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desinfecção e desinfetantes

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43
Disciplina: HIGIENE ZOOTÉCNICA 
Prof. Paulo Francisco Domingues 
Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública 
FMVZ-UNESP-Botucatu 
e-mail: domingues@fmvz.unesp.br
 
 
DESINFECÇÃO E DESINFETANTES 
 
A limpeza e a desinfecção são consideradas como principais métodos de 
prevenção de doenças. É indispensável que se adote um programa de limpeza e 
desinfecção abrangente e de uso rotineiro, visando a diminuição e manutenção de 
uma concentração baixa de microrganismos patogênicos no ambiente, dificultando 
desta forma, a probabilidade de infecções. 
 A desinfecção consiste em controlar ou eliminar os microrganismos 
indesejáveis, utilizando-se processos químicos ou físicos, que atuam na estrutura 
ou metabolismo dos mesmos. 
 
Desinfetante: É um agente, normalmente químico, que mata as formas 
vegetativas, mas não necessariamente as formas esporuladas de microrganismos 
patogênicos. Geralmente essas substâncias são aplicadas em objetos 
inanimados. 
 
Germicida: É o termo aplicado à substância química ou processo físico capaz de 
destruir todos os microrganismos, incluindo também suas formas de resistência, 
denominadas de esporos, como aqueles produzidos por bactérias do gênero 
Clostridium sp e Bacillus sp. 
 
Bactericida: São todas as substâncias químicas ou processos físicos capazes de 
destruir bactérias na sua forma vegetativa, não necessariamente os esporos 
bacterianos. 
 
 44
 Anti-séptico: É uma substância química que pode não ter efeito germicida, 
impedem ou bloqueiam o desenvolvimento, ou a ação dos microrganismos, tanto 
pela inibição de sua atividade, quanto por sua destruição. 
 
Fungicida e viricida: são os processos físicos, ou substâncias químicas que 
destroem fungos, ou vírus respectivamente. 
 
Sanitizante: O sanitizante reduz o número de contaminante bacterianos até um 
nível seguro. O termo se refere à condição de limpeza. Alguns detergentes se 
qualificam como sanitizante. Não é necessário que um sanitizante seja germicida. 
 
No manejo zoosanitário aplicado às diferentes espécies de interesse 
zootécnico, no que se refere à higiene, é bom frisar que um programa de limpeza 
e desinfecção é um suporte, e não um substituto de outras medidas higiênicas, 
tais como: o banho e troca de roupa do pessoal operacional, ou de pessoas 
visitantes da granja, a proibição ou controle da entrada de veículos na granja, o 
destino adequado das carcaças de animais mortos, o depósito e tratamento dos 
dejetos dos animais, e a utilização de baia ou área de quarentena, para novos 
animais que serão introduzidos na granja. 
O objetivo de um programa de limpeza e desinfecção é manter uma 
concentração baixa de agentes patogênicos, diminuindo-se, conseqüentemente, a 
probabilidade de infecções. Resultando nos seguintes benefícios: o aumento da 
produtividade; a diminuição na incidência de doenças infecciosas e 
parasitárias; diminuição do número de animais refugos (debilitados); 
diminuição de gastos com medicamentos, por animal/ano; bem como a 
diminuição de gastos com mão-de-obra. 
No planejamento e programação do processo de limpeza e desinfecção 
devem ser considerados alguns parâmetros, como: 
1) Superfícies e volumes a limpar e a desinfetar. 
2) Intervalos e freqüências de limpeza e desinfecção, em consonância com 
o sistema de produção. 
 
 45
3) Tipo de desinfetante que será utilizado, sua concentração ou diluição, e 
tempo de atuação. 
4) Determinação de uma seqüência lógica para as operações de limpeza e 
desinfecção. 
5) Estabelecer a qualificação e número de operadores necessários, para 
cada fase do serviço. 
6) Treinar os operadores, instruindo-os sobre os equipamentos de proteção 
individual e processos de limpeza e desinfecção. 
7) Determinar custos em função dos métodos empregados, número de 
operadores, e desinfetante a utilizar. 
8) Registrar em livro especial, a data, o material de limpeza usado, o 
desinfetante com sua concentração/diluição e forma de aplicação, e o 
responsável pela operação. 
9) Realizar teste de controle da qualidade microbiológica, colocando placas 
de Petri ou por amostragens com swabs, analisando-se em laboratório, 
especializado. 
10) Programar o rodízio de desinfetantes, para garantir a eficiência da 
desinfecção, e evitar o aparecimento de cepas de microrganismos 
resistentes a determinados desinfetantes. 
 
