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Palestra em conscientização do mês da prevenção ao suicídio. Prevenção ao setembro amarelo Suicídio SEtembro amarelo Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio, iniciada em 2015, que tem como objetivo conscientizar a população sobre a realidade do suicídio e mostrar que existe prevenção. O símbolo principal da campanha é um laço amarelo, que pode ser usado como broche, adesivo ou de outras formas para sinalizar o apoio à causa. Esta data foi designada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP) para chamar a atenção do mundo inteiro para promover a conscientização e prevenção contra o suicídio. As ações de prevenção ao suicídio não se limitam ao mês de setembro, que foi escolhido para essa campanha porque o dia 10 é Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio. A ideia é promover eventos, debates, discussões e outras atividades que alertem a sociedade sobre o tema, que afeta pessoas de todas as idades, gêneros e origens socioeconômicas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil ocupa o 8º lugar entre os países com os maiores índices de suicídio. As taxas por de suicídio tiveram uma redução global de 36% entre 2000 e 2019: Mediterrâneo Oriental, a diminuição foi de 17%; Europa, a redução foi de 47%; Pacífico Ocidental, a diminuição foi de 49%; Américas, o aumento foi de 17%. O suicídio é um fenômeno complexo influenciado por uma combinação de fatores individuais, relacionais, comunitários e sociais. Reconhecer os fatores de risco é vital para identificar e ajudar aqueles que podem estar em risco. Fatores de Risco Problemas de Saúde Mental: Condições como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, transtornos de ansiedade, transtornos de personalidade, entre outros, podem aumentar o risco de suicídio. Traumas e Eventos Estressantes: Traumas como abuso sexual, físico ou emocional; perdas recentes, como a morte de um ente querido; ou eventos adversos na vida, como divórcio ou desemprego, podem aumentar o risco. Histórico Familiar: Ter um histórico familiar de suicídio ou de tentativas de suicídio pode elevar o risco. Exposição Anterior ao Suicídio: Ter sido exposto ao suicídio ou tentativa de suicídio de outra pessoa, especialmente alguém próximo, pode aumentar a vulnerabilidade. Uso e Abuso de Substâncias: O abuso de álcool, drogas ilícitas e certos medicamentos pode aumentar o risco de suicídio. Isolamento Social: O sentimento de isolamento, solidão ou falta de suporte social pode aumentar a susceptibilidade ao suicídio. Doenças Físicas Crônicas e Dor: Condições de saúde crônicas, como doenças cardiovasculares, câncer, doenças neurológicas ou dor crônica, podem elevar o risco, especialmente se associadas a incapacidades ou redução da qualidade de vida. Histórico de Tentativas Anteriores: Pessoas que já tentaram suicídio anteriormente estão em risco significativamente maior de tentar novamente. Acesso a Meios Letais: Ter acesso a meios para realizar suicídio, como armas de fogo ou certos medicamentos, pode aumentar o risco. Ter Discriminação e Estigma: Indivíduos que enfrentam discriminação, seja por sua identidade de gênero, orientação sexual, origem étnica ou outra razão, podem ter um risco aumentado. Problemas Legais ou Financeiros: Problemas financeiros ou legais graves podem aumentar a sensação de desespero e elevar o risco de suicídio. Impulsividade: Pessoas com traços de personalidade mais impulsivos podem ter um risco elevado, pois podem agir sobre pensamentos suicidas sem pensar nas consequências. Experiências Culturais e Religiosas: Em algumas culturas ou religiões, o suicídio pode ser visto de maneira diferente, o que pode influenciar a percepção e o risco associado. Reconhecer os sinais de alerta de suicídio é fundamental para intervir precocemente e fornecer ajuda a alguém em crise. Sinais de alerta de que alguém está em perigo Embora a presença de um ou mais desses sinais não signifique necessariamente que