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www.direitofacil.com \ÇàÜÉwâ†ûÉ tÉ XáàâwÉ wÉ W|Üx|àÉ „ ]Éá° eÉuxÜàÉ ixwÉätàÉ 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO Ramos do Direito: Temos. Direito Privado: Trata do Civil e Comercial; Direito Público: Trata dos demais ramos. Ciência Jurídica: Considera-se. a) Natural; b) Humano. Conhecimento Jurídico: É o renascimento do objeto conhecido em novas condições de existência dentro do sujeito conhecido. O valor enquanto idéia pode ser classificado na região da teoria dos objetos. Sendo: a) Sujeito Cognoscente; b) Objeto Cognoscível. Ciência Jurídica (Latus Senso): Considera-se. Sociologia Jurídica: Se preocupa com a pessoa – o ser; Axiologia Jurídica: Apreciação, estudo dos fatos – valoração; Dogmática Jurídica: Se preocupa com o tempo, espaço, as normas. É a ciência jurídica em sentido restrito “Stricto Senso”; Epistemologia Jurídica: Reflexão geral em torno da natureza, etapas e limites do conhecimento humano, especialmente nas relações que se estabelecem entre o sujeito indagativo e o objeto inerte, as duas polaridades tradicionais do processo cognitivo. Ciência Jurídica (Stricto Senso): O IED trata mais a dogmática jurídica. “Stricto Senso”. Ciências Sociais: Estuda-se. Causais: Ser principal — causalidade; Normativas: Define o comportamento. Comportamento do Homem: A ciência social estuda o comportamento das pessoas e o convívio social. Psicologia Forense: Divide-se em: a) Psicologia normal; b) Psicologia patológica. História do Direito: Estudo dos fatores da evolução das normas através do tempo desde a Antigüidade. Sociologia Jurídica: Estudo do comportamento geral divide-se em: Microssociologia: Se preocupa com os menores grupos; Macrossociologia: Estudo do comportamento de forma globalizada e dentro destas, por núcleo, grupo, define-se por tipologia jurídica. www.direitofacil.com \ÇàÜÉwâ†ûÉ tÉ XáàâwÉ wÉ W|Üx|àÉ „ ]Éá° eÉuxÜàÉ ixwÉätàÉ 2 Sociologia Genética: Estudo de todas as transformações ocorridas com as pessoas. Direito no Quadro do Universo – Regiões Ônticas: Teoria dos objetos ou teoria ontológica “Cósio”, conforme se define pela teoria do conhecimento. Trata-se de objeto cultural desenvolvido pelo homem para atender as suas necessidades e uma divisão da cultura material e espiritual. O direito positivado, ou seja, a ciência jurídica em sentido escrito, pode ser classificado na região dos objetos culturais e espiritual. a saber: Ideal - Intelecção: Divide-se em. a) Irreais – Não tem existência no espaço e no tempo; b) Não estão na experiência; c) São neutros ao valor. Naturais - Explicação: Divide-se em. a) São reais na existência; b) Estão na experiência; c)São neutros ao valor. Culturais - Compreensão: Divide-se em. a) São reais na existência; b) Estão na experiência; c) São valiosos positivamente e negativamente. Metafísicos: Divide-se em. a) São reais na existência; b) Não estão na experiência; c) São valiosos. Principio da Causalidade: Divide-se em. a) São imutáveis; b) São invioláveis; c) São isonómicas; d) São universais. Valor: Está entre o bem e o mal, o que pode ascender ou rebaixar. Valorar para cima ou para baixo. a) Responder/atender uma necessidade humana; b) Bipolaridade – sempre há dois polos; c) O bem e o mal, a justiça e a injustiça; d) Relatividade; e) Hierarquia. Definições Histórica do Direito: Segundo o pensamento dos historiadores, o direito tem por objetivo: a) Direito é a arte do bom e do justo. (Also – jurisconsulto, séc. I); b) Direito é a proporção real e pessoal de homem para homem, que, conservada a sociedade conserva, e que destruída a destrói. (Dante Alighieri – séc. 13); c) Direito é o conjunto de normas ditadas pela razão e sugeridas pelo “appetitus societatis” (Hugo Grócio – séc, 17); www.direitofacil.com \ÇàÜÉwâ†ûÉ tÉ XáàâwÉ wÉ W|Üx|àÉ „ ]Éá° eÉuxÜàÉ ixwÉätàÉ 3 e) Direito é o conjunto das condições segundo as quais o arbítrio de cada um pode coexistir com o arbítrio dos outros, de acordo com uma lei geral de liberdade (Kant, séc. 18); f) Direito é a soma das condições da existência social, no seu amplo sentido, assegurada pelo Estado através da coação (Ihering – séc. 19). Direito Como Norma: É a lei, regra social obrigatória, divide-se em: Positivo: São as leis criadas pelo homem e a sua institucionalização pelo Estado, cabendo ao próprio Estado fiscalizar o cumprimento delas, pois se trata do ordenamento jurídico que rege um determinado Estado. Natural: Não é escrito. Não é criado/ditado pela sociedade. Direito Como Faculdade: Opção de escolha do indivíduo. Leis que dão critérios de opção. Poder pessoal individual ou coletivo em relação a determinado objeto, divide-se em: Direito Objetivo: Composto por todas as normas de organização social “Ius Norma Agendi”; Direito Subjetivo: Possibilidade e poderes para agir de uma pessoa garantido pela ordem