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GESTÃO DE OBRAS 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Fernanda dos Santos Gentil 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Segundo Dias (2011), engenharia de custos é a área da engenharia onde 
princípios, normas, critérios e experiência são utilizados para resolução de 
problemas de estimativa de custos, avaliação econômica, de planejamento e de 
gerência e controle de empreendimentos. Tais profissionais são responsáveis 
por realizar o orçamento de obra. 
Nessa aula será apresentado o conteúdo sobre orçamento de obra. De 
acordo com Mattos (2006) determina-se o orçamento por meio da soma dos 
custos diretos, que são mão de obra de operários; material; equipamento, com 
os custos indiretos, tais como equipes de supervisão e apoio; despesas gerais 
do canteiro de obras; taxas, juntamente com os valores de impostos e lucro, para 
assim se obter o preço de venda. 
A etapa de orçamento de obra é de extrema importância para o correto 
andamento e funcionamento do empreendimento. É por meio desse processo 
que se pode quantificar os materiais e serviços, obter índices para 
acompanhamento, dimensionar equipes, revisar valores e índices, realizar 
simulações, gerar cronograma físico – financeiro e analisar a viabilidade 
econômica – financeira (Mattos, 2006). 
É um processo que requer muito estudo, por parte dos profissionais 
envolvidos, com o objetivo de evitar a presença de lacunas na composição do 
custo para não acarretar prejuízos na construção de obras públicas ou privadas. 
Em virtude disso, explica-se a relevância de se elaborar um orçamento eficiente. 
Diante da significância desse assunto, nessa aula serão abordadas as 
etapas de orçamento, detalhamento do orçamento e critérios para o 
levantamento quantitativo. 
TEMA 1 – ETAPAS DE ORÇAMENTO 
Para a elaboração do orçamento são necessários seguir algumas etapas, 
dentre elas, primeiramente, tem-se a aquisição do terreno por meio do estudo de 
viabilidade; em seguida, tem-se o desenvolvimento do produto com a elaboração 
do orçamento para validação de tal produto; na terceira etapa, tem a estruturação 
do orçamento de viabilidade para o lançamento do produto e, na última etapa, 
se produz o orçamento executivo para dar início a obra. Tais etapas podem ser 
visualizadas na Figura 1. 
 
 
3 
Figura 1 – Etapas de Orçamento 
 
 
 
 
 
 
Fonte: elaborado com base em Mattos, 2006. 
Para cada etapa mencionada anteriormente são essenciais pré-requisitos 
considerados mínimos para que seja possível levantar um custo assertivo para 
a implantação do empreendimento. Para a etapa de compra do terreno são 
necessários a obtenção do estudo de massa, ou seja, é preciso ter a planta tipo, 
corte esquemático e a planta de situação; ter os dados da sondagem; projetos 
planialtimétricos; padrão de acabamento; quadro de áreas; cronograma 
preliminar e o parecer técnico das fundações e contenções. 
Para a etapa do desenvolvimento do produto as informações 
anteriormente relatadas são importantes com a adição da obtenção da planta do 
pavimento tipo e corte esquemático, planta do pavimento térreo e subsolos. Para 
a elaboração do orçamento de viabilidade, no lançamento do produto, é 
importante ter as informações dos projetos pré-executivos de arquitetura e 
estrutura; consumos de concreto, aço e forma determinados pelos calculistas; 
projeto pré-executivo de fundações e contenções; projeto pré-executivo de 
paisagismo; projeto de terraplenagem; cronograma preliminar; memorial de 
vendas e acabamentos; imagens de divulgação e premissas de logística. 
Para a determinação do orçamento executivo e, assim dar início a obra, é 
preciso ter algumas informações, dentre elas os projetos liberados para obra ou 
executivos, cronograma diretor, memorial de vendas e acabamentos, imagens 
de divulgação e projeto de logística. 
TEMA 2 – DETALHAMENTO DO ORÇAMENTO 
Antes do desenvolvimento aprofundado de um projeto executivo, 
considerando tanto no setor privado quanto no público, o gestor tem a 
preocupação de ter uma noção do custo final do empreendimento. Em virtude 
disso, é possível realizar uma estimativa de custo que, segundo Mattos (2006), 
Aquisição do 
terreno 
Desenvolvimento 
do produto 
Lançamento 
do produto 
Início da Obra 
Estudo de 
viabilidade 
Orçamento para 
validação do 
produto 
Orçamento 
de viabilidade 
Orçamento 
Executivo 
 
