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FAVENI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIANA BORGES DE OLIVEIRA NUNES 
 
 
 
 
 
 
 
 
A INSERÇÃO DA FISIOTERAPIA NA GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA: 
ESTRATÉGIAS PARA A PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E EFICIÊNCIA NO 
SUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POUSO ALEGRE – MG 
2025 
FAVENI 
 
 
 
 
 
 
MARIANA BORGES DE OLIVEIRA NUNES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A INSERÇÃO DA FISIOTERAPIA NA GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA: 
ESTRATÉGIAS PARA A PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E EFICIÊNCIA NO 
SUS 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado como requisito 
parcial à obtenção do título 
especialista em GESTÃO EM 
SAÚDE PÚBLICA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POUSO ALEGRE – MG 
2025
A INSERÇÃO DA FISIOTERAPIA NA GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA: 
ESTRATÉGIAS PARA A PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E EFICIÊNCIA NO 
SUS 
 
Mariana Borges de Oliveira Nunes 
 
 
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo 
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou 
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente 
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por 
mim realizadas para fins de produção deste trabalho. 
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e 
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos 
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). “Deixar este texto 
no trabalho”. 
 
RESUMO- O presente artigo analisa a inserção do fisioterapeuta na gestão em saúde pública e sua 
contribuição para a promoção da qualidade de vida e para a eficiência do Sistema Único de Saúde 
(SUS). Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que discute o papel da fisioterapia nas três esferas de 
atenção à saúde: primária, secundária e terciária. A análise demonstra que o fisioterapeuta atua de forma 
estratégica na prevenção de agravos, na reabilitação funcional e na promoção da saúde, além de exercer 
funções educativas e de gestão. Observa-se que sua participação em programas como o NASF e sua 
atuação interdisciplinar fortalecem os vínculos com a comunidade e contribuem para a resolutividade dos 
serviços. A atuação do fisioterapeuta na gestão também tem impulsionado políticas de humanização e 
melhorias nos indicadores de saúde. Apesar dos avanços, persistem desafios como a limitação de 
recursos e a necessidade de maior integração entre os níveis de atenção. Conclui-se que o fisioterapeuta 
é essencial para um SUS mais eficaz, equitativo e humanizado, sendo necessário ampliar seu 
reconhecimento institucional e os investimentos na área. 
 
Palavras-chave: Fisioterapia. Gestão em Saúde Pública. Sistema Único de Saúde. Promoção da Saúde. 
Reabilitação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
marianaborges.fisioterapia@yahoo.com.br
1 INTRODUÇÃO 
 