jurídica. É uma projeção da norma na relação jurídica concreta, permitindo uma conduta ou estabelecendo conseqüências jurídicas. “Ius Facultas Agendi”. Características do Direito subjetivo: Tem como característica. Interesse: Alcançar as necessidades pessoais, materiais e espirituais da pessoa; Função: Atende a terceiros, outras pessoas; Direito Justo: É o que é devido a outrem, segundo uma igualdade; Direito Ciência: É a arte do bom e do justo. É a ciência que estuda os fatos jurídicos; Direito Fato: Social É o conjunto das condições existenciais e evolucionais da sociedade, coativamente asseguradas, ou em forma mais atual do conjunto das condições de desenvolvimento; Direito Nominal: Em Latim – “Rectum Directum”. Direito Como Norma: A palavra direito designa o conjunto de lei ou regras jurídicas aplicáveis à atividade dos homens – Planiol – Teoria formalista. Ordenamento Jurídico: É aquele constituído pelo direito positivo “Norma Agendi”. Direito Público: É a parte do direito que estuda a relação em que a parte é a própria sociedade, representada pelo Estado. Sendo: a) Estado considerado em si mesmo. Faz parte a União Federal, Estados, Municípios e Distrito Federal, as secretárias e os ministérios; b) Estado e suas relações com os particulares. (administração indireta); c) Ações movidas pelas autarquias da União, Estados, Municípios e Distrito Federal; d) Organizações internacionais com os Estados; e) Normas internacionais são tratados – ONU X Estados. www.direitofacil.com \ÇàÜÉwâ†ûÉ tÉ XáàâwÉ wÉ W|Üx|àÉ „ ]Éá° eÉuxÜàÉ ixwÉätàÉ 4 Direito Privado: É o ramo do direito que regula as relações dos particulares entre si. Classificação Quanto ao Objeto: Observa-se. Direito Público Interno: Divide-se em. a) Direito constitucional: É a base da sociedade; b) Direito financeiro: Como aplicar a arrecadação. Como distribuir a renda; c) Direito tributário: Cobrança da arrecadação em geral (União, Estados, Municípios); d) Direito administrativo: Regula a atividade do poder executivo, e só o poder executivo; e) Direito penal: Pela razão do Estado definir os crimes e proteger os principais valores da sociedade; f) Processual: Através do processo que a pessoa vai conseguir a tutela do Estado; Direito Público Interno: Divide-se em. a) Externo Direito internacional público – Estado x Estado – Estado x Organizações. Divisão do Direito Privado: Considera-se. Comum: Divide-se em. a) Civil: Trata das relações entre particulares. Especial: Divide-se em. a) Comercial: Trata das relações mercantis (atividades comerciais); b) Trabalho: Trata das relações de emprego, Há forte atuação/proteção do Estado; c) Internacional Privado: Tratadas relações dos particulares na sociedade internacional; d) Previdenciário: Trata dos assuntos relacionados a previdência social. Evolução Histórica do Direito: A evolução do direito registra as seguintes fases: 1ª Fase: O direito é exercido pelo particular, o mais forte sempre leva vantagem; 2ª Fase: O Direito era exercido pelo ancião (sacerdote). Foram os primeiros juizes, que mantinha sua decisão em segredo. Fase denominada como (Causística). O direito era tido como divino, havia receio da ira dos deuses. Verifica-se a mistura com a religião. Com o passar dos tempos o segredo foi deixado de lado, em função da repetição da punição para os casos iguais, ou seja, passaram a ser regras costumeiras, daí surgiu a lei; 3ª Fase: Com a revelação das sentenças surgiu a lei escrita, sendo as primeiras: a) Código de Hamurabi — Deus sol – Babilônia; b) Código Ur — Namu, sendo este o mais antigo. 4ª Fase: Entra a lei de Talião é o direito romano. www.direitofacil.com \ÇàÜÉwâ†ûÉ tÉ XáàâwÉ wÉ W|Üx|àÉ „ ]Éá° eÉuxÜàÉ ixwÉätàÉ 5 Realidade Fático Axiólogo Normativa: Considera para a aplicação da sanção o fato, o valor e a norma. É a tridimencionalidade do direito. As três compõem a análise jurídica, isto é, fato, valor e norma estão intimamente ligados. Considerando que: Constante Axiológico: Direito natural das pessoas, não mudam no tempo. Direito é a realidade histórica cultural, tridimencional, ordenada de forma bilateral atributiva, segundo valores de convivência; Característica do Fato: É um acontecimento social referido pelo direito objetivo — (Normas/Regras); Característica do Valor: É o elemento moral do direito, sob o ponto de vista da justiça; Característica da Norma: Norma é padrão de comportamento social, que o Estado impõe aos indivíduos. Norma Jurídica: Norma jurídica é a substância do direito objetivo e que exige a conduta ou modelo imposto de organização social. Dogmática Jurídica: A dogmática jurídica é a ciência que sistematiza e descreve a norma jurídica. Características das Normas Jurídicas: Compreende: Abstração: A lei não é específica; Generalidades: As pessoas têm que estar na mesma igualdade. Tratar os iguais como iguais e os desiguais como desiguais. É o