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ㅤㅤCaminhos da glicoseㅤㅤㅤ 
1- glicose entra e sofre ação da hexoquinase que 
coloca um fosfato nela (é fosforilada) 
2- ela vira glicose 6 fosfato, e não pode mais passar 
pela membrana, então tem que seguir algum 
desses caminhos 
→ glicolise (via glicolítica) para formação de ATP 
GLUT4 → transporta glicose para o interior da 
célula em resposta à insulina. 
GLUT1 → transporte basal de glicose, alta afinidade 
(funciona mesmo com pouca glicose) 
→formação de glicogênio (reserva) 
→ formação de ácidos graxos (reserva) 
→ via das pentoses 
 
ㅤㅤㅤGlicogênioㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 
→Armazenamento de energia: O glicogênio serve 
como reserva de glicose, que pode ser utilizada 
quando a glicose da alimentação não está 
disponível. 
→ quando há um aumento é estocado 
— Polímero ramificado com ligações 
predominantes alfa 1-4 e nas ramificações alfa 1-6 
um dos destinos da glicose 
está presente: fígado e músculo, sendo 75 por 
cento no tec. Muscular esquelético 
sua serventia depende do tecido 
Glicogênio hepático(hepatocitos): disponibiliza 
glicose aos tecido extra hepáticos. Servindo como 
um tampão, usa para glicose, enviada para outros, 
fica no fígado sinalizando o glucagon 
os estoques de glicogênio hepático aumentam 
durante o estado alimentado e se esgotam durante 
o jejum 
 demanda por glicose no nosso organismo é 
constante, por isso a glicogênese ocorre 
→ quando a glicose baixa o glicogênio sobe 
→Glicogênio muscular: não pode ser exportado, é 
usado pela própria fibra em situações emergenciais 
(exercícios). O glicogênio muscular responde em 
casos de hiperglicemia, pegando o açúcar da 
corrente sanguínea e armazenando-o para realizar 
a neoglicogênese 
ㅤㅤㅤㅤinteração com enzimas: 
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 
 
desrramificadora: catalisa a hidrólise da ligação 
alfa 1-6 
glicose 6 fosfatase: gera a glicose que sai da celula 
Glicogênio fosforilase: gera fosfato 
Glicogênio sintase: principal enzima da 
glicogênese, que adiciona glicose nas ligações alfa 
1-4. 
Enzima ramificadora (transglicosidase): cria as 
ligações alfa 1-6, formando as ramificações. 
Glicogenina: proteína que serve de primer para o 
início da síntese de glicogênio (sem ela a glicogênio 
sintase não tem onde começar). 
Insulina: ativa a glicogênese (favorece o 
armazenamento após a alimentação). 
Glucagon (fígado) e adrenalina (músculo): ativam a 
glicogenólise (quebra de glicogênio), liberando 
glicose em jejum ou estresse. 
No fígado, a glicogênio fosforilase é inibida por 
glicose (feedback). 
No músculo, é ativada por AMP (sinal de que 
precisa de energia) e Ca²⁺ (durante contração). 
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤEstado metabólico: ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 
→Estado alimentado: insulina alta → estimula 
glicogênese. 
→Jejum curto: glucagon alto → estimula 
glicogenólise hepática. 
→Jejum prolongado: estoques se esgotam → entra 
gliconeogênese como fonte principal. 
 
 
 
Glicóliseㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 
→ocorre no citosol A glicólise é predominante no estado alimentado, quando a insulina está alta, favorecendo 
a captação e degradação de glicose para geração de energia imediata 
→é a via metabólica que quebra a glicose (C₆H₁₂O₆) em duas moléculas de piruvato, gerando energia na forma 
de ATP e NADH. 
 
→independente de oxigênio: acontece em condições aeróbicas e anaeróbicas. 
→ etapa 3 :Essa é uma das principais etapas de controle da glicólise, porque a PFK-1 regula o fluxo de glicose na 
célula com base nas necessidades energéticas. Quando há muita energia (ATP e citrato), a atividade da PFK-1 
diminui, e quando há falta de energia (como no caso de AMP ou frutose-2,6-bisfosfato), ela aumenta. 
 