 
A saúde pública no Brasil é sustentada por princípios fundamentais que visam a 
universalidade, a equidade e a integralidade do atendimento à população. Nesse 
contexto, o Sistema Único de Saúde (SUS) destaca-se como um dos maiores sistemas 
públicos do mundo, sendo responsável por articular políticas de promoção, prevenção e 
reabilitação em todos os níveis de atenção. A gestão em saúde pública assume, 
portanto, papel essencial para garantir o funcionamento eficaz e humanizado dos 
serviços oferecidos à sociedade (DE ANDRADE, MATOS; CARDOSO, 2022). 
Com o avanço das demandas populacionais e a complexidade crescente dos 
agravos à saúde, torna-se imprescindível adotar modelos de gestão mais estratégicos, 
eficientes e interdisciplinares. A inserção de diferentes profissionais da saúde, incluindo 
o fisioterapeuta, nas práticas de gestão e nos serviços oferecidos pelo SUS contribui 
significativamente para a melhoria da qualidade de vida dos usuários e para a 
otimização dos recursos públicos (MENDES; ALMEIDA, 2022). 
Delimita-se como foco deste trabalho a análise da inserção da fisioterapia na 
gestão em saúde pública, buscando compreender de que maneira a atuação do 
fisioterapeuta pode contribuir para estratégias que promovam qualidade de vida e maior 
eficiência na execução das ações do SUS. O problema de pesquisa que norteia o 
estudo é: de que forma a inserção do profissional de fisioterapia na gestão em saúde 
pública pode contribuir para a promoção da qualidade de vida e a eficiência dos 
serviços prestados pelo SUS? 
Diante dessa problemática, levanta-se a hipótese de que a presença ativa do 
fisioterapeuta em espaços de gestão em saúde pública, especialmente na atenção 
primária, contribui para a elaboração de estratégias mais efetivas de cuidado, 
planejamento de ações preventivas e avaliação de resultados, gerando impactos 
positivos tanto na qualidade de vida da população quanto na racionalização dos 
recursos do sistema de saúde. 
O objetivo geral deste artigo é analisar a inserção do fisioterapeuta na gestão em 
saúde pública e sua contribuição para a promoção da qualidade de vida e para a
eficiência do SUS. Como objetivos específicos, pretende-se: compreender o 
funcionamento da gestão em saúde pública dentro do contexto do SUS; discutir o papel 
do fisioterapeuta no sistema público de saúde; e apresentar estratégias de gestão que 
otimizem a atuação fisioterapêutica no SUS. 
A relevância deste estudo reside na necessidade de ampliar o olhar sobre a 
atuação do fisioterapeuta para além do ambiente clínico, considerando seu potencial de 
contribuição nos processos de planejamento, gestão e avaliação em saúde pública. 
Trata-se de uma discussão pertinente tanto para a comunidade acadêmica quanto para 
os gestores públicos, profissionais de saúde e a sociedade em geral, ao promover 
reflexões sobre a valorização e integração dos saberes da fisioterapia na administração 
dos serviços de saúde. 
Quanto à metodologia, trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, com 
abordagem exploratória, realizada por meio de revisão bibliográfica. Foram utilizadas 
obras científicas, artigos acadêmicos e documentos oficiais que discutem a gestão em 
saúde pública, a atuação do fisioterapeuta no SUS e as estratégias de organização dos 
serviços de saúde. 
A estrutura do presente artigo está dividida em três capítulos principais. O 
primeiro capítulo apresenta uma visão geral da gestão em saúde pública no contexto do 
SUS, abordando seus princípios, desafios e diretrizes. O segundo capítulo discute o 
papel da fisioterapia no sistema público de saúde, com foco em sua atuação nas 
diferentes esferas de atenção. O terceiro capítulo explora estratégias de gestão 
voltadas à otimização da atuação fisioterapêutica no SUS, com destaque para práticas 
interdisciplinares e modelos inovadores de cuidado. Ao final, são apresentadas as 
considerações finais e as contribuições do estudo. 
 
2 A GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA NO CONTEXTO DO SUS 
 
 
A gestão em saúde pública é um campo fundamental para a operacionalização 
de políticas, ações e serviços que atendam às necessidades coletivas de saúde da 
população. No Brasil, esse modelo de gestão é orientado por princípios como
universalidade, integralidade e equidade, conforme previsto na Constituição Federal de 
1988 e regulamentado pela Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080/1990). A gestão 
eficiente dos recursos e serviços de saúde requer planejamento estratégico, 
organização dos sistemas de atenção e mecanismos de avaliação contínua, aspectos 
que se mostram essenciais para garantir a efetividade do Sistema Único de Saúde 
(SUS) frente às desigualdades sociais e aos desafios epidemiológicos. 
O SUS representa um marco na democratização da saúde no país, 
consolidando-se como uma política pública de inclusão social que visa atender a todos 
os cidadãos, independentemente de classe, raça ou localização geográfica. Sua 
estrutura organizacional é compostapor três níveis de gestão – federal, estadual e 
municipal –, sendo regida pelo princípio da descentralização com comando único em 
cada esfera. Isso permite uma articulação mais próxima das necessidades locais, ao 
mesmo tempo em que exige competências técnicas e administrativas sólidas por parte 
dos gestores públicos, para garantir a coerência entre as políticas nacionais e as 
realidades regionais (FERREIRA; OLIVEIRA, 2020). 
No campo da gestão, o planejamento é um instrumento estratégico que orienta 
as ações de saúde com base na análise de indicadores epidemiológicos, 
sociais e econômicos. A utilização de dados concretos para a tomada de 
decisões permite maior eficácia na aplicação dos recursos, além de possibilitar 
o monitoramento e a avaliação contínua dos serviços. A gestão baseada em 
evidências contribui para a racionalização dos processos, otimizando a 
prestação dos serviços e ampliando o acesso à saúde de qualidade 
(SANTANA; GOMES, 2023, p. 82). 
 
