a importância do projeto político pedagógico para a organização escolar

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SUMÁRIO
11 INTRODUÇÃO	�
.2 Compreendendo a estrutura e organização do projeto político pedagógico	�
12.1 construção do projeto político pedagógico	�
3 CONCLUSÃO	
14 REFERÊNCIAS	�
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo identificar e compreender a estrutura e organização do projeto político pedagógico, bem como a sua importância no desenvolvimento do trabalho da equipe escolar.
O projeto político-pedagógico (PPP) é um documento no qual estão registradas as ações e projetos que uma determinada comunidade escolar busca para seu ano letivo, sendo auxiliados de forma política e pedagógica por professores, coordenação escolar, alunos e familiares.
compreendendo a estrutura e organização do projeto político pedagógico
O Projeto Político Pedagógico é instrumento fundamental para a elaboração e concretização do trabalho pedagógico na escola. 
Para realizar um trabalho eficiente toda escola, necessita organizar-se. Essa organização é possível a partir do momento em que todos os membros formadores da escola (professores, gestores, orientadores, administradores, alunos, pais, mães, agentes de serviços gerais e comunidades) organizam suas metas.
Para que isso ocorra, é elaborado um projeto no qual estejam elencados todos os desejos que a comunidade escolar busca para aquele determinado ano letivo. Além dos projetos, ocorre a participação dos membros da comunidade escolar já citado, que auxiliam de forma política, através de suas ideias e ações.
Ocorre também um momento pedagógico em que são elencados os meios a serem utilizados para que as atividades pedagógicas que ocorrerão auxiliem no processo de ensino e aprendizagem.
Todo esse envolvimento e dedicação, culmina com um documento denominado PPP- Projeto Político Pedagógico. O que dá forma e vida ao PPP são os objetivos que se deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar.
 O projeto político-pedagógico vai além de um simples agrupamento de planos de ensino e de atividades diversas, as próprias palavras que compõem o nome do documento dizem muito sobre ele:
É projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo.
É político por considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir.
É pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem.
Ele é construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar relacionado com os interesses da maioria. No sentido pedagógico há a exposição da qualidade da escola que buscamos, qual o perfil do homem e sociedade que almejamos construir.
O projeto político pedagógico é um documento que está presente em todas as escolas, e mostra o perfil da instituição. É um documento que não deve ser simplesmente engavetado e esquecido, ao contrário deve ser conhecido e trabalhado por todos, pois nele estão inseridas a filosofia da escola, os objetivos, as metas e as ações a serem desenvolvidos por todos na busca da autonomia.
A lei que ampara este movimento é a Lei n°9.394/96, que no artigo 12 estabelece que respeitadas as normas comuns, os estabelecimentos de ensino estão incumbidos de elaborar e executar sua proposta pedagógica.
Dos princípios que norteiam o projeto político pedagógico estão a igualdade de condições para acesso e permanência na escola, qualidade, que não deve ser privilégio de poucos, mas sim direito de todos, gestão democrática que é analisar profundamente os problemas da escola buscando solucioná-los de forma conjunta, garantindo-lhe autonomia e anulando a intervenção de órgãos intermediários, liberdade que está associado a ideia de autonomia sendo necessário no desenvolvimento de um projeto democrático e valorização do magistério que implica em garantir aos docentes condições de trabalho(recursos didáticos, recursos físicos e materiais, dedicação integral à escola, redução do número de alunos na sala de aula etc.), remuneração, estes são elementos indispensáveis à profissionalização do magistério.
construção do projeto político pedagógico 
As relações de poder no interior da escola se manifestam por meio de práticas autoritárias e conservadoras dos diferentes profissionais, distribuídos hierarquicamente, bem como por meio das formas de controle existentes no interior da organização escolar. Percebemos então que a escola é um espaço social moldado por manifestações e práticas incoerentes, que a descaracteriza como instituição histórica e socialmente determinada, instância privilegiada da produção e da apropriação do saber. 
Ao analisarmos o histórico da instituição escolar, devemos compreender a organização do trabalho pedagógico, no sentido de modifica-la reduzindo os efeitos da divisão do trabalho, de sua fragmentação e do controle hierárquico. Nessa perspectiva, e partindo dos princípios de igualdade, qualidade, gestão democrática, liberdade e valorização do magistério a construção do projeto político-pedagógico é o ponto de partida contra a fragmentação do trabalho pedagógico e os métodos convencionais, anulando a dependência de órgãos intermediários e seus efeitos negativos.
Há alguns aspectos essenciais que devem ser pensados na elaboração de um projeto político pedagógico:
 A princípio, a escola deve ter autonomia em assumir o trabalho de refletir sobre sua intencionalidade educativa. Nesse sentido, ela procura alicerçar o conceito de autonomia podendo ser: constitucional, cultural, política e social. 
