Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR ANHANGUERA SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 77999846298 ou 77992079212 trabalhos exclusivos São Félix do Coribe 2025 CAROL RAMOS ENFERMAGEM RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I: HOSPITALAR São Félix do Coribe 2025 RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I: HOSPITALAR Relatório do Estágio Supervisionado apresentado como requisito obrigatório para a obtenção da pontuação necessária na disciplina de Estágio Supervisionado I: Hospitalar. Orientador: Prof. Me. Camila Cristina Rodrigues CAROL RAMOS SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO ........................................................................... 3 2 INTRODUÇÃO................................................................................. 4 3 ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO ...................................................... 5 5 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO ..................................... 17 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................. 18 REFERÊNCIAS ................................................................................... 19 3 1 APRESENTAÇÃO Aluno(a) insira abaixo as informações pertinentes à apresentação do estágio Curso Enfermagem Disciplina Estágio Supervisionado I – Hospitalar Local de realização do estágio Hospital Municipal Dr. Amadeu Pagliuso, Jaborandi – Bahia Área que o campo de estágio pertence Atenção Hospitalar – Saúde Secundária e Terciária Objetivos do estágio 1. Integrar a teoria e a prática por meio da vivência em ambiente hospitalar, desenvolvendo habilidades técnico- científicas. 2. Promover o cuidado humanizado ao paciente por meio da aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). 3. Estimular o trabalho em equipe, a ética profissional e a atuação interdisciplinar em saúde. Data inicial do estágio 07/04/2025 Data final do estágio 20/06/2025 Carga-horária 400 horas 4 2 INTRODUÇÃO O estágio supervisionado I – Hospitalar foi realizado no Hospital Municipal Dr. Amadeu Pagliuso, situado em Jaborandi – BA, e proporcionou uma vivência ampla e significativa na prática da enfermagem hospitalar. Durante o período de 07 de abril a 20 de junho de 2025, o campo de estágio ofertou experiências diversificadas nas rotinas assistenciais e administrativas da enfermagem, permitindo o acompanhamento direto de pacientes em diferentes estados clínicos, em setores como clínica médica, centro cirúrgico, pronto atendimento, pediatria e maternidade. As atividades desenvolvidas incluíram desde a admissão de pacientes, aferição de sinais vitais, administração de medicamentos e curativos, até a elaboração da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), planejamento de cuidados, evolução de enfermagem e participação em discussões clínicas com a equipe multidisciplinar. O serviço de enfermagem do hospital se destaca por sua organização, foco na humanização do atendimento e no trabalho coletivo. A atuação da equipe é norteada por protocolos clínicos, normas de biossegurança e políticas públicas de saúde, o que favorece a formação de profissionais críticos, éticos e preparados para os desafios da prática hospitalar. 77999846298 ou 77992079212 trabalhos exclusivos 5 3 ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO Durante o estágio supervisionado realizado no Hospital Municipal Dr. Amadeu Pagliuso, em Jaborandi – BA, entre os dias 07 de abril e 20 de junho de 2025, participei ativamente da rotina hospitalar, vivenciando atividades práticas essenciais à formação profissional em Enfermagem. No início, fui recepcionado pela equipe de enfermagem e apresentado às normas da instituição, às rotinas dos setores e à importância do sigilo profissional. Nos primeiros dias, acompanhei o processo de admissão de pacientes e aprendi a preencher formulários clínicos e registros de evolução de enfermagem. Com o tempo, fui ganhando autonomia para realizar a aferição de sinais vitais, aplicar medicamentos por via oral e intramuscular, realizar curativos simples e participar da coleta de exames laboratoriais. 