Buscar

SANTOS- Fabricio Bastos. Cunicultura - Analise de Viabilidade de Gerar uma Empresa Voltada para C

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 93 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 93 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 93 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
FABRÍCIO BASTOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUNICULTURA: 
ANÁLISE DE VIABILIDADE DE GERAR UMA EMPRESA VOLTADA PARA 
CRIAÇÃO DE 500 COELHOS POR MÊS EM FEIRA DE SANTANA, BAHIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FEIRA DE SANTANA 
2010
 
 
FABRÍCIO BASTOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUNICULTURA: 
ANÁLISE DE VIABILIDADE DE GERAR UMA EMPRESA VOLTADA PARA 
CRIAÇÃO DE 500 COELHOS POR MÊS EM FEIRA DE SANTANA, BAHIA. 
 
 
 
Monografia apresentada à 
Universidade Estadual de Feira de 
Santana – UEFS, como requisito para 
obtenção do grau de Bacharel em 
Administração. 
 
Orientador: Prof. Djalma Boaventura 
de Sousa 
 
 
 
 
 
 
FEIRA DE SANTANA 
2010
 
 
FABRÍCIO BASTOS SANTOS 
 
 
 
 
 
CUNICULTURA: 
ANÁLISE DE VIABILIDADE DE GERAR UMA EMPRESA VOLTADA PARA 
CRIAÇÃO DE 500 COELHOS POR MÊS EM FEIRA DE SANTANA, BAHIA. 
 
Monografia apresentada à Universidade Estadual de Feira de Santana, como 
requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração. 
 
 
Feira de Santana-BA, dezembro de 2010. 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA: 
 
 
___________________________________________ 
Hélio Ponce Cunha 
Universidade Estadual de Feira de Santana 
 
____________________________________________ 
Sandra Maria C. da Silva Mattos 
Universidade Estadual de Feira de Santana 
 
______________________________________________ 
Djalma Boaventura de Sousa 
Universidade Estadual de Feira de Santana 
 
 
Sumário 
 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11 
1.1 O Contexto .......................................................................................................... 13 
1.2 O Projeto ............................................................................................................. 19 
2 DESENVOLVIMENTO............................................................................................ 21 
2.1 Perfis Desejáveis da Empresa, dos Empreendedores e Dirigentes .................... 21 
2.1.1 Da empresa ...................................................................................................... 21 
2.1.2 Dos sócios ........................................................................................................ 21 
3 ANÁLISE DE MERCADO E COMPETIVIDADE ..................................................... 23 
3.1 Macro Ambiente do Empreendimento ................................................................. 23 
4 PLANO DE MARKETING E COMERCIALIZAÇÃO ................................................ 25 
4.1 Atuação ............................................................................................................... 25 
4.2 Relacionamentos com Clientes, Fornecedores, Concorrentes e Sociedade. ...... 25 
4.3 Diferenciais .......................................................................................................... 25 
4.3.1 Atendimento ..................................................................................................... 25 
4.4 Os quatro “Ps” de Marketing ............................................................................... 26 
4.4.1 Preço ................................................................................................................ 26 
4.4.2 Produto e serviço.............................................................................................. 26 
4.4.3 Ponto de venda ................................................................................................ 26 
4.4.4 Promoção ......................................................................................................... 27 
4.5 Veículos Mercadológicos ..................................................................................... 27 
4.6 Assistência pós-venda......................................................................................... 28 
4.7 Comercialização .................................................................................................. 28 
4.7.1 Descrição do produto ....................................................................................... 28 
4.7.2 Estudo dos clientes .......................................................................................... 29 
4.7.3 Interesses e comportamento dos clientes ........................................................ 29 
4.7.4 Motivação de compra ....................................................................................... 30 
4.7.5 Localização da clientela ................................................................................... 31 
4.8 Estudo dos concorrentes ..................................................................................... 32 
4.9 Comparação entre a organização e concorrentes ............................................... 32 
5 ANÁLISE DE MERCADO E COMPETITIVIDADE .................................................. 34 
 
 
5.1 Ambiente do empreendimento ............................................................................ 34 
5.2 Análise do mercado ............................................................................................. 35 
5.2.1 Definição do mercado ....................................................................................... 36 
5.2.2 Atratividade do segmento ................................................................................. 37 
5.2.3 Disposição do consumidor pela compra ........................................................... 38 
5.2.4 Potencial do mercado ....................................................................................... 39 
5.2.5 Análise setorial do mercado ............................................................................. 40 
5.2.6 Atratividade do mercado (síntese) .................................................................... 41 
5.2.7 Estratégia competitiva ...................................................................................... 41 
5.2.8 Influências Cíclicas ........................................................................................... 42 
5.2.9 Ciclo de vida ..................................................................................................... 43 
5.3.10 O consumidor final.......................................................................................... 45 
5.4 Fornecedores ...................................................................................................... 46 
6 PROJETO TÉCNICO (INVESTIMENTO) ............................................................... 50 
6.1 Localização e dimensionamento básico .............................................................. 50 
6.2 Recursos Humanos ............................................................................................. 51 
6.3 Produção ............................................................................................................. 54 
6.3.1 Sistema de produção........................................................................................ 54 
6.3.2 Descrição do processo ..................................................................................... 54 
7 PLANO FINANCEIRO ............................................................................................ 59 
7.1 Estimativa do investimento total .......................................................................... 59 
7.1.1Estimativa dos investimentos fixos .................................................................... 59 
7.1.2 Estimativa dos investimentos financeiros .........................................................60 
7.1.2.1 Estimativa do estoque inicial ......................................................................... 61 
7.1.3 Estimativa do investimento total (resumo), fontes de usos e fontes ................. 62 
7.2 Projeção do faturamento ..................................................................................... 64 
7.3 Estimativas dos custos e despesas totais da empresa ....................................... 65 
7.4 Estimativa dos custos com depreciação .............................................................. 66 
7.5 Demonstrativo de resultados ............................................................................... 67 
7.6 Indicadores de viabilidade ................................................................................... 69 
7.6.1 Ponto de equilíbrio............................................................................................ 69 
7.6.2 Margem de contribuição ................................................................................... 71 
7.6.3 Lucratividade operacional ................................................................................. 72 
 