Em segundo lugar, relaciona-se com a sua estrutura organizacional: a pedagógica que se referem às interações políticas, às questões de ensino-aprendizagem e às curriculares, incluindo todos os setores fundamentais a funcionalidade do seu trabalho; e, a administrativa, que assegura a locação, a gestão de recursos humanos, físicos e financeiros, além do patrimônio escolar e de como esse se apresenta. Sua análise estrutural busca identificar quais elementos são valorizados e por quem, a fim de serem questionadas suas características, seus polos de poder e seus conflitos. Ao ser avaliada, questionam-se os pressupostos burocráticos que impedem a formação de cidadãos. 
Em terceiro, temos o currículo, que é um importante elemento constitutivo da organização escolar refere-se à organização do conhecimento, sendo uma construção social do saber. A análise e a compreensão do processo de produção do conhecimento escolar ampliam a compreensão sobre as questões curriculares.
Em quarto, o tempo escolar que é um dos elementos constitutivos da organização do trabalho pedagógico. Entre eles temos: o calendário e o horário escolar. A organização temporal do conhecimento é marcada pela segmentação do dia letivo. O currículo é estruturado em períodos fixos de tempo para cada disciplina. 
Em quinto, o processo de decisão, na organização formal o processo de ações e decisões são orientados por procedimentos formalizados prevalecendo os ideais do poder autoritário e centralizador.
Uma estrutura administrativa adequada no âmbito escolar deve prever mecanismos que estimulem a participação de todos no processo de decisão, de forma a realizar os objetivos educacionais de acordo com os interesses da população.
Em sexto, as relações de trabalho, quando se busca uma nova organização do trabalho pedagógico deve se considerar atitudes que permeiam entre solidariedade, reciprocidade e participação coletiva de modo a embasar a luta contra a divisão do trabalho, a fragmentação e o controle hierárquico. 
E, porúltimo, a avaliação do PPP que numa visão autocrítica, parte da necessidade de se conhecer a realidade escolar, busca explicar e compreender as causas da existência de problemas, bem como suas relações, suas mudanças e se esforça para propor alternativas coletivas. 
CONCLUSÃO
A escola como uma instituição histórica e socialmente determinada, instância privilegiada da produção e da apropriação do saber tem como objetivos principais a instrução e formação do cidadão. Porém, esses objetivos podem ser atingidos com melhor êxito quando aliados aos objetivos administrativos. Apesar do reforço legal, o processo de democratização da gestão escolar tem se desenvolvido lentamente, na grande maioria dos estabelecimentos de ensino ainda predomina uma administração de poder hierárquico e centralizado.
O Projeto Político-Pedagógico é uma ferramenta fundamental no processo de gestão democrática, sendo guia na formação da identidade escolar. Por isso, não basta que ele simplesmente exista e seja arquivado, é necessário que seja utilizado como o eixo central da organização do trabalho na escola, devendo interligar os aspectos administrativos (plano de ação do diretor/escola e regimento escolar) aos aspectos pedagógicos (currículo, métodos, avaliação, formação continuada) e ao objetivo da escola, garantindo a unidade teórica e metodológica no trabalho didático e pedagógico, a fim de que a escola cumpra o seu papel que é a socialização do conhecimento.
REFERÊNCIAS
VEIGA, Ilma passos de Alencastro. Projeto Político pedagógico da escola: Uma construção coletiva. Disponível em:<http://www.ifsertao-pe.edu.br/salgueiro/images/PPP/texto_sobre_ppp_da_escola_uma%20construcao_%20coletiva_ilma%20veiga.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2016.
VAGULA, Edilaine, et al. Didática. Londrina: Editora e Distribuidora, Educacional S/A, 2014. 
LDB- Lei de Diretrizes e Bases da Educação número 9.394-96. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 14 jan.2016.
LOPES, Noemia. O que é o projeto político pedagógico. Disponível em: <gestaoescolar.abril.com.br/aprendizagem/projeto-politico-pedagogico-ppp-pratica-610995.shtml>. Acesso em: 20 jan. 2016.
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glaucibele pereira lima novaes
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2016
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Trabalho de Geografia apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de: Organização do trabalho pedagógico; Filosofia da educação e pensamento pedagógico; Psicologia da educação e da aprendizagem; Seminário da prática II.
Orientador: Professores Marlizete Cristina Bonafini Steinle, José Adir Lins Machado, Vilze Vidoti Costa, Mari Clair Moro Nascimento, Regina Célia Adamuz, Taíse Ferreira da Conceição Nishikawa, Reinaldo Benedito Nishikawa.
Jundiaí
2016