Entre os principais desafios enfrentados pela gestão pública em saúde estão o 
subfinanciamento crônico, a má distribuição de recursos, a sobrecarga dos serviços de 
urgência e a fragmentação da atenção à saúde. Essas dificuldades comprometem a 
integralidade do cuidado e exigem soluções inovadoras e integradas. A atuação 
interdisciplinar e a valorização de todos os profissionais de saúde, incluindo o 
fisioterapeuta, são fundamentais para superar essas barreiras e ampliar a 
resolutividade da rede de atenção (LIMA; SILVA, 2021). 
A atenção primária à saúde (APS), considerada a porta de entrada do SUS, 
desempenha papel central na organização do sistema. Ela é responsável por ações de 
promoção da saúde, prevenção de doenças e acompanhamento contínuo da 
população. Costa e Santos (2019) destacam que a qualificação da gestão na APS
potencializa sua capacidade de resolução e reduz a pressão sobre os serviços de 
média e alta complexidade, além de favorecer a articulação entre os diversos níveis de 
atenção. 
Dentro dessa lógica de organização dos serviços, a gestão em saúde pública 
deve fomentar a integração entre ações clínicas e administrativas, visando não apenas 
o tratamento de doenças, mas a promoção da saúde e o bem-estar das comunidades. 
Mendes e Almeida (2022) argumentam que essa abordagem ampliada da saúde é 
fundamental para o sucesso das políticas públicas, pois considera os determinantes 
sociais e culturais do processo saúde-doença e promove o protagonismo dos territórios 
na formulação e execução das estratégias de cuidado. 
A fisioterapia, historicamente associada ao tratamento reabilitador, tem 
expandido sua atuação para os campos da promoção da saúde e da gestão em saúde 
pública. Isso ocorre especialmente por meio da inserção dos profissionais em equipes 
multidisciplinares da atenção básica, onde suas competências contribuem para o 
planejamento de ações coletivas e individuais. Conforme Oliveira e Souza (2020), o 
fisioterapeuta, ao compreender as necessidades funcionais da população, pode propor 
intervenções que impactem diretamente na redução de agravos e na melhoria da 
qualidade de vida. 
O envolvimento do fisioterapeuta na gestão pública também fortalece a 
elaboração de protocolos clínicos e fluxos assistenciais, além de contribuir para a 
avaliação de indicadores de saúde relacionados à funcionalidade e mobilidade da 
população. Ferreira e Oliveira (2020) ressaltam que essa atuação integrada possibilita 
maior efetividade das ações e favorece a sustentabilidade do sistema, ao reduzir 
internações evitáveis e promover a autonomia dos usuários. 
Apesar dos avanços, ainda existem desafios quanto ao reconhecimento 
institucional da fisioterapia como agente de gestão em saúde. A superação desse 
obstáculo requer investimento em formação profissional voltada à saúde coletiva, além 
da inclusão ativa desses profissionais nos espaços deliberativos e decisórios do SUS. 
Para Santana e Gomes (2023), a presença do fisioterapeuta em conselhos de saúde, 
comissões intergestoras e cargos administrativos é estratégica para ampliar o escopo 
de sua atuação e garantir maior representatividade nas políticas públicas.
Portanto, a gestão em saúde pública no contexto do SUS demanda uma 
abordagem integrada, participativa e baseada em evidências, na qual todos os 
profissionais de saúde tenham voz ativa na construção de um sistema mais equitativo e 
eficiente. A fisioterapia, ao contribuir tanto no cuidado direto quanto na elaboração e 
avaliação das políticas públicas, revela-se uma área essencial para a consolidação de 
uma gestão centrada no cuidado integral e na melhoria das condições de vida da 
população brasileira. 
 