 
7.6.4 Lucratividade Líquida ....................................................................................... 73 
7.6.5 Rentabilidade ................................................................................................... 74 
7.6.6 Prazo de retorno do investimento ..................................................................... 75 
Conclusão ................................................................................................................. 76 
Referências Bibliograficas ......................................................................................... 77 
APÊNDICE A – Dados Mensais do Primeiro ano de Funcionamento ....................... 79 
APÊNDICE B – Dados Anuais dos Primeiros Cinco Anos de Funcionamento .......... 88 
 
 
 
Lista de Tabelas 
 
Tabela 1 - Veículos Mercadológicos ......................................................................... 27 
Tabela 2 - Localização da Clientela .......................................................................... 31 
Tabela 3 - Coelhos para Corte .................................................................................. 43 
Tabela 4 - Coelhos para Laboratórios ....................................................................... 44 
Tabela 5 - Esterco de Coelho .................................................................................... 44 
Tabela 6 - Custo da Mão-de-obra Direta ................................................................... 51 
Tabela 7 - Custo da Mão-de-obra Indireta................................................................. 52 
Tabela 8 - Planilha de Mão-de-obra (Resumo) ......................................................... 53 
Tabela 9 - Máquinas, Equipamentos e Animais ........................................................ 59 
Tabela 10 - Móveis e Utensílios ................................................................................ 60 
Tabela 11 - Estimativa dos Investimentos Financeiros ............................................. 60 
Tabela 12 - Estimativa do Estoque Inicial.................................................................. 61 
Tabela 13 - Estimativa do Investimento Total (Resumo) ........................................... 63 
Tabela 14 - Orçamento - Depreciação Anual ............................................................ 67 
 
 
 
 
 
Lista de gráficos 
 
Gráfico 1 – Necessidade de Capital de Giro Mensal ................................................. 62 
Gráfico 2 – Necessidade de Capital de Giro Anual ................................................... 62 
Gráfico 3 – Previsão de Faturamento Mensal ........................................................... 64 
Gráfico 4 - Previsão de Faturamento Anual .............................................................. 65 
Gráfico 5 - Previsão de Custos Mensais ................................................................... 66 
Gráfico 6 - Previsão de Custos Anual........................................................................ 66 
Gráfico 7 - Previsão do Lucro Mensal ....................................................................... 68 
Gráfico 8 - Previsão do Lucro Anual .......................................................................... 68 
Gráfico 9 - Previsão do Ponto de Equilíbrio Mensal .................................................. 69 
Gráfico 10 – Previsão do Ponto de Equilíbrio Anual .................................................. 70 
Gráfico 11 – Margem de Contribuição Unitária Mensal ............................................. 71 
Gráfico 12 – Margem de Contribuição Unitária Anual ............................................... 71 
Gráfico 13 – Lucratividae Opeacional Líquida Mensal .............................................. 72 
Gráfico 14 – Lucratividae Opeacional Líquida Anual ................................................. 73 
Gráfico 15 – Lucratividade Líquida Mensal ............................................................... 73 
Gráfico 16 – Lucratividade Líquida Anual .................................................................. 74 
Gráfico 17 – Taxa de Rentabilidade Anual ................................................................ 75 
 
 
 
 
 
Resumo 
 
A Cunicultura é uma atividade que oferece ao produtor diversas 
oportunidades dentro do aproveitamento que se faz dos produtos oriundos desta 
cultura de criação de coelhos. Este ramo de agronegócio, a cunicultura, é pouco 
aproveitado no Brasil, possibilitando grande potencial de crescimento. Para 
enveredar em qualquer negócio o empreendedor precisa de mecanismos que o 
ajude a tomar decisões a tempo de perceber as mudanças ambientais, a forma 
como se integra ao ambiente e o seu dinamismo e velocidade para responder aos 
estímulos e variações do mercado. O empreendedor deve fazer diversas análises 
para atestar a viabilidade do negócio. Neste quesito o Plano de Negócio pode suprir 
os gestores de forma racional, identificando possíveis cenários futuros. Diante do 
contexto vislumbrado, a criação, na cidade de Feira de Santana, de uma 
organização para a produção mensal de quinhentos coelhos adultos é analisada em 
sua viabilidade econômico-financeira. Buscando os elementos que darão suporte 
analítico ao processo de tomada de decisões sobre a possibilidade de 
implementação e constituição da futura empresa. 
 
Palavras-chave: Cunicultura, coelhos, plano de negócio. 
 
 
Abstract 
 
The Rabbit is an activity that offers several opportunities within the producer 
who makes use of the products from this culture of rabbit breeding. This branch of 
agribusiness, the rabbit, it is little used in Brazil, enabling great potential for growth. 
To engage in any business the entrepreneur needs mechanisms to help you make 
decisions in time to see the changing environment, how it integrates with the 
environment and its dynamism and speed to react to stimuli and changes in the 
market. The entrepreneur must do several tests to demonstrate the viability of the 
business. In this variable the Business Plan can supply managers in a rational 
manner, identifying possible future scenarios. Given the context envisioned the 
creation, in the city of Feira de Santana, an Organization for the monthly production 
of five hundred adult rabbits is analyzed in its economic and financial viability. 
Searching the elements that will support the analytical process of making decisions 
about the possibility of setting up and implementation of future business. 
 