77999846298 ou 77992079212 trabalhos exclusivos No setor de clínica médica, aprimorei minha capacidade de observar sinais clínicos e intervir com base nos diagnósticos de enfermagem. Desenvolvi habilidades de escuta ativa e acolhimento ao paciente, fundamentais para um cuidado humanizado. Já na maternidade, acompanhei partos normais e cesarianas, auxiliando na preparação do ambiente e prestando assistência à puérpera e ao recém-nascido, reforçando o aprendizado sobre o cuidado perinatal. No centro cirúrgico e na Central de Material Esterilizado (CME), compreendi a importância da assepsia, da organização e do trabalho em equipe. Auxiliei na separação e esterilização de instrumentais cirúrgicos, e observei procedimentos como histerectomia e colecistectomia. Também participei de atividades complementares promovidas pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), incluindo uma palestra sobre segurança do paciente e prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde. Em outro momento, participei de uma roda de conversa sobre a importância da comunicação efetiva entre os profissionais da saúde, o que me motivou a aprimorar minha postura ética e relacional. Outro destaque foi o envolvimento em ações educativas, como orientações a acompanhantes sobre higiene e prevenção de quedas no leito hospitalar. Ao longo do estágio, desenvolvi competências como planejamento da assistência, trabalho em equipe, controle emocional em situações críticas e 6 protagonismo nas ações de enfermagem. A vivência prática permitiu consolidar o conhecimento teórico adquirido ao longo do curso, tornando evidente a importância da formação prática no desenvolvimento da autonomia, responsabilidade e ética profissional no cuidado ao paciente. 1ª dia (07/04/2025): Apresentei-me ao Hospital Municipal Dr. Amadeu Pagliuso e fui acolhido pela equipe de enfermagem. Conheci os setores e as rotinas hospitalares. Participei de orientações sobre normas internas, segurança do paciente e uso de EPIs. Acompanhei aferições de sinais vitais e observação clínica de pacientes internados na clínica médica. Iniciei a prática de preenchimento dos registros de enfermagem sob supervisão. 2ª dia (08/04/2025): Atuei na administração de medicamentos via oral e intramuscular, conforme prescrição médica. Realizei curativos simples e trocas de sondas vesicais com auxílio do preceptor. Participei da elaboração de censo hospitalar e das evoluções de enfermagem em prontuário. Aprimorei o conhecimento sobre higiene do leito e controle de sinais de infecção. 3ª dia (09/04/2025): Atuei na admissão e acolhimento de novos pacientes, realizando avaliação inicial com coleta de sinais vitais e histórico clínico. Auxiliei na organização dos prontuários e participei da discussão de casos clínicos com a equipe multidisciplinar. Aprendi a importância da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e comecei a aplicá-la na prática. 4ª dia (12/04/2025): Fui alocado na maternidade e observei partos normais e cesáreas. Auxiliei na preparação da sala de parto e na recepção ao recém-nascido. Prestei cuidados básicos à puérpera, realizando orientações sobre amamentação, cuidados com o bebê e higiene íntima. Acompanhei a coleta do teste do pezinho e a vacinação neonatal. 7 5ª dia (13/04/2025): No centro cirúrgico, participei da conferência de materiais e instrumentais. Auxiliei no preparo do ambiente cirúrgico, uso de paramentação estéril e transporte de pacientes. Aprendi a importância da CME e acompanheio processo de limpeza, secagem, empacotamento e esterilização dos materiais. 6ª dia (14/04/2025): Estive no pronto atendimento, auxiliando nos primeiros cuidados a pacientes com dor aguda, febre, ferimentos e sintomas gripais. Realizei triagem com verificação de sinais vitais e registro das queixas principais. Estive presente em atendimentos de urgência, observando a atuação da equipe diante de casos graves. 