 
4 
é a avaliação expedida com base em custos históricos e comparação com 
projetos similares. Dessa forma, quando o orçamentista está trabalhando com 
construções convencionais, é possível se ter uma estimativa mais precisa. No 
entanto, quando o profissional está diante de um projeto não convencional, os 
valores oferecidos ao gestor apresentarão uma maior imprecisão. De forma 
resumida, a estimativa de custo tem a finalidade de apresentar a ordem de 
grandeza do empreendimento. 
O profissional diante de projetos convencionais, a exemplo de obras de 
edificações, é possível utilizar nos cálculos, para a obtenção da estimativa de 
custo, um indicador chamado custo do metro quadrado construído. A fonte de 
referência desse parâmetro mais utilizada é o Custo Unitário Básico (CUB), no 
entanto, existem outras. Tal indicador representa o custo da construção, por 
metro quadrado, de cada um dos padrões de imóveis estabelecidos, ou seja, é 
o resultado da mediana de cada insumo representativo coletado com as 
construtoras, multiplicada pelo peso que lhe é atribuído segundo o padrão 
calculado (Mattos, 2006). 
Para melhor entendimento do CUB, segue a Tabela 1 que mostra os 
custos separados de acordo com a unidade autônoma, número de pavimentos, 
número de quartos e padrão de acabamento. 
Tabela 1 – CUB da Bahia (outubro / 2018) 
PROJETOS - PADRÃO RESIDENCIAIS 
R-1: Residencial / 1 pavimento PP - 4: 
Prédio Popular / 4 
pavimentos 
R-8: Residencial / 8 pavimentos PIS: Projeto de interesse social 
R-16: Residencial / 16 pavimentos 
PADRÃO BAIXO PADRÃO NORMAL PADRÃO ALTO 
Tipo R$ 
Variação 
(%) Tipo R$ 
Variação 
(%) Tipo R$ 
Variação 
(%) 
R-1 1484,31 0,14 R-1 1756,79 0,17 R-1 2087,21 0,15 
PP-4 1270,67 0,19 PP-4 1665,76 0,18 R-8 1668,91 0,147 
R-8 1206,26 0,21 R-8 1404,3 0,2 R-16 1765,22 0,19 
PIS 938,83 0,015 R-16 1349,43 0,2 
Fonte: elaborado com base em Mattos, 2019. 
Importante considerar a diferença entre CUB e índice CUB. Lembrando 
que CUB é o custo médio do metro quadrado construído, o qual é dado em R$. 
 
