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Os ouvidores da capitania do Maranhão André Angelo Batista de Siqueira da Costa1 Resumo: Com as reflexões feitas na disciplina de Tópicos Temáticos em História I, foram analisados, documentos e Biografias, que encaminharam as pesquisas e as leituras de diversos autores do gênero. Fui levado, então, a procurar sobre os ouvidores de cada estado/capitania, sob domínio Português. Com objetivo inicial de análise documental, encontramos no Arquivo Histórico Ultramarino, no período de 1623 à 1750, cartas e registros de despesas ou pedidos de subsídios que foram as principais fontes para esse trabalho. Essa pesquisa consiste nos ouvidores da capitania do Maranhão, suas dificuldades, conquistas e como chegaram ao dito cargo de ouvidor do estado. Palavras-chaves: Ouvidor, Provedor, Capitania, Maranhão. Abstract: With the reflections made in the discipline of Tópicos Temáticos em História I, it was possible analyze the documents and the biographies, who headed the research and readings of various authors of the genre. Then led to look on the ombudsmen of each state / captaincy upon Portuguese domain. With an initial goal of documentary analysis, we found the Overseas Historical Archive, in the period 1623 to 1750, letters and records of expenses or expenses requests that were the main source for this work. This research consists of the ombudsmen of the captaincy of Maranhão, their difficulties, their achievements and how they arrived at the position of magistrate of the state. Key-words: Ombudsman, Provider, Captaincy, Maranhão. Introdução Sabe-se que o cargo de ouvidor-geral do Estado do Brasil foi estabelecido em 1549, no contexto de instalação do governo-geral na colônia, em conjunto com os cargos de governador-geral e de provedor-mor da Fazenda. “Um ministro, como o Provedor da Fazenda Real e Ouvidor do Porto, respondia pelo erário da Coroa e pelas questões portuárias.” (Fragoso.2004, p.44). Durante as leituras de algumas cartas também é possível notar a autonomia na administração da justiça dada aos 1 Acadêmico do primeiro ano do curso de Bacharelado em História na Universidade Estadual de Ponta Grossa UEPG. donatários e ao ouvidor era ampla e incluía o poder de impedir a entrada de qualquer autoridade judicial nas capitanias, o que tornava sua atuação imune à fiscalização da Coroa. Invertia-se, assim, a política seguida pela monarquia portuguesa, de fazer da administração da Justiça um eficaz braço da centralização (SALGADO, 1985, p. 74; WEHLING, 2004, p. 41). A criação do cargo de ouvidor-geral, sobreposto a essa estrutura, foi uma forma encontrada posteriormente pela Coroa para controlar o exercício dos poderes judiciais que estavam nas mãos de particulares. A justiça portuguesa na colônia compreendia, portanto, tanto a justiça real diretamente exercida, desempenhada pelos representantes do rei, como a justiça concedida aos donatários, praticada por delegação (SCHWARTZ, 1979, p. 24; WEHLING, 2004, p. 37). Em 1608, foi instalada uma ouvidora-geral das três capitanias do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Vicente, e, em 1619, foi criada outra, no Maranhão, duas áreas que, na época, encontravam-se separadas em estados independentes e tinham uma estrutura de governo similar à do Estado do Brasil. O presente trabalho irá analisar os documentos provenientes da capitania do Maranhão e por isso se faz necessário entender como funcionava o sistema naquela localidade. Ouvidor-geral