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Produto de carne bovina “tipo hambúrguer” acrescido de biomassa de banana verde Beef “hamburger type” product with greenbanana biomass Autores Nome completo: Maria Eliza Cianciulli E-mail: mariaelizacianciulli@yahoo.com.br Telefone: +55 (11) 9-5331-8638 Endereço: R: Alcina da Silva Braga, 60 Jd. Anchieta, Mauá - SP CEP: 09360-680 Afiliação: Anhanguera Educacional Referência Curricular: Bióloga e Farmacêutica especializada em Análises Clínicas Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2102201086604071 Nome completo: Leonardo José Alves E-mail: leonjalves@hotmail.com Telefone: +55 (11) 9-7417-0877 Endereço: R: Felipo Cattaruzzi, 41 Jd. Las Vegas, Santo André - SP CEP: 09182-450 Afiliação: Anhanguera Educacional ou Kroton... sei lá. Referência Curricular: Farmacêutico e técnico e Analises clínicas Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0066460066928285 Nome completo: Marta Odete Santos da Silva E-mail: Marta_odete@yahoo.com.br Telefone: +55 (11) Endereço: R: Felipo Cattaruzzi, 41 Jd. Las Vegas, Santo André - SP CEP: 09182-450 Afiliação: Anhanguera Educacional Referência Curricular: Química e Farmacêutica Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9079618774258973 Produto de carne bovina “tipo hambúrguer” acrescido de biomassa de banana verde Resumo Visando encontrar no mercado produtos alimentícios mais saudáveis, com maiores valores nutritivos, buscamos inovar nos alimentos características funcionais que apresentem ações benéficas para o corpo. A fibra alimentar é considerada um importante constituinte nos alimentos funcionais ajudando a melhorar as atividades vitais e o bom desempenho do trato gastrointestinal. A biomassa da banana verde é considerada um alimento funcional por possuir amido com efeitos no organismo comparáveis aos efeitos da fibra alimentar. Ultimamente os hábitos alimentares da população tem dado preferência a refeições fora de casa, prontas para o consumo, práticas que sejam rápidas e baratas, como os hambúrgueres. O presente trabalho visa o desenvolvimento de um produto tipo hambúrguer, visto que é um produto que se encaixa nos hábitos alimentares da população, fonte de fibra alimentar e com baixo teor de sódio e lipídeos, obtendo vantagens sobre o produto convencional. Os resultados mostraram boa aceitação e evidenciou que a adição da biomassa melhorou as propriedades do produto. Palavras chave: Fibra, Hambúrguer, Biomassa, Banana Verde. Beef “hamburger type” product with greenbanana biomass Abstract Aiming to find healthier food with higher nutritional values on the market, we want toimprove the functional features of food to have beneficial actions for the body. Dietaryfiber is considered an important constituent in functional foods that helps to improvevital activities and gastrointestinal tract performance. Green banana biomass isconsidered a functional food because its starch has effects in the body almost like thedietary fiber. Lately with the change of eating habits, people are tending to eating fast,practical and cheap foods such as burgers. This study aims to develop a hamburger typeproduct, since it is a product that fits the dietary habits of the population, is source ofdietary fiber and is low in sodium and lipids, obtaining advantages over theconventional product. The results showed good acceptance and with the addition ofgreen banana biomass improved the properties of the product. Keywords: Fiber, Burger, Biomass, Green Banana Introdução A relação entre alimentação e saúde tem ganhado considerável espaço no mercado, gerando um aumento na busca por inovações e, consequentemente, novos produtos. Pesquisas têm sido realizadas visando a identificação de novos compostos bioativos assim como o estabelecimento de bases cientificas para a comprovação das alegações de propriedades funcionais dos alimentos (ALENCAR et al, 2014). Os alimentos com características funcionais devem apresentar propriedades benéficas, como: a capacidade antioxidante, a acidificação do pH intestinal, a interação