Existem dois sistemas de desinfecção, um deles realizado por processo 
químico e o outro físico. A desinfecção química é obtida utilizando-se os produtos 
químicos minerais, sintéticos ou naturais, enquanto que a desinfecção física é 
procedida pelo calor e radiação solar. 
 
DESINFECÇÃO POR AGENTES FÍSICOS 
 
Radiação solar: Esta tem efeito germicida pelos raios ultravioletas. Em ambientes 
de laboratórios, existem lâmpadas ultravioletas, com o objetivo de desinfetar o 
local. Este método de desinfecção é superficial, sua ação é lenta, e não penetra a 
fundo nos materiais. Nas criações extensivas, a pasto, a ação da luz solar sobre 
 
 46
microrganismos patógenos controla a ocorrência de enfermidades nos animais, 
pois a sobrevivência dos microrganismos é bem maior quando abrigados da luz 
solar direta. 
 
Calor: Utilizado de diferentes maneiras, principalmente na forma de vapor sob 
pressão, ou ebulição em ambiente livre. O processo de compostagem sólida de 
dejetos dos animais (esterco) e carcaças de animais mortos, também produz calor 
em sua profundidade, atingindo em média 70°C, destruindo desta forma muitos 
microrganismos patogênicos. O calor também é utilizado no processo de 
pasteurização, incineração e vassoura de fogo. Quanto ao frio, é utilizado apenas 
para retardar o crescimento dos microrganismos, sendo muito utilizado para 
conservação de alimentos. 
 
DESINFECÇÃO QUÍMICA 
 
 A desinfecção por meios químicos é a prática mais usual e efetiva em 
saúde animal. Atualmente há um grande número de produtos químicos à 
disposição no comércio para a prática da desinfecção. Embora as marcas 
comerciais sejam as mais variadas, os princípios ativos são restritos, 
principalmente, a compostos fenólicos e derivados do alcatrão de hulha, 
halogênios, álcoois e aldeídos, agentes tensoativo como os detergentes, agentes 
oxidantes, derivados de metais pesados, corantes, álcalis, ácido e ainda os 
compostos orgânico-naturais. 
 
CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DE UM DESINFETANTE 
 
 Não existe o desinfetante ideal, assim a escolha deverá recair sobre aquele 
que cumprir com maior número de requisitos à finalidade desejada, lembrando-se, 
entretanto que um bom desinfetante, é aquele que na mesma concentração e no 
mesmo espaço de tempo elimina bactérias, vírus, fungos, protozoários e parasitos. 
 
 
 47
Características desejáveis de um desinfetante: 
 
ƒ ser germicida. 
ƒ ser de baixo custo e de aplicação econômica (relação custo x benefício). 
ƒ ser atóxico para o homem e animais, não devendo irritar a pele e 
mucosas. 
ƒ ser estável frente a matéria orgânica, pH, luz. 
ƒ ser solúvel em água. 
ƒ não conferir odor ou sabor aos alimentos e objetos. 
ƒ ter poder residual. 
ƒ ser de fácil aplicação. 
ƒ apresentar poder de penetração e rapidez de ação. 
ƒ não ser corrosivo. 
ƒ ser biodegradável. 
 
MÉTODOS DE DESINFECÇÃO (TÉCNICAS) 
 
 As técnicas de desinfecção empregadas dependem dos objetos e dos 
materiais a serem desinfetados, levando-se em consideração as necessidades, e 
facilidade de aplicação. A seguir, as principais técnicas utilizadas: 
 
Pedilúvio: É colocado à porta das instalações para desinfecção dos calçados das 
pessoas, mesmo para aqueles que trabalhem no próprio estabelecimento ou 
propriedade. É muito importante no casode visitas às propriedades rurais, pois 
muitas vezes os microrganismos podem ser introduzidos nestas, pela sola dos 
calçados. É de uso rotineiro nas granjas de suínos e avícolas, e em caso de 
exposições e feiras de animais. 
A prática do pedilúvio deve ser de rotina em granjas leiteiras para profilaxia 
e controle de afecções podais, como as pododermatite infecciosas. O pedilúvio 
deve ser instalado no caminho de entrada ou retorno da sala de ordenha. 
 
 
 48
Rodolúvio: É utilizado na entrada das granjas para desinfecção dos pneus de 
veículos que adentram a propriedade, evitando-se a veiculação de agentes 
infecciosos de uma propriedade rural para a outra. 
 
