Buscar

806_direito_constitucional_daniel_sena_8_encontro

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online. 
 
 
 
 
1º Bloco 
I. Defesa do Estado e das Instituições Democráticas: 
 Estado de Defesa. 
2º Bloco I. Estado de Sítio. 
3º Bloco 
I. Forças Armadas: 
 Instituições; 
 Habeas Corpus; 
 Vedações; 
 Serviço Militar Obrigatório. 
4º Bloco 
I. Segurança Pública: 
 Órgãos; 
 Polícia Administrativa X Polícia Judiciária; 
 Polícia Federal; 
 Polícia Rodoviária Federal; 
 Polícia Ferroviária Federal; 
 Polícia Civil; 
 Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar; 
 Guarda Municipal; 
 Remuneração. 
5º Bloco I. Exercícios Relativos ao Encontro. 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online. 
 
 
I. DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS 
Introdução 
Se existe um tema que certamente será cobrado em sua prova da área de segurança pública, este tema é Defesa 
do Estado e das Instituições Democráticas. Neste capítulo a Constituição Federal apresenta instrumentos eficazes na 
proteção do Estado e de toda estrutura democrática. Os instrumentos disponibilizados são o Sistema Constitucional 
de Crises que compreende o Estado de Defesa e o Estado de Sítio, Forças Armadas e Segurança Pública os quais 
serão analisados a partir de agora. 
 Sistema Constitucional de Crises 
O Sistema Constitucional de Crises é um conjunto de medidas criadas pela Constituição Federal para 
restabelecer a ordem constitucional em momentos de crises político-institucionais. Antes de adentrarmos nas 
espécies em si, preciso ressaltar algumas características essenciais destes institutos. 
Para entendermos estes institutos precisamos partir do pressuposto de que o Estado de sítio é mais grave que o 
estado de defesa. É isso mesmo, esta compreensão me permite entender que as medidas adotadas no Estado de 
Sítio serão mais gravosas que no Estado de Defesa. 
Outro ponto interessante são os princípios que regem o Sistema Constitucional de Crises. As duas medidas 
devem observar os seguintes princípios: 
1. Necessidade – só podem ser decretadas em último caso, apenas quando forem necessárias; 
2. Proporcionalidade – as medidas adotadas devem ser proporcionais aos problemas existentes. 
3. Temporariedade – as medidas do Sistema Constitucional de Crises devem ser temporárias. Devem durar apenas 
o tempo necessário para resolver a crise; 
4. Legalidade – as medidas devem guardar respeito a lei. E aqui é possível vislumbrar duas perspectivas acerca da 
legalidade: 
a) Strito sensu – as medidas devem respeitar os limites estabelecidos no Decretos Presidenciais que autorizam 
a execução. É uma perspectiva mais restrita da legalidade; 
b) Lato sensu – as medidas precisam respeitar a lei em sentido amplo, ou seja, toda a legislação brasileira, 
incluindo a Constituição Federal. 
Trabalhados estes conceitos iniciais, agora podemos conhecer cada um dos institutos do Sistema Constitucional 
de Crises em espécie. Comecemos pelo Estado de Defesa. 
 Estado de Defesa 
O Estado de Defesa está regulamentado no artigo 136 da Constituição e o seu caput apresenta algumas informações 
importantíssimas: 
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, 
decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem 
pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de 
grandes proporções na natureza. 
Este dispositivo enumera as hipóteses de cabimento da medida ou quais são os seus objetivos: preservar ou 
prontamente restabelecer a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional 
ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. Qualquer circunstância desta autoriza a 
decretação de Estado de Defesa. Lembre-se que este rol é taxativo. Só estas situações podem autorizar a medida. 
Um detalhe interessante e que pode funcionar como ponto de distinção entre o Estado de Sítio e de Defesa é a 
área abrangida. O texto constitucional acima apresentado determina que as áreas abrangidas pela medida sejam 
locais restritos e determinados. 
Outro ponto importante e que despenca em prova diz respeito ao tempo de duração do Estado de Defesa. 
Segundo artigo 136, § 2º, esta medida de contenção de crises poderá durar 30 dias podendo prorrogar mais uma vez 
por igual período: 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online. 
 
