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Farmacologia: ATEROSCLEROSE E METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS

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LUIZ FERNANDO DE OLIVEIRA SIMPLICIO 
 
RESUMO DE FARMACOLOGIA – CAP.16: ATEROSCLEROSE E METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS 
Lipoproteínas e outros fatores de risco associados à aterosclerose 
 As lipoproteínas transportam os lipídios e o colesterol (C) através da corrente sanguínea e concentrações excessivas 
de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) aumentam o risco da cardiopatia isquêmica. A etiologia da cardiopatia 
isquêmica se deve as placas de ateroma nas artérias coronarianas, que ao sofrerem ruptura, isto é, uma lesão, expõe 
a substâncias endoteliais que irão atuar como foco de trombose, dando origem ao infarto agudo do miocárdio. 
 Além disso, outra doença relacionada as lipoproteínas é a aterosclerose, uma doença focal da intima das artérias de 
grande e médio calibres. A patogenia dessa doença é progressiva, evoluindo no decorrer de várias décadas, sendo as 
lesões silenciosas clinicamente. Entre os fatores de risco modificáveis temos o tabagismo, hipertensão, obesidade, 
sedentarismo, LDL elevados, deficiências de estrógenos pós menopausa; por outro lado, os fatores não modificáveis 
temos, história familiar. 
Relação entre Aterosclerose/trombose e concentração plasmática de LDL-Colesterol 
 A aterogenese esta envolvida com uma lesão endotelial que favorece a fixação dos monócitos, sendo esse processo 
muito mais acentuado com a hipercolesterolemia, sendo as lesões desse processo, predispostos em vasos como a 
aorta. 
 No momento que ocorre fixação da LDL ao endotélio, ocorre oxidação dessas lipoproteína, com subsequente captura 
pelos macrófagos. Estes, então, migram para a região subendotelial, onde irão originar estrias gordurosas que 
anunciam a aterosclerose. Ademais, citocinas e fatores de crescimento são liberados pelos macrófagos e plaquetas, 
iniciando uma resposta fibroproliferativa, formando uma densa capa fibrosa de tecido conjuntivo que recobre um cerne 
de detritos lipídicos e necróticos. Se não só isso, os aspectos da placa que a tornam frágeis a ruptura, estão envolvidas 
a celularidade de macrófagos, já a musculatura lisa e as proteínas da matriz, estabilizam. 
Transporte das lipoproteínas no sangue 
 As lipoproteínas consiste em uma região central hidrofóbica e uma região periférica hidrofílica, sendo, 
classificadas em quatro classes principais e essas classes, desempenhando funções especificas de transportes de 
lipídios. 
 Lipoproteína de alta densidade (HDL) 
 Lipoproteína de baixa densidade (LDL) 
 Lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL) 
 Quilomícrons 
Essas lipoproteínas atuam em 2 vias. Na, via exógena, o colesterol e o triglicerídios (TS) derivados do trato 
gastro intestinal (TGI) são transportados na linfa e, a seguir, no plasma sobre a forma de quílomicrons. Essa 
LUIZ FERNANDO DE OLIVEIRA SIMPLICIO 
 
lipoproteína transporta os TS e o 
C do TGI para os tecidos, onde 
serão clivados pela liproteína com 
captação de ácidos graxos e os 
remanescentes do quílomicrons 
serão captados pelo fígado, onde 
o C será armazenado, oxidado ou 
liberado pelas VLDL. 
Na via endógena, o C e os TS 
serão transportados a partir do 
fígado sob a forma de VLDL até a 
musculatura e tecido adiposo, 
onde os TS serão hidrolisados e 
os ácidos graxos adentrarão os 
tecidos. 
 
Drogas que reduzem os Lipídios 
1. ESTATINAS: Inibidores da HMG-CoA REDUTASE 
Mecanismo de ação: atuam como inibidores competitivos e reversíveis da HMG-CoA, e por sua vez, 
reduzem a velocidade de síntese de colesterol. Isso impacta no aumento da síntese dos receptores LDL e 
sua maior depuração, como também, na redução das concentrações plasmáticas. 
Indicações terapêuticas: Prevenção secundária de infarto do miocárdio e de AVC em pacientes com 
doença aterosclerótica sintomática; hipercolesterolemia; cardiopatia coronariana. 
Efeitos adversos: distúrbios do TGI, insônia, erupções cutâneas, miosite grave (raro), hepatite e 
angioedema. 
Farmacocinética: são administrados via oral à noite, ao deitar. 
Exemplo de drogas: Sinvastatina, pravastatina 
2. RESINAS DE LIGAÇÃO DE ÁCIDOS BILIARES/ FÁRMACOS QUE INIBEM A ABSORÇÃO DE COLESTEROL 
Mecanismos de ação: causam a redução da absorção do colesterol exógeno e no aumento do 
metabolismo do colesterol endógeno em ácidos biliares no fígado; 
LUIZ FERNANDO DE OLIVEIRA SIMPLICIO 
 
Indicação terapêutica: usados em casos que a estatina 
não pode ser administrada, como também, em associação a 
estatina em respostas inadequadas. 
Efeitos adversos: distúrbios no paladar, sintomas do TGI 
(náuseas, distensão abdominal, constipação, diarreia), má 
absorção de vitaminas, aumento sérico de TS. 
Exemplo de drogas: Colestiramina e Colestipol. 
3. FIBRATOS 
Mecanismo de ação: são agonistas dos receptores nucleares 
PPARα4, causando aumento da transcrição dos genes de 
lipoproteínas lipase, apo 1, apoA5. Além disso, inibem o 
NFKB, como também, reduzem a proteína C reativa e 
aumentam a captação do LDL. 
Indicação terapêutica: dislipidemias mista, baixo nível de 
lipoproteína de alta densidade e alto risco de doença ateromatosa e dislipidemia grave resistente a tratamento. 
Efeitos adversos: sintomas de TGI leves, miosite rara. 
OBS: NÃO DEVE SER ADMINISTRADO A ETILISTAS (RISCO DE RABDOMIÓLISE) E NÃO DEVE SER 
COMBINADO COM A CLASSE DAS ESTATINAS. 
EXEMPLOES: bezafibrato,ciprofibrato,genfíbrozila,fenofibrato 
Farmacocinética: administrados durante a noite, ou em doses fracionadas ao longo do dia. 
 Outros agentes redutores de Lipídios: Ácido nicotínico 
 - Ácido nicotínico 
 Mecanismo de ação: Inibe a produção hepática de TS e a secreção de VLDL, gerando, a redução moderada 
das LDL’s e no aumento do HDL’s. 
 Efeito adverso: rubor (produção de prostaglandinas D2), palpitação, distúrbios do TGI. Altas doses causam 
distúrbio hepático, comprometendo a tolerância à glicose. 
REFERÊNCIAS: 
RANG, H. P.; DALE, M. M. Rang & Dale farmacologia. 7.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 778 p. 
RANG, H. P.; DALE, M. M. Rang & Dale farmacologia. 4.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001. 703 p.

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