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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online. 
 
 
 
 
1º Bloco 
I. Direitos e Garantias Fundamentais: Direitos Políticos: 
 Cidadania, Democracia e Soberania Popular; 
 Direitos Políticos Positivos. 
 
2º Bloco 
I. Continuação de Direitos Políticos: 
 Direitos Políticos Negativos. 
3º Bloco I. Continuação de Direitos Políticos. 
4º Bloco I. Direitos e Garantias Fundamentais: Partidos Políticos. 
5º Bloco I. Exercícios Relativos ao Encontro. 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
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I. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS: DIREITOS POLÍTICOS 
 Cidadania, democracia e soberania popular 
 A Cidadania é a condição conferida ao indivíduo que possui direito político. É o exercício deste direito. Esta 
condição só é possível em nosso país por causa do regime de governo adotado, qual seja a Democracia. A 
democracia parte do pressuposto de que o poder do Estado decorre da vontade popular, da Soberania Popular. Veja 
o que está previsto no parágrafo único do artigo 1º da Constituição: 
Art. 1º Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos desta Constituição. 
A democracia brasileira é classificada como semidireta ou participativa haja vista poder ser exercida tanto de 
forma direta como de forma indireta. Como forma de exercício direto temos o previsto no artigo 14 da CF: 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para 
todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I. Plebiscito; 
II. Referendo; 
III. Iniciativa popular. 
Mas ainda há a ação popular que também é forma de exercício direto dos direitos políticos: 
Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio 
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio 
histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
Entendamos o que significa cada uma das formas de exercício direito dos direitos políticos: 
1. Plebiscito - consulta popular realizada antes da tomada de decisão. O representante do poder público quer 
tomar uma decisão, mas antes de tomá-la pergunta para os cidadãos quem concorda com a decisão. O que os 
cidadãos decidirem será feito. 
2. Referendo - consulta popular realizada depois da tomada de decisão. O representante do poder público toma 
uma decisão e depois pergunta o que os cidadãos acharam. 
3. Iniciativa popular - esta é uma das formas de se iniciar o processo legislativo no Brasil. A legitimidade para 
propor criação de lei pelo eleitorado encontra amparo no artigo 61, § 2º da CF: 
Art. 61, § 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei 
subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não 
menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. 
4. Ação Popular - remédio constitucional previsto no inciso LXXIII que funciona como instrumento de fiscalização 
dos poderes públicos nos termos do inciso citado. 
Quando falamos em exercício indireto, significa exercício por meio dos representantes eleitos que representarão a 
vontade popular. 
Todas estas ferramentas disponibilizadas acima constituem formas de exercício dos direitos políticos no Brasil. 
A doutrina costuma classificar os direitos políticos em: 
1. Direitos políticos positivos 
2. Direitos políticos negativos 
 Direitos Políticos positivos 
Os direitos políticos positivos se mostram pela possibilidade de participação na vontade política do Estado. Estes 
direitos políticos se materializam por meio da Capacidade Eleitoral Ativa e da Capacidade Eleitoral Passiva. O 
primeiro é a possibilidade de votar. O segundo, de ser votado. 
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Para que se possa exercer a capacidade eleitoral ativa se faz necessário o chamado alistamento eleitoral. É 
simplesmente, se inscrever como eleitor o que acontece quando tiramos o título de eleitor. A Constituição apresenta 
3 regras para o alistamento e o voto: 
1. Voto Obrigatório - maiores de 18 anos; 
2. Voto Facultativo - maiores de 16 e menores de 18; analfabetos e maiores de 70 anos; 
3. Voto Proibido - estrangeiros e conscritos. 
Vejam estas regras previstas no texto constitucional: 
Art. 14, § 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: 
I. Obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
II. Facultativos para: 
a) Os analfabetos; 
b) Os maiores de setenta anos; 
c) Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os 
conscritos. 
TÓPICO ESQUEMATIZADO 
 
 
 
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A capacidade eleitoral passiva é a capacidade de ser eleito. É uma das formas de participação política em que o 
cidadão aceita a incumbência de representar os interesses dos seus eleitores. Para que alguém possa ser eleito se 
faz necessário o preenchimento das Condições de Elegibilidade. São condições de elegibilidade as previstas no 
artigo 14, § 3º da Constituição: 
Art. 14, § 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I. A nacionalidade brasileira; 
II. O pleno exercício dos direitos políticos; 
III. O alistamento eleitoral; 
IV. O domicílio eleitoral na circunscrição; 
V. A filiação partidária; 
VI. A idade mínima de: 
a) Trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; 
b) Trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; 
c) Vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 
d) Dezoito anos para Vereador. 
Todos os requisitos são importantes, mas a idade sempre cai em prova. Então não vacile, é necessário memorizá-
las. 
TÓPICO ESQUEMATIZADO 
 