Keywords: Rabbit creation, rabbit, business plan. 
 
11 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
ApresentaçãoO presente trabalho monográfico relativo ao tema “análise de viabilidade de 
gerar uma empresa voltada para criação de 500 coelhos em Feira de Santana, 
Bahia”, com a função de identificar informações e dados estatísticos e quantitativos 
que evidenciem sua importância e atualidade para a economia e para a empresa, 
bem como a problemática em que está inserido o tema a ser estudado. Para 
consubstanciar esta pesquisa, será preparado e analisado um estudo de natureza 
bibliográfica buscando aplicar um enfoque gerencial levando em consideração o 
processo de criação de coelhos, os aspectos mercadológicos e a composição dos 
aspectos financeiros. 
 
Problematização 
 
Empreender uma pequena empresa é uma atividade que requer conhecimento 
do produto, do mercado, dos aspectos técnicos e financeiros para a implementação 
do negócio no momento oportuno. É de fundamental importância, como instrumento 
para a análise dos gestores, a tomada de decisões baseada nos fatores citados 
acima. Desta forma surge a necessidade de saber se há viabilidade técnica e 
econômica para a criação de 500 coelhos por mês em Feira de Santana? 
 
Objetivo Geral 
 
Elaborar um Plano de Negócio para Análise de Viabilidade de Gerar uma 
Empresa Voltada para Criação e Abate de 500 coelhos em Feira de Santana, Bahia. 
 
Objetivos Específicos 
 
Descrever o processo produtivo da criação de Coelhos 
Realizar um Plano de Negócio de Criação de Coelhos 
12 
 
Justificativa 
 
A validade desta pesquisa esta em conhecer a viabilidade técnica e econômica 
da geração de uma empresa para criação de coelhos em Feira de Santana – Bahia, 
gerando emprego e renda aos envolvidos direta ou indiretamente ao projeto. 
 
O tema tem correlação com os aspectos teóricos e da realidade concreta 
vinculada com a Ciência da Administração, no sentido da criação e gestão de uma 
empresa e de processo produtivo oriundo da mesma. 
 
O tema é atual, pois trata de um nicho de mercado crescente e de amplo 
potencial de crescimento. 
 
A relevância desta pesquisa está em conhecer a criação de coelhos, propor um 
modelo e apresentar um estudo de viabilidade sobre o tema. 
 
Há ainda o interesse pessoal em adquirir mais conhecimento, aperfeiçoar e 
empreender o negócio da cunicultura de forma profissional em detrimento da atual 
forma artesanal. 
13 
 
1.1 O Contexto 
 
 
A zootecnia é uma ciência que desenvolve o melhor do animal em um período 
reduzido de tempo fazendo com que o criador obtenha mais lucros. Dentro desta 
ciência encontra-se a Cunicutura “que trata da criação racional de coelhos”, seja ela 
para a produção doméstica, comercial ou industrial.” (VIEIRA, 1980, p. 27) 
 
O conceito de coelho pode ser dado por TVARDOVSKAS e SATURNINO 
(2007, p. 03 apud RODRIGUES, 2007, p. 10), segundo o qual “coelho é classificado 
como um mamífero da ordem dos Lagomorfos, família dos Leporídeos e gênero 
Oryctolagus, sendo o mais comum Oryctolagus cuniculus, fonte de todas as raças 
domésticas”. 
 
A alimentação do coelho é bem variada, por ser um animal herbívoro, se 
alimenta principalmente de talos de vegetais e grãos. Já quando é criado em escala 
comercial consome uma ração peletizada1 específica para coelhos, para melhor bem 
estar do mesmo. 
 
Nesse sentido, publicação da Fundação de Desenvolvimento, Assistência 
Técnica e Extensão Rural de Goiás (FUNDATER): 
 
A ração deve ser adquirida em firmas idôneas ou, no caso de grandes 
criações, produzida na própria granja. Deve-se dar preferência a rações 
peletizadas, pois o pó da ração farelada pode provocar problemas 
respiratórios nos coelhos. As feitas na propriedade normalmente são 
fareladas e por isto deve-se tomar precaução de não fazer a mistura muito 
final. Geralmente a ração é fornecida uma vez por dia, sempre no mesmo 
horário. (FUNDATER. Disponível em: http://www.fundater.org.br. Acesso em 
25 de novembro de 2009). 
 
Há ainda outro hábito dos coelhos que merece ser mencionado conforme 
afirmação abaixo: 
 
1 Processo industrial usado na fabricação de rações e que envolve a aglomeração dos ingredientes 
por compressão, o qual pode ser feito a frio ou com auxilio de vapor no condicionador da mistura a 
ser peletizada (EMBRAPA. Disponível em: <http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br>. Acesso 
em 17 de outubro de 2010). 
14 
 
 
O coelho apresenta algumas peculiaridades como a cecotrofia. A cecotrofia 
é um processo que se dá no ato digestivo do coelho que consiste na 
ingestão pelo animal de uma modalidade de fezes denominada cecotrofos 
(partícula ou até mesmo porção contendo material do cólon em forma de 
esfera rodeada por uma película de muco). Fenômeno este que é de vital 
importância para a espécie. O coelho não consome as fezes propriamente 
ditas, mas um produto intestinal de características muito diferente. 
(TVARDOVSKAS e SATURNINO, 2007, p. 03 apud RODRIGUES, 2007, p. 
11). 
 
