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1-Gramineas do genero brachiaria - Renata e Viviane

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA CATARINENSE – CAMPUS SANTA ROSA DO SUL
RENATA SARTOR DE SOUZA
VIVIANE DE SOUZA MENDES
GRAMÍNEAS DO GÊNERO BRACHIARIA
Santa Rosa do Sul (SC)
2015
 INTRODUÇÃO
	O sucesso da bovinocultura, em geral, depende de quatro pilares: genética, bem estar e conforto animal, ambiente e alimentação. No Sul do Brasil, os animais possuem boa genética, porém, o que falta ser melhorado são as pastagens, para dar suporte ao bom desenvolvimento animal e assim, expressar em produção. Para Crispim e Branco (2002), a escolha da gramínea forrageira para a formação de uma pastagem, deve ser bastante criteriosa, visando a maior produtividade de matéria seca e conteúdo de proteína bruta, com equilíbrio estacional e aceitabilidade pelos animais. 
	Conforme Miranda, Diniz e Andreoli (2008), antes de pensar no gado, na raça e na compra de animais, é necessário planejar bem a produção de volumoso dentro do qual o capim é fundamental. Capim é o alimento básico dos bovinos e é essencial para o funcionamento do rúmen. Por essa razão, é tão importante ter na propriedade, em especial leiteira, volumoso de boa qualidade nas diferentes épocas do ano. As gramíneas do gênero Brachiaria, tiveram um grande valor para a pecuária de corte brasileira, pois foi possível sua implantação em solos ácidos e de baixa fertilidade, que predominam na região dos Cerrados, e que até hoje, é a base das pastagens cultivadas (CORRÊA; SANTOS, 2003).
	Os capins do gênero Brachiaria, são comumente chamados de braquiária, tendo cerca de 90 espécies, com origem primária na África equatorial. No Brasil, seu inicio foi através dos navios negreiros, ao quais os escravos usavam o capim como colchão, tendo aí, sua dispersão. Começou a ser reconhecida como forrageira no Brasil em 1950 (CRISPIM; BRANCO, 2002). Ainda segundo os mesmo autores, as gramíneas do gênero Brachiaria são os capins mais utilizados como pastagem no Brasil, devido a sua ampla utilização em diferentes fases de cria, recria e engorda de animais, bem como sua boa adaptação em diversas condições de fertilidade do solo e clima. 
Gramíneas do gênero Brachiaria
	A primeira descrição botânica foi feita por Trinis em 1834, o qual classificou como uma subdivisão Panicum. Ainda no mesmo ano, Grisebach elevou a gênero, porém, até hoje existem muitas controvérsias quanto à classificação das Brachiarias, devido sua ampla e continua variação em características diferenciadoras utilizadas para delimitar espécies do gênero e mesmo entre gêneros afins como Urochloa, Eriochloa e Panicum (COELHO, 2014). Atualmente a Brachiaria é um gênero botânico pertencente à família Poaceae, subfamília Panicoideae, tribo Paniceae. 
As Brachiarias são nativas da África, e ao serem introduzidas no Brasil, acabaram se transformando em uma espécie invasora de diversos ecossistemas brasileiros, como o Cerrado principalmente. Como invasora, acaba impedindo o desenvolvimento das gramíneas nativas, pois acaba sufocando a mesma (INOVAR SEMENTES, 2015).
O gênero Brachiaria possui muitas espécies, em geral as mais utilizadas são: B. brizantha, B. decumbens, B. humidicola, B. ruziziensis, B. mutica, B. radicans, das quais cada uma possui suas cultivares e características peculiares. Neste trabalho, serão abordadas as brachiarias brizantha, decumbens e humidicola, as mais utilizadas no Brasil.
Brachiaria Brizantha - (Brachiaria brizantha)
	Conforme Gomide (2015), esta forrageira é a mais representativa, e tem como as principais cultivares: Marandu e Xaraés. As principais vantagens são: maior produção de matéria seca, resistente ao pisoteio, resistente à cigarrinha e seu plantio pode ser por sementes. Porém, apresenta as seguintes desvantagens: menor rusticidade, maior exigência em termos de manejo e fertilidade e menor cobertura do solo devido as touceiras. Esta forrageira adapta-se muito bem em locais com pluviosidade média anual de 750 mm, solos profundos, e em termos de tolerância: é boa a seca, baixa para geadas e baixa para alagamentos. Em relação à topografia, indica-se para terreno plano a levemente ondulado.
Brachiaria brizantha - cv. Marandu
Segundo Vilela (2009), a cultivar Marandu tem origem na África Tropical e do Sul, ciclo perene, tendo crescimento em forma de touceira semi ereta (Figura 1), com uma altura de 1,0 a 1,20m, pode produzir entre 10 a 17 t MS/ha/ano. Recomenda-se a implantação desta forrageira em locais com precipitação pluviométrica de 500 mm/ano, com tolerância média à seca, e é resistente à cigarrinha das pastagens. 
