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77 7 JURISDIÇÃO Profª Jadiane DE JURISDIÇÃO CONCEITO DE JURISDIÇÃO Função do Estado de aplicar o Direito no caso concreto Atuação mediante provocação das partes (inércia) Exerce-se por meio do devido processo legal Base legal: CF/88, art. 5º, XXXV Jurisdição: Conceito Jurisdição: Características DE JURISDIÇÃO CONCEITO DE JURISDIÇÃO A jurisdição pode ser voluntária, cujo procedimento está previsto nos arts. 719 a 770, NCPC; ou contenciosa; A jurisdição voluntária, também conhecida como jurisdição graciosa ou administrativa, é aquela exercida inter volentes, isto é, entre pessoas que não estão litigando, mas que têm interesses comuns; Segundo a doutrina majoritária, que se filia à teoria clássica ou administrativista, a jurisdição voluntária não é jurisdição, mas apenas uma administração judicial de interesses privados, já que a autoridade judicial intervém não para compor um litígio, pois que este nem sequer existe, mas, sim, para dar validade, chancelar, homologar um ato ou negócio jurídico firmado pelas partes; Jurisdição: espécies Segundo a doutrina majoritária, que se filia à teoria clássica ou administrativista, a jurisdição voluntária não é jurisdição, mas apenas uma administração judicial de interesses privados, já que a autoridade judicial intervém não para compor um litígio, pois que este nem sequer existe, mas, sim, para dar validade, chancelar, homologar um ato ou negócio jurídico firmado pelas partes. Jurisdição: espécies Jurisdição: espécies DE JURISDIÇÃO CONCEITO DE JURISDIÇÃO Em geral, os órgãos judiciários brasileiros exercem dois papéis. O primeiro, do ponto de vista histórico, é a função jurisdicional, também chamada jurisdição. Trata-se da obrigação e da prerrogativa de compor os conflitos de interesses em cada caso concreto, através de um processo judicial, com a aplicação de normas gerais e abstratas. O segundo papel é o controle de constitucionalidade. Os órgãos judiciários brasileiros podem ser classificados quanto ao número de julgadores (órgãos singulares e colegiados), quanto à matéria (órgãos da justiça comum e da justiça especial) e do ponto de vista federativo (órgãos estaduais e federais). ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO NO BRASIL Um Tribunal Regional Federal é órgão colegiado, enquanto que um Juiz Federal é considerado órgão singular. Da mesma maneira, o Tribunal de Justiça de um estado é órgão colegiado, sendo o Juiz de Direito um órgão singular; Os juízes de 1º grau estão distribuídos em comarcas (de diferentes entrâncias – aqui em Goiás, as maiores são de 3ª entrância; as médias são de 2ª; e as menores são de 1ª; havendo aquelas, ainda, que de tão pequenas são respondidas por outra, por região), se tratar de justiça estadual; ou seções judiciárias, se justiça federal, os quais costumam coincidir com as comarcas. ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO NO BRASIL ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO NO BRASIL STF - SUPERIOR TRIBUNAL FEDERAL Guarda da Constituição Julgamento de recursos extraordinários (controle constitucional difuso), Conflitos de competência entre tribunais; Conflito entre Estado estrangeiro e a União; A revisão criminal de seus julgados, dentre outras matérias nas quais o foco não é um julgamento apenas de ordem constitucionalista mas que são abordadas matérias constitucionais. STF - SUPERIOR TRIBUNAL FEDERAL É composto por 11 Ministros, escolhidos entre cidadãos com mais de 35 anos e menos de 70 anos, de notável saber jurídico e conduta ilibada. Os Ministros são nomeados pelo Presidente da República, mas a escolha passa pela apreciação do Senado Federal. STF - SUPERIOR TRIBUNAL FEDERAL A PEC 46/2015 do SF visou estabelecer que, na verificação do notável saber jurídico, "serão consideradas a formação acadêmica, a produção científica e a vida social do escolhido". Por fim, a PEC 225/19 da CD pretende que os indicados que não sejam magistrados em 2ª instância ou superior comprovem ao menos uma pós-graduação stricto sensu. CONTUDO, ATÉ HOJE NÃO TEMOS UM CONCEITO LEGAL FECHADO. STF - SUPERIOR TRIBUNAL FEDERAL Em oposição, o ministro Dias Toffoli, depois de nomeado, se defendeu das críticas por falta de títulos da seguinte forma: No meu caso, por exemplo, tinha a crítica de que eu não tinha mestrado ou doutorado. E eu fiz um levantamento, que eu levei na minha sabatina. Naquela época, os nove integrantes da Suprema Corte Americana não tinham mestrado nem doutorado. O Ministro finalizou dizendo:"Então nós temos aqui essa tradição de ter pessoas mais da vida prática, da advocacia e do Parlamento" STF - SUPERIOR TRIBUNAL FEDERAL CNJ - Conselho Nacional de Justiça Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo: I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal; II - um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal; III - um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal; IV - um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; V - um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; VI - um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; CNJ - Conselho Nacional de Justiça VII - um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; VIII - um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; IX - um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; X - um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República; XI um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual; XII - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; XIII - dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. CNJ - Conselho Nacional de Justiça QUAL A FUNÇÃO DO CNJ? O Conselho Nacional de Justiça colima o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário, bem como zelar pelo cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. STJ - Superior Tribunal de Justiça Previsto na Constituição Federal, nos arts. 104/105, é composto por 33 ministros, também escolhidos pelo Presidente da República dentre cidadãos com mais de 35 e menos de 70 anos de idade, de notável saber jurídico e conduta ilibada. Assim como o STF, tal indicação carece de aprovação do Senado Federal. Os 33 Ministros devem ser escolhidos tendo em mente os seguintes critérios: - 11 devem ser escolhidos entre desembargadores federais dos Tribunais Regionais Federais; - 11 devem ser escolhidos entre desembargadores dos Tribunais Estaduais; - 11 devem ser escolhidos dentre advogados ou membros do Ministério Público. JUSTIÇA FEDERAL E TRF À Justiça Federal compete processar e julgar todos os feitos em que a União, autarquias, empresas públicas e fundações públicas e federais sejam autoras, rés ou intervenientes, bem assim os processos criminais quando se tratar de crimes que o Brasil, por convenção internacional, obrigou-se a coibir. Os Tribunais Regionais Federais são compostos por no mínimo 07 juízes, recrutados, quando possível, na região do Tribunal. São nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de 35 e menos de 70 anos, sendo certo que 1/5 dos nomeados deve ser dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público Federal com mais de 10 anos de carreira. Os outros membros são escolhidos mediante a promoção de juízes federais com mais de 05 anos de exercício, promovidos por antiguidade ou merecimento. PONTUAÇÃO EXTRA TRABALHO SOBRE A JUSTIÇA ESPECIALIZADA - JURISPRUDÊNCIA SOBRE COMPETÊNCIA ANÁLISE DE CASO CONCRETO - EXPOSIÇÃO JUSTIÇA ELEITORAL A Justiça Eleitoral, prevista nos arts. 118/121, é formada pelo Tribunal Superior Eleitoral, pelos Tribunais RegionaisFederais, pelos juízes eleitorais e pelas juntas eleitorais. O Tribunal Superior Eleitoral é composto por no mínimo 07 membros, escolhidos (mediante eleição secreta) dentre 03 juízes entre os Ministros do Supremo Tribunal Federal e 02 juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça. Os outros dois membros são escolhidos pelo Presidente da República dentre advogados notável saber jurídico e idoneidade moral. JUSTIÇA ELEITORAL São órgãos da Justiça Eleitoral o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), os Juízes Eleitorais e as Juntas Eleitorais. Compete-lhe julgar as causas relativas à legislação eleitoral. Os TREs decidem em grau de recurso as causas apreciadas em primeira instância pelos Juízes Eleitorais. O TSE, dentre outras atribuições, zela pela uniformidade das decisões da Justiça Eleitoral. A Justiça Eleitoral desempenha, ademais, um papel administrativo, de organização e normatização das eleições no Brasil. JUSTIÇA ELEITORAL A composição da Justiça Eleitoral é sui generis, pois seus integrantes são escolhidos dentre juízes de outros órgãos judiciais brasileiros (inclusive estaduais) e servem por tempo determinado. JUSTIÇA MILITAR O Superior Tribunal Militar é composto por 15 membros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal. Na indicação do Presidente, 03 devem ser oficiais generais da Marinha, 04 do Exército e 03 da Aeronáutica. Já os ministros civis, dentre 35 e 65 anos, devem ser escolhidos dentre 03 advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada (com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional) e dois dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da Justiça Militar. JUSTIÇA MILITAR A Justiça Militar compõe-se do Superior Tribunal Militar (STM) e dos Tribunais e Juízes Militares, com competência para julgar os crimes militares definidos em lei. No Brasil, a Constituição Federal organizou a Justiça Militar tanto nos Estados como na União. A Justiça Militar Estadual existe nos 26 Estados-membros da Federação e no Distrito Federal, sendo constituída em primeira instância pelo Juiz de Direito e pelos Conselhos de Justiça, Especial e Permanente, presididos pelos Juiz de Direito. Em Segunda Instância, nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul pelos Tribunais de Justiça Militar e nos demais Estados pelos Tribunais de Justiça. JUSTIÇA MILITAR A Justiça Militar compõe-se do Superior Tribunal Militar (STM) e dos Tribunais e Juízes Militares, com competência para julgar os crimes militares definidos em lei. No Brasil, a Constituição Federal organizou a Justiça Militar tanto nos Estados como na União. A Justiça Militar Estadual existe nos 26 Estados-membros da Federação e no Distrito Federal, sendo constituída em primeira instância pelo Juiz de Direito e pelos Conselhos de Justiça, Especial e Permanente, presididos pelos Juiz de Direito. Em Segunda Instância, nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul pelos Tribunais de Justiça Militar e nos demais Estados pelos Tribunais de Justiça. JUSTIÇA DO TRABALHO O Tribunal Superior do Trabalho é composto por 27 Ministros, todos escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos. São nomeados pelo Presidente da República, dependendo de aprovação do Senado Federal. A composição do TST deve conter um 1/5 de membros entre advogados com mais de 10 anos de efetividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício. Os demais membros devem ser indicados através de promoção entre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho oriundos da Magistratura. JUSTIÇA DO TRABALHO Já os Tribunais Regionais do Trabalho são compostos por no mínimo 07 juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região. São nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos, sendo 1/5 dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício e os demais retirados mediante promoção de juízes do trabalho, seja por merecimento, seja por antiguidade JUSTIÇA DO TRABALHO Os órgãos da Justiça do Trabalho são o Tribunal Superior do Trabalho (TST), os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e os Juízes do Trabalho. Compete-lhe julgar as causas oriundas das relações de trabalho. Os Juízes do Trabalho formam a primeira instância da Justiça do Trabalho e suas decisões são apreciadas em grau de recurso pelos TRTs. O TST, dentre outras atribuições, zela pela uniformidade das decisões da Justiça do Trabalho. Em 31.12.2004 teve a sua competência fortemente ampliada, para processar e julgar toda e qualquer causa decorrente das relações de trabalho, o que inclui os litígios envolvendo os sindicatos de trabalhadores, sindicatos de empregadores, análise das penalidades administrativas impostas pelos órgãos do governo incumbidos da fiscalização do trabalho e direito de greve. JUSTIÇA ESTADUAL A Constituição Federal determina que os estados organizem a sua Justiça Estadual, observando os princípios constitucionais federais. Como regra geral, a Justiça Estadual compõe-se de duas instâncias, o Tribunal de Justiça (TJ) e os Juízes Estaduais. Os Tribunais de Justiça dos estados possuem competências definidas na Constituição de nosso país, bem como na Lei de Organização Judiciárias dos Estados. Basicamente, o TJ tem a competência de, em segundo grau, revisar as decisões dos juízes e, em primeiro grau, determinadas ações em face de determinadas pessoas. JUSTIÇA ESTADUAL A Constituição Federal determina que os estados instituam a representação de inconstitucionalidade de leis e atos normativos estaduais ou municipais frente à Constituição Estadual (art. 125, §2º), geralmente apreciada pelo TJ. É facultado aos estados criar a justiça militar estadual, com competência sobre a polícia militar estadual. Os integrantes dos TJs são chamados Desembargadores. Os Juízes Estaduais são os chamados Juízes de Direito. Previstos nos arts. 125/126 da CF/88, também devem se reportar às Constituições Estaduais, principalmente no que concerne à fixação de competência. Versa sobre as causas comuns, menos especializadas, tais como família (separação), cível (indenização), entre outras.