Imersão: Mergulham-se os objetos, na água em ebulição, ou na solução contendo 
o desinfetante a ser utilizado. 
 
Pulverização: É obtida pulverizando-se o desinfetante, por meio de bombas 
costais ou sob a forma de spray. 
 
Aspersão: Espalha-se o desinfetante sobre o material a ser desinfetado. Difere da 
pulverização, pois na aspersão, as partículas são menores. 
 
Fumigação: Aproveitam-se as emanações anti-sépticas obtidas de certas 
substâncias, por meio de gás. É obtida, por exemplo, com a queima de pastilhas e 
pó, de diversas composições. Geralmente é utilizado formol e permanganato de 
potássio. 
 
PROPRIEDADES E USOS DOS DESINFETANTES 
 
 As propriedades dos desinfetantes variam de acordo com o seu princípio 
ativo. A Tabela 2 ilustra as propriedades e usos de alguns desinfetantes (O.I.E., 
1986). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 49
Tabela 2 – Propriedades e a indicação do uso dos desinfetantes na prática da 
desinfecção. 
 
 
 DESINFETANTES 
 
PROPRIEDADES GLUTA-
RALDEIDO
CLORHE-
XIDINA 
CLORO IODO FENOL AMÔNIA 
QUATER-
NÁRIA 
FORMOL
Bactericida + + + + + + + 
Fungicida + − − + + ± + 
Viricida + + ± + + ± + 
Toxicidade + − + − + − + 
Faixa de pH efetivo alcalino alcalino ácido ácido neutro alcalino alcalino 
Ação na presença matéria 
orgânica 
++++ + + +++ ++++ ++ ++++ 
 
USOS 
 
Equipamentos de 
incubatório 
+ + + + + + ± 
Desinfecção da água − + + + − + − 
Pessoas − + + + − + − 
Lavagem de ovos − + + − − + + 
Pisos + ± − − + + + 
Pedilúvio + − − − + + − 
Habitações + − ± + ± + + 
 
+ : Atividade do desinfetante 
− : Ausência de atividade 
± : Atividade limitada a condições especiais 
Fonte: Código Zoosanitário Internacional -O.I.E. - 5a. ed., 1986. 
 
 
EFICÁCIA DOS DESINFETANTES 
 
A eficácia dos desinfetantes químicos depende de vários fatores, como: 
 
• Concentração ou diluição do produto: deve-se seguir as recomendações 
do fabricante quanto à forma de aplicação, e o volume a ser utilizado. 
• Tempo de atuação ou exposição, seguindo-se as recomendações do 
fabricante. 
• Temperatura: a temperatura alta acelera o processo de desinfecção. 
 
 50
• Presença de matéria orgânica: a retirada prévia de sujidades melhora a 
ação do desinfetante. 
• Material a ser desinfetado: quanto mais poroso o material, menor a 
eficácia do desinfetante. 
• Sensibilidade e quantidade de microrganismos presentes no material ou 
ambiente a ser desinfetado. 
• Educação sanitária dos usuários. 
 
IMPORTÂNCIA DA LIMPEZA PRÉVIA NO PROCESSO DE DESINFECÇÃO 
 
 Antes de proceder à desinfecção é importante que se faça uma limpeza 
prévia do local ou material a ser desinfetado, pois além da maioria dos 
desinfetantes, diminuírem a sua ação em presença de matéria orgânica, este 
procedimento elimina mecanicamente grande quantidade de microrganismos 
presentes no local. A limpeza permite uma ação direta e mais eficiente do 
desinfetante sobre os microrganismos presentes na superfície a ser desinfetada. 
 A limpeza pode ser realizada por varredura, lavagem com água e sabão ou 
detergente, removendo-se fezes, restos de alimentos, gordura, entre outras 
sujidades. Os resíduos contaminados não devem ser deixados ao ar livre, pelo 
risco de contaminação imediata do local, ou pela dispersão dos contaminante, 
pelo vento ou água pluvial. 
 
RODÍZIO DE DESINFETANTES 
 
Em um programa de desinfecção devem ser ainda considerados alguns 
aspectos para se garantir o êxito da mesma. Não se deve misturar, ou combinar 
desinfetantes, pois este procedimento pode causar efeitos negativos, como a 
neutralização do poder desinfetante, reação química produzindo subprodutos 
tóxicos; e ainda por poder incrementar a resistência de determinados 
microrganismos. Deve-se ainda evitar o uso de desinfetantes tóxicos, irritantes 
e/ou com odores penetrantes, na presença de animais, reduzir o uso de 
 
 51
desinfetantes corrosivos, e empregar os produtos desinfetantes com amplo 
espectro germicida, garantindo-se assim êxito no processo de desinfecção. 
 