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I. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS: DIREITOS POLÍTICOS 
 Direitos políticos negativos 
Os direitos políticos negativos são verdadeiras vedações ao exercício da cidadania. São inelegibilidades, 
hipóteses de perda ou suspensão dos direitos políticos que se encontram previstos expressamente no texto 
constitucional. Só não se pode esquecer a possibilidade prevista no § 9º do artigo 14 da Constituição que admite ser 
criadas outras inelegibilidades por Lei Complementar desde que, possuam caráter relativo. Inelegibilidade absoluta, 
segundo a doutrina, só na Constituição Federal. 
A primeira inelegibilidade está
prevista no artigo 14, § 4º: 
Art. 14, § 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
Trata-se de uma inelegibilidade absoluta que impede os inalistáveis e analfabetos a concorrerem a qualquer 
cargo eletivo. Note primeiramente que a Constituição se refere aos inalistáveis como inelegíveis. Todas as vezes que 
você encontrar o termo inalistável, deve-se pensar automaticamente em estrangeiros e conscritos. Quanto aos 
analfabetos, uma questão merece atenção: os analfabetos podem votar, mas não podem ser votados. 
Em seguida, temos o § 5º que traz a chamada regra da Reeleição. Trata-se de uma espécie de inelegibilidade 
relativa por meio do qual, alguns titulares de cargos políticos ficam impedidos de se reelegerem por mais de duas 
eleições consecutivas, ou seja, é permitida apenas uma reeleição: 
Art. 14, § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os 
houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente. 
O primeiro ponto interessante deste parágrafo está na restrição que só ocorre para os membros do poder 
executivo (Presidente, Governador e Prefeito). Logo, um membro do Poder Legislativo poderá se reeleger quantas 
vezes ele quiser enquanto que o membro do Poder Executivo só poderá se reeleger uma única vez. Ressalte-se que 
o impedimento se aplica também ao quem suceder ou substituir o titular dos cargos supracitados. 
Mais uma regra de inelegibilidade relativa encontra-se no § 6º: 
Art. 14, § 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito 
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. 
Estamos diante da chamada regra de Desincompatibilização. Da mesma forma que o dispositivo anterior, só se 
aplica aos membros do Poder Executivo. Esta norma exige que os representantes deste Poder, para que possam 
concorrer a outro cargo, devam renunciar os respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. 
Ainda temos a chamada Inelegibilidade Reflexa, ou em razão do parentesco. Esta hipótese gera um 
impedimento, não ao titular do cargo político, mas aos seus parentes até segundo grau. Também se aplica apenas 
aos membros do Poder Executivo: 
Art. 14, § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até 
o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito 
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de 
mandato eletivo e candidato à reeleição. 
O impedimento gerado está relacionado ao território de jurisdição do titular da seguinte forma: 
1. O Prefeito gera inelegibilidade aos cargos de Prefeito e Vereador do mesmo município; 
2. O Governador gera inelegibilidade aos cargos de Prefeito, Vereador, Deputado Estadual, Deputado Federal, 
Senador da República e Governador do mesmo Estado Federativo; 
3. O Presidente gera inelegibilidade a todos os cargos eletivos do país. 
São parentes de 1º grau: pai, mãe, filho, sogro. São parentes de 2º grau: avô, irmão, neto, cunhado. 
O STF editou a súmula vinculante nº 18 que diz: 
“A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º 
do artigo 14 da Constituição Federal”. 
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I. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS: DIREITOS POLÍTICOS 
 Condições para eleição do Militar 
O militar pode se candidatar a cargo político eletivo desde que observadas as regras estabelecidas no § 8º do 
artigo 14: 
Art. 14. § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: 
I. Se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; 
II. Se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará 
automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
TÓPICO ESQUEMATIZADO 
 
