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EDGAR NUNES CORRÊA RELATÓRIOS DE PARTICIPAÇÃO NO SEMINÁRIO: SABERES TRADICIONAIS E SABER CIENTÍFICO Manuela Carneiro da Cunha Este trabalho é um relatório de participação no seminário com a antropóloga Manuela Carneiro da Cunha que aborda o tema saberes tradicionais e saber científico, no dia 28/03/2011 FAFICH/UFMG. Formação Intercultural para Educadores Indígenas, Licenciatura Ciências Sociais e Humanas, FAE/UFMG. Professor Paulo Maia. BELO HORIZONTE 2010 Relatórios dos seminários com a antropóloga Manuela Carneiro da Cunha FAFICH/UFMG SABERES TRADICIONAIS E SABER CIENTÍFICO Manuela começa a discutir a idéia de saberes tradicionais e saber cientifico, no qual se observa distinções logo no seu título saberes tradicionais no plural para designar sua pluralidade, ou seja, a diversidade de saberes tradicionais que existem no mundo, pois como ela mesma diz á tantos conhecimentos tradicionais quanto á povos tradicionais. Essas diferenças é um enorme patrimônio. O Brasil é privilegiado nessa questão por ser um país mega diverso em recursos genéticos e diverso em sociedade, mas ao mesmo tempo não está preparado para saber lidar com essa diversidade. Um dos pontos que ela propõe é estabelecer uma política que envolva os conhecimentos científicos e os conhecimentos tradicionais já que este ultimo sempre esteve distante do ponto de vista da academia. É de grande importância estabelecer diálogo entre a academia e os conhecimentos tradicionais são duas dimensões que não se confunde, exemplo disso são as pesquisas de campo que os biólogos, farmacólogos, etc. Fazem em tal área, no qual é indispensável o acompanhamento de uma pessoa que seja conhecedor da região das espécies de plantas e sobre tudo para que o seu uso, conhecimentos esses que não se tem tido o devido valor por parte desses cientistas no que diz respeito a esses mateiros que traz consigo todo um acumulo de conhecimentos que lhes foi transmitido de forma tradicional e que são os responsáveis por estabelecer essa relação entre o conhecimento tradicional e a academia. Sendo assim é indispensável à valorização dessas pessoas nas suas publicações e também o seu reconhecimento autoral pois não é justo que, quem produziu o conhecimento não participe dos benefícios. Muitas vezes os conhecimentos as técnicas tradicionais são usadas e não são devidamente reconhecidas. Como Manuela mesmo diz, sem mateiro não há biologia. O ponto de grande discussão dessa relação entre saberes tradicionais e saber Científico são os diretos de propriedade intelectual, algo que ainda não esta em consenso. No qual esse direito sendo de comunidade tradicional não pode ser tratado como um direito individual, mas algo reconhecido coletivamente, mas isso gera vários outras indagações, bem como: esse conhecimento dever ser passado a domínio publico? Uma das grandes distinções que Manuela argumenta entre saberes tradicionais e saber científico são as diferenças de protocolos, entre os dois saberes, ou seja, o modo de produção do conhecimento tradicional é diferente do científico bem como seus conteúdos diferentes justamente por esses modos serem diversos. O que interessa mais, quando se trata de direitos de propriedade intelectual é exatamente proteger as formas de produção, como é transmitido os conhecimentos e menos os seus conteúdos e participação em eventuais resultados econômicos mas só isso não baste justamente por trazer outros efeitos indesejáveis. Já nos conhecimento Cientifico há uma certa hierarquização, onde todo o conhecimento dito científico é controlado por uma comunidade cientifica e são universalizados. Outro ponto fundamental abordado por Manuela é manter essa relação entre conhecimentos tradicionais e conhecimento cientifico, sendo que a escola não ta dando o devido valor para o conhecimento tradicional e sim sobrepujando. EDGAR NUNES CORRÊA RELATÓRIOS DE PARTICIPAÇÃO NO SEMINÁRIO: PORQUE CONHECIMENTO TRADICIONAL? Manuela Carneiro da Cunha Este trabalho é um relatório de participação no seminário com a antropóloga Manuela Carneiro da Cunha que aborda o tema Porque conhecimento tradicional? No dia 29/03/2011 REITORIA/UFMG. Formação Intercultural para Educadores Indígenas, Licenciatura Ciências Sociais e Humanas, FAE/UFMG. Professor Paulo Maia. BELO HORIZONTE 2010 Relatórios do seminário com a antropóloga Manuela Carneiro da Cunha REITORIA/UFMG Porque conhecimento tradicional? Tivemos o ultimo seminário com Manuela Carneiro da Cunha na Reitoria da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) onde ela trata do seguinte tema: Porque Conhecimento Tradicional? E não para que conhecimento tradicional, segundo ela isso seria reduzir a contribuição que os conhecimentos tradicionais podem dar a Ciência sem adjetivo (acadêmica) e do valor que ela tem em si. Essa palestra foi uma sequência de diálogos com vários outros seminários anteriores. Sempre com muito cuidado nas suas palavras, ela enfatiza que conhecimentos tradicionais são sistemas, sistemas no plural justamente se tratar de conhecimentos diversos no qual deve ser defendido levando em conta essa pluralidade. Umas das falas que chamou a atenção é a idéia de que, os conhecimentos tradicionais não podem ser tratados como tesouro, algo que deve ser guardado, mas sim um conhecimento que deve ser transmitido, pois ele está em constante transformação, não é algo que está preso ao passado embora tenha uma estreita relação. Tem se observado nos últimos tempos um tentativa dessa atenção para os conhecimentos tradicionais, exemplo disso são os relatórios que diz respeito ao clima do planeta IPCC, que estão começando incorporar os conhecimentos tradicionais em relação ao clima, mas isso numa escala internacional, o Brasil ainda é um pais que deixa muito a desejar não tem honrado os seus deveres o que é uma forma de canais de comunicação entre conhecimentos tradicionais e conhecimento Científico. Levando em conta outros trabalhos desse tipo, por exemplo, o que ela citou: As publicações cinzentas que são relatórios que antes não chegavam a esfera acadêmica, mas está se alargando internacionalmente. O que Manuela chama a atenção é exatamente para esse diálogo entre conhecimentos tradicionais e conhecimento Cientifico onde um não deve se sobrepor ao outro. Onde as instituições de ensino saiba valorizar as diversidades de conhecimentos existente no mundo. Que a escola saiba formar engenheiros, médicos, professores...Sem que essas pessoas não deixa de ser um xamã por exemplo.
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