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FACULDADE REGIONAL JAGUARIBANA – FRJ
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
SIMONE BEZERRA SOUZA
ESTUDO DE CASO
ALTO SANTO – 2020
ESTUDO DE CASO
Paciente do sexo feminino, com 54 anos, casada, fumante, nega etilismo, branca, com obstrução aorto-ilíaco, foi submetida à cirurgia de derivação aorto-femural em 15/03/2004. Encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para recuperação pós-operatória, apresentando escore 10 na Escala de Braden, portanto, com alto risco para o desenvolvimento de Lesão Por Pressão (LPP). Permaneceu na UTI por 14 dias. Após melhora clínica, voltou para a unidade de internação apresentando escore 14 na Escola de Braden, ou seja, com risco moderado para o desenvolvimento de LPP. Porém, ao exame físico, foi observado LPP sacral com necrose em toda sua extensão. A ulcera possuía aproximadamente 14cm de diâmetro e a pele peri-úlcera apresenta-se hiperemiada. Mediante ao caso apresentado e seus conhecimentos sobre lesão, responda:
1 - Quais os fatores intrínsecos e extrínsecos a pacientes que interferem no processo de cicatrização? Apresente todos os relatados no caso, justificando-os
No caso da paciente de 54 anos tem um fator relevante que pode interferir na cicatrização que é uso do cigarro, mais a mesma não relata ser diabética, nem fazer uso de nenhuma substancia que possa circular no sangue e afetar esse processo de cicatrização. Um dos fatores que pode agravar a cicatrização é a diabetes, que a mesma não relata. Pelo que lemos a lesão não é muito profunda e não demonstra infecção local, apesar de apresentar necrose que é uma barreira ao processo de cicatrização, não se relata hemorragias, ou corpos estranhos, o que poderiam interferir no processo de cicatrização o que não é o caso da paciente, então se tiver os cuidados devidos ela irá evoluir positivamente.
2 - Descreva os tipos de tecidos que são encontrados nas lesões, de um modo geral e, posteriormente diga qual o tecido encontrado na lesão da paciente.
Esfacelo é um tecido necrosado de consistência delgada, mucóide, macia e de coloração amarela. Formado por bactérias, fibrina, elastina, colágeno, leucócitos intactos, fragmentos celulares, exsudato e grandes quantidades DNA. (DEALEY, 2018)
Necrose: é a manifestação final de uma célula que sofreu lesões irreversíveis e representa um importante fator de risco para contaminação e proliferação bacteriana, além de servir como barreira ao processo de cicatrização. A necrose é dividida em dois tipos: a necrose liquefativa: Tecido delgado, de coloração amarelada e a necrose oagulativa: As células convertem-se em uma lápide acidófila e opaca de coloração negra. (DEALEY, 2018)
Escara: é o termo utilizado para caracterizar tecidos dessecados e comprimidos de coloração negra, consistência dura e seca aderido à superfície da pele. (DEALEY, 2018)
Tecido de Granulação: É o crescimento de pequenos vasos sanguíneos e de tecido conectivo para preencher feridas de espessura total. O tecido é saudável quando é brilhante, vermelho vivo, lustroso e granular com aparência aveludada. Quando o suprimento vascular é pobre, o tecido apresenta-se de coloração rosa pálido ou esbranquiçado para o vermelho opaco. (DEALEY, 2018)
Tecido de Epitelização: é o novo tecido que é formado com o processo de cicatrização, com coloração rosada. (DEALEY, 2018)
A paciente em estudo está com LPP sacral com necrose em toda sua extensão de aproximadamente 14cm.
3 - Quais os fatores que predispuseram a paciente a lesão por pressão?
A paciente entro na UTI com escore 10 na Escala de Braden, ou seja, um risco alto a ter LPP e saiu com escore 14 na Escala de Braden então seu risco passou a ser moderado, talvez devido à idade que já é um pouco avançada, é uma paciente cirúrgica, muito tempo de permanência hospitalar e muitos dias acamadas com imobilidade o que ajudou a paciente a desenvolver uma lesão por pressão. As LPP é um problema sério que geralmente é identificado em idosos no âmbito hospitalar e também quando se é acamada e tem cuidados em casa, é uma situação que preocupa, mais curável quando se presta uma assistência de qualidade. 