Primeiro, deve-se ressaltar que a Constituição veda a filiação partidária aos militares: 
Art. 142, § 3º, V O militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos; 
Recordando as condições de elegibilidade temos que é necessária a filiação partidária para ser elegível, contudo, 
no caso do militar, o TSE tem entendido que o registro da candidatura supre a falta de prévia filiação partidária. 
Um segundo ponto interessante decorre da própria interpretação do § 8º que prevê duas regras para eleição dos 
militares em razão do tempo de serviço: 
1. Militar com menos de dez anos – deve se afastar da atividade; 
2. Militar com mais de dez anos – deve ficar agregado pela autoridade superior e se eleito, passado para 
inatividade. 
Este prazo de dez anos escolhido pela Constituição decorre da garantia de estabilidade para os militares 
§ 9º - Lei complementar nº 64/90 
Lei complementar pode estabelecer novas hipóteses de inelegibilidade relativa. É o que dispõe o § 9º do artigo 14: 
Art. 14, § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de 
proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do 
candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do 
exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. 
Com base neste texto, é possível concluir que o rol de inelegibilidades relativas previstas na Constituição Federal 
é meramente exemplificativo. 
Temos ainda a Lei Complementar nº 64 que traz várias hipóteses de inelegibilidade. 
 Principio da anterioridade eleitoral 
Este princípio exige o prazo de um ano para aplicação de lei que altere processo eleitoral. Isso visa evitar que os 
candidatos sejam pegos de surpresa com as regras eleitorais. 
Vejamos o artigo 16 o que diz: 
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição 
que ocorra até um ano da data de sua vigência. 
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Este tema é uma das minhas apostas para as provas do CESPE no ano de 2011 haja vista a recente discussão 
envolvendo sua aplicação para a Lei Complementar nº 135/2010, a famosa Lei da Ficha Limpa. O STF decidiu que 
esta lei não se aplica às eleições de 2010 por não ter respeitado este princípio que requer o prazo de 1 (um) ano para 
aplicação da lei que alterar o processo eleitoral. A lei havia sido publicada em junho de 2010 e queriam que valesse 
para as eleições do mesmo ano. O STF disse que sua aplicação para 2010 era inconstitucional. 
 Prazo para impugnar o mandato eletivo 
Estes parágrafos dispensam explicação e quando caem em prova, costumam cobrar o próprio texto constitucional. 
Tenha cuidado com o prazo de 15 dias para impugnação: 
Art. 14, § 10º O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da 
diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. 
Art. 14, § 11º A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da 
lei, se temerária ou de manifesta má-fé. 
 Cassação, suspensão e perda dos direitos políticos 
Uma coisa é certa: não existe cassação de direitos
políticos no Brasil. Isto não pode ser esquecido, pois sempre 
cai em prova. Apesar desta norma protetiva, são permitidas a perda e a suspensão destes direitos conforme disposto 
no artigo 15 da Constituição: 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: 
I. Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 
II. Incapacidade civil absoluta; 
III. Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
IV. Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; 
V. Improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
Observe que o texto constitucional não esclareceu muito bem quais são as hipóteses de perda ou suspensão, 
trabalho este que ficou a cargo da doutrina fazer. Segue abaixo as hipóteses de perda ou suspensão: 
I. Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado - trata-se de perda dos direitos políticos. 
Ora se o indivíduo teve cancelado seu vínculo com o Estado Brasileiro, não sentido em lhe garantir os direitos 
políticos 
II. Incapacidade civil absoluta - apesar de ser absoluta, esta incapacidade civil pode cessar dependendo da 
situação. Logo é hipótese de suspensão dos direitos políticos; 
III. Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos - condenação criminal é 
suspensão, pois dura enquanto durar a pena. Cuidado com esta questão em prova. O efeito da suspensão sobre 
os direitos políticos independe do tipo de pena aplicada ao cidadão. 
IV. Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII - esta é 
a famosa hipótese da escusa de consciência. Em relação a este tema, existe divergência na doutrina. Parte da 
doutrina Constitucional entende que é hipótese de perda outra parte da doutrina, principalmente eleitoral, 
entende que seja hipótese de suspensão. A última vez que esta questão caiu numa prova do Cespe, o gabarito 
provisório marcou como sendo suspensão, mas a questão foi anulada em razão da divergência doutrinária. 
Temos orientado os alunos a responderem em prova como sendo suspensão por considerar os argumentos 
neste sentido mais sólidos. Fica a sugestão. Mesmo assim, caso este tema caia na sua prova, cabe um recurso. 
V. Improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º - esta é mais uma hipótese de suspensão dos 
direitos políticos. 
 
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I. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS: PARTIDOS POLÍTICOS 
 Natureza jurídica dos partidos políticos 
Os partidos políticos, segundo previsão expressa da Constituição possuem natureza jurídica de direito privado. 
Veja o disposto no artigo 17, § 2º: 
Art.17, § 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus 
estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 
Quando a Constituição determina que os partidos devem adquirir sua personalidade jurídica na forma da lei civil, 
praticamente, afirma que é uma pessoa jurídica de direito privado apesar de ser exigido seu registro no TSE. 
 Limitações aos partidos 
Apesar da liberdade estampada no caput do artigo 17, é possível perceber que a criação dos partidos políticos 
possuem algumas limitações: 
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o 
regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes 
preceitos: 
I. Caráter nacional; 
II. Proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a 
estes; 
III. Prestação de contas à Justiça Eleitoral; 
IV. Funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 
§ 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. 
 Direitos 
Os partidos possuem vários direitos previstos expressamente na Constituição dentre os quais podemos destacar: 
§ 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na 
forma da lei. (Lei 9.096/95) 
 Verticalização 
Antes da Emenda Constitucional nº 52/2006, era utilizada a chamada Verticalização, que significava a 
necessidade vinculação das candidaturas do nível nacional, estadual, distrital ou municipal. Veja como está escrito 
agora: 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e 
para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre 
as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de 
disciplina e fidelidade partidária. 
Significa dizer que não é mais preciso haver vinculação das candidaturas nos diversos níveis federativos (União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios). 
 
