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Acidentes por animais peçonhentos 
 
Os acidentes com animais peçonhentos são um desafio significativo para a 
saúde pública no Brasil. Com sua rica biodiversidade e clima tropical favorável, 
o país abriga uma ampla variedade de serpentes, aranhas, escorpiões e outros 
animais peçonhentos, cujas picadas ou mordidas podem resultar em graves 
consequências para a saúde humana. Nesse cenário, é essencial conhecer e 
identificar esses animais para implementar medidas preventivas eficazes e 
garantir um atendimento adequado às vítimas. 
Apesar de muitos considerarem esses termos como sinônimos, existem 
distinções conceituais entre animais peçonhentos e venenosos. Ambos 
produzem toxinas em glândulas ou tecidos, mas os animais venenosos 
armazenam essas substâncias para defesa contra predadores, enquanto os 
peçonhentos têm a capacidade adicional de injetá-las ativamente, seja em 
presas para predar ou em predadores para se defender. 
Para a injeção ativa das toxinas, os animais peçonhentos utilizam aparelhos 
inoculadores como dentes especializados, ferrões, quelíceras, cerdas urticantes, 
esporões, etc. As toxinas, em quantidades relevantes, causam lesões 
fisiopatológicas dose-dependentes a um organismo vivo, sendo denominadas 
zootoxinas quando produzidas por animais, e convencionou-se chamar de 
venenos as produzidas por animais venenosos, e peçonhas aquelas produzidas 
por animais peçonhentos. 
As funções desempenhadas por venenos e peçonhas estão relacionadas 
ao animal produtor destas substâncias: defesa contra predação, no caso dos 
venenos, e subjugação e detenção de presas e predadores, no caso das 
peçonhas. Além disso, podem exercer também função digestiva em alguns 
animais peçonhentos. 
Compreender estes conceitos é fundamental para a correta notificação dos 
acidentes por animais peçonhentos no Sistema de Informação de Agravos de 
Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, uma vez que nem todo animal 
produz toxinas, e nem todo animal que produz toxinas é um animal peçonhento. 
Em caso de Acidentes por Animais Peçonhentos, entre em contato com o Centro 
de Informação e Assistência Toxicológica que atende a sua região 
Acidentes por abelhas 
Acidentes por aranhas 
Acidentes por escorpiões 
Acidentes por lagartas 
Acidentes ofídicos 
Acidentes por águas-vivas e caravelas 
https://portalsinan.saude.gov.br/
https://portalsinan.saude.gov.br/
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/ciatox
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/ciatox
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/acidentes-por-abelhas
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/acidentes-por-aranhas
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/acidentes-por-escorpioes
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/acidentes-por-lagartas
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/acidentes-ofidicos
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/aguas-vivas-e-caravelas
Histórico do Programa Nacional de Vigilância e Controle de Acidentes por 
Animais Peçonhentos 
Em 1985, originou-se uma crise na produção de soros antivenenos a partir de 
uma escassez significativa nos hospitais e postos de saúde em todo o país. Isso 
ocorreu quando a multinacional Syntex do Brasil S.A., que era responsável por 
grande parte da produção desse imunobiológico, encerrou suas operações no 
Brasil. Em vista disso, o Ministério da Saúde criou o Programa de Auto-
Suficiência Nacional em Imunobiológicos (PASNI), com o intuito de modernizar 
as plantas de produção dos laboratórios públicos produtores de antivenenos 
(Instituto Butantan, Instituto Vital Brazil e Fundação Ezequiel Dias) e 
reestabelecer o fornecimento dos imunobiológicos no País. 
No ano seguinte, em 1986, os acidentes ofídicos passaram a ser de notificação 
compulsória e foi implementado o Programa Nacional de Controle do Ofidismo 
(PNO), no âmbito da Secretaria Nacional de Ações Básicas em Saúde 
(SNABS/MS). 
Logo em seguida, a vigilância epidemiológica do araneísmo e do escorpionismo 
foram incorporados à vigilância do ofidismo e, em 1988, o Programa Nacional de 
Controle de Ofidismo passou a ser denominado Programa Nacional de Controle 
de Acidentes por Animais Peçonhentos (PNCAAP), nomenclatura utilizada 
atualmente. O PNCAAP é alicerçado nos objetivos abaixo, que correspondem às 
estratégias de intervenção e redução da incidência e da gravidade dos acidentes 
provocados por animais 
peçonhentos, através da promoção de ações educativas em saúde e da 
utilização eficaz dos antivenenos: 
• Reduzir a incidência dos acidentes por animais peçonhentos por meio da 
promoção de ações de educação em saúde; 
• Reduzir a gravidade, as sequelas e, consequentemente, a letalidade dos 
acidentes por meio do atendimento oportuno e de escolhas acertadas no 
tratamento soroterápico; 
• Melhorar a capacidade de resposta do atendimento médico assistencial 
nos serviços de saúde; 
• Mapear áreas de risco a partir dos resultados e da análise dos indicadores 
epidemiológicos. 
Animais peçonhentos de importância em Saúde no Brasil 
Algumas espécies de animais peçonhentos são consideradas de interesse em 
saúde pública no Brasil, devido à alta capacidade de proliferação em meios 
urbanos e a magnitude dos acidentes que provocam, seja em razão do número 
de acidentes que provocam em humanos, ao potencial de evolução clínica do 
envenenamento com gravidade ou de gerar sequelas temporárias e até mesmo 
permanentes. O Sistema Único de Saúde oferece gratuitamente antivenenos, 
conforme necessário, para uso no tratamento dos indivíduos acidentados. 
https://www.gov.br/saude/pt-br/sus
Nessa perspectiva, o conceito de Uma Só Saúde enfatiza as conexões entre 
animais, meio ambiente e seres humanos, destacando a relevância dos 
acidentes com animais peçonhentos para a saúde pública. No Brasil, essas 
ocorrências são preocupantes devido ao aumento significativo no número de 
casos e óbitos registrados anualmente. Para enfrentar essa ameaça, o Sistema 
Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente antivenenos para o 
tratamento adequado das vítimas. 
No contexto brasileiro, os animais peçonhentos de interesse em saúde pública 
incluem quatro grupos de serpentes (Botrópico, Crotálico, Laquético e Elapídico) 
conforme o gênero da espécie responsável pelo acidente (Bothrops, 
Bothrocophias, Crotalus, Lachesis, Micrurus e Leptomicrurus), algumas espécies 
de escorpiões do gênero Tityus ( T. serrulatus, T. bahiensis, T. stigmurus e T. 
obscurus), aranhas divididas em grupos loxoscélico, fonêutrico e latrodéctico dos 
gêneros Loxosceles, Phoneutria e Latrodectus, abelhas do gênero Apis e 
lagartas do gênero Lonomia. 
Lagartas do gênero Lonomia representam uma preocupação significativa devido 
à capacidade de causar acidentes graves. Adicionalmente, acidentes por 
abelhas do gênero Apis, especialmente as africanizadas, são categorizados 
como acidentes apílicos. 
Outros animais peçonhentos, como vespas, marimbondos, lacraias, arraias, 
bagres, entre outros, embora não considerados de importância em saúde 
pública, podem ocasionar acidentes graves. Estes acidentes também devem ter 
seus acidentes notificados no Sinan. 
Veja a lista dos hospitais de referência para soroterapia de acidentes por 
animais peçonhentos separadas por estado, constando as cidades onde estão 
localizados, nomes dos hospitais, endereços, telefones, Código Nacional de 
Estabelecimentos de Saúde (CNES) e atendimento disponível para acidentes 
com animais peçonhentos. As informações disponibilizadas são de 
responsabilidade da respectiva Secretaria Estadual de Saúde. Em caso de 
emergência, contate imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de 
Urgência (SAMU 192) ou o Corpo de Bombeiros (193). Ligue também para o 
Centro de Informação e Assistência Toxicológicaque atende a sua região. 
 