na redução de citosinas inflamatórias, entre outros, além das características nutricionais básicas (ALENCAR et al, 2014). A banana verde é considerada um alimento funcional por possuir amido resistente (ALENCAR et al, 2014). O amido resistente pode ser fisiologicamente definido como a soma do amido e produtos de sua degradação não digeridos/absorvidos no intestino delgado de indivíduos saudáveis, podendo, entretanto, ser fermentado no intestino grosso, produzindo gases e ácidos graxos de cadeia curta. Esses efeitos são comparáveis aos da fibra alimentar e, por este motivo, normalmente é considerável como fibra alimentar ( RAMOS et al, 2009). Da mesma forma que as fibras, o amido resistente contribui para queda dos índices glicêmicos dos alimentos, proporcionando uma menor resposta glicêmica, e consequentemente uma menor resposta insulínica, auxiliando no monitoramento de diabetes do tipo 2 (RANIER; DELANI, 2014). Além disto, altos teores de fibras insolúveis podem promover uma maior sensação de saciedade, além de diminuir problemas de constipação e consequentemente de câncer colo retal (ALFREDO et al, 2009). Os efeitos fisiológicos benéficos provenientes do consumo adequado de fibra alimentar destacados pela comunidade científica são a redução dos níveis sanguíneos de colesterol total e/ou LDL-colesterol ; atenuação de glicemia/insulinemia pós-prandial; aumento da massa fecal e efeito laxativo; tempo de trânsito reduzido; elevada fermentação colônica/produção de ácidos graxos de cadeia curta. Estes efeitos tem reconhecimento de 95% dos especialistas que participaram de uma Convenção realizada pelo Codex Alimentarius em 2010, para entrar num consenso sobre a definição do termo de fibra alimentar e seus respectivos efeitos fisiológicos, outros efeitos também foram citados nesta Convenção como: pressão arterial reduzida; modulação positiva da microbiota colônica; perda de peso/redução de adiposidade; saciedade elevada (MENEZES et al, 2013; JONES, 2014; HOWLETT et al, 2010). Em função do exposto, CARBONELL et al (2005) descreveram que fibra alimentar não é só desejável como propriedade nutricional, mas também como propriedade funcional e tecnológica. A fibra melhora o rendimento ao cozimento, reduz custo de formulação e aumenta a textura limite do alimento. A banana quando cozida verde, perde tanino, responsável pela adstringência e a polpa permite a produção de vários alimentos. Sua utilização em alimentos é de extensão considerável, pois não altera sabor, aumenta a quantidade de fibras, proteínas e nutrientes, além de aumentar significativamente o rendimento dos produtos (IZIDORO et al, 2008). Nos últimos anos, os hábitos alimentares da população sofreram alterações motivadas especialmente pelos processos de urbanização, industrialização, profissionalização das mulheres e diminuição do tempo disponível para a preparação de alimentos e/ou para o seu consumo. Esse contexto tem favorecido substancialmente o consumo de produtos industrializados ou preparados fora do domicílio (LIMA & OLIVEIRA, 2005). Segundo POF (2011), consumo médio de fibras pelos brasileiros é de 21,8g/dia, este valor não atinge o recomendado pelo Ministério da Saúde que é 25g/dia (RDC 360 /2003). A necessidade de se buscar refeições fora de casa, prontas para o consumo, produzidas em grande escala e que fossem rápidas e baratas como os hambúrgueres de carne bovina, por exemplo, tornou-se uma opção crescente entre a população, sanduicharias ou lanchonetes do tipo trailerslocalizados em ruas, praças e lotes públicos, assim como as redes de restaurantes fast food (LIMA & OLIVEIRA, 2005). O hambúrguer é uma alternativa para o aproveitamento de carnes menos nobres, visando aumentar o lucro dos abatedouros. Assim, para profissionais da área de alimentos é um assunto de interesse que fornece subsídios para o desenvolvimento de novos produtos e conhecimento de inovações tecnológicas (BOURSCHEID, 2009). Visto que o consumo de fibras pela população não atinge o recomendado pelos órgãos de Saúde, e que o hambúrguer de carne bovina é um