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I. EXERCÍCIOS REFERENTES AO ENCONTRO 
1. O alistamento eleitoral e a candidatura a cargos eletivos são vedados aos analfabetos. 
2. A soberania popular é exercida, em regra, por meio da democracia representativa. A Constituição Federal 
brasileira consagra, também, a democracia participativa ao prever instrumentos de participação intensa e efetiva 
do cidadão nas decisões governamentais. 
3. Apesar de a CF estabelecer que todo o poder emana do povo, não há previsão, no texto constitucional, de seu 
exercício diretamente pelo povo, mas por meio de representantes eleitos. 
4. O cidadão com pouco mais de 70 anos de idade, alfabetizado e portador de título eleitoral, é obrigado a votar. 
5. Um cidadão com dezoito anos de idade, boliviano naturalizado brasileiro, não pode candidatar-se a vereador em 
uma pequena cidade do interior de um estado brasileiro, por faltar-lhe capacidade eleitoral passiva. 
6. Ao governador de determinado estado da Federação que pretenda candidatar-se a deputado federal nas 
próximas eleições não se exigirá a desincompatibilização do cargo, visto que se trata de eleição para outro cargo 
público. 
7. Caso um cidadão com trinta anos de idade, militar com oito anos de serviços prestados, pretenda se candidatar 
nas próximas eleições, ele deverá ser afastado temporariamente pela autoridade superior e, se eleito, passará, 
automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
8. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, devendo o autor responder, na forma da lei, 
se temerária ou de manifesta má-fé. 
9. No Brasil, o alistamento eleitoral consiste em procedimento administrativo que depende de iniciativa da 
autoridade judicial eleitoral, a qual realiza a inscrição de ofício, visando a verificação do cumprimento dos 
requisitos constitucionais e das condições legais necessárias ao exercício dos direitos políticos. 
10. A CF proíbe aos militares, enquanto estiverem em serviço ativo, a filiação a partidos políticos, razão pela qual os 
membros das Forças Armadas não podem ser candidatos a cargo eletivo, salvo se, em qualquer circunstância, 
afastarem-se definitivamente da atividade militar que desenvolvem. 
11. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que 
ocorrer até seis meses antes da data de sua vigência. 
12. Como sujeitos de direito, os partidos políticos têm
legitimidade para atuar em juízo, não podendo, entretanto, 
ajuizar mandado de segurança coletivo, por lhes faltar a condição de representantes de categoria profissional ou 
econômica. 
13. Para que um partido político tenha representação no Congresso Nacional, é suficiente que o partido tenha um só 
parlamentar em qualquer uma das Casas do Congresso. 
14. Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica na forma da lei civil, devendo, após isso, registrar seus 
estatutos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 
15. Mesmo que já sejam detentores de mandato eletivo ou candidatos à reeleição, são absolutamente inelegíveis o 
cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do presidente da República, 
do governador de estado, do prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito. 
16. O militar somente pode ser candidato a cargo eletivo se possuir mais de dez anos de serviço. 
17. Para concorrer à reeleição, os detentores de cargos eletivos no Poder Executivo não precisam renunciar ao 
mandato. 
18. Entre as hipóteses de suspensão dos direitos políticos previstas na CF está a prática de improbidade 
administrativa. 
19. Os conscritos, durante o período de serviço militar obrigatório, não podem alistar-se como eleitores, salvo 
mediante prévia autorização do superior hierárquico. 
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20. Indivíduos analfabetos não possuem direito ao voto. 
21. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor um ano após a data de sua publicação, não se aplicando à 
eleição que ocorra no período subsequente. 
22. A suspensão dos direitos políticos, na hipótese de condenação criminal transitada em julgado, cessa com o 
cumprimento ou a extinção da pena, independentemente de reabilitação ou de prova de reparação dos danos. 
23. Os conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório, são inalistáveis e inelegíveis. 
GABARITO 
1 - ERRADO 
2 - CORRETO 
3 - ERRADO 
4 - ERRADO 
5 - ERRADO 
6 - ERRADO 
7 - ERRADO 
8 - CORRETO 
9 - ERRADO 
10 - ERRADO 
11 - ERRADO 
12 - ERRADO 
13 - CORRETO 
14 - CORRETO 
15 - ERRADO 
16 - ERRADO 
17 - CORRETO 
18 - CORRETO 
19 - ERRADO 
20 - ERRADO 
21 - ERRADO 
22 - CORRETO 
23 - CORRETO

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