O produtor de coelhos tem com a Cunicultura diversas alternativas para 
proveito do animal, sendo possível comercializá-lo, praticamente, em sua totalidade. 
Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná 
(SEAB): 
 
Além da carne (de primeira qualidade, branca, macia, saborosa e com 
elevado conteúdo proteico e baixo teor de colesterol), a rentabilidade da 
cunicultura comercial é resultado da comercialização da pele (casacos, 
golas, punhos, artesanatos e cola), pêlo (feltros e artesanato), cérebro 
(medicamentos – teste do pezinho de bebês), orelhas (fabricação de 
gelatinas), carcaça (farinha), esterco (adubos e rações para outros animais) 
e sangue (soro). (SEAB. Disponível em: <http://www.seab.pr.gov.br>. 
Acesso em 06 de setembro de 2010). 
 
De acordo com Rodrigues (2007) a carne de coelho é considerada mais 
magra e mais saudável quando comparada às carnes bovina, ovina e suína. Além 
disso, é altamente digerível, saborosa, baixa em calorias, gorduras e colesterol, 
sendo frequentemente recomendada por nutricionistas. 
 
Quando comparada com outros tipos de carne, a carne de coelho é 
considerada mais rica, principalmente em proteínas, além de ser nutritiva e saborosa 
(EMATER. Disponível em: <http://www.emater.mg.gov.br>. Acesso em 12 de 
dezembro de 2009). 
 
Além do aproveitamento da carne, o cérebro do coelho é utilizado pela 
indústria farmacêutica, em testes de coagulação sanguínea que utilizam a 
tromboplastina, sustância produzida pelo cérebro deste animal. (PÁGINA RURAL. 
Disponível em: <http://www.paginarural.com.br>. Acesso em 05 de setembro de 
2009). 
 
15 
 
A beleza da pele e sua boa qualidade fazem com que ela seja utilizada na 
confecção de agasalhos, casacos, etc. Ressalte-se que as maiores são mais 
valorizadas quando comercializadas em grandes lotes, o que só é obtido com a 
criação de raças puras, selecionadas. No que se refere ao couro, quando curtido, 
pode ser na produção de luvas, bolsas e calçados, substituindo a camurça. E, os 
couros defeituosos são aproveitados na fabricação de cola. Já com relação aos 
pêlos estes podem ter duas utilidades, os longos podem ser utilizados em tecidos, e 
os curtos podem ser empregados na fabricação de feltros e tecidos especiais, 
quando misturados com outros pêlos ou fibras. Com relação as vísceras, estas 
podem ser utilizadas na fabricação de farinha e o esterco, que tem maior quantidade 
de nutrientes quando comparado ao do boi, cavalo ou galinha, podendo ser 
empregado em qualquer plantação, pomar, horta ou jardim. (EMATER. Disponível 
em: <http://www.emater.mg.gov.br>. Acesso em 12 de dezembro de 2009). 
 
Ainda, conforme informação do SEBRAE-SC (Disponível em: 
<http://www.sebrae-sc.com.br>.Acesso em 18/05/2010) grifes internacionais de 
perfumes utilizam a urina do animal na fixação de perfumes. 
 
De acordo com Vieira (1980, p. 329), “desde que inspire confiança, o 
cunicultor poderá fornecer a laboratórios”, este é um bom negócio uma vez que os 
coelhos podem ser “utilizados para estudos de anatomia, fisiologia, farmacologia, 
toxicologia, medicina legal, diagnósticos clínicos e bacteriológicos, etc.” (VIEIRA, 
1980, p. 329). 
 
Os coelhos também são usados para testar vacinas veterinárias e para a 
produção de vacina contra a febre aftosa. Os testes são feitos para avaliar a 
qualidade de lotes de vacinas veterinárias produzidas pelos laboratórios. A vacina 
contra febre aftosa utiliza coelhos devido ao menor custo e maior facilidade de 
manejo em relação ao uso de bovinos em ambiente laboratorial controlado. 
 
Ressalte-se que o produtor deve se ater às peculiaridades de cada tipo de 
trabalho laboratorial, esse é o entendimento observado por Vieira: 
 
16 
 
Naturalmente, o cunicultor deverá fornecer os coelhos aos laboratórios, 
rigorosamente dentro das especificações ou exigências feitas, pois cada 
tipo de trabalho, produção e experiência, é necessário que os animais 
satisfaçam a determinadas condições (VIEIRA, 1980, p. 329). 
 
Segundo Rodrigues (2007) a comercialização do animal, em sua integridade, 
depende da finalidade de sua venda, ou melhor, qual será o destino do produto. De 
acordo com informação da FUNDATER “o coelho é comercializado quando atinge 2 
quilos de peso, ou seja, por volta dos setenta dias de idade.” (Disponível em: 
http://www.fundater.org.br. Acesso em 25 de novembro de 2009). 
 
De acordo com os ensinamentos de Vieira (1980, p.88-89) as raças podem 
ser classificadas quanto: à comercialização, ao tamanho ou peso, às orelhas, à 
produção, ao comprimento dos pêlos e à cor. Para o presente estudo restou mais 
importante as classificações quanto à comercialização e ao tamanho e peso. Quanto 
à comercialização, podem ser esportivas ou industriais. Quanto ao tamanho e peso, 
divide-as em gigantes, médias, pequenas e anãs. Nas raças médias, o peso pode 
chegar de 3,5 a 5 quilos, por isso são as mais usadas comercialmente, sendo mais 
precoces, rústicas, resistentes e produtoras. 
 
Rodrigues (2007) cita as raças mais utilizadas no Brasil: 
 
Hoje, existem mais de sessenta raças no mundo. No Brasil, as principais 
são: Angorá, Azul-de-viena, Califórnia, Chinchila, Fulvo de Borgonha, 
Gigante-borboleta-francês, Gigante-de-bouscat, Gigante-deflandes, 
Holandês, Negro-e-fogo, Nova-zelândia-branca, Nova-zelândia-vermelha e 
Prateadode- champagne (RODRIGUES, 2007, p.15). 
 