 
§ 2º - O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por 
igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação. 
Não se esqueça de que o prazo só poderá ser prorrogado uma única vez. 
Como característica principal da execução do Estado de Defesa está a possibilidade de se restringirem alguns 
direitos os quais estão previamente definidos nos §§ 1º a 3º do art. 136: 
§ 1º - O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem 
abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes: 
I. restrições aos direitos de: 
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; 
b) sigilo de correspondência; 
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; 
II. ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a 
União pelos danos e custos decorrentes. 
§ 3º - Na vigência do estado de defesa: 
I. a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada 
imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo 
de delito à autoridade policial; 
II. a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e mental do detido no 
momento de sua autuação; 
III. a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo 
Poder Judiciário; 
IV. é vedada a incomunicabilidade do preso. 
Alguns pontos merecem um destaque especial. Devido a gravidade da situação e a excepcionalidade das 
medidas, a Constituição autoriza a restrição de vários direitos fundamentais como, por exemplo, o direito de reunião, 
o sigilo das correspondências, das comunicações telegráficas e telefônicas. 
Estas medidas restritivas dispensam autorização judicial, inclusive a decretação de prisão que será determinada 
pela própria autoridade executora do Estado de Defesa e poderá durar até 10 dias. Lembre-se de que a prisão 
deverá ser comunicada imediatamente ao Juiz o qual poderá prorrogá-la por período superior. 
Não se esqueça de que mesmo num momento de crise como este em que muitos direitos constitucionais são 
flexibilizados, é vedada pela Constituição Federal a incomunicabilidade do preso. A ele deverá ser garantido o direito 
de falar com seu familiar ou advogado além do direito de ter preservada sua integridade. 
Para que seja decretada, a Constituição previu alguns procedimentos. Primeiro deve-se lembrar que a decretação 
é competência do Presidente da República. Antes de executar a medida, ele deverá consultar o Conselho
de Defesa 
Nacional e o Conselho da República os quais emitirão um parecer acerca da situação. Apesar da obrigatoriedade em 
ouvir os Conselhos o Presidente não está vinculado ao seus pareceres. Significa dizer que os pareceres emitidos 
pelos conselhos são meramente opinativos. 
Ouvidos os Conselhos, o Presidente decreta a medida e imediatamente submete o decreto ao Congresso 
Nacional para aprovação. A decisão do Congresso Nacional é definitiva. Caso o decreto seja rejeitado, o Estado de 
Defesa cessa imediatamente. 
§ 4º - Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas, 
submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta. 
§ 5º - Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias. 
§ 6º - O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias contados de seu recebimento, devendo continuar 
funcionando enquanto vigorar o estado de defesa. 
§ 7º - Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online. 
 
 
Apesar de ser caracterizado por medidas excepcionais, que restringem sobremaneira os direitos e garantias 
fundamentais, o Controle Constitucional de Crises não está imune a fiscalização por parte dos poderes públicos. 
Havendo excessos nas medidas adotadas a Constituição prevê a possibilidade de responsabilização dos agentes por 
seus atos. A doutrina constitucional prevê duas formas de controle: Controle político e Controle jurisdicional. 
O Controle Político é realizado basicamente pelo Congresso Nacional que o efetuará de três formas: 
 Imediato – ocorre logo após a decretação da medida conforme o § 4º do art. 136. 
 Concomitante – ocorre durante a execução do Estado de Defesa conforme § 6º do art. 136 e art. 140 
Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de cinco de 
seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de 
sítio. 
 Sucessivo (posterior) – ocorre após a execução da medida nos termos do art. 141: 
Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da 
responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes. 
Parágrafo único - Logo que cesse o estado de defesa ou o estado de sítio, as medidas aplicadas em sua vigência 
serão relatadas pelo Presidente da República, em mensagem ao Congresso Nacional, com especificação e 
justificação das providências adotadas, com relação nominal dos atingidos e indicação das restrições aplicadas. 
O Controle Jurisdicional é o realizado pelo Poder Judiciário e ocorrerá de duas formas: 
 Concomitante – durante a execução da medida. Veja o disposto no art. 136, § 3º; 
 Sucessivo (Posterior) – após a execução da medida nos termos do art. 141. 
I. ESTADO DE SÍTIO 
Como já falei anteriormente, o Estado de Sítio é mais gravoso que o Estado de Defesa. Por consequência, as 
medidas adotadas neste caso terão efeito restritivo maior aos direitos fundamentais. 
Primeiramente vamos às hipóteses de cabimento do Estado de Sítio, as quais estão previstas no artigo 137, I e II: 
I. comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada 
durante o estado de defesa; 
II. declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. 
A doutrina faz uma distinção interessante entre os dois incisos classificando-os em Repressivo e Defensivo. O 
Estado de Sítio Repressivo está previsto no inciso I haja vista ser necessária atuação dos poderes públicos para 
conter a situação de crise. Já o inciso II é chamado de Estado de Sítio Defensivo, pois o poder público utiliza a 
medida como forma de se defender de agressões externas. 
Um ponto distintivo entre o Estado de Defesa e o Estado de Sítio muito cobrado em prova refere-se a área 
abrangida. Segundo o inciso I do art. 137, será decretada a medida quando a crise tiver repercussão nacional. 
Quando você encontrar na prova o termo “repercussão nacional” associe com o Estado de Sítio. Diferentemente, se 
tiver escrito “local restrito e determinado” relacione o dispositivo com Estado de Defesa. 
Um tema UltraMegaPower cobrado em prova é o tempo de duração do Estado de Sítio. Vejamos o que diz o §1º do 
art. 137: 
§ 1º - O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de 
cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a 
agressão armada estrangeira. 
Eu te pergunto: Qual o prazo de duração do Estado de Sítio? A melhor resposta seria: depende! Depende da 
hipótese de cabimento. 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online. 
 