 
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/hospitais-de-referencia
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/hospitais-de-referencia
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/samu-192
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/samu-192
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/lista-dos-hospitais-de-referencia-para-soroterapia
Acidentes por abelhas 
 
Abelhas são insetos da ordem Hymenoptera, assim como as vespas e as 
formigas. Algumas espécies são conhecidas por produzirem o mel e viverem em 
colônias, com uma organização hierárquica com uma rainha, alguns machos 
férteis e milhares de operárias fêmeas. As abelhas operárias são as 
responsáveis pela defesa da colônia. Ao picar, elas perdem parte do aparato 
inoculador, morrendo em seguida. Este aparato possui músculos próprios e 
continuam injetando a peçonha mesmo após a separação do resto do corpo. 
Próximas a um enxame, as primeiras abelhas, ao picar, liberam um feromônio 
que faz com que outras ataquem o mesmo alvo, podendo ocasionar acidente 
com centenas de picadas. 
As Mamangavas ou Mamangabas, que são abelhas das subfamílias Bombinae 
e Euglossinae, não perdem o ferrão e podem ferroar várias vezes. A picada de 
abelhas consiste na injeção de veneno com objetivo de causar dor e desconforto 
físico a seus agressores ou intrusos, percebidos como ameaça à integridade de 
suas colmeias. Esses venenos são misturas complexas de aminas biogênicas, 
peptídeos e enzimas, com diversas atividades farmacológicas e alergênicas. 
Acidente por abelha é o quadro de envenenamento decorrente da injeção de 
toxinas através do aparelho inoculador (ferrão) de abelhas. No Brasil, as abelhas 
ditas africanizadas, ou seja, mestiças de Apis mellifera scutellata (africana) 
e Apis mellifera ligustica (européia) principalmente, são responsáveis por muitos 
relatos de acidentes, por serem mais agressivas do que as europeias. Entre os 
5 principais tipos de acidentes por animais peçonhentos, o acidente por abelhas 
é o único que não possui um soro específico para o tratamento no Brasil, porém 
há estudos acerca de sua produção. 
Sintomas 
O quadro de intoxicação varia pela quantidade de veneno aplicado e pela 
susceptibilidade em relação a uma reação alérgica ao veneno. Um indivíduo 
pode ser picado por uma a milhares de abelhas. No caso de poucas picadas, o 
quadro clínico pode variar de uma inflamação local até uma forte reação alérgica 
(choque anafilático). No caso de múltiplas picadas pode decorrer uma 
manifestação tóxica mais grave e, às vezes, até mesmo fatal. 
As manifestações clínicas podem ser de naturezas tóxicas e alérgicas. As 
reações tóxicas locais decorrentes da picada de abelhas estão associadas à dor, 
edema e eritema. Em casos de múltiplas picadas, podem ocorrer manifestações 
sistêmicas, devido à grande quantidade de veneno inoculada. Nesse caso, os 
sintomas são pruridos, rubor, calor generalizado, pápulas, placas urticariformes, 
hipotensão, taquicardia, cefaleia, náuseas e/ou vômitos, cólicas abdominais e 
broncoespasmos. Em casos mais graves pode ocorrer choque, insuficiência 
respiratória aguda, rabdomiólise e injúria renal aguda. 
As manifestações alérgicas locais são caracterizadas por um edema que 
persiste por alguns dias. As reações alérgicas sistêmicas podem variar de 
urticária generalizada e mal-estar até edema de glote, broncoespasmos, choque 
anafilático, queda da pressão arterial, colapso, perda da consciência, 
incontinência urinária e fecal e cianose. 
Tratamento 
As informações fornecidas neste site são exclusivamente para fins de 
conhecimento e não devem ser utilizadas como substituto para tratamento 
médico. Em caso de acidente com picadas de abelhas ou qualquer outra 
emergência de saúde, recomendamos a procura imediata da orientação de um 
profissional de saúde qualificado. 
Não há exames específicos para o diagnóstico. O diagnóstico dos acidentes 
provocados por abelhas é feito, basicamente, através da história clínica, e a 
gravidade dos pacientes deverá orientar os exames complementares. Exames 
de urina tipo I e hemograma completo podem ser os utilizados para a detecção 
dos quadros sistêmicos. A determinação dos níveis séricos de enzimas de 
origem muscular, como a creatinoquinase total (CK), lactato desidrogenase 
(LDH), aldolases e aminotransferases (ALT e AST) e as dosagens de 
hemoglobina, haptoglobina sérica e bilirrubinas, nos pacientes com centenas de 
picadas. Nestes casos, a síndrome de envenenamento grave expõe 
manifestações clínicas sugestivas de rabdomiólise e hemólise intravascular. 
Para o tratamento das manifestações tóxicas ocasionadas por uma ou poucas 
picadas, recomenda-se a retirada dos ferrões e a utilização de compressas frias 
e analgésicos para o alívio da dor. Nos casos de picadas massivas, utiliza-se 
anti-inflamatórios não-hormonais e anti-histamínicos, e corticosteroides 
sistêmicos para tratar edemas extensos. Nos casos onde ocorrem hemólise 
intravascular, rabdomiólise, necrose tubular aguda e colapso respiratório e 
cardiovascular, o tratamento apropriado deve ser estabelecido na maior 
brevidade. 
O tratamento das reações alérgicas varia de acordo com a gravidade das 
manifestações apresentadas e são abordadas da mesma forma que se trata 
outras reações anafiláticas. 
Prevenção 
• A remoção das colônias de abelhas situadas em lugares públicos ou 
residências deve ser efetuada por profissionais devidamente treinados e 
equipados, preferencialmente à noite ou ao entardecer, quando os insetos 
estão calmos; 
• Evite aproximar-se de colmeias de abelhas africanizadas sem estar com 
vestuário e equipamentos adequados (macacão, luvas, máscara, botas, 
fumigador, etc.); 
• Evite caminhar e correr na rota de voo das abelhas; 
• Barulhos, perfumes fortes, desodorantes, o próprio suor do corpo e cores 
escuras (principalmente preta e azul-marinho) desencadeiam o 
comportamento agressivo e, consequentemente, o ataque de abelhas; 
• Sons de motores de aparelhos de jardinagem, por exemplo, exercem 
extrema irritação em abelhas. O mesmo ocorre com som de motores de 
popa; 
• No campo, o trabalhador deve ficar atento para a presença de abelhas, 
principalmente no momento de arar a terra com tratores. 
 