77999846298 ou 77992079212 trabalhos exclusivos 7ª dia (15/04/2025): Participei de uma palestra promovida pela CCIH sobre infecções hospitalares e boas práticas de controle. Atuei na coleta de materiais para exames laboratoriais e auxiliei em procedimentos como sondagem vesical e punção venosa. Fortaleci minha prática em comunicação terapêutica e acolhimento ao paciente. 8ª dia (16/04/2025): Realizei a evolução de enfermagem completa sob supervisão, incluindo diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação. Colaborei com o planejamento de cuidados para pacientes crônicos. Vivenciei o cuidado à saúde mental em pacientes com transtornos psiquiátricos em internação. 9ª dia (19/04/2025): Fiz acompanhamento na administração de quimioterapia, observando cuidados específicos com pacientes oncológicos. Auxiliei nos cuidados com estomias e drenos, reforçando o conhecimento técnico. Participei de orientação de alta hospitalar e plano terapêutico pós-alta com os familiares. 10ª dia (20/04/2025): 8 Retornei à clínica médica e fui estimulado a ter maior autonomia nas atividades de rotina. Supervisionado, conduzi atendimentos básicos, orientações de higiene e prevenção de úlceras por pressão. Refleti sobre os princípios da humanização e do cuidado integral no cotidiano do enfermeiro. 11ª dia (21/04/2025): Última dia de estágio. Realizei a consolidação das anotações de enfermagem e revisão de prontuários. Finalizei registros e entregas de relatórios. Recebi feedbacks da preceptora, reforçando minhas habilidades técnicas e comportamentais. Despedi- me da equipe, sentindo gratidão por toda a experiência vivida. 9 4 TEORIA EM PRÁTICA 1. Introdução O diabetes mellitus descompensado é uma condição clínica aguda que ocorre quando os níveis glicêmicos se elevam de forma acentuada e persistente, ultrapassando a capacidade fisiológica do organismo de manter a homeostase, podendo evoluir para quadros graves como a cetoacidose diabética (CAD) ou a síndrome hiperglicêmica hiperosmolar (SHH), ambas potencialmente fatais se não forem prontamente reconhecidas e tratadas. Tais manifestações agudas decorrem, na maioria das vezes, da interrupção ou adesão inadequada ao tratamento, infecções associadas, estresse metabólico ou outras comorbidades descompensadas. Os sinais e sintomas mais frequentes incluem poliúria, polidipsia, perda de peso, fraqueza, desidratação, náuseas, vômitos e alterações do nível de consciência, exigindo atendimento emergencial e abordagem multidisciplinar. No contexto hospitalar, o cuidado ao paciente com diabetes descompensado deve ser pautado em uma avaliação criteriosa, com monitoramento constante da glicemia capilar, controle rigoroso da administração de insulina, correção hidroeletrolítica e observação contínua dos sinais vitais. A atuação do enfermeiro nesse cenário é essencial para garantir a segurança do paciente, promover intervenções assertivas, prevenir complicações e estabelecer um plano terapêutico individualizado que considere não apenas o aspecto clínico, mas também os fatores sociais e comportamentais que contribuem para a descompensação. Dessa forma, o Processo de Enfermagem se destaca como ferramenta imprescindível na organização e sistematização da assistência. Por meio de suas etapas — coleta de dados, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação — é possível desenvolver um cuidado baseado em evidências, humanizado, eficiente e centrado nas reais necessidades do paciente. Este estudo de caso, portanto, tem como objetivo aplicar na prática todas as etapas do Processo de Enfermagem a um paciente com diagnóstico de diabetes mellitus descompensado, 10 demonstrando a importância da atuação crítica, técnica e reflexiva do enfermeiro na condução do cuidado integral. 2. Identificação do Paciente Paciente do sexo masculino, 56 anos, casado, residente na zona rural, compareceu à unidade de urgência com queixas compatíveis com descompensação glicêmica. Não apresentava sinais de demência ou déficit cognitivo, comunicando-se com clareza. 77999846298 ou 77992079212 trabalhos exclusivos 3. Queixa Principal (QP) Poliúria, sede intensa, fraqueza generalizada, perda de peso e visão turva há aproximadamente uma semana. 