princípio da isonomia; Imperatividade: A norma é imperativa e imposição de vontade e não mero aconselhamento; Bilateralidade: A lei sempre envolve duas pessoas. Um pólo ativo ou passivo; Autorizamento: Poder do Estado de fazer cumprir as normas. Trata-se da coercibilidade. Classificação das Sanções: Considera-se. Quanto ao Ramo do Direito: a) Podem ser: civil, penal, administrativa e processual. No penal são privativas de liberdade, restritiva de direito e multas. Quanto à Natureza: a) Restitutivas: Art. 159 do C.C; b) Compensatórias: Correção monetária; c) Repressiva: Sanções penais e multas; d) Adienientes: Prescrição, inércia, preclusão; e) Preventivas: Interdito proibitório. Sanção Processual: Litigância de má fé fica o litigante responsável pelas custas do processo. Classificação das Normas Jurídicas Quanto à Hierarquia: Verifica-se. www.direitofacil.com \ÇàÜÉwâ†ûÉ tÉ XáàâwÉ wÉ W|Üx|àÉ „ ]Éá° eÉuxÜàÉ ixwÉätàÉ 6 Constitucionais: São aquelas que condicionam a validade de todas as outras normas; Leis Complementares: Têm como função tratar de certas matérias que a Constituição Federal, entende que devam ser reguladas por normas mais rígidas que as demais leis de mesma hierarquia. A lei complementar é taxativa e para a sua aprovação é necessário maioria absoluta – 50% mais um dos componentes do Congresso ( na Câmara e no Senado); Leis Ordinárias: São frutos da atividade típica e regular do Poder Legislativo. Exige-se maioria simples – 50% dos presentes mais um. Ex.: Código Civil, Lei de Falências etc.; Leis Delegadas: São elaboradas pelo Presidente da República que solicita delegação do Congresso Nacional; Decretos Legislativos: Se prestam a regular matérias relativas as atividades do Poder Legislativo; Resoluções: São atos dos entes da administração. Ex.: Resoluções do Banco Central; Medidas Provisórias: São aquelas emanadas pelo Presidente da República (art. 62 da C.F.) para em casos de relevância e urgência; Decretos Regulamentares: São atos do Poder Executivo baixados para regulamentar normas de hierarquia superior – Lei 6899/81 que determina a aplicação de correção monetária; Outras Normas: São portarias ministeriais e circulares. Classificação das Normas Jurídicas Quanto à Natureza de Suas Disposições: Verifica-se. Substantivas ou Materiais: São as que criam, declaram e definem direitos e deveres; Adjetivas ou Processuais: São as que regulam o modo (processo) para o acesso ao poder judiciário – Código Processo Civil, Código Penal, CLT etc. Classificação das Normas Jurídicas Quanto à Aplicabilidade: Verifica-se. Auto Aplicável: Entram em vigor independentemente de outras normas posterior; Dependentes de Complementação: É a que expressamente declara a sua necessidade de complementação por outra norma, e cujo complemento decorra do sentido de suas disposições (art. 192 C.F); Pendentes de Regulamentação: São as normas que em a lei designa órgãos do Poder Executivo para deliberar sobre a matéria na lei. Classificação das Normas Jurídicas Quanto à Sua Sistematização: Verifica-se. Constitucionais: Estão dispostas num único corpo legislativo; Codificados: É todo organismo de normas relativas a certos ramos do direito, fixadas numa única lei. Ex.: Código Civil – Lei 3071; Esparsos ou Extravagantes: É a norma editada isoladamente para tratar temas específicos. Ex.: Lei do inquilinato; www.direitofacil.com \ÇàÜÉwâ†ûÉ tÉ XáàâwÉ wÉ W|Üx|àÉ „ ]Éá° eÉuxÜàÉ ixwÉätàÉ 7 Consolidados: São as que resultam de uma série de leis esparsas que tratava determinado assunto, regulado de forma ampla. Ex.: Leis do Trabalho – C.L.T.; Descodificação: A tendência de surgir mais normas e os códigos manterem apenas os princípios e as regras gerais – Lei 9.656. Quanto à Obrigatoriedade: Toda norma jurídica é pública, pois emana do Estado. Diferem-se apenas na sua aplicação, pois uma ordem pública é imperativa, ou seja, proíbe ou obriga. Portanto são: Imperativas ou Cogentes: São normas de ordem pública que não podem ser modificadas pelas partes. Elas proíbem e Obrigam; Permissivas: São normas de ordem privada que permitem aos particulares estabelecerem regras por ato de vontade. Classificação das Normas Jurídicas Quanto à Esfera do Poder Público: Verifica-se. Supra Nacionais: Normas de organismos internacionais – Tratados; Federais: Normas emanadas pela União (Congresso Nacional); Estaduais Distritais: Todas as leis e portarias; Municipais: Idem. Classificação das Normas Jurídicas Quanto à Sanção: Verifica-se. Perfeitas: Anulam o ato; Mais que Perfeitas: Anulam o ato e ainda aplicam punição; Menos que Perfeitas: Mantém o ato, mas aplicam punição; Imperfeitas: Não anulam e nem punem. Elementos Estruturais da Norma: São considerados. Preâmbulo: a) epígrafe; b) ementa; c) considerando. Corpo Articulado: a) parte, livro e título; b) capítulo, seção e artigo; c) parágrafo inciso e alínea. Fecho: a) localidade e data. Vigência da Norma: Uma norma é válida quando aprovada segundo os ditames jurídicos. Válida significa que a lei existe – Vigência é diferente de obrigatoriedade. O início da vigência se dá com a publicidade. Vigência da Norma: Considera-se. www.direitofacil.com \ÇàÜÉwâ†ûÉ tÉ XáàâwÉ wÉ W|Üx|àÉ „ ]Éá° eÉuxÜàÉ ixwÉätàÉ 8 Eficácia: As normas podem retroagir como avançar; Vigência:Da sua publicação em diante se dá a obrigatoriedade; Início da Vigência: Após a publicação oficial (DOU – DOE), sendo: a) imediatamente na data de sua publicação; b) na data que ela própria determinar; c) 45 dias após a sua publicação. Efetividade: Deve ser representada pela norma no seu máximo, as normas que não alcançam qualquer grau de efetividade caracterizam o desuso; Desuso: Não aplicação da norma pelo órgão competente (Poder Judiciário). Pode ocorrer o desuso também pelas parte; Legitimidade: É o exame da fonte de onde emana a norma. Se a fonte for legítima, a norma é válida; Fonte: É aquela constituída pelos representantes do povo. É a exercida pelo próprio povo; Jusnaturalistas: Para eles, a fonte legítima é o estado de natureza. Vigência da Norma no Espaço: Considera-se. Princípio da Territorialidade: É aquele que a norma jurídica tem vigência e eficácia restrita as fronteiras do Estado; Princípio da Extraterritorialidade: É aquele em que serão aplicadas as relações jurídicas à lei de origem das pessoas envolvidas; Princípio da Territorialidade Moderada: Quanto aos bens e obrigações aplica-se a lei do país que tiveram situados ou constituídas e quanto as pessoas aplica-se a lei no âmbito nacional, inclusive, aviões, navios, embarcações, embaixadas, consulados, subsolo e atmosfera. Término da Vigência da Norma: Considera-se. a) Normas com vigência temporária com data final pré-determinada; b) Quando a norma estiver condicionada a determinada situação jurídica; c) 30 dias após publicada a medida provisória sem aprovação pelo Congresso; d) Pela revogação da norma. Revogação da Norma: Poder ser por. Ab-rogação: Quando a norma posterior suprimir totalmente a norma anterior; Derrogação: Quando a norma posterior suprimir parcialmente a norma anterior. Critérios de Revogação: Considera-se. Hierárquico: Para uma norma revogar a outra é necessário que ela esteja, no mínimo, no mesmo nível hierárquico, ou em plano superior; Cronológico: A norma jurídica nova revoga a antiga. Formas de Revogação: Verifica-se. Expressa: A lei nova taxativamente declara revogada a anterior; www.direitofacil.com \ÇàÜÉwâ†ûÉ tÉ XáàâwÉ wÉ W|Üx|àÉ „ ]Éá° eÉuxÜàÉ ixwÉätàÉ 9 Tácita: A lei nova não declara quais as normas jurídicas revogadas especificamente, tornando todas as normas incompatíveis com a norma nova ou quando regular inteiramente a matéria de que trata a norma anterior. Especialização: A especialização são normas que estabelecem disposições especiais sem alterar as regras gerais. A norma geral não revoga a norma específica ou vice e versa. Norma geral só é revogada por nova norma geral, ou seja, a geral revoga geral e específica revoga específica. Repristinação: O direito brasileiro não permite a repristinação automaticamente. Repristinação é fazer a vida uma norma já revogada, pelo fato de a norma revogadora ter perdido a sua vigência. Não podem, porém, ser revogadas, as cláusulas pétreas, que dispõe o art. 60 da C.F., que são: a) A forma federativa de Estado; b) O voto direto, secreto, universal e periódico; c) A separação dos três poderes. Jurisdição: É o poder que toca ao Estado, entre as suas atividades soberanas, de formular e de fazer atuar praticamente a regra jurídica concreta que, por força do direito vigente, disciplina determinada situação jurídica. Sintético: Poder de dizer o direito. Extradição: Não atinge o brasileiro nato, o naturalizado pode e também o estrangeiro. Estrangeiro não será extraditado, quando o crime for político ou a possibilidade de pena desumana. Conflitos de leis entre Estados (Países): A lei de introdução ao código civil regula as situações. Conflitos de leis entre estados membros/União: Prevalece a constituição, se houve da União, a lei estadual prevalece. Conflitos de leis entre os estados membros: Prevalece a lei do estado onde ocorrer o fato. Eficácia da norma jurídica: É a relação entre a ocorrência concreta real, factual no mundo do ser e o que está prescrito pela norma jurídica. Norma jurídica é o dever ser. Eficácia da Norma Jurídica: Verifica-se. Prestação: Cumprimento da norma; Sanção: Descumprimento da norma; Direito Adquirido: Ato perfeito, coisa julgada; Ato Jurídico Perfeito: É o ato praticado em certo momento histórico, em consonância com as normas jurídicas vigentes naquela ocasião; Coisa Julgada: É a claridade atribuída aos efeitos da decisão judicial definitiva, considera esta a decisão que já não cabe recursos; www.direitofacil.com \ÇàÜÉwâ†ûÉ tÉ XáàâwÉ wÉ W|Üx|àÉ „ ]Éá° eÉuxÜàÉ ixwÉätàÉ 10 Norma Inválida: Norma aprovada e promulgada em desacordo com os ditames estabelecidos no sistema jurídico. A inconstitucionalidade é declarada pelo Supremo Tribunal Federal e a retirada da eficácia e feita pelo Senado Federal. Elemento Técnico do Direito: Considera-se. Técnica: Para alcançar os seus fins, o homem utiliza um conjunto de meios de recursos adequados, ou seja: emprega a técnica. A ciência responde; e a técnica, como resolver; Técnica Jurídica: É o conjunto de meios e procedimentos que tornam prática e efetiva a norma jurídica; Técnica de Elaboração: Compreende: a) Composição: É a técnica legislativa; b) Apresentação: Disposição das normas. Técnica de Interpretação do Direito: Compreende: a) Gramatical: Interpretação de acordo com as técnicas da lingüística; b) Lógica: Analisa-se sob o conjunto do sistema jurídico em geral; c) Sistemática: Compara-se a lei com a anterior que regula a mesma matéria; Histórica: Examina-se os aspectos no instante da elaboração da lei. Linguagem Técnica Jurídica: Considera-se. Vocábulos: Palavras estritamente jurídica, de uso comum com sentido jurídico; Aforismo: São máximas do direito; Semiótica: Teoria geral dos signos, que são ondas sonoras e gestos; Sintática: Pela lógica da gramática; Semântica: Estuda a relação; Pragmática: Estuda a relação entre a regra ou conjunto de regras relacionadas com a prática social e jurídica, em oposição a palavras e fórmulas; Fórmulas e Estilo. Linguagem de Argumentação: Considera-se. Poder de convencimento: É a manifestação jurídica que deve ter: a) Exposição dos fatos; b) Motivação dos direitos; c) Pedido ou conclusão. Mensagem: Pode ser falada ou escrita; Conteúdo: O que versa a argumentação; Fundamentação: Em que se baseia para convencer o juiz. Ficção: Verifica-se quando o legislador aplica a uma categoria jurídica regulamento próprio de outra categoria. Ex.: embaixadas, heranças etc. Conteúdo da Técnica Jurídica: Considera-se. Meios Substanciais: É de natureza lógica e deriva do intelecto, sendo: www.direitofacil.com \ÇàÜÉwâ†ûÉ tÉ XáàâwÉ wÉ W|Üx|àÉ „ ]Éá° eÉuxÜàÉ ixwÉätàÉ 11 Atos Formais: São os que têm a forma livre. Todos os acontecimentos da vida jurídica devem constar em registro. A finalidade é dar conhecimento público do ato. Ex.: escritura, contrato social etc; Atos não Formais: São os que não necessitam de assentamento público; Definir: Precisar o sentido de uma palavra ou revelar o objeto por suas características essenciais. É feito pelo doutrinador. (juízo externo); Conceito: É a representação intelectual da realidade, que chama conhecimento pensante. É fornecido e é a experiência comum das pessoas. As demais ciências e as junções por ela elaboradas. (juízo interno); Categoria: É um gênero jurídico que reúne diversas espécies que guardam afinidade entre si, são: a) Sociedade civil; b) Sociedade comercial, S/A e Ltda; c) Associações; d) Fundações. Presunção Simples: Feita por qualquer pessoa e também pelo juiz; Presunção Legal: Presume-seque o autor tinha conhecimento da lei, pois ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. Presunção Legal Absoluta: Não admite prova em contrário; Presunção Legal Relativa: Permite prova em contrário até onde o direito permitir; Presunção Legal Mista: Em princípio se admite prova em contrário, exceto mediante determinada forma da lei. Codificação do Direito: A codificação é uma das formas como se apresenta o direito. É o conjunto orgânico e sistemático de normas jurídicas escritas e relativos a um amplo ramo do direito. Fundamental num código é a organicidade e as partes do código não possuírem autonomia. O critério de interpretação de uma norma inserida num código é sistemático. Elaboração de Código: Não entra conjugação de leis. É a modernização do direito através de pesquisa comprovada, ou seja: DC + SE + OHC (direito comparado + setores especializados + opinião do homem comum). Codificação: Incorporação é uma forma de agrupar num só texto as normas que se acham dispersas. É as consolidações. Ex. CLT. Já a codificação. Incorporação: É a incorporação condensada de determinado ramo do direito positivo. A codificação introduz inovações. A incorporação reúne apenas leis existentes. O código é sistematizado, ou seja, ele tem um sistema lógico. A incorporação não tem rigor lógico. Duração dos Códigos: Devido aos estudos que são despendidos na sua elaboração, o código tem que ter longa vida. Somente se torna inadequado/obsoleto, quando deixa de atender as necessidades da sociedade. Códigos Antigos: Eram elaborados sem lógica e sem estilo, era uma condensação de costumes. Dentre eles, cabe citação dos seguintes: www.direitofacil.com \ÇàÜÉwâ†ûÉ tÉ XáàâwÉ wÉ W|Üx|àÉ „ ]Éá° eÉuxÜàÉ ixwÉätàÉ 12 Código de Ur Manu: 2.050 a.C. – O mais antigo e já previa a multa em valor e penas severas em