 
 
Acidentes por aranhas 
 
Acidentes por aranhas, ou araneísmo, é o quadro clínico de envenenamento 
decorrente da inoculação da peçonha de aranhas, através de um par de ferrões 
localizados na parte anterior do animal. Assim como os escorpiões, as aranhas 
são representantes da classe dos aracnídeos. 
No Brasil, as aranhas de importância em saúde pública pertencem a três 
gêneros: 
• Loxosceles – Conhecidas como aranha-marrom ou aranha-violino. As 
aranhas deste gênero não são agressivas, picam geralmente quando 
comprimidas contra o corpo. Têm, em média, um centímetro de corpo e 
até três de comprimento total. Possuem hábitos noturnos, constroem teias 
irregulares, como “algodão esfiapado”. Escondem-se em telhas, tijolos, 
madeiras, atrás ou embaixo de móveis, quadros, rodapés, caixas ou 
objetos armazenados em depósitos, garagens, porões, e outros 
ambientes com pouca iluminação e movimentação. 
• Phoneutria – São popularmente chamadas de aranha-armadeira ou 
macaca. São bastante agressivas, assumindo posição de defesa saltando 
até 40 cm de distância. O corpo pode atingir 4 cm, com 15 cm de 
envergadura. São aranhas caçadoras, com atividade noturna. Abrigam-se 
sob troncos, palmeiras, bromélias e entre folhas de bananeira. Podem se 
alojar também em sapatos, atrás de móveis, cortinas, sob vasos, entulhos, 
materiais de construção, etc. 
• Latrodectus – São as famosas aranhas viúva-negra. Não são 
agressivas. As fêmeas podem chegar a 2 cm e os machos são menores, 
de 2 a 3 mm. Têm atividade noturna e hábito de viver em grupos. Fazem 
teias irregulares em arbustos, gramíneas, cascas de coco, canaletasde 
chuva ou sob pedras. São encontradas próximas ou dentro das casas, em 
ambientes sombreados, como frestas, sob cadeiras e mesas em jardins. 
Acidentes causados por outras aranhas podem ser comuns, porém sem 
relevância em saúde pública, sendo que os principais grupos pertencem, 
principalmente, às aranhas que vivem nas casas ou suas proximidades, como 
caranguejeiras e aranhas de grama ou jardim. As aranhas caranguejeiras 
(Infraordem Mygalomorphae), embora grandes e frequentemente encontradas 
em residências, não causam acidentes considerados graves. 
 