 
5 
Já o índice CUB representa a variação entre o CUB de dois meses consecutivos, 
o qual é dado em % (Mattos, 2019). 
Vale ressaltar uma referência paralela ao CUB que é o Custo Unitário PINI 
de Edificações, desenvolvido pela PINI, cujo o valor fornecido é o custo do metro 
quadrado construído. Tais resultados são diferentes entre si, no entanto, não 
muito distantes. Dessa forma, o profissional que está fazendo o orçamento 
precisa analisar qual referência que mais se adequa no empreendimento em 
questão. A Tabela 2 exemplifica os custos unitários PINI de Edificações dos 
estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo referente ao mês de 
setembro do ano de 2016. 
Tabela 2 – Custos Unitários PINI de Edificações (R$/m²) 
Mês de referência: setembro/16 
USO DE 
EDIFICAÇÃO 
GLOBA
L 
MATERIA
L 
MÃO DE 
OBRA 
GLOBA
L 
MATERIA
L 
MÃO DE 
OBRA 
SÃO PAULO - R$/M² RIO DE JANEIRO - R$/M² 
HABITACIONAL 
Residencial padrão 
fino 2072,57 1209,11 863,46 2101,15 1169,08 932,06 
Sobrado padrão 
médio 1571,96 836,19 735,77 1597,22 802,16 795,06 
Residência térrea 
padrão popular 1200,14 652,61 547,54 1253,66 663,2 590,46 
Sobrado padrão 
popular 1397,83 745,67 652,16 1425,27 724,77 700,5 
Prédio com 
elevador fino 1635,99 960,22 675,77 1632,55 899,95 732,6 
Prédio com 
elevador padrão 
médio alto 1450,46 908,83 541,63 1488,74 902,95 585,79 
Prédio com 
elevador médio 1407,72 787,18 620,54 1489,24 816,74 672,5 
Prédio sem 
elevador médio 1606,53 779,55826,98 1639,17 743,23 895,93 
Prédio sem 
elevador popular 1201,64 579,6 622,05 1239,38 568,94 970,44 
COMERCIAL 
Prédio com 
elevador fino 1717,86 1044,79 673,07 1698,98 969,16 729,82 
Prédio sem 
elevador médio 1724,53 930,2 794,33 1753,26 893,36 859,9 
Clínica Veterinária 1597,48 941,354 656,13 1595,43 891,87 703,56 
INDUSTRIAL 
Galpão de uso 
geral médio 1458,53 997,64 460,89 1463,85 973,77 490,08 
Fonte: elaborado com base em Construção Mercado, 2016. 
 
 
6 
Além da estimativa de custo, existem outras classificações dependendo 
do grau de detalhamento que se quer obter, tais como orçamento preliminar e 
orçamento analítico ou detalhado. 
O orçamento preliminar é uma etapa que apresenta valores mais 
detalhados. Dessa forma, a incerteza dos resultados obtidos são inferiores que 
o da estimativa de custos. 
Para a elaboração do orçamento preliminar são utilizados maior 
quantidade de indicadores, os quais são provenientes de históricos de obras 
similares. Dentre esses indicadores está, por exemplo, a determinação do 
volume de concreto. Para isso, utiliza-se o indicador espessura média, assim 
considera-se para estrutura abaixo de 10 pavimentos espessuras entre 12 e 16 
cm; já a estrutura acima de 10 pavimentos, a espessura a ser considerada é 
entre 16 e 20 cm, aproximadamente. Com os dados médios da espessura e com 
a área construída, multiplica-se tais valores, e se obtêm a estimativa do volume 
de concreto a ser utilizado (Mattos, 2006). 
Outro indicador, que pode ser utilizado no orçamento preliminar, é a taxa 
de aço para a determinação do peso de armação a ser utilizada na obra. Levando 
em consideração o volume de concreto estabelecido, em estruturas abaixo de 
10 pavimentos a taxa de aço a ser utilizada nos cálculos é entre 83 e 88 kg/m³ 
de concreto; já para estrutura acima de 10 pavimentos, a quantidade de aço é 
entre 88 e 100 kg/m³ de concreto. Dessa forma, a determinação do peso de 
armação a ser utilizada na obra é obtida pela multiplicação do volume de 
concreto pela taxa de aço (Mattos, 2006). 
Outro tipo de orçamento, conforme já foi mencionado, é o analítico que 
constitui como sendo o processo mais detalhado, mais preciso para se prever o 
custo da obra. Tal orçamento tem por objetivo encontrar um valor muito próximo 
ao custo real da obra. Para a elaboração dos cálculos utiliza-se de uma 
composição de custos unitários para cada serviço da construção. Tais cálculos 
levam em consideração a mão de obra, material e equipamento no período de 
execução. Também engloba os custos de manutenção em canteiro de obras, 
equipe técnica, administrativa e suporte da obra, dentre outros. 
Para a elaboração do orçamento detalhado, é necessário que o 
orçamentista conheça os processos construtivos a serem aplicados na execução 
da obra. Dessa forma, o profissional, conhecendo tais etapas, consegue elaborar 
um orçamento mais perto do custo real. Alguns itens importantes a serem 
 