produto bem aceito pela população, entendemos que adicionando fibras à este tipo de produto estamos oferecendo uma alternativa de um produto com um teor de nutrientes interessante. Portanto, este estudo tem como objetivo desenvolver uma formulação alimentícia similar ao hambúrguer de carne bovina utilizando a biomassa da banana verde como fonte de fibra melhorando seus aspectos nutricionais, além de melhorar a resposta glicêmica, auxiliando no controle do diabetes e reduzindo os riscos de doenças gastrointestinais. Metodologia O presente estudo foi realizado de caráter experimental, longitudinal, quantitativo subdividido em três etapas: desenvolvimento de duas formulações (F1 e F2) diferentes para hambúrguer de carne bovina acrescido com biomassa de banana verde; análise sensorial e avaliação da composição química do produto. O trabalho foi realizado no Laboratório de Técnica Dietética da Universidade Anhanguera Campus Santo André 3. As formulações foram elaboradas de maneira a proporcionar sabor, textura, odor e aparência agradável. Para isso foi realizada uma pesquisa literária sobre a função de cada ingrediente. As quantidades foram determinadas de maneira empírica e podem ser visualizadas na tabela 1: Tabela 1. Formulações para Hambúrguer de carne bovina acrescido de biomassa de banana verde. Igredientes F 1 (Quant. g) % F 2 (Quant. g) % Carne 500 53,5 500 53,7 Biomassa banana verde 300 32,1 300 32,2 Cebola 80 8,5 80 8,6 Alho 4 0,4 4 0,4 Aveia em flocos 40 4,3 ---- ---- Pimenta do reino 2 0,3 2 0,3 Sal 6 0,6 6 0,6 Hortelã 2 0,3 2 0,3 Creme de Cebola ---- ---- ---- ---- Ovo ---- ---- ---- ---- Trigo para Quibe ---- ---- 36 3,9 Rendimento 934 100 930 100 Para obtenção da biomassa de banana verde fez-se a higienização de 12 bananas Nanica em água corrente colocando-as, posteriormente, dentro de uma bacia com água clorada a 200 ppm por 15 minutos e retirou-se o excesso do cloro novamente em água corrente. Logo após colocou-se as bananas em panela de pressão com quantidade de água suficiente para cobri-las, levando-as ao fogo por 20 minutos. Depois de cozidas, foram descascadas e processadas até ficar com consistência de massa. Os temperos utilizados foram previamente pesados e processados em pedaços miúdos de maneira a impossibilitar sua visualização na massa do hambúrguer. Todos os ingredientes foram misturados manualmente, separados em porções de 60 gramas e moldados entre sacos plásticos, a fim de se obter uma uniformidade no formato das amostras. Os hambúrgueres foram grelhados em frigideira untada com fio de óleo de soja e utilizados ainda quentes no teste sensorial. A avaliação sensorial foi realizada através de Teste de aceitabilidade, com escala hedônica de nove pontos, utilizando 16 julgadores não treinados. Os testes foram realizados no laboratório universitários da Anhanguera Educacional de Santo André, em sala contendo divisórias, impossibilitando contato visual entre os julgadores. As amostras foram apresentadas de maneira uniforme com peso, tamanho e formatos iguais, utilizando pratos e garfos descartáveis. Em cada cabine, além das amostras, foram colocados um copo de água em temperatura ambiente e as fichas de avaliação contendo notas de 1 a 9 de acordo com a seguinte denominação: 1- desgostei muitíssimo, 5- indiferente e 9- gostei muitíssimo. Os atributos avaliados foram: sabor, odor, aparência, textura e avaliação geral do produto. Os avaliadores foram previamente orientados quanto ao intervalo de uma amostra para outra e orientados a tomar água para que o sabor de uma amostra não interferisse na outra. A codificação das amostras foi realizada utilizando-se 3 dígitos de maneira aleatória intercalando a posição de apresentação das amostras, ou seja, 50% dos avaliadores receberam a posição AB e 50% receberam BA. Para avaliar a composição Nutricional das formulações do hambúrguer foi utilizada a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO) e a Tabela de Informação Química dos alimentos da Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Para a composição nutricional da biomassa da banana verde utilizou-se laudo técnico do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL). Para ingredientes que não constavam nas referidas tabelas, foram utilizadas as informações nutricionais que constavam nos rótulos dos produtos. Resultados e Discussão Realizou-se pesquisa em tabelas de composição química dos alimentos (TACO e UNIFESP), pré-estabelecidas, para realização de tabelas contendo informação nutricional de cada produto testado, a fim de comparar o valor nutricional da porção das formulações testadas com o valor nutricional de um produto similar convencional (PC) (tabela 2). Comparando a informação nutricional dos dois produtos com o produto convencional (PC), podemos observar diferenças consideráveis: Tabela 2. Informação nutricional e variação com relação ao produto convencional para porção de 60g (1 unidade) (*) Variação com relação ao produto convencional (PC) O regulamento técnico de identidade e qualidade de hambúrguer do Ministério da Agricultura preconiza valor de carboidratos totais de 3% e um teor de no mínimo 15% de proteínas (BRASIL, 2000). Pode-se verificar na Tabela 2 que as formulações encontram-se fora dos índices exigidos pela legislação para alegação de hambúrguer, sendo encontrado em F1 e F2 11,5% e 11,3% de proteína e 12,1% e 10,5% de carboidrato, respectivamente. O presente estudo teve por objetivo adição de biomassa de banana verde, resultando num valor de carboidratos totais elevado e redução no teor de proteínas, por esse motivo os produtos em questão serão denominados como produto “tipo hambúrguer” e não mais hambúrguer, por não se enquadrar nesses dois itens preconizados pela legislação vigente. As F1 e F2 atendem a alegação de “baixo em gordura saturada” (máximo de 1,5 g da soma de gorduras saturadas e trans)(BRASIL, 2012), apresentando também “teor reduzido de gorduras” e “teor reduzido de gorduras saturadas” (redução maior de 25% no conteúdo de gorduras totais e saturadas respectivamente)(BRASIL, 2012), quando comparadas ao produto convencional (PC). Observa-se também uma considerável redução na quantidade de sódio o que pode ser considerada também uma vantagem sobre o produto convencional, conferindo aos produtos alegação de “teor reduzido de Componentes P C F 1 Variação (*) F2 Variação (*) Energia (kcal) 135,0 74,3 - 45% 68,2 - 49,5% Carboidratos (g) 1,8 7,3 75,3% 6,3 71,5% Proteínas (g) 9,0 6,9 - 23,3% 6,8 - 24,5% Gord. Totais (g) 10,5 2,1 - 80% 1,9 - 79% Gord. Saturada (g) 4,0 0,9 - 77,5% 0,9 - 76% Gord. Trans (g) 1,1 0,0 Não contém 0,0 Não contém Fibra alimentar (g) 0 1,9 Contém 1,8 Contém Sódio (mg) 615,0 165,4 - 73% 166,0 - 73% sódio” (redução mínima de 25% no conteúdo de sódio) (BRASIL, 2012). Uma publicação realizada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), para incentivar a adaptação de receitas para a promoçãoda saúde, enfatiza a importância de reduzir a quantidade de gordura, sódio e açúcar de adição e aumentar o consumo de fibras nos alimentos consumidos. Algumas ações que visam o melhoramento nutricional dos alimentos processados estão sendo colocadas em prática pelo Ministério da Saúde, entre elas a redução das quantidades de açúcar, gorduras e sódio nos alimentos processados, visando reduzir a carga de doenças crônicas que têm aumentado no nosso País. O baixo teor de sódio encontrado nas formulações atende as indicações do Ministério da Saúde sobre o uso racional de sal nas preparações culinárias. De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, a recomendação de sal não deve ultrapassar 5 g por dia (1,7 g de sódio). A Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 2008 e 2009 (POF), estima uma ingestão média de sódio de 4700 mg por pessoa ao dia (equivalentes a quase 12 g de sal). Além disso, análises do consumo alimentar pessoal mostraram que mais de 70% da população brasileira consumiam sódio em excesso (mais que 2 000 mg ao dia) e que mais de 90% dos adultos e adolescentes de 14 a 18 anos de idade nas áreas urbanas ultrapassam esse limite diário. Pesquisa realizada em 2005, junto ao Instituto Adolfo Lutz e ao IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), revelou que uma massa de macarrão formulada com polpa de banana verde mostrou-se interessante sob o ponto de vista nutricional, pois apresentou baixo teor de lipídeos, maior teor de fibra alimentar e menor valor calórico quando comparada às massas tradicionais. Em relação à aceitação sensorial, tal produto obteve aceitação semelhante ao convencional e grande parte dos consumidores demonstrou interesse em adquirir o novo tipo de macarrão se estivesse à venda no mercado (TAIPINA et al, 2005). O baixo teor de lipídeos (98% com relação ao produto convencional) e alto teor de fibras também foram observados por Zandonadi em estudo realizado em 2009, onde a banana verde foi utilizada na confecção de massa como uma alternativa para exclusão do glutén. De acordo com a RDC Nº 54, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2012, para ser considerado Fonte de fibra alimentar, os alimentos com informação nutricional complementar devem conter no mínimo 3 g de fibra/ 100 gramas de alimento sólido. Se convertermos os valores encontrados nas tabelas com informação nutricional das formulações de 60 g para 100 g, encontraremos 3,1 g de fibra alimentar em F1 e 3,0 g em F2, logo, os produtos desenvolvidos podem ser considerados como fonte de fibra alimentar. Alguns estudos sugerem que a presença de amidos resistentes nas fibras alimentares implica em um melhor funcionamento do intestino grosso, em melhor absorção de água pelo cólon e menor perda de líquido em casos como a diarreia (BIRD; TOPPING, 2001). A Tabela 3 apresenta os resultados do teste de aceitabilidade das formulações 1 e 2 respectivamente. Verifica-se que, em média, todos os atributos, tanto de F1 quanto de F2 obtiveram boa aceitação, sendo a maior taxa de aceitação para sabor de F1 (93,75%), aparência de F2 (93,75%). No atributo “aspectos gerais” a F2 obteve melhor aceitação com 100% de aceitação contra 87,5% de aceitação de F1. De modo geral os produtos tiveram boa aceitação sem diferença significativa (p>0,05). Tabela 3. Teste Afetivo de aceitabilidade com Escala Hedônica de 9 pontos, geral e por atributo. Atributo Média e DP F1 Média e DP F2 Min/Max F1 Min/Max F2 Sabor 7,40 ± 1,50 6,67 ± 1,80 3/9 3/9 Odor 6,73 ± 1,94 6,73 ± 1,44 2/9 5/9 Aparência 7,20 ± 1,97 6,93 ± 1,87 1/9 1/9 Textura 6,87 ± 2,03 6,47 ± 2,10 1/8 1/9 Geral 7,60 ± 1,59 7,47 ± 1,80 4/9 6/9 Conclusão Do ponto de vista nutricional, os produtos “tipo hambúrgueres” desenvolvidos apresentaram vantagens significante quando comparados a hambúrgueres convencionais nos itens: calorias, gorduras totais e saturadas, além de não conter gorduras trans. O teor de lipídeos e sódio dos produtos “tipo hambúrgueres” formulados foi muito inferior quando comparado com os hambúrgueres bovinos comerciais, podendo ser considerados produtos com “teor de gorduras”, “teor de gorduras saturadas” e “teor de sódio” reduzidos. Estes valores conferem aos produtos F1 e F2 características consideravelmente importantes do ponto de vista nutricional. O teor de fibra alimentar determinado nos produtos “tipo hambúrgueres” formulados atende á legislação vigente sendo considerado fonte de fibra alimentar, obtendo vantagem sob o produto convencional onde não há quantidade de fibra alimentar significativa, justificando também sua alegação de produto funcional. De acordo com testes sensoriais os dois produtos obtiveram boa aceitação sendo não significante a preferência entre um e outro. Diante destes resultados pode-se afirmar que as formulações testadas obtiveram resultados satisfatórios sustentando sua alegação de alimentos funcionais com boa aceitação, atingindo os objetivos esperados. Referências Bibliográficas ALENCAR, L. O.; SANTOS, E. D. S.; FERNANDES, A. C. C. F.: Desenvolvimento, aceitabilidade e valor nutricional de brigadeiro com biomassa de banana verde. Centro Universitário UNINOVAFAPI Revista Interdisciplinar. v. 7, n. 4, p. 91-98, out. nov. dez. /2014. AlFREDO, V. 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