Sintomas 
Os acidentes com aranhas podem causar diferentes tipos de reações, 
dependendo do gênero envolvido, apresentando sintomas característicos de 
cada um e possíveis complicações. São eles: 
Tipo de 
acidente/Gênero Sintomas 
Acidente 
loxoscélico 
(Loxosceles) 
A picada quase sempre é imperceptível. O quadro clínico 
pode se apresentar de duas formas: 
Forma cutânea: Dor de pequena intensidade. O local 
acometido pode evoluir com palidez mesclada com áreas 
equimóticas (“placa marmórea”). Também podem ser 
observadas vesículas e/ou bolhas sobre área endurada, 
com conteúdo sero-sanguinolento ou hemorrágico. Pode 
ocorrer febre, mal-estar geral, fraqueza, náusea, vômitos e 
mialgia. 
Forma cutâneo-hemolítica: Hemólise intravascular, de 
intensidade variável. A principal complicação é a injúria 
renal aguda por necrose tubular. Anemia, icterícia e 
hemoglobinúria se instalam geralmente nas primeiras 24 
horas pós-picada. Mais raramente, há descrição de 
pacientes que evoluem com coagulação intravascular 
disseminada (CIVD). 
Acidente 
fonêutrico 
(Phoneutria) 
A dor imediata é o sintoma mais frequente. Sua intensidade 
é variável, podendo se irradiar até a raiz do membro 
acometido. Outras manifestações são: edema, eritema, 
parestesia e sudorese no local da picada, onde podem ser 
visualizadas as marcas de dois pontos de inoculação. 
Acidente 
latrodéctico 
(Latrodectus) 
Dor na região da picada, suor generalizado e alterações na 
pressão e nos batimentos cardíacos. Podem ocorrer 
tremores, ansiedade, excitabilidade, insônia, cefaléia, 
prurido, eritema de face e pescoço. Há relatos de distúrbios 
de comportamento e choque nos casos graves. Contratura 
facial, trismo dos masseteres caracteriza fácies 
latrodectísmica observado em 5% dos casos. 
Prevenção 
A prevenção de acidentes com aranhas envolve medidas simples que reduzem 
o risco de contato com esses animais em ambientes domésticos e rurais. 
• Manter jardins e quintais limpos. Evitar o acúmulo de entulhos, folhas 
secas, lixo doméstico, material de construção nas proximidades das 
casas. 
• Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbusto, 
bananeiras e outras) junto a paredes e muros das casas. Manter a grama 
aparada. 
• Limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos, pelo menos, numa 
faixa de um a dois metros junto das casas. 
• Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois as aranhas e escorpiões 
podem se esconder neles e picar ao serem comprimidos contra o corpo. 
• Não pôr as mãos em buracos, sob pedras e troncos podres. 
• Usar calçados e luvas de raspas de couro pode evitar acidentes. 
• Vedar soleiras das portas e janelas ao escurecer, pois muitos desses 
animais têm hábitos noturnos. 
• Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e vãos entre o forro e 
paredes, consertar rodapés despregados, colocar saquinhos de areia nas 
portas e telas nas janelas. 
• Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques. 
• Combater a proliferação de insetos para evitar o aparecimento das 
aranhas que deles se alimentam. 
• Afastar as camas e berços das paredes. Evitar que roupas de cama e 
mosquiteiros encostem no chão. Inspecionar sapatos e tênis antes de 
calçá-los. 
• Preservar os inimigos naturais de escorpiões e aranhas: aves de hábitos 
noturnos (coruja, joão-bobo), lagartos, sapos, galinhas, gansos, macacos, 
coatis, entre outros (na zona rural). 
• Tratamento 
• As informações fornecidas neste site são exclusivamente para fins de 
conhecimento e não devem ser utilizadas como substituto para tratamento 
médico. Em caso de acidente com picadas de aranhas ou qualquer outra 
emergência de saúde, recomendamos a procura imediata da orientação 
de um profissional de saúde qualificado. 
• É eminentemente clínico-epidemiológico, não sendo empregado na rotina 
hospitalar exame laboratorial para confirmação do tipo de veneno 
circulante. No loxoscelismo na forma cutâneo-hemolítica, as alterações 
laboratoriais podem ser subclínicas, com anemia aguda e 
hiperbilirrubinemia indireta. Elevação dos níveis séricos de ureia e 
creatinina é observada somente quando há injúria renal aguda. No 
latrodectismo, as alterações laboratoriais são inespecíficas. São descritos 
distúrbios hematológicos (leucocitose, linfopenia), bioquímicos 
(hiperglicemia, hiperfosfatemia), do sedimento urinário (albuminúria, 
hematúria, leucocitúria) e eletrocardiográficos (fibrilação atrial, bloqueios, 
diminuição de amplitude do QRS e da onda T, inversão da onda T, 
alterações do segmento ST e prolongamento do intervalo QT). As 
alterações laboratoriais do foneutrismo são semelhantes às do 
escorpionismo, notadamente aquelas decorrentes de comprometimento 
cardiovascular. 
Tipo de 
acidente Antiveneno Classificação Clínica Nº de 
ampolas 
Loxoscélico SALoxA, 
SAArB 
Forma cutânea leve: Lesão 
incaracterística sem alterações clínicas 
ou laboratoriais. Se a lesão permanecer 
incaracterística é fundamental a 
identificação da aranha no momento do 
acidente para confirmação do caso. 
- 
Forma cutânea moderada: Presença de 
lesão “característica” ou altamente 
sugestiva (palidez ou 
placa marmórea, menor de três 
centímetros no seu maior diâmetro, 
incluindo a área de enduração), e dor em 
queimação ou a presença de lesão 
sugestiva (equimose, enduração, dor em 
queimação). 
5 
Forma cutânea grave: Presença de lesão 
extensa (palidez ou placa marmórea, 
maior de três centímetros no seu maior 
diâmetro, incluindo a área de enduração), 
e dor em queimação intensa. 
10 
Forma cutânea-hemolítica: A presença 
de hemólise, independentemente do 
tamanho da lesão cutânea e do tempo 
decorrido pós-acidente, classifica o 
quadro como grave. 
10 
Fonêutrico SAAr 
Leve: Dor, edema, eritema, irradiação, 
sudorese, parestesia, taquicardia e 
agitação secundárias à dor. 
- 
Moderado: Manifestações locais 
associadas à sudorese, 
taquicardia, vômitos ocasionais, 
agitação, hipertensão arterial. 
2 a 4 
Grave: Prostração, sudorese profusa, 
hipotensão, priapismo, diarreia, 
bradicardia, arritmias cardíacas, 
convulsões, cianose, edema pulmonar, 
choque. 
5 a 10 
• Fonte: Adaptado do Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes 
por Animais Peçonhentos (2001) e Ofício Circular Nº 2 2014-
CGDT/DEVIT/SVS/MS. 
• ASALox = Soro antiloxocélico. 
BSAAr = Soro antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria, Tityus). 
• Não há disponibilidade de tratamento soroterápico para os casos de 
acidentes latrodécticos. Nestes casos, utiliza-se para o tratamento, além 
de analgésicos, Benzodiazepínicos, Gluconato de Cálcio e 
Clorpromazina. Há relatos de utilização de Prostigmine, Fenitoína, 
Fenobarbital e Morfina. Deve-se garantir suporte cardiorespiratório e os 
pacientes devem permanecer hospitalizados por, no mínimo, 24 horas. 
 
Acidentes por escorpiões 
 
Acidente escorpiônico ou escorpionismo é o quadro clínico de 
envenenamento provocado quando um escorpião injeta sua peçonha através do 
ferrão (télson). Os escorpiões são representantes da classe dos aracnídeos, 
predominantes nas zonas tropicais e subtropicais do mundo, com maior 
incidência nos meses em que ocorre aumento de temperatura e umidade. 
No Brasil, os escorpiões de importância em saúde pública são as seguintes 
espécies do gênero Tityus: 
• Escorpião-amarelo (T. serrulatus) - com ampla distribuição em todas as 
macrorregiões do país, representa a espécie de maior preocupação em 
função do maiorpotencial de gravidade do envenenamento e pela 
expansão em sua distribuição geográfica no país, facilitada por sua 
reprodução partenogenética e fácil adaptação ao meio urbano. 
• Escorpião-marrom (T. bahiensis) - encontrado nas regiões Centro-
Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. 
• Escorpião-amarelo-do-nordeste (T. stigmurus) – Também apresenta 
reprodução do tipo partenogenética. É a espécie mais comum no 
Nordeste, apresentando alguns registros nos estados de Tocantins, Minas 
Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. 
• Escorpião-preto-da-amazônia (T. obscurus) – Principal causador de 
acidentes e óbitos na região Norte e no Estado de Mato Grosso. 
Outras espécies também causam envenenamento, mas com menor frequência 
e normalmente com menos gravidade. 
Sintomas 
• Manifestações locais – dor de instalação imediata em praticamente todos os 
casos, podendo se irradiar para o membro e ser acompanhada de parestesia, 
eritema e sudorese local. Em geral, o quadro mais intenso de dor ocorre nas 
primeiras horas após o acidente. 
• Manifestações sistêmicas – após intervalo de minutos até poucas horas 
(duas a três) podem surgir, principalmente em crianças, os seguintes sintomas: 
sudorese profusa, agitação psicomotora, tremores, náuseas, vômitos, sialorreia, 
hipertensão ou hipotensão arterial, arritmia cardíaca, insuficiência cardíaca 
congestiva, edema pulmonar agudo e choque. A presença dessas manifestações 
indica a suspeita do diagnóstico de escorpionismo, mesmo na ausência de 
história de picada ou identificação do animal. Crianças constituem o grupo mais 
suscetível ao envenenamento sistêmico grave. 
Tratamento 
As informações fornecidas neste site são exclusivamente para fins de 
conhecimento e não devem ser utilizadas como substituto para tratamento 
médico. Em caso de acidente com picadas de escorpiões ou qualquer outra 
emergência de saúde, recomendamos a procura imediata da orientação de um 
profissional de saúde qualificado. 
O diagnóstico de envenenamento dos acidentes escorpiônicos é eminentemente 
clínico-epidemiológico, não sendo empregado na rotina hospitalar exame 
laboratorial para confirmação do veneno circulante. 
Alguns exames complementares são úteis para auxílio no diagnóstico e 
acompanhamento de pacientes com manifestações sistêmicas, como 
eletrocardiograma, radiografia do tórax, ecocardiografia e exames bioquímicos. 
O tratamento específico é feito com o Soro Antiescorpiônico, de preferência ou, 
na falta deste, com o Soro Antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria e Tityus). Os 
soros devem ser administrados em ambiente hospitalar e sob supervisão 
médica. 
Antiveneno Classificação Clínica Nº de 
Ampolas 
SAEscA, ou 
SAArB 
Leve: dor e parestesias locais. - 
Moderado: dor local intensa associada a uma ou mais 
manifestações (náuseas, vômitos, sudorese, 
sialorreia, agitação, taquipneia e taquicardia). 
2 a 3 
Grave: além das manifestações clínicas citadas na 
forma moderada, há presença de uma ou mais das 
seguintes manifestações: vômitos profusos e 
incoercíveis, sudorese profusa, sialorreia intensa, 
prostração, convulsão, coma, bradicardia, insuficiência 
cardíaca, edema pulmonar agudo e choque. 
4 a 6 
Fonte: Adaptado do Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por 
Animais Peçonhentos (2001). 
ASAEsc = Soro antiescorpiônico. 
BSAAr = Soro antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria, Tityus) 
Prevenção 
• Acondicionar lixo domiciliar em sacos plásticos ou outros recipientes que 
possam ser mantidos fechados, para evitar baratas, moscas ou outros 
insetos de que se alimentam os escorpiões. 
• Combater a proliferação de baratas no intradomicílio. No caso da 
utilização de pesticidas, recomenda-se o uso de formulações do tipo gel 
ou pó. Esta atividade deve ser executada somente por profissionais de 
empresas especializadas. 
• Manter jardins e quintais limpos. Evitar o acúmulo de entulhos, folhas 
secas, lixo doméstico e materiais de construção nas proximidades das 
casas. Usar calçados e luvas de raspas de couro nas tarefas de limpeza 
em jardins e quintais. 
• Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbusto, 
bananeiras e outras) junto a paredes e muros das casas. Manter a grama 
aparada. 
• Solicitar ao proprietário ou, no impedimento deste, à prefeitura, a limpeza 
periódica de terrenos baldios vizinhos, pelo menos, numa faixa de um a 
dois metros junto às casas. 
• Sacudir e examinar roupas e sapatos antes de usá-los, pois escorpiões 
podem se esconder neles e picam ao serem comprimidos contra o corpo. 
• Evitar colocar as mãos sem luvas em buracos, sob pedras, troncos podres 
e em dormentes da linha férrea. 
• Nas casas e apartamentos utilizar soleiras nas portas e janelas, telas em 
ralos do chão, pias e tanques. 
• Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e vãos entre o forro e a 
parede. 
• Consertar rodapés despregados. 
• Afastar as camas e berços das paredes. 
• Evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão. 
• Não pendurar roupas nas paredes. 
• Preservar os inimigos naturais de escorpiões: 
aves de hábitos noturnos (coruja, joão-bobo), lagartos e sapos. 
Acidentes por lagartas 
 
Acidentes por lagartas, ou erucismo, é o quadro clínico de envenenamento 
decorrente do contato com cerdas urticantes de lagartas, locais onde ficam 
armazenadas a peçonha. A lagarta (taturana, marandová, mandorová, 
mondrová, ruga, oruga, bicho-peludo) é uma das fases do ciclo biológico de 
mariposas e borboletas (lepidóptero). Somente a fase larval de mariposas é 
capaz de produzir efeitos sobre o organismo; as demais (pupa, ovo e adulto) e 
larvas de borboletas são inofensivas. A única exceção é a mariposa fêmea adulta 
do gênero Hylesia, que apresenta cerdas urticantes no abdômen. Em contato 
com a pele, essas cerdas podem causar dermatite papulopruriginosa. Os 
acidentes provocados pelas lagartas, popularmente chamados de 
“queimaduras”, têm evolução benigna na maioria dos casos. 
As lagartas do gênero Lonomia são as únicas que têm maior relevância para a 
saúde pública, pois podem ocasionar acidentes graves ou mortes, pela 
inoculação do veneno no organismo, que se dá por meio do contato das cerdas 
urticantes com a pele. Estas as lagartas que mais causam acidentes no 
Brasil, destacam-se às pertencentes a duas Famílias: 
• Família Megalopygidae (lagartas “cabeludas”) - São geralmente 
solitárias e não-agressivas, de 1 a 8 cm de comprimento. Possuem “pelos” 
dorsais inofensivos longos e sedosos, de colorido variado (castanho, 
branco, negro, róseo) e que camuflam as verdadeiras cerdas pontiagudas 
e urticantes, que contém glândulas de venenos. 
• Família Saturniidae (lagartas “espinhudas”) - Vivem em grupos. 
Possuem cerdas urticantes em forma de espinhos, semelhantes a 
pequenos pinheiros verdes, distribuídos no dorso da lagarta, não 
possuindo pelos sedosos. Estes “espinhos” mimetizam muitas vezes as 
plantas que as lagartas habitam. Nesta família se inclui o gênero Lonomia, 
com ampla distribuição em todo o País, e causador de acidentes 
hemorrágicos. 
O Brasil é o único país produtor do Soro Antilonômico (SALon), específico para 
o tratamento dos envenenamentos moderados e graves causados por lagartas 
do Gênero Lonomia. 
Sintomas 
Normalmente, os acidentes com lagartas ocorrem quando o indivíduo toca o 
animal, geralmente em tronco de árvores ou ao manusear vegetação. O contato 
com as cerdas pontiagudas faz com que o veneno contido nos "espinhos" seja 
injetado na pessoa. A dor, na maioria dos casos, é violenta, irradiando-se do local 
da "queimadura" para outras regiões do corpo. No caso de acidentes 
por Lonomia, podem ocorrer manifestações tanto locais quanto 
sistêmicas: 
• Manifestações locais – dor imediata (queimação), irradiada para o 
membro, com área de eritema e edema na região do contato. Podem-se 
evidenciar lesões puntiformes eritematosas nos pontos de inoculação das 
cerdas e adenomegalia regional dolorosa. Bolhas e necrose cutânea 
superficial são raras. Os sintomasnormalmente regridem em 24 horas, 
sem maiores complicações. 
• Manifestações sistêmicas – Instalam-se algumas horas após o 
acidente, mesmo depois da regressão do quadro local. Presença de 
queixas inespecíficas (cefaleia, mal-estar, náuseas e dor abdominal), que 
muitas vezes estão associadas ou antecedem manifestações 
hemorrágicas (gengivorragia, equimoses espontâneas ou traumáticas, 
epistaxe). Hematúria, hematêmese e hemoptise podem indicar maior 
gravidade. Injúria renal aguda e hemorragia intracraniana têm sido 
associadas a óbitos. 
Prevenção 
Ao coletar frutas no pomar, realizar atividades de jardinagem ou em qualquer 
outra em ambientes silvestres, observar bem o local, troncos, folhas, gravetos 
antes de manuseá-los, fazendo sempre o uso de luvas para evitar o acidente. 
A incidência maior de acidentes deve-se ao desmatamento, queimadas, 
extermínio de predadores naturais, loteamentos sem planejamento e sem 
avaliação do impacto ecológico que isto acarreta, obrigando a procura destas 
espécies por outros ambientes para sobreviver, onde se dá o contato com o 
homem. 
Tratamento 
As informações fornecidas neste site são exclusivamente para fins de 
conhecimento e não devem ser utilizadas como substituto para tratamento 
médico. Em caso de acidente com lagartas ou qualquer outra emergência de 
saúde, recomendamos a procura imediata da orientação de um profissional de 
saúde qualificado. 
É eminentemente clínico-epidemiológico, não sendo empregado na rotina 
hospitalar exame laboratorial para confirmação do veneno circulante. O tempo 
de coagulação (TC) é útil no auxílio ao diagnóstico e no acompanhamento pós-
soroterapia. 
Dependendo da lagarta, os sintomas podem ser tratados com medidas para 
alívio da dor, como compressas frias ou geladas. Nos casos de suspeita de 
acidente com Lonomia, o paciente deve ser levado ao serviço de saúde mais 
próximo, para que o profissional de saúde avalie a necessidade de administração 
do soro antilonômico (SALon). 
Antiveneno Classificação Clínica Nº de 
Ampolas 
SALonA 
Leve: Quadro local apenas, sem sangramentos ou 
distúrbios na coagulação - 
Moderado: Quadro local presente ou não; tempo de 
coagulação alterado; sangramentos ausentes ou 
presentes apenas em pele ou mucosas. 
5 
Grave: Quadro local presente ou não; tempo de 
coagulação alterado; sangramentos em vísceras (risco 
de morte). 
10 
Fonte: Adaptado do Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por 
Animais Peçonhentos (2001). 
ASALon = Soro antilonômico. 
 