 
7 
entendidos para a elaboração do orçamento são: interpretação e entendimento 
do projeto; quantificação de todos os serviços; cálculo dos preços unitários 
(informado anteriormente); elaboração da composição de preços; definição do 
Benefícios e Despesas Indiretas (BDI); e formação da planilha de vendas 
(Xavier, 2008). 
TEMA 3 – CONCEITOS BÁSICOS PARA O LEVANTAMENTO QUANTITATIVO 
A etapa de quantificação de materiais requer muito esforço do 
orçamentista, pois tal profissional precisa fazer leitura de projeto, cálculo de 
áreas e volumes, tabulação de números, dentre outras demandas. 
É de extrema importância, para a realização do levantamento quantitativo, 
que o profissional saiba determinar o perímetro, área e o volume de materiais. 
O perímetro é a medido do comprimento de todos os lados de um 
contorno. 
Considere um contorno com a forma retangular e as medidas “a” , “b” , “a” 
e “b”, conforme ilustrado na Figura 2. O perímetro será a soma de todos os lados. 
Figura 2 – Contorno retangular 
 
Fonte: Trisul, 2018. 
Considere um contorno com a forma quadrada. Nesse caso, todos os 
lados têm a mesma medida, ou seja, com medida “a”, conforme apresentado na 
Figura 3. O perímetro será a soma de todos os lados. 
Figura 3 – Contorno Quadrado 
 
Fonte: Trisul, 2018. 
 
 
8 
Considere um contorno com a forma circular de raio “r”, conforme 
mostrado na Figura 4. O perímetro será calculado da seguinte maneira: 
P = 2 x 𝜋 x r. 
Figura 4 – Contorno Circular 
 
Fonte: Trisul, 2018. 
A área é a medida de uma superfície. Considere uma superfície retangular 
com comprimento de medida “a” e largura de medida “b”, conforme ilustrado na 
Figura 5. A área dessa superfície será dada por: A (área) = a x b. 
Figura 5 – Superfície retangular 
 
Fonte: Trisul, 2018. 
Considere uma superfície quadrada com todos os lados medindo “a”, 
conforme apresentado na Figura 6. A área dessa região será dada por: 
A (área) = a². 
Figura 6 – Superfície quadrada 
 
Fonte: Trisul, 2018. 
 
 
9 
Considere uma superfície circular de raio “r”, conforme mostrado na 
Figura 7. A área dessa região será dada por: A(área) = 𝜋 x r². 
Figura 7 – Superfície circular 
 
Fonte: Trisul, 2018. 
 O volume se refere na medida de um corpo localizado no espaço. 
Considere um corpo retangular com comprimento de medida “a”, largura de 
medida “b” e altura de medida “c”, conforme ilustrado na Figura 8. O volume 
desse corpo será dada por: V(volume) = (a x b) x c. 
Figura 8 – Objeto retangular 
 
Fonte: Trisul, 2018. 
Considere um corpo de formato quadrado com todos os lados medindo 
“a”, conforme apresentado na Figura 9. O volume desse objeto será dado por: 
V (volume) = a³. 
Figura 9 – Objeto quadrado 
 
Fonte: Trisul, 2018. 
 