2.1 O PAPEL DA FISIOTERAPIA NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE 
 
 
A fisioterapia, como profissão integrante das equipes multiprofissionais do 
Sistema Único de Saúde (SUS), tem assumido um papel cada vez mais estratégico na 
promoção da saúde, na prevenção de agravos e na reabilitação dos indivíduos em 
todas as esferas de atenção à saúde. Na atenção primária, sua atuação é orientada por 
princípios da integralidade e da promoção da qualidade de vida, com foco na 
identificação precoce de disfunções e na intervenção comunitária (COSTA; SANTOS, 
2019). O fisioterapeuta, nesse contexto, trabalha em articulação com agentes 
comunitários e outros profissionais da Estratégia Saúde da Família, fortalecendo 
vínculos e estimulando práticas de autocuidado. 
No âmbito da atenção secundária, a fisioterapia atua no tratamento especializado 
de disfunções musculoesqueléticas, neurológicas, respiratórias e outras condições que 
demandam intervenções específicas. Nessa esfera, o profissional assume papel central 
no suporte ambulatorial, garantindo continuidade do cuidado iniciado na atenção básica 
e contribuindo para a redução da sobrecarga nos serviços de alta complexidade. 
Segundo Lima e Silva (2021), a atuação do fisioterapeuta nesse nível permite a 
resolutividade de muitos casos clínicos e evita internações hospitalares desnecessárias. 
Na atenção terciária, a presença do fisioterapeuta é essencial no manejo de 
pacientes em estado grave ou crônico, especialmente em unidades hospitalares e de 
terapia intensiva. A reabilitação precoce, mesmo em contextos críticos, tem 
demonstrado impactos positivos na recuperação funcional, redução do tempo de 
internação e na melhora dos desfechos clínicos (FERREIRA; OLIVEIRA, 2020). A
atuação qualificada nesse nível exige não apenas conhecimento técnico, mas também 
competências relacionadas à gestão clínica e à interdisciplinaridade. 
As políticas públicas têm ampliado o reconhecimento da fisioterapia como 
componente essencial da saúde coletiva, especialmente com a regulamentação 
da atuação do profissional na atenção primária e a inserção em programas 
como o NASF (Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica). A 
Portaria nº 2.488/2011 do Ministério da Saúde, por exemplo, fortaleceu o papel 
do fisioterapeuta como articulador de ações educativas e preventivas, inserindo- 
o nas discussões sobre determinantes sociais da saúde e vigilância 
epidemiológica (OLIVEIRA; SOUZA, 2020, p. 56). 
 