Prossegue o referido autor afirmando que: 
 
Os coelhos Nova-Zelândia-branca, são originários dos Estados Unidos e 
têm considerados níveis de criação comercial brasileira. São animais de 
dupla aptidão, pois servem para produzir carne e pele. Caracterizam-se pela 
pelagem branca, são de porte médio e pesam em média de 4 a 5 quilos. 
(RODRIGUES, 2007, p.16) 
 
Por conta dessas características, para manter o plantel com raça pura e 
homogênea, a raça Nova-Zelândia foi escolhida para a execução do projeto ao qual 
se propõe o presente trabalho. 
 
17 
 
Segundo informação do Correio Gourmand (Disponível em: 
<http://www.correiogourmand.com.br> Acesso em 22/05/2010), o homem passou a 
consumir carne de coelho há mais de 2.000 anos, tendo atualmente a França como 
o país que mais consome carne de coelho no mundo. Ainda conforme o citado 
Correio: 
 
Os monges espanhóis foram os pioneiros a domesticar coelhos, durante a 
Idade Média. Eles retiravam os animais dos túneis cavados na terra e os 
abrigavam nos mosteiros. Dessa primeira forma de criação às instalações e 
tecnologias da cunicultura de hoje, o animal percorreu um longo caminho 
que redundou em novas raças, diversas variedades e numa capacidade 
espantosa de proliferação. Na culinária de vários países, a carne do coelho 
foi aproveitada para o preparo de uma diversidade de iguarias. Na França, 
onde é mais apreciado, o consumo per capita chega a oito animais por ano. 
Tanto que o país não consegue suprir sua demanda e importa animais da 
China. 
 
Rodrigues (2007, p. 10) citando Tvardovskas e Saturnino (2007) aduz o que 
segue abaixo: 
 
Fator relevante que incentivou a prática da cunicultura foi a 2ª Guerra 
Mundial, pois, muitos países tinham dificuldades em adquirir carne para o 
mercado interno, e um caminho alternativo foi o incentivo à população a 
fazer criação de coelhos para suprirem a sua alimentação. No Brasil, a 
criação de coelhos bem organizada e com finalidade comercial, surgiu a 
partir de 1957 no Estado de São Paulo e, em 1970, neste mesmo Estado, 
foi criada a primeira unidade industrial. (TVARDOVSKAS e SATURNINO, 
2007, p. 02 apud RODRIGUES, 2007, p.10). 
 
 
De acordo com informações da Fazenda Angolana “no Brasil, a criação de 
coelho bem orientada, organizada e com fins comerciais começou a aparecer a 
partir de 1957 no Estado de São Paulo”, a partir desta data um grande número de 
granjas que exploram carne e pelo de coelho se desenvolveu neste Estado. 
(Disponível em: <http://www.fazendaangolana.com.br>. Acesso em: 03 de agosto de 
2010). 
 
O consumo brasileiro ainda é muito pequeno, cerca de 120 gramas per 
capita/ano, segundo a Associação Paulista dos Criadores de Coelhos (GLOBO 
RURAL, 2006. Disponível em: <http://globorural.globo.com>. Acesso em: 10 de 
março de 2010). O baixo consumo se deve ao desconhecimento do produto, ao 
preço da carne, ainda alto e, também à cultural regional. O coelho é mais conhecido 
18 
 
como animal de estimação em detrimento ao fornecimento de carne para a 
alimentação humana. 
 
Marcio Infante Vieira, citando as qualidades da carne de coelho afirma que a 
mesma: 
 
[...] é macia, saborosa, tem mais proteínas que a do frango, boi, carneiro ou 
porco, e menos colesterol do que todas elas. Seu consumo é apropriado 
para a prevenção de doenças cardiovasculares. É também um alimento de 
fácil digestão, ideal para a alimentação de crianças, idosos e 
convalescentes. (VIEIRA, 2003, Carne de coelho, 2003. Disponível em: 
<http://www.drashirleydecampos.com.br>. Acesso em: 15 de maio de 2010). 
 
O consumo de carne de coelhos é indicado por médicos e nutricionistas para 
alimentação devido as suas características peculiares. Praticamente, segundo a 
matéria supra, “a carne de coelho não apresenta colesterol em sua composição, pois 
nela encontramos apenas leves traços desse elemento considerado tão pernicioso à 
saúde” (VIEIRA, 2003, Carne de coelho, 2003. Disponível em: 
<http://www.drashirleydecampos.com.br>. Acesso em: 15 de maio de 2010). 
 
Em 31 de dezembro de 2008, o IBGE divulgou, em sua pesquisa da produção 
da pecuária municipal, o efetivo de coelhos dos 20 municípios maiores produtores 
desta carne do Brasil e Feira de Santana-BA apresentou-se entre os maiores 
produtores desta carne, estando posicionada em 4º, com 4.811 cabeças de coelho, 
atrás dos três primeiros: Sorocaba-SP, Mogi das Cruzes-SP e Tapiraí-SP, com 
11.150, 6.771 e 5.820, respectivamente.(IBGE. Disponível em: 
<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/ppm/2009/tabelas_pdf/tab22.pdf
>. Acesso em: 12 de maio de 2010) 
19 
 
1.2 O Projeto 
 
 
O projeto consiste na análise de viabilidade técnica e econômica de criação 
de uma empresa para exploração do agronegócio da Cunicultura na cidade de Feira 
de Santana, Bahia, com o objetivo de produzir quinhentos animais adultos por mês 
para corte e fornecimento a laboratórios veterinários, bem como o aproveitamento 
do subproduto, o esterco, produzido para comercialização como adubo. 
 