 
10 
Considere um corpo com o formato cilíndrico cujo raio “r” e altura “h”, 
conforme mostrado na Figura 10. O volume desse objeto será dado por: 
V (volume) =( 𝜋 x r²) x h. 
Figura 10 – Objeto cilíndrico 
 
Fonte: Trisul, 2018. 
No levantamento quantitativo, o orçamentista irá encontrar diversos 
elementos na construção. Considere a Tabela 3 para verificar as possíveis 
dimensões que o profissional irá se envolver. 
Tabela 3 – Dimensões 
DIMENSÃO EXEMPLO 
Lineares Tubulação, meio-fio, cerca, rodapé, sinalização horizontal 
Superficiais (área) 
Limpeza e desmatamento, forma, alvenaria, forro, esquadria, 
pintura, impermeabilização 
Volumétricos Concreto, escavação, aterro, dragagem, bombeamento 
De peso Armação, estrutura metálica 
Adimensionais Serviços pagos por contagem: postes, portões, comportas 
Fonte: elaborado com base em Mattos, 2006. 
 Cada serviço executado em obra apresenta detalhes específicos no 
processo de levantamento quantitativo. A seguir, serão abordadas informações 
importantes para a elaboração desse levantamento. 
TEMA 4 – DIMENSÕES PARA O LEVANTAMENTO QUANTITATIVO 
4.1 Demolição 
 Dependendo do método de demolição adotado e os tipos de materiais 
presentes na construção, o volume de entulho gerado será maior que o volume 
de origem do empreendimento. 
 
 
11 
 De acordo com Mattos (2006), para a demolição de alvenaria de blocos é 
sugerido multiplicar o volume por 2, ou seja, 1 m³ de alvenaria gera 
aproximadamente 2 m³ de entulho ao ser demolida. Dessa forma, o volume de 
remoção de entulho é determinado pela multiplicação do volume de demolição 
por 2. 
4.2 Fôrmas 
 O quantitativo de fôrmas é determinado a partir do projeto executivo. Pelo 
projeto o orçamentista consegue quantificar, considerando fôrmas de madeira, 
tais materiais como chapa compensada, sarrafo, prego e desmoldante. 
 Algumas sugestões para o profissional orçamentista ao se levantar o 
quantitativo em fôrmas de madeira é considerar para o prego taxas entre 0,20 a 
0,25 kg/m² de fôrma e para o desmoldante 0,10 l/m² de fôrma. 
4.3 Armação 
 De acordo com o projeto estrutural, é possível determinar o quantitativode aço a ser utilizado na construção. Nesse projeto, há informações da lista de 
ferros com seus comprimentos, bitola e quantidades. 
 Pelo diâmetro da bitola dos aços é possível determinar o peso de barras 
de aço por metro. Para isso, é preciso fazer uma conversão, conforme é ilustrado 
na Tabela 4. 
Tabela 4 – Peso de barras de aço por metro 
BITOLA 
(pol.) 
BITOLA 
(mm) 
PESO BARRA 
(kg) 
PESO APROXIMADO 
(kg/m) 
1/4" 6,30 2,940 0,245 
5/16" 8,00 4,740 0,395 
3/8" 10,00 7,404 0,617 
1/2" 12,50 11,556 0,963 
5/8" 16,00 18,936 1,578 
3/4" 20,00 29,592 2,466 
1" 25,00 46,236 3,853 
1.1/4" 32,00 75,756 6,313 
1.9/16" 40,00 118,380 9,865 
Fonte: elaborado com base em Ideal Ferros, 2014. 
 Mattos (2019) retrata que nos projetos estruturais, alguns projetistas já 
consideram na lista de ferragens 10% de perdas no peso total de aço. Dessa 
 