Acidentes ofídicos 
 
Acidentes ofídicos, ou simplesmente ofidismo, é o quadro clínico 
decorrente da mordedura de serpentes. No Brasil é comum chamar as 
serpentes de “cobras”. Este nome é mais corretamente empregado para se 
referir às serpentes da Família Elapidae, no Brasil representada pelas cobras 
corais verdadeiras. Algumas espécies de serpentes produzem uma peçonha em 
suas glândulas veneníferas capazes de perturbar os processos fisiológicos e 
bioquímicos normais de uma possível vítima, causando alterações do tipo 
colinérgicas, hemorrágicas, anticoagulantes, necróticas, miotóxicas, citolíticas e 
inflamatórias. Algumas espécies de serpentes peçonhentas são de interesse em 
saúde pública. Elas pertencem à duas famílias: Viperidae e Elapidae. 
Os acidentes causados por estas serpentes são divididos em quatro 
grupos, de acordo com o gênero da serpente causadora: 
• Acidente botrópico: É causado por serpentes da família Viperidae, dos 
gêneros Bothrops e Bothrocophias (jararacuçu, jararaca, urutu, caiçaca, 
comboia). É o grupo mais importante, com cerca de 30 espécies em todo 
o território brasileiro, encontradas em ambientes diversos, desde beiras 
de rios e igarapés, áreas litorâneas e úmidas, agrícolas e periurbanas, 
cerrados, e áreas abertas. Causam a grande maioria dos acidentes 
ofídicos no Brasil; 
• Acidente crotálico: É causado pelas cascavéis (Família Viperidae, 
espécie Crotalus durissus). As cascavéis são identificadas pela presença 
de guizo, chocalho ou maracá na cauda e têm ampla distribuição em 
cerrados, regiões áridas e semiáridas, campos e áreas abertas; 
• Acidente laquético: Também é causado por serpentes da família 
Viperidae, no caso a espécie Lachesis muta (surucucu-pico-de-jaca). A 
surucucu é a maior serpente peçonhenta do Brasil. Seu habitat é a floresta 
Amazônica e os remanescentes da Mata Atlântica; 
• Acidente elapídico: É causado pelas corais-verdadeiras (família 
Elapidae, gêneros Micrurus e Leptomicrurus). São amplamente 
distribuídos no país, com várias espécies que apresentam padrão 
característico com anéis coloridos. 
Outras serpentes também podem causar acidentes, ou mesmo envenenamento, 
mas sem gravidade. Algumas serpentes da família Colubridae podem mimetizar 
a coloração das corais-verdadeiras. Estas são conhecidas como falsas corais. 
Embora possuem glândulas de veneno, os envenenamentos causados pelas 
falsas corais não são de importância em saúde. 
Sintomas 
Os acidentes com serpentes variam de acordo com o tipo de animal envolvido, 
apresentando sintomas característicos que ajudam no diagnóstico e 
tratamento adequado. Há diversos tipos de acidentes ofídicos, são eles: 
Tipo de acidente/Gênero Nome popular Sintomas 
Acidente botrópico 
(Bothrops e Bothrocophias) 
Jararaca, 
jararacuçu, 
urutu, caiçaca, 
comboia, 
cruzeira 
A região da picada apresenta dor 
e inchaço, às vezes com manchas 
arroxeadas (edemas e equimose) 
e sangramento pelos pontos da 
picada, em gengivas, pele e urina. 
Pode haver complicações, como 
grave hemorragia em regiões 
vitais, infecção e necrose na 
região da picada, além de 
insuficiência renal. 
Acidente crotálico (Crotalus) 
Cascavel, 
boicininga, 
marabóia, 
maracabóia, 
maracá 
O local da picada muitas vezes 
não apresenta dor ou lesão 
evidente, apenas uma sensação 
de formigamento. Pode ocorrer 
dificuldade de manter os olhos 
abertos, com aspecto sonolento 
(fácies miastênica), visão turva ou 
dupla, mal-estar, náuseas e 
cefaleia, acompanhadas por 
dores musculares generalizadas e 
urina escura nos casos mais 
graves. 
Acidente laquético 
(Lachesis) 
Surucucu-
pico-de-jaca 
Quadro semelhante ao acidente 
por jararaca, a picada pela 
surucucu-pico-de-jaca pode ainda 
causar dor abdominal, vômitos, 
diarreia, bradicardia e hipotensão. 
Acidente elapídico 
(Micrurus e Leptomicrurus) 
Coral-
verdadeira 
O acidente por coral-verdadeira 
não provoca, no local da picada, 
alteração importante. As 
manifestações do 
envenenamento caracterizam-se 
por dor de intensidade variável, 
visão borrada ou dupla, pálpebras 
caídas e aspecto sonolento. 
Óbitos estão relacionados à 
paralisia dos músculos 
respiratórios, muitas vezes 
decorrentes da demora na busca 
por socorro médico. 
Prevenção 
Os acidentes causados por serpentes podem ser evitados com medidas 
simples e eficazes. Segue algumas práticas essenciais de prevenção para 
reduzir os riscos de encontros com esses animais: 
• Usar botas de cano alto ou perneira de couro, botinas e sapatos pode 
evitar cerca de 75% dos acidentes ofídicos; 
• Usar luvas de aparas de couro para manipular folhas secas, montes de 
lixo, lenha, palhas, etc. Não colocar as mãos em buracos. Cerca de 
20% das picadas atingem mãos ou antebraços; 
• Serpentes se abrigam em locais quentes, escuros e úmidos. Deve-se 
ter cuidado ao mexer em pilhas de lenha, palhadas de feijão, milho ou 
cana, e ao revirar cupinzeiros; 
• Serpentes se alimentam de ratos e por isso deve-se controlar o 
aparecimento destes roedores nas residências. Limpar paióis e terreiros, 
não deixar lixo acumulado. Fechar buracos de muros e frestas de 
portas; 
• Evitar acúmulo de lixo ou entulho, de pedras, tijolos, telhas e madeiras, 
bem como não deixar mato alto ao redor das casas. Isso atrai e serve de 
abrigo para pequenos animais, que servem de alimentos às serpentes. 
Tratamento 
As informações fornecidas neste site são exclusivamente para fins de 
conhecimento e não devem ser utilizadas como substitutopara tratamento 
médico. Em caso de acidente com ofídicos ou qualquer outra emergência de 
saúde, recomendamos a procura imediata da orientação de um profissional de 
saúde qualificado. 
O diagnóstico de envenenamento ofídico é eminentemente clínico-
epidemiológico, não sendo empregado na rotina hospitalar exame laboratorial 
para confirmação do veneno circulante. Tempo de coagulação (TC), hemograma 
e função renal são importantes para o monitoramento da soroterapia e 
acompanhamento das complicações nos acidentes botrópicos, laquéticos e 
crotálicos. 
Os acidentes causados por estas serpentes são divididos em quatro 
grupos, de acordo com o gênero da serpente causadora: 
• Acidente botrópico: É causado por serpentes da família Viperidae, dos 
gêneros Bothrops e Bothrocophias (jararacuçu, jararaca, urutu, caiçaca, 
comboia). É o grupo mais importante, com cerca de 30 espécies em todo 
o território brasileiro, encontradas em ambientes diversos, desde beiras 
de rios e igarapés, áreas litorâneas e úmidas, agrícolas e periurbanas, 
cerrados, e áreas abertas. Causam a grande maioria dos acidentes 
ofídicos no Brasil; 
• Acidente crotálico: É causado pelas cascavéis (Família Viperidae, 
espécie Crotalus durissus). As cascavéis são identificadas pela presença 
de guizo, chocalho ou maracá na cauda e têm ampla distribuição em 
cerrados, regiões áridas e semiáridas, campos e áreas abertas; 
• Acidente laquético: Também é causado por serpentes da 
família Viperidae, no caso as espécies Lachesis muta e Lachesis 
rhombeata (surucucu-pico-de-jaca). A surucucu é a maior serpente 
peçonhenta do Brasil. Seu habitat é a floresta Amazônica e os 
remanescentes da Mata Atlântica; 
• Acidente elapídico: É causado pelas corais-verdadeiras 
(família Elapidae, gêneros Micrurus e Leptomicrurus). São amplamente 
distribuídos no país, com várias espécies que apresentam padrão 
característico com anéis coloridos. 
O tratamento é feito com o soro específico para cada tipo de envenenamento. Os 
soros antiofídicos específicos são o único tratamento eficaz e, quando 
indicados, devem ser administrados em ambiente hospitalar e sob 
supervisão médica. 
Tipo de 
acidente Antiveneno Classificação Clínica Nº de 
Ampolas 
Botrópico 
SABrB, 
SABLC ou 
SABCD 
Leve: quadro local discreto, 
sangramento discreto em pele ou 
mucosas; pode haver apenas distúrbio 
na coagulação. 
2 a 4 
Moderado: edema e equimose 
evidentes, sangramento sem 
comprometimento do estado geral; pode 
haver distúrbio na coagulação. 
4 a 8 
Grave: alterações locais intensas, 
hemorragia grave, hipotensão/choque, 
insuficiência renal, anúria; pode haver 
distúrbio na coagulação. 
12 
Crotálico SACrE ou 
SABC 
Leve: alterações neuroparalíticas 
discretas; sem mialgia, escurecimento 
da urina ou oligúria. 
5 
Moderado: alterações neuroparalíticas 
evidentes, mialgia e mioglobinúria (urina 
escura) discretas. 
10 
Grave: alterações neuroparalíticas 
evidentes, mialgia e mioglobinúria 
intensas, oligúria. 
20 
LaquéticoA SABL 
Moderado: quadro local presente; pode 
haver sangramentos, sem 
manifestações vagais. 
10 
Grave: quadro local intenso, hemorragia 
intensa, com manifestações vagais. 20 
Elapídico SAElaF 
Dor ou parestesia discretas, ptose 
palpebral, turvação visual. Considerar 
todos os casos como potencialmente 
graves devido ao risco de insuficiência 
respiratória, 
10 
Fonte: Adaptado do Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por 
Animais Peçonhentos (2001) e do Guia de Vigilância Epidemiológica (2019). 
A Devido à potencial gravidade do acidente laquético, são considerados 
clinicamente moderados ou graves, não havendo casos leves. 
B SABr = Soro antibotrópico (pentavalente); 
C SABL = Soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético; 
D SABC = Soro antibotrópico (pentavalente) e anticrotálico; 
E SACr = Soro anticrotálico; 
F SAEla = Soro antielapídico (bivalente). 
 
 
Anexos: 
• Boletim Epidemiológico - Volume 55 - n° 15 Epidemiologia dos acidentes 
ofídicos no Brasil em 2023. 
• Ofício Circular nº 02/2014 - CGDT/DEVIT/SVS/MS - Protocolo clínico para 
acidente por serpente da família Elapidae em situação se escassez de 
antiveneno - “Coral Verdadeira”. 
• Ofício Circular nº 04/2016 - CGDT/DEVIT/SVS/MS - Protocolo clínico para 
acidente por serpente do Gênero Bothrops em situação se escassez de 
antiveneno - “Jararaca”. 
 
 
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2024/boletim-epidemiologico-volume-55-no-15.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2024/boletim-epidemiologico-volume-55-no-15.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/acidentes-por-animais-peconhentos/arquivos/3-of-no-02_2014-cgdt_devit_svs_ms-2014-protocolos-phoneutria-loxosceles-e-elapidae.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/acidentes-por-animais-peconhentos/arquivos/3-of-no-02_2014-cgdt_devit_svs_ms-2014-protocolos-phoneutria-loxosceles-e-elapidae.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/acidentes-por-animais-peconhentos/arquivos/3-of-no-02_2014-cgdt_devit_svs_ms-2014-protocolos-phoneutria-loxosceles-e-elapidae.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/acidentes-por-animais-peconhentos/arquivos/4-of-no-04_2016-cgdt_devit_svs_ms-2016-protocolos-bothrops-e-escorpiao.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/acidentes-por-animais-peconhentos/arquivos/4-of-no-04_2016-cgdt_devit_svs_ms-2016-protocolos-bothrops-e-escorpiao.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/acidentes-por-animais-peconhentos/arquivos/4-of-no-04_2016-cgdt_devit_svs_ms-2016-protocolos-bothrops-e-escorpiao.pdf
Acidentes por águas-vivas e caravelas 
 
Águas-vivas (ou medusas) e caravelas são animais aquáticos simples e de 
vida livre que pertencem ao Filo Cnidaria, assim como as anêmonas e corais. 
Estes animais possuem um complexo ciclo de vida, sendo as águas-vivas a 
forma adulta, e os pólipos uma das fases intermediárias. Caravelas, porém, são 
agrupamentos de pólipos, não sendo águas-vivas verdadeiras. Os pólipos, que 
geralmente são sésseis, vivem fixados ao substrato. Os cnidários são divididos 
em cinco Classes, estando as águas-vivas inseridas nas Classes Scyphozoa e 
Hydrozoa, e as caravelas na Classe Hydrozoa. As medusas da Classe Cubozoa 
são extremamente peçonhentas, estando incluídas nesta Classe as vespas-
marinhas (Chironex fleckeri), responsáveis por diversos óbitos na região do Indo-
Pacífico e as espécies Tamoya haplonema e Chiropsalmus 
quadrumanus, presentes no Brasil. 
No litoral brasileiro, as medusas que mais causam envenenamentos são a 
caravela Physalia physalis, a hidromedusas Olindias sambaquiensis, a 
cifomedusa Chrysaora lactea. A maioria dos cnidários adultos apresentam 
tentáculos que contém células especializadas chamadas cnidócitos. Os 
tentáculos podem medir até 30 metros. Nestes cnidócitos estão localizadas uma 
organela secretória chamada cnidocisto, que é capaz de injetar peçonha, 
utilizada para a captura de presas e defesa do animal, sendo uma mistura de 
vários polipeptídeos que tem ações tóxicas e enzimáticas. 
Um aumento súbito da população de cnidários em um local é chamado de 
afloramento de medusas (bloom). São fenômenos naturais, mas alguns fatores 
têm contribuído para um aumento desses afloramentos nas últimas décadas, 
como o aumento da temperatura das águas oceânicas e alterações dos 
ambientes praianos. Em um afloramento no verão 2011/2012 no litoral do Paraná 
causou a ocorrência de mais de 20.000 acidentes por uma espécie de água-viva 
(Chrysaora lactea), segundo dados coletados pelo Corpo de Bombeiros local. 
Outro fator importante no aumento de envenenamentos por cnidários no Sul do 
país é o aumento de turistas nos períodos de veraneio, que foi exponencialnos 
últimos vinte anos. Os surtos de envenenamentos no Paraná, Santa Catarina e 
Rio Grande do Sul são causados pelas medusas Olindias 
sambaquiensis e Chrysaora lactea, em surtos sempre causados por uma das 
duas espécies. 
Os acidentes por águas-vivas e caravelas é o quadro clínico decorrente da ação 
das toxinas presentes nos tentáculos destes animais. Podem causar tanto 
efeitos tóxicos quando alérgicos. 
 
Sintomas 
O contato com tentáculos de cnidários podem causar ardência e/ou dor intensa 
no local, que podem durar de 30 minutos a 24 horas. Placas e pápulas 
urticariformes lineares aparecem precocemente, podendo dar lugar a necrose 
superficial, bolhas e necrose importante em cerca de 24 horas. 
A regressão pode causar máculas hipercrômicas que podem persistir no local 
por meses. Quando há absorção de doses maiores de peçonha (em crianças ou 
cnidários grandes, por exemplo) pode acontecer um quadro sistêmico, com 
cefaleia, mal-estar, náuseas, vômitos, espasmos musculares, febre, arritmias 
cardíacas. A gravidade depende da extensão da área comprometida. 
Prevenção 
• Evite áreas onde há presença de águas-vivas e caravelas 
• Pergunte ao guarda-vidas sobre a presença destes animais no local 
• Alguns estados adotam uma bandeira lilás no posto do guarda-vidas 
como indicativo da presença de águas-vivas e caravelas 
• Outro indicativo da presença de cnidários é o avistamento destes animais 
na areia da praia 
• Não toque nestes animais, mesmo mortos 
• Ao caminhar na praia, procure utilizar calçado, evitando assim pisar em 
tentáculos de águas-vivas e caravelas 
• Ao praticar mergulho, considere utilizar roupa de mergulho que cubra a 
maior parte possível da pele 
Tratamento 
As informações fornecidas neste site são exclusivamente para fins de 
conhecimento e não devem ser utilizadas como substituto para tratamento 
médico. Em caso de acidente por água viva e caravelas ou qualquer outra 
emergência de saúde, recomendamos a procura imediata da orientação de um 
profissional de saúde qualificado. 
O diagnóstico é clínico. O padrão linear edematoso é muito sugestivo, se 
acompanhado de dor aguda e intensa. Isso ocorre no momento do contato, a 
vítima sai do mar já com as marcas e a dor. Os primeiros cuidados pedem que 
inicialmente sejam usadas compressas geladas (água do mar gelada ou cold 
packs. É importante que não seja utilizada água doce para lavagem do local da 
lesão, nem para aplicação das compressas geladas, pois a água doce pode 
piorar o quadro do envenenamento. 
Em seguida deve-se realizar a remoção dos tentáculos aderidos à pele, que deve 
ser realizada de forma cuidadosa, preferencialmente com uso de pinça, lâmina 
ou mão enluvada e o local deve ser lavado abundantemente com ácido 
acético a 5% (vinagre, por exemplo), sem esfregar a região acometida. Essa 
medida inativa cnidócitos, impedindo envenenamento posterior, uma vez que as 
células continuam despejando seu conteúdo na pele. Os pacientes devem 
procurar assistência médica para avaliação clínica do envenenamento e, se 
necessário, realização de tratamento complementar. Acidentes graves têm 
indicação de atendimento de urgência. 
 
	 Tratamento

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