A despeitoda carne de coelho não compor o cardápio brasileiro, Vieira (1980, 
p. 28) assegura que: 
 
[...] a cunicultura vem se expandindo de maneira rápida e segura e a 
motivação principal desse fenômeno são os elevados lucros e os mercados 
interno e externo com capacidade para absorverem muitas vezes mais o 
volume da atual produção cunícula de nosso país. 
 
Dessa forma, a cunicultura é uma atividade possivelmente viável, pois o 
mercado possui capacidade de absorver a produção, uma vez que existe demanda 
reprimida à ser atendida. 
 
Quanto aos produtores, a FUNDATER salienta que: 
 
Em pequenas criações, o abate é feito para consumo próprio e venda direta 
para consumidores da região. Já no caso de criações de porte médio, 
devido à necessidade de inspeção sanitária da carne, o abate na 
propriedade fica bastante difícil. Em grandes criações, que abatem mais de 
20.000 animais por mês, compensa montar um abatedouro, desde que haja 
inspeção federal. (FUNDATER. Disponível em: 
<http://www.fundater.org.br>. Acesso em: 25 de novembro de 2009). 
 
Conforme Rodrigues (2007, p. 27) “no Brasil, existem poucos abatedouros de 
grande porte, o que dificulta uma distribuição uniforme e constante da carne no 
mercado. Os coelhos são comprados vivos pelos abatedouros”. 
 
No que se refere aos subprodutos que a cunicltura oferece, tem-se o esterco. 
A moderna de agricultura faz uso de diversas técnicas para aumentar a 
produtividade e qualidade das lavouras. Uma dessas técnicas é a adubação do 
20 
 
terreno com adubos químicos ou os orgânicos, conhecidos como esterco. O esterco 
de coelho, como fertilizante tem grande valor no emprego que pode ser dado em 
qualquer cultura agrícola. Ele é muito rico em nitrogênio, fósforo e potássio (VIEIRA, 
1980). 
 
Referente à produção de esterco: 
 
100 coelhos, em um só ano, podem produzir de 5 a 6.000 kg. Essa 
quantidade é suficiente para adubar 1 hectare de terra. Se este esterco for 
adicionado a palhas, restos e outros materiais, pode atingir a muitas 
toneladas, dando assim para adubar área bem maior (VIEIRA, 1980, p. 
327). 
 
Quanto aos dados numéricos do projeto convém lembrar, inicialmente, que 
durante os três primeiros meses, a organização apresentará prejuízos líquidos 
decrescentes. O que é compreensível uma vez que a empresa está em implantação. 
O prejuízo acumulado será de 32.576,88, mas a partir do quarto período o lucro 
líquido ficará estável em torno de R$ 10.022,49. Essa análise sugere que seja feita 
uma reserva de liquidez embutida no possível financiamento do capital. 
 
O retorno do investimento está previsto para 18 meses, um período curto que 
propõe que o negócio pode ser um ótimo empreendimento. 
 
O exposto sobre o retorno do investimento é ratificado: 
 
A Cunicultura é uma atividade pouco desenvolvida no Brasil se comparada 
aos demais países. Esta atividade proporciona um retorno financeiro rápido 
ao investidor, tendo em vista possuir um curto ciclo financeiro, e possibilita o 
aproveitamento de diversos produtos oriundos do processo produtivo 
(RODRIGUES, 2007, p.04). 
 
21 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
 
2.1 Perfis Desejáveis da Empresa, dos Empreendedores e Dirigentes 
 
 
2.1.1 Da empresa 
 
 
É recomendável que a organização seja guiada sob o formato jurídico de 
responsabilidade limitada sob o signo, inicial, de pequena empresa. 
 
Tal concepção ofereceria duas vantagens: 
 
a) Junto ao fisco – enquadramento no regime tributário Supersimples 
estabelecido pela Lei Complementar 123/2006; 
 
b) Maior teto creditício junto a bancos e fornecedores se comparado a 
firmas individuais. 
 
Por seu turno, o capital social deverá guardar coerência com o nível dos 
investimentos diretos dos seus empreendedores. 
 
 
2.1.2 Dos sócios 
 
 
Para o desenvolvimento do negócio é essencial que os gestores englobem 
em seus perfis características como respeito ao meio ambiente, capacidade 
estratégica e de articulação, conhecimentos de técnicas de gestão, e habilidade de 
negociação, dentre outras. 
 
22 
 
Os elementos acima enfocados completam um quadro desejável para toda 
organização uma vez que representam valores que o mercado está a exigir, e são 
necessidades básicas para qualquer empreendimento atual. 
23 
 
3 ANÁLISE DE MERCADO E COMPETIVIDADE 
 
 
3.1 Macro Ambiente do Empreendimento 
 
 
A grande maioria das empresas bem sucedidas reconhece e responde 
efetivamente às necessidades não atendidas e às tendências do seu macro 
ambiente. Tais organizações entendem que o ambiente mercadológico sofre 
mudanças contínuas, oferecendo oportunidades e apresentando ameaças. Mas isso 
não é o suficiente. É preciso reconhecer também a importância vital do 
monitoramento e da adaptação contínua às alterações ambientais. 
 
Conhecer os ambientes de consumidores, concorrentes e fornecedores, 
analisar sistematicamente as tendências macroeconômicas, são fatores importantes 
para revisar e adaptar as estratégias no atender aos novos desafios e chances que 
o mercado proporciona. 
 
Muitas oportunidades são encontradas pela identificação de tendências. 
Essas tendências deverão merecer rigoroso cuidado por parte da organização para 
se detectar uma nova oportunidade. 
 
O cenário mundial mostra perspectivas promissoras, com crescimento após a 
crise financeira mundial do primeiro semestre de 2009. O Brasil resistiu à crise e saiu 
na vanguarda da recuperação mundial. Como resultado há a expansão da 
expectativa de crescimento do PIB, aumento do consumo, redução do índice de 
desemprego. 
 