DESINFETANTES QUÍMICOS 
 
1. Fenóis e derivados do alcatrão de hulha: 
 
1.1. Fenol ou ácido carbólico: Foi descoberto no alcatrão de hulha, sendo 
denominado inicialmente como ácido carbólico. Foi o primeiro anti-séptico a ser 
usado em cirurgia asséptica. 
1.2. Cresol (ácidos cresílicos, tricresol): São os produtos derivados do 
fenol mais conhecidos, e utilizados. Estes produtos são recomendados na 
desinfecção de pisos, esgotos e instalações sanitárias. A sua ação se baseia na 
combinação com a proteína celular bacteriana, desnaturando-a. A creolina® 
contém 10% de cresóis e o lisol 50% de cresóis. 
1.3. Fenóis halogenados: A atividade do fenol é aumentada, quando 
associado com halogênios, como o flúor, cloro, bromo e iodo. O hexaclorofeno é 
um difenol branco, cristalino que possui seis átomos de cloro. É inodoro e 
virtualmente insolúvel em água, porém solúvel em álcali, álcool e acetona. A 
alcalinidade do sabão é suficiente para conservar o hexaclorofeno em solução 
aquosa. O hexaclorofeno (0,75%), se incorpora em sabões sólidos e líquidos, 
cremes detergentes como o Phisohex®, e outros veículos para desinfecção 
cutânea pré-operatória. 
Um grupo de microrganismos importantes em saúde animal e em saúde 
pública são os Mycobacterium spp, que resistem muitas horas ou dias aos 
desinfetantes comuns, sendo que os fenóis orgânicos conseguem inativá-los em 
30 minutos, se utilizados na concentração de 3% (ZANON et al., 1974). 
 
2. Alcalinos: Os álcalis são usados como desinfetantes desde os tempos 
antigos. O mecanismo ação relaciona-se com a concentração de íon hidroxila. 
 
 52
Sabe-se que um pH superior a 9,0 inibe o crescimento e desenvolvimento da 
maioria das bactérias. A maior parte do poder anti-séptico dos sabões, se deve ao 
seu conteúdo de álcali. Possuem um amplo espectro de ação, entretanto, não tem 
efeito sobre os esporos bacterianos. São recomendados para desinfecção de 
pisos e paredes das instalações. São tóxicos, corrosivos e irritantes, e não 
biodegradáveis. 
 
2.1. Soda cáustica: A “lixívia de soda” encerra aproximadamente 94% de 
hidróxido de sódio e é amplamente utilizada. É indicada para desinfecção de 
estábulos, em solução a 2% em água quente, durante 10 minutos. A eficiência da 
solução de lixívia pode ser aumentada com a adição de 1 Kg de cal, pois este 
retarda a conversão de hidróxido de sódio em carbonato de sódio, aumentando, 
conseqüentemente a sua ação desinfetante. 
 
2.2. Carbonato de sódio: É conhecido comercialmente como “soda de 
lavar”. Quando associado à lixívia aquecida, melhora-se o seu poder desinfetante. 
É indicado sob forma de uma solução na concentração de 4%, para desinfecção 
de instalações, e objetos contaminados. 
 
2.3. Cal (óxido de cálcio, cal viva): A cal viva (CaO), combinada com água, 
desenvolve grande quantidade de calor, transformando-seem Ca(OH)2 , cal 
apagada ou cal extinta, apresentando elevado valor desinfetante. A cal comercial 
é um desinfetante de baixo custo, e comumente utilizado para desinfecção de 
estábulos e instalações dos animais. Pode ser aplicada como pó ou sob a forma 
de mistura espessa com água, conhecida como leite de cal. As grandes vantagens 
da cal, como desinfetante, são além de sua fácil disponibilidade, o baixo custo. 
 
A cal hidratada ou cal extinta: Quando misturada a quatro volumes de água, 
forma-se uma suspensão alcalina, denominada água de cal. O leite de cal é obtido 
utilizando-se 2,5 litros de água para 9,0Kg de cal. Esta solução deve ser 
preparada no momento de sua utilização, para não perder o seu poder de ação. 
 