Por ter boa palatibilidade e digestibilidade, seu uso pode ser em forma de pastejo e para produção de feno. O modo de plantio é por sementes, a lanço, necessitando de 7 a 14 kg de sementes por hectare, com uma profundidade de semeadura de 2 cm. Tem boa tolerância a solos ácidos, porém, baixa tolerância a solos mal drenados. Sua utilização se dá aos 90 a 120 dias após o plantio, podendo ser consorciada com qualquer leguminosa. 
Figura 1- Brachiaria brizantha cv. Marandu
Fonte: 
Marangatu, 2015.
2.1.2 Brachiaria brizantha - cv. Xaraés
A cultivar Xaraés é uma Brachiaria brizantha coletada em Burundi, África, e liberada pela EMBRAPA em 2003, após alguns anos de avaliações. É uma planta cespitosa, de 1,5 m de altura, folha lanceolada e longa, com poucos pêlos, e de coloração verde-escuro (Figura 2), de ciclo perene (VILELA, 2009). Ainda segundo o mesmo autor, as principais vantagens são: alta produtividade (23 t MS/ha/ano); rápida rebrota e florescimento tardio o que prolonga o período de pastejo; bom valor nutritivo, bem como satisfatória digestibilidade e palatabilidade. Recomenda-se plantar em solos com alta fertilidade, na estação chuvosa. O plantio é feito através de sementes à lanço, com uma densidade de 8 a 14 kg/ha de sementes, em uma profundidade de 2 cm. Seu tempo de utilização é de 90 a 120 dias após o plantio.
Figura 2- Brachiaria brizantha cv. Xaraés
Fonte: 
Marangatu, 2015.
2.2 Brachiaria Decumbens - (Brachiaria decumbens)
A primeira introdução de B. decumbens no Brasil, ocorreu no IPEAN (Instituto de Pesquisas e Experimentação Agropecuária Norte), em 1952. No Mato Grosso, a espécie está se destacando pelo seu bom comportamento em solos de cerrado, apresentando boas produções de massa verde e tolerância à escassez de chuvas (LEUBET, 2015).
Conforme Gomide (2015) é a pastagem conhecida por capim-braquiária, gramínea perene de verão de hábito decumbente, apresentando como vantagens: rusticidade, plantio feito por sementes, resistente ao pisoteio e boa cobertura do solo. Como desvantagens apresentam os seguintes problemas: suscetível à cigarrinha, moderada produtividade e fotossensibilização causada por fungo Phitomyces chartarum (Figura 3). 
Figura 3- Fotossensibilização causada por fungo Phitomyces chartarum
Fonte: 
Marangatu, 2015.
Esta forrageira adapta-se muito bem em locais com pluviosidade média anual de 1250 mm, em solos argilosos ou arenosos e moderadamente rasos, e em termos de tolerância: é resistente a seca, baixa para geadas e razoável para alagamentos. Em relação à topografia, indica-se para terreno fortemente ondulado a montanhosos. A temperatura para crescimento ótimo fica em torno de 30 - 35°C. 
Apresenta grande quantidade de folhas, e alta capacidade de se alastrar, formando uma densa vegetação de 60 a 70 cm de altura. Adapta-se a ampla faixa climática (tropical e subtropical). O plantio pode ser feito através de mudas ou sementes. As mudas deverão ser plantadas durante os meses de novembro a fevereiro, em sulcos espaçados de 0,5 a 1,0 m dependendo da disponibilidade de mudas. Quando o plantio for por sementes deve-se ter cuidado de utilizar sementes que foram colhidas a pelo menos 6 meses, uma vez que possui um período de descanso ou seja dormência de aproximadamente 6 meses.
Suporta pastejo pesado proporcionando lotação para 2 a 3 UA por hectare, durante o verão. Os animais deverão entrar quando a pastagem estiver com 30 a 40 cm dealtura, e sair quando apresentar 10 a 15 cm, onde um período de descanso de 30 a 35 dias é muito importante para a recuperação da pastagem. O rendimento de massa verde por hectare atinge em média 50 a 60 toneladas (ALMEIDA, 2011).
2.2.1 Brachiaria decumbens cv. Basilisk
	Cultivar perene atinge de 60 cm a 1 metro de altura, grande quantidade de estolões (Figura 4), rizomatosa, folhas rígidas, linear-lanceoladas, com pilosidade espalhada (Figura 5), inflorescência é formada por 1-5 racemos, boa produção e germinação de sementes, rizomas na forma de pequenos nódulos, facilidade de estabelecimento (COELHO, 2001). Alta produtividade em solos ácidos de baixa fertilidade, ótima adaptação a solos de cerrado, alta disseminação através da ressemeadura natural, pois, tem elevada produção de sementes, seu estabelecimento pode ser por sementes ou mudas (1,5 a 1,8 kg SPV/ha). Susceptível à cigarrinha das pastagens, não tolera solos encharcados. Existem casos de fotossensibilização em animais jovens, pois é hospedeira do fungo que causa a mesma (COELHO, 2001). 
Figura 4- Brachiaria decumbens cv. Basilisk
Fonte: 
Marangatu, 2015.
Figura 5- Pilosidade
Fonte: Daninhas
, 2015.