 
Segundo o § 1º, se a hipótese for a do inciso I do art. 137, o prazo será de 30 dias prorrogáveis por mais 30 dias 
enquanto for necessário para conter a situação. Cuidado com este prazo, pois a Constituição deixou transparecer 
que este prazo não pode ser prorrogado, contudo, o que ela quis dizer é que ele não pode ser prorrogado por mais 
de 30 dias todas as vezes que for prorrogado. Desta forma, ele poderá ser prorrogado indefinidamente, enquanto for 
necessário. 
Já no caso do inciso II, a Constituição regula o Estado de Sítio em caso de guerra ou agressão estrangeira e 
prevê que a medida durará enquanto for necessária para repelir a agressão estrangeira ou acabar com a guerra. 
Logo, o Estado de Sítio nestes casos não possuem prazo certo para terminar. 
No que tange às medidas coercitivas que podem ser adotadas no Estado de Sítio, a Constituição prevê no artigo 139: 
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as 
pessoas as seguintes medidas: 
I. obrigação de permanência em localidade determinada; 
II. detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns; 
III. restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de 
informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei; 
IV. suspensão da liberdade de reunião; 
V. busca e apreensão em domicílio; 
VI. intervenção nas empresas de serviços públicos; 
VII. requisição de bens. 
Parágrafo único - Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão de pronunciamentos de parlamentares 
efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa. 
Perceba que o dispositivo só regulamentou as restrições adotadas na hipótese do inciso I do art. 137, qual seja 
comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada 
durante o estado de defesa. Este rol de medidas é taxativo restringindo a atuação do poder público durante sua 
aplicação. No caso do artigo 137, II, a Constituição nada disse o que levou a doutrina a concluir a possibilidade de 
adoção de qualquer medida necessária para conter a situação, desde que compatíveis com a Ordem Constitucional e 
com as leis brasileiras. 
Como se pode perceber, as medidas aqui são mais gravosas que as adotadas no Estado de Defesa, e isto pode 
ser muito bem notado pela distinção feita entre o Estado de Defesa e de Sítio no que se refere a liberdade de 
reunião. Enquanto que
no Estado de Defesa a liberdade de reunião sofre restrições, aqui ela será suspensa. 
Outro dispositivo muito interessante é o previsto no parágrafo único que isenta os pronunciamentos dos 
parlamentares efetuados em suas Casas das restrições impostas no inciso III do artigo em análise, desde que 
liberadas pelas respectivas Mesas. 
As demais restrições devem ser lidas e memorizadas, pois podem ser cobradas em prova. 
Vejamos agora como é o procedimento de decretação do Estado de Sítio: 
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, 
solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: 
Parágrafo único - O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua 
prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria 
absoluta. 
Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias a sua execução e as garantias 
constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de publicado, o Presidente da República designará o executor das 
medidas específicas e as áreas abrangidas. 
§ 2º - Solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado 
Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso Nacional para se reunir dentro de cinco dias, a fim 
de apreciar o ato. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online. 
 