do Estado do Maranhão O ouvidor-geral do Estado do Maranhão foi criado pelo regimento de 7 de novembro de 1619, em uma medida que antecipava a intenção de Portugal, na época sob o domínio espanhol, em separar essa região do Estado do Brasil, o que veio a ocorrer em 1621. (SALGADO, 1985, p. 55). O regimento do ouvidor-geral do Maranhão de 7 de novembro de 1619, determinava que o cargo tivesse a mesma jurisdição e alçada dos corregedores do Reino. Dentre suas atribuições estavam a de conhecer, por ação nova, os casos cíveis e criminais dos moradores, soldados, capitães e mais gente de guerra; sentenciar e despachar os feitos, dando apelação e agravo fora de sua alçada para a Casa de Suplicação de Lisboa; dar instrumentos de agravo e cartas testemunháveis das sentenças interlocutórias, enviando-as à Casa de Suplicação, e; conhecer as apelações e agravos dos ouvidores e dos juízes ordinários de seu distrito, dando, igualmente, apelação e agravo à Casa de Suplicação nos casos fora de sua jurisdição. Nas causas cíveis, o ouvidor-geral teria alçada até a quantia de vinte mil réis nos bens móveis e de 16 mil nos de raiz, e poderia aplicar penas, nos casos que parecessem necessários, até quatro mil réis, dando execução sem apelação e agravo. Nas causas crimes, o ouvidor-geral teria alçada para condenar escravos e peões em penas de açoites, podendo aplicar pena de degredo até quatro anos, para estes e para pessoas de “maior condição”, sem apelação e agravo (PORTUGAL, 1855a, p. 387-389; SALGADO, 1985, p. 201-202). O ouvidor-geral do Estado do Maranhão contaria com um escrivão e um meirinho e levaria os mesmos pagamentos do ouvidor-geral do Estado do Brasil. O ocupante do cargo não poderia ser tirado ou suspendido pelo governador. No caso de cometimento de crime ou excesso, o governador deveria fazer autos disso, remetendo-os ao rei. Os ouvidores A partir de agora, depois de toda a explanação feita, veremos os ditos ouvidores da capitania do Maranhão. Não serão analisados todos, mas sim uma parcela da qual foi possível achar documentação. É importante notarmos as relações de cargos e o modo como se dirigiam uns aos outros, até mesmo na forma das acusações ou pedidos feitos a rei de Portugal. Francisco Barradas de Mendonça Alguns registros encontrados datam de 1644 a 1646, onde percebemos a nomeação de ouvidor-geral do Estado do Maranhão por 3 anos. Em 31 de março de 1644 em uma consulta do Conselho Ultramarino ao rei D. João IV, foi feito o pedido do licenciado Francisco Barradas de Mendonça, o pedido consistia na nomeação de ouvidor-geral do Estado do Maranhão2 e que lhe fosse declarado e ordenado para receber o exercício do dito cargo. No mesmo ano do pedido, Mendonça volta a escrever outra carta que é referente ao dia 30 de julho, nesta pede ao o rei D. João IV, para que lhe sejam concedidas ajudas de custo, uma 2 AHU_ACL_CU_009, Cx. 2, D. 146 quantia em dinheiro para que possa trabalhar em seu devido lugar, o valor 200$000 rs de ordenado em cada ano para e uma quantia destinadas à sua viagem ao Estado do Maranhão.3 Sua atuação no cargo, infelizmente não foi encontrada nas pesquisas, não que ela não exista, mas pela falta de experiência na área de pesquisa o trabalho pode não esclarecer algumas dúvidas. Um relato que me chamou atenção foi que no dia 13 de julho de 1646 o Conselho Ultramarino ao rei D. João IV, faz o pedido de nomeação de novas pessoas para o cargo de ouvidor- geral do Maranhão, em substituição de Francisco