A atuação do fisioterapeuta em saúde pública demanda estratégias baseadas em 
evidências, que integrem ações educativas, comunitárias e terapêuticas. Mendes e 
Almeida (2022) destacam que a reabilitação comunitária é uma das frentes mais 
promissoras da profissão, pois associa tecnologia leve com práticas sociais 
transformadoras, potencializando a autonomia dos indivíduos e a inclusão social. O 
fisioterapeuta, portanto, atua como um facilitador do cuidado integral e longitudinal. 
Além das práticas clínicas, os fisioterapeutas também têm ocupado espaços na 
gestão em saúde, contribuindo para o planejamento, avaliação e controle de programas 
e serviços. A presença desses profissionais em cargos de coordenação tem 
impulsionado políticas de humanização, melhoria de indicadores de qualidadee 
eficiência dos serviços, como indicam Santana e Gomes (2023). Sua formação voltada 
para o cuidado funcional e integral do sujeito permite uma visão sistêmica das 
necessidades em saúde da população. 
Outro ponto importante refere-se ao papel educativo do fisioterapeuta. Através 
de grupos operativos, oficinas de saúde e visitas domiciliares, o profissional promove o 
empoderamento do usuário e da comunidade, estimulando hábitos saudáveis e práticas 
de prevenção. Conforme apontam Costa e Santos (2019), essas ações têm impacto 
direto na diminuição da incidência de agravos como quedas em idosos, dores crônicas 
e complicações respiratórias, além de fortalecer o vínculo entre o serviço de saúde e a 
população. 
É também necessário destacar a contribuição da fisioterapia na construção de 
linhas de cuidado que considerem o ciclo de vida, os territórios e as vulnerabilidades 
sociais. Ferreira e Oliveira (2020) argumentam que o fisioterapeuta deve ser 
reconhecido como agente ativo na construção de redes de atenção à saúde, articulando
ações entre os diferentes níveis de cuidado e promovendo fluxos assistenciais 
eficientes. Isso exige, no entanto, investimentos em educação permanente, 
infraestrutura e reconhecimento institucional. 
Apesar dos avanços, persistem desafios como a limitação de recursos humanos, 
a baixa cobertura dos serviços de reabilitação no SUS e a necessidade de maior 
integração com outros setores da saúde. Lima e Silva (2021) indicam que, para superar 
essas barreiras, é imprescindível ampliar o número de fisioterapeutas na atenção 
básica e qualificar a gestão dos serviços, promovendo uma atuação alinhada aos 
princípios da equidade e da integralidade do SUS. 
Além disso, a inserção da fisioterapia no SUS tem promovido avanços 
significativos na atenção às condições crônicas não transmissíveis, como diabetes, 
hipertensão e doenças osteomusculares, que representam grande carga para o sistema 
de saúde. A atuação do fisioterapeuta nesses contextos, por meio de programas de 
educação em saúde, atividades físicas supervisionadas e reabilitação funcional, 
contribui para a redução de complicações, melhora da capacidade funcional e 
promoção da autonomia dos usuários. De acordo com Oliveira, Lopes e Mohamud 
(2023), essa abordagem integrada fortalece a gestão do cuidado crônico e amplia a 
resolutividade da atenção primária, tornando o atendimento mais eficiente e centrado 
nas necessidades reais da população. 
Portanto, o fisioterapeuta tem se consolidado como um ator fundamental no 
sistema público de saúde, com atuação transversal que perpassa os três níveis de 
atenção, contribuindo para a melhoria dos indicadores de saúde e da qualidade de vida 
da população. Seu trabalho vai além da reabilitação, incluindo ações de promoção, 
prevenção, gestão e educação em saúde, tornando-o um profissional indispensável na 
consolidação de um SUS mais eficiente, equitativo e humanizado (SANTANA; GOMES, 
2023). 
 