 
§ 3º - O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas coercitivas. 
Conforme estudado no Estado de Defesa, a decretação do Estado de Sítio fica a cargo do Presidente da 
República após ouvir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional. Lembrando que a consulta é 
obrigatória, mas os pareceres dos Conselhos não vinculam o Presidente. Apesar da similaridade de procedimentos, 
aqui o Presidente tem que solicitar autorização do Congresso Nacional antes de decretar o Estado de Sítio. Esta 
diferença é bastante cobrada em prova. Enquanto que no Estado de Defesa o Presidente Decreta a medida e depois 
apresenta para o Congresso avaliar, no Estado de Sítio, antes de decretar, o Presidente tem que sujeitar a medida à 
apreciação do Congresso Nacional. 
Esta característica demonstra que, assim como no Estado de Defesa, a medida está sujeita a controle dos outros 
Poderes. Sendo assim, verificamos que a fiscalização será feita tanto pelos órgãos políticos quanto pelos órgãos 
jurisdicional. 
Temos controle político quando realizado pelo Congresso Nacional, o qual se dará de forma: 
 Prévio – ocorre quando o Congresso Nacional autoriza a execução da medida; 
 Concomitante – ocorre durante a execução da medida; 
Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de cinco de 
seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de 
sítio. 
 Sucessivo (posterior) – ocorre após a execução da medida. 
Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da 
responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes. 
Parágrafo único - Logo que cesse o estado de defesa ou o estado de sítio, as medidas aplicadas em sua vigência 
serão relatadas pelo Presidente da República, em mensagem ao Congresso Nacional, com especificação e 
justificação das providências adotadas, com relação nominal dos atingidos e indicação das restrições aplicadas. 
Também existe o controle Jurisdicional executado pelos órgãos do Poder Judiciário o qual se dará de forma: 
 Concomitante – durante a execução da medida. Apesar de não haver previsão constitucional expressa, 
qualquer lesão ou ameaça a direito poderá ser apreciada pelo Poder Judiciário; 
 Sucessivo (Posterior) – após a execução da medida nos termos do artigo 141. 
I. FORÇAS ARMADAS 
 Instituições 
As Forças Armadas são formadas por instituições que compõem a estrutura de defesa do Estado, a Marinha, o 
Exército e a Aeronáutica. Possui como funções principais a defesa da pátria, a garantia dos poderes constitucionais, 
da lei e da ordem. Apesar de sua vinculação a União, suas atribuições têm caráter nacional e podem ser exercidas 
em todo o território brasileiro: 
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais 
permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do 
Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de 
qualquer destes, da lei e da ordem. 
Segundo o caput do art. 142, são classificadas como instituições permanentes e regulares. São permanentes por 
não serem utilizadas temporariamente. Estão sempre prontas para agir. São regulares, pois desempenham funções 
sistemáticas e dependem de um efetivo de servidores para realizá-las. 
Ainda, destaca-se a base de sua organização na hierarquia e na disciplina. Estes atributos típicos da 
Administração Pública são ressaltados nestas instituições devido ao caráter militar que possuem. As Forças Armadas 
valorizam demasiadamente esta estrutura hierárquica com regulamentos que garantem uma distribuição do efetivo 
em diversos níveis de escalonamento cujo comando supremo está nas mãos do Presidente da República. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online. 
 
 
Em linhas gerais, a Constituição previu algumas regras para o funcionamento das instituições militares: 
§ 1º - Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no preparo e no emprego 
das Forças Armadas. 
§ 3º - Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser 
fixadas em lei, as seguintes disposições: 
I. as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Presidente da República 
e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e 
postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas; 
II. o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente será transferido para a 
reserva, nos termos da lei; 
III. O militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil temporária, 
não eletiva, ainda que da administração indireta, ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, 
enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço 
apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, 
contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei; 
VI. o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão 
de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra; 
VII. o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença 
transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior; 
VIII. aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV e no art. 37, incisos XI, XIII, 
XIV e XV; 
IX.
(Revogado pela Emenda Constitucional nº 41, de 19.12.2003) 
X. a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e outras condições de 
transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras 
situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas 
cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra. 
 Habeas Corpus 
A Constituição declarou expressamente o não cabimento de habeas corpus nas punições disciplinares militares: 
§ 2º - Não caberá "habeas-corpus" em relação a punições disciplinares militares. 
Esta vedação decorre do regime constritivo rigoroso existente nas instituições castrenses o qual permite como 
sanção administrativa a prisão. Muito cuidado com isso em prova. Segundo o STF, se o habeas corpus versar sobre 
a ilegalidade da prisão ele será admitido, ficando a vedação adstrita apenas ao seu mérito. 
 Vedações 
Como falamos anteriormente, o regime militar é bem rigoroso e a Constituição apresentou algumas vedações que 
sempre caem em prova: 
IV. ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; 
V. o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos; 
A sindicalização e a greve são medidas que dificultam o trabalho do militar, pois o influencia a questionar as 
ordens recebidas de seus superiores. As atribuições dos militares dependem de uma obediência irrestrita, por esta 
razão a Constituição os impediu de se organizarem em sindicatos e de realizarem movimentos paredistas. 
Quanto à vedação de filiação a partido político deve-se destacar que o militar, para que desenvolva suas 
atividades com eficiência, não pode se sujeitar às correntes político-partidárias. O militar deve obedecer apenas à 
Constituição Federal e executar suas atividades com determinação. Esta vedação não o impede de se candidatar a 
cargo eletivo, desde que não seja conscrito. 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online. 
 