relação a três coisas: roubo, bebida e jogo; Código de Hamurabi: 2.000 a.C. – Separou a moral da religião. Regras sobre: ciúmes, patrimônio, família e salário; Legislação Mosaíca: 1.200 a.C. – Basicamente os 10 mandamentos inseridos no Pentateuco. São os livros da bíblia de Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio; Leis das XII Tábuas: Séc. V a.C. – Elaboradas por uma comissão de jurisconsultos. Surgiu dos conflitos entre patrícios e plebeus, que reivindicavam equiparação em direitos. Eram claras e concisas, porém, extremamente cruéis; Código de Manu: Entre II a.C. e II d.C. – Tratava da moral, religião e política. Foi elaborado por Manu, que é pseudônimo de classe sacerdotal, que atribuíam a natureza divina; Alcorão: Séc. VII d.C. – Livro religioso e político dos muçulmanos, ditado pelo arcanjo Gabriel ao profeta Maomé. Primeiros Códigos: Considera-se. Prússia: Primeiro código com base científica, elaborado a pedido de Frederique 1º em 01.06.1794. Havia clareza e concisão e só tratava de matérias do direito privado e foi inspirado no direito germânico e romano; Napoleão: Em vigor em 1804. Resultado de uma aspiração nacional e é considerado o código mais importante do mundo. Uma comissão formada com conhecimento cientifico sobre direito romano, revolucionário e filosófico. Com técnica apurada e conteúdo científico, acabou influenciando várias outras legislação. Alguns aspectos: a) Caráter absoluto da propriedade; b) O contrato faz leis entre as partes; c) O dever de reparação pelos danos causados. Áustria: Influenciado pela doutrina filosófica de Kant em 1812. Muito parecido com o código francês. Consagra a liberdade para todos, independente de nacionalidade, religião. Positivou os direitos humanos. Polemica de Thibout e Savigny: Considera-se. Thibout: Defendia a codificação que poderia ser o fator de unidade nacional. O direito positivo ganharia uma natureza formal e de ordem material. A população seria ouvida sobre cada instituto (casamento, patrimônio etc); Savigny: Os costumes é que deveriam continuar sendo a fonte de direitos. Os costumes são as fontes mais legítimas de direito. A codificação impedia que o direito acompanhasse a evolução social e na Alemanha nao existia as condições necessárias para a implantação do código. Código Civil Brasileiro: Considera-se. Características: Científica, cultural e profundamente técnico; Quanto à origem: Contratual e extracontratual; Quanto ao Ato: Positivo e negativo; Quanto ao Tempo: Permanente e transitório. www.direitofacil.com \ÇàÜÉwâ†ûÉ tÉ XáàâwÉ wÉ W|Üx|àÉ „ ]Éá° eÉuxÜàÉ ixwÉätàÉ 13 Axiomas de Lógica Jurídica: O primeiro esboço foi apresentado por Teixeira de Freitas, continha 4800 artigos e abrangia o código civil e comercial. Não foi aceito, mas a Argentina o copiou. O segundo foi por Nabuco de Araújo, que não concluído devido ao seu falecimento. O terceiro foi por Felício dos Santos e Coelho Rodrigues. Também não aprovado e por fim, o quarto por Clóvis Bevilaqua, que foi revisado por Rui Barbosa. É a lei 3071. Dever Jurídico: Direito e dever são coisas correlatas. Dever jurídico significa cumprir a norma exigida. É sujeição de uma pessoa (devedor) a outra (titular) que obriga aquela (devedora) a uma prestação desta (titular), que pode exigi-la no judiciário, em razão de uma norma de caráter geral ou na ocorrência de certos fatos jurídicos. Características do Dever Jurídico: Dever jurídico opõe-se ao direito subjetivo, que é o poder e supõe um vínculo entre devedor e titular, distinguindo-se do dever moral pela existência do autorizamento. Assim, todo dever jurídico acarreta direito, mas a recíproca não é verdadeira. Características do Dever Jurídico: Considera-se. Contratual: Dever jurídico contratual é direito devido por um acordo de vontades reguladas por lei; Extracontratual: É aquele que tem origem numa norma jurídica. C.C 159; Positivo: Que impõe ao sujeito passivo da relação jurídica uma obrigação “de dar ou fazer”. É o dever jurídico comissivo; Negativo: É o dever que exige sempre uma omissão. Deveres jurídicos omissivos; Permanente: Verifica-se quando a obrigação, não se esgota com o seu cumprimento; Transitória: É aquele que se extingue como cumprimento da ação. Axiomas de Lógica Jurídica: Considera-se. Axioma de Inclusão: Tudo o que está juridicamente ordenado, está juridicamente permitido. Ex.: direito de votar; Axioma de Liberdade: O que estando juridicamente permitido, não está juridicamente ordenado, pode-se livremente fazer ou omitir; Axioma de Contradição: A conduta juridicamente regulada não pode ser, ao mesmo tempo, proibida e permitida; Axioma de Exclusão do meio: Se uma conduta está juridicamente regulada, ou está proibida, ou está permitida; Axioma de Identidade: Todo o objeto do conhecimento jurídico é idêntico a si mesmo. Dever Jurídico e Efetividade do Direito: É pelo cumprimento