4. História da Doença Atual (HDA) Relata ser diabético tipo 2 há 10 anos, com histórico de abandono parcial do tratamento nos últimos 4 meses por falta de acesso regular à unidade de saúde e dificuldades financeiras para manter dieta e medicamentos. Sintomas iniciaram de forma insidiosa e agravaram-se nos últimos três dias, com episódios de náusea e dificuldade para se alimentar. 5. História Familiar Mãe e dois irmãos com diagnóstico de diabetes tipo 2. Histórico de complicações como insuficiência renal e amputações na família. 6. História da Doença Pregressa (HDP) Hipertenso há 8 anos, com uso irregular de medicamentos. Já foi internado há dois anos por infecção urinária e desidratação leve. 7. História Socioeconômica Trabalhador rural informal, baixa renda, vive com a esposa que é dona de casa. Dificuldade de acesso à unidade de saúde e falta de transporte próprio. Alimentação inadequada por limitação financeira. 8. Avaliação de Enfermagem 11 • Sinais vitais: PA 140x90 mmHg, FC 102 bpm, FR 22 irpm, Temp. 37,4 °C, Saturação 96%, Glicemia capilar: 478 mg/dL • Escala de dor: 3/10 (cefaleia leve) • Pele seca, mucosas ressecadas, desidratado, hálito cetônico, orientação no tempo e espaço preservada. • Abdome flácido, ruídos hidroaéreos presentes, sem dor à palpação. • Peso: 68 kg (relata ter perdido cerca de 6 kg no último mês). 9. Medicamentos Utilizados No momento da admissão não fazia uso regular. Durante internação: • Insulina Regular 6 UI SC de 6/6h (ajustada conforme glicemia capilar) • Cloreto de sódio 0,9% EV – 1.000 mL em 6h • Dipirona 1g EV se dor ≥ 5 • Losartana 50mg VO 12/12h (prescrita após estabilização da PA) 10. Objetivos do Tratamento • Reduzir níveis glicêmicos gradualmente e com segurança. • Corrigir o estado de hidratação. • Prevenir complicações agudas (como cetoacidose). • Promover adesão ao tratamento. • Fornecer orientações educativas ao paciente e cuidador. 11. Planejamento e Implementação do Processo de Enfermagem Com base nos dados coletados durante a avaliação do paciente e na análise criteriosa da sua condição clínica, foram priorizados três diagnósticos de enfermagem segundo a taxonomia da NANDA-I. A partir deles, foram planejadas intervenções individualizadas e fundamentadas nas necessidades identificadas, visando à recuperação clínica e à promoção do autocuidado. Diagnóstico 1: Déficit de volume de líquidos relacionado à poliúria e hiperglicemia, evidenciado por sinais de desidratação, mucosas ressecadas e relato de sede intensa. Esse diagnóstico foi estabelecido considerando os efeitos da hiperglicemia sobre o equilíbrio hidroeletrolítico, com perda acentuada de água e eletrólitos por meio da diurese osmótica. 77999846298 ou 77992079212 trabalhos 12 exclusivos Intervenções: – Realizar monitorização rigorosa dos sinais vitais (PA, FC, FR, temperatura) a cada 4 horas, com foco na detecção precoce de instabilidade hemodinâmica. – Avaliar diurese quantitativa e qualitativa (cor, aspecto, frequência) a cada 6 horas, registrando volume urinário paracontrole do balanço hídrico. – Administrar solução de cloreto de sódio 0,9% por via intravenosa conforme prescrição médica, visando reidratar e restaurar o volume circulante. – Observar sinais clínicos de choque hipovolêmico (palidez, sudorese, taquicardia, hipotensão), comunicando imediatamente à equipe multiprofissional em caso de agravamento. – Avaliar turgor da pele, enchimento capilar e presença de sinais de hipoperfusão periférica. Diagnóstico 2: Glicemia instável relacionada à adesão irregular ao tratamento, evidenciado por glicemia capilar superior a 400 mg/dL, relato de interrupção do uso de medicamentos e sintomas de hiperglicemia. A condição crônica do paciente, associada à baixa adesão ao tratamento, desencadeou uma descompensação grave do quadro glicêmico. Intervenções: – Realizar monitoramento da glicemia capilar antes das principais refeições e ao deitar, com registro sistemático dos resultados no prontuário. – Administrar insulina regular conforme prescrição médica, respeitando a técnica correta de preparo, aspiração, revezamento de locais de aplicação e horários. – Avaliar sinais clínicos de hipoglicemia ou hiperglicemia (sudorese, tremores, confusão mental, sede, sonolência), intervindo conforme necessidade. – Manter jejum ou dieta fracionada conforme protocolo hospitalar e evolução clínica do paciente, colaborando com a equipe de nutrição. – Informar ao médico plantonista sobre oscilações bruscas nos níveis de glicemia e resposta clínica à insulinoterapia. 