 
Aqui cabe a lembrança do artigo 14, § 8º da CF: 
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: 
I. se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; 
II. se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará 
automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
 Serviço Militar Obrigatório 
Outro tema importante acerca das Forças Armadas é a existência do serviço militar obrigatório previsto no artigo 143: 
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei. 
§ 1º - às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após 
alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de 
convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar. 
§ 2º - As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a 
outros encargos que a lei lhes atribuir. 
A lei que regula o serviço militar obrigatório é a 4.375/64 a qual obriga todos os brasileiros a se alistarem. 
Destaca-se que esta obrigatoriedade não se aplica aos eclesiásticos (líderes religiosos) e as mulheres em tempos de 
paz o que nos conduz a conclusão de que eles poderiam ser convocados em momentos de guerra ou mobilização 
nacional. 
O § 1º apresenta um tema muito interessante que já foi cobrado em prova: a dispensa do serviço obrigatório pela 
escusa de consciência. Isso ocorre quando o indivíduo se recusa a cumprir a obrigação essencialmente militar que é 
imposta pela Constituição Federal em razão da sua convicção filosófica, religiosa ou política. O referido parágrafo, 
em consonância com o inciso VIII do artigo 5º, permite que nestes casos o interessado tenha respeitado o seu direito 
de escolha e de livre consciência desde que cumpra a prestação alternativa regulamentada na lei 8.239/91, a qual 
consiste no desempenho de atribuições de caráter administrativo, assistencial, filantrópico ou produtivo, em 
substituição as atividades de caráter essencialmente militar. Não havendo o cumprimento da atividade obrigatória ou 
da prestação alternativa fixada em lei, o artigo 15 prevê como consequência a restrição dos direitos políticos: 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: 
IV. recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; 
Acerca deste tema, um problema surge na doutrina. A Constituição não estabelece de forma clara qual a 
consequência deverá ser aplicada ao indivíduo que se recusa a cumprir a obrigação ou a prestação alternativa. A lei 
8.239/91, que regula a prestação alternativa ao serviço militar obrigatório, prevê que será declarada a suspensão dos 
direitos políticos de quem se recusar a cumprir a obrigação e a prestação alternativa. A doutrina tem se dividido entre 
as duas possibilidades: perda ou suspensão dos direitos políticos. Em tese, este tema não deveria ser cobrado em 
prova de concurso considerando sua divergência doutrinária, entretanto, recentemente numa prova para o Concurso 
de Juiz do TRF da 5ª região, o CESPE trouxe esta questão e sustentou em seu gabarito definitivo a posição de perda 
dos direitos políticos. Diante deste último posicionamento do CESPE, caso você faça alguma prova desta banca em 
que seja cobrada esta matéria, responda perda. 
I. SEGURANÇA PÚBLICA 
 Órgãos 
Conforme prescrito no caput do artigo 144 a Segurança Pública é dever do Estado e tem como objetivo a 
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Este tema é certo em concursos 
públicos da área de Segurança Pública e deve ser estudado com o foco na memorização de todo o artigo. Um dos 
pontos mais importantes está na definição de quais órgãos compõem a chamada segurança pública, os quais estão 
listados de forma taxativa no artigo 144: 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação 
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online. 
 