Barradas de Mendonça, que curiosamente veio a ser preso e levado ao Reino.4 Gostaria de ter me aprofundado mais nesse caso, mais infelizmente não poderei responder algumas coisas, quem sabe em um próximo trabalho. Antônio Figueira Durão Alguns registros encontrados datam de 1646 a 1650. Carta. Provedor das Fazendas dos Defuntos e Ausentes, Capelas e Resíduos da Conquista do Maranhão. Há um alvará no qual se diz que foi Ouvidor Geral do Estado do Maranhão, com 200$000 rs de ordenado. Esse ouvidor em particular foi o que mais me revelou a intrigasno comando existente da época. No dia 30 de agosto de 1647, António Figueira Durão, referente à intromissão do sargento-mor Filipe da Fonseca e Gouveia na execução de sentença judicial contra um alferes da Ordenança.5 Em outro caso do dia 30 de outubro do mesmo ano, temos um alto de justiça (treslado) do capitão-mor do Maranhão, Manuel Pita da Veiga,6 para o Conselho Ultramarino, sobre a recusa do ouvidor-geral do Maranhão, em nomear Melchior Mendes de Torres para o ofício de meirinho da ouvidoria-geral do Maranhão. Problemas como nesse caso de admissão ou nomeação de cargo eram comuns, pois o ouvidor nem sempre se dava bem com o governador ou o capitão-mor do estado. Um relato bastante curioso durante as pesquisas foi o caso da carta do dia 31 de outubro ainda 3 AHU_ACL_CU_009, Cx. 2, D. 156 4 AHU_ACL_CU_009, Cx. 2, D. 197 5 AHU_ACL_CU_009, Cx. 2, D. 220 6 AHU_ACL_CU_009, Cx. 2, D. 229 no mesmo ano, escrita pelo escrivão João Ribeiro para o Conselho Ultramarino, sobre outra carta do ouvidor-geral do Maranhão, para o capitão-mor daquele Estado, Manuel Pita da Veiga, e resposta deste em certidão do tesoureiro António Rodrigues Gouveia, nisto temos um processo judicial de Francisca de Melo, a quem chamavam "a Pernambucana"7. Novamente sinto em informar que a transcrição da carta não foi concluída, por isso fica a dúvida e o gostinho de um quero mais sobre o assunto. Reclamações a António Figueira Durão, como por exemplo a de pôr termo aos crimes nos cartórios.8 A leituras das cartas revelou a briga clara entre o ouvidor António Figueira Durão e o capitão-mor Manuel Pita, chegando até ao governador do Maranhão, Francisco Coelho de Carvalho.9 Vicente Leite Ripado Alguns registros encontrados datam 1715. Provedor da Fazendas, dos Defuntos e Ausentes, Capela e Resíduos do Maranhão. Filiação: Bartolomeu Fernandes Ripado. Durante a pesquisa desse ouvidor me deparei com um artigo no qual já citava seu nome, por isso em parte a análise contida nos próximos parágrafos valem a Tatiane Amorim Vasconcelos10. Ela analise como foco principal o cargo e suas funções administrativa, o exemplo utilizado por ela é o nosso ouvidor Vicente Ripado (ouvidor geral da capitania do Maranhão de 1715 à 1721) e que manteve uma relação extremamente delicada com praticamente todas as instâncias de poder da capitania enquanto esteve exercendo o cargo de ouvidor geral. Em um único mês, junho de 1720, foram emitidas cartas da câmara da cidade de São Luís11, do vigário-geral e juiz dos resíduos12, do bispo do Maranhão13 e do governador e capitão-general do Maranhão contrárias a jurisdição do dito ouvidor14. 7 AHU_ACL_CU_009, CX. 2, D. 230 8 AHU_ACL_CU_009, Cx. 2, D. 235 9 AHU_ACL_CU_009, Cx. 3, D. 244 10 Aluna de graduação em História, na Universidade Federal Fluminense e Bolsista de Iniciação Científica da UFF no projeto: Nas Malhas da Governação (II). Administração capitanial e governo- geral do Estado do Brasil, 1677-1735. Sob a orientação da Professora Doutora Maria de Fátima Silva Gouvêa. 