 
 Fase 1: Investimento de Energia (Preparatória)Fase 2: Retorno de Energia (Payoff) Cada G3P rende produtos, e como 
temos 2 G3P por glicose, multiplica tudo por 2! 
Etapa Reação Reversível? Enzima Gasto/Ganho Observações tipo 
6 G3P → 
1,3-bisfosfoglicerato 
(1,3-BPG) 
✅ 
Reversível 
Gliceraldeído-3-fo
sfato 
desidrogenase 
(GAPDH) 
⚡ Ganha 1 
NADH (por G3P) 
Oxidação + adição de Pi 
(sem gastar ATP); forma 
composto de alta 
energia. 
Oxidação 
(desidrogenação) 
7 1,3-BPG → 
3-fosfoglicerato 
✅ 
Reversível 
Fosfoglicerato 
quinase 
⚡ Ganha 1 ATP 
(por G3P) 
Fosforilação a nível de 
substrato. Primeira 
geração de ATP. 
fosforilação a 
nível de substrato 
8 3-fosfoglicerato → 
2-fosfoglicerato 
✅ 
Reversível 
Fosfoglicerato 
mutase 
– Reorganiza a molécula 
para preparar nova 
desidratação. 
Desfosforilação a 
nível de substrato 
9 2-fosfoglicerato → 
Fosfoenolpiruvato 
(PEP) 
✅ 
Reversível 
Enolase – Sai uma água; forma 
composto com alta 
energia de 
transferência. 
Hidratação 
10 PEP → Piruvato ❌ 
Irreversível 
Piruvato quinase ⚡ Ganha 1 ATP 
(por G3P) 
Última fosforilação a 
nível de substrato. Passo 
chave e irreversível. 
Desidrogenação 
 
 
Saldo da Fase 2 
(por glicose, ou seja, 2 G3P): 
 4 ATP (2 por G3P) 2 NADH (1 por G3P) 2 Piruvatos 
Etapa Reação Reversível? Enzima Gasto/Ga
nho 
Observações tipo 
1 Glicose → Glicose-6-fosfato ❌ 
Irreversível 
Hexoquinase 💸 Gasta 1 
ATP 
Trava a glicose no 
metabolismo celular. 
Fosforilação 
2 Glicose-6-fosfato → 
Frutose-6-fosfato 
✅ 
Reversível 
Fosfoglicose isomerase – Muda a forma da 
molécula para poder 
fosforilar de novo. 
Isomerização 
3 Frutose-6-fosfato → 
Frutose-1,6-bisfosfato 
❌ 
Irreversível 
Fosfofrutoquinase-1 
(PFK-1) 
💸 Gasta 1 
ATP 
Etapa de regulação 
chave da glicólise! 
Fosforilação 
4 Frutose-1,6-bisfosfato → 
Gliceraldeído-3-fosfo 
(G3P)+Dihidroxiacetona-fosf
ato (DHAP) 
✅ 
Reversível 
Aldolase – Divide a hexose em 
duas trioses. 
Quebra (clivagem) 
5 DHAP → G3P ✅ 
Reversível 
Triose-fosfato isomerase – Agora temos 2 
moléculas de G3P 
para seguir. 
Isomerização 
 
Saldo da fase 1 
−2 ATP (dois ATP consumidos) 0 NADH 0 piruvato (ainda não é formado nessa fase) 
2 moléculas de gliceraldeído-3-fosfato (G3P) 
saldo total +2 ATP, +2 NADH, +2 piruvato 
 
Regulação da glicólise 
A glicólise é regulada em três etapas irreversíveis (e, portanto, altamente reguladas): 
1. Hexoquinase / Glicoquinase (fígado) 
Inibe por feedback da glicose-6-fosfato (no músculo). No fígado, quem atua é a glicoquinase: 
Não sofre inibição por G6P. 
Ativada por alta concentração de glicose (ex: após a refeição). 
Regulada pela proteína reguladora da glicoquinase, que a sequestra no núcleo quando a glicose está baixa. 
 
2. Fosfofrutoquinase-1 (PFK-1) – A estrela da regulação 
Essa é a enzima que decide se a glicólise vai ou não acontecer pra valer. 
Reguladores alostéricos: 
Ativadores: AMP (baixa energia celular) ,Frutose-2,6-bisfosfato (indicador do estado alimentado) 
inibidores: ATP (já tem energia, segura aí) Citrato (sinal de ciclo de Krebs bombando → não precisa mais 
glicólise), Inibição por acúmulo: 
Quando há excesso de ATP e citrato, o ciclo avisa: "tá de boa, para de mandar piruvato". A PFK-1 desacelera. 
 