 
12 
forma, o orçamentista não necessitará acrescentar as perdas na composição de 
custos. 
4.4 Movimento de terra 
Para levantar o orçamento da etapa de movimento de terra, é importante 
considerar o quantitativo proveniente do calculista no projeto de terraplenagem. 
No entanto, caso não tenha tal projeto, calcular o volume de escavação de 
acordo com o levantamento planialtimétrico e, também, no projeto arquitetônico 
onde constarão as cotas e níveis de implantação. 
É importante que o profissional de orçamento conheça alguns termos 
presentes na etapa de movimento de terra, com a finalidade de facilitar a 
elaboração dos custos de obra. Dentre esses termos, estão os que se seguem. 
• Escavação mecânica: processo utilizado para remover grandes volumes 
de terra. 
• Escavação Manual: processo utilizado para remover baixos volumes de 
terra. 
• Aterro compactado: são áreas destinadas a receber o volume de terra. 
• Corte/aterro por compensação: os volumes de corte e aterros são 
somados e o material de corte é utilizado para aterro. 
• Bota fora de material escavado: volume de terra excedente removido da 
obra e depositado em “bota fora”. 
4.5 Drenagem superficial do subsolo 
Para a elaboração do orçamento da drenagem superficial do subsolo, o 
profissional precisa considerar as informações dispostas no projeto de 
drenagem. Caso tal projeto não exista, de acordo com a Trisul (2018) 
recomenda-se estimar os itens considerando o sistema “espinha de peixe”, que 
é um sistema de drenagem, com ou sem tubos, usada em série, posicionado 
obliquamente a um eixo longitudinal. Dessa forma, considerar a distância entre 
os eixos longitudinais de 10 m; distância entre os eixos dos ramais de 2 m; 
comprimento dos ramais oblíquos de 4m e as caixas de inspeção de 0,60 x 0,60 
x 0,60 m deverão ser posicionadas a cada 20 m nos eixos longitudinais. 
 
 
 
13 
4.6 Fundação direta 
 Para a elaboração do orçamento da fundação direta considerar, para as 
escavações, um adicional de altura e largura sendo aproximadamente 50 cm, 
quando o serviço de terraplenagem não estiver na cota de fundo dos blocos e 
baldrames (Trisul, 2018). 
Para os levantamentos quantitativos dos blocos e baldrames, considere 
os seguintes cálculos dos serviços (Trisul, 2018). 
 
• Escavação (m³) - (B + 0,50) x (A + 0,5) x (C + 0,5). 
• Apiloamento de fundo de vala (m²) – (A + 0,5) x (C + 0,5). 
• Lastro (brita ou concreto) (m³) – (A + 0,5) x (C + 0,5) x e sendo e 
(espessura média) = 0,05 m. 
• Fôrma (m²) – C x B x (número de lados). 
• Concreto (m³) – A x B x C. 
• Armação (kg) – considerar os dados do projeto ou utilizar estimativa de 
dados de planilhas. 
• Reaterro compactado (m³) – (Escavação – V. concreto – V. lastro). 
• Bota fora de material excedente (m³) – (V.concreto + V.lastro) + 30% 
empolamento. 
Para os levantamentos quantitativos de blocos para 3 estacas, considere 
os seguintes cálculos dos serviços (Trisul, 2018). 
 
 
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = (
(𝐿1+𝐿2)∗𝐻1
2
+ 
(𝐿2+𝐿3)∗𝐻2
2
) * 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜 
 
 
• Arrasamento de Estacas (unid.) – Quantidade de estacas. 
• Escavação (m³) – (L2 + 0,5) x (H1 + H2 + 0,5) x (altura do bloco + 0,5). 
• Apiloamento (m²) – (0,5 + L2) x (H1 + H2 + 0,5). 
• Lastro (m³) – (L2 + 0,5) x (H1 + H2 + 0,5) x e, e=0,05m. 
 
 
14 
• Fôrma (m²) – Σ lados x altura do bloco. 
• Concreto (m³) – Σ trapézios x altura do bloco. 
• Armação (kg) – considerar os dados do projeto ou utilizar estimativa de 
dados de planilhas. 
• Reaterro (m³) – (Escavação – V. concreto – V.lastro). 
• Bota Fora (m³) – (V.concreto + V.lastro) + 30% de empolamento. 
Para os levantamentos quantitativos de sapata cônica, considere os 
seguintes cálculos dos serviços (Trisul, 2018): 
 