11 AHU_ACL_CU_009, Cx. 12, D. 1242 12 AHU_ACL_CU_009, Cx. 12, D. 1244 13 AHU_ACL_CU_009, Cx. 12, D. 1249 14 AHU_ACL_CU_009, Cx. 12, D. 1265 Os motivos das reclamações são variados de acordo com o autor. Frente à grande quantidade de reclames feitos contra a figura do ouvidor, podemos supor que este oficial passou a atuar de um a maneira muito incômoda em uma rede de interesses já existentes antes de sua chegada. A autora comenta que em um primeiro momento, parece que todos aqueles que estavam descontentes com a atuação do ouvidor resolveram, ao mesmo tempo, reclamar ao Conselho Ultramarino, como se desta forma fosse garantida a legitimidade das acusações feitas contra tal oficial. Entretanto, mesmo tendo sido apresentadas várias denúncias sobre a atuação do ouvidor ao Conselho Ultramarino, lhe foi concedida à mercê de poder acumular sozinho os cargos de ouvidor geral e provedor mor da fazenda. Tal acumulação pode ser explicada pelo fato de haver dificuldade por parte do Estado Português de encontrar pessoas suficientemente habilitadas para ocupar os cargos da máquina estatal colonial. A jurisdição de Vicente Ripado nos ajuda a perceber como funciona a articulação de uma rede de interesses feridos contra uma instância do poder que parece não ir de encontro a tais interesses defendidos por essa rede. Observações: Abaixo segue um pequeno resumo de cada ouvidor encontrado, mas que não foram aprofundados em pesquisa. Muitos têm o cargo de ouvidor e provedor da capitania, na maioria dos casos citados, temos cobranças ou pedidos de subsídio para a inda ou permanência no local designado. João Cabral de Barros: Alguns registros encontrados datam 1657 a 1665. Em um documento sabemos que foi Desembragador (Se encontra escrito desta maneira e não desembargador) da Relação do Porto. Em uma carta consta-se que foi também provedor da Fazenda Real e para servir o cargo de Desembragador dos Agravos com 200$000 rs cada ano. Há um alvará para que com o cargo de Provedor da Fazenda haja em cada ano 2 moios de trigo de ordinária e 124000 rs em dinheiro. Diogo de Souza Meneses: Alguns registros encontrados datam 1660. Ouvidor Geral do Estado do Maranhão por 3 anos. Há um alvará no qual se diz a serventia do ofício de Provedor da Fazenda dos Defuntos e Ausentes do Estado do Maranhão. Matias Lopes de Araújo: Alguns registros encontrados datam 1653 a 1658. Encontra-se um alvará no qual Matias é provedor das obras, órfãos e capelas da vila de Tomar, por 3 anos. Há uma carta Padrão no qual se pede um tença anual de 40$000 rs com o hábito da Ordem de Cristo. A tença era pensão com que o estado premiava serviços considerados relevantes. Manuel Nunes Colares: Alguns registros encontrados datam 1689. Ouvidor Geral da cidade de S. Luís do estado do Maranhão. Mateus Dias de Costa: Alguns registros encontrados datam 1698. Encontra-se uma carta de Padrão. Tença de 8$000 rs para seu primo Manuel Pinto Ribeiro Antônio da Costa Coelho: Alguns registros encontrados datam 1715. Encontra-se uma carta na qual se diz que Antônio era corregedor da comarca da cidade de Évora, por 3 anos. Filiação: Josefa da Costa Coelho. Francisco Machado: Alguns registros encontrados datam 1721.Encontra-se uma carta na qual se diz o cargo de ouvidor Geral do Maranhão. Outra carta revela que também foi Provedor das capelas no Maranhão e provedor Mor da Fazenda Real no Maranhão. José de Souza Monteiro: Alguns registros