 
I. polícia federal; 
II. polícia rodoviária federal; 
III. polícia ferroviária federal; 
IV. polícias civis; 
V. polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
O STF já decidiu que este rol é taxativo e que os demais entes federativos estão vinculados a classificação 
proposta pela Constituição. Diante disso conclui-se que os Estados, Distrito Federal e Municípios estão proibidos de 
criarem outros órgãos de segurança pública diferentes dos estabelecidos na Constituição Federal. 
Ainda, como fruto desta taxatividade, deve-se afirmar que nenhum outro órgão além dos estabelecidos neste 
artigo poderá ser considerado como sendo de Segurança Pública. Isto se aplica as Guardas Municipais, aos Agentes 
Penitenciários, aos Agentes de Trânsito, aos Seguranças Privados. 
Temos ainda a chamada Força Nacional de Segurança, instituição criada como fruto de um acordo de cooperação 
entre os Estados e o Distrito Federal que possui o objetivo de apoiar ações de segurança pública nestes locais. 
Apesar de ser formado por membros dos órgãos de segurança pública de todo o país, não se pode afirmar, 
principalmente
numa prova de concurso, que esta instituição faça parte dos Órgãos de Segurança Pública. 
Não podemos esquecer-nos das Polícias Legislativas criadas no âmbito da Câmara dos Deputados e do Senado 
Federal previstas nos artigos 51, IV e 52, XIII. Também não entram na classificação de Órgãos de Segurança Pública 
para a sua prova, pois não estão no rol do art. 144: 
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: 
IV. dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, 
empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os 
parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
XIII. dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, 
empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os 
parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
Cada um dos órgãos será organizado em estatuto próprio conforme preleciona o § 7º do artigo 144: 
§ 7º - A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de 
maneira a garantir a eficiência de suas atividades. 
 Polícia Administrativa X Polícia Judiciária 
Antes de iniciarmos uma análise mais detida do artigo em questão, uma importante distinção doutrinária deve ser 
feita em relação às polícias de segurança pública: Policia administrativa e Policia judiciária. 
Polícia Administrativa é a polícia preventiva. Sua atividade ocorre antes do cometimento da infração penal com o 
intuito de impedir a sua ocorrência. Sua atuação é ostensiva, ou seja, visível pelos membros da sociedade. É aquela 
polícia a quem recorremos quando temos um problema. Uma característica marcante das polícias ostensivas é o seu 
uniforme. É a vestimenta que identifica um policial ostensivo. O maior exemplo de polícia administrativa é a Polícia 
Militar. Também são consideradas como polícia preventiva: Polícia Federal (em situações específicas), Polícia 
Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal e Corpo de Bombeiro Militar. 
Polícia Judiciária é a polícia repressiva. Sua atividade ocorre após o cometimento da infração penal, quando a 
atuação da polícia preventiva não surtiu efeito. Sua atividade é investigativa com o fim de encontrar os elementos 
comprobatórios do ilícito penal cometido. O resultado do trabalho das polícias judiciárias é utilizado posteriormente 
pelo Ministério Público para subsidiar sua atuação junto ao Poder Judiciário. Daí a razão do nome ser Polícia 
Judiciária. O resultado de seu trabalho é utilizado pelo Poder Judiciário em seus julgamentos. Cuidado com uma 
questão que já foi cobrada em prova: a polícia judiciária não faz parte do Poder Judiciário, mas do Poder Executivo. 
São consideradas como polícia judiciária a polícia civil e a polícia federal. A polícia militar também possui atribuições 
repressivas quando atua na investigação de crimes cometidos por policiais militares. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online. 
 
 
Além desta classificação, podemos distinguir os órgãos do artigo 144 em federais e estaduais a depender da sua 
vinculação federativa: 
a) Federais – Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Ferroviária Federal; 
b) Estaduais – Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiro Militar. 
Feitas estas considerações iniciais, prossigamos agora com a análise de cada um dos órgãos de segurança 
pública do artigo 144. 
 Polícia Federal 
A Polícia Federal é o órgão de segurança pública com maior quantidade de atribuições previstas na Constituição 
Federal, razão pela qual é a mais cobrada em prova: 
§ 1º - A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em 
carreira, destina-se a: 
I. apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da 
União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha 
repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; 
II. prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo 
da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; 
III. exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; 
IV. exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. 
Deve-se destacar como característica principal a sua atuação como polícia judiciária exclusiva da União. E ela 
quem atuará na repressão dos crimes cometidos contra a União e suas entidades autárquicas empresas públicas. 
Veja que, apesar de mencionar algumas entidades da administração indireta, não mencionou as Sociedades de 
Economia Mista. Isto força a uma conclusão de que a Polícia Federal não tem atribuição nos crimes que envolvam 
interesses de Sociedades de Economia Mista. 
As demais atribuições serão exercidas concomitantemente com outros órgãos limitando a exclusividade de sua 
atuação apenas a função investigativa no âmbito da União. 
 Polícia Rodoviária Federal 
A Polícia Rodoviária Federal é órgão da União responsável pelo patrulhamento das rodovias federais: 
§ 2º - A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, 
destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. 
Eventualmente, sua atuação se estenderá às rodovias estaduais ou distritais mediante convênio firmado entre os 
entes federativos. Não havendo este convênio, o patrulhamento das rodovias estaduais e distritais fica a cargo das 
Polícias Militares. É comum no âmbito das polícias militares a criação de batalhões ou companhias com esta 
atribuição específica, as chamadas Polícias Rodoviárias. 
 Polícia Ferroviária Federal 
A PFF é o órgão da União responsável pelo patrulhamento das ferrovias federais: 
§ 3º - A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, 
destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. 
Diante da pouca relevância das ferrovias no Brasil este órgão ficou no esquecimento durante vários anos. No dia 
5 agosto de 2011, a Presidenta Dilma sancionou a lei 12.462 que cria no âmbito do Ministério da Justiça a Polícia 
Ferroviária Federal. O efetivo que comporá esta nova estrutura se originará das instituições que anteriormente 
cuidavam das ferrovias: 
Art. 48. A Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003, passa a vigorar com as seguintes alterações: 
“Art. 29. ................................................................................................................................................... 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online. 
 