• Escavação (m³) – (0,5 + A) x (0,5 + B) x (H1 + H2 + 0,5). 
• Apiloamento (m²) – (0,5 + A) x (0,5 + B). 
• Lastro (m³) – (0,5 + A) x (0,5 + B) x e; e=0,05 m. 
• Fôrma (m²) – (A + B) x 2 x H1. 
• Concreto (m³) – 
𝐻2
3
𝑥 (𝐴𝑥𝐵 + 𝐶𝑥𝐷 + √𝐴𝑥𝐵𝑥𝐶𝑥𝐷) + (𝐴𝑥𝐵𝑥𝐻1). 
• Armação (kg) – considerar os dados do projeto ou utilizar estimativa de 
dados de planilhas. 
• Reaterro (m³) – (Escavação – V. concreto – V.lastro). 
• Bota Fora (m³) – (V.concreto + V.lastro) + 30% de empolamento. 
Para os levantamentos quantitativos de sapata corrida, considere os 
seguintes cálculos dos serviços (Trisul, 2018). 
 
• Escavação (m³) – (0,5 + A) x (0,5 + E) x (0,5 + B). 
• Apiloamento (m²) – (0,5 + A) x (0,5 + E). 
• Lastro (m³) – (0,5 + A) x (0,5 + E) x e; e=0,05 m. 
 
 
15 
• Fôrma (m²) – (A x D x 2) + (E x D x 2) + (B – D) x C x 2 + (B – D) x E x 2 
+ (C – A) x E x 2. 
• Concreto (m³) – (A x D x E) + [ (B – D) x E]. 
• Armação (kg) – considerar os dados do projeto ou utilizar estimativa de 
dados de planilhas. 
• Reaterro (m³) – (Escavação – V. concreto – V.lastro). 
• Bota Fora (m³) – (V.concreto + V.lastro) + 30% de empolamento. 
Para os levantamentos quantitativos de Radier, considere os seguintes 
cálculos dos serviços (Trisul, 2018). 
 
• Apiloamento (m²) – (A + 0,5) x (B + 0,5). 
• Lastro (m³) – (A + 0,5) x (B + 0,5) x e; e=0,05m. 
• Fôrma (m²) – [ (A x 2) + (B x 2) ] x (altura da laje). 
• Lona plástica (m²) – (A + 0,5) x (B + 0,5). 
• Concreto (m³) – (A x B) x (altura da laje), quando não especificado 
considerar fck ≥ 25 Mpa. 
• Armação (kg) – considerar os dados do projeto. 
• Fibra aço (kg) – quando não especificado em projetos, considerar 25 
kg/m³. 
4.7 Fundação profunda 
Para os levantamentos quantitativos de tubulões, considere os seguintes 
cálculos dos serviços (Trisul, 2018). 
 
 
16 
 
 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑓𝑢𝑠𝑡𝑒 = (
𝜋 𝑥 𝑑2
4
) 𝑥 𝐻 
 
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑏𝑎𝑠𝑒 = (
𝜋 𝑥 ℎ1
3
) 𝑥 (𝑅2 + 𝑟′2 + 𝑅 𝑥 𝑟′) + 𝜋 𝑥 𝑅2 𝑥 ℎ2 
 
 
 
• Escavação do fuste (m³) – (H + h1 +h2) x (
𝜋 𝑥 𝑑2
4
). 
• Alargamento de base de diâmetro Y m (unid.) – Diâmetro maior da base. 
• Concreto (m³) – (V. fuste + V. base). 
• Armação (kg) – fornecido em projeto. 
• Bota Fora de material excedente (m³) – V.concreto + 30% de 
empolamento. 
4.8 Estrutura 
Na estrutura, o quantitativo a ser levantado será nas etapas de laje, pilares 
e Vigas. 
A laje a ser utilizada na obra pode ser moldada “in loco” ou pré-moldada. 
Segundo a Trisul (2018): 
Laje moldada in loco: 
• Fôrma (m²) – Σ (áreas de fundo + áreas laterais). 
• Concreto (m³) – comprimento x largura x altura. 
• Armação (kg) – fornecida em projeto. 
Laje pré-moldada: 
• Laje (m²) – área de projeção. 
• Concreto (m³) – volume de concreto para capeamento. 
• Armação (kg) – fornecida em projeto ou pelo fabricante. 
Para o levantamento quantitativo de pilares, é importante verificar a cota 
de início e término do pilar no corte da estrutura. Deve-se considerar como 
largura a menor dimensão da seção e comprimento a maior dimensão (Trisul, 
2018). Para esse cálculo também considerar: 
 
 
17 
• Fôrma (m²) – Σ área das laterais; 
• Concreto (m³) – área de seção x altura; e 
• Armação (kg) – fornecida em projeto. 
No levantamento quantitativode vigas, na computação de forma e 
concreto, não realizar o desconto da altura da laje. Considerar para o cálculo: 
• Fôrma (m²) – Σ (áreas de fundo + área das laterais); 
• Concreto (m³) – área de seção x altura; e 
• Armação (kg) – fornecida em projeto. 
4.9 Alvenaria 
Primeiramente, para se obter o quantitativo de alvenaria, é necessário 
determinar a área da parede e, a partir dela, será possível quantificar os blocos 
e a argamassa na estrutura. Lembrando que a área de alvenaria será a base 
para o levantamento das quantidades de chapisco, emboço, reboco, pintura e 
azulejo. 
Por meio dos projetos de planta baixa da edificação com suas respectivas 
elevações e cortes transversais, calcula-se a área de alvenaria. Para isso, 
precisa-se multiplicar o valor do comprimento com a altura, ou o perímetro pelo 
pé-direito. 
Sugestões muito difundidas entre os orçamentistas quando existirem 
aberturas na parede (Mattos, 2019): 
• vãos na alvenaria com áreatais materiais sejam utilizados novamente, é necessário 
 
 
23 
que se tenha qualidade da mão de obra, que o produto seja de qualidade e deve-
se ter o cuidado no manuseio de tais elementos. 
Considere a utilização de folhas de compensado por quatro vezes na obra, 
então na composição de custos o seu índice de utilização será: 1 ÷ 4 = 0,25, ou 
seja, este insumo deverá aparecer com uma incidência de apenas 0,25m² por 
m² de forma de compensado (Mattos, 2006). 
FINALIZANDO 
As etapas que compõem a gestão de obra são a administração, 
orçamento, planejamento, controle e arquitetura de informação. 
Nessa aula, o foco foi estabelecido na etapa de orçamento, em que foram 
apresentadas informações relevantes para iniciar na elaboração do orçamento 
de obra. Os conceitos trabalhados foram apresentados as etapas de orçamento, 
detalhamento do orçamento e critérios para o levantamento quantitativo. 
Diante dos conteúdos apresentados, foi possível verificar que a 
preocupação com custos é um processo que tem início antes da execução da 
obra, no período do estudo de viabilidade que proporcionará a comparação das 
estimativas levantadas com os recursos financeiros disponíveis. Antes mesmo 
de iniciar a obra, existe a etapa de orçamentação com a finalidade de determinar 
os prováveis custos de execução da obra. 
Futuramente, daremos continuidade no estudo de orçamento com o foco 
na composição de custos. 
 
 
 
24 
REFERÊNCIAS 
MATTOS, A. Como preparar orçamentos de obras: dicas para orçamentistas, 
estudo de caso, exemplos. São Paulo: Editora Pini, 2006. 
_____. Como preparar orçamentos de obras: dicas para orçamentistas, 
estudo de caso, exemplos. São Paulo: Editora Pini, 2019. 
CONSTRUÇÃO. Mercado: Negócios de Incorporação e Construção. Índices e 
Custos. Disponível em:. Acesso em: 21 jan. 2022. 
IDEAL Ferros: Ferro e Aço. Tabela de pesos de vergalhões. Disponível em: 
. Acesso em: 21 jan. 2022. 
TRISUL S.A. Orçamento/Custos. São Paulo, 2018. Disponível em: 
. Acesso em: 21 jan. 2022. 
XAVIER, Ivan. Orçamento, Planejamento e Custo de Obras. São Paulo: 
FUPAM –Fundação para Pesquisa Ambiental, 2008.

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