encontrados datam 1733. Provedor dos Defuntos e Ausentes da cidade do Maranhão. Francisco Raimundo de Morais Pereira: Alguns registros encontrados datam 1742 a 1749. Encontra-se uma carta na qual se diz o cargo de provedor das Capelas no Maranhão. Outra carta revela uma quantia de 12$000 rs de tença para os ter com o hábito de Cristo, pela renúncia de André Pinto de Vasconcelos. João da Cruz Denis Pinheiro: Alguns registros encontrados datam 1747. Encontra-se uma carta na qual se diz o cargo de ouvidor no Maranhão. Filiação: José Dinis Pinheiro. Abaixo uma tabela com os nomes e datas de todos os ouvidores encontrados durante a pesquisa: Nome Data Luís de Madureira 1624 X Francisco Barradas de Mendonça 1644- 1646 V António Figueira Durão 1647-1650 X Matias Lopes de Araújo 1651 V João Cabral de Barros 1654 V Diogo de Sousa e Meneses 1660-1664 V Tomé de Almeida e Oliveira 1662 (Auto crime em 1678) 1685 X Valentim Baldés (Baldez) 1664-1665 X João Alves Correia 1667 X António de Andrada de Albuquerque 1684-1686X Manuel Nunes Colares 1689-1693 V Miguel de Rosa Pimentel 1690 X Diogo Salter de Marcedo 1694 X Manuel Dias da Costa 1698 V Manuel da Silva Pereira 1705-1706 X Eusébio [Capelli] 1711-1712 X António da Costa Coelho 1715 X Vicente Leite Ripado 1715-1721 V Valério da Costa Gouveia (Rio das Mortes) 1716 Matias da Silva e Freitas 1718-1740 V Francisco Galvão de Afonso (Belém do Pará) 1721 Francisco Machado 1721-1724 V José da Costa de Abreu 1724 X Belchior António Marques Cardoso 1729 X Francisco de Andrade Ribeiro. 1732 X José de Sousa Monteiro 1733-1737 V Francisco Duarte dos Santos. 1734 X Diogo Freire da Cunha, 1738 Francisco Raimundo de Morais Pereira, 1742-1748 V João da Cruz Dinis Pinheiro 1747-1750 V Referências Bibliográficas FRAGOSO, João. Afogando em nomes: temas e experiências em história econômica. Topoi 05 – Julho-Dezembro de 2002 | Volume 03. PORTUGAL. Alvará de regimento do ouvidor-geral do Maranhão, de 7 de novembro de 1619. Coleção Cronológica da Legislação Portuguesa compilada e anotada por José Justino de Andrade e Silva. Legislação de 1613 a 1619. Lisboa, p. 387-389, 1855. Disponível em: <http://iuslusitaniae.fcsh.unl.pt>. Acesso em: 25 mar. 2008. (Acessado pelo acadêmico em: 23 fev. 2016). SALGADO, Graça (coord.). Fiscais e meirinhos: a administração no Brasil colonial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. SCHWARTZ, Stuart B. Burocracia e sociedade no Brasil colonial: a suprema corte da Bahia e seus juízes: 1609-1751. Tradução de Maria Helena Pires Martins. São Paulo: Perspectiva, 1979. (Estudos, v. 50). WEHLING, Arno; WEHLING, Maria José. Direito e justiça no Brasil colonial: o Tribunal da Relação do Rio de Janeiro (1751-1808). Rio de Janeiro: Renovar, 2004. Leitura de artigos referentes a Angélica Ricci Camargo 2013, 2014. Fontes: Projeto resgate, Arquivo Histórico Ultramarino. Avulsos da capitania do Maranhão. AHU_ACL_CU_009, Cx. 2, D. 146 AHU_ACL_CU_009, Cx. 2, D.156 AHU_ACL_CU_009, Cx. 2, D. 197 AHU_ACL_CU_009 Cx. 2, D. 220 AHU_ACL_CU_009, Cx. 2, D. 229 AHU_ACL_CU_009, CX. 2, D. 230 AHU_ACL_ACL_CU_009, Cx. 2, D. 235 AHU_ACL_CU_009, Cx. 3, D. 244 AHU_ACL_CU_009, Cx. 3, D. 247 AHU_ACL_CU_009, CX. 3, D. 286 AHU_ACL_CU_009, Cx.3, D. 334 Sites http://digitarq.arquivos.pt/ http://www.cmd.unb.br/resgate_busca.php http://www.cmd.unb.br/biblioteca.html http://linux.an.gov.br http://linux.an.gov.br/mapa/?p=4901 http://linux.an.gov.br/mapa/?p=4843
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