2.3 Brachiaria Humidicola - (Brachiaria humidicola)
Conforme Gomide (2015), a Brachiaria humidicola é uma gramínea perene conhecida por capim-quicuio-do-amazonas ou capim agulha e apresenta vantagens como: plantio por sementes, resistência ao pisoteio, boa cobertura do solo e vegeta bem em solos ácidos e pobres. Suas desvantagens são: baixa produção de forragem, baixo valor nutritivo e há relatos de oxalatos (mobilização de cálcio dos ossos causando a “cara inchada” em equinos). Esta forrageira adapta-se muito bem em locais com pluviosidade média anual de 1000 mm, solos rasos, e em termos de tolerância: é boa a seca, baixa para geadas e boa para alagamentos. Em relação à topografia, indica-se para terreno ondulado a fortemente ondulado.
É uma planta de hábito estolonífero, ereta de cor verde clara (Figura 6), as nervuras das folhas não apresentam pilosidade, forma folhagem densa, dificultando o estabelecimento de invasoras e protege o solo contra erosão, sendo uma ótima cobertura, apresenta boa adaptação a solos ácidos e de baixa fertilidade, e é tolerante à cigarrinha das pastagens, suporta pastejo intensivo, tolera solo mal drenado, temperatura para crescimento ótimo – 32 - 35°C (CORRÊA; SANTOS, 2003).
A propagação pode ser por sementes ou mudas, para sementes usa-se cerca de 2 a 5,0 kg por hectare com 30 % de valor cultural, e por mudas utiliza-se um espaçamento de 50 a 60 cm de distância entre mudas. Produz em média 10 toneladas de massa seca por hectare/ano. A época de plantio vai de outubro a fevereiro (ALMEIDA, 2011). 
Figura 6- Brachiaria humidicola
Fonte: 
Marangatu, 2015.
Conclusões
 	Através deste trabalho foi possível verificar a importância das brachiarias na alimentação de bovinos principalmente na região centro-oeste devido a vasta área destinada a criação de gado de corte, numa região onde o clima é mais favorável para o desenvolvimento desta cultura.
Na região sul, onde o destaque da criação bovina está voltado para o gado leiteiro, as brachiarias não se destacam como nas demais regiões do País, pois o frio intenso com geadas recorrentes e uma alta precipitação anual acabam deixando em desvantagem o uso desta forrageira, sendo que, nesta região, outras forrageiras se adaptam melhor às condições locais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Saulo Reges Senna de. Pastagens para bovinos. Santa Rosa do Sul, 2011.
COELHO, Elson Martins. Gênero Urochloa (Syn. Brachiaria). 2014. Disponível em: <https://prezi.com/u6bylzjjpb1b/genero-urochloa-syn-brachiaria/>. Acesso em: 02 set. 2015.
COELHO, Mateus. Gramíneas Tropicais. [ S.l ]: Slideplayer, 2001. Color. Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/333805/>. Acesso em: 04 set. 2015.
CORRÊA, Luciano de Almeida; SANTOS, Patricia Menezes. Manejo e utilização de plantas forrageiras dos gêneros Panicum, Brachiaria e Cynodon. São Paulo: Embrapa Pecuária Sudeste, 2003. 36 p.
CRISPIM, Sandra Mara Araújo; BRANCO, Oslain Domingos. Aspectos Gerais das Braquiárias e suas Características na SubRegião da Nhecolândia, Pantanal, MS. Corumbá: Embrapa Pantanal, 2002. 25 p.
DANINHAS, Guia de Identificação de Plantas. Brachiaria decumbens Stapf cv basilisk - capim-braquiária, braquiária, australiana. Disponível em: <http://www.plantasdaninhasonline.com.br/decumbensbasilisk/pagina.htm>. Acesso em: 04 set. 2015.
INOVAR SEMENTES. Sementes: Brachiaria. 2015. Disponível em: <http://www.inovarsementesecereais.com.br/sementes-48.html>. Acesso em: 02 set. 2015.
LEUBET, Rafael Augusto. Estudo das Principais Gramíneas Forrageiras.  Chapecó: Slide, 2015. Color.
MARANGATU. Produtos. 2015. Disponível em: <http://www.marangatu.com.br/>. Acesso em: 06 set. 2015.
MIRANDA, João Eustáquio Cabral de; DINIZ, Fábio Homero; ANDREOLI, Ângelo Fernandes. Planejamento da atividade leiteira: sugestões para os produtores iniciantes. Juiz de Fora: Embrapa Gado de Leite, 2008. 12 p.
VILELA, Herbert. SÉRIE GRAMÍNEAS TROPICAIS - GÊNERO BRACHIARIA (Brachiaria brizantha cv Marandu – Capim). 2009. Disponível em: <http://www.agronomia.com.br/conteudo/artigos/artigos_gramineas_tropicais_brachiaria.htm>. Acesso em: 14 ago. 2015.
VILELA, Herbert. SÉRIE GRAMÍNEAS TROPICAIS - GÊNERO BRACHIARIA (Brachiaria brizantha cv Xaraés – Capim). 2009. Disponível em: <http://www.agronomia.com.br/conteudo/artigos/artigos_gramineas_tropicais_brachiaria_cv_xaraes.htm>. Acesso em: 14 ago. 2015.

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