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ABDÔMEN AGUDO - CONFERÊNCIA Caracterizado por uma dor abdominal, que seja suficiente para levar o paciente a procurar atendimento médico e que não tenha um diagnóstico prévio, além de não ser de origem traumática, com uma duração inferior a 6-24 horas. Anamnese: principalmente sexo e idade, quais sintomas acompanham, fatores de melhora e de piora, quadros semelhantes no passado e irradiação da dor. ● Crianças - Intussuscepção (Condição em que parte do intestino sofre uma invaginação). ● Jovens e adolescentes - Apendicite ● Adultos 40+ - Obstrução do intestino grosso Sintomas associados: Náuseas, vômitos, gases, parada na eliminação de gases e fezes, perda de apetite. Sintomas específicos: Icterícia, hematúria, febre, corrimento genital, desorientação. Irradiação: Frequentemente diagnóstica, caracterizada como dor irradiada. ● Cólica biliar: ponta da escápula direita ● Cólica renal: dor no testiculo do mesmo lado DOR VISCERAL: Percepção subjetiva e dolorosa na região abdominal, de início gradual e longa duração. ● Dor surda e mal localizada ● 1° manifestação de doença intra-abdominal ● Os órgãos internos compartilham vias de dor com músculos e com a pele, podendo resultar em uma dor referida. DOR PARIETAL: Dor abdominal aguda e bem localizada, que resulta de uma irritação do peritônio. ● Pode ser localizada ou não referida ● Sensação dolorosa é aguda e em pontadas ● Associa-se a paralisia intestinal ● Dor provocada pela compressão manual da parede abdominal ● Abdômen em tábua - quando o processo inflamatório atinge todo o peritônio parietal, toda a musculatura abdominal se contrai. SÍNDROMES ABDOMINAIS Síndrome abdominal aguda: Perfurativa, inflamatória, obstrutiva, hemorrágica ou isquêmica. Cada uma dessas síndromes possui um conjunto de sinais e sintomas peculiares e específicos. PERFURATIVA: Síndrome que ocorre em virtude de perfurações de vísceras ocas do trato gastrointestinal, como estômago e intestino, divididas em 2 grandes grupos. ● Tubo gastrointestinal e vesícula biliar. 1. Pneumoperitônio: presença de ar ou gás na cavidade abdominal, indicando perfuração. 2. Peritonite química: inflamação do revestimento abdominal causada pelo vazamento de substâncias químicas (como ácido gástrico). 3. Peritonite infecciosa: infecção que se espalha na cavidade abdominal a partir da área perfurada. ● Bexiga, ureter, útero e trompas. 1. Choque neurogênico: causado por uma dor súbita e intensa. 2. Choque vasogênico: causado pela infecção que se espalha pelo corpo, afetando a circulação. Quadro clínico: Dor lancinante, facada, localização aproximada, irradiação para ombros, respiração superficial. ● Perfuração em peritônio sem dor, mas é raro. ● Só mal estar no abdome e estado de choque. Exame físico: ● Inspeção: 1. Abdômen globoso 2. Imobilidade 3. Mobilidade respiratória reduzida ou abolida nos hipocôndrios e epigástricos. ● Ausculta: 1. Ruídos intestinais normais 2. Íleo adinâmico (ocorre quando o intestino fica paralisado e não realiza seus movimentos normais) é de ocorrência precoce. O íleo adinâmico ocorre precocemente no abdômen agudo perfurativo porque, ao haver uma perfuração em um órgão abdominal (como o intestino ou estômago), há um derramamento de conteúdo gastrointestinal na cavidade abdominal. Isso provoca uma inflamação no peritônio (peritonite), que é o tecido que reveste os órgãos abdominais. A inflamação causada pela peritonite interfere rapidamente na função dos intestinos, levando à paralisia intestinal (íleo adinâmico). O corpo tenta "desligar" o movimento intestinal para limitar a propagação do conteúdo que vazou, o que resulta na perda dos sons intestinais normais (ausência de ruídos) logo no início do quadro. ● Percussão: 1. Dor a percussão leve em toda a parede abdominal 2. Sinal de Jobert - som timpânico na região do fígado ● Palpação: 1. Abdômen em tábua - impede a palpação profunda, defesa muscular generalizada 2. Descompressão brusca dolorosa positiva INFLAMATÓRIA: É causada por processo inflamatório e/ou infeccioso em cavidade abdominal, órgãos ou estruturas adjacentes. Sendo a principal causa para procura de atendimento médico. Exame físico: ● Ausculta: Ruídos hidroaéreos presentes ou diminuídos ● Percussão: Intensidade da dor ● Palpação superficial: 1. Pouco dolorosa 2. Defesa muscular regional - corresponde