do dever jurídico que se alcança a efetividade das normas. Conceito de Justiça: Para Kelsen, justiça é a felicidade garantida pela ordem social, sendo: www.direitofacil.com \ÇàÜÉwâ†ûÉ tÉ XáàâwÉ wÉ W|Üx|àÉ „ ]Éá° eÉuxÜàÉ ixwÉätàÉ 14 Objetivamente: Procura-se a paz, felicidade, ordem; Subjetivamente: É um ideal que se busca; Ordem Jurídica: A ordem jurídica é a disposição da vontade humana no interesse coletivo, resultando na ordem social que é a sociedade; Justiça e o Direito: O legislador fixa os critérios da lei para garantir o bem estar de uma coletividade. Cabe ao poder judiciário garantir o cumprimento da lei. Justiça e Amor: Considera-se. Platão: Justiça é o que bom, ou seja, o bem absoluto, definido por Deus nas escrituras; Kelsen: Retribuir ao mal, não com o mal, mas com amor; Gofreddo: O direito como o amor, tem a sua fonte originária no coração dos homens.Caráter Absoluto da Justiça: Quando o legislador elabora a lei, é o direito positivo, ou a justiça absoluta.. Pode haver a justiça relativa, que acontece quando o juiz aplica ou determina outros conceitos. Classificação da Justiça: Considera-se. Distributiva: Determina que ao Estado compete a repartição dos bens e encargos da sociedade; Comutativa: Compete aos particulares nas relações de troca visando preservar a igualdade, o equilíbrio entre o que dá e o que recebe. Ex.: contrato; Geral: Consiste na contribuição de todos os membros da sociedade para o bem comum; Social: Consiste na proteção aos mais pobres, mediante a adoção de critérios de repartição de riquezas. Sesgurança Jurídica: É a defesa dos interesses pelo estabelecimento da ordem e manutenção da paz. A justiça é um valor supremo, mas para que não seja apenas uma idéia, necessita de certas condições, como o da organização através de normas e princípios fundamentais. Que são: a) O Estado civil dever ser organizado; b) Estabelecimento de normas escritas ou não escritas; c) As leis devem ser relativamente estáveis. Princípios Relativos à Organização do Estado: Dever de adotar padrões de organização interna. A divisão dos poderes adotada por Aristóteles ainda é a mais utilizada, sendo: Legislativo, Executivo e Judiciário independentes e harmônicos entre si. Princípios de Direito Estabelecido: Considera-se. Positividade do Direito: Normas estabelecidas indicando os direitos e deveres. Pode se manifestar através de códigos ou costumes; Segurança e Orientação: As normas devem ser claras, simples e unívocas para que o homem comum possa entendê-las; www.direitofacil.com \ÇàÜÉwâ†ûÉ tÉ XáàâwÉ wÉ W|Üx|àÉ „ ]Éá° eÉuxÜàÉ ixwÉätàÉ 15 Irretroatividade da lei: No momento em que a lei penetra no mundo jurídico, deve atingir apenas os atos praticados na constância da sua vigência. Fontes do Direito: Considera-se. Fontes: Leis, costumes, jurisprudência; Norma Jurídica Escrita: São a C.F., Leis: Ordinária, Complementar, Delegada, M.P., Decretos, Resoluções, Circulares. Norma Jurídica Não Escrita: Costume jurídico. Conceito de Lei: É a mais importante fonte estatal nos países que adotam o direito escrito, sendo: Jus Scriptum: É a lei no sentido amplo; Jus Strictu: Lei no sentido estrito. Indica a norma elaborada pelo poder legislativo; Lei Substantiva ou Material: Reúne normas de conduta social que define direitos e deveres; Lei Adjetiva ou Formal: Agrupamento de regras que definem o procedimento a serem cumpridos para a aplicação da lei substancial. Formação da Lei: O processo legislativo desdobra-se nas seguintes etapas: a) Apresentação do projeto de lei; b) Exame pelas comissões; c) Discussão e aprovação; d) Revisão; e) Sanção; f) Promulgação; G) Publicação. Obrigatoriedade da Lei: É princípio do caráter imperativo da norma. O princípio básico da norma é que ninguém se escusa de cumprir a lei alegando que a desconhece (art. 3º LICC). O art. 21do C.P., diz “O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena, se evitável, poderá diminuí-la. Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias de Ter ou atingir essa consciência”. Direito Costumeiro: Primitivamente os povos adotaram normas de controle social geradas pelo consenso popular, que mais tarde foram codificadas. Código de Hamurabi, Lei das XII tábuas etc. A partir do século XIX operou-se na forma de manifestação do direito. O conceito de direito costumeiro “é uma prática gerada espontaneamente pelas forças sociais e de forma inconsciente, segundo alguns autores”. A lei é norma que aspira a efetividade, enquanto que o costume é a norma que aspira a validade. Os costumes jurídicos denominados “consuetudo” não se confunde com as regras de trato social. www.direitofacil.com \ÇàÜÉwâ†ûÉ tÉ XáàâwÉ wÉ W|Üx|àÉ „ ]Éá° eÉuxÜàÉ ixwÉätàÉ 16 Hábito e Imitação: Hábito É regulado pela inércia segundo a natureza do homem, que induz a repetir um ato pela forma conhecida e experimental. Imitação Corresponde a uma