a pessoa está pensando em suicídio, eles indicam que a pessoa precisa de atenção, compreensão e ajuda. Expressões Verbais de Desespero: Frases como "Eu gostaria de morrer", "Eu não aguento mais", "As pessoas estariam melhor sem mim", ou "Não vejo saída". Isolamento Social: Evitar contato com amigos, familiares e colegas, retirando-se das atividades e isolando-se. Mudanças de Comportamento: Comportamentos atípicos ou mudanças significativas na rotina, como negligenciar a higiene pessoal, dormir em excesso ou muito pouco, ou perder o interesse por atividades que eram prazerosas. Preparativos para o Fim: Organizar questões pendentes, como fazer um testamento, dar itens pessoais de valor, despedir-se de entes queridos ou escrever cartas de despedida. Busca por Meios: Procurar informações sobre métodos de suicídio ou adquirir meios para se machucar, como armas ou medicamentos. Mudanças de Humor: Flutuações extremas de humor, passando de muito triste para muito calmo ou vice-versa. Expressões de Sentimento de Culpa ou Vergonha: Sentimentos avassaladores de remorso, vergonha ou falha. Sentimento de Ser um Fardo: Expressar a crença de que está sobrecarregando os outros ou que é um fardo para familiares e amigos. Tomada de Decisões Impulsivas: Tomar decisões repentinas e impulsivas, como terminar um relacionamento ou desistir de um emprego sem uma razão clara. Comportamento Autodestrutivo: Engajar-se em comportamentos de risco sem preocupação com as consequências, como uso excessivo de álcool ou drogas, dirigir de forma imprudente ou entrar em confrontos físicos. Expressão de Sentimento de Desesperança: Sentir que a situação não vai melhorar ou que não há esperança para o futuro. Ansiedade Aumentada: Sentimentos intensos de ansiedade, agitação ou sentimento de estar "aprisionado". Estes são apenas alguns dos sinais de alerta potenciais. Cada pessoa é única, e nem todos os que estão em risco de suicídio mostrarão estes sinais. No entanto, qualquer indicação de que alguém possa estar pensando em suicídio deve ser levada a sério. É fundamental falar com a pessoa, expressar preocupação e encorajá-la a buscar ajuda profissional. Mesmo que a pessoa não esteja pensando em suicídio, a expressão de preocupação e carinho pode fazer uma grande diferença para alguém em crise. Importância da Comunicação A comunicação aberta e empática é uma ferramenta poderosa na prevenção do suicídio. Abordar o tema com sensibilidade e sem julgamento pode proporcionar a uma pessoa em crise o espaço necessário para expressar seus sentimentos e buscar ajuda. Rompe o Silêncio: As pessoas que pensam em cometer o suicídio se sentem sozinhas em seus sentimentos. Ao abordar o assunto abertamente, você pode romper o isolamento que elas podem estar sentindo. Validação dos Sentimentos: A empatia permite que a pessoa se sinta ouvida e compreendida. Validar seus sentimentos significa reconhecer sua dor sem minimizá-la ou descartá-la. Cria Espaço para Expressão: Uma abordagem empática encoraja a pessoa a compartilhar seus pensamentos e sentimentos, permitindo-lhes processar suas emoções. Reduz o Estigma: Abordar o assunto do suicídio de maneira não julgadora ajuda a quebrar o estigma associado à saúde mental e ao suicídio, incentivando mais pessoas a falar sobre seus sentimentos e a buscar ajuda. Oferecer outras Perspectivas: Uma conversa pode ajudar a pessoa a ver que há outras opções disponíveis, além do suicídio. Pode fornecer a oportunidade de considerar diferentes perspectivas ou soluções para seus problemas. Conexão com Recursos: Através da comunicação, você pode encaminhar a pessoa para profissionais ou serviços de apoio que possam ajudar. Estabelece uma Rede de Apoio: Ao expressar preocupação e estar disposto a ouvir, você pode ajudar a estabelecer ou reforçar uma rede de apoio para a pessoa em crise. A comunicação empática e aberta pode ser uma ponte vital para a compreensão, o apoio e a intervenção, proporcionando esperança e conexãoem momentos de profundo desespero. Prevenir a Impulsividade: O suicídio é, por vezes, um ato impulsivo. Uma conversa oportuna pode interromper o ímpeto e proporcionar tempo para a pessoa reconsiderar. Pergunte diretamente sobre seus sentimentos e se está pensando em suicídio. Perguntar diretamente pode ser assustador, mas é essencial e não aumenta o risco. Dicas valiosas de como abordar alguém que esteja pensando em suicídio Ouça ativamente, evitando interrupções ou tentativas de oferecer soluções rápidas. Evite julgamentos ou declarações que possam parecer minimizadoras, como "Isso vai passar" ou "Outras pessoas têm problemas piores". Mantenha-se calmo e centrado. Embora seja natural sentir-se ansioso ou assustado, é essencial manter a calma para apoiar efetivamente a pessoa em crise. Encoraje a busca por ajuda profissional. Se a pessoa estiver em perigo imediato, não a deixe sozinha e procure ajuda de emergência. Lidar com desafios emocionais e adversidades requer uma combinação de resiliência, autoconsciência e ferramentas práticas. Lembrando que todos são diferentes e o que funciona para uma pessoa pode não ser eficaz para outra. Resiliência e Estratégias de Enfrentamento Em momentos de crise aguda, é essencial procurar ajuda imediata, seja de profissionais de saúde, linhas de apoio de emergência ou instituições de apoio. Reconhecimento e Aceitação: Reconhecer e aceitar seus sentimentos sem julgamento é o primeiro passo. Permita-se sentir sem repressão, mas lembre-se de que sentimentos são temporários e não definem sua identidade. Respiração Profunda e Técnicas de Relaxamento: Quando estiver se sentindo ansioso ou estressado, tente técnicas de respiração profunda, meditação ou visualização para acalmar a mente e o corpo. Tenha um diário: Escrever seus pensamentos e sentimentos em um diário pode proporcionar uma maneira de processar e entender suas emoções. Pode ser uma forma de autorreflexão e claridade. Fale Sobre Isso: Conversar com alguém de confiança, seja um amigo, membro da família ou terapeuta, pode proporcionar alívio e perspectiva. Estabeleça Rotinas: Manter uma rotina diária pode fornecer estrutura e um senso de normalidade durante tempos turbulentos. Exercício Físico: A atividade física libera endorfinas, que são neurotransmissores que produzem sensações de bem-estar. Mesmo uma curta caminhada pode ser benéfica. Evite Substâncias Nocivas: Limitar ou evitar álcool, cafeína e açúcar pode ajudar a manter o equilíbrio emocional, já que essas substâncias podem agravar a ansiedade e perturbar o sono. Defina Limites: Aprenda a dizer "não" e defina limites claros para proteger sua saúde mental e emocional. Foco no Presente: Práticas como a atenção plena (mindfulness) podem ajudar a manter o foco no momento presente, reduzindo a ruminação sobre o passado ou a preocupação com o futuro. Reenquadramento Cognitivo: Desafie pensamentos negativos e tente reenquadrá-los de uma maneira mais positiva ou realista. Desenvolva uma Mentalidade de Crescimento: Veja desafios e adversidades como oportunidades de crescimento e aprendizado, em vez de obstáculos intransponíveis. Busque Suporte Profissional: Se você se sentir sobrecarregado, pode ser útil consultar um terapeuta ou conselheiro para obter apoio e orientação especializados. Pratique a Autocompaixão: Seja gentil consigo mesmo, reconhecendo que todos enfrentam desafios e cometem erros. Trate-se com a mesma bondade e compreensão que você ofereceria a um amigo. Estabeleça Pequenas Metas: Em vez de se sentir sobrecarregado pelo quadro geral, divida as tarefas em pequenos passos e comemore pequenas vitórias ao longo do caminho. Conecte-se com a Natureza: Passar um tempo ao ar livre e na natureza pode ter um efeito calmante e rejuvenescedor. Desenvolva Habilidades de Enfrentamento: Isso pode incluir práticas como visualização, afirmações positivas e técnicas de relaxamento. Existem muitos mitos e equívocos sobre o suicídio que limitam a compreensão correta da situação, além de impedir a busca por ajuda ou intervenção apropriada. Mitos e Verdades sobre o Suicídio Realidade: discutir o suicídio de maneira aberta e compassiva pode, na verdade, ser uma das maneiras mais eficazes de preveni-lo. Pode dar a alguém a oportunidade de se expressar e buscar ajuda. Mito: falar sobre suicídio pode colocar a ideia na mente de alguém. Mito: aqueles que falam sobre suicídio não o farão de verdade. Realidade: a grande maioria das pessoas que cometeram suicídio comunicaram de alguma forma sua intenção de fazê-lo. Sempre se deve levar a sério quando alguém fala sobre suicídio ou mostra sinais de desespero. Mito: somente pessoas com transtornos mentais cometem suicídio. Realidade: muitos suicídios estão associados a condições de saúde mental, mas nem todos que morrem por suicídio têm um diagnóstico de saúde mental. Muitos fatores, incluindo crises situacionais e estresse influenciam alguém a cometer suicídio. Realidade: muitos suicídios podem ser prevenidos. O apoio e intervenção adequados podem ajudar a pessoa a encontrar outras soluções para seus problemas ou formas de lidar com a dor. Mito: se alguém realmente quiser cometer suicídio, nada impedirá. Mito: pessoas suicidas são apenas aquelas que estão visivelmente tristes ou depressivas. Realidade: nem todos que pensam em suicídio mostram sinais óbvios de depressão ou desespero. Alguns escondem bem seus sentimentos ou mostram outros sinais que são menos óbvios. Realidade: sentimentos suicidas são muitas vezes temporários, e a situação que leva alguém a querer suicidar pode mudar, especialmente com a ajuda e o suporte adequados. Mito: uma vez que a pessoa é suicida, ela sempre será. Mito: perguntar a alguém sobre suicídio pode torná-lo mais propenso a cometer suicídio. Realidade: perguntar a alguém sobre suicídio pode dar a essa pessoa a oportunidade de falar sobre seus sentimentos e buscar ajuda. Realidade: enquanto profissionais treinados são essenciais no tratamento de problemas subjacentes, qualquer pessoa pode fazer a diferença ao ouvir e mostrar que se importa, encorajando a pessoa a procurar ajuda profissional. Mito: apenas especialistas podem ajudar alguém que está pensando em suicídio. Estes são apenas alguns dos muitos mitos associados ao suicídio. Desmistificar essas noções erradas é vital para criar ambientes e comunidades que entendam e respondam eficazmente às pessoas em crise. É importante destacar que a prevenção do suicídio requer a identificação dos fatores de risco e intervenção precoce por parte de profissionais de saúde, familiares e amigos. Quando um familiar ou amigo identifica esses fatores de risco para o suicídio, é importante agir prontamente para ajudar a pessoa em questão: Oferecer apoio emocional : Mostrar apoio e compreensão, reforçando que a pessoa não está sozinha. Mostre-se disponível para ajudar e mostrar seu apoio emocional durante esse momento difícil. Encoraje a busca de ajuda profissional : Incentivo a pessoa a buscar ajuda de profissionais de saúde mental, como psicólogos, psiquiatras ou terapeutas. Explique a importância de receber apoio especializado para lidar com os fatores de risco identificados. Ajude na busca de recursos : Forneça informações sobre serviços de apoio disponíveis, como linhas de apoio telefônico, grupos de apoio ou organizações especializadas em saúde mental. Ajude uma pessoa a encontrar recursos adequados para sua situação. Mantenha contato regular: Mantenha contato regular com a pessoa, demonstrando interesse genuíno e preocupação contínua. Isso pode ajudar a pessoa a se sentir reconfortada e lembrada de que há pessoas que se importam com ela. Não deixe a pessoa sozinha : Se houver preocupação imediata com a segurança da pessoa, não deixe uma pessoa sozinha. Procure ajuda profissional imediatamente ou entre em contato com serviços de emergência, como o número de emergência local. Reforçando pontos importantes! CVV https://cvv.org.br/fale-conosco/ Ligue 188 Ligação Gratuita Obrigada! 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