ao órgão que estiver comprometido. ● Palpação profunda: Descompressão brusca dolorosa positiva, estando presente no local ou de forma difusa OBSTRUTIVA: Caracterizada por um obstáculo mecânico ou funcional que leva à interrupção da progressão do conteúdo intestinal. ● Isoperistaltismo: Inicialmente, o intestino tenta compensar a obstrução mantendo seus movimentos normais (peristaltismo) na área bloqueada. Isso significa que o intestino ainda tenta empurrar o conteúdo através do ponto de obstrução. ● Antiperistaltismo: Quando a obstrução persiste e o intestino não consegue mover o conteúdo para frente, ele começa a reverter seus movimentos, o que resulta no antiperistaltismo. Isso pode causar sintomas como vômitos, já que o conteúdo começa a voltar em vez de progredir. ● Paralisia: Com o tempo, a pressão na área obstruída aumenta, e o intestino entra em um estado de paralisia, onde os movimentos cessam. Isso leva à perda de sons intestinais na ausculta. ● Perturbação da nutrição e necrose: A obstrução prolongada prejudica o fluxo sanguíneo para a área afetada, resultando em isquemia (falta de oxigênio) e, eventualmente, necrose (morte tecidual). Isso pode causar perfuração do intestino e levar à peritonite, uma complicação grave e potencialmente fatal. Quadro clínico: Dor gradual, em cólica. ● vômitos - tornam-se fecaloides, desidratação, não há febre. ● Choque neurogênico inicial no período das dores em cólica, e com a progressão instala-se o choque vasogênico. Choque neurogênico: Ocorre quando há falha no sistema nervoso, geralmente após lesão da medula, causando perda de controle dos vasos sanguíneos. Isso leva à dilatação dos vasos, queda da pressão arterial e má circulação sanguínea. Choque vasogênico (distributivo): Ocorre por uma resposta inflamatória grave (como na sepse ou anafilaxia), que dilata os vasos sanguíneos e causa queda da pressão arterial, prejudicando a circulação adequada. Exame físico: ● Inspeção: 1. Abdômen plano ou com abaulamentos localizados 2. Distensão rígida e peristaltismo visível ● Ausculta: 1. Ruídos hidroaéreos intensos e em salvas 2. Timbre metálico que desaparecem com o edema ● Percussão: Timpanismo acentuado ● Palpação: 1. Descompressão brusa geralmente negativa 2. Deve ser feito o toque retal e ginecológico para explorar abaulamento e dor no findo do Saco de Douglas HEMORRÁGICAS: Condição médica que se caracteriza por sangramento na cavidade abdominal. Quadro clínico: ● Dor súbita, intensa e bem localizada ● Presença de náusea e vômitos ● Hematêmese, com expulsão de sangue arterial ou venoso ● Parada de eliminação de gases e de fezes ● Melena ● Choque hematogênico - taquicardia, oliguria, anuria ● Imóvel e sem agitação psicomotora ● Não apresenta febre Exame físico: ● Inspeção: 1. Distensão abdominal 2. Identificam equimoses 3. Ferimentos perfurantes, contusões 4. Íleo adinâmico ● Ausculta: Ruídos hidroaéreos menos intensos ● Percussão: 1. Dolorosa 2. Macicez móvel ● Palpação: Descompressão brusca dolorosa positiva evidente no local ISQUÊMICA: Ocorre quando o fluxo sanguíneo para o intestino é interrompido de forma repentina. Quadro clínico: ● Dor abdominal súbita, intensa e em cólica ● Náuseas e vômitos ● Contra - peristaltismo ● Vômitos fecalóides ● Febre discreta ● Desidratação Exame físico: ● Inspeção: Abdômen plano ou protuso ● Ausculta: Ruídos hidroaéreos diminuem até sumirem ● Percussão: Dor leve no início do quadro, que se intensifica se não agir ● Palpação: 1. Abdômen em tábua em caráter crescente 2. Descompressão brusca positiva Quadros semelhantes à abdômen agudo: Uremia, cetoacidose diabética, crise falcêmica, porfiria aguda intermitente. SÍNDROMESABDOMINAIS SÍNDROME DIARREICA: síndrome em que há ocorrência de no mínimo três episódios de diarreia aguda em 24 horas. ● Excesso de água nas fezes, superior a 85% associado ao aumento do peso fecal 200g/dia, ou seja, redução na consistência e aumento da frequência. ● Duração de 2 a 14 dias ● Desidratação e distúrbios eletrolíticos Diagnóstico clínico: ● Anamnese ● Duração do episódio atual de diarréia ● Características das fezes - líquido ou pastoso, coloração, volume, presença de muco, pus e/ou sangue, presença de restos alimentares. ● Fatores de melhora e de piora ● Vômitos, dor, febre, tremores, cãibras ● Ambiente que reside, condições sanitária do local ● Histórico de viagens para