 
XIV. do Ministério da Justiça: o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, o Conselho Nacional de 
Segurança Pública, o Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, o Conselho Nacional 
de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual, o Conselho Nacional de Arquivos, o Conselho 
Nacional de Políticas sobre Drogas, o Departamento de Polícia Federal, o Departamento de Polícia Rodoviária 
Federal, o Departamento de Polícia
Ferroviária Federal, a Defensoria Pública da União, o Arquivo Nacional e até 
6 (seis) Secretarias; 
.......................................................................................... 
§ 8º - Os profissionais da Segurança Pública Ferroviária oriundos do grupo Rede, Rede Ferroviária Federal (RFFSA), 
da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb) que 
estavam em exercício em 11 de dezembro de 1990, passam a integrar o Departamento de Polícia Ferroviária Federal 
do Ministério da Justiça.” (NR) 
 Polícia Civil 
Esta é a polícia judiciária no âmbito dos Estados e do Distrito Federal. É dirigida por delegados de polícia de 
carreira e possui atribuição subsidiária à da Polícia Federal e a da Polícia Militar. Significa dizer que o que não for 
atribuição da Polícia Federal ou da Polícia Militar será da Polícia Civil: 
§ 4º - às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, 
as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. 
 Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar 
Estas duas instituições possuem caráter essencialmente ostensivo dentro das atribuições próprias. A Polícia 
Militar é responsável pelo policiamento ostensivo e preservação da ordem pública. É a PM quem exerce a função 
principal de prevenção do crime. Quando pensamos em polícia, certamente é a primeira que vem a mente, pois é 
vista pela sociedade. Já o Corpo de Bombeiros Militar, apesar de não ser órgão policial, possui atribuição de 
segurança publica à medida que executa atividades de defesa civil. São os grandes heróis da população com uma 
atuação voltada para a proteção da sociedade, prestação de socorro, atuação em incêndios e acidentes. Destaca-se 
pela agilidade no atendimento o que muitas vezes acaba por coibir maiores tragédias: 
§ 5º - às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros 
militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil. 
§ 6º - As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, 
juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. 
Por serem corporações militares, a eles se aplicam as mesmas regras que são aplicadas às Forças Armadas 
como a proibição de greve, filiação partidária e sindicalização. 
São ainda consideradas forças auxiliares e reserva do Exército. Significa que num momento de necessidade de 
efetivo seria possível a convocação de Policiais e Bombeiros Militares como força reserva e de apoio. 
Estão subordinados aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios a quem compete a 
gestão da Segurança Pública em cada ente federativo. Ressalte-se um detalhe muito bacana para sua prova. No que 
tange à Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militares e Polícia Civil do Distrito Federal um detalhe que não pode ser 
esquecido, pois já foi cobrado em prova. Apesar da subordinação destas forças ao Governador do Distrito Federal, a 
competência para legislar e manter estas corporações é da União. Aqui nós temos uma exceção na autonomia 
federativa do Distrito Federal que está previsto expressamente na Constituição no artigo 21, XIV: 
Art. 21. Compete à União: 
XIV. organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como 
prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo 
próprio; 
 Guarda Municipal 
Apesar de desempenharem atividades semelhantes aos dos órgãos do art. 144, as Guardas Municipais não são 
consideradas órgãos de Segurança Pública. Suas atribuições funcionais estão relacionadas a preservação 
patrimonial dos Municípios onde forem criadas: 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online. 
 