Esta conjuntura favorece o negócio da cunicultura, no sentido de oferecer 
novas oportunidades onde a economia cresce como um todo e consequentemente 
levando ao crescimento deste setor e dos setores periféricos. 
 
Porém, como ameaça a ignorância acerca do produto e as dúvidas sobre sua 
qualidade irão exigir atenção do trabalho de marketing, seja em feiras, exposições, 
24 
 
ou pelos meios convencionais com o intuito de esclarecer e criar uma imagem 
favorável do produto. 
 
Segundo reportagem publicada na Página Rural: 
 
Para que o consumidor aprenda a incluir essa carne nas refeições é preciso 
que programas educativos e de marketing sejam criados. Apontar o alto 
nível nutricional desse produto pode ser a saída. É uma carne branca, 
nobre, com baixo teor de gordura e de sódio e alto valor nutricional. 
Características essas que vão de encontro às necessidades do brasileiro, 
que procura qualidade de vida e alimentação saudável. (PÁGINA RURAL. 
Disponível em: <http://www.paginarural.com.br>. Acesso em: 05 de 
setembro de 2009). 
 
25 
 
4 PLANO DE MARKETING E COMERCIALIZAÇÃO 
 
 
O adequado planejamento do marketing proporcionará à organização uma 
ciência realista dos custos adaptando e otimizando seus recursos visando o melhor 
posicionamento possível para seus produtos no mercado. 
 
 
4.1 Atuação 
 
 
Deverá ser adotada uma abordagem da comunicação e marketing contínua e 
sistemática, considerando-se as oscilações da demanda. Serão evitadas ações 
isoladas que não estejam vinculadas a um planejamento inicial uma vez que estas 
exigem volume de investimentos elevados e que nem sempre proporcionam o 
retorno esperado. 
 
 
4.2 Relacionamentos com Clientes, Fornecedores, Concorrentes e Sociedade. 
 
A postura da organização pautará pela transparência, respeito, e por 
formação de redes de compromissos de longo prazo de forma a proporcionar 
benefícios a toda à cadeia envolvida. 
 
 
4.3 Diferenciais 
 
 
4.3.1 Atendimento 
 
 
Um nível de atendimento personalizadoe rápido. Para tanto, a organização 
investirá em treinamento de toda a sua equipe de profissionais com destaque 
àqueles envolvidos diretamente com o cliente. 
26 
 
4.4 Os quatro “Ps” de Marketing 
 
 
4.4.1 Preço 
 
 
Será adotada uma política de preços baseada na formação do preço dos 
produtos considerando-se os custos e objetivos de lucros. Porém nos preços 
deverão acompanhar os mesmos praticados no mercado. Tendo assim, como 
diferencial em relação aos concorrentes, o menor dispêndio de capital por parte do 
cliente para arcar com as despesas de transporte com a importação dos produtos de 
fornecedores geograficamente distantes. 
 
 
4.4.2 Produto e serviço 
 
 
Os bens serão produzidos seguindo um bom padrão de qualidade em 
consonância com as demais empresas do setor e as especificações exigidas pelo 
cliente. 
 
 
4.4.3 Ponto de venda 
 
 
A organização deverá adotar a modalidade de vendas por telemarketing, com 
representantes comerciais bem treinados, como forma de atingir, expandir e 
assessorar sua clientela. 
 
 
27 
 
4.4.4 Promoção 
 
 
Para definir a intensidade e natureza das atividades de marketing, a 
organização analisará a viabilidade de, num horizonte próximo, contratar uma 
empresa do ramo que contribuirá para o estabelecimento das diretrizes que atendam 
ao objetivo previamente traçado. 
 
 
4.5 Veículos Mercadológicos 
 
 
A organização pretende vender coelhos através do repasse direto ao 
consumidor final por meio de relacionamento interpessoal. Isto proporcionará melhor 
foco no produto e na qualidade do mesmo. 
 
Para atingir seus objetivos, utilizará como veículo mercadológico os 
instrumentos abaixo: 
 
Tabela 1 - Veículos Mercadológicos 
Veículo Freqüência Custo Anual(R$) 
Agências de Publicidade não 
Consultorias não 
Folders ocasionalmente R$ 800,00 
Exposições anual R$ 3.000,00 
Amostras/Brindes ocasionalmente R$ 1.500,00 
Jornais/Revistas não 
Rádio/TV não 
Outdoors/Displays não 
Outros não 
Custo Total R$ 5.300,00 
Fonte: Elaboração própria. 
 
 
28 
 
4.6 Assistência pós-venda 
 
 
A assistência pós-venda inclui serviços de pesquisa de satisfação, 
manutenção, treinamentos e atividades semelhantes. Para estruturação a 
organização criará seu próprio setor de serviços focado nas atividades de 
telemarketing. 
 
 
4.7 Comercialização 
 
 
Para sustentar suas atividades de vendas a organização estará dotada de 
uma estrutura de comercialização baseado em vendedores internos, externos com 
remuneração variável correspondente a um percentual sobre as vendas. 
 
 
4.7.1 Descrição do produto 
 
 
Descrevem-se abaixo os produtos a serem produzidos pela organização: 
 
a) Coelhos adultos para corte – Animais adultos de aproximadamente 70 
dias de vida e cerca de 3,0 kg de peso bruto, destinados ao abate em abatedouro. 
 
b) Coelhos adultos para teste veterinários - Animais adultos 60-75 dias de 
vida e cerca de 3,0 kg de peso bruto, destinados à testes de antígenos e produção 
de vacina contra febre aftosa bovina. 
 
c) Esterco – É usado como adubo e na alimentação de porcos. 
 