4 - Como são classificadas as lesões por pressão?
A Lesão por pressão é um agravo que fica situado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, na maioria das vezes sobre uma proeminência óssea ou pertinente ao uso de dispositivo médico ou a outro elemento. A lesão pode se apresentar em pele íntegra ou como úlcera aberta e pode ser dolorosa. Esse tipo de lesão é resultante de uma pressão intensa e prolongada, em combinação com o cisalhamento. A tolerância do tecido mole à pressão e ao cisalhamento pode também ser afetada pelo microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e pela sua condição.
Lesão por Pressão Estágio 1: Pele íntegra com eritema que não embranquece: quando essa lesão acontece a pele íntegra com área localizada de eritema que não embranquece e que pode parecer diferente em pele de cor escura. 
Lesão por Pressão Estágio 2: perda da espessura parcial da pele com exposição da derme de coloração rosa ou vermelha, úmido e pode também apresentar-se como uma bolha intacta (preenchida com exsudato seroso) ou rompida. 
Lesão por Pressão Estágio 3: perda da espessura total da pele na qual a gordura é visível e, frequentemente, tecido de granulação e epíbole (lesão com bordas enroladas) estão presentes. Esfacelo e /ou escara pode estar visível. 
Lesão por pressão Estágio 4: perda da espessura total da pele e perda tissular com exposição ou palpação direta da fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso. Esfacelo e/ou escara pode estar visível. Epíbole (lesão com bordas enroladas), descolamento e/ou túneis ocorrem frequentemente. 
Lesão por Pressão Não Classificável: perda da pele em sua espessura total e perda tissular na qual a extensão do dano não pode ser confirmada porque está encoberta pelo esfacelo ou escara. Ao ser removido (esfacelo ou escara), Lesão por Pressão em Estágio 3 ou Estágio 4 ficará aparente. Escara estável (isto é, seca, aderente, sem eritema ou flutuação) em membro isquêmico ou no calcâneo não deve ser removida.
Lesão por Pressão Tissular Profunda: Pele intacta ou não, com área localizada e persistente de descoloração vermelha escura, marrom ou púrpura que não embranquece ou separação epidérmica que mostra lesão com leito escurecido ou bolha com exsudato sanguinolento. Dor e mudança na temperatura frequentemente precedem as alterações de coloração da pele. A descoloração pode apresentar-se diferente em pessoas com pele de tonalidade mais escura. Essa lesão resulta de pressão intensa e/ou prolongada e de cisalhamento na interface osso-músculo. A ferida pode evoluir rapidamente e revelar a extensão atual da lesão tissular ou resolver sem perda tissular. 
5 - Qual a conduta, ou seja, a assistência a ser prestada pelo enfermeiro(a) da unidade de internação para o tratamento dessa lesão e as ações para evitar futuras lesões?
As medidas profiláticas que devem ser tomadas com essa paciente são: virar a paciente a cada 2 horas, evitando–se o decúbito dorsal pois a paciente não poderá ficar deitada muito tempo de barriga para cima; tem de ser feito um cardápio com valores nutricionais balanceado, é pertinente que a paciente faça uso de colchão casca de ovos. Como terapia tópica deve ser utilizada uma pomada e se necessário utilizar o desbridamento instrumental (não temos como saber, pois não dispomos da imagem da lesão) Devem ser feitos também curativos diários, envolvendo diferentes métodos de limpeza e desbridamento (se necessário), e também escolher a cobertura mais apropriada para cada fase do processo de cicatrização, é importante a utilização de medidas profiláticas, não só para beneficiar a cicatrização dessas lesões, como também para evitar o surgimento de novas lesões. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CALIRI, Maria Helena Larcher; SANTOS, Vera Lucia Conceição de Gouveia Maria; MANDELBAUM, Helena Santana; COSTA, Idevania Geraldina. CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO. Disponível em: http://www.sobest.org.br/textod/35. Acesso em: 13 de maiode 2020. 
DEALEY C. Cuidando de feridas. 3ª ed. São Paulo: Atheneu; 2008. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4232289/mod_resource/content/3/Manual%20Feridas%20SMS-RP.pdf Acesso em: 13 de maio de 2020. 
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