3. Piruvato quinase 
Catalisa a conversão de fosfoenolpiruvato (PEP) em piruvato. 
Ativadores: 
Frutose-1,6-bisfosfato (feed-forward → reforça a via se ela já tá andando) 
Inibidores: 
ATP (claro, sinal de energia suficiente) 
Alanina (produzida a partir de piruvato, 
indicando que não precisa mais) 
 
 Regulação hormonal (no fígado): 
Insulina ativa a piruvato quinase (favorece 
glicólise). 
Glucagon a inibe via fosforilação (favorece 
gliconeogênese) 
 
Gliconeogênese 
→Síntese de glicose a partir de um percursor 
não glicídico (piruvato, glicerol, lactato, 
propionato , aminoácidos e alanina) 
→ocorre majoritariamente no fígado, nos 
hepatócitos, no rim, córtex renal e no epitélio intestina 
→ utiliza aminoácidos como a alanina pelo hepatócito no jejum prolongado, e é uma das principais fontes de 
carbono para a gliconeogênese 
→ durante gliconeogênese no figado está em estado catabolisco 
→Controlada por substrato, alosteria, modificações covalentes e expressão gênica. 
 
Precursores: lacato, glicerol, aminoacidos 
outra fonte de glicose é o lactato formado durante a glicolise quando há exercicios intensos 
 
 
↓[ Glicose] ↓[ Glicose-6-P] ↓[Insulina]↑[Glucagon] 
→Compartilha várias etapas coma via glicolítica;mas não é idêntica 
3 das10 etapas da viaglicolítica são IRREVERSÍVEIS, ETAPAS ENZIMÁTICAS DIFERENTES 
Nem todas as reações da glicólise são reversíveis. Algumas têm um ΔG muito negativo (altamente exergônicas), 
ou seja, são tão "desfavoráveis" no sentido inverso que o corpo precisa usar enzimas diferentes pra fazer a 
gliconeogênese funcionar. Essas etapas diferentes são os pontos de controle regulatórios das duas vias. 
 
ciclo de cori: É um ciclo que acontece pra reciclar o lactato produzido durante a glicólise anaeróbica nos 
músculos e transformá-lo de volta em glicose no fígado. 
 Etapas do Ciclo de Cori: 
No músculo (em hipóxia ou esforço intenso): A glicose é quebrada pela glicólise → vira piruvato. 
Como não tem oxigênio suficiente, o piruvato vira lactato (pra regenerar NAD⁺ e manter a glicólise 
funcionando). O lactato é jogado na corrente sanguínea. 
No fígado: O lactato chega no fígado e é convertido de volta em piruvato. O piruvato vira glicose via 
gliconeogênese (usando ATP). A glicose é enviada de volta pros músculos. Músculo recebe glicose, reinicia o 
processo. 
 
⚠piruvato cinase é irreversível = tem um ΔG muito negativo (é super espontânea no sentido da glicólise), 
então não dá pra simplesmente inverter e usar a mesma enzima na gliconeogênese. 
POR ISSO o corpo usa um "desvio metabólico": duas enzimas diferentes pra dar a volta 
 
A formação de PEP (fosfoenolpiruvato) na gliconeogênese ocorre por duas etapas distintas, o que pode causar 
um pouco de confusão. A chave aqui é entender que o processo envolve um desvio metabólico, já que a 
piruvato quinase da glicólise não pode ser simplesmente "invertida" para gerar PEP na gliconeogênese devido à 
sua grande irreversibilidade. 
 
Etapas para a formação de PEP: 
1. Piruvato carboxilase (primeira etapa): 
O piruvato (produzido na glicólise) não pode ser convertido diretamente em PEP, pois a piruvato quinase é 
irreversível. Portanto, o piruvato é primeiramente convertido em oxaloacetato pela enzima piruvato 
carboxilase. 
Piruvato + CO₂ → Oxaloacetato. 
Isso ocorre dentro da mitocôndria, e a reação usa ATP e é um processo anabólico. O oxaloacetato é uma 
molécula de 4 carbonos e vai ser a base para a próxima etapa. 
 
2. PEP carboxiquinase (PEPCK) (segunda etapa): 
O oxaloacetato gerado pela piruvato carboxilase é então convertido em PEP pela enzima PEP carboxiquinase 
(PEPCK).Oxaloacetato → PEP + CO₂. 
A reação ocorre no citosol (ou, em algumas células, na mitocôndria) e usa GTP como fonte de energia. Aqui, 
ocorre uma descarboxilação (perda de CO₂) do oxaloacetato, formando o PEP, sendo a molécula-chave para 
continuar a gliconeogênese até a formação de glicose. 
 
O motivo de essas duas etapas serem necessárias está relacionado à irrevogabilidade da reação de piruvato 
 Por que a gliconeogênese não é só "glicólise ao contrário"? 
 
As três etapas irreversíveis da glicólise são: 
 
Hexoquinase/glucoquinase: glicose → glicose-6-fosfato 
PFK-1: frutose-6-fosfato → frutose-1,6-bisfosfato 
Piruvato quinase: PEP → piruvato 
 
→A gliconeogênese contorna essas reações com enzimas próprias, formando um atalho enzimático para 
permitir o caminho inverso. 
 
 2. As etapas proprietárias da gliconeogênese (os “atalhos”) 
Piruvato → oxaloacetato 
Enzima: piruvato carboxilase (reação reversível, ativada por acetil-CoA) 
 
 
Oxaloacetato → PEP 
Enzima: PEP carboxiquinase (PEPCK) 
Reação libera CO₂ e consome GTP → etapa irreversível, chave regulatória 
 
Frutose-1,6-bisfosfato → frutose-6-fosfato 
Enzima: frutose-1,6-bisfosfatase 
 
Glicose-6-fosfato → glicose 
 
 3. Custo energético 
Formar 1 molécula de glicose a partir de piruvato exige: 
4 ATP 
2 GTP 
2 NADH 
Ou seja: a gliconeogênese é cara, o corpo só faz quando é muito necessário, tipo em jejum prolongado ou 
estresse metabólico. 
 
Glicose-6-Fosfatase 
Enzima presente apenas no fígado e no córtex renal. Permite a liberação de glicose livre na corrente sanguínea, 
essencial para manter a glicemia durante o jejum. 
Não está presente no músculo, por isso o músculo não participa diretamente da manutenção da glicemia. 
 
 
 4. Regulação da gliconeogênese 
São 4 níveis clássicos de controle: 
 
a) Disponibilidade de substrato 
Sem piruvato, lactato, alanina ou glicerol, não rola gliconeogênese. 
Proteólise muscular → alanina, glutamina 
 Lipólise → glicerol 
 Anaerobiose → lactato 
 
 b) Regulação alostérica 
Reguladores ativam ou inibem enzimas de forma direta: 
Acetil-CoA ativa piruvato carboxilase 
AMP/ADP inibem a gliconeogênese (sem energia → foca na glicólise) 
ATP/F26BP regulam PFK-1 e FBPase-1 
 
F26BP: o turbo da glicólise 
→ Estimula PFK-1 (glicólise) 
→ Inibe FBPase-1 (gliconeogênese) 
 c) Regulação covalente 
O complexo PFK-2/FBPase-2 regula os níveis de F26BP: 
 
Alimentado → insulina ativa PFK-2 → mais F26BP → glicólise ON 
Jejum → glucagon ativa FBPase-2 → menos F26BP → gliconeogênese ON 
 
d) Regulação transcricional 
Enzimas como PEPCK, piruvato carboxilase e glicose-6-fosfatase têm expressão aumentada no jejum, sob 
controle de hormônios como o glucagon e os corticoides. 
Exemplo: Glucagon ativa CREB → estimula transcrição das enzimas da GNG 
 
5. Integração tecidual 
A gliconeogênese é um trabalho em grupo entre tecidos: 
Músculo: libera alanina (Ciclo de Cahill) e lactato (Ciclo de Cori) 
Tecido adiposo: libera glicerol 
 
Fígado e córtex renal: convertem tudo isso em glicose 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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	 Fase 1: Investimento de Energia (Preparatória)Fase 2: Retorno de Energia (Payoff) Cada G3P rende produtos, e como temos 2 G3P por glicose, multiplica tudo por 2! 
	 
	Gliconeogênese 
	Etapas para a formação de PEP:

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