 
29 
 
4.7.2 Estudo dos clientes 
 
 
Esta é uma das etapas mais importantes do processo. Afinal, sem clientes 
não há negócios. Os clientes não compram apenas produtos, mas soluções para 
algo que precisam ou desejam. 
 
Uma empresa é viável quando tem um número suficiente de clientes com 
poder de compra necessário para gerar vendas que cubram todas as despesas, e 
mais o lucro. 
 
Características gerais dos clientes: 
 
a) Coelhos adultos para corte – Os clientes de animais para corte são 
abatedouros legalizados para a atividade, devidamente registrados e 
fiscalizados pelos órgãos competentes. 
 
b) Coelhos adultos para teste veterinários – Os clientes deste enfoque 
são Laboratórios Veterinários e Instituições de ensino que possuam biotérios. 
 
c) Esterco – Lojas produtos agropecuários e de jardinagem. 
 
 
4.7.3 Interesses e comportamento dos clientes 
 
 
 Há um ciclo permanente de compras realizadas por esses clientes que, em 
sua maioria, optam por manter um estoque reduzido para limitar seus custos. 
 
a) Coelhos adultos para corte – As organizações oferecem diversos cortes de 
carne congelada, que fornecem tanto para o mercado interno como para o 
externo por meio das exportações. 
 
30 
 
b) Coelhos adultos para teste veterinários – Os Laboratórios utilizam os 
coelhos para produzir vacinas e testá-las. As instituições de ensino com biotérios 
utilizam os animais para estudos de anatomia, fisiologia, farmacologia, toxicologia, 
medicina legal, diagnósticos clínicos e bacteriológicos, etc. 
 
c) Esterco – Pequenas empresas que vendem ferramentas, 
medicamentos veterinários, e diversos produtos agropecuários. 
 
 
4.7.4 Motivação de compra 
 
 
A maior proximidade física com a clientela enseja menor custo com logística, 
o que pode refletir nos preços finais do produto favorecendo, também a uma melhor 
presteza no atendimento. 
 
a) Coelhos adultos para corte – A otimização logística e melhor 
aproveitamento das rotas de distribuição reduzem o custo logístico. A 
disponibilidade do produto no trajeto de retorno da frota de distribuição 
reduz o custo de transporte e consequentemente do produto. 
 
b) Coelhos adultos para teste veterinários – A possibilidade de 
acompanhar de perto o desenvolvimento e a qualidade do produto proporciona 
maior confiança entre as partes deste nicho. Bem como a motivação de compra 
aumenta quando adquirir de fornecedores próximos seja mais confiável e barato que 
importar os produtos de outros estados. 
 
c) Esterco – Por ser de origem natural ou orgânica, mostra-se como ótima 
alternativa, a um custo menor com relação ao adubo químico, pela proximidade do 
fornecedor, pela alta qualidade. 
 
 
31 
 
4.7.5 Localização da clientela 
 
 
O mercado de coelhos é pouco explorado, possibilitando a expansão gradual 
deste e evolução do ciclo produtivo. A procura por coelhos e seus subprodutos 
aumentará na medida em que o conhecimento sobre o produto seja disseminado. 
 
A organização terá como foco os seguintes mercados: 
 
I. Abatedouro – Parte da produção será destinada a abatedouros 
especializados em carne de coelhos na Bahia. 
 
II. Laboratórios Veterinários – Outra parte da produção irá atender a 
demanda de biotérios e laboratórios que fazem uso de pequenos animais, no caso, 
coelhos. O foco será o mercado da cidade de Feira de Santana. 
 
III. Lojas de produtos agropecuários e jardinagem – Focado também na 
cidade de feira de Santana, as empresas desse setor atendem amplamente a 
região. 
 
Abaixo, na Tabela 02, seguem algumas empresas que servem de opção de 
venda aos produtos listados acima. 
 
Tabela 2 - Localização da Clientela 
Nome da Empresa 
Localização Telefone 
Cidade Estado DDD Número 
Palmares Abatedouro de Coelhos Bonito Ba 71 3206-1111 
Labovet Produtos Veterinários Feira de Santana Ba 75 3612-4700 
Sertaneja Produtos Agropecuários Feira de Santana Ba 75 3625-4405 
Proagro Produtos Agropecuários Feira de Santana Ba 75 3625-5267 
Faculdade Anísio Teixeira Feira de Santana Ba 75 3616-9451 
 
Fonte: Elaboração própria. 
 
32 
 
4.8 Estudo dos concorrentes 
 
 
O exame da atuação da concorrência pode oferecer importantes subsídios de 
análise e de delimitação da forma como a organização poderá se diferenciar dos 
concorrentes.Daí a necessidade de identificá-los e comparar seus produtos. 
 
Atualmente na Bahia não há empresas constituídas para a criação de 
coelhos. Existem pequenos criadores, com número reduzido de animais que os 
criam para consumo próprio e comercialização do excedente. São pequenas 
criações em pequenas propriedades rurais com modo de produção familiar e 
completamente rústico. Porém, alguns laboratórios produzem animais para consumo 
próprio. Suprindo total ou parcialmente suas necessidades. 
 
No Brasil, os concorrentes se concentram nas regiões Sudeste e Sul do país, 
representados por associações de produtores, empresas de médio porte nacional e 
de grande porte de origem estrangeira. Entretanto, nenhuma opera na região 
Nordeste, deixando amplo espaço para o desenvolvimento da organização na Bahia. 
 
 
4.9 Comparação entre a organização e concorrentes 
 
 
Com o intuito de analisar a capacidade da organização em relação ao 
mercado. Os fatores que conferem alguma vantagem assim como fraquezas dos 
concorrentes deverão ser aproveitados para estabelecer diferenciais competitivos 
 
A velocidade com que as organizações se adaptam às mudanças é fator 
preponderante para o sucesso e sobrevivência desta no mercado. Sendo assim, não