 
§ 8º - Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e 
instalações, conforme dispuser a lei. 
Destaco ainda a possibilidade de utilização de armas quando em serviço por Guardas Municipais em municípios 
com mais de 50.000 habitantes e em municípios que fazem parte de regiões metropolitanas. Nas capitais e nos 
municípios com mais de 500.000 habitantes, o porte de arma poderá ser concedido ainda que fora do serviço. 
 Remuneração 
A remuneração dos servidores das carreiras de segurança pública será em forma de subsídio. O Subsídio é uma 
das formas de retribuição pecuniária paga a alguns servidores públicos, composto por uma parcela única sem 
acréscimos de qualquer outro tipo de parcela como gratificações, adicionais, abonos, prêmios, verbas de 
representação ou qualquer outro tipo de verba remuneratória: 
Art. 144, § 9º - A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada 
na forma do § 4º do art. 39. 
Art. 39, § 4º - O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais 
e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de 
qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, 
em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. 
I. EXERCÍCIOS RELATIVOS AO ENCONTRO 
1. Segundo o STF, não há subordinação dos organismos policiais civis, que integram a estrutura do Estado, ao 
chefe do Poder Executivo, razão pela qual considera constitucional lei estadual que estabeleça autonomia 
administrativa, funcional e financeira à polícia civil. 
2. Sendo a segurança um dever estatal, direito e responsabilidade de todos, os municípios, em momentos de 
instabilidade social podem constituir guardas municipais destinadas a policiamento ostensivo e à preservação da 
ordem pública. 
3. Quanto à defesa do Estado e das instituições democráticas, assinale a alternativa correta. 
a) Aos policiais civis e militares são vedadas a sindicalização e a greve. 
b) Compõem a Polícia da União a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal. 
c) Os policiais civis, militares e do corpo de bombeiros do Distrito Federal têm sua remuneração sob a forma de 
subsídio, e é da União a competência para editá-la. 
d) O porte de arma é vedado, sem exceções, às guardas municipais. 
e) Para a decretação do estado de defesa, faz-se necessário que o presidente da República realize prévia 
solicitação ao Congresso Nacional, que se manifestará por maioria absoluta de seus membros. 
4. As corporações consideradas forças auxiliares e reserva do Exército subordinam-se aos governadores dos 
estados, do Distrito Federal e dos territórios. 
5. Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, os aspectos relativos à legalidade da imposição de 
punição constritiva da liberdade, em procedimento administrativo castrense, podem ser discutidos por meio de 
habeas corpus. 
6. É permitido a um estado da Federação criar instituto geral de perícias estadual e inseri-lo no rol constitucional 
dos órgãos encarregados do exercício da segurança pública. 
7. O oficial condenado, na justiça comum ou militar, por sentença transitada em julgado, a pena privativa de 
liberdade superior a dois anos deve ser submetido a julgamento para que seja decidido se é indigno do oficialato 
ou com ele incompatível, podendo perder o posto e a patente. 
8. A ABIN destina-se a exercer as funções de polícia judiciária da União. 
9. Em caso de roubo a agência do Banco do Brasil, o inquérito policial deve ser aberto por delegado da Polícia
Civil, 
e não, da Polícia Federal. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online. 
 
 
10. Sobre Segurança Pública é correto afirmar, exceto: 
a) Aos corpos de bombeiros militares incumbe a execução de atividades de defesa civil. 
b) As polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública. 
c) A polícia incumbe a função de polícia judiciária e a apuração de infrações penais. 
d) A polícia rodoviária federal destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. 
11. O decreto que instituir o estado de defesa pode estabelecer restrições ao direito de reunião, ainda que exercida 
no seio das associações. 
12. A Polícia Federal tem competência constitucional para prevenir e reprimir, com exclusividade, o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho. 
13. De acordo com o disposto no artigo 144 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, a segurança 
pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e 
da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: 
a) Secretaria de Estado da Segurança Pública, Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e Guarda Municipal. 
b) Polícias Federais, Polícias Civis, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, Polícia de Trânsito e Exército. 
c) Secretaria de Estado da Segurança Pública, Ministério Público Estadual e Federal, Polícia Federal e Polícia Civil. 
d) Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, Polícias Civis, Polícias Militares e Corpos 
de Bombeiros Militares. 
e) Secretaria de Estado da Segurança Pública, Ministério Público Estadual e Federal, Polícia Federal, Polícia Militar 
e Polícia Civil. 
14. Com relação ao estado de defesa, no que se refere as medidas coercitivas, pode-se afirmar: 
I. restrições aos direitos de reunião, ainda que exercida no seio das associações; 
II. O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado duas vezes, 
por igual período; 
III. Na vigência do estado de defesa a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a vinte dias, 
salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário; 
IV. Na vigência do estado de defesa a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será 
por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso 
requerer exame de corpo de delito à autoridade policial; 
V. Na vigência do estado de defesa poderá ser o preso mantido sob incomunicabilidade por um período de 180 
(cento e oitenta) dias; 
Estão corretas apenas as opções: 
a) II e V 
b) III e IV 
c) I e IV 
d) I e II 
e) III e V 
GABARITO 
1 - ERRADO 
2 - ERRADO 
3 - C 
4 - CORRETO 
5 - CORRETO 
6 - ERRADO 
7 - CORRETO 
8 - ERRADO 
9 - CORRETO 
10 - C 
11 - CORRETO 
12 - ERRADO 
13 - D 
14 - C

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando