas finalidades, entre 
elas a supremacia dos interesses estatais frente aos interesses da coletividade.
c) Pelo princípio da publicidade, os administrados, ou seja, a coletividade pública em geral, de-
vem ser tratados sem qualquer discriminação (benéficas ou detrimentosas).
d) O princípio do contraditório e da ampla defesa se aplicam quando de litígios judiciais admi-
nistrativos, mas não nos procedimentos administrativos em geral.
e) Os atos administrativos não importam em motivação, uma vez que se presume a lisura e a 
moralidade da Administração Pública.
003. (AOCP/GUARDA MUNICIPAL/PREF. JUAZEIRO/2016) A administração pública no Bra-
sil obedece a princípios legais. Quais são esses princípios?
a) Legalidade, imparcialidade, moralidade, publicidade e eficiência.
b) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
c) Moralidade, publicidade, eficiência, tranquilidade e maioridade.
d) Moralidade, publicidade, maioridade, reciprocidade e eficiência.
e) Publicidade, maioridade, legalidade, eficiência e impessoalidade.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
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004. (AOCP/AUDITOR FISCAL/PREF. JF/2016) A Administração Pública obedecerá aos 
princípios de
a) legalidade, pessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
b) legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência, apenas.
c) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
d) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e ineficiência.
e) legalidade, impessoalidade, morosidade, publicidade e eficiência.
005. (AOCP/JORNALISTA/SECOM PA/2018) A Constituição Federal, em seu Artigo 1, esta-
belece que a República Federativa do Brasil “constitui-se em Estado Democrático de Direito e 
tem como fundamentos a soberania, a cidadania e a dignidade da pessoa humana”. Quando se 
assume um cargo público, o novo servidor assume, além das atividades inerentes ao cumpri-
mento de sua função, o dever de zelar pelo bem-estar da comunidade e da coletividade.
De acordo com o artigo 37 da Constituição Federal do Brasil,é dever da administração pública 
seguir alguns princípios previstos no documento de 1988.
Assinale a alternativa que apresenta esses princípios.
a) Impessoalidade, moralidade, decência, eficiência e legalidade.
b) Legitimidade, moralidade, publicidade, eficiência e qualidade.
c) Impessoalidade, moralidade, decência, legalidade e qualidade.
d) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
e) Dignidade, eficiência, decência, moralidade e impessoalidade.
006. (AOCP/ASSISTENTE SOCIAL/FUNPAPA/2018) A administração pública direta e indire-
ta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obede-
cerá aos princípios de
a) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
b) legalidade, pessoalidade, moralidade, publicidade e eficácia.
c) legalidade, impessoalidade, amoralidade, publicidade e efetividade.
d) legalidade, empatia, respeito, publicidade e eficiência.
e) legalidade, capacidade técnica, impessoalidade e eficiência.
007. (AOCP/ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO/FUNPAPA/2018) Sobre os princípios que 
norteiam a Administração Pública, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Segundo o princípio da legalidade, a administração só está autorizada a fazer o que a 
lei permite.
b) De acordo com o princípio da impessoalidade, a administração não pode atuar com vistas a 
prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que 
deve nortear o seu comportamento.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
c) O princípio da publicidade exige a ampla divulgação dos atos praticados pela Administração 
Pública, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas em lei.
d) Uma atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé caracteriza a moralida-
de administrativa.
e) Para atender ao princípio da eficiência, a administração está autorizada a afastar, no caso 
concreto, outros princípios que causam a morosidade administrativa.
008. (AOCP/ASSISTENTE EM PREVIDÊNCIA/IPE PREV/2022) Em relação aos princípios ad-
ministrativos, relacione as colunas e assinale a alternativa com a sequência correta.
1. Legalidade.
2. Impessoalidade.
3. Autotutela.
4. Segurança jurídica.
( ) A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
( ) Interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim 
público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.
( ) Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
( ) Objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes 
ou autoridades.
a) 4 – 2 – 1 – 3.
b) 2 – 1 – 3 – 4.
c) 1 – 4 – 3 – 2.
d) 1 – 3 – 2 – 4.
e) 3 – 4 – 1 – 2.
009. (IADES/ANALISTA DE ATIVIDADES DO HEMOCENTRO DF/ADMINISTRAÇÃO/2017) O 
propósito da nova gestão pública é criar mais valor para a sociedade como um todo, ou seja, 
gerar evolução no sentido mais amplo. Com base no exposto, é correto afirmar que os execu-
tivos de governo devem
a) assegurar o controle apropriado para garantir o cumprimento das políticas públicas, apenas.
b) garantir a excelência das políticas públicas criadas, uma vez que, com qualidade, elas po-
dem sozinhas cumprir toda a função pública.
c) posicionar-se em um ponto além dos desejos e das necessidades da sociedade, ou seja, 
devem ser capazes de descobrir o que a sociedade vai desejar e (ou) precisar antes mesmo 
que ela saiba. Para isso, devem estar atentos às tendências de futuro, a soluções inovadoras e 
à postura empreendedora em prol dessa sociedade.
d) assegurar a estabilidade das instituições públicas, evitando que a sociedade corra riscos, 
dessa forma garantindo o status quo no processo de gestão pública, independentemente de 
tendências e de demandas futuras da sociedade.
e) servir à sociedade como agentes neutros, apenas executando as atividades, sem ques-
tionamentos ou análises, uma vez que sempre estiveram estabelecidas como procedimen-
tos corretos.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
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010. (IADES/ANALISTA I/CRF DF/ADMINISTRADOR/2017) A administração pública evoluiu 
por meio de três modelos: patrimonialista, burocrático e gerencial.
Tendo por base a administração pública gerencial, assinale a alternativa correta.
a) O surgimento da administração pública gerencial data da metade do século 19, durante o 
apogeu do Estado Liberal, tendo por fundamento o combate à corrupção.
b) Para a administração pública gerencial, o interesse estatal pode ser confundido com o inte-
resse público, já que este é a afirmação do poder do Estado.
c) A efetividade do controle dos abusos e o poder racional-legal são a essência da administra-
ção pública gerencial.
d) A administração pública gerencial inspira-se na administração de empresas e tem por foco 
o controle dos resultados.
e) Na administração pública gerencial, o aparelho do Estado torna-se uma extensão do poder 
do soberano.
011. (FAURGS/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ RS/ADMINISTRATIVA/2017) A proposta for-
malizada no Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado, em 1995, buscava orientar a 
transição para um modelo ________ de administração pública. Segundo consta no documento 
orientador do plano, um dos reflexos dessa transformação seria a mudança de controle de 
resultados _________ para controle de resultados ___________.
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.
a) burocrático – a priori – a posteriori
b) burocrático – a posteriori – a priori
c) gerencial – a priori – a posteriori
d) gerencial – a posteriori – a priori
e) patrimonialista – a priori – a posteriori
012. (FUNRIO/ASSISTENTE DE CONTROLE INTERNO/CGE RO/2018) Constitui uma carac-
terística do modelo de administração gerencial:
a) é fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização.
b) prioriza a gestão baseada na hierarquia.
c) exige formas rígidas de decisão amparada em controles legais.
d) aplica os conceitos do modelo gestão carismática.
e) defende a gestão centralizada, com a aplicação normas rígidas de controle.
013. (VUNESP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA/PC BA/2018) Do ponto de vista da eficácia, 
para a nova gestão pública, os funcionários devem mudar a ênfase dos processos e procedi-
mentos para
a) a visão patrimonialista.
b) a lógica de mercado.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
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c) os meios.
d) os resultados.
e) a racionalidade burocrática.
014. (FAUEL/AUXILIAR EM REGULAÇÃO/AGEPAR/2018) A forma de Administração Pública 
____________ tem como princípio o desenvolvimento de uma gestão voltada para o controle de 
resultados pretendidos, apresentando ênfase no princípio da eficiência.
O termo que completa corretamente a lacuna acima é:
a) Patrimonialista
b) Burocrática
c) Gerencial
d) As características apresentadas não descrevem nenhum dos trêsmodelos de administra-
ção pública.
015. (QUADRIX/ASSISTENTE/CODHAB/AGENTE ADMINISTRATIVO/2018) Com relação à 
administração geral e pública, julgue o item.
A chamada administração gerencial aplicada ao Setor Público, em contraposição à administra-
ção burocrática, visualiza o cidadão como um cliente, está calcada na obtenção de resultados 
que satisfaçam às necessidades dos contribuintes e, assim, dá ênfase particular ao desempe-
nho funcional.
016. (QUADRIX/ANALISTA/CODHAB/ADMINISTRAÇÃO/2018) Quanto à evolução da Admi-
nistração Pública e à gestão de pessoas, julgue o item a seguir.
A Administração Pública gerencial surgiu como estratégia para reduzir os custos do Estado e 
tornar os serviços públicos mais eficientes.
017. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 24ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2017) Consti-
tui(em) característica(s) própria(s) e inovadora(s) do modelo gerencial de Administração pú-
blica, que o diferencia(m) dos outros modelos precedentes:
a) combate ao patrimonialismo.
b) controle de resultados.
c) formalização dos procedimentos.
d) profissionalização do corpo técnico.
e) hierarquia e meritocracia.
018. (FCC/ASSISTENTE TÉCNICO DE DEFENSORIA/DPE AM/ASSISTENTE TÉCNICO AD-
MINISTRATIVO/2018) O modelo de administração gerencial difere do modelo burocrático em 
alguns aspectos essenciais, entre os quais pela introdução do conceito de
a) patrimonialismo.
b) meritocracia.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
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c) hierarquia.
d) avaliação a posteriori.
e) verticalização das estruturas.
019. (FCC/AUDITOR PÚBLICO EXTERNO/TCE-RS/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OU DE EM-
PRESAS/2018) O modelo de Administração pública gerencial, que ganhou impulso no Brasil a 
partir do início dos anos 1990, inspirou-se em experiências internacionais, que, por seu turno, 
passaram por diferentes estágios e modelos correspondentes, entre as quais:
a) Consumerism, que preconiza a redução de custos, enxugamento de pessoal e aumento da 
eficiência, ainda que em detrimento da qualidade dos serviços públicos prestados.
b) Managerialism, que introduziu o conceito de qualidade na prestação dos serviços públi-
cos, com foco na satisfação do cliente-usuário, sem preocupação excessiva com os custos 
incorridos.
c) New Public Management, pautado pelas ideias de cidadão-usuário, contratualização e dis-
ciplina fiscal.
d) Downsizing, também denominado de administração top-down, com a transferência maciça 
de profissionais do mercado privado para o setor público e aplicação de técnicas de gestão de 
pessoal alinhada com consecução de resultados.
e) Public Service Orientation, que representa o primeiro estágio do modelo gerencial, denomi-
nado gerencialismo puro, com aplicação indiscriminada e práticas da iniciativa privada.
020. (AOCP/ANALISTA DE RECURSOS FINANCEIROS, ORÇAMENTÁRIOS, CONTRATOS E 
CONVÊNIOS/PREFEITURA DE BETIM-MG/2020) Assinale a alternativa que apresenta alguns 
dos movimentos pelos quais passou o paradigma do cliente na gestão pública.
a) Neoliberalismo Hayekiano e Thatcherismo.
b) Public Service Oriented e Public Choice.
c) Managerialism e Nova Ordem Mundial.
d) Consumerism e Nova Gestão Pública.
e) Rolling Back the State e Whitehall.
021. (AOCP/ANALISTA CENSITÁRIO/IBGE/2019) Considerando a transição de uma adminis-
tração pública burocrática para a gerencial, assinale a alternativa que apresenta algumas das 
instituições da administração pública burocrática que devem ser conservadas e aperfeiçoadas 
na implantação da administração pública gerencial.
a) Um sistema universal de remuneração, de carreiras formalmente estruturadas e de um sis-
tema de treinamento.
b) Um sistema público de remuneração, de programas de promoção por tempo e de um siste-
ma de indicações.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
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c) Um sistema fechado de remuneração, de avaliações de resultados alcançados e de um sis-
tema eleitoral.
d) Um sistema seletivo de remuneração, de processos profissionais de atuação e de um siste-
ma autoritário.
e) Um sistema flexível de remuneração, de esforços públicos de valorização e de um sistema 
de criatividade.
022. (AOCP/TELE ATENDENTE/CISAMUSEP-PR/2016) Dentre as três formas de administra-
ção pública, o modelo pós-burocrático ou gerencial tem como uma de suas características
a) o comportamento esperado pelo servidor ou administrador público na forma de regulamen-
tos exaustivos.
b) as atividades, estruturas e procedimentos estarem codificados em regras exaustivas para 
evitar a imprevisibilidade.
c) ser incompatível com a lógica e as demandas de uma sociedade civil estruturada, urbana e 
uma economia de mercado.
d) a contratualização de resultados a serem alcançados, com explicitação mais clara de apor-
tes para sua realização e incentivos ao desempenho superior.
e) o constante monitoramento dos meios, especialmente dos procedimentos adotados pelos 
membros da administração no cotidiano de suas atividades.
023. (AOCP/ANALISTA ADMINISTRATIVO/UFS/2014) A nova gestão pública se baseia na 
informação analisada, armazenada e liberada, para que possa servir para as futuras tomadas 
de decisões, para novo controle e para a subsequente avaliação. Assinale a alternativa que 
apresenta um dos objetivos da gestão pública moderna.
a) A crença no resultado positivo da política pública a ser implementada.
b) A credibilidade plena na administração pública.
c) A crença que os elementos tecnológicos asseguram a eficácia e a eficiência da gestão.
d) A certeza que os gestores públicos fazem o que deles se espera.
e) A certeza que os elementos de gestão da empresa privada utilizados na gestão pública pro-
porcionarão resultados econômicos e sociais.
024. (AOCP/ANALISTA ADMINISTRATIVO/UFS/2014) Para que se proceda ao controle dos 
resultados, descentralizadamente, em uma administração pública, assinale a alternativa que 
apresenta o que é preciso em relação aos políticos e funcionários públicos, de acordo com a 
administração pública gerencial.
a) Concentrar na satisfação e perspectiva dos agentes públicos para que os resultados acon-
teçam espontaneamente.
b) Orientação voltada para seus interesses com controle público permanente por resultados, 
mas que permita delegação.
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c) Mereçam confiança limitada, permanentemente controlada por resultados, mas que permita 
delegação.
d) Pressupor que a descentralização e o incentivo à criatividade e à inovação, garantirão o al-
cance dos resultados.
e) Utilizar o contrato de gestão como instrumento de controle dos gestores públicos, o que 
garantirá o gerenciamento eficiente e profissional orientado para os funcionários públicos.
025. (AOCP/ANALISTA ADMINISTRATIVO/UFPB/ADMINISTRAÇÃO/2014) Assinale a alter-
nativa que apresenta, de forma ampla, em qual concepção de Estado e de sociedade está ba-
seada a administração públicaGovernança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
001. (FCC/ANALISTA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO/PREF RECIFE/2019/
ADAPTADA) A Administração pública refere-se ao aparelho estatal, ou seja, ao conjunto for-
mado por um governo e seus agentes administrativos, regulado por um ordenamento jurídico, 
que consiste no conjunto das normas, leis e funções existentes para organizar a Administra-
ção do Estado em todas as suas instâncias e tem como principal objetivo o interesse público, 
seguindo os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade 
e eficiência.
Trata-se do famoso e badalado “LIMPE”.
Certo.
1.1.1. Legalidade
O princípio da legalidade significa dizer que a Administração Pública só pode atuar quando 
autorizada ou permitida pela lei.
Destaca-se que o princípio da legalidade não é restrito à Administração. Também é válido 
para os particulares, mas com outro enfoque (legalidade constitucional): se uma norma não 
proibir, o particular, dispondo de forma livre de sua vontade, pode agir da maneira que me-
lhor entender.
Pode-se concluir, então, que a Administração Pública só pode agir da maneira que a lei de-
terminar ou autorizar, enquanto o particular age do modo que julgue mais conveniente, desde 
que a lei (não apenas a Constituição) não o proíba.
Portanto, o agente público, responsável por tornar concreta a missão da Administração Pú-
blica, não pode fazer tudo o que não seja proibido em lei, mas apenas o que a norma autoriza 
ou determina. Para o particular, o princípio da legalidade terá caráter mais restritivo que impo-
sitivo: não sendo proibido em norma, é possível ao particular fazer. Parafraseando o autor Hely 
Lopes Meirelles1, o princípio da legalidade para o administrador significa “deve fazer assim”, 
enquanto para os particulares, “pode fazer assim”.
1 MEIRELLES, H. L. Direito Administrativo Brasileiro. 40.ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
Obs.: � ESQUEMATIZANDO
 �
Legalidade
Constitucional
(CF/88, art. 5º, II)
Administrativa
(CF/88, art. 37, caput)
Aos particulares
Podem fazer tudo aquilo 
que a lei permite e tudo 
que a lei não proíbe
Podem fazer assim
Aos administradores
Só fazer ou não fazer o 
que a lei permite
(indisponibilidade)
Devem fazer assim
002. (CEBRASPE/AUDITOR FISCAL DA RECEITA DO DISTRITO FEDERAL/SEFAZ DF/2020) 
Em relação à organização do Estado e da administração pública, julgue o seguinte item.
O princípio da legalidade se aplica apenas ao Poder Executivo federal.
O princípio da legalidade é aplicável à toda a Administração Pública, ou seja, aplica-se a todas 
as esferas e em todos os poderes.
Errado.
1.1.2. Impessoalidade, Finalidade ou Isonomia
O princípio da impessoalidade estabelece um dever de imparcialidade na defesa do inte-
resse público, impedindo discriminações e privilégios indevidamente dispensados a particula-
res no exercício da função administrativa.
Segundo esclarece Lucas Rocha Furtado2, o princípio da impessoalidade admite seu exa-
me sob os seguintes aspectos:
1. Dever de isonomia por parte da Administração Pública;
2. Dever de conformidade ao interesse público;
3. Imputação dos atos praticados pelos agentes públicos diretamente às pessoas jurídicas 
em que atuam.
2 FURTADO, L. R. Curso de Direito Administrativo. 4.ed. Belo Horizonte: Fórum, 2013.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
Nesse contexto, pode-se dizer que o princípio da impessoalidade, expresso na CF/1988, e 
implícito na Lei Federal 9.784/1999, tem uma “tripla formulação”, “três faces”.
Numa primeira visão, para parte da doutrina, a impessoalidade como princípio significa 
que o administrador público só deve praticar atos voltados à consecução do interesse público.
Numa segunda visão, os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcio-
nário que os pratica, mas ao órgão ou entidade administrativa em nome do qual age o funcio-
nário. Por essa linha, a Administração Pública responde pelos atos dos agentes públicos, em 
razão da impessoalidade de sua atuação.
Uma terceira visão da impessoalidade se destaca na impossibilidade de a Administração 
criar discriminações benéficas ou detrimentosas.
003. (NC-UFPR/ADVOGADO/PREF MATINHOS/2019/ADAPTADA) Desdêmona, Prefeita do 
Município X, espalhou diversos cartazes e outdoors pela cidade, sem caráter educativo, infor-
mativo, ou de orientação social, caracterizando, por conseguinte, promoção pessoal. Nesse 
caso, Desdêmona violou, principalmente, o princípio da impessoalidade.
É o que prevê o §1º do art. 37 da CF:
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá 
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbo-
los ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Assim, de fato, trata-se de violação do princípio da impessoalidade.
Certo.
1.1.3. Moralidade
Pelo princípio da moralidade diz-se que a conduta da Administração deve ser mais exigente 
do que simples cumprimento da frieza das leis. Deve-se distinguir o justo do injusto, o lícito do 
ilícito, o honorável do desonorável, o conveniente do inconveniente. A moralidade passa a ser 
pressuposto de validade dos atos do Estado. Em toda a atuação estatal deverão estar presentes 
princípios da lealdade, da boa-fé, da fidelidade funcional, entre outros, atinentes à moralidade.
É interessante registrarmos a distinção entre a legalidade e a moralidade, enquanto princí-
pios, os quais, por razões óbvias, não podem ser entendidos como sinônimos perfeitos.
Pelo princípio da legalidade, a Administração Pública só pode atuar de acordo com o que a 
lei estabelece ou autoriza. Já a moralidade é um dos conceitos que conta com um dos maiores 
graus de abstração no mundo jurídico, como visto.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
Obs.: � ESQUEMATIZANDO
 �
LegalidadeMoralidade
Atos só morais Atos morais e 
legais Atos só legais
Remoção de 
servidor visando 
outros fins que 
não o interesse 
público. É legal, 
mas não é moral.
004. (QUADRIX/AGENTE DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO/CREF20/SE/2019) Acerca da 
administração pública na Constituição Federal de 1988, julgue o item.
A densificação do significado do princípio da moralidade é uma prerrogativa do administrador, 
como intérprete, no caso concreto, escapando ao exame judicial sob pena de invasão do méri-
to administrativo e de vulneração à separação de Poderes.
De fato, o conceito de moralidade é um conceito jurídico indeterminado, mas, apesar disso, 
esse princípio, como qualquer outro, não está imune ao controle judicial. Basta ver o que nos 
informa o inc. XXXV do art. 5º da CF/1988 para chegar a essa conclusão: “a lei não excluirágerencial.
a) Centralizadora e autoritária.
b) Patrimonialista e burocrática.
c) Cultural e política.
d) Democrática e plural.
e) Controladora e procedimental.
026. (AOCP/ANALISTA CENSITÁRIO/IBGE/PLANEJAMENTO E GESTÃO/2019) Na busca 
por adequar a evolução da administração e atender aos interesses dos diversos públicos que 
se relacionam com a empresa, os administradores aplicam um conceito que requer maior com-
prometimento de todos – direção e funcionários – entre si e para com os resultados esperados 
pela empresa. Qual é esse conceito?
a) Governança corporativa.
b) Visão empreendedora.
c) Administração virtual.
d) Gestão participativa.
e) Autogestão.
027. (AOCP/ANALISTA CENSITÁRIO/IBGE/2019) Na formulação de modelos de governan-
ça para a administração pública, é recomendável que se observem princípios e diretrizes de 
reconhecida aplicação internacional. Assinale a alternativa que apresenta uma das funções 
pretendidas com a aplicação coordenada e contextualizada desses princípios para uma boa 
governança.
a) Ter preceitos mais práticos para que a atuação do agente público se mantenha centrada no 
cidadão e no cumprimento cada vez mais fiel da missão política.
b) Servir como um dos arcabouços determinantes das ações esperadas dos contribuintes em 
seu relacionamento como ator principal e mandatário do agente público.
c) Representar o cidadão contribuinte junto à administração pública no exercício de seus direi-
tos e deveres prezando pela cidadania e solidariedade.
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d) Posicionar os ocupantes de cargos eletivos nas atividades de preservação dos mandatos 
conquistados junto ao seu eleitorado de forma efetiva.
e) Estabelecer as relações administrativas nas variadas esferas e instâncias do exercício da 
função pública, visando ao atendimento dos grupos dominantes.
028. (AOCP/ANALISTA CENSITÁRIO/IBGE/PLANEJAMENTO E GESTÃO/2019) Dentre os 
princípios norteadores da governança para a administração pública, qual princípio representa 
a capacidade das instituições de minimizar as incertezas para os cidadãos nos ambientes 
econômico, social e político?
a) Integridade ou integrity.
b) Confiabilidade ou realibility
c) Transparência ou transparency
d) Capacidade de resposta ou responsiveness.
e) Prestação de contas e responsabilidade ou accountability.
029. (AOCP/AUDITOR/UFOB/2018) Governança pública é o conjunto de mecanismos de li-
derança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a gestão, 
com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da socie-
dade. Em relação à governança pública, julgue o item a seguir.
Fica instituído o Comitê Interministerial de Governança – CIG –, com a finalidade de assesso-
rar o Presidente da República na condução da política de governança da administração públi-
ca federal.
030. (AOCP/AUDITOR/UFOB/2018) Governança pública é o conjunto de mecanismos de li-
derança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a gestão, 
com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da socie-
dade. Em relação à governança pública, julgue o item a seguir.
São mecanismos para o exercício da governança pública a liderança, a estratégia e o controle.
031. (AOCP/AUDITOR/UFOB/2018) Governança pública é o conjunto de mecanismos de li-
derança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a gestão, 
com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da socie-
dade. Em relação à governança pública, julgue o item a seguir.
São diretrizes da governança pública a prestação de contas e responsabilidade.
032. (AOCP/AUDITOR/UFOB/2018) Governança pública é o conjunto de mecanismos de li-
derança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a gestão, 
com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da socie-
dade. Em relação à governança pública, julgue o item a seguir.
São princípios da governança pública a melhoria regulatória.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
033. (VUNESP/ANALISTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMENTAL/PREF 
SP/2015) A adoção do modelo de governança tem sido identificada em vários países ociden-
tais nos últimos anos. A respeito desse modelo, é correto afirmar que
a) a ideia e os modelos de governança nascem como consequência do fortalecimento da atu-
ação e presença do Estado.
b) governança é a gestão compartilhada e interinstitucional que envolve o setor público, o setor 
produtivo e o terceiro setor.
c) governança é um conjunto de operações construídas para criar condições para a interação 
entre Estado e movimentos sociais.
d) a ideia de governança pode ser traduzida pela participação social formal nas instâncias re-
conhecidas pela Lei Orgânica do Município.
e) governança pode ser definida como a promoção de políticas intersetoriais, envolvendo dife-
rentes secretarias do Município.
034. (VUNESP/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/SP/CORREIÇÃO/2015) O 
conceito de governança nas organizações públicas refere- se à forma como o aparelho do 
Estado exerce suas funções e à qualidade do exercício do poder no atendimento às demandas 
dos cidadãos. Do ponto de vista político, portanto, a governança na Administração Pública 
deve ter como uma de suas referências a
a) eficácia no atingimento dos resultados.
b) eficiência no uso dos recursos.
c) responsabilização pela gestão financeira.
d) primazia de ações assistencialistas.
e) democracia participativa.
035. (VUNESP/ANALISTA/PREF SP/2015) A gestão pública contemporânea pressupõe que 
o processo decisório governamental não deva se restringir às organizações públicas, mas 
deva considerar também os atores não estatais que interagem no ambiente do chamado Es-
tado-rede e influenciam, direta e indiretamente, as ações desenvolvidas. O nome do conceito 
relacionado à essa dinâmica apresentada é
a) governança pública.
b) governabilidade.
c) spoil system.
d) accountability.
e) responsividade.
036. (VUNESP/ADMINISTRADOR/UFABC/2019) Nos últimos anos, o setor público brasileiro 
tem passado por transformações quanto à sua Governança. Assinale a alternativa que apre-
senta características típicas da Governança no contexto da área pública.
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a) Prover aos cidadãos dados e informações de qualidade; garantir a qualidade e a efetividade 
dos serviços prestados aos cidadãos; definir claramente processos, papéis, responsabilidades 
e limites de poder.
b) Implementar mudanças tecnológicas no sentido de reduzir o tempo e aumentar a qualidade 
dos serviços públicos; treinar esporadicamente os funcionários públicos; focar em resultados 
e não em processos.
c) Definir estruturascoerentes, ágeis e flexíveis nos órgãos públicos; implementar Conselhos 
com membros da sociedade civil, empresas e governo; reduzir os controles para o alcance de 
resultados aos cidadãos.
d) Favorecer os diálogos com outros setores da sociedade; construir parcerias tendo em vista 
a satisfação dos cidadãos; reduzir a pressão por dados do processo e do controle de forma a 
focar nos resultados.
e) Prestar serviços de qualidade aos cidadãos; apresentar, de forma transparente, as contas e 
os gastos efetuados; manter dados sigilosos com o intuito de proteger os interesses setoriais.
037. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT - 21ª REGIÃO - RN/ADMINISTRATIVA/2017) Os con-
ceitos de governança e governabilidade, embora não coincidentes, são indissociáveis e com-
plementares, sendo aplicados, cada qual, em diferentes contextos. Nesse sentido, considere:
I – Governança, em uma de suas acepções, representa o modo como as organizações são 
administradas e controladas e como interagem com as partes interessadas.
II – Governabilidade refere-se às condições substantivas do exercício do poder e legitimidade 
do governo, derivada da relação com a sociedade.
III – Governança e governabilidade podem ser fundidas em um único metaconceito, correspon-
dente a accountability, própria dos governos democráticos.
Está correto o que consta APENAS em
a) I e II.
b) III.
c) I e III.
d) II e III.
e) II.
038. (FCC/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE/ARTESP/ADMINISTRA-
ÇÃO/2017) Os modelos e as práticas de Governança Corporativa foram desenvolvidos para 
atender a problemas específicos, em um contexto próprio, e diversas ressalvas devem ser 
consideradas quanto a sua generalização, principalmente no setor público. No modelo de Tim-
mers, a criação de proteção para alcançar os objetivos públicos é a meta da governança no 
setor governamental. A accountability está inserida neste modelo no elemento:
a) Supervisão.
b) Administração.
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Adriel Sá
c) Controle.
d) Prestação de contas.
e) Corregedoria.
039. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT - 24ª REGIÃO - MS/ADMINISTRATIVA/2017) Nos 
últimos anos, diferentes conceitos, alguns oriundos da iniciativa privada, passaram a permear 
a atuação da Administração Pública, entre eles:
I – Governança, que é sinônimo de governabilidade, e corresponde à legitimidade política.
II – Eficiência, relacionada com o uso racional e econômico dos insumos na produção de bens 
e serviços.
III – Efetividade, que diz respeito ao impacto final das ações e ao grau em que atinge os resul-
tados almejados pela sociedade.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e III.
b) I e II.
c) I e III.
d) III.
e) II.
040. (FCC/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE/ARTESP/ADMINISTRAÇÃO 
DE EMPRESAS/I/2017) Os modelos e as práticas de Governança Corporativa foram desenvol-
vidos para atender a problemas específicos, em um contexto próprio, e diversas ressalvas de-
vem ser consideradas quanto a sua generalização, principalmente no setor público. No modelo 
de Timmers, a criação de proteção para alcançar os objetivos públicos é a meta da governança 
no setor governamental.
A accountability está inserida neste modelo no elemento:
a) Supervisão.
b) Administração.
c) Controle.
d) Prestação de contas.
e) Corregedoria.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
GABARITO
1. d
2. a
3. b
4. c
5. d
6. a
7. e
8. e
9. c
10. d
11. c
12. a
13. d
14. c
15. C
16. C
17. b
18. d
19. c
20. d
21. a
22. d
23. a
24. c
25. d
26. a
27. a
28. b
29. C
30. C
31. E
32. C
33. b
34. e
35. a
36. a
37. a
38. d
39. a
40. d
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
GABARITO COMENTADO
001. (AOCP/AUDITOR FISCAL/PREF. JF/2016) Sobre o Princípio da Motivação, é lícito afir-
mar que ele
a) obriga o Estado a proporcionar aos seus agentes públicos condições para que estejam sem-
pre motivados a atender o interesse público.
b) garante que o Poder Público exerça o controle sobre os próprios atos, podendo anular os 
ilegais e revogar os inconvenientes, sem a necessidade de buscar o Poder Judiciário
c) obriga que o administrador público obedeça à lei e ao Direito, o que inclui os princípios ad-
ministrativos, sob pena de responder disciplinar, civil e criminalmente
d) determina que o administrador público deve expor os fundamentos de fato e de direito que 
embasaram sua decisão ou ato praticado.
e) decorre do próprio Estado de Direito e motiva à autoridade competente a se sentir obrigada 
a dar publicidade de seus atos.
Vimos que o princípio da motivação impõe à Administração a indicação dos fundamentos de 
fato e de direito em suas decisões. Tal princípio justifica-se por permitir o controle de legalida-
de, sendo formalidade necessária à edição do ato administrativo.
Sobre a letra A, não se relaciona com nenhum dos princípios da Administração Pública.
Sobre a letra B, estamos tratando do princípio da autotutela administrativa.
Sobre a letra C, estamos tratando do princípio da legalidade.
Sobre a letra E, estamos tratando do princípio da publicidade.
Letra d.
002. (AOCP/ANALISTA FUNDIÁRIO/CODEM/ADVOGADO/2017) Os princípios são nortea-
dores de todo o ordenamento jurídico. O mesmo se pode afirmar sobre a administração públi-
ca. Assim, considerando a natureza, os fins e os princípios básicos de direito administrativo, 
assinale a alternativa correta.
a) Apesar de a Constituição Federal elencar expressamente cinco princípios da administração 
pública, é entendido pela doutrina que outros princípios constitucionais também se aplicam 
à presente temática, bem como outros que sequer são mencionados no texto constitucional.
b) A administração pública está obrigada por lei ao cumprimento de certas finalidades, entre 
elas a supremacia dos interesses estatais frente aos interesses da coletividade.
c) Pelo princípio da publicidade, os administrados, ou seja, a coletividade pública em geral, de-
vem ser tratados sem qualquer discriminação (benéficas ou detrimentosas).
d) O princípio do contraditório e da ampla defesa se aplicam quando de litígios judiciais admi-
nistrativos, mas não nos procedimentos administrativos em geral.
e) Os atos administrativos não importam em motivação, uma vez que se presume a lisura e a 
moralidade da Administração Pública.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
Análise das alternativas:
a) Apesar de a Constituição Federal elencar expressamente cinco princípios da administração 
pública, éentendido pela doutrina que outros princípios constitucionais também se aplicam à 
presente temática, bem como outros que sequer são mencionados no texto constitucional.
Certa. Os princípios constitucionais do art. 37 da CF/88 são os princípios explícitos ou 
expressos:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...]
No entanto, temos outros princípios que são aplicados à administração pública que não são 
mencionados na CF/88 (são chamados de princípios infraconstitucionais), como é e exemplo 
do princípio da autotutela, previsto na Lei n. 9.784/99 (Lei do Processo Administrativo Federal):
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e 
pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
b) A administração pública está obrigada por lei ao cumprimento de certas finalidades, entre 
elas a supremacia dos interesses estatais frente aos interesses da coletividade.
Errada. O princípio da supremacia destaca o interesse público em relação ao particular, e não 
simplesmente o interesse estatal (da pessoa jurídica Estado) frente ao da coletividade.
c) Pelo princípio da publicidade, os administrados, ou seja, a coletividade pública em geral, de-
vem ser tratados sem qualquer discriminação (benéficas ou detrimentosas).
Errada. A alternativa se refere ao princípio da impessoalidade, que é o princípio da não discri-
minação. O Estado não deverá agir favorecendo uns em detrimento de outros, quer seja por in-
fluência dos agentes públicos ou por qualquer outro motivo. O princípio da publicidade, por sua 
vez, impõe a divulgação dos atos oficiais para conhecimento público e início de efeitos externos.
d) O princípio do contraditório e da ampla defesa se aplicam quando de litígios judiciais admi-
nistrativos, mas não nos procedimentos administrativos em geral.
Errada. O inciso LV do art. 5º da CF/88 diz que o princípio do contraditório e ampla defesa se 
aplica, também, aos procedimentos administrativos de maneira geral:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasi-
leiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualda-
de, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[...]
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegura-
dos o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
e) Os atos administrativos não importam em motivação, uma vez que se presume a lisura e a 
moralidade da Administração Pública.
Errada. A motivação também é um princípio da administração pública, com previsão na Lei 
n. 9.784/99:
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamen-
tos jurídicos, quando: [...]
Letra a.
003. (AOCP/GUARDA MUNICIPAL/PREF. JUAZEIRO/2016) A administração pública no Bra-
sil obedece a princípios legais. Quais são esses princípios?
a) Legalidade, imparcialidade, moralidade, publicidade e eficiência.
b) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
c) Moralidade, publicidade, eficiência, tranquilidade e maioridade.
d) Moralidade, publicidade, maioridade, reciprocidade e eficiência.
e) Publicidade, maioridade, legalidade, eficiência e impessoalidade.
A questão traz os princípios constitucionais expressos da administração pública no art. 37 da 
Constituição Federal de 1988:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, morali-
dade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...]
Letra b.
004. (AOCP/AUDITOR FISCAL/PREF. JF/2016) A Administração Pública obedecerá aos 
princípios de
a) legalidade, pessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
b) legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência, apenas.
c) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
d) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e ineficiência.
e) legalidade, impessoalidade, morosidade, publicidade e eficiência.
Novamente, a questão traz os princípios constitucionais expressos da administração pública 
no art. 37 da Constituição Federal de 1988:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, morali-
dade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...]
Letra c.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
005. (AOCP/JORNALISTA/SECOM PA/2018) A Constituição Federal, em seu Artigo 1, esta-
belece que a República Federativa do Brasil “constitui-se em Estado Democrático de Direito e 
tem como fundamentos a soberania, a cidadania e a dignidade da pessoa humana”. Quando se 
assume um cargo público, o novo servidor assume, além das atividades inerentes ao cumpri-
mento de sua função, o dever de zelar pelo bem-estar da comunidade e da coletividade.
De acordo com o artigo 37 da Constituição Federal do Brasil, é dever da administração pública 
seguir alguns princípios previstos no documento de 1988.
Assinale a alternativa que apresenta esses princípios.
a) Impessoalidade, moralidade, decência, eficiência e legalidade.
b) Legitimidade, moralidade, publicidade, eficiência e qualidade.
c) Impessoalidade, moralidade, decência, legalidade e qualidade.
d) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
e) Dignidade, eficiência, decência, moralidade e impessoalidade.
Segundo a CF/1988:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, morali-
dade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...]
Letra d.
006. (AOCP/ASSISTENTE SOCIAL/FUNPAPA/2018) A administração pública direta e indire-
ta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obede-
cerá aos princípios de
a) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
b) legalidade, pessoalidade, moralidade, publicidade e eficácia.
c) legalidade, impessoalidade, amoralidade, publicidade e efetividade.
d) legalidade, empatia, respeito, publicidade e eficiência.
e) legalidade, capacidade técnica, impessoalidade e eficiência.
Os princípios expressos na Constituição Federal são o famoso “LIMPE”:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, morali-
dade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...]
Letra a.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
007. (AOCP/ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO/FUNPAPA/2018) Sobre os princípios que 
norteiam a Administração Pública, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Segundo o princípio da legalidade, a administração só está autorizada a fazer o que a 
lei permite.
b) De acordo com o princípio da impessoalidade, a administração não pode atuar com vistas a 
prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que 
deve nortear o seu comportamento.
c) O princípio da publicidade exige a ampla divulgação dos atos praticados pela Administração 
Pública, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas em lei.
d) Uma atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé caracteriza a moralida-
de administrativa.
e) Para atender ao princípio da eficiência, a administração está autorizada a afastar, no caso 
concreto, outros princípios que causam a morosidade administrativa.
Análise das alternativas:
a) Certa. De acordo com a princípio da legalidade, diferentemente do particular, que pode fazer 
tudo que a lei não proíbe, a Administração Pública somente pode realizar o que está autoriza-
do por lei.
b) Certa. O princípio da impessoalidade apresenta três significados (ou facetas) distintos, 
quais sejam: a) finalidade pública; b) isonomia; c) imputação ao órgão ou entidade administra-
tiva dos atos praticados pelos seus servidores.
c) Certa. De acordo com o princípio da publicidade, deverá haver ampla divulgação dos atos 
administrativos para que eles produzam os devidos efeitos, ressalvadas as hipóteses de sigilo 
previstas em lei.
d) Certa. A moralidade administrativa é aquela que determina a observância a princípios éticos 
extraídos da disciplina interna da administração. Assim, o princípio da moralidade diz respeito 
à noção de obediência aos valores morais, aos bons costumes, às regras da boa administra-
ção, aos princípios da justiça e da equidade, à ideia comum de honestidade, à ética, à boa-fé e 
à lealdade.
e) Errada. Em verdade, o administrador, mesmo que em nome da eficiência, não poderá dispor 
dos princípios norteadores da atuação da Administração Pública. O princípio da eficiência tem 
como finalidade uma administração de produtividade elevada, pautada na economicidade, na 
qualidade e celeridade dos serviços prestados e sem desperdícios.
Letra e.
008. (AOCP/ASSISTENTE EM PREVIDÊNCIA/IPE PREV/2022) Em relação aos princípios ad-
ministrativos, relacione as colunas e assinale a alternativa com a sequência correta.
1. Legalidade.
2. Impessoalidade.
3. Autotutela.
4. Segurança jurídica.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
( ) A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
( ) Interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim 
público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.
( ) Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
( ) Objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes 
ou autoridades.
a) 4 – 2 – 1 – 3.
b) 2 – 1 – 3 – 4.
c) 1 – 4 – 3 – 2.
d) 1 – 3 – 2 – 4.
e) 3 – 4 – 1 – 2.
O princípio da legalidade significa dizer que a Administração Pública só pode atuar quando 
autorizada ou permitida pela lei.
O princípio da impessoalidade estabelece um dever de imparcialidade na defesa do interesse 
público, impedindo discriminações e privilégios indevidamente dispensados a particulares no 
exercício da função administrativa.
Pelo princípio da autotutela, a Administração tem a prerrogativa de policiar seus próprios atos, 
revogando aqueles inconvenientes e anulando aqueles ilegais.
Com base no princípio da segurança jurídica, em determinado momento, as relações jurídicas 
devem se estabilizar, não sendo mais alteráveis na via administrativa.
Letra e.
009. (IADES/ANALISTA DE ATIVIDADES DO HEMOCENTRO DF/ADMINISTRAÇÃO/2017) O 
propósito da nova gestão pública é criar mais valor para a sociedade como um todo, ou seja, 
gerar evolução no sentido mais amplo. Com base no exposto, é correto afirmar que os execu-
tivos de governo devem
a) assegurar o controle apropriado para garantir o cumprimento das políticas públicas, apenas.
b) garantir a excelência das políticas públicas criadas, uma vez que, com qualidade, elas po-
dem sozinhas cumprir toda a função pública.
c) posicionar-se em um ponto além dos desejos e das necessidades da sociedade, ou seja, 
devem ser capazes de descobrir o que a sociedade vai desejar e (ou) precisar antes mesmo 
que ela saiba. Para isso, devem estar atentos às tendências de futuro, a soluções inovadoras e 
à postura empreendedora em prol dessa sociedade.
d) assegurar a estabilidade das instituições públicas, evitando que a sociedade corra riscos, 
dessa forma garantindo o status quo no processo de gestão pública, independentemente de 
tendências e de demandas futuras da sociedade.
e) servir à sociedade como agentes neutros, apenas executando as atividades, sem ques-
tionamentos ou análises, uma vez que sempre estiveram estabelecidas como procedimen-
tos corretos.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
As letras A, B, D e contêm alguns trechos que limitam a atuação do gestor. Lembre-se de que 
estamos tratando dos executivos de governo no ambiente da nova gestão pública (gestão vol-
tada para resultados).
A letra A é nítida aplicação de uma gestão mecânica, voltada para controle de procedimentos. 
Observe o termo “apenas”.
A letra B também é limitadora, afirmando que políticas públicas criadas com qualidade são 
autoexecutáveis! Nada disso!
A letra C está certa. Apesar de uma visão quase “utópica”, de um gestor místico (que descobre 
o que a sociedade vai desejar e precisar antes mesmo que ela saiba...), estamos a tratar de 
uma gestão com visão de futuro, que preconiza uma gestão voltada para resultados.
A letra D, também, possui visão de gestão “engessada”. Observe isso nas expressões “evitando 
que a sociedade corra riscos”, “garantindo o status quo” e “independentemente de tendências 
e de demandas futuras da sociedade”.
A letra E, mais uma vez, denota uma atuação apática dos gestores: “servir à sociedade como 
agentes neutros”.
Letra c.
010. (IADES/ANALISTA I/CRF DF/ADMINISTRADOR/2017) A administração pública evoluiu 
por meio de três modelos: patrimonialista, burocrático e gerencial.
Tendo por base a administração pública gerencial, assinale a alternativa correta.
a) O surgimento da administração pública gerencial data da metade do século 19, durante o 
apogeu do Estado Liberal, tendo por fundamento o combate à corrupção.
b) Para a administração pública gerencial, o interesse estatal pode ser confundido com o inte-
resse público, já que este é a afirmação do poder do Estado.
c) A efetividade do controle dos abusos e o poder racional-legal são a essência da administra-
ção pública gerencial.
d) A administração pública gerencial inspira-se na administração de empresas e tem por foco 
o controle dos resultados.
e)Na administração pública gerencial, o aparelho do Estado torna-se uma extensão do poder 
do soberano.
Vamos analisar cada alternativa.
a) Errada. A administração pública gerencial emerge na segunda metade do século XX, como 
resposta, de um lado, à expansão das funções econômicas e sociais do Estado, e, de outro, ao 
desenvolvimento tecnológico e à globalização da economia mundial, uma vez que ambos dei-
xaram à mostra os problemas associados à adoção do modelo anterior. O apogeu do estado 
Liberal apresenta o contexto de emergência da administração burocrática.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
b) Errada. Para a administração pública burocrática, o interesse público é frequentemente identi-
ficado com a afirmação do poder do Estado. Ao atuarem sob este princípio, os administradores 
públicos terminam por direcionar uma parte substancial das atividades e dos recursos do Estado 
para o atendimento das necessidades da própria burocracia, identificada com o poder do Estado.
c) Errada. A efetividade do controle dos abusos e o poder racional-legal são a essência da 
administração pública burocrática. Nesse modelo, os controles administrativos visando evitar 
a corrupção e o nepotismo são sempre a priori. Parte-se de uma desconfiança prévia nos ad-
ministradores públicos e nos cidadãos que a eles dirigem demandas. Ainda, constituem princí-
pios orientadores do seu desenvolvimento a profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia 
funcional, a impessoalidade, o formalismo, em síntese, o poder racional-legal.
d) Certa. De fato, a administração pública gerencial inspira-se na administração de empresas, 
mas não pode ser confundida com esta última. Apenas como exemplo disso, enquanto a re-
ceita das empresas depende dos pagamentos que os clientes fazem livremente na compra 
de seus produtos e serviços, a receita do Estado deriva de impostos, ou seja, de contribuições 
obrigatórias, sem contrapartida direta. Em suma, afirma-se que a administração pública deve 
ser permeável à maior participação dos agentes privados e/ou das organizações da sociedade 
civil e deslocar a ênfase dos procedimentos (meios) para os resultados (fins).
e) Errada. É na administração pública patrimonialista que o aparelho do Estado se torna uma 
extensão do poder do soberano. No patrimonialismo, o aparelho do Estado funciona como uma 
extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares, servidores, possuem status de nobreza 
real. Os cargos são considerados prebendas. A res publica não é diferenciada das res principis. 
Em consequência, a corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de administração.
Letra d.
011. (FAURGS/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ RS/ADMINISTRATIVA/2017) A proposta for-
malizada no Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado, em 1995, buscava orientar a 
transição para um modelo ________ de administração pública. Segundo consta no documento 
orientador do plano, um dos reflexos dessa transformação seria a mudança de controle de 
resultados _________ para controle de resultados ___________.
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.
a) burocrático – a priori – a posteriori
b) burocrático – a posteriori – a priori
c) gerencial – a priori – a posteriori
d) gerencial – a posteriori – a priori
e) patrimonialista – a priori – a posteriori
Partindo-se de uma perspectiva histórica, a administração pública evoluiu através de três mo-
delos básicos: a administração pública patrimonialista, a burocrática e a gerencial.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
No Brasil, o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado/PDRAE) teve como objetivo a in-
trodução do modelo gerencial e o definiu como “resposta, de um lado, à expansão das funções 
econômicas e sociais do Estado e, de outro, ao desenvolvimento tecnológico e à globalização 
da economia mundial, uma vez que ambos deixaram à mostra os problemas associados à 
adoção do modelo anterior” (BRASIL, 1995)22.
Assim, a contraposição à ideologia do formalismo e do rigor técnico do modelo burocrático 
tradicional é uma das características do modelo gerencial. Enquanto a administração burocrá-
tica concentrava o controle nos processos e procedimento (controle a priori), a administração 
gerencial enfatiza a forma de controle baseada nos resultados (controle a posteriori).
Portanto, a alternativa C é a correta: o PDRAE “buscava orientar a transição para um modelo 
gerencial” e “um dos reflexos dessa transformação seria a mudança de controle de resultados a 
priori para controle de resultados a posteriori”.
Por fim, sobre a administração patrimonialista, essa era baseada nos Estados absolutistas fir-
mados nos séculos XVII e XVIII, quando o patrimônio do monarca se confundia com o patrimô-
nio público. Evidentemente, não havia nenhum tipo de mecanismo que possibilitasse o controle.
Letra c.
012. (FUNRIO/ASSISTENTE DE CONTROLE INTERNO/CGE RO/2018) Constitui uma carac-
terística do modelo de administração gerencial:
a) é fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização.
b) prioriza a gestão baseada na hierarquia.
c) exige formas rígidas de decisão amparada em controles legais.
d) aplica os conceitos do modelo gestão carismática.
e) defende a gestão centralizada, com a aplicação normas rígidas de controle.
O modelo de administração gerencial fundamenta-se nos princípios da confiança e da descen-
tralização da decisão (empowerment e delegação), pressupondo que políticos e funcionários 
públicos sejam merecedores de grau limitado de confiança.
As demais alternativas se referem ao modelo burocrático, com exceção da letra d, que se refe-
re ao modelo patrimonialista. Vejamos:
b) prioriza a gestão baseada na hierarquia.
Promove a hierarquia, estabelecendo os cargos segundo princípios escalares (estrutura for-
temente verticalizada), onde cada cargo inferior deve estar sob controle e supervisão de um 
posto superior. Nenhum cargo fica sem controle ou supervisão.
c) exige formas rígidas de decisão amparada em controles legais.
Baseia-se em regras, normas e regulamentos (legalidade), visando economia de esforços, pa-
dronização dentro da organização, redução de custos e de erros, formalidade dos processos, 
completa previsibilidade de funcionamento, dentre outros - formalismo, rigidez e rigor técnico.
22 BRASIL. MARE. Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado. Brasília: MARE, 1995.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
d) aplica os conceitos do modelo gestão carismática.
No modelo patrimonialista, os cargos existentes eram de livre nomeação do soberano, que os 
ocupava com seus parentes e demais amigos. Também havia a troca de favores, ou seja, ne-
gociavam-se cargos públicos em troca de interesses políticos ou econômicos.
e) defende a gestão centralizada, com a aplicação normasrígidas de controle.
Prevê o controle rígido e antecipado dos processos e procedimentos (controle a priori) como 
o meio mais seguro para evitar o nepotismo e a corrupção. Esse controle passo a passo tem 
o pressuposto da desconfiança total. Daí surge a autorreferência da burocracia, que se con-
centra no processo, em suas próprias necessidades e perspectivas, sem considerar outras 
perspectivas externas. A autorreferência significa que o modelo burocrático não considera o 
ambiente onde está inserido, tornando-se um sistema fechado sobre si mesmo.
Letra a.
013. (VUNESP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA/PC BA/2018) Do ponto de vista da eficácia, 
para a nova gestão pública, os funcionários devem mudar a ênfase dos processos e procedi-
mentos para
a) a visão patrimonialista.
b) a lógica de mercado.
c) os meios.
d) os resultados.
e) a racionalidade burocrática.
A ênfase nos processos e procedimentos, ou seja, nos meios, é característica da gestão 
burocrática.
A nova gestão pública surgiu em substituição ao modelo burocrático que não mais atendia as 
demandas da sociedade e não comportava mais a estrutura do Estado. E para quebrar o para-
digma vigente, a ênfase passou a ser nos resultados, ou seja, nos fins.
Esse novo modelo de gestão direciona o foco da administração pública para o atendimento 
das necessidades do cidadão (resultado), que nada mais é do que entregar o produto final 
(bens/serviços) de acordo com o que foi planejado.
a) Errada. Na visão patrimonialista não existe a preocupação em prestar serviços que atendam 
as demandas da sociedade.
A Administração Pública patrimonialista era fortemente caracterizada pela dominação do so-
berano e a gestão do patrimônio público se confundia com o privado. Não existia preocupação 
com o cidadão, tampouco com políticas públicas.
b) Errada. A lógica de mercado é uma característica das organizações privadas que têm como 
objetivo primordial o lucro e a livre concorrência.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
c) Errada. A ênfase nos meios é um dos princípios básicos da gestão burocrática, caracteriza-
do pelo controle rígido dos meios, para se alcançar os objetivos com eficiência, ou seja, com a 
melhor relação custo/benefício.
e) Errada. A racionalidade burocrática não se relaciona com a nova gestão pública.
A nova gestão pública trabalha com a autonomia do gestor para a tomada de decisões, en-
quanto a gestão burocrática trabalha de forma racional e com a divisão do trabalho.
Letra d.
014. (FAUEL/AUXILIAR EM REGULAÇÃO/AGEPAR/2018) A forma de Administração Pública 
____________ tem como princípio o desenvolvimento de uma gestão voltada para o controle de 
resultados pretendidos, apresentando ênfase no princípio da eficiência.
O termo que completa corretamente a lacuna acima é:
a) Patrimonialista
b) Burocrática
c) Gerencial
d) As características apresentadas não descrevem nenhum dos três modelos de administra-
ção pública.
O termo que completa corretamente a lacuna acima é: Gerencial.
Na administração pública gerencial a estratégia volta-se: para a definição precisa dos objetivos 
que o administrador público deverá atingir em sua unidade; para a garantia da autonomia do 
administrador na gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros que lhe forem coloca-
dos à disposição para que possa atingir os objetivos contratados; para o controle ou cobrança 
a posteriori dos resultados.
Em suma, afirma-se que a Administração Pública deve ser permeável à maior participação dos 
agentes privados e/ou das organizações da sociedade civil, e deslocar a ênfase dos procedi-
mentos (meios) para os resultados (fins).
Letra c.
015. (QUADRIX/ASSISTENTE/CODHAB/AGENTE ADMINISTRATIVO/2018) Com relação à 
administração geral e pública, julgue o item.
A chamada administração gerencial aplicada ao Setor Público, em contraposição à administração 
burocrática, visualiza o cidadão como um cliente, está calcada na obtenção de resultados que satis-
façam às necessidades dos contribuintes e, assim, dá ênfase particular ao desempenho funcional.
A administração pública gerencial surgiu na década de 1980, quando o mundo passa a questio-
nar o papel do Estado e sua ineficiência, diante da necessidade de se flexibilizar a Burocracia 
vigente, visando maior eficiência pela implementação de práticas de gestão privada na admi-
nistração pública.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
No Brasil, a nova gestão pública foi implantada na década de 1990, notadamente pelo Plano 
Diretor da Reforma do Aparelho do Estado - PDRAE em 1995.
O cidadão passa a ser visto como cliente do serviço público prestado pelo Estado, daí o para-
digma cidadão-cliente, promovendo uma evolução na administração pública de instrumentos 
de participação social e accountability (transparência, prestação de contas e responsabiliza-
ção). O controle dos resultados nesse modelo ocorre a posteriori, com ênfase no desempe-
nho funcional.
Certo.
016. (QUADRIX/ANALISTA/CODHAB/ADMINISTRAÇÃO/2018) Quanto à evolução da Admi-
nistração Pública e à gestão de pessoas, julgue o item a seguir.
A Administração Pública gerencial surgiu como estratégia para reduzir os custos do Estado e 
tornar os serviços públicos mais eficientes.
A Administração Pública gerencial surgiu como estratégia para reduzir os custos do Estado 
e tornar os serviços públicos mais eficientes, porque conforme o Estado foi crescendo e sua 
estrutura foi se tornando mais complexa, o modelo burocrático até então considerado ideal 
para a gestão pública começou a apresentar disfunções que dificultaram a implementação de 
políticas públicas e o atendimento das necessidades da sociedade.
O modelo gerencial surge para aproximar o Estado do cidadão, entregando serviços públicos 
de qualidade, que gerem valor para a sociedade e enxugando os custos de manutenção do 
aparelho estatal.
Certo.
017. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 24ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2017) Consti-
tui(em) característica(s) própria(s) e inovadora(s) do modelo gerencial de Administração pú-
blica, que o diferencia(m) dos outros modelos precedentes:
a) combate ao patrimonialismo.
b) controle de resultados.
c) formalização dos procedimentos.
d) profissionalização do corpo técnico.
e) hierarquia e meritocracia.
O modelo gerencial inclui a necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos servi-
ços, tendo o cidadão como beneficiário. Assim, desloca a ênfase dos procedimentos (meios) 
para os resultados (fins), com orientação para o cidadão-cliente. Contrapõe-se à ideologia do 
formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional. Enquanto a administração burocrática 
concentra o controle nos processos e procedimento (controle a priori), a administração geren-
cial enfatiza a forma de controle baseada nos resultados (controle a posteriori).
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICAAdriel Sá
Sobre as letras A, C, D e E, trata-se de características do modelo burocrático. Esse modelo:
• Almeja defender a coisa pública contra o patrimonialismo, exercendo rígido controle 
sobre os possíveis abusos contra o patrimônio público.
• Prevê o controle rígido e antecipado dos processos e procedimentos (controle a priori) 
como o meio mais seguro para evitar o nepotismo e a corrupção.
• Busca a profissionalização, ou seja, a especialização de seu pessoal.
• Promove a hierarquia, estabelecendo os cargos segundo princípios escalares (estrutura 
fortemente verticalizada), e a escolha das pessoas é baseada no mérito e na competên-
cia técnica. Daí a necessidade de exames, concursos, testes e titulações para a admis-
são de pessoal.
Letra b.
018. (FCC/ASSISTENTE TÉCNICO DE DEFENSORIA/DPE AM/ASSISTENTE TÉCNICO AD-
MINISTRATIVO/2018) O modelo de administração gerencial difere do modelo burocrático em 
alguns aspectos essenciais, entre os quais pela introdução do conceito de
a) patrimonialismo.
b) meritocracia.
c) hierarquia.
d) avaliação a posteriori.
e) verticalização das estruturas.
O termo gerencial nos remete à introdução da cultura e das técnicas gerenciais modernas na 
Administração Pública, que, de regra, são oriundas da iniciativa privada.
a) Errada. Partindo-se de uma perspectiva histórica, a administração pública evoluiu através 
de três modelos básicos: a administração pública patrimonialista, a burocrática e a gerencial. 
Assim, o conceito de patrimonialismo não está inserido na administração gerencial, mas sim, 
trata-se de um outro modelo de administração.
b) Errada. Relaciona-se com a administração burocrática, onde a competência técnica é valori-
zada através da meritocracia. É importante destacar que a burocracia é a mãe da meritocracia, 
apesar de a administração gerencial também aplicar este conceito.
c) Errada. O conceito de hierarquia se relaciona com o modelo de administração pública buro-
crática, e não gerencial. O modelo burocrático constitui princípios orientadores do seu desen-
volvimento a profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia funcional, a impessoalidade, 
o formalismo, em síntese, o poder racional-legal. Já o modelo gerencial, no plano da estrutura 
organizacional, privilegia a descentralização de funções e a redução dos níveis hierárquicos.
d) Certa. Uma das características do modelo gerencial apresentada pela doutrina é que o mo-
delo se contrapõe à ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional. En-
quanto a administração burocrática concentra o controle nos processos e procedimento (con-
trole a priori), a administração gerencial enfatiza a forma de controle baseada nos resultados 
(controle a posteriori).
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
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e) Errada. O paradigma gerencial, fundamentado nos princípios da confiança e da descentrali-
zação da decisão, exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentra-
lização de funções, incentivos à criatividade.
Letra d.
019. (FCC/AUDITOR PÚBLICO EXTERNO/TCE-RS/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OU DE EM-
PRESAS/2018) O modelo de Administração pública gerencial, que ganhou impulso no Brasil a 
partir do início dos anos 1990, inspirou-se em experiências internacionais, que, por seu turno, 
passaram por diferentes estágios e modelos correspondentes, entre as quais:
a) Consumerism, que preconiza a redução de custos, enxugamento de pessoal e aumento da 
eficiência, ainda que em detrimento da qualidade dos serviços públicos prestados.
b) Managerialism, que introduziu o conceito de qualidade na prestação dos serviços públi-
cos, com foco na satisfação do cliente-usuário, sem preocupação excessiva com os custos 
incorridos.
c) New Public Management, pautado pelas ideias de cidadão-usuário, contratualização e dis-
ciplina fiscal.
d) Downsizing, também denominado de administração top-down, com a transferência maciça 
de profissionais do mercado privado para o setor público e aplicação de técnicas de gestão de 
pessoal alinhada com consecução de resultados.
e) Public Service Orientation, que representa o primeiro estágio do modelo gerencial, denomi-
nado gerencialismo puro, com aplicação indiscriminada e práticas da iniciativa privada.
A chamada “Nem Public Management” foi um conjunto de doutrinas administrativas surgidas 
na década de 70, pretendendo que os princípios gerenciais das empresas privadas fossem 
aplicados à administração pública.
Mas por que surgiu essa nova corrente? Predominantemente, o surgimento se deu em virtude 
do aumento da noção de democracia, a qual cobra dos governos um maior atendimento às 
suas demandas, além de eficiência, eficácia e efetividade nas suas políticas públicas. Temos 
ainda o advento da globalização, a qual possibilitou o encurtamento da distância entre merca-
dos, acirrando a concorrência, e o incremento no uso das tecnologias da informação, as quais 
possibilitaram aos cidadãos um maior acompanhamento dos resultados das políticas e a ac-
countability governamental.
Nesse contexto, as reformas se tornaram indispensáveis. Assim, passamos a observar os pa-
gadores de impostos como cidadãos, a disciplina fiscal foi idealizada por meio de um rígido 
controle das contas, abertura da economia e desregulamentação e o Estado ampliou sua atua-
ção por meio da regulação, fiscalização, controle e contratualização de resultados.
Vejamos, agora, as demais alternativas incorretas.
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a) Consumerism, que preconiza a redução de custos, enxugamento de pessoal e aumento da 
eficiência, ainda que em detrimento da qualidade dos serviços públicos prestados.
O enxugamento de pessoal e a redução de custos foram característicos no managerialism, e 
não no consumerism. Esta visão (consumerism) não renega os princípios do gerencialismo 
puro (managerialism), mas acrescenta outras variáveis e prioridades. É o início do que cha-
mamos de “paradigma do cliente” na Administração Pública. Busca-se, agora, a qualidade nos 
serviços para atender às demandas dos clientes e essa qualidade era vista exatamente como 
a satisfação das necessidades. O foco agora não era a redução de custos deliberadamente, 
pois essa questão dependeria da avaliação do destinatário final do serviço, o cliente-usuário.
b) Managerialism, que introduziu o conceito de qualidade na prestação dos serviços públicos, 
com foco na satisfação do cliente-usuário, sem preocupação excessiva com os custos incorridos.
O conceito de qualidade na prestação dos serviços públicos foi introduzido no consumerism. 
A banca trocou os conceitos nas alternativas A e B.
O gerencialismo puro (ou managerialism) foi o primeiro passo da Nova Gestão Pública. Foram 
observadas as primeiras reformas na Inglaterra, Estados Unidos e Europa Ocidental, estenden-
do-se para o terceiro mundo apenas na década de 90.
As crises do petróleo haviam retirado o poder fiscal do Estado, sendo necessário o enxuga-
mento da máquina estatal, um ajuste estrutural visando a economia de recursos e investimen-
tos nos locais certos. As principais mudanças propostas eram o corte de gastos e de pessoal, 
além do aumento da eficiência nos serviços. A redução da dívida pública era fundamentale era 
necessária maior consciência sobre o valor dos recursos públicos.
d) Downsizing, também denominado de administração top-down, com a transferência maciça 
de profissionais do mercado privado para o setor público e aplicação de técnicas de gestão de 
pessoal alinhada com consecução de resultados.
O downsizing foi uma técnica de administração que surgiu nos EUA em meados de 1970 e 
significava a restruturação das organizações, com enxugamento do quadro de pessoal e con-
sequente eliminação da burocracia, tornando a empresa mais ágil e competitiva. Assim, ocor-
ria uma horizontalização da organização, com a redução dos níveis hierárquicos, trazendo a 
decisão mais para perto da execução, possibilitando maior rapidez na tomada de decisão. 
Realmente, no downsizing, utilizam-se técnicas de gestão de pessoal para a consecução de 
resultados, ou seja, a redução dos níveis hierárquicos, com enxugamento do pessoal.
Já a abordagem top-down da administração tem fortes laços com métodos clássicos de ges-
tão e significa a tomada de decisão no nível estratégico bem diferenciada do tático e operacio-
nal, os quais limitam-se à execução. Dessa forma, percebe-se que não é sinônimo de downsi-
zing, onde essa diferenciação dos níveis tornou-se menor.
Assim, vistas as diferenças entre os dois conceitos, não é correto dizer que downsizing é sinô-
nimo de administração top-down.
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e) Public Service Orientation, que representa o primeiro estágio do modelo gerencial, denomina-
do gerencialismo puro, com aplicação indiscriminada e práticas da iniciativa privada.
Esse modelo não foi o primeiro estágio do modelo gerencial e, sim, o último.
Ainda vigente nos dias atuais, surgiu na Inglaterra e Estados Unidos na década de 90. Agora 
não havia mais a visão dos administrados como clientes e, sim, como cidadãos, titulares da 
coisa pública.
Essa mudança traz a ideia de que não possuem apenas direitos, mas também deveres, os 
quais seriam de fiscalizar as atividades públicas e cobrar a prestação de contas, responsabi-
lização e transparência (accountability). A sociedade e o cidadão deveriam, agora, participar 
das decisões públicas, havendo preocupação com a equidade (prestação justa dos serviços 
públicos).
Letra c.
020. (AOCP/ANALISTA DE RECURSOS FINANCEIROS, ORÇAMENTÁRIOS, CONTRATOS E 
CONVÊNIOS/PREFEITURA DE BETIM-MG/2020) Assinale a alternativa que apresenta alguns 
dos movimentos pelos quais passou o paradigma do cliente na gestão pública.
a) Neoliberalismo Hayekiano e Thatcherismo.
b) Public Service Oriented e Public Choice.
c) Managerialism e Nova Ordem Mundial.
d) Consumerism e Nova Gestão Pública.
e) Rolling Back the State e Whitehall.
Em resumo, temos as seguintes correlações referentes à Nova Gestão Pública:
1º) Modelo gerencial puro:
• economia e eficiência
• produtividade
• contribuintes
2º) Consumerism (foco no consumidor):
• qualidade dos serviços públicos e efetividade
• clientes consumidores
3º) Modelo orientado ao serviço público/PSO):
• accountability
• qualidade, responsabilização, prestação de contas
• cidadãos
Logo, NGP e consumerism.
Letra d.
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021. (AOCP/ANALISTA CENSITÁRIO/IBGE/2019) Considerando a transição de uma adminis-
tração pública burocrática para a gerencial, assinale a alternativa que apresenta algumas das 
instituições da administração pública burocrática que devem ser conservadas e aperfeiçoadas 
na implantação da administração pública gerencial.
a) Um sistema universal de remuneração, de carreiras formalmente estruturadas e de um sis-
tema de treinamento.
b) Um sistema público de remuneração, de programas de promoção por tempo e de um siste-
ma de indicações.
c) Um sistema fechado de remuneração, de avaliações de resultados alcançados e de um sis-
tema eleitoral.
d) Um sistema seletivo de remuneração, de processos profissionais de atuação e de um siste-
ma autoritário.
e) Um sistema flexível de remuneração, de esforços públicos de valorização e de um sistema 
de criatividade.
Segundo Bresser Pereira (1996)23, a administração pública gerencial constitui um avanço, e até 
certo ponto um rompimento com a administração pública burocrática. Isso não significa, en-
tretanto, que negue todos os seus princípios. Pelo contrário, a administração pública gerencial 
está apoiada na anterior, da qual conserva, embora flexibilizando, alguns dos seus princípios 
fundamentais, como:
• A admissão segundo rígidos critérios de mérito (concurso público);
• A existência de um sistema estruturado e universal de remuneração (planos de carreira);
• A avaliação constante de desempenho (dos funcionários e de suas equipes de trabalho);
• O treinamento e a capacitação contínua do corpo funcional.
Ainda, segundo o autor, a diferença fundamental está na forma de controle, que deixa de ba-
sear-se nos processos para concentrar-se nos resultados. A rigorosa profissionalização da 
administração pública continua sendo um princípio fundamental.
Letra a.
022. (AOCP/TELE ATENDENTE/CISAMUSEP-PR/2016) Dentre as três formas de administra-
ção pública, o modelo pós-burocrático ou gerencial tem como uma de suas características
a) o comportamento esperado pelo servidor ou administrador público na forma de regulamen-
tos exaustivos.
b) as atividades, estruturas e procedimentos estarem codificados em regras exaustivas para 
evitar a imprevisibilidade.
c) ser incompatível com a lógica e as demandas de uma sociedade civil estruturada, urbana e 
uma economia de mercado.
23 PEREIRA, L. C. B. Da Administração Pública burocrática à gerencial. Revista do Serviço Público, 47(1), jan/abr, 1996.
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d) a contratualização de resultados a serem alcançados, com explicitação mais clara de apor-
tes para sua realização e incentivos ao desempenho superior.
e) o constante monitoramento dos meios, especialmente dos procedimentos adotados pelos 
membros da administração no cotidiano de suas atividades.
O modelo pós-burocrático ou modelo gerencial tem foco no resultado, promovendo incentivo 
ao desempenho do colaborador.
Lembre-se:
• Administração Pública Patrimonialista: as esferas do interesse privada e coletivo se mis-
turam.
• Administração Pública Burocrática: separação das esferas interesse privado do interes-
se coletivo. Foco está nos procedimentos (meios).
• Administração Pública Pós-Burocrática ou Gerencial: foco está nos fins (resultados).
Logo, temos:
a) o comportamento esperado pelo servidor ou administrador público na forma de regulamentos 
exaustivos (ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA).
b) as atividades, estruturas e procedimentos estarem codificados em regras exaustivas para 
evitar a imprevisibilidade (ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA).
c) ser incompatível com a lógica e as demandas de uma sociedadecivil estruturada, urbana e 
uma economia de mercado (ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA).
d) a contratualização de resultados a serem alcançados, com explicitação mais clara de aportes 
para sua realização e incentivos ao desempenho superior (ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL).
e) o constante monitoramento dos meios, especialmente dos procedimentos adotados pelos 
membros da administração no cotidiano de suas atividades (ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA).
Letra d.
023. (AOCP/ANALISTA ADMINISTRATIVO/UFS/2014) A nova gestão pública se baseia na 
informação analisada, armazenada e liberada, para que possa servir para as futuras tomadas 
de decisões, para novo controle e para a subsequente avaliação. Assinale a alternativa que 
apresenta um dos objetivos da gestão pública moderna.
a) A crença no resultado positivo da política pública a ser implementada.
b) A credibilidade plena na administração pública.
c) A crença que os elementos tecnológicos asseguram a eficácia e a eficiência da gestão.
d) A certeza que os gestores públicos fazem o que deles se espera.
e) A certeza que os elementos de gestão da empresa privada utilizados na gestão pública pro-
porcionarão resultados econômicos e sociais.
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A banca AOCP deixa bastante indícios da resposta no próprio enunciado Esse é um caso. Veja 
os destaques:
A nova gestão pública se baseia na informação analisada, armazenada e liberada, para que 
possa servir para as futuras tomadas de decisões, para novo controle e para a subsequente 
avaliação.
Obviamente, a nossa resposta precisa estar vinculada ao futuro. E a única alternativa que re-
mete ao futuro é a letra A:
a) A crença no resultado positivo da política pública a ser implementada (FUTURO).
b) A credibilidade plena (PRESENTE) na administração pública.
c) A crença que os elementos tecnológicos asseguram (PRESENTE) a eficácia e a eficiência da 
gestão.
d) A certeza que os gestores públicos fazem (PRESENTE) o que deles se espera.
e) A certeza que os elementos de gestão da empresa privada utilizados (PRESENTE) na gestão 
pública proporcionarão resultados econômicos e sociais.
Letra a.
024. (AOCP/ANALISTA ADMINISTRATIVO/UFS/2014) Para que se proceda ao controle dos 
resultados, descentralizadamente, em uma administração pública, assinale a alternativa que 
apresenta o que é preciso em relação aos políticos e funcionários públicos, de acordo com a 
administração pública gerencial.
a) Concentrar na satisfação e perspectiva dos agentes públicos para que os resultados acon-
teçam espontaneamente.
b) Orientação voltada para seus interesses com controle público permanente por resultados, 
mas que permita delegação.
c) Mereçam confiança limitada, permanentemente controlada por resultados, mas que permita 
delegação.
d) Pressupor que a descentralização e o incentivo à criatividade e à inovação, garantirão o al-
cance dos resultados.
e) Utilizar o contrato de gestão como instrumento de controle dos gestores públicos, o que 
garantirá o gerenciamento eficiente e profissional orientado para os funcionários públicos.
A administração gerencial fundamenta-se nos princípios da confiança e da descentralização 
da decisão (empowerment e delegação), pressupondo que políticos e funcionários públicos 
sejam merecedores de grau limitado de confiança, para que o gestor público possa ter liberda-
de de escolher os meios mais apropriados ao cumprimento das metas acordadas, ao invés de 
fixar metas e procedimentos em lei.
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Sobre as demais alternativas:
a) Concentrar na satisfação e perspectiva dos agentes públicos (usuários- clientes) para que os 
resultados aconteçam espontaneamente.
b) Orientação voltada para seus interesses (os interesses da sociedade) com controle público 
permanente (focado) por resultados, mas que permita delegação.
d) Pressupor que a descentralização e o incentivo à criatividade e à inovação (não são apenas 
essas orientações), garantirão o (ajudarão no) alcance dos resultados.
e) Utilizar o contrato de gestão como instrumento de controle dos gestores públicos, o que ga-
rantirá o gerenciamento eficiente e profissional orientado para os funcionários públicos (usuá-
rios-clientes).
Letra c.
025. (AOCP/ANALISTA ADMINISTRATIVO/UFPB/ADMINISTRAÇÃO/2014) Assinale a alter-
nativa que apresenta, de forma ampla, em qual concepção de Estado e de sociedade está ba-
seada a administração pública gerencial.
a) Centralizadora e autoritária.
b) Patrimonialista e burocrática.
c) Cultural e política.
d) Democrática e plural.
e) Controladora e procedimental.
A Administração Pública gerencial emerge na segunda metade do século XX, como resposta, 
de um lado, à expansão das funções econômicas e sociais do Estado, e, de outro, ao desenvol-
vimento tecnológico e à globalização da economia mundial, uma vez que ambos deixaram à 
mostra os problemas associados à adoção do modelo anterior.
A eficiência da Administração Pública – a necessidade de reduzir custos e aumentar a quali-
dade dos serviços, tendo o cidadão como beneficiário – torna-se então essencial. A reforma 
do aparelho do Estado passa a ser orientada predominantemente pelos valores da eficiência e 
qualidade na prestação de serviços públicos e pelo desenvolvimento de uma cultura gerencial 
nas organizações.
Assim, a concepção de Estado e de sociedade está baseada a administração pública gerencial 
é a democrática e plural.
Sobre as demais alternativas:
a) Centralizadora (burocrática) e autoritária (patrimonial).
b) Patrimonialista (patrimonial) e burocrática (burocrática).
c) Cultural e política (sem relação).
e) Controladora e procedimental (burocrática).
Letra d.
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026. (AOCP/ANALISTA CENSITÁRIO/IBGE/PLANEJAMENTO E GESTÃO/2019) Na busca 
por adequar a evolução da administração e atender aos interesses dos diversos públicos que 
se relacionam com a empresa, os administradores aplicam um conceito que requer maior com-
prometimento de todos – direção e funcionários – entre si e para com os resultados esperados 
pela empresa. Qual é esse conceito?
a) Governança corporativa.
b) Visão empreendedora.
c) Administração virtual.
d) Gestão participativa.
e) Autogestão.
Vejamos o conceito de governança corporativa, segundo o Instituto Brasileiro de Governança 
Corporativa – IBGC:
Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, 
monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administra-
ção, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas. As boas práticas de 
governança corporativa convertem princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando inte-
resses com a finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização, 
facilitandoseu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão da organização, sua 
longevidade e o bem comum.
Voltando ao enunciado, esse afirma o seguinte: “…um conceito que requer maior comprome-
timento de todos – direção e funcionários – entre si e para com os resultados esperados 
pela empresa”.
Refere-se, portanto, ao conceito de governança corporativa.
As demais alternativas não correspondem ao que foi solicitado:
b) Visão empreendedora. Característica de quem tem visão de mercado, do negócio, enxerga 
antecipadamente as oportunidades, tem noções de gestão e capacidade de liderança.
c) Administração virtual. Refere-se à administração baseada no uso de tecnologia da informa-
ção, possibilitando a transmissão de dados em tempo real e novas formas de prestação de 
serviço.
d) Gestão participativa. É um modelo atual de gestão que enfatiza a participação das pessoas 
em todo o processo. Os resultados são compartilhados, há uma maior flexibilidade, mas tam-
bém crescem os níveis de responsabilidade.
e) Autogestão. Modelo de gestão em que todos participam diretamente das decisões adminis-
trativas em igualdade de condições.
Letra a.
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027. (AOCP/ANALISTA CENSITÁRIO/IBGE/2019) Na formulação de modelos de governança 
para a administração pública, é recomendável que se observem princípios e diretrizes de reco-
nhecida aplicação internacional. Assinale a alternativa que apresenta uma das funções pretendi-
das com a aplicação coordenada e contextualizada desses princípios para uma boa governança.
a) Ter preceitos mais práticos para que a atuação do agente público se mantenha centrada no 
cidadão e no cumprimento cada vez mais fiel da missão política.
b) Servir como um dos arcabouços determinantes das ações esperadas dos contribuintes em 
seu relacionamento como ator principal e mandatário do agente público.
c) Representar o cidadão contribuinte junto à administração pública no exercício de seus direi-
tos e deveres prezando pela cidadania e solidariedade.
d) Posicionar os ocupantes de cargos eletivos nas atividades de preservação dos mandatos 
conquistados junto ao seu eleitorado de forma efetiva.
e) Estabelecer as relações administrativas nas variadas esferas e instâncias do exercício da 
função pública, visando ao atendimento dos grupos dominantes.
O Guia da política de governança pública do Governo Federal (2018)24 traz uma série de concei-
tos sobre os princípios e diretrizes de governança. Vejamos um trecho:
Nesse sentido, a primeira função pretendida para os princípios e diretrizes de governança é ser-
vir como um elemento de conexão entre esses princípios constitucionais e a atuação do agente 
público. Dessa forma, pretende-se que este tenha preceitos mais práticos para que sua atuação 
se mantenha centrada no cidadão e no cumprimento cada vez mais fiel de sua missão pública. “ 
(grifos nossos)
As demais alternativas estão incorretas:
b) Servir como um dos arcabouços determinantes das ações esperadas dos contribuintes em 
seu relacionamento como ator principal e mandatário do agente público.
Não há esse conceito no guia da política de governança pública do Governo Federal e também 
não faz sentido essa relação de “mandatório” do agente público.
c) Representar o cidadão contribuinte junto à administração pública no exercício de seus direitos 
e deveres prezando pela cidadania e solidariedade.
Os princípios e diretrizes de governança servem como um elemento de conexão entre os prin-
cípios constitucionais e a atuação do agente público, e não somente como elemento de repre-
sentação do cidadão.
d) Posicionar os ocupantes de cargos eletivos nas atividades de preservação dos mandatos 
conquistados junto ao seu eleitorado de forma efetiva.
24 Guia da política de governança pública. Casa Civil da Presidência da República. Brasília: Casa Civil da Presidên-
cia da República, 2018.
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Os princípios e diretrizes de governança não visam a preservação de mandatos eletivos.
e) Estabelecer as relações administrativas nas variadas esferas e instâncias do exercício da fun-
ção pública, visando ao atendimento dos grupos dominantes.
Está centrado no atendimento do cidadão, e não dos grupos dominantes.
Letra a.
028. (AOCP/ANALISTA CENSITÁRIO/IBGE/PLANEJAMENTO E GESTÃO/2019) Dentre os 
princípios norteadores da governança para a administração pública, qual princípio representa 
a capacidade das instituições de minimizar as incertezas para os cidadãos nos ambientes 
econômico, social e político?
a) Integridade ou integrity.
b) Confiabilidade ou realibility
c) Transparência ou transparency
d) Capacidade de resposta ou responsiveness.
e) Prestação de contas e responsabilidade ou accountability.
Como vimos, o Decreto 9.203/2017, que dispõe sobre a política de governança da administra-
ção pública federal direta, autárquica e fundacional, prevê:
Art. 3º São princípios da governança pública:
I – capacidade de resposta;
II – integridade;
III – confiabilidade;
IV – melhoria regulatória;
V – prestação de contas e responsabilidade; e
VI – transparência.
Esses princípios são detalhados no Guia de Governança Pública, do Governo Federal:
PRINCÍPIOS DA GOVERNANÇA PÚBLICA
1) Capacidade de resposta: representa a competência de uma instituição pública de atender de for-
ma eficiente e eficaz às necessidades dos cidadãos, inclusive antevendo interesses e antecipando 
aspirações.
2) Integridade: representa a busca pela prevenção da corrupção e pelo fortalecimento dos padrões 
morais de conduta. O alcance desse princípio na política de governança, no entanto, é maior e vai 
além de questões éticas. Reconhecida como um instrumento para que “a economia seja mais pro-
dutiva, o setor público mais eficiente e a sociedade mais inclusiva”.
3) Confiabilidade (reliability): representa a capacidade das instituições de minimizar as incertezas 
para os cidadãos nos ambientes econômico, social e político. Por isso, uma instituição confiável 
tem que se manter o mais fiel possível aos objetivos e diretrizes previamente definidos, passar 
segurança à sociedade em relação a sua atuação e, por fim, manter ações consistentes com a sua 
missão institucional.
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4) Melhoria regulatória (better regulation): representa o desenvolvimento e a avaliação de políticas 
e de atos normativos em um processo transparente, baseado em evidências e orientado pela visão 
de cidadãos e partes diretamente interessadas.
5) Prestação de contas e responsabilidade (accountability): representa a vinculação necessária, 
notadamente na administração de recursos públicos, entre decisões, condutas e competências e 
seus respectivos responsáveis. Trata-se de manter uma linha clara e objetiva entre as justificativas e 
os resultadosda 
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.
Errado.
1.1.4. Publicidade
Pelo princípio da publicidade, a Administração Pública deve tornar públicos seus atos, na 
forma prevista na norma. A publicidade é um princípio democrático, republicano, por assim 
dizer, que faz com que se possibilite o controle da Administração, por razões que são dotadas 
de obviedade: sem se dar transparência aos atos da Administração, inviável pensar no con-
trole desta.
Apesar de não ser elemento de formação dos atos, a publicidade constitui requisito de 
sua moralidade e eficácia, entendida esta última como aptidão do ato para produção dos 
seus efeitos.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
005. (QUADRIX/AGENTE DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO/CREF20 SE/2019) Acerca da 
administração pública na Constituição Federal de 1988, julgue o item.
O princípio da publicidade assegura o acesso até mesmo a informações consideradas como 
inúteis administrativamente, viabilizando devassa somente limitada por razões de segurança 
ou quando o próprio interesse público justificar.
Ainda que a publicidade seja um princípio para os atos da Administração Pública, ela não se 
reveste de caráter absoluto, encontrando exceções no próprio texto da CF/1988. E, claro, essas 
exceções não são apenas por razões de segurança ou quando o próprio interesse público jus-
tificar, como por exemplo, incluindo-se, também, a defesa da intimidade.
Errado.
1.1.5. Eficiência
O princípio da eficiência envolve a procura de produtividade e economicidade e, o que é 
mais importante, a exigência de reduzir os desperdícios de dinheiro público.
Esse princípio também é chamado de princípio da qualidade dos serviços públicos, sendo 
inserido no texto da CF/1988 por meio da Emenda Constitucional 19/1998, responsável pela 
Reforma Administrativa do Estado.
De pronto, esclareça-se que a eficiência não é eficácia ou efetividade. Ação administrativa 
eficaz é aquela que alcançou a meta prevista. Por sua vez, na efetividade, dá-se relevo aos re-
sultados sociais planejados. E, por fim, na eficiência, atém-se à relação custo versus benefício, 
isso é, menor volume de recursos públicos para o alcance dos resultados previstos.
Obs.: � ESCLARECENDO
 � O governo do Estado “X” propõe a inclusão na Lei Orçamentária Anual de R$ 10 milhões 
de reais para a construção de 30 escolas públicas. O Legislativo aprova o crédito orça-
mentário. As receitas previstas para amparar as despesas fixadas são realizadas. O 
governo executa a construção de 30 escolas, dentro da vigência do crédito orçamentá-
rio, utilizando-se de R$ 9 milhões de reais. As escolas, no entanto, ficam abandonadas, 
porque não se planejou a contratação de novos professores e pessoal administrativo. 
No caso, a ação foi eficaz (alcançou a meta prevista), foi eficiente (os recursos foram 
suficientes para o resultado pretendido), porém não foi efetiva (o resultado social 
talvez não tenha sido alcançado).
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
006. (QUADRIX/AGENTE DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO/CREF20 SE/2019) Acerca da 
administração pública na Constituição Federal de 1988, julgue o item.
O princípio da eficiência, além de estimular a busca constante pela Administração de resulta-
dos melhores, assegura mecanismos de controle desses resultados.
No âmbito do TCU, o entendimento é de que o controle da Administração Pública deve consi-
derar não só aspectos restritos de legalidade, devendo ser levados em consideração aspectos 
relacionados à racionalidade do gasto público, ou seja, à eficiência na utilização de tais valo-
res. Ainda, parte da doutrina entende que, caso atue eficientemente, o agente público exercerá 
suas atribuições com perfeição, rendimento funcional e rapidez.
Certo.
1.2. PrincíPios imPlícitos ou rEconhEcidos
Nem todos os princípios aplicáveis à Administração Pública se acham explícitos no texto 
constitucional. Vejamos alguns desses princípios implícitos.
1.2.1. Supremacia do Interesse Público sobre o Interesse Privado
Esse princípio é chamado também de princípio da finalidade pública, presente tanto no 
momento da elaboração da lei quanto no momento da sua execução em concreto pela Admi-
nistração Pública. Ele inspira o legislador e vincula a autoridade administrativa em toda a sua 
atuação, ensina a autora Maria Sylvia Zanella Di Pietro3.
Como expressão dessa supremacia, a Administração, por representar o interesse público 
(e não propriamente da maioria, já que o interesse desta pode não ser público!), tem a possibi-
lidade, nos termos da lei, de constituir terceiros em obrigações mediante atos unilaterais; tais 
atos são imperativos.
Por exemplo, a lei confere à Administração os poderes de desapropriar, de requisitar, de 
intervir, de policiar, de punir, de encampar, sempre com o objetivo de atender ao interesse geral, 
que não pode ceder diante do interesse individual.
007. (NC-UFPR/JUIZ ESTADUAL/TJ PR/2012/ADAPTADA) O princípio da supremacia do 
interesse público não admite ponderação com outros princípios constitucionais dado o seu 
caráter absoluto.
3 DI PIETRO, M. S. Z. Direito Administrativo. 27.ed. São Paulo: Atlas, 2014.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
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Nenhum princípio ou direito é absoluto no nosso ordenamento. Nesse sentido, quando houver 
conflitos entre o princípio da supremacia do interesse público e outro princípio, deve-se proce-
der à ponderação entre os princípios, de forma que um prevalecerá sobre o outro.
Errado.
1.2.2. Indisponibilidade do Interesse público
José dos Santos Carvalho Filho4 ensina que os bens e interesses públicos não pertencem 
estritamente à Administração ou a seus agentes. Cabe-lhes apenas geri-los, conservá-los e 
por eles velar em prol da coletividade, esta sim a verdadeira titular dos direitos e interesses 
públicos. Enfim, a Administração não tem liberdade para dispor dos bens e interesses públicos, 
porque age na defesa alheia.
Obs.: � ESCLARECENDO
 � O Estado “X” enfrenta histórica crise econômica. E, para suprir os cofres públicos de 
novos recursos, decide por alienar bens públicos imóveis. Então, o administrador pode 
ou não vender os bens estatais?
 � Sim, pode! Porém, o procedimento para a alienação deve seguir o rito das leis, fazen-
do com que o agente público atue não de acordo com aquilo que considere o “melhor 
caminho”, e sim conforme a norma. É a lei que torna indisponível a ação (o interesse 
público, na realidade). Note que a indisponibilidade guarda uma estreita ligação com o 
princípio da legalidade, este que abrange toda a atividade administrativa.
008. (QUADRIX/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JÚNIOR/CRESS SC/2019) Em relação à 
Administração Pública, julgue o item.
É consequência do princípio da indisponibilidade do interesse público a realização de licitação 
para celebraçãoda atuação administrativa, de um lado, e os agentes públicos que dela tomarem parte, 
de outro.
6) Transparência: representa o compromisso da administração pública com a divulgação das suas 
atividades, prestando informações confiáveis, relevantes e tempestivas à sociedade. Inserida em 
um conjunto de princípios centrais que orienta a atividade pública, a transparência é um dos pila-
res para a construção de um governo aberto (open government). O conceito da OCDE de governo 
aberto, a seguir transcrito, demonstra a inter-relação entre os princípios de governança previstos no 
decreto e os ganhos de sinergia gerados pela sua implementação simultânea. [Governo aberto é] 
uma cultura de governança centrada no cidadão que utiliza ferramentas, políticas e práticas inova-
doras e sustentáveis para promover transparência, capacidade de resposta e responsabilização do 
governo, de forma a incentivar a participação das partes interessadas no apoio à democracia e ao 
crescimento inclusivo.
Letra b.
029. (AOCP/AUDITOR/UFOB/2018) Governança pública é o conjunto de mecanismos de li-
derança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a gestão, 
com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da socie-
dade. Em relação à governança pública, julgue o item a seguir.
Fica instituído o Comitê Interministerial de Governança – CIG –, com a finalidade de assesso-
rar o Presidente da República na condução da política de governança da administração públi-
ca federal.
Questão de acordo com o Decreto n. 9.203, de 22 de novembro de 2017:
Art. 7º-A. O Comitê Interministerial de Governança - CIG tem por finalidade assessorar o Presidente 
da República na condução da política de governança da administração pública federal. (Incluído pelo 
Decreto n. 9.901, de 2019)
Certo.
030. (AOCP/AUDITOR/UFOB/2018) Governança pública é o conjunto de mecanismos de li-
derança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a gestão, 
com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da socie-
dade. Em relação à governança pública, julgue o item a seguir.
São mecanismos para o exercício da governança pública a liderança, a estratégia e o controle.
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Adriel Sá
Mais uma questão com base no Decreto n. 9.203/2017, mais especificamente em seu art. 5º, 
que dispõe sobre os mecanismos para o exercício da governança pública (em destaques):
I – liderança, que compreende conjunto de práticas de natureza humana ou comportamental exer-
cida nos principais cargos das organizações, para assegurar a existência das condições mínimas 
para o exercício da boa governança, quais sejam:
a) integridade;
b) competência;
c) responsabilidade; e
d) motivação;
II – estratégia, que compreende a definição de diretrizes, objetivos, planos e ações, além de critérios 
de priorização e alinhamento entre organizações e partes interessadas, para que os serviços e pro-
dutos de responsabilidade da organização alcancem o resultado pretendido; e
III – controle, que compreende processos estruturados para mitigar os possíveis riscos com vistas 
ao alcance dos objetivos institucionais e para garantir a execução ordenada, ética, econômica, efi-
ciente e eficaz das atividades da organização, com preservação da legalidade e da economicidade 
no dispêndio de recursos públicos.
Certo.
031. (AOCP/AUDITOR/UFOB/2018) Governança pública é o conjunto de mecanismos de li-
derança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a gestão, 
com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da socie-
dade. Em relação à governança pública, julgue o item a seguir.
São diretrizes da governança pública a prestação de contas e responsabilidade.
Pegadinha do malandro!
A prestação de contas e responsabilidade não são diretrizes, mas princípios!
Decreto n. 9.203/2017
Art. 3º São princípios da governança pública:
I – capacidade de resposta;
II – integridade;
III – confiabilidade;
IV – melhoria regulatória;
V – prestação de contas e responsabilidade; e
VI – transparência.
Art. 4º São diretrizes da governança pública:
I – direcionar ações para a busca de resultados para a sociedade, encontrando soluções tempesti-
vas e inovadoras para lidar com a limitação de recursos e com as mudanças de prioridades;
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Adriel Sá
II – promover a simplificação administrativa, a modernização da gestão pública e a integração dos 
serviços públicos, especialmente aqueles prestados por meio eletrônico;
III – monitorar o desempenho e avaliar a concepção, a implementação e os resultados das políticas 
e das ações prioritárias para assegurar que as diretrizes estratégicas sejam observadas;
IV – articular instituições e coordenar processos para melhorar a integração entre os diferentes 
níveis e esferas do setor público, com vistas a gerar, preservar e entregar valor público;
V – fazer incorporar padrões elevados de conduta pela alta administração para orientar o compor-
tamento dos agentes públicos, em consonância com as funções e as atribuições de seus órgãos e 
de suas entidades;
VI – implementar controles internos fundamentados na gestão de risco, que privilegiará ações es-
tratégicas de prevenção antes de processos sancionadores;
VII – avaliar as propostas de criação, expansão ou aperfeiçoamento de políticas públicas e de con-
cessão de incentivos fiscais e aferir, sempre que possível, seus custos e benefícios;
VIII – manter processo decisório orientado pelas evidências, pela conformidade legal, pela qualida-
de regulatória, pela desburocratização e pelo apoio à participação da sociedade;
IX – editar e revisar atos normativos, pautando-se pelas boas práticas regulatórias e pela legitimi-
dade, estabilidade e coerência do ordenamento jurídico e realizando consultas públicas sempre que 
conveniente;
X – definir formalmente as funções, as competências e as responsabilidades das estruturas e dos 
arranjos institucionais; e
XI – promover a comunicação aberta, voluntária e transparente das atividades e dos resultados da 
organização, de maneira a fortalecer o acesso público à informação.
Errado.
032. (AOCP/AUDITOR/UFOB/2018) Governança pública é o conjunto de mecanismos de li-
derança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a gestão, 
com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da socie-
dade. Em relação à governança pública, julgue o item a seguir.
São princípios da governança pública a melhoria regulatória.
De acordo com o art. 3º do Decreto n. 9.203/2017:
Art. 3º São princípios da governança pública:
I – capacidade de resposta;
II – integridade;
III – confiabilidade;
IV – melhoria regulatória;
V – prestação de contas e responsabilidade; e
VI – transparência.
Certo.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
033. (VUNESP/ANALISTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMENTAL/PREF 
SP/2015) A adoção do modelo de governança tem sido identificada em vários países ociden-
tais nos últimos anos. A respeito desse modelo, é correto afirmar que
a) a ideia e os modelos de governança nascem como consequência do fortalecimento da atu-
ação e presença do Estado.
b) governança é a gestão compartilhada e interinstitucional que envolve o setor público, o setor 
produtivo e o terceiro setor.
c) governança é um conjunto de operações construídas para criar condições para a interação 
entre Estado e movimentos sociais.
d) a ideia de governança pode ser traduzida pela participação social formal nas instâncias re-
conhecidas pela Lei Orgânica do Município.
e) governança pode ser definida como a promoção de políticas intersetoriais, envolvendo dife-
rentes secretarias do Município.
Conforme Paludo (2013)25, governança pública é compreendida como a capacidade de gover-
nar, capacidade de decidir e implementar políticas públicas que atendam às necessidades da 
população.
Ainda, de acordo com Kissler (2006)26, “governança é a capacidade financeira e administrativa, 
em sentido amplo, de um governo implementar políticas”.
Vimos que a governança se relaciona com a competência técnica, que abrange as capacida-
des gerencial, financeira e técnica propriamente dita, e tem nos agentes públicos, em sentido 
amplo, e nos servidores públicos, em sentido estrito, a sua fonte de origem.
Assim, a partir do conceito de governança apontado pelos autores acima, vamos analisar as 
alternativas:
a) Errada. A governança pública surge da necessidade da gestão pública ter a capacidade de 
solução de problemas. Sob a ótica da ciência política, a governança pública está associada a 
uma mudança na gestão política. Trata-se de uma tendência para se recorrer cada vez mais à 
autogestão nos campos social, econômico e político, e a uma nova composição de formas de 
gestão daí decorrentes.
b) Certa. Para que ocorra a capacidade de implementar políticas públicas, o Estado sozinho 
não tem condições de fazer a gerência e execução das políticas públicas. Com as reformas ad-
ministrativas, surge a ideia das parcerias entre o setor público e o setor privado para melhorar 
a governança pública. De fato, a governança é a gestão compartilhada entre o setor público, 
setor produtivo (mercado) e o terceiro setor (Organizações Sociais e Oscips, por exemplo).
25 PALUDO, A. V. Administração pública. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
26 KISSLER, L. Governança pública: novo modelo regulatório para as relações entre Estado, mercado e sociedade. Revista da 
Administração Pública. Rio de Janeiro 40(3):479-99, Maio/Jun. 2006.
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c) Errada. Como comentamos anteriormente, a governança é a capacidade de implementar 
políticas públicas e envolve a interação entre o setor público, setor privado e terceiro setor.
d) Errada. Esse não é conceito do modelo de governança, como já enfatizamos.
e) Errada. Como já comentamos, governança envolve a capacidade de implementar políticas 
públicas. Para que isso ocorra, não envolve somente as secretarias municipais que represen-
tam o setor público, mas envolve também o terceiro setor e o setor produtivo (mercado). A 
governança contempla a possibilidade de múltiplas participações e parcerias intra e interorga-
nizacionais na tomada de decisão e na implementação/controle das políticas públicas, geran-
do corresponsabilidade.
Letra b.
034. (VUNESP/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/SP/CORREIÇÃO/2015) O 
conceito de governança nas organizações públicas refere- se à forma como o aparelho do 
Estado exerce suas funções e à qualidade do exercício do poder no atendimento às demandas 
dos cidadãos. Do ponto de vista político, portanto, a governança na Administração Pública 
deve ter como uma de suas referências a
a) eficácia no atingimento dos resultados.
b) eficiência no uso dos recursos.
c) responsabilização pela gestão financeira.
d) primazia de ações assistencialistas.
e) democracia participativa.
Como vimos, a governança pública é compreendida como a capacidade de governar, capaci-
dade de decidir e implementar políticas públicas que atendam às necessidades da população.
Ainda, é a capacidade financeira e administrativa, em sentido amplo, de um governo implemen-
tar políticas. Está relacionada com a competência técnica, que abrange a competência geren-
cial, financeira e técnica. A governança está presente no Estado quando seu governo tem as 
condições financeiras e administrativas para transformar em realidade as decisões que toma.
Osborne (2010)27 afirma que governança não é uma expressão recente, pois o termo traz consi-
go uma notória bagagem teórica e/ou ideológica. Segundo esse autor, os críticos diferenciam 
três escolas de governança na literatura:
(i) governança corporativa – focada nos sistemas internos e processos que orientam o rumo e 
accountability das organizações;
(ii) “boa” governança – associada a elaboração de manuais e códigos de governança;
(iii) governança pública – relacionada com a participação da sociedade no processo de imple-
mentação de políticas públicas e de melhoria da prestação de serviços públicos.
Letra e.
27 OSBORNE, S. P. The (new) public governance: a suitable case for treatment? In: OSBORNE, Stephen P. (Ed.). 
The new public governance: emerging perspectives on the theory and practice of public governance. Abingdon: 
Routledge, 2010.
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035. (VUNESP/ANALISTA/PREF SP/2015) A gestão pública contemporânea pressupõe que 
o processo decisório governamental não deva se restringir às organizações públicas, mas 
deva considerar também os atores não estatais que interagem no ambiente do chamado Es-
tado-rede e influenciam, direta e indiretamente, as ações desenvolvidas. O nome do conceito 
relacionado à essa dinâmica apresentada é
a) governança pública.
b) governabilidade.
c) spoil system.
d) accountability.
e) responsividade.
A governança pública é a capacidade de governar, capacidade de decidir e implementar polí-
ticas públicas. O Caderno da MARE ensina que essa governança pode ser alcançada com um 
Estado mais forte, embora menor.
A governança envolve o modo como o governo se organiza para prestar serviços à sociedade 
e não se restringe apenas as organizações públicas, mas também aos atores não estatais que 
prestam serviços públicos.
b) Errada. A governabilidade não está associada ao conceito trazido na questão, pois se refere 
ao poder político em si, que deve ser legítimo e contar com o apoio da sociedade. A governabi-
lidade é a capacidade política de governar derivada da relação de legitimidade do Estado e de 
seu governo com a sociedade.
c) Errada. É uma prática na qual um partido político, depois de ganhar uma eleição, dá cargos 
no governo para seus apoiadores, como retribuição ao apoio dado na eleição e um incentivo 
para continuar trabalhando pelo partido. Prática comum no Brasil devido ao processo eleitoral 
característico do nosso presidencialismo.
d) Errada. A accountabilityé a capacidade do sistema político de prestar contas de suas pro-
cessas ao cidadão. Trata-se de uma responsabilização.
e) Errada. Responsividade está relacionada ao conceito de accountability.
Letra a.
036. (VUNESP/ADMINISTRADOR/UFABC/2019) Nos últimos anos, o setor público brasileiro 
tem passado por transformações quanto à sua Governança. Assinale a alternativa que apre-
senta características típicas da Governança no contexto da área pública.
a) Prover aos cidadãos dados e informações de qualidade; garantir a qualidade e a efetividade 
dos serviços prestados aos cidadãos; definir claramente processos, papéis, responsabilidades 
e limites de poder.
b) Implementar mudanças tecnológicas no sentido de reduzir o tempo e aumentar a qualidade 
dos serviços públicos; treinar esporadicamente os funcionários públicos; focar em resultados 
e não em processos.
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c) Definir estruturas coerentes, ágeis e flexíveis nos órgãos públicos; implementar Conselhos 
com membros da sociedade civil, empresas e governo; reduzir os controles para o alcance de 
resultados aos cidadãos.
d) Favorecer os diálogos com outros setores da sociedade; construir parcerias tendo em vista 
a satisfação dos cidadãos; reduzir a pressão por dados do processo e do controle de forma a 
focar nos resultados.
e) Prestar serviços de qualidade aos cidadãos; apresentar, de forma transparente, as contas e 
os gastos efetuados; manter dados sigilosos com o intuito de proteger os interesses setoriais.
Vimos que, segundo o Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, os princípios 
básicos de governança corporativa devem permear, em maior ou menor grau, todas as práticas 
da organização, e sua adequada adoção resulta em um clima de confiança tanto internamente 
quanto nas relações com terceiros. São eles:
Transparência (disclosure): consiste no desejo de disponibilizar para as partes interessadas 
as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de 
leis ou regulamentos. Não deve restringir-se ao desempenho econômico-financeiro, contem-
plando também os demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que 
conduzem à preservação e à otimização do valor da organização.
Equidade (fairness): caracteriza-se pelo tratamento justo e isonômico de todos os sócios e 
demais partes interessadas (stakeholders), levando em consideração seus direitos, deveres, 
necessidades, interesses e expectativas.
Prestação de contas (accountability): os agentes de governança devem prestar contas de sua 
atuação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo, assumindo integralmente as 
consequências de seus atos e omissões e atuando com diligência e responsabilidade no âm-
bito dos seus papéis.
Responsabilidade corporativa (compliance): os agentes de governança devem zelar pela via-
bilidade econômico-financeira das organizações, reduzir as externalidades negativas de seus 
negócios e suas operações e aumentar as positivas, levando em consideração, no seu modelo 
de negócios, os diversos capitais (financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, am-
biental, reputacional etc.) no curto, médio e longo prazos.
Vamos à análise das alternativas:
a) Prover aos cidadãos dados e informações de qualidade; garantir a qualidade e a efetividade 
dos serviços prestados aos cidadãos; definir claramente processos, papéis, responsabilidades e 
limites de poder. Certa. Vai ao encontro dos princípios elencados.
b) Implementar mudanças tecnológicas no sentido de reduzir o tempo e aumentar a qualidade 
dos serviços públicos; treinar esporadicamente os funcionários públicos; focar em resultados e 
não em processos. Errada. O treinamento precisa ser constante e contínuo.
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c) Definir estruturas coerentes, ágeis e flexíveis nos órgãos públicos; implementar Conselhos 
com membros da sociedade civil, empresas e governo; reduzir os controles para o alcance de 
resultados aos cidadãos. Errada. Perceba que o controle fica cada vez mais acentuado.
d) Favorecer os diálogos com outros setores da sociedade; construir parcerias tendo em vista a 
satisfação dos cidadãos; reduzir a pressão por dados do processo e do controle de forma a focar 
nos resultados. Errada. Novamente, é preciso ficar claro que o controle está cada vez maior, 
bem como a disponibilização de dados por parte dos governantes e gestores.
e) Prestar serviços de qualidade aos cidadãos; apresentar, de forma transparente, as contas e 
os gastos efetuados; manter dados sigilosos com o intuito de proteger os interesses setoriais. 
Errada. Em regra, todos os dados serão públicos ao público em geral.
Letra a.
037. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT - 21ª REGIÃO - RN/ADMINISTRATIVA/2017) Os con-
ceitos de governança e governabilidade, embora não coincidentes, são indissociáveis e com-
plementares, sendo aplicados, cada qual, em diferentes contextos. Nesse sentido, considere:
I – Governança, em uma de suas acepções, representa o modo como as organizações são 
administradas e controladas e como interagem com as partes interessadas.
II – Governabilidade refere-se às condições substantivas do exercício do poder e legitimidade 
do governo, derivada da relação com a sociedade.
III – Governança e governabilidade podem ser fundidas em um único metaconceito, correspon-
dente a accountability, própria dos governos democráticos.
Está correto o que consta APENAS em
a) I e II.
b) III.
c) I e III.
d) II e III.
e) II.
Governança é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monito-
radas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, 
diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.
Governabilidade refere-se às próprias condições substantivas e materiais de exercício do po-
der e de legitimidade do Estado e do seu governo derivadas da sua postura diante da socieda-
de civil e do mercado.
Accountability refere-se ao dever de prestar contas do cumprimento de atividades a um orga-
nismo de controle, parlamento ou sociedade.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
Em suma, temos:
• Governabilidade: legitimidade.
• Governança: implementação de políticas públicas.
• Accountability: prestar contas.
Logo, está correto o que consta APENAS em I e II.
Letra a.
038. (FCC/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE/ARTESP/ADMINISTRA-
ÇÃO/2017) Os modelos e as práticas de Governança Corporativa foram desenvolvidos para 
atender a problemas específicos, em um contexto próprio, e diversas ressalvas devem ser 
consideradas quanto a sua generalização, principalmente no setor público. No modelo de Tim-
mers, a criação de proteção para alcançar os objetivos públicos é a meta da governança no 
setor governamental.A accountability está inserida neste modelo no elemento:
a) Supervisão.
b) Administração.
c) Controle.
d) Prestação de contas.
e) Corregedoria.
Dentre os princípios básicos de governança corporativa, temos a prestação de contas (accou-
ntability). Os agentes de governança devem prestar contas de sua atuação de modo claro, con-
ciso, compreensível e tempestivo, assumindo integralmente as consequências de seus atos e 
omissões e atuando com diligência e responsabilidade no âmbito dos seus papéis.
Letra d.
039. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT - 24ª REGIÃO - MS/ADMINISTRATIVA/2017) Nos 
últimos anos, diferentes conceitos, alguns oriundos da iniciativa privada, passaram a permear 
a atuação da Administração Pública, entre eles:
I – Governança, que é sinônimo de governabilidade, e corresponde à legitimidade política.
II – Eficiência, relacionada com o uso racional e econômico dos insumos na produção de bens 
e serviços.
III – Efetividade, que diz respeito ao impacto final das ações e ao grau em que atinge os resul-
tados almejados pela sociedade.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e III.
b) I e II.
c) I e III.
d) III.
e) II.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
I – Incorreto. Os termos não são sinônimos. A legitimidade política diz respeito à governabili-
dade, e não à governança.
II – Correto. Eficiência é o uso racional e econômico dos insumos na produção de bens 
e serviços.
III – Correto. Efetividade é o impacto final das ações, ou seja, o grau de satisfação das neces-
sidades e dos desejos da sociedade pelos serviços prestados pela instituição.
Letra a.
040. (FCC/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE/ARTESP/ADMINISTRAÇÃO 
DE EMPRESAS/I/2017) Os modelos e as práticas de Governança Corporativa foram desenvol-
vidos para atender a problemas específicos, em um contexto próprio, e diversas ressalvas de-
vem ser consideradas quanto a sua generalização, principalmente no setor público. No modelo 
de Timmers, a criação de proteção para alcançar os objetivos públicos é a meta da governança 
no setor governamental.
A accountability está inserida neste modelo no elemento:
a) Supervisão.
b) Administração.
c) Controle.
d) Prestação de contas.
e) Corregedoria.
Mais uma questão que pode ser resolvida considerando o simples conceito de accountability.
A expressão “accountability” se refere à capacidade de se prestar contas, de se fazer trans-
parente. Na gestão pública, o termo possui uma perspectiva ampla, surgindo como um ins-
trumento a serviço da manutenção dos ideais democráticos de um país, controlando tanto os 
processos como os resultados a serem alcançados. Assim, a resposta é a letra D.
Letra d.
Adriel Sá
Professor de Direito Administrativo, Administração Geral e Administração Pública em diversos cursos 
presenciais e telepresenciais. Servidor público federal da área administrativa desde 1999 e, atualmente, 
atuando no Ministério Público Federal. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal 
de Santa Catarina, com especialização em Gestão Pública. Foi militar das Forças Armadas por 11 anos, 
sempre atuando nas áreas administrativas. É coautor da obra “Direito Administrativo Facilitado” e autor da 
obra “Administração Geral e Pública - Teoria Contextualizada em Questões”, ambas publicadas pela Editora 
Juspodivm.
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	art1
	art2
	art2i
	art2ii
	art2iii
	art2iv
	art3
	art3i
	art3ii
	art3iii
	art3iv
	art3v
	art3vi
	art4
	art4i
	art4ii
	art4iii
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	art4v
	art4vi
	art4vii
	art4viii
	art4ix
	art4x
	art4xi
	art5
	art5i
	art5ia
	art5ib
	art5ic
	art5id
	art5ii
	art5iii
	art6
	art6p
	art6pi
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	art7
	art7a
	art8
	art8a
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	art8aii
	art8aiii
	art8a§1
	art8a§2
	art8a§3
	art8b
	art8b§1
	art8b§2
	art9
	art9a
	art9ai
	art9aii
	art9aiii
	art9aiv
	art9av
	art9a§1
	art9a§1i
	art9a§1ii
	art9a§2
	art10
	art10a
	art10a§1
	art10a§2
	art10b
	art10bi
	art10bii
	art10biii
	art10biiv
	art11
	art11a.0
	art11ap
	art11api
	art11apii
	art11apiii
	art11apiv
	art11apv
	art12
	art12a
	art13
	art13a
	art13ai
	art13aii
	art14
	art15a
	art15ai
	art15aii
	art15aiii
	art15aiv
	art16
	art17
	art17i
	art17ii
	art17iii
	art17iv
	art18
	art18i
	art18ii
	art18iii
	art19
	art19i
	art19ii
	art19iii
	art19iv
	art20
	art21
	Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
	1. Princípios da Administração Pública
	1.1. Princípios Expressos
	1.2. Princípios Implícitos ou Reconhecidos
	2. Gerencialismo ou Administração Pública Gerencial
	2.1. Noções Preliminares
	2.2. Origem, Conceito, Contexto e Características
	2.3. Fases ou Estágios do Modelo Gerencial
	2.4. A Reforma Gerencial no Brasil e o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado/PDRAE) - 1995
	3. Governabilidade e Governança
	3.1. Origens
	3.2. Governabilidade
	3.3. Governança
	4. Decreto n. 9.203, de 22 de Novembro de 2017
	Resumo
	Mapa Mental
	Questões de Concurso
	Gabarito
	Gabarito Comentado
	AVALIAR 5: 
	Página 96:de contratos administrativos.
A licitação deriva do princípio da indisponibilidade do interesse público, uma vez que cabe 
à Administração escolher a proposta mais vantajosa, podendo os licitantes participarem em 
igualdade de condições (princípio da isonomia). O Administrador, como regra, não pode deixar 
de licitar, a não ser nas hipóteses previstas em lei.
Certo.
4 CARVALHO FILHO, J. dos S. Manual de Direito Administrativo. 27.ed. São Paulo: Atlas, 2014.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
1.2.3. Finalidade Pública
Como já registrado, há quem equipare o princípio da impessoalidade ao da finalidade, dado 
que a atuação finalística deve ser impessoal. No entanto, outra parte da doutrina aproxima a fi-
nalidade pública da teoria do abuso de poder, desdobrando-a em: desvio de finalidade e excesso 
de poder. Na primeira hipótese, o ato seria praticado visando a fim diverso do interesse público, 
e, por isso, deveria ser anulado, ante a gravidade do vício. Essa visão, contudo, voltará a ser exa-
minada no capítulo de poderes da Administração, para que analisemos outras peculiaridades.
Na visão de Celso Antônio Bandeira de Mello5, o princípio da finalidade impõe ao administra-
dor que sua atuação vise sempre ao objetivo da norma, cingindo-se a ela, para concluir que a fi-
nalidade, em verdade, não é uma decorrência da legalidade, mas é inerente a esta, integrando-as.
1.2.4. Responsabilidade Civil do Estado
Por força do disposto no § 6º do art. 37 da Constituição Federal, as pessoas jurídicas de 
direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão por danos 
causados a terceiros por seus agentes.
A responsabilidade civil do Estado aplica-se a qualquer das funções públicas, e não somen-
te aos danos provenientes dos atos administrativos, independendo da existência de dolo ou 
culpa do agente público causador direto do dano.
A Constituição Federal consagrou a responsabilidade objetiva do Estado (teoria do risco 
administrativo), segundo a qual, diante das inúmeras e variadas atividades da administração, 
existe a probabilidade de serem causados danos a particulares e, assim sendo, como toda a 
coletividade se beneficia das atividades administrativas, deve-se também repartir o ônus do 
ressarcimento do dano causado.
1.2.5. Autotutela
O princípio da autotutela é reconhecido expressamente na Súmula 473 do STF. Vejamos:
A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam 
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência 
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a 
apreciação judicial.
Pelo princípio da autotutela, a Administração tem a prerrogativa de policiar seus próprios 
atos, revogando aqueles inconvenientes e anulando aqueles ilegais.
5 BANDEIRA DE MELLO, C. A. Curso de Direito Administrativo. 31.ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
Contudo, o art. 54 da Lei 9.784/1999 (Lei do Processo Administrativo Federal) estabelece 
um limite temporal para a correção, ao dispor que o direito de a Administração anular atos 
administrativos que tenham produzido efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco 
anos a partir da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
009. (QUADRIX/ADVOGADO I/CRA PR/2019) Julgue o item acerca dos princípios da Admi-
nistração Pública.
O princípio da autotutela encerra verdadeiro poder‐dever, impondo à Administração que, cons-
tatando irregularidade, tome a iniciativa de restaurar a observância da legalidade.
A Administração tem a prerrogativa de policiar seus próprios atos, revogando aqueles incon-
venientes e anulando aqueles ilegais. Assim, com base no princípio da autotutela, a adminis-
tração pública tem o poder-dever de rever seus atos quando estes estiverem eivados de vícios.
Certo.
1.2.6. Igualdade
O princípio da igualdade decorre dos princípios da legalidade e da impessoalidade, funda-
mentando-se no art. 5º da CF/1988. De acordo com esse princípio, todos os cidadãos devem 
receber igual tratamento da Administração, sendo vedado que se estabeleça de modo desarra-
zoado qualquer privilégio, favoritismo ou desvalia entre os administrados.
1.2.7. Especialidade ou Descentralização
O princípio da especialidade é ligado à ideia de descentralização administrativa, na busca 
de maior eficiência. Assim, ao criar pessoas jurídicas administrativas (autarquias, por exem-
plo), como forma de descentralizar a prestação de serviços públicos, o Estado visa à espe-
cialização de funções. Retira-se determinada tarefa do centro da Administração, em que há 
um amontoado de competências, e a redistribui para a periferia (entidades administrativas 
descentralizadas), conferindo mais dinamismo na ação administrativa.
1.2.8. Presunção de Legitimidade ou de Veracidade
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro6, a presunção de legitimidade engloba dois aspectos: de 
um lado, a presunção de verdade (veracidade), que diz respeito à certeza dos fatos; de outro 
lado, a presunção da legalidade, pois, se a Administração Pública se submete à lei, presume-se, 
até prova em contrário, que todos os seus atos sejam verdadeiros e praticados com observân-
cia das normas legais pertinentes.
6 DI PIETRO, M. S. Z. Direito Administrativo. 27.ed. São Paulo: Atlas, 2014.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
Uma aplicação do referido princípio pode ser encontrada no inc. II do art. 19 da CF/1988, o 
qual veda à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios recusar fé aos documen-
tos públicos.
010. (CEBRASPE/ANALISTA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS/SLU DF/2019) Com base 
em disposições normativas concernentes à administração pública, julgue o item a seguir.
De acordo com o princípio da presunção de legitimidade, as decisões administrativas das pes-
soas jurídicas de direito público são de execução imediata e têm a possibilidade de criar obri-
gações para o particular, independentemente de sua anuência.
Como consequência dessa presunção, as decisões administrativas são de execução imediata 
e têm a possibilidade de criar obrigações para o particular, independentemente de sua con-
cordância e, em determinadas hipóteses, podem ser executadas pela própria Administração, 
mediante meios diretos ou indiretos de coação.
Certo.
1.2.9. Probidade Administrativa
A probidade é um aspecto constitucionalizado do princípio da moralidade. A probidade diz 
respeito à integridade de caráter, honradez, ou seja, conceito estreitamente relacionado com o 
de moralidade administrativa.
1.2.10. Segurança Jurídica
À semelhança da motivação, da razoabilidade e da proporcionalidade, o princípio da segu-
rança jurídica foi catalogado de forma expressa pela Lei Federal 9.784/1999.Percebe-se sua 
presença no inc. XIII do parágrafo único do art. 2º da Lei, quando impõe a interpretação da 
norma administrativa de forma a garantir o atendimento do fim público a que se dirige, vedada 
aplicação retroativa de nova interpretação.
A segurança jurídica é um princípio geral do direito, não se restringindo ao Direito Adminis-
trativo. Com base nele, em determinado momento, as relações jurídicas devem se estabilizar, 
não sendo mais alteráveis na via administrativa.
1.2.11. Princípio da Confiança e Boa-Fé
Relativamente ao princípio da confiança, implícito no ordenamento jurídico, o princípio está 
atrelado à segurança jurídica, mas com ela não se confunde, remetendo-nos à ideia de que os 
atos praticados pelo Poder Público são legítimos (presumem-se legais e verdadeiros), de tal 
sorte que os atos devem ser preservados em nome da boa-fé, sobrepondo-se, no caso concre-
to, ao princípio da legalidade.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
Enquanto o princípio da confiança protege a boa-fé do administrado, a boa-fé é princípio 
que tanto se aplica aos administrados (protegendo-os e impondo-os proceder com lealdade 
e honestidade) como à Administração Pública, quando determina que se atue com correção.
1.2.12. Motivação
Pelo princípio da motivação, a Administração tem o dever de motivar seus atos, sejam eles 
discricionários, sejam vinculados. Assim, em regra, a validade do ato administrativo depende 
do caráter prévio ou da concomitância da motivação pela autoridade que o proferiu com rela-
ção ao momento da prática do próprio ato.
O princípio da motivação é o elo entre os princípios constitucionais, porque é inimaginável 
um Estado de Direito e Democrático em que os cidadãos não conheçam os motivos pelos 
quais são adotadas as decisões administrativas.
Portanto, as decisões administrativas, provenientes de quaisquer dos Poderes, devem ser 
precedidas dos pressupostos de fato e de direito que fundamentaram a prática dos atos dis-
cricionários e vinculados.
Entretanto, há certos atos que dispensarão motivação para sua prática. Nesse contexto, 
observemos o art. 50 da Lei 9.784/1999, o qual determina ser necessária a motivação dos atos 
administrativos, como os que:
I – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções,
II – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, 
propostas e relatórios oficiais, e
III – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.
A conclusão lógica decorrente é a de que se a lei determina que, nessas hipóteses, os atos 
administrativos deverão ser motivados, em outras, evidentemente, poderão deixar de sê-lo.
Conclui-se que nem sempre a motivação prévia ou concomitante dos atos é obrigatória. 
Ainda que desejável, poderá não ser expressamente exigida. Com efeito, cite-se a possibilidade 
de exoneração ad nutum (a qualquer tempo) de um servidor ocupante de cargo em comissão 
(de chefia ou assessoramento) (assessores de Ministros de Estado, por exemplo), para os 
quais a Administração é eximida de apresentar motivação expressa.
1.2.13. Razoabilidade
Pelo princípio da razoabilidade, as atitudes desprovidas de razão, despropositadas, não 
podem ser acolhidas pelo Direito. A discricionariedade oferecida ao administrador não signifi-
ca arbitrariedade, enfim, o administrador deve sempre adotar as providências mais adequadas 
aos casos concretos apresentados.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
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1.2.14. Proporcionalidade
A proporcionalidade pode ser traduzida como a adequabilidade entre os meios utilizados 
e os fins pretendidos (princípio da vedação de excesso). Se a conduta do Administrador não 
respeita tal relação, será excessiva, portanto, desproporcional.
A ideia central da proporcionalidade é de que todos só são obrigados a suportar restrições 
em sua liberdade ou propriedade, por iniciativa da Administração Pública, se imprescindíveis 
ao atendimento do interesse público.
1.2.15. Continuidade do Serviço Público
O princípio da continuidade dos serviços públicos é assim enunciado por José Cretella Jú-
nior7: a atividade da Administração é ininterrupta, não se admitindo a paralisação dos serviços 
públicos. Com outras palavras, os serviços públicos não podem sofrer solução de continuida-
de. Dentre outros veículos normativos, há registro da continuidade no art. 22 do Código do Con-
sumidor, ao se impor que os prestadores de serviços públicos assegurem serviços adequados, 
eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.
1.2.16. Sindicabilidade
A expressão sindicabilidade, por si só, revela-nos o conteúdo do princípio: ser sindicável 
é ser controlável. Enfim, é a faculdade de os órgãos estatais fiscalizarem os atos lesivos ao 
interesse público, por ilegais, ilegítimos ou ilícitos.
Perceba que o referido princípio, em um só tempo, engloba o princípio da autotutela (prer-
rogativa de atuação de ofício por parte da Administração), como também o princípio do con-
trole judicial dos atos (sistema de jurisdição una ou única, previsto no inc. XXXV do art. 5º 
da CF/1988).
1.2.17. Juridicidade
Conforme o princípio da legalidade administrativa, as ações do Estado são precedidas de 
leis. As leis são os veículos normativos que permitem ou autorizam à Administração atuar ou 
deixar de atuar. No entanto, ao lado das leis, subsiste toda uma gama de princípios, os quais 
gozam de força vinculante na condução da coisa pública. Nesse contexto, em que a Adminis-
tração deve conjugar as regras e os princípios, é que surge o princípio da juridicidade.
Fácil concluir, portanto, que a juridicidade, além de englobar a conformidade dos atos com 
as leis (princípio da legalidade), requer que a produção dos atos estatais esteja em consonân-
cia com os princípios constitucionais expressos e implícitos.
7 CRETELLA Júnior, J. Manual de Direito Administrativo. 7.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
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1.2.18. Intranscendência Subjetiva das Sanções
No inc. XLV da CF/1988, previu-se que nenhuma pena passará da pessoa do condenado, 
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos 
da lei, estendidos aos sucessores, até o limite do valor do patrimônio transferido. Decorre do 
dispositivo o princípio da intranscendência subjetiva das sanções, o qual impede que penalida-
des personalíssimas alcancem terceiros que não participaram da conduta ou que, ao menos, 
tinham como evitar o ilícito.
2. GErEncialismo ou administração Pública GErEncial
2.1. noçõEs PrEliminarEs
Considerando a evolução histórica da gestão pública, podemos destacar três modelos te-
óricos de gestão pública: a administração patrimonialista, a administração burocrática e a 
administração gerencial.
Sinteticamente,podemos afirmar que em cada período da administração pública se desta-
cou um desses modelos elencados; no entanto, embora haja a predominância de um modelo, 
traços de outros modelos podem ser notados no interior da gestão pública.
Atualmente, o modelo predominante adotado é gerencial, mas fragmentos de todos as ou-
tras teorias podem ser encontradas na gestão pública. Segundo Paludo (2016)8:
a administração gerencial é o modelo vigente; que a administração burocrática ainda é aplicada no 
núcleo estratégico do Estado e em muitas organizações públicas; e que persistem traços/práticas 
patrimonialistas de administração nos dias atuais.
ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL
ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA
ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIALISTA
Ainda utilizada
Modelo predominante
Existência de traços/práticas
OUTROS MODELOS Existência de alguns fragmentos
2.2. oriGEm, concEito, contExto E caractErísticas
A administração gerencial tem sua origem relacionada com as mudanças ocorridas nas 
administrações públicas de alguns países a partir da década de 1970 (Estados Unidos, Ingla-
terra, Nova Zelândia e Austrália).
8 PALUDO, A. V. Administração pública. 5.ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2016.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
Esse movimento, iniciado na Europa, América do Norte e Oceania, chega também na América 
Latina e, segundo Norberto Bobbio9, em resposta à recessão acentuada pela qual alguns países 
atravessavam na década de 80, fazendo com que os formuladores de políticas públicas de alguns 
países iniciassem as críticas ao “Estado de serviços sociais”, ou seja, ao modelo burocrático.
A administração gerencial significa a introdução da cultura e das técnicas gerenciais mo-
dernas (regra geral, oriundas da iniciativa privada) na Administração Pública.
Segundo escreve Paludo (2016)10, o mundo mudou, a sociedade mudou e as pessoas mu-
daram, assim como a economia das nações apresentou grandes mudanças e tecnologias inu-
sitadas surgiram. A competitividade das nações, a eficiência na administração e a busca por 
resultados se tornaram palavras de ordem.
011. (CEBRASPE/AUDITOR FISCAL DA RECEITA DO DISTRITO FEDERAL/SEFAZ DF/2020) 
No que se refere à administração pública brasileira, julgue o item a seguir.
O modelo de administração pública gerencial respondeu à expansão das funções econômicas 
e sociais da sociedade com uma proposta de diminuição do tamanho do Estado.
De fato, à medida que a economia se tornava mais globalizada e as relações sociais mais 
complexas, houve uma demanda para que o Estado como um todo se tornasse menos inter-
vencionista e as estruturas governamentais em particular fossem mais eficientes na busca por 
resultados. Nesse contexto, surgiram as reformas administrativas em diversos países. Isso 
resultou na implantação do modelo de administração pública gerencial.
Certo.
012. (CEBRASPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/EBSERH/ADMINISTRAÇÃO/2018) A res-
peito da evolução da administração pública brasileira, julgue o próximo item.
A nova administração pública se baseia na aplicação do poder racional-legal à gestão pública, 
seguindo parâmetros weberianos.
O poder-racional legal está relacionado com a administração pública burocrática, e não com a 
nova administração pública, que tem o seu foco no modelo gerencial.
Mediante a lógica racional-legal, com regras rígidas para toda a administração pública, a buro-
cracia reduzia a discricionariedade dos gestores e demais agentes públicos.
Errado.
9 BOBBIO, N. Dicionário de política. Brasília: Universidade de Brasília. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São 
Paulo, 2000.
10 PALUDO, A. V. Administração pública. 5.ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2016.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
As características do modelo gerencial são apresentadas pela doutrina e pelo Plano Dire-
tor de Reforma do Aparelho do Estado - PDRAE11. Para facilitar nossos estudos, vamos fazer 
um “desmembramento” em tópicos, considerando o aprofundamento dado pelas bancas.
• Emerge na segunda metade do século XX, em resposta à expansão das funções econô-
micas/sociais do Estado, ao desenvolvimento tecnológico e à globalização da econo-
mia mundial.
• Inclui a necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços, tendo o 
cidadão como beneficiário. Assim, desloca a ênfase dos procedimentos (meios) para os 
resultados (fins), com orientação para o cidadão-cliente.
• É orientado, predominantemente, pelos valores da eficiência, qualidade e produtividade 
na prestação de serviços públicos.
• Transição do enfoque estrutural (modelo burocrático), com ênfase na organização for-
mal, nas regras e nas estruturas organizacionais, para o enfoque relacional, que prioriza 
aspectos da organização informal e elementos comportamentais.
• Não rompe definitivamente com a gestão burocrática, inclusive mantendo e flexibilizan-
do alguns dos seus princípios fundamentais, como a admissão segundo rígidos crité-
rios de mérito, a existência de um sistema estruturado e universal de remuneração, as 
carreiras, a avaliação constante de desempenho, a recompensa pelo desempenho, a ca-
pacitação permanente, o treinamento sistemático, profissionalização da administração 
pública, dentre outros.
• Contrapõe-se à ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional. En-
quanto a administração burocrática concentra o controle nos processos e procedimento 
(controle a priori), a administração gerencial enfatiza a forma de controle baseada nos 
resultados (controle a posteriori).
• A estratégia volta-se: (1) para a definição precisa dos objetivos que o administrador 
público deverá atingir em sua unidade; (2) para a garantia de autonomia do administra-
dor na gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros que lhe forem colocados 
à disposição para que possa atingir os objetivos contratados; e (3) para o controle ou 
cobrança a posteriori dos resultados.
• Pratica a competição administrada no interior do próprio Estado, quando há a possibili-
dade de estabelecer concorrência entre unidades internas12.
11 Instrumento (documento) básico que implementou o modelo gerencial na Administração Pública brasileira.
12 A competitividade no interior das estruturas organizacionais públicas se justifica como sendo a chave para 
menores custos e melhores padrões. Essa competição pode trazer ganhos de eficiência e efetividade ao sis-
tema, já que a disputa obriga a uma utilização mais racional dos recursos e porque a tendência é aumentar o 
leque de serviços à disposição dos cidadãos.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
• Advoga tecnologias administrativas como serviço ao consumidor, incentivos de merca-
do (marketization13) e desregulamentação.
• No plano da estrutura organizacional,privilegia a descentralização de funções e a re-
dução dos níveis hierárquicos. Exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de 
estruturas e o incentivo à criatividade e inovação, envolvendo, portanto, maior discricio-
nariedade para as autoridades administrativas.
• Adota a descentralização de atividades para entes federados ou para o setor públi-
co não-estatal e desconcentração, mediante ampliação da autonomia dos órgãos da 
administração pública. Também nesse sentido, é permeável à maior participação dos 
agentes privados e/ou das organizações da sociedade civil, com o estabelecimento de 
parcerias com a sociedade organizada para a gestão de serviços de interesse coletivo.
• Enfatiza a terceirização de atividades de apoio (atividades-meio). Visando a prestação 
de serviços de qualidade e os melhores resultados à sociedade, surge a técnica da ter-
ceirização, que proporciona à Administração maior foco em suas atividades finalísticas, 
transferindo a outros a execução de tarefas auxiliares ou de apoio na consecução do 
interesse público.
• Concede liberdade gerencial aos gestores públicos, aspecto essencial para que seja 
garantida a cobrança de resultados e para o estabelecimento de metas e condições de 
accountability.
• Exerce o controle gerencial sobre as unidades descentralizadas por meio da pactuação 
de resultados e de desempenhos, com condições e meios para atingi-los, mediante con-
trato de gestão e mecanismos que viabilizem o controle social, por meio de conselhos 
de usuários e mecanismos de consulta ao cidadão.
• Fundamenta-se nos princípios da confiança e da descentralização da decisão (empower-
ment e delegação), pressupondo que políticos e funcionários públicos sejam merecedo-
res de grau limitado de confiança.
• Preconiza a separação entre a formulação e a execução das políticas públicas.
• Destaca que o aparelho de Estado deve ser responsável pela formulação e regulação de 
políticas públicas, não necessariamente por sua execução.
• Utilização do planejamento estratégico integrado ao processo de gestão, com a perma-
nente fixação de objetivos e metas, em todos os níveis. A avaliação de desempenho 
individual e institucional é realizada com base em indicadores sistemáticos.
• Aplica novas políticas de pessoal, compreendendo especialmente:
−	 regras de promoção baseadas no desempenho;
−	 melhorias seletivas de remuneração; e
−	 ênfase no desenvolvimento de habilidades gerenciais e na motivação do pessoal.
13 A expressão “marketization” é o termo usual para referenciar a utilização de mecanismos de mercado dentro 
da esfera pública.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
013. (CEBRASPE/ANALISTA MINISTERIAL/MPE CE/ADMINISTRAÇÃO/2020) No que se 
refere à evolução do modelo de administração pública racional- legal para o paradigma pós- 
burocrático e ao Estado do bem-estar social, julgue o item a seguir.
No âmbito da administração pública gerencial, os controles a posteriori dos resultados devem 
ser extremamente severos.
Na administração gerencial, temos uma gestão mais flexível e é justamente por isso que os 
controles a posteriori dos resultados devem ser mais severos. Há maior autonomia e flexibili-
zação, porém, em contrapartida, há também um maior controle dos resultados.
Certo.
014. (CEBRASPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA/PGE PE/GESTÃO PÚ-
BLICA/2019) Julgue o item seguinte, referente a modelos de gestão pública: o patrimonialista, 
o burocrático e o gerencial.
Para obter melhorias no funcionamento do setor público, o modelo de gestão gerencial rom-
peu princípios burocráticos e alterou a estrutura de funcionamento desse setor.
A ideia de rompimento absoluto de princípios sempre será falsa! Os três modelos de ges-
tão pública se sucedem ao longo da história, sem que qualquer um deles seja totalmente 
abandonado.
Errado.
2.3. FasEs ou EstáGios do modElo GErEncial
A administração pública gerencial apresenta três fases ou estágios: gerencialismo puro 
ou managerialism, consumerism e Public Service Orientation/PSO). Vamos aos detalhes, en-
fatizando os ensinamentos de Fernando Luiz Abrucio14, no caderno n. 10 da Fundação Escola 
Nacional de Administração Pública (ENAP).
2.3.1. Gerencialismo Puro ou Managerialism
Gerencialismo puro ou managerialism é o estágio identificado com as propostas neolibe-
rais que, deflagrando as grandes privatizações, desponta como solução à crise fiscal do Es-
tado. A Inglaterra (Margareth Thatcher) e EUA (Ronald Reagan) foram os países com maiores 
observações e estudos de implementação. O caso inglês obteve maior êxito que o americano, 
já que o sistema político daquele foi mais favorável à aplicação.
14 ABRUCIO, F. L. O impacto do modelo gerencial na Administração Pública. Um breve estudo sobre a experiência internacio-
nal recente. Brasília: ENAP, 1997.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
O managerialism era voltado, precipuamente, ao aumento da eficiência pública, redução de 
custos, valorização dos recursos públicos (devolução da capacidade de investimento estatal), 
enxugamento de pessoal, agilização do atendimento à cidadania, aumento da produtividade, 
fixação de responsabilidades e objetivos organizacionais.
Assim, trata-se da redução dos custos e da eficiência a qualquer preço, ideia divorciada das 
necessidades dos usuários e valores democráticos.
Algumas de suas principais medidas envolveram a privatização em massa, o corte de pes-
soal a devolução de atividades à iniciativa privada, a descentralização, a desconcentração, a 
delegação de poder, a racionalização e o controle orçamentário.
Essa fase inicial baseava-se em três pilares:
1. Definição clara das responsabilidades de cada funcionário;
2. Definição clara dos objetivos organizacionais; e
3. Aumento da consciência a respeito do valor dos recursos.
Objetivos (fazer mais com menos - eficiência):
• Organizar governos que custassem menos;
• Preocupação com o contribuinte - reduzir gastos e desperdícios em uma era de escassez;
• Utilização maciça de técnicas e mecanismos do setor privado para melhorar a eficiência;
• Economia e eficiência governamental - engrenagens do modelo Weberiano;
• Produtividade como eixo central;
• Separação entre administração e política;
• Preocupação com valor do dinheiro (value money); e
• Visão da sociedade: contribuintes.
2.3.2. Consumerism
No consumerism, a tônica é o cidadão, considerado cliente-destinatário das ações esta-
tais, consumidor a ser satisfeito pela qualidade dos serviços públicos, que passam a ser con-
tratualizados e prestados por um poder público mais flexível, ágil, competitivo e diluído.
Para o consumerism, a perspectiva da qualidade no setor público possui estreita relação 
com o surgimento de atenções às preferências do cliente/consumidor (paradigma do consu-
midor) - princípio de que os serviços públicos devem estar mais direcionados às necessidades 
da sociedade diretamente afetada (considerado a ênfase do programa inglês denominado Ci-
tizen’s Charter).
Em termos gerais, listam-se sequências necessárias para se garantir a qualidade do servi-
ço público, na qual o conhecimento das necessidades dos consumidores figura como principal 
requisito.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
Conforme Christopher Pollitt15, apesar do avanço, quando comparado ao modelo gerencial 
puro, o consumerism possui diversas críticas, principalmente na relação entre o governo como 
prestador de serviços públicos e a sociedade. Essa relação é complexa, já que ela não obedece 
ao puro modelo de decisão de compra vigente no mercado. Isso porque, há determinados ser-
viços públicos cujo caráter é compulsório, isto é, não existe a possibilidade de escolha, como 
provam a utilização em determinados momentos dos hospitais e dos serviços policiais.
Assim, vários autores postulam que o conceito de “consumidor” deveria ser substituído 
pelo de “cidadão”.
Objetivos (fazer melhor - eficácia):
• Introdução do conceito de qualidade dos serviços;
• Flexibilidade de gestão;
• Foco no cliente/consumidor;
• Descentralização, como forma de conferir direito de escolha aos consumidores;
• Aumento da competição entre agências;
• Adoção de novas formas de contratação; e
• Visão da sociedade: clientes.
2.3.3. Public Service Orientation/PSO)
Public Service Orientation é o terceiro e último estágio, ainda em vigor, que tem início na 
década de 1990. Toda a reflexão realizada pelos teóricos do PSO leva aos temas do republica-
nismo e da democracia, utilizando-se de conceitos como tratamento isonômico, cidadania e 
bem comum, accountability, transparência, participação política, equidade e justiça e, principal-
mente, a descentralização, a partir da qual são formulados quase todos os conceitos do PSO.
Como principais benefícios mundiais da reforma gerencial, que teve resultados latinos re-
levantes no Brasil e Chile, tem-se a melhoria nos processos, eficácia, eficiência, maleabilidade 
do sistema (foi descentralizado), economia e diminuição do tamanho dos governos e a contra-
tualização dos serviços.
Objetivos (fazer o que deve ser feito - efetividade):
• Fusão de ideias de gestão dos setores públicos e privados;
• Redução do déficit institucional (“o que”, e não “como”);
• Foco nos cidadãos (conotação coletiva);
• Descentralização como forma de participação dos cidadãos;
• Ênfase no desenvolvimento da aprendizagem social; e
• Visão da sociedade: cidadãos.
15 POLLITT, C. Managerialism and the public services - the angloamerican experience. Oxford/Massachusetts: Basil Bla-
ckwell, 1990.
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Princípios, Gerencialismo, Governança e Governabilidade
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
015. (FCC/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE-CE/CONTROLE EXTERNO/AUDITO-
RIA GOVERNAMENTAL/2015) Ao longo das décadas de 1980 e 1990, três visões da Adminis-
tração pública, com razoável grau de intercâmbio entre elas, surgiram do debate sobre a apli-
cação da administração gerencial, também conhecida como managerialism, ao setor público: 
o Gerencialismo Puro, o Consumerism e a Public Service Orientation − PSO. Sobre o tema, é 
correto afirmar:
a) A Public Service Orientation − PSO introduziu a contratualização de resultados no setor pú-
blico, visando a estimular o controle e avaliação dos serviços públicos.
b) A introdução do Gerencialismo Puro na Administração pública teve como principais objeti-
vos reduzir os custos do setor público e assegurar a qualidade dos serviços prestados.
c) Os principais instrumentos gerenciais introduzidos pelo Consumerism para alcançar eficiên-
cia foram o controle orçamentário e a avaliação de desempenho organizacional.
d) O Consumerism introduziu o conceito de qualidade no serviço público, chamando a atenção 
para a efetividade dos serviços prestados.
e) O Gerencialismo Puro substituiu o conceito de consumidor pelo de cidadão e resgatou a 
participação como mecanismo de transparência.
O consumerism considera que o cliente-destinatário das ações estatais deve estar satisfeito 
pela qualidade dos serviços públicos, que passam a ser contratualizados e prestados por um 
poder público mais flexível, ágil, competitivo e diluído.
Ainda que a eficácia seja a palavra mais vinculada a esse estágio, não há como negar que ten-
do o cliente como foco, a satisfação da sua necessidade a contento (efetividade) não pode ser 
descartada.
Sobre a letra A, quem introduziu a contratualização de resultados no setor público, visando a 
estimular o controle e avaliação dos serviços públicos, foi o estágio consumerism.
Sobre a letra B, de fato, o estágio do gerencialismo puro buscava, essencialmente, a redução 
de custos. No entanto, a introdução do conceito de qualidade dos serviços era foco do estágio 
consumerism.
Sobre a letra C, a ênfase na eficiência é do primeiro estágio, ou seja, do estágio do gerencialis-
mo puro ou managerialism. Logo, o controle orçamentário é instrumento desenvolvido no es-
tágio managerialism. Já a avaliação de desempenho está ligada à fase de ênfase da qualidade 
dos serviços, ou seja, o estágio consumerism.
Sobre a letra E, a substituição do conceito de consumidor pelo de cidadão ocorre na transição 
do estágio consumerism para o PSO.
Letra d.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
2.4. a rEForma GErEncial no brasil E o Plano dirEtor da rEForma 
do aParElho do Estado/PdraE) - 199516
Com o início do governo Fernando Henrique Cardoso, em 1995, dá-se o pontapé inicial da 
reforma rumo ao modelo gerencial.
A ideia central era o setor público e o setor privado caminharem juntos na busca de solu-
ções para o atendimento das demandas sociais. O Estado manteria um núcleo central, mas 
transferirias ações para as organizações não governamentais e implementando um programa 
de privatizações.
Entende-se por aparelho do Estado a administração pública em sentido amplo, ou seja, a es-
trutura organizacional do Estado, em seus três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e três 
níveis/União, Estados-membros e Municípios). O aparelho do Estado é constituído pelo governo, 
isto é, pela cúpula dirigente nos Três Poderes, por um corpo de funcionários e pela força militar.
O Estado, por sua vez, é mais abrangente que o aparelho, porque compreende adicional-
mente o sistema constitucional-legal, que regula a população nos limites de um território. O 
Estado é a organização burocrática que tem o monopólio da violência legal, é o aparelho que 
tem o poder de legislar e tributar a população de um determinado território.
Esses conceitos permitem distinguir a reforma do Estado da reforma do aparelho do Es-
tado. A reforma do Estado é um projeto amplo que diz respeito às várias áreas do governo e, 
ainda, ao conjunto da sociedade brasileira, enquanto a reforma do aparelho do Estado tem um 
escopo mais restrito: está orientada para tornar a administração pública mais eficiente e mais 
voltada para a cidadania.
016. (CEBRASPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA/PGE PE/GESTÃO PÚ-
BLICA/2019) Julgue o item seguinte, referente a modelos de gestão pública: o patrimonialista, 
o burocrático e o gerencial.
O modelo gerencial, motivado pelabusca de meios capazes de enfrentar a crise fiscal do Esta-
do e torná-lo mais eficiente, surgiu no Brasil na segunda metade do século XX.
O modelo gerencial surge como resposta, de um lado, à expansão das funções econômicas e 
sociais do Estado, e, de outro, ao desenvolvimento tecnológico e à globalização, já que esses 
pontos levantaram problemas associados à adoção do modelo anterior (crise fiscal). A neces-
sidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços, tendo o cidadão como benefici-
ário, torna-se, então, essencial.
Certo.
16 Considerando a recorrência das bancas examinadoras aos textos do PDRAE, vamos reproduzir ou nos basear, nesse capí-
tulo, em alguns trechos do documento que orientou a reforma gerencial no Brasil.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
017. (FCC/ASSISTENTE DE GESTÃO PÚBLICA/PREF. RECIFE/2019) No processo de evo-
lução da Administração pública no Brasil, o movimento denominado “publicização” teve lugar
a) a partir do advento do Departamento Administrativo do Serviço Público-DASP, representan-
do a retomada pelo Estado de serviços e atividades precedentemente privatizados.
b) na reforma do aparelho do Estado, ocorrida em meados dos anos 1990, representando a 
transferência de serviços públicos não exclusivos, como os de saúde, a entidades sem fins 
lucrativos.
c) quando da implementação do modelo burocrático, representando forte intervenção do Es-
tado no domínio econômico, mediante a exploração direta de atividades de relevante interes-
se público.
d) no modelo de Administração patrimonialista, em que não havia separação entre o patrimô-
nio público e o dos governantes, com fortes práticas de clientelismo.
e) no modelo mais contemporâneo de Administração pública, pós-paradigma gerencial, re-
presentando a atuação conjugada entre os setores público e privado na forma de parcerias 
público-privadas.
De fato, ocorreu no governo FHC e faz parte do PDRAE. Um dos objetivos da reforma do apare-
lho do Estado foi a transferência dos serviços não exclusivos (universidades, hospitais, centros 
de pesquisas, museus, dentre outros) para o setor público não estatal, através de um programa 
de “publicização”, transformando as atuais fundações públicas em organizações sociais, ou 
seja, em entidades de direito privado, sem fins lucrativos, que tenham autorização específica 
do poder legislativo para celebrar contrato de gestão com o poder executivo e assim ter direito 
a dotação orçamentária.
Assim, podemos dizer que a publicização é um processo de transformar uma organização de 
direito privado em pública não estatal, onde a gestão dos serviços e atividades consideradas 
não exclusivas do Estados são gerenciadas por uma parcela da sociedade civil organizada (en-
tidades sem fins lucrativos), deixando o Estado não mais como executor, mas como regulador. 
Essas entidades recebem recursos do orçamento público, além de outras fontes possíveis.
a) Errada. O DASP, criado pelo Decreto-Lei n. 579, de 30 de julho de 1968, no governo Getúlio 
Vargas, representou a primeira reforma administrativa do Estado brasileiro (modelo burocráti-
co). A publicização aparece junto ao modelo gerencial.
c) Errada. A publicização surgiu no modelo gerencial, e não no burocrático.
d) Errada. A publicização surgiu no modelo gerencial, e não no patrimonialista.
e) Errada. Surgiu no modelo gerencial, e não no citado modelo “pós-paradigma gerencial”.
Letra b.
018. CEBRASPE/Analista Administrativo de Procuradoria/PGE PE/Gestão Pública/2019) Acer-
ca da evolução da administração pública no Brasil, julgue o item a seguir.
A reforma gerencial da administração pública iniciada em 1995 definiu que os sistemas de 
controle deveriam se concentrar em resultados.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
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De fato, na transição do modelo burocrático para o gerencial, há mudança de foco nos proces-
sos para o foco nos resultados.
Certo.
019. (CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/STJ/ADMINISTRATIVA/2018) Com referência à 
evolução do modelo racional-legal para o paradigma pós-burocrático, julgue o item a seguir.
Contrapondo-se à ideologia do formalismo e à recompensa pelo desempenho, característi-
cas da boa administração burocrática, o paradigma gerencial fundamenta-se nos princípios da 
confiança e da capacitação permanente.
O erro mais evidente no item é que o paradigma gerencial não se contrapõe à recompensa pelo 
desempenho. Essa característica é marcante no modelo gerencial. Quanto à contraposição à 
ideia de formalismo, ok! Assim, a ideologia do formalismo é característica da administração 
burocrática, mas a recompensa pelo desempenho, apesar de ter origem no modelo burocráti-
co, é mantida e aperfeiçoada no modelo gerencial.
Errado.
2.4.1. O Aparelho do Estado e as Formas de Propriedade
No aparelho do Estado é possível distinguir quatro setores:
• Núcleo estratégico. Corresponde ao governo, em sentido lato. É o setor que define as 
leis e as políticas públicas, e cobra o seu cumprimento. É, portanto, o setor onde as 
decisões estratégicas são tomadas. Corresponde aos Poderes Legislativo e Judiciário, 
ao Ministério Público e, no Poder Executivo, ao Presidente da República, aos ministros e 
aos seus auxiliares e assessores diretos, responsáveis pelo planejamento e formulação 
das políticas públicas.
• Atividades exclusivas. É o setor em que são prestados serviços que só o Estado pode 
realizar. São serviços em que se exerce o poder extroverso do Estado - o poder de re-
gulamentar, fiscalizar, fomentar. Como exemplos, temos a cobrança e fiscalização dos 
impostos, a polícia, a previdência social básica, o serviço de desemprego, a fiscalização 
do cumprimento de normas sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de serviços de 
saúde pelo Estado, o controle do meio ambiente, o subsídio à educação básica, o serviço 
de emissão de passaportes, etc.
• Serviços não exclusivos. Corresponde ao setor onde o Estado atua simultaneamente 
com outras organizações públicas não-estatais e privadas. As instituições desse setor 
não possuem o poder de Estado. Este, entretanto, está presente porque os serviços 
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
Adriel Sá
envolvem direitos humanos fundamentais, como os da educação e da saúde, ou por-
que possuem “economias externas” relevantes, na medida que produzem ganhos que 
não podem ser apropriados por esses serviços através do mercado. As economias 
produzidas imediatamente se espalham para o resto da sociedade, não podendo ser 
transformadas em lucros. São exemplos desse setor as universidades, os hospitais, 
os centros de pesquisa e os museus.
• Produção de bens e serviços para o mercado. Corresponde à área de atuação das em-
presas. É caracterizado pelas atividades econômicas voltadas para o lucro que ainda 
permanecem no aparelho do Estado como, por exemplo,

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