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EMBRIOLOGIA - Aula 1

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Universidade Federal de Sergipe 
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde 
Departamento de Morfologia 
 
Histologia e Embriologia Especial 
 
Módulo: Embriologia 
 
Profa. Shirlei Octacílio da Silva 
GAMETOGÊNESE 
GAMETOGÊNESE 
Formação e desenvolvimento de 
células germinativas especializadas 
OS GAMETAS 
Espermatozóide  
célula livre, formada 
por cabeça e cauda. 
Cabeça  núcleo e 
acrossoma  enzimas 
importantes para a 
fertilização 
Processo de 
transformação de uma 
espermatogônia em 
um espermatozóide 
maduro 
ESPERMATOGÊNESE 
Número de 
cromossomos 
reduzido pela metade 
ESPERMATOGÊNESE 
Inicia-se na puberdade  espermatogônias, que ficam quiescentes nos 
túbulos seminíferos, proliferam e sofrem modificações  
espermatócitos primários. 
ESPERMATOGÊNESE 
7 
Inicia-se na puberdade  espermatogônias, que ficam quiescentes nos 
túbulos seminíferos, proliferam e sofrem modificações  
espermatócitos primários. 
1ª divisão meiótica  espermatócitos secundários  2ª divisão 
meiótica  espermátides. 
ESPERMATOGÊNESE 
Processo final de maturação do espermatozóide  
espermiogênese 
 espermátide espermatozóide 
 
8 
• Espermatozóides maduros  
luz dos túbulos seminíferos. 
 
• Células de Sertoli revestem 
túbulos seminíferos  
suporte e nutrição. 
 
• Espermatozóides são 
transportados ao epidídimo  
estocagem e maturação funcional. 
Ovogônias crescem, formando ovócitos 
primários antes do nascimento 
Ovócitos primários são circundados por células 
epiteliais, formando o folículo primordial 
Ovócito cresce, formando o folículo primário 
Processo de 
transformação de uma 
ovogônia em um 
ovócito maduro 
OVOGÊNESE 
A 1ª divisão meiótica ocorre antes do 
nascimento, mas a prófase não se 
completa até a adolescência 
Na puberdade, 1 folículo amadurece por 
mês  ovulação 
Maturação do folículo  ovócito primário 
completa 1ª divisão meiótica  divisão 
desigual de citoplasma  ovócito secundário 
recebe quase todo o citoplasma e o primeiro 
corpo polar recebe pouco 
Ovulação  núcleo do ovócito 2ário progride 
na meiose, mas se interrompe na metáfase 
 se o espermatozóide penetra no ovócito, 
a 2ª divisão é completada 
Camada glicoprotéica 
acelular e amorfa 
Segmento do ovário em diferentes estágios do desenvolvimento 
Diferentes graus de maturação do ovócito 
Folículo 
primordial 
Folículo 
primário 
Folículos secundários 
Folículo em 
crescimento 
ESTRUTURAS UTERINAS 
Útero 
 
Órgão muscular 
Formato de pera 
Comprimento: 7-8 cm 
Largura: 5-7 cm 
Espessura: 3 cm 
Formado de 2 partes: 
Corpo: 2/3 superiores 
Colo: 1/3 inferior cilíndrico 
Parede do útero: 
Perimétrio  fina/ externa 
Miométrio  espessa/ músc. liso 
Endométrio  fina/ interna 
 
 
 na fase lútea: 
Camada compacta  
tecido conjuntivo em 
torno das glândulas 
uterinas 
 
Camada esponjosa  
tec. conjuntivo com 
porções das glândulas 
 
 
Camada basal  fundo 
cego das glândulas 
Tubas uterinas 
10-12 cm 
Laterais aos cornos 
Conduzem ovócitos 
e espermatozóides até a ampola  sítio de 
fertilização 
e zigotos em clivagem para a cavidade uterina 
 
Ovários 
Glândulas reprodutivas 
Formato: amêndoa 
Produzem: estrógeno e progesterona 
Produzem e mantêm ovócitos 
CICLO MENSTRUAL 
CICLO MENSTRUAL: 
 
 
 Hipotálamo 
 Hipófise 
 Ovários 
 Útero 
 Tubas uterinas 
 Vagina 
 Glândulas mamárias 
 
 
 
Ciclos mensais, preparam a mulher para a 
gravidez 
Envolvidos no ciclo 
Desenvolvimento 
dos folículos 
ovarianos 
Ovulação 
A Fase folicular 
B Fase luteal 
 
C Folículo primário 
D Folículo secund ário 
E Folículo terciário 
F Folículo de Graaf 
 
E2 Estrógeno 
Pr Progesterona 
LH Hormônio luteinizante 
FSH Hormônio folículo-estimulante 
http://www.embryology.ch 
Fase 
menstrual 
Fase prolifetativa Fase lútea 
1 5 14 27 28 
Fase 
isquêmica 
Fase 
menstrual 
5 
OVULAÇÃO 
Teca interna: 
vascularizada 
glandular 
Teca externa: 
tecido conjuntivo 
semelhante a 
cápsula 
Folículo primário Folículo secundário 
Teca folicular 
* Crescimento 
folicular inicial 
depende de FSH 
e final, de LH 
Folículo 
primordial 
Ovulação 
 
Antes da metade do ciclo: 
Altos níveis de estrogênio 
 
Onda de LH: 
Induz término da 1ª divisão meiótica do ovócito 
Dispara ovulação 
 
14 dias do ciclo 
Folículo ovariano sofre grande crescimento 
Saliência na superfície do ovário 
Estigma avascular surge na saliência 
Ovócito 2ário se solta do folículo 
Estigma se rompe, expelindo ovócito com fluido 
folicular 
O ovócito 2ário é expelido com a zona pelúcida e 
1 ou mais camadas de células foliculares 
 
Corona radiata 
 
Fertilização 
Não Fertilização 
Corpo lúteo aumenta  corpo lúteo 
gravídico  aumenta produção hormonal  
degeneração impedida pela gonadotrofina 
coriônica humana secretada pelo 
blastocisto 
Corpo lúteo permanece ativo durante 20 
semanas  placenta assume a produção 
de estrógeno e progesterona 
* Ciclos ovarianos persistem 
até pararem na menopausa 
Corpo lúteo involui e degenera 10-12 
dias após a ovulação  corpo lúteo da 
menstruação  transforma-se em 
cicatriz branca corpo albicans 
OU 
Fertilização 
Não Fertilização 
Alterações pós-ovulatórias nos ovários 
Fase luteal 
sem fertilização 
 
diminuição gradual da 
produção hormonal 
pelo corpo lúteo 
baixas conc. de 
estrógeno e 
progesterona induzem 
liberação de GnRH 
 
 
 
efeito: 
induz novo ciclo 
ovariano 
 
Fase luteal 
com fertilização 
 
após implantação, 
síntese de 
progesterona no corpo 
lúteo mantido por 
gonadotrofina coriônica 
produzido pelo 
embrião (similaridade 
molecular com LH, 
mesmo receptor) 
 
efeito: 
bloqueia novo ciclo 
estral 
Alterações pós-ovulatórias nos hormônios 
Após ovulação  corpo lúteo sintetiza principalmente 
progesterona e pequena quantidade de estrógeno 
FERTILIZAÇÃO 
Fertilização: 
Na ampola da tuba uterina 
Fases da 
fertilização: 
 