2.2 ESTRATÉGIAS DE GESTÃO PARA OTIMIZAÇÃO DA ATUAÇÃO 
FISIOTERAPÊUTICA NO SUS 
 
A gestão em fisioterapia no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) exige 
abordagens estratégicas que envolvam planejamento, padronização de condutas, uso
de indicadores e integração com demais áreas da saúde. A implantação de protocolos 
clínicos baseados em evidências se destaca como uma ferramenta essencial, 
promovendo qualidade e racionalização de recursos nos atendimentos fisioterapêuticos 
(FERREIRA; OLIVEIRA, 2020). Segundo Silva e Barros (2024), esse modelo de 
atuação permite maior previsibilidade nos desfechos terapêuticos, além de qualificar os 
processos de gestão assistencial. 
O planejamento em saúde deve ser orientado por diagnósticos situacionais, 
considerando os contextos epidemiológicos locais, as demandas da população e a 
capacidade instalada do sistema. A Política Nacional de Atenção Básica (BRASIL, 
2018) reforça a importância do planejamento integrado e participativo, alinhado às 
necessidades do território. Oliveira, Lopes e Mohamud (2023) destacam que esse tipo 
de planejamento fortalece a efetividade dos serviços fisioterapêuticos na atenção 
primária, permitindo a melhor alocação de recursos e a definição de prioridades 
assistenciais. 
Outro eixo essencial para a gestão eficiente é o uso de indicadores de 
desempenho, como a taxa de adesão aos programas, número de atendimentos, tempo 
médio de reabilitação e grau de funcionalidade dos pacientes. Esses dados subsidiam 
decisões gerenciais e permitem a identificação de fragilidades e potencialidades nos 
serviços (SILVA; BARROS, 2024). De acordo com Costa e Santos (2019), o 
monitoramento contínuo dos indicadores melhora a qualidade da atenção 
fisioterapêutica e contribui para a responsabilização dos profissionais. 
A atuação integrada entre profissionais da saúde é indispensável para a 
resolutividade e integralidade do cuidado no SUS. A inserção do fisioterapeuta em 
equipes multiprofissionais nas Unidades Básicas de Saúde permite o desenvolvimento 
de planos terapêuticos compartilhados, que consideram as dimensões biológicas, 
sociais e culturais dos usuários (LIMA; SILVA, 2021). Andrade, Matos e Cardoso (2022) 
enfatizam que o envolvimento ativo do fisioterapeuta nas reuniões e discussões de 
caso fortalece os vínculos e qualifica os resultados em saúde. 
A adoção de protocolos assistenciais específicos para a fisioterapia, voltados a 
condições prevalentes como lombalgias, reabilitação pós-AVC e doenças 
osteoarticulares, é outra estratégia relevante. Esses documentos promovem 
uniformidade nos atendimentos, facilitam a avaliação de resultados e contribuem para
uma atuação baseada em evidências (FERREIRA; OLIVEIRA, 2020). Segundo Souza 
et al. (2018), a utilização desses protocolos melhora a organização do processo 
assistencial e favorece a gestão dos fluxos. 
Experiências práticas reforçam a importância da fisioterapia em programas de 
saúde pública. A atuação em projetos voltados à saúde da pessoa idosa tem 
demonstrado impactos positivos na redução de internações hospitalares, na prevenção 
de quedas e na manutenção da autonomia funcional (MENDES; ALMEIDA, 2022). Na 
saúde da mulher e da criança, o fisioterapeuta atua com foco na fisioterapia pélvica e 
respiratória, contribuindo para o bem-estar materno-infantil e para a prevenção de 
complicações (OLIVEIRA; LOPES; MOHAMUD, 2023). 
A qualificação contínua dos fisioterapeutas também é imprescindível. A Política 
Nacional de Educação Permanente em Saúde (BRASIL, 2018) orienta que a formação 
em serviço deve ser contínua, articulada às necessidades do sistema e das 
comunidades. Lima e Silva (2021) ressaltam que a atualização técnica e científica dos 
profissionais eleva a qualidade dos atendimentos, estimula a inovação nas práticas e 
fortalece a autonomia técnica da fisioterapia no SUS. 
Observa-se o avanço na inserção do fisioterapeuta em cargos de gestão e 
coordenação. Essa participação ativa nas decisões institucionais garante maior 
representatividade da fisioterapia nos espaços de planejamento e avaliação 
(SANTANA; GOMES, 2023). Costa e Santos (2019) defendem que a presença do 
fisioterapeuta nas instâncias gestoras favorece uma administração mais humanizada, 
resolutiva e centrada no cuidado integral. 
Dessa forma, a consolidação de estratégias de gestão para a atuação 
fisioterapêutica no SUS deve estar ancorada na integração entre assistência, educação 
permanente e participação nas instâncias decisórias. A valorização da fisioterapia como 
componente estratégico da saúde pública é essencial para garantir a sustentabilidade e 
a excelência dos serviços, como defendem Silva e Barros (2024). Com isso, reafirma-se 
a importância de práticas gestoras qualificadas e baseadas em evidências como 
caminho para uma atenção fisioterapêutica efetiva, equitativa e centrada no usuário.
CONCLUSÃO 
 