locais endêmicos Infecciosa: Bactérias e suas toxinas, vírus, parasitas, toxinas naturais. ● Os vírus produzem diarréia autolimitada, ● Os parasitas podem ser encontrados isolados ou associados (poliparasitismo) manifestação diarréica pode ser aguda, intermitente ou não ocorrer ● Transmissibilidade: via fecal-oral e pessoa para pessoa ● Ingestão de alimentos e líquidos contaminados Não infecciosa: Intolerância à lactose e glúten; ingestão de grandes quantidades de hexitóis (adoçantes); ingestão demasiada de alguns alimentos, sais mal absorvidos (ex.: laxantes e antiácidos), algumas drogas. Origem: ● Alta: intestino delgado ● Diarréia de alto volume ● baixa frequência ● Presença de restos alimentares ● Dor em cólica na região periumbilical ● Geralmente de origem não-inflamatória ● Baixas: cólon ● Diarréia de baixo volume ● Alta frequência ● Impossibilidade a vida social ● Episódios de emergências e tenesmo (dificuldade de esvaziar o intestino) ● Presença de muco, pus e sangue, e dor abdominal difusa. Classificação quanto à fisiopatologia: ● Diarréia osmótica: Ocorre quando substâncias não absorvidas (como carboidratos) retêm água no intestino, aumentando o volume das fezes. ● Diarréia secretora: Causada por excesso de secreção de água e eletrólitos pelo intestino, comum em infecções ou toxinas. ● Diarréia motora: Resultado de aumento ou alteração na motilidade intestinal, como na síndrome do intestino irritável. ● Diarréia disabsortiva: Ocorre devido à má absorção de nutrientes, como na doença celíaca. Classificação quanto à clínica: ● Diarréia aguda: Dura menos de 2 semanas, geralmente causada por infecções ou intoxicações alimentares. ● Diarréia crônica: Persiste por mais de 4 semanas, podendo ser causada por doenças inflamatórias ou síndromes de má absorção. Síndrome da má absorção: ● Global: perda de peso, atraso no desenvolvimento, alterações na cor da pele, alterações nos cabelos, palidez, glossite, queilite angular, astenia, atrofia muscular, abdômen distendido, desnutrição; ● Tríade: anemia, perda de peso, diarreia crônica. Hemorragia digestiva: Perda de sangue através de qualquer ponto do tubo digestivo. ● É um sintoma de uma doença. ● Diferencia patologias com pouca gravidade X potencialmente fatal. Hemorragia digestiva alta (HDA): Até o ângulo de Treitz. ● Formas Não Varicosas: 1. Úlceras pépticas: Sangramento decorrente de úlceras no estômago ou duodeno; 2. Gastrite: Inflamação da mucosa gástrica que pode causar sangramentos; 3. Câncer gástrico: Tumores malignos que podem causar sangramentos; 4. Esofagite: Inflamação do esôfago que pode resultar em sangramento; 5. Pólipos esofágicos ou gástricos: Crescimentos que podem sangrar. ● Formas Varicosas: 1. Varizes esofágicas: Dilatações das veias no esôfago, geralmente devido à hipertensão portal; 2. Varizes gástricas: Dilatações das veias no estômago, também relacionadas à hipertensão portal. Causas: úlcera duodenal, úlcera gástrica, varizes esofágicas, gastroduodenite erosiva, gastrite erosiva, duodenite, pólipo gástrico. Hemorragia digestiva baixa (HDB): além do ângulo de Treitz. Causas: hemorragia diverticular, angioplastia de cólon, câncer de cólon, pólipo de cólon. Avaliação clínica: ● História clínica: 1. Tempo de queixa 2. Sinais e sintomas apresentados - hematêmese, melena (150ml de sangue), hematoquezia (sangue vivo nas fezes), enterorragia (sangramento no intestino delgado, saindo sangue vivo pelo ânus). 3. Avaliar afecções de base 4. Uso concomitante de medicações ● Exame físico: 1. Estado geral 2. Presença de palidez, cianose, má perfusão periférica 3. Mensuração da perda sanguínea 4. Pressão arterial e frequência cardíaca em pé e deitado 5. Exame proctológico ICTERÍCIA: Pele, mucosas e escleróticas, amareladas causada pelo acúmulo de bilirrubina (maior que 2mg/dl) no sangue. ● Icterícia verdadeira: coloração amarelada das conjuntivas. ● Icterícia falsa: coloração amarelada na pele (quantidade de caroteno no sangue). Hiperbilirrubinemia: acúmulo de um pigmento, chamado de bilirrubina, que é excretado através da bile. A bilirrubina é formada a partir da degradação de glóbulos vermelhos no baço, na medula óssea e nas células do próprio fígado, sendo depois liberada na corrente sanguínea. ● Não conjugada: 1. Insolúvel 2. Icterícia observada apenas nas conjuntivas 3. Não há colúria (urina escura) ● Hemólise: congênita e