 53
3. Aldeídos 
 
3.1. Formaldeido ou Formol: O formaldeido sob a forma gasosa tem 
excelente propriedade bactericida e germicida. Possui a capacidade de reagir com 
o grupo amina da proteína celular, produzindo, assim, o efeito letal sobre as 
bactérias. O formaldeido (37% a 40%) mais água, recebe o nome de formalina, 
conhecido como formol comercial. Quando associado a detergentes, melhora a 
sua eficiência. Para uso em instalações é recomendado nas concentrações entre 
4% a 10%. 
O mesmo é indicado para desinfecção de incubadoras, câmaras assépticas 
e ambientes fechados, sendo muito utilizado na desinfecção de galpões na criação 
de frangos. O gás deve atuar por oito a dez horas no ambiente a ser desinfetado. 
 O formol, também tem aplicação em pedilúvio, principalmente para controle 
do Foot-Rot, doença dos ovinos, conhecida como podridão dos cascos, bem como 
para lesões podais de bovinos. 
 
3.2. Glutaraldeido: É um aldeído relativamente novo, sendo menos tóxico 
que o formol. O glutaraldeido tem largo espectro de ação, e é ativo na presença de 
matéria orgânica. É biodegradável, e seus resíduos contaminam alimentos. 
 É usado na desinfecção de instrumento cirúrgico, na instalação dos 
animais, equipamentos e salas de incubação. 
 
4. Halogênios e seus derivados 
 
4.1. Iodo: É um germicida, com alto poder de penetração, reagindo com o 
substrato protéico da célula bacteriana. É solúvel no álcool, e proporciona efetiva 
ação contra as bactérias existentes na pele íntegra. 
 A tintura de iodo é muito utilizada para fins anti-sépticos, principalmente na 
desinfecção do umbigo de animais recém-nascidos. 
 
 
 
 54
4.2. Iodóforos ou Iodophor: São conhecidos como, transportadores de iodo, 
constituindo-se de uma mistura de iodo, com detergentes e solubilizadores. Esta é 
a melhor forma de se utilizar o iodo principalmente na desinfecção de instalações. 
A eficácia do iodo aumenta à medida que se diminui o pH. Em pH neutro ou 
alcalino, a atividade antimicrobiana é mínima. Assim, os iodóforos devem ser 
formulados como soluções ácidas, a fim de se obter maior eficácia. O ácido 
fosfórico é o mais freqüentemente utilizado para esta finalidade. Soluções de 
iodóforos mantém boa atividade bactericida na presença de matéria orgânica. 
 Pode-se considerar os iodóforos como substâncias seguras, com baixa 
toxicidade, sendo destituídos de odor, e que apresentam boa estabilidade. São 
indicados, principalmente, para a desinfecção dos tetos dos animais, antes (pré-
dipping) e após a ordenha (pós-dipping), na prevenção e controle das mastites em 
rebanhos leiteiros. 
 
4.3. Cloro: Foi utilizado inicialmente, como alvejante na indústria têxtil. Teve 
suas propriedades desinfetantes demonstradas sob condições laboratoriais, pelo 
bacteriologista alemão Kock, em 1881. Em 1886, a American Public Health 
Association aprovou o uso dos hipocloritos como desinfetantes. Em 1908, foi 
introduzido o uso do cloro, na purificação da água consumida pela população dos 
Estados Unidos. 
 As indústrias de laticínios e as de alimentos, rapidamente aderiram ao uso 
do cloro para melhorar a qualidade da água que utilizavam e, também, na 
higienização de pisos, paredes, utensílios e equipamentos. Pode ser utilizado 
como desinfetante, sob as formas de gás, compostos inorgânicos, e os orgânicos. 
 Os principais compostos clorados, disponíveis no comércio, com suas 
respectivas porcentagens de cloro ativo em Cl2 , são apresentados na Tabela 3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 55
Tabela 3. Compostos clorados, com suas respectivas porcentagens de cloro ativo. 
 
 inorgânicos 
Nome Químico % de cloro ativo em Cl2
Hipoclorito de sódio 
Hipoclorito de cálcio 
Hipoclorito de lítio 
Fosfato trissódico clorado 
Dióxido de cloro 
Cloro gás 
1 - 15 
70 - 72 
30 - 35 
3,5 
17 
100 
 orgânicos 
Nome Químico % de cloro ativo em Cl2
Ácido Dicloroisocianúrico 
Ácido Tricloroisocianúrico 
Sulfonamida p-Tolueno de sódio (cloramina-T) 
Sulfonamida p-Tolueno (Dicloramina-T) 
Diclorodimetil Hidantoína 
70,9 
89 - 90 
24 - 26 
56 - 60 
66 
 
No Brasil, os hipocloritos, são amplamente usados na indústria de laticínios 
e nas propriedades produtoras de leite para desinfecção de equipamentos, 
utensílios de ordenha e higienização do úbere dos animais antes da ordenha. O 
hipoclorito de sódio é o mais usado, na forma líquida com teores de 1 a 15% de 
cloro ativo, expresso em Cl2. 
 Todos os compostos clorados, à exceção do dióxido de cloro, apresentam o 
mesmo mecanismo de ação. Quando estes produtos estão em solução aquosa, 
libera-se o ácido hipocloroso, em sua forma não dissociada, que apresenta 
capacidade de penetrar na célula bacteriana e destruí-la. 
 O cloro é considerado como desinfetante universal para a água, e a parte 
que permanece nesta, após período de ação média de 20 minutos, constitui o 
cloro livre, de grande poder desinfetante. Nas concentrações recomendadas, os 
hipocloritos desinfetam superfícies limpas. Quando há considerável resíduo de 
matéria orgânica e/ou minerais, estas se combinam à solução de cloro, dando 
origem ao cloro combinado, que apresenta baixa ação desinfetante. 
 
 
 
 
 
 56
5. Clorhexidina 
 
 O cloridrato de clorhexidina é um composto sintético. Quimicamente é o 
dicloridrato de 1,1-hexametil-enobis (p-clorofenil) biguanida. Tem reação alcalina, 
é levemente hidrossolúvel e relativamente atóxico. A clorhexidina é ativa contra 
diversas bactérias gram-positivas e gram-negativas, e outros microrganismos. 
Tem boa ação na presença de matéria orgânica. 
 A clorhexidina demonstrou ser útil na desinfecção de equipamentos e 
instalações contaminadas, panos de limpeza do úbere e equipamentos de 
ordenha. Tem boa ação no controle da mastite, pela imersão das tetas após a 
ordenha (pós-dipping). Normalmente, a concentração recomendada para esta 
finalidade é de 0,2% a 1% (RADOSTITS & BLOOD, 1986). A redução de novas 
taxas de infecção na mastite bovina foi significativa com a utilização de digliconato 
de clorhexidina a 0,5% com glicerina a 6% (HICKS et al., 1981). 
 
6. Substâncias tensoativas ou detergentes 
 
 As substâncias tensoativas possuem a capacidade de diminuir a tensão 
superficial dos líquidos. Tem boa solubilização, dispersão, emulsificação e 
umectação. Classifica-se em substâncias: aniônicas, catiônicas, não iônicas e 
anfóteras. 
 
6.1. Compostos de amônio quaternário: São substâncias tensoativas 
catiônicas, de baixa tensão superficial, que atuam aumentando a permeabilidade 
da membrana celular dos microrganismos, possibilitando a hidratação das células 
e sua implosão com perda de nitrogênio e potássio, e inativação do sistema 
enzimático bacteriano. Os compostos de amônio quaternário mais conhecidos 
são: cloreto de benzetônio e o cloreto de benzalcônio. 
 
6.2. Substâncias aniônicas ou sabões e detergentes: O mecanismo de ação 
é similar aos catiônicos, mas com atividadebactericida fraca, provavelmente, por 
 
 57
serem repelidos pela carga elétrica negativa da superfície bacteriana. São 
eficientes na eliminação da maioria dos microrganismos da pele. Não funcionam 
em água dura, ou seja, naquelas com altas concentrações de cálcio e magnésio. 
Possuem grupo polar COO− ou SO2 −. São mais ativos quando constituídos à 
base de ácidos graxos insaturados, como por exemplo, ácido oleico. Não são 
biodegradáveis. 
 
6.3. Substâncias anfóteras: Possuem um grupo catiônico, que é 
responsável pela ação bactericida; e um grupo aniônico, responsável pelo efeito 
detergente. O pH considerado ótimo para atuação desses compostos é variável e 
depende do número de grupos nitrogenados. O dodecil-glicina atua melhor em pH 
= 3,0, enquanto que o dodecil-diamino-etil-glicina age em faixas de pH entre 9,0 a 
9,5. 
 
7. Álcoois 
 
 Os álcoois alifáticos comuns são bons solventes anti-sépticos e 
desinfetantes. O álcool etílico ou etanol é tradicionalmente o mais comum e 
também o mais utilizado. É conhecido, ainda, como álcool de cereal, porque é 
produzido pela fermentação de grãos de cereais. Os álcoois possuem pronunciada 
ação bacteriana. 
 O etanol é comumente usado na diluição de 70%. Aparentemente, os 
álcoois produzem seu efeito pela desnaturação de proteínas solúveis, e 
diminuição da tensão superficial. 
 O álcool a 70% é considerado como bom anti-séptico, tendo a sua ação 
melhorada quando adicionado de 2% de tintura de iodo; conhecido como álcool 
iodado. É muito recomendado como anti-séptico da pele, e desinfecção de 
material clínico-cirúrgico. 
 
 
 
 
 58
8. Substâncias oxidantes 
 
8.1. Água oxigenada (H2O2) ou peróxido de hidrogênio: Pela ação da 
catalase existente nas bactérias ou em tecidos orgânicos, nos casos de 
ferimentos, sangue e pus, ocorre a liberação de oxigênio nascente, promovendo a 
desinfecção por oxidação. A água oxigenada, na concentração de 3%, tem 
indicação principalmente como anti-séptico e também na limpeza, pelo 
borbulhamento de lesões, e feridas. Sua ação é rápida e instável, não sendo 
corrosiva nem tóxica. É biodegradável. É muito utilizada na limpeza e desinfecção 
de feridas, entretanto o seu espectro de ação é reduzido, não agindo também 
sobre esporos. 
 
8.2. Permanganato de potássio (KMnO4) : Ocorre sob a forma de cristais 
púrpura-escuros, que são solúveis em água na proporção de 1:15. É um oxidante 
enérgico com ação desinfetante e desodorizante. Em contato com a matéria 
orgânica libera oxigênio. Não penetram profundamente, apresentando somente 
ação superficial. Dependendo da sua concentração, as soluções podem ser 
bacteriostáticas, adstringentes, irritantes ou cáusticas. 
 
8.3. Ozônio (O3) : Decompõe-se facilmente liberando oxigênio nascente. É 
usado principalmente na desinfecção do ar e da água. A sua ação tóxica, o 
impede de ser utilizado na desinfecção de locais habitados. 
 
9. Compostos orgânicos naturais 
 
 Na natureza encontram-se muitos compostos complexos orgânicos, de 
origem vegetal, com características bactericida e germicida. QUINTERO (1994), 
aponta alguns fitofarmacos recentemente estudados com características 
germicidas: 
 
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ƒ Extrato de sementes cítricas: Grapefruit (Citrus paradise), Bergamot 
(Citrus aurantium), Tangerina (Citrus reticulata), Laranja (Citrus 
sinensis). 
ƒ Extrato de Andrografis peniculata, planta da Índia, estudada em 1992 
por Kumar & Prassad, Universidade de Bhagalpur, Índia. 
ƒ Extrato fluído de alecrim (Rosmarinus off) 
ƒ Extrato fluído de angélica (Angélica off) 
ƒ Extrato fluído de eucalipto (Eucalyptus globulus) 
 
9.1. Extrato de sementes cítricas (Kilol® ): Trata-se de um composto 
complexo orgânico-natural, extraído de frutas cítricas brasileiras, ativadas por 
processo biológico e estabilizado por métodos físico-químicos. Foi desenvolvido 
pela Quinabra - Química Natural Brasileira Ltda., em São José dos Campos, SP. É 
integrado por traços orgânico-químicos, classificados como GRAS (Generally 
Recognized As Grass) pela F.D.A. (Food and Drug Administration) dos Estados 
Unidos, a saber: ácido ascórbico, bioflavonóides cítricos, ácido cítrico, pectina 
cítrica, aminoácidos e grupos aminas, ácidos graxos e glicerídeos, tocoferóis e 
açucares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Utilização de diferentes desinfetantes em algumas enfermidades infecciosas dos 
animais (COSTA, 1987). 
 
Doenças Desinfetantes 
 
Febre aftosa 
 
 
 
Carbonato de sódio a 4% 
Hidróxido de sódio a 2% 
Óxido de cálcio a 5% 
Iodophor 
Cresóis a 10% 
Formol a 10% 
 
Tuberculose Cresóis a 3% 
Iodophor 
Fenóis orgânicos a 3% (Tersyl) - Fonte: Corrêa & Corrêa, 1984. 
 
Brucelose Carbonato de sódio a 2% 
Fenol a 1% 
Formol a 2% 
Permanganato de potássio 1:5000 
Álcool etílico (mãos, materiais clínico-cirúrgico). 
 
Peste suína Carbonato de sódio a 4% 
Hidróxido de sódio a 2% 
Cloro a 3% 
Formol a 10% 
Fenol a 3% 
 
Doença de 
Aujeszky 
Hidróxido de sódio a 3% 
Cal a 2% 
Formol a 1% 
Hipoclorito de sódio a 3% 
Fenol a 5% 
Amônio quaternário 
Iodophor 
 
Doença de 
Newcastle 
Formol a 2% 
Permanganato de potássio a 1:5000 
Hidróxido de sódio a 2% 
Cal 
Amônio quaternário a 1% para bandeja de ovos, bebedouros e 
comedouros. 
Lixívia de soda a 5% 
 
 
 
 61
BIBLIOGRAFIA 
 
ANDRADE, N.J. O uso de compostos clorados na indústria de laticínios. Informe 
Agropecuário, Belo Horizonte, v.13, n.155, p.48-52, 1988. 
COSTA, D.E.M. Desinfetantes em saúde animal. Boletim de Defesa Sanitária 
Animal, Ministério da Agricultura, Brasília, DF, 1987. 54p. 
DAVIES, R.C. Effects of regular formalin foot baths on the incidence of foot 
lameness in dairy catle. Vet. Rec., v.111, p.394, 1982. 
HICKS, W.G., KENNEDY, T.J., KEISTER, D.M. et al. Evaluation of a teat dip of 
chorhexidine digluconato 0,5% with glicerin 6%. J. Dairy Science, v.64, p.2266-
2269, 1981. 
HOFFMANN, F.L., GARCIA-CRUZ, C.H., VINTURIM, T.M. Determinação da 
atividade antibacteriana de desinfetantes. Higiene Alimentar, v.9, n.39, p.29-34, 
1995. 
HUBER, W.G. Antissépticos e desinfetantes. In: JONES, L.M. et al. Farmacologia 
e terapêutica em veterinária. 4 a. ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan. Cap.45, 
p.620-642. 1983. 
QUINTERO, W. Desinfecção moderna - Curso ministrado na VIII SEAB, UNESP, 
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Botucatu, SP, 1994. 40p. 
(Apostila) 
SOBESTIANSKY, J. et al. Limpeza e desinfecção na suinocultura. Aspectos 
técnicos e econômicos. Concórdia, SC, Circular Técnica, n.3. EMBRAPA, 
CNPSA, 1981. 36p. 
STEWART, G.A., PHILPOT, W.W. Efficiency of a quaternary ammonium teat dip 
for preventive intrammamary infections. J. Dairy Sci., v.65, p.878-80, 1982. 
WIEST, J.M. Desinfecção e desinfetantes. In: GUERREIRO, M.G. et al. 
Bacteriologia Especial: com interesse em saúde animal e saúde pública. Porto 
Alegre, Sulina, Cap. 5, p.51-65. 1984. 
ZANON, U., MAGARÃO, M.F., MONDIN, E.L. A atividade tuberculicida de 
desinfetantes hospitalares. Rev. da Divisão Nacional de Tuberculose, v.18, 
p.5-15, 1974. 
 
	DESINFECÇÃO POR AGENTES FÍSICOS 
	CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DE UM DESINFETANTE 
	Características desejáveis de um desinfetante: 
	MÉTODOS DE DESINFECÇÃO (TÉCNICAS) 
	PROPRIEDADES E USOS DOS DESINFETANTES 
	EFICÁCIA DOS DESINFETANTES 
	IMPORTÂNCIA DA LIMPEZA PRÉVIA NO PROCESSO DE DESINFECÇÃO 
	RODÍZIO DE DESINFETANTES 
	DESINFETANTES QUÍMICOS 
	1.3. Fenóis halogenados: A atividade do fenol é aumentada, quando associado com halogênios, como o flúor, cloro, bromo e iodo. O hexaclorofeno é um difenol branco, cristalino que possui seis átomos de cloro. É inodoroe virtualmente insolúvel em água, porém solúvel em álcali, álcool e acetona. A alcalinidade do sabão é suficiente para conservar o hexaclorofeno em solução aquosa. O hexaclorofeno (0,75%), se incorpora em sabões sólidos e líquidos, cremes detergentes como o Phisohex(, e outros veículos para desinfecção cutânea pré-operatória. 
	Formol a 10% 
	Doença de Aujeszky
	BIBLIOGRAFIA

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