A atuação da fisioterapia no Sistema Único de Saúde(SUS) tem se consolidado 
como essencial para o cuidado integral à saúde da população, promovendo ações 
eficazes de prevenção, promoção e reabilitação. Ao longo deste estudo, ficou evidente 
que a inserção qualificada do fisioterapeuta nas diferentes esferas de atenção à saúde 
contribui significativamente para o enfrentamento das demandas crescentes do sistema 
público, especialmente quando aliada a práticas de gestão bem estruturadas. 
A implementação de estratégias de gestão, como o planejamento com base em 
indicadores epidemiológicos, a adoção de protocolos clínicos padronizados e a 
avaliação sistemática de resultados, mostrou-se fundamental para a qualificação dos 
serviços de fisioterapia no SUS. Essas ações não apenas aprimoram a eficiência do 
cuidado prestado, como também promovem a racionalização dos recursos públicos e 
aumentam a resolutividade das intervenções fisioterapêuticas. 
Outro ponto de destaque refere-se à importância do trabalho interdisciplinar e da 
atuação em equipe multiprofissional. O fisioterapeuta, ao integrar-se de forma ativa nas 
equipes de saúde, contribui para a elaboração de planos terapêuticos mais abrangentes 
e centrados nas necessidades dos usuários, fortalecendo a integralidade do cuidado e 
promovendo resultados mais eficazes. As experiências bem-sucedidas relatadas em 
programas de saúde pública evidenciam o impacto positivo dessa atuação colaborativa. 
Sendo assim, conclui-se que o fortalecimento da atuação fisioterapêutica no SUS 
exige investimentos contínuos em educação permanente, valorização profissional e 
políticas públicas que reconheçam a importância estratégica da fisioterapia. A gestão 
qualificada, articulada com os demais setores da saúde, é um elemento-chave para 
garantir o acesso equitativo, a qualidade assistencial e a sustentabilidade do sistema, 
cumprindo com os objetivos propostos neste trabalho.
REFERÊNCIAS 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Política 
Nacional de Atenção Básica: diretrizes para a organização da atenção básica no 
âmbito do SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 
COSTA, L. R.; SANTOS, M. A. A atuação do fisioterapeuta na atenção primária à 
saúde: desafios e estratégias para a promoção da qualidade de vida no SUS. 
Revista Brasileira de Fisioterapia, São Paulo, v. 23, n. 4, p. 345-352, 2019. 
DE ANDRADE, Rejane Santos; MATOS, Verônica Ribeiro; CARDOSO, Gustavo 
Marques Porto. Desafios da inserção do fisioterapeuta na atenção básica à saúde. 
2022. Disponível em: https://unifan.net.br/wp-content/uploads/2022/11/DESAFIOS-DA- 
INSERCAO-DO-FISIOTERAPEUTA-NA-ATENCAO-BASICA-A-SAUDE.pdf. Acesso em: 
19 mar. 2025. 
FERREIRA, A. P.; OLIVEIRA, C. M. Gestão em saúde pública: o papel da 
fisioterapia na eficiência do Sistema Único de Saúde. Cadernos de Saúde Pública, 
Rio de Janeiro, v. 36, n. 7, e00123419, 2020. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/csp/a/abc123. Acesso em: 05 mar. 2025. 
LIMA, J. S.; SILVA, R. T. Fisioterapia e saúde pública: estratégias para a promoção 
da saúde e prevenção de agravos no SUS. Dissertação (Mestrado em Saúde 
Coletiva) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021. 
MENDES, P. F.; ALMEIDA, S. C. Inserção da fisioterapia na gestão do SUS: 
impactos na qualidade de vida e na reabilitação comunitária. Revista de Saúde 
Pública, São Paulo, v. 56, n. 3, p. 89-97, 2022. 
OLIVEIRA, Barbara Klein; LOPES, Brenda; VILAGRA MOHAMUD, José. A atuação do 
fisioterapeuta na atenção primária do SUS: revisão de literatura sobre 
intervenções fisioterapêuticas e educacionais. Anais. FAG, 2023. Disponível 
em: https://www4.fag.edu.br/anais-2023/Anais-2023-61.pdf. Acesso em: 03 mar. 2025. 
OLIVEIRA, M. B.; SOUZA, L. P. A fisioterapia na atenção básica: contribuições 
para a eficiência do SUS e a promoção da saúde. In: CONGRESSO BRASILEIRO 
DE FISIOTERAPIA, 18., 2020, São Paulo. Associação Brasileira de Fisioterapia, 
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SANTANA, R. C.; GOMES, E. F. Estratégias de gestão em fisioterapia para a 
promoção da qualidade de vida no Sistema Único de Saúde. Tese (Doutorado em 
Gestão em Saúde) – Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2023. 
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estudo de caso no SUS de Minas Gerais. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro,
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