adquirida ● Defeito na captação: drogas, neonatal e síndrome de Gilbert ● Defeito na conjugação: neonatal, Gibert, doença parenquimatosa ● Conjugada 1. Hidrossolúvel 2. Maior afinidade pelos tecidos 3. Colúria ● Hepatocelular: cirrose e hepatites ● Canalicular: biliar, atresia ● Extra-hepática: colelitíase, tumor de pâncreas COLELITÍASE: Depósito de substâncias na vesícula biliar, causando desequilíbrio neste pequeno órgão localizado no fígado. ● 80% dos casos causam obstrução dos canais biliares ● Pedras na vesícula são depósitos de fluidos digestivos. ● Colecistite aguda é a inflamação da vesícula biliar ● Mulheres em período fértil, obesos e idade entre 40 e 50 anos ● Perda ou ganho de peso rápido, além de diabetes mellitus Quadro clínico: crianças e idosos pode ser quase assintomática ● Dor epigástrica ou no quadrante superior direito, podendo ser intensa ou leve ● Febre baixa ● Anorexia ● Náuseas e vômitos ● Icterícia - obstrução mais baixa no canal biliar ● Sinal de Murphy positivo Colangite: Tríade de Charcot ● Pentade de Reynolds ● Confusão mental ● Hipotensão Colecistite crônica - principalmente dor Colecistite gangrenosa - colecistite com bactérias formadoras de gás, sendo mais comuns em diabéticos. ● operada imediatamente Pancreatite aguda: ● dor epigástrica intensa ● vômitos ● piora progressiva, ausência de melhora ● Sinal de Cullen (equimose periumbilical) ● Sinal de grey-turner (equimose em flancos). Síndrome dispéptica: dificuldade de digestão, indigestão. ● Presente em ¼ da população. ● Causado por câncer, medicamentos e gastrite, podendo ser o primeiro sinal de úlcera péptica. Dispepsia: início recente, acima dos 55 anos. A presença de outros sintomas de alarme requerem novas investigações. Dispepsia funcional X orgânica: ● A dispepsia funcional é caracterizada por sintomas como dor ou desconforto no abdômen superior, sem uma causa estrutural ou bioquímica identificável, sendo um diagnóstico de exclusão após a realização de exames. 1. sintomas dispépticos de duração mínima de 12 semanas, contínuos ou recidivantes, nos últimos 6 meses, sem causa orgânica demonstrável. Quadro clínico: ● sintomas digestivos, como epigastralgia, dor abdominal, eructação, náusea, vômito, plenitude abdominal e gástrica, distensão, flatulência, anorexia, sensação precoce de saciedade. ● Já a dispepsia orgânica está associada a uma causa específica, como úlcera péptica, gastrite ou doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), identificável por meio de exames como a endoscopia digestiva. ● A principal diferença entre ambas é que a dispepsia orgânica tem uma patologia subjacente detectável, enquanto a funcional não apresenta alterações visíveis nos exames. ● Dispepsia funcional: sintomas dispépticos de duração mínima de 12 semanas, contínuos ou recidivantes, nos últimos 6 meses, sem causa orgânica demonstrável. Síndrome da dor epigástrica: dor em andar superior do abdome. Síndromedo desconforto pós prandial: saciedade precoce, náuseas e vômitos. Afastar possíveis causas orgânicas. ● Exames: endoscopia digestiva alta, procura de H pylori, ultrassonografia abdominal, hemograma, protoparasitológico. Dispepsia não investigada: pacientes com sintomatologia dispéptica funcional ou orgânica. Excluir casos de doença do refluxo gastroesofágico. Não associado a AINES Quando nao há sinais de alarme e idade inferior a 45 anos. ● Tratamento empírico de curta duração, de 4 a 8 semanas, com inibidores de bomba de próton IBP, como pantoprazol e omeprazol. DRGE - doença do refluxo gastroesofágico: refluxo do conteúdo gástrico. Quadro clínico: ● Manifestações típicas: pirose, regurgitação; ● Manifestações atípicas: sintomas crônicos laríngeos, asma, dor torácica, entalo. As manifestações clínicas não são necessariamente correlacionadas com a gravidade das lesões esofágicas. Investigação: erosiva ou não erosiva, pHmetria de 24 horas, impedância esofágica. Erosiva: apresenta lesões na mucosa esofágica visível na endoscopia. ● Não erosiva: sem lesões visíveis, apenas sintomas de refluxo. ● Hipertensão portal: pressão arterial anormalmente alta na veia porta. A veia porta e e e sangue do intestino, baço, pâncreas e vesícula. Desemboca na grande circulação pela veia hepática. Causa mais frequente: cirrose. ● A cirrose leva à ascite. ● Apresenta varizes esofágicas, esplenomegalia,circulação colateral.