tendência natural do homem, que é copiar direito costumeiro, também pode ser definido como um conjunto de normas de conduta social, criadas espontaneamente pelo povo, através do uso reiterado e uniforme, que gera a certeza de obrigatoriedade, reconhecida e imposta pelo Estado. Definição de Upiano: Na definição de Upiano, costume significa o tácito consenso do povo, inveterado por longo tempo. Jaques Cujas (jurista Francês), apresentou o seguinte paralelo: a) Quid consuetudo Lex Non Scripta: É a lei não escrita; b) Quid Lex Consuetudo Scripta: É o costume escrito. REFERÊNCIAS LEI COSTUME Autor Poder Legislativo Povo Forma Escrita Oral Obrigatoriedade Início de vigência A partir da efetividade Criação Reflexiva Espontânea Positividade Validade que aspira efetividade Efetividade que aspira validade Validade Obedece formas e respeito a hierarquia das fontes Ser como fonte e respeito a hierarquia das fontes Legitimidade Preenchimento dos requisitos legais na elaboração Os costumes e os valores sociais Prova dos Costumes: Pelo princípio "IURI NOVIT CURIA" — Os juízes conhecem o direito pelo qual as partes não precisam provar. Não se aplica ao costume alegado (art. 337 do CPC, aduz que a parte que alegar o direito costumeiro deve provar o teor e a urgência. Na justiça ou no órgão da administração pública, os costumes podem ser provados por testemunhas, documentos, vistorias etc). Espécies de Costumes: Considera-se. Segundum Legem - Segundo a Lei: É previsto ou permito pela lei; Praeter Legem - Na ausência da Lei: Quando inexistir regra a respeito; Contra Legem - Contra a Lei: Que é contrário a lei; Desuetudo: Significa desuso, quando há uma lei em desuso e um costume contrário a ela; Ab-rogatio: Quando há uma lei vigente e um costume contrário. Desuso das Leis: As leis em desuso giram, no espírito de seus destinatários, a incerteza da obrigatoriedade quando não conduziu à crença de que deixaram de produzir efeitos. Gerando dúvida e incerteza, compromete o sistema. www.direitofacil.com \ÇàÜÉwâ†ûÉ tÉ XáàâwÉ wÉ W|Üx|àÉ „ ]Éá° eÉuxÜàÉ ixwÉätàÉ 17 O desuso deve estar generalizado na área de alcance da lei e por um prazo de tempo suficiente para gerar no povo o esquecimento da lei. Causas do Desuso - desuetudo: Considera-se. Anacrônicas: São leis que envelhecem durante o período de vigência e não foram revogadas por obra do legislador. O legislador negligenciou permitindo a defasagem; Artificiais: São leis que não tem por base a experiência social. É mera criação teórica e abstrata; Injustas: São leis irregulares que vão trair a justiça. Lei injusta é àquela que nega ao homem o que lhe é devido ou o que lhe confere o indevido; Defectivas: São leis planejadas com suficiência, revendo-se na prática sem condições de aplicabilidade. Dependem de complementação do órgão que as editou. Já nascem com a marca do desuso. Jurisprudência: A jurisprudência é o conjunto das decisões e interpretações das leis feitas pelos tribunais superiores, adaptando as normas às situações de fato, ou seja, são as decisões reiteradas sob determinados fatos. Assim, temos: Sentido Amplo: Coletânea de decisões proferidas pêlos juizes ou tribunais; Sentido Estrito: Dentro desta acepção, consiste no conjunto de decisões uniformes; Outro Sentido: Jurisprudência é a ciência do direito, do justo e do injusto; Jurisprudência Uniforme: São decisões uniformes; Jurisprudência Contraditória: São decisõesdivergentes. Doutrina: É o resultado do estudo de pensadores e juristas. É a “communis opinio doctorium”. A doutrina é considerada a fonte indireta do direito e argumento de autoridade “argumento autoritate”. O Doutrinador deve ter: a) Independência; b) Autoridade científica; c) Responsabilidade (senso do dever). Funções da Doutrina: Basicamente as funções da doutrina são: a) Atividade criadora; b) Função criadora; c) Atividade crítica. Procedimentos de Integração: Considera-se. Lacunas: Problema da existência das lacunas; Auto-integração; Hetero-integração. Postulado da Plenitude da Ordem Jurídica: O direito positivo é pleno de respostas, assim o juiz não pode se eximir em sentenciar alegando falta de lei (art. 126 do CPC). www.direitofacil.com \ÇàÜÉwâ†ûÉ tÉ XáàâwÉ wÉ W|Üx|àÉ „ ]Éá° eÉuxÜàÉ ixwÉätàÉ 18 Analogia Como Meio de Integração: É o recurso técnico que consiste em aplicar a uma hipótese não prevista pelo legislador, a solução por ele apresentada para um outro caso. A doutrina diverge quanto a inclusão da analogia no rol das Fontes do Direito, contudo, é pressuposto de aplicação da analogia, quando há a lacuna. Analogia e Interpretação Extensiva: Por vezes são confundidas. Na interpretação extensiva o caso é previsto pela lei mas com insuficiência verbal. A má redação da lei é uma das causas que geram a não correspondência entre as palavras e o espírito da lei.
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