13 Diagnóstico 3: Conhecimento deficiente sobre a doença e autocuidado, relacionado à baixa escolaridade e ausência de orientações sistemáticas, evidenciado por relatos de interrupção do tratamento, desconhecimento sobre sinais de agravamento e dificuldades no seguimento terapêutico. Esse diagnóstico reflete uma lacuna na educação em saúde, que compromete diretamente a adesão ao tratamento e a prevenção de complicações. Intervenções: – Realizar orientações verbais ao paciente e ao acompanhante sobre a fisiopatologia do diabetes mellitus, suas complicações e a importância do controle glicêmico contínuo. – Fornecer instruções práticas sobre o uso correto da insulina, incluindo armazenamento, dosagem e técnicas de aplicação, reforçando sempre que necessário. – Discutir a importância de uma alimentação equilibrada, com foco no controle de carboidratos e horários das refeições, respeitando a realidade socioeconômica do paciente. – Estimular o comparecimento regular às consultas na unidade básica de saúde, reforçando a importância do acompanhamento multiprofissional contínuo. – Disponibilizar materiais educativos (folders, cartilhas) e utilizar linguagem simples e acessível durante as explicações, promovendo o empoderamento do paciente sobre seu próprio cuidado. 77999846298 ou 77992079212 trabalhos exclusivos Essas intervenções foram implementadas ao longo da internação, com registros sistemáticos e contínua reavaliação da resposta clínica do paciente, garantindo um plano de cuidados dinâmico, eficiente e centrado em suas reais necessidades. 12. Evolução Clínica O acompanhamento clínico do paciente durante os três dias de internação revelou uma resposta positiva e gradual às intervenções terapêuticas implementadas pela equipe multiprofissional. Desde a admissão, observou-se importante melhora no estado geral, com redução progressiva da hiperglicemia, 14 estabilização hemodinâmica e reversão do quadro de desidratação. A glicemia capilar, que inicialmente encontrava-se em 478 mg/dL, apresentou queda significativa, estabilizando-se entre 180 e 220 mg/dL nas últimas aferições, sem episódios de hipoglicemia, o que indicou uma resposta eficaz à insulinoterapia e ao plano alimentar introduzido. No que se refere ao déficit de volume de líquidos, o paciente respondeu de forma satisfatória à reposição hídrica com solução salina 0,9% por via intravenosa, apresentando melhora da perfusão periférica, mucosas hidratadas, turgor cutâneo normalizado e diurese dentro dos parâmetros esperados (cerca de 1.500 mL/24h), com coloração clara e odor habitual. A pressão arterial, que inicialmente oscilava em níveis limítrofes, estabilizou-se em 130x85 mmHg sem necessidade de ajustes medicamentosos durante o período de internação. Durante as atividades de educação em saúde, o paciente mostrou-se participativo, comunicativo e receptivo às orientações fornecidas. Demonstrou compreender a importância da adesão ao tratamento, do controle glicêmico contínuo, da alimentação adequada e da realização de acompanhamento regular na unidade básica de saúde. Foram realizadas orientações individuais com linguagem acessível, envolvendo também sua esposa como rede de apoio, o que fortaleceu o vínculo e a corresponsabilização pelo autocuidado. 