O professor em sala de aula

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SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO	�
42	DESENVOLVIMENTO	�
73	CONSIDERAÇÕES FINAIS	�
4 8REFERÊNCIAS	�
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INTRODUÇÃO
A educação em todos os seus aspectos constitui-se em dar chance a pessoa de ser como é, expressando sua criatividade para a construção de novas aprendizagens.
Todo processo educativo visa a construção social pelo diálogo e pela aceitação das diferenças, vistas como complementaridade e enriquecimento de si mesmo, o produto final do processo educativo será o florescimento pessoal e o estabelecimento da democracia, entendida como a união harmoniosa das adversidades.
Este trabalho apresenta uma explanação da atuação do professor em sala de aula, como mediador dos conhecimentos escolares e a sua interação com o outro. Levanta questionamentos de como se constitui o processo de ensinar e o que é aprender.
 Destaca também alguns pontos sobre o que é avaliar, para que avaliamos e de que forma constituímos este processo avaliativo, através do feedback.
DESENVOLVIMENTO
Em visita a Associação Educacional Dr. Paulo Cezar Queiroz Faria, localizada em Cordeiro-RJ, entrevistei a professora Jociane de 48 anos, graduada em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira e Portuguesa e graduada também em Educação Artística com especialização em Artes Plásticas e Pós-Graduada em Artes Plásticas com especialização em História da Arte.
A mesma atua no ensino de Língua Portuguesa há 29 anos e em Educação Artística há 13 anos, tendo em sua jornada de trabalho, 15 horas semanais na parte da manhã e 15 horas no período da tarde, perfazendo um total geral de 30 horas semanais.
Atualmente ministra Língua Portuguesa, com duas turmas de 5°ano do fundamental I e mais duas do 7° ano do Ensino fundamental II, na rede particular de Ensino.
Em Educação Artística, atua com várias turmas de 6° Ano ao 9° Ano do Ensino Fundamental II, na Rede Municipal de Ensino.
1) Para a professora Jociane ensinar é:
“Ensinar sempre foi troca. A partir do momento em que você ensina algo a alguém, você muda o comportamento desse indivíduo, fazendo-o, portanto, buscar transformações”. 
“Ao meu ver, não existe ensino sem que o professor possa aprender também. Ele precisa estar “antenado” com tudo o que se passa a sua volta, observando o processo de aprendizagem do aluno, revendo seus conceitos, buscando, a cada dia, novos artifícios e estratégias. 
 
2) De que forma você ensina?
Meu método é bem próprio e variado, sobretudo no que diz respeito à área artística. Há, inicialmente, uma parte teórica sucinta, para que os alunos possam entender, visualizar e conhecer o que será proposto e possam também se inserir na época em questão e compreender o que se quer dele. A partir daí, é um processo de criatividade e criação. 
Em se tratando da Língua Portuguesa, o conteúdo é mais denso e, para as séries iniciais, sempre introduzo algum jogo, alguma explicação mais lúdica para chegar à teorização concreta. 
3) Em se tratando da aprendizagem, para você?
Aprender, para mim, é mudar condutas, modos de ver as coisas. Aprender é expandir os horizontes pedagógicos e acadêmicos para poder mudar e ultrapassar as dificuldades. Aprender são desafios que necessitam de incentivos para uma conquista maior. 
4) Sobre a avaliação?
Na minha concepção, avaliar é diagnosticar, já que cada educando é único. Não se pode mais avaliar uma classe de alunos da mesma forma como se fazia há alguns anos atrás. A clientela mudou e com ela os métodos educacionais e pedagógicos precisam evoluir também. A avaliação deve ser inclusiva, permeando os pontos onde o educando precisa ser ajudado, diagnosticando onde há falhas no processo ensino-aprendizagem. 
5) Para que você avalia?
Na prática da avaliação da aprendizagem que vem sendo desenvolvida nas instituições de ensino, vejo que não há muitos avanços, pois há um “modelo engessado”, que vem de longos anos.
Procuro usar o processo avaliativo como elemento que auxilie no processo ensino-aprendizagem, não apenas para medir ou quantificar o saber, deixando de identificar e estimular os potenciais individuais e coletivos. De que vale saber tanto sobre autores e obras artísticas quando, na verdade, o educando precisa apenas de um momento com ele mesmo para criar, para expor o que está em seu íntimo e ser respeitado.
6) Como você avalia os seus alunos?
Como trabalho em duas áreas distintas, Língua Portuguesa e Educação Artística (o que não quer dizer que elas não possam se complementar), responderei separadamente a este item.
Em Língua Portuguesa, costumo avaliar os meus alunos de acordo com a avaliação diagnóstica, que é prática do estabelecimento de ensino particular onde atuo. Todo o processo pedagógico-educativo consiste em ter o aluno como peça central, e mais ainda, o aluno com determinados tipos de dificuldades, pois é ele quem precisa avançar junto aos outros. O meu olhar como educadora é não excluir e sim dar condições para que todos sigam juntos, respeitando as individualidades de cada um. Na área de Educação Artística, o que eu viso é a criatividade individual, pois é muito complexo, para mim, ter que avaliar (apenas com notas) a expressão criadora e interna de cada um. 
7) Você atribui feedback aos seus alunos? De que forma?
Procuro atribuir. Sem uma resposta dos educandos não vejo meu trabalho concretizado até o final. Com a devolutiva, há uma facilidade maior de apontar causas para a aprendizagem ir bem ou não, (resposta positiva e/ou negativa). Portanto, se algo não vai bem, é necessário refazer, reexplicar, porque eu não sou da opinião que o professor detém todo conhecimento e só ele sabe. É preciso revê nossas falhas do e assim rearrumar o ensino para que haja aprendizagem.
	Isso é possível através desse feedback, da resposta dos alunos, do que eles apreenderam e aprenderam. Após conversa e análise de todas as questões propostas com esta entrevista, pude observar que a tendência desta professora, é a do construtivismo, pois ela observa o aluno, investiga quais são os seus conhecimentos prévios, seus interesses e, a partir dessa bagagem, apresenta elementos para que o aluno construa seu conhecimento e sua própria aprendizagem.
“Para Paulo Freire, ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”, já para Piaget Educar é “provocar a atividade”- isto é estimular a procura do conhecimento, enquanto que para ROGERS (1973) 
 “[o bom professor] deve ser uma pessoa realmente existente, realmente presente a seus alunos; é pelo contato que se educa. Contato é a palavra fundamental da educação”.
Portanto aplicarmos um pouco de cada teoria e respeitarmos os limites dos alunos só resultará em sucesso.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após pesquisa, podemos observar que o professor em sala de aula tem sempre um desafio a enfrentar.
Educador é mais que ser professor. É aquele que prepara seu mediado para a vida, pois se responsabiliza em desenvolver diferentes habilidades e competências de leitura e escrita. Acredita que a tarefa de ensinar a ler e a entender o mundo é bastante desafiadora e, ao mesmo tempo, traz um retorno gratificante. Todos os educadores têm esta tarefa a cumprir, ao entrar em sala de aula, não levam apenas o conteúdo a serem ensinados, mas suas vidas, seu jeito de ser, fazer, ler e compreender o mundo. Diante de seus mediados, os mediadores, quando precisam explicar algo novo, diferente, abstrato ou distante da realidade em que vivem, encontram novos desafios e necessitam ser criativos na busca de outras estratégias para conseguirem atingir os objetivos a que se propõem.
Somente a partir do conhecimento e do comprometimento, é que construiremos um futuro melhor, mais amável e lúdico, com pessoas cada vez mais humanas, completas em todos os seus aspectos afetivos, social e cognitivo.
As contribuições que esse trabalho trouxe para o meu aprendizado, é que todo professor deve ser um mediador, facilitador e articuladordos conhecimentos, provocando os alunos a aprenderem a partir de seus próprios questionamentos, devendo acolher as diferenças, reconhecendo que cada estudante é único, aprende de forma diferente e vive em um contexto próprio.
REFERÊNCIAS
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0046b.html 
https://masnat.wordpress.com/2013/09/08/teorias-de-ensino-e-aprendizagem-piaget-vigotsky-e-skinner/
http://www.conteudo.org.br/index.php/conteudo/article/viewfile/46/39
http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/dc-na-sala-de-aula/noticia/2012/08/o-papel-da-escola-e-do-educador-dos-nos-tempos-atuais-3848036.html 
Sistema de Ensino Presencial Conectado
licenciatura em pedagogia
nilza won held de souza domiciano
PROFESSOR EM SALA DE AULA
Nova Friburgo-RJ
2015
NILZA WON HELD DE SOUZA DOMICIANO
PROFESSOR EM SALA DE AULA
Trabalho de Licenciatura em Pedagogia apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Psicologia da Educação; Educação, Sociedade e Práxis Educativa; Politicas na Educação Básica; Teorias e Práticas do Currículo; Prática Pedagógica Interdisciplinar; escola e sociedade; Seminário Interdisciplinar II.
Orientador: Regina Celia Adamuz; Wilson Sanches; Lucy Mara Conceição; Mari Clair Moro Nascimento; Luciane Bianchini; Fabiane Thais Muzardo.
Nova Friburgo-RJ
2015