1. Capacitação  
condicionamento dentro 
do trato reprodutor 
feminino 
2. Reação acrossômica  
perfurações no 
acrossoma 
3. Entrada na zona 
pelúcida  liberação de 
enzimas 
4. Entrada do conteúdo 
do espermatozóide no 
ovócito 
1. Capacitação 
 Espermatozóides necessitam passar por um processo de 
capacitação para que possam fertilizar o óvulo. 
 A capacitação ocorre no trato reprodutivo feminino, por 
fatores secretados. 
 A capacitação envolve: 
- remoção de colesterol da membrana do espermatozóide por 
ligação com proteínas albumínicas no útero  aumento de pH 
intracelular e abertura de canais de cálcio  ativação de 
cascata de transdução de sinal intracelular. 
- perda de carboidratos específicos da superfície do 
espermatozóide  desbloqueio de sítios de ligação com 
proteínas da zona pelúcida. 
fertilina 
fertilina 
2. Reação acrossômica 
Passagem do espermatozóide através da corona radiata: 
Dispersão células foliculares da corona radiata  rompimento do 
acrossoma  enzima hialuronidase; enzimas da mucosa tubária e 
movimentos da cauda do espermatozóide também são importantes 
 polimerização de actina  exposição de fertilinas da 
membrana interna do acrossoma (reconhecimento espécie-
específico com o óvulo) 
3. Entrada na zona pelúcida 
local de entrada do 
espermatozóide 
Onda de cálcio na fecundaçãoLise da zona pelúcida pelas enzimas  esterases, acrosina e 
neuraminidase. Espermatozóide penetra a zona pelúcida  reação 
zonal  impermeabilidade a outros espermatozóides. 
Reação zonal ou cortical: contato do primeiro espermatozóide com 
ovócito  influxo de cálcio  exocitose dos grânulos corticais  
liberação de N-acetil glicosaminidase  clivagem de proteínas de 
membrana do ovócito  não há mais ligação de espermatozóides 
3. Entrada na zona pelúcida 
Término da 2ª divisão meiótica e 
formação do pronúcleo feminino: 
Entrada do espermatozóide  
término da meiose  ovócito 
maduro e segundo corpo polar; 
cromossomos maternos se 
descondensam  núcleo do ovócito 
torna-se pronúcleo feminino. 
 
 Formação do pronúcleo masculino: 
Dentro do ovócito, o núcleo do 
espermatozóide aumenta  
pronúcleo masculino. 
 
Ovócito contendo dois pronúcleos 
haplóides  oótide. 
 
Formação do zigoto após fusão dos 
pronúcleos: 
Cromossomos no zigoto arranjam-
se em fuso de clivagem. 
4. Entrada do conteúdo do espermatozóide no ovócito 
espermatozóide células 
foliculares 
espermatozóide se 
liga a receptores 
do ovócito 
reação acrossômica 
(desde a chegada 
nas células 
foliculares) 
ligação das 
membranas do 
espermatozóide e do 
ovócito 
despolarização da 
membrana do ovócito 
pela liberação de 
cálcio 
reação cortical 
altera proteínas da 
membrana do ovócito 
ovócito termina 
meiose 
2º corpo 
polar 
expelido 
núcleos do 
ovócito e do 
espermatozóide 
se fundem 
centríolos se 
replicam e formam 
novo fuso 
cromossomos do ovócito e do 
espermatozóide se duplicam e 
entram na metáfase 
Resumo dos Processos de Fertilização 
Espermatogênese Ovogênese 
Número de gametas 
Princípio: produção contínua. Embora 
as espermatogônias estejam sendo 
constantemente produzidas da 
puberdade até idades avançadas, 
existem flutuações em termos de 
qualidade de quantidade. 
Princípio: uso dos ovócitos produzidos 
antes do nascimento. Diminuição 
contínua dos ovócitos, começando no 
período fetal. Quando o suprimento 
acaba, chega a menopausa. 
 
Produto da meiose 
Quatro espermatozóides funcionais, 
pequenos (cabeça com 4 mm) e móveis 
no final da meiose. 
Um ovócito grande (diâmetro de 120 
mm) e imóvel. Dois pequenos corpos 
polares também são produzidos ao 
final da meiose. 
Período fetal 
Sem divisões meióticas Entrada na meiose (parada na prófase 
da meiose I) 
 
Não há produção de células 
germinativas 
 
Produção de todo o suprimento de 
células germinativas. 
Considerações finais da fertilização: 
 
 O zigoto é geneticamente único recebe metade dos cromossomos 
do pai e metade da mãe, formando uma nova combinação de 
cromossomos, diferente dos pais. 
 
 A meiose permite constância do número de cromossomos e o 
arranjo aleatório dos cromossomos maternos e paternos. 
 
 O processo de “crossing-over” permite a relocalização dos genes, 
formando uma nova combinação de genes dentro de cada cromossomo 
(recombinação genética). 
 
 O sexo do embrião é determinado pelo tipo de espermatozóide  
X ou Y. 
Estes mecanismos formam a base da herança biparental 
e da variação da espécie humana!

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