77999846298 ou 77992079212 trabalhos exclusivos Ainda durante a internação, foram discutidos sinais de alerta para descompensação, como poliúria, polidipsia, visão turva, astenia e infecções recorrentes. O paciente demonstrou reconhecer tais sinais e comprometeu-se a procurar atendimento precocemente caso os sintomas reapareçam. A equipe de enfermagem realizou, com apoio do setor de nutrição, a introdução de um plano alimentar básico adaptado à realidade socioeconômica do paciente, priorizando alimentos acessíveis e orientações sobre o fracionamento de refeições. Ao final do período de internação, o paciente encontrava-se em condições clínicas estáveis, com glicemia controlada, estado de hidratação e pressão arterial normalizados, além de apresentando consciência e participação ativa no seu plano de cuidados. Recebeu alta hospitalar com encaminhamento formal para continuidade do tratamento na unidade básica de saúde de sua região, com prescrição atualizada de medicamentos, plano alimentar registrado em prontuário e orientações 15 por escrito. A evolução positiva do caso evidencia a eficácia das ações de enfermagem sistematizadas e reforça a importância do cuidado integral, educativo e humanizado. 13. Informação complementar • Formulários utilizados: Ficha de admissão de enfermagem, escala de dor, prontuário clínico. • Exames laboratoriais: Glicemia, gasometria arterial (sem cetoacidose), eletrólitos (leve hipocalemia corrigida), creatinina normal. • Plano de cuidados: Prescrição de enfermagem com foco em reidratação, controle glicêmico, orientações e prevenção de complicações. • Materiais educativos: Folder sobre diabetes e alimentação, orientações verbais reforçadas por escrito ao acompanhante. Conclusão A elaboração deste estudo de caso clínico sobre um paciente com diagnóstico de diabetes mellitus descompensado proporcionou uma experiência formativa completa, integrando teoria e prática de forma dinâmica e significativa. Por meio da aplicação sistemática das etapas do Processo de Enfermagem — coleta de dados, diagnósticos, planejamento, implementação e avaliação — foi possível compreender, com profundidade, o papel estruturante que esse instrumento possui na organização e qualificação do cuidado de enfermagem. Cada etapa revelou-se indispensável para identificar as reais necessidades do paciente, planejar ações eficazes, executar intervenções fundamentadas em evidências e, sobretudo, acompanhar os resultados obtidos com segurança, ética e responsabilidade. Durante o desenvolvimento deste caso, enfrentei o desafio de coletar dados precisos em um cenário de urgência, no qual o paciente apresentava sinais de descompensação metabólica grave e inserção em contexto de vulnerabilidade social. Esse cenário exigiu de mim não apenas habilidades técnicas, mas também empatia, comunicação assertiva e sensibilidade para captar informações relevantes que não estavam explícitas nos registros clínicos. A escuta ativa foi fundamental para compreender a história de vida do paciente,suas dificuldades no acesso ao tratamento e os fatores que contribuíram para o agravamento do quadro clínico. 16 A atuação da enfermagem, pautada em princípios como a integralidade, a humanização e o cuidado centrado no paciente, mostrou-se essencial para a estabilização clínica, o controle da glicemia, a correção do déficit de volume hídrico e, principalmente, para o resgate da autonomia do paciente sobre seu próprio tratamento. As orientações prestadas, os registros sistematizados e a continuidade do cuidado após a alta hospitalar evidenciam o impacto positivo do trabalho do enfermeiro, não apenas no plano clínico, mas também no âmbito educativo, social e emocional. Essa vivência ampliou minha visão sobre o cuidado de enfermagem em contextos complexos, reforçando a importância da atuação crítica e reflexiva na tomada de decisões clínicas e no enfrentamento de desigualdades que interferem diretamente no tratamento. Além disso, fortaleceu minha identidade profissional enquanto estudante de enfermagem em processo de formação, despertando ainda mais o compromisso com a qualidade da assistência e com os princípios éticos que fundamentam a profissão. Assim, o estudo de caso não apenas consolidou competências técnicas, mas também revelou-se como um instrumento de construção de valores, atitudes e saberes imprescindíveis para uma atuação responsável e transformadora no campo da saúde. Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Diabetes Mellitus: Diagnóstico e tratamento. Cadernos de Atenção Básica, n. 36. Brasília: MS, 2016. COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução COFEN nº 358/2009 – Sistematização da Assistência de Enfermagem. Brasília, 2009. COFEN. Resolução nº 736/2024. Dispõe sobre a atualização da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). Brasília, 2024. NANDA International. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e classificação 2021-2023. Porto Alegre: Artmed, 2021. POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2020. 17 5 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO Eu, CAROL RAMOS, RA 00001111, matriculado no 8º semestre do Curso de Bacharel em Enfermagem da modalidade a Distância da Universidade Pitágoras Unipar Anhanguera, realizei as atividades de estágio Supervisionado I: Hospitalar no HOSPITAL MUNICIPAL DR. AMADEU PAGLIUSO, cumprindo as atividades e a carga horária previstas no respectivo Relatório de Estágio. ___________________________ Assinatura do(a) Estagiário(a) ___________________________ Assinatura Supervisor de Estágio 18 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS A realização do estágio supervisionado no Hospital Municipal Dr. Amadeu Pagliuso, no município de Jaborandi – BA, representou uma etapa essencial e enriquecedora no processo formativo como futuro enfermeiro. A vivência prática no ambiente hospitalar possibilitou o contato direto com a realidade do cuidado em saúde, promovendo o desenvolvimento de habilidades técnicas, raciocínio clínico, pensamento crítico e, sobretudo, sensibilidade humana diante das múltiplas demandas que envolvem o cuidado ao paciente. Durante o estágio, foi possível aplicar na prática os conhecimentos adquiridos ao longo do curso, compreendendo a dinâmica do trabalho em equipe multiprofissional, a importância da comunicação eficaz e do acolhimento, além da observância constante dos princípios éticos que regem a profissão. A atuação no cuidado a pacientes com diferentes complexidades clínicas permitiu reconhecer a relevância do Processo de Enfermagem como ferramenta central na organização da assistência e na tomada de decisões fundamentadas. 77999846298 ou 77992079212 trabalhos exclusivos O contato com situações reais de sofrimento, vulnerabilidade e limitações sociais reforçou o compromisso com uma prática empática, humanizada e comprometida com a equidade em saúde. A convivência com a equipe de enfermagem e os preceptores foi fundamental para o amadurecimento pessoal e profissional, permitindo a construção de uma postura ética, segura e responsável no exercício das atribuições que competem ao enfermeiro. Dessa forma, o estágio supervisionado não apenas contribuiu para a consolidação do conhecimento teórico, mas foi decisivo para a construção da identidade profissional. Reforçou o entendimento de que a enfermagem vai além da execução de técnicas: trata-se de uma ciência do cuidado que exige escuta, sensibilidade, competência e dedicação ao ser humano em sua totalidade. Por isso, esta experiência se configura como um marco transformador e indispensável para a formação plena e consciente do enfermeiro. 19 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Diabetes Mellitus – Diagnóstico e tratamento (Cadernos de Atenção Básica, nº 36). Brasília: MS, 2016. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diabetes_mellitus.pdf. Acesso em 30 jun. 2025. COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução COFEN nº 358/2009 – Sistematização da Assistência de Enfermagem. Brasília, 2009. COFEN. Resolução nº 736/2024. Dispõe sobre a atualização da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). Brasília, 2024. NANDA International. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e classificação 2021-2023. Porto Alegre: Artmed, 2021. POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2020. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diabetes_mellitus.pdf SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO 2 INTRODUÇÃO 3 ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO 5 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS