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RESUMO PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL

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Centro Universitário Estácio do Ceará MONITORA: Crísley Estrela.
E-mail: estaciomonitoriapenal1@gmail.com DISCIPLINA: Penal I
RESUMO PRINCÍPIOS NORTEADORES DO DIREITO PENAL
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: É o princípio que controla o Jus Puniendi estatal afastando hipóteses de arbitrariedade e abuso do poder punitivo, uma vez que determina que não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal, isto é, a pena deve estar prevista para que seja aplicada e o crime deve estar tipificado para que seja considerado como tal. 
PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL: Determina que a regulação de determinadas matérias deve ser feita, necessariamente, por meio de lei formal de acordo com as previsões constitucionais. 
Observações: 
A adoção desses dois princípios acima citados garantem a segurança jurídica e representam a garantia de que nenhuma pessoa será submetida ao poder punitivo do Estado senão em virtude de leis formais provenientes de um consenso democrático. 
O Princípio da Legalidade não admite leis vagas, indeterminadas ou imprecisas, pois estas não permitem uma autolimitação do “jus puniendi” estatal e contraria o princípio da divisão dos poderes, uma vez que permite ao juiz realizar a interpolação que quiser invadindo, dessa forma, a esfera do legislativo. O legislador deve, por tanto, determinar claramente quais as condutas puníveis sendo assim norteado pelo princípio da taxatividade.
Porém, segundo César Roberto Bitencourt, o legislador não deve abandonar por completo os conceitos valorativos expostos como cláusulas gerais (aquelas que permitem uma interpretação de acordo com cada caso feita pelo magistrado) pois permitem, de certa forma, uma melhor adequação da norma ao caso concreto.
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA: Também orienta e limita o poder incriminador do Estado, uma vez que determina que o Direito Penal deve representar a “última ratio legis”, ou seja, deve atuar somente quando os demais ramos do direito revelarem-se insuficientes ou inadequados à tutela de determinados bens jurídicos. Dessa forma, o Direito Penal deve intervir minimamente nas relações sociais. 
SUBSIDIARIEDADE: (Consequência do Princípio da Intervenção Mínima).
A intervenção se justifica quando fracassam as demais formas protetoras de bens jurídicos e controle social previstos em outros ramos do direito. Determina, então, que o Direito Penal deve ser utilizado de forma subsidiária (somente quando as demais formas falharem).
FRAGMENTARIEDADE: (Consequência do Princípio da Intervenção Mínima). Nem todos os bens jurídicos são tutelados pelo Direito Penal, uma vez que ele se limita a proteger somente valores imprescindíveis para a sociedade, ou seja, fragmenta os bens jurídicos que serão protegidos pelo Direito Penal, vale dizer, apenas os mais relevantes.
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI: A Lei penal produz efeitos a partir de sua entrada em vigor, não podendo retroagir, salvo para beneficiar o réu. Não atender a esse princípio é ao mesmo tempo um desrespeito ao princípio da legalidade e da anterioridade da lei, uma vez que o princípio da irretroatividade ficou, de certa forma, incluído no princípio da legalidade, embora conceitualmente distintos. 
PRINCÍPIO DA OFENSIVIDADE OU LESIVIDADE: Não há infração penal quando a conduta não oferecer ofensa ou lesão a qualquer bem jurídico. 
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE: Equilíbrio justo entre o delito e sua respectiva pena, entre a gravidade do fato e a sanção a ser cominada ou imposta.
PRINCÍPIO DA HUMANIDADE: Veda-se a criação e a aplicação de penas cruéis, desumanas ou degradantes que atentem contra a dignidade da pessoa humana. 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA OU BAGATELA: Afasta a tipicidade; há alguns fatores que autorizam a aplicação desse princípio como, por exemplo:
Mínima ofensividade da conduta;
 Ausência de periculosidade social;
 Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;
 Inexpressividade da lesão jurídica.
PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA: É aplicar a medida concreta da pena, levando em conta o mal concreto do crime e a personalidade concreta do criminoso, ou seja, levando em consideração não só a norma penal em abstrato, mas os aspectos subjetivos e objetivos do crimes, isto é, o que realmente levou o agente a praticar o crime e suas circunstâncias para a pena seja individualizada de acordo com cada caso concreto.
PRINCÍPIO DA ALTERIDADE: Determina que não devem ser criminalizadas atitudes meramente internas do agente, atitudes essas que não sejam capazes de atingir direito de outrem. 
PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL: Embora uma conduta seja tipificada em lei, não se pode considerá-la criminosa se esta não afrontar a ordem social e sentimento social de justiça, sendo esta conduta historicamente aceitável pela sociedade. 
PRINCÍPIO DA INTRANSCEDÊNCIA: A pena não poderá passar da pessoa do condenado, ou seja, não se estende aos seus familiares. 
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DA INOCÊNCIA: A pena não poderá ser executada enquanto não transitar em julgado. O agente é considerado inocente até que seja julgado e se prove o contrário.
PRINCÍPIO DA NE BIS IN IDEM: Não se admite a dupla punição referente a um mesmo fato, ou seja, veda-se a repetição (bis) da pena referente ao mesmo acontecimento delituoso. 
_______________________________________________________________________________________MONITORA: Crísley Estrela. DISCIPLINA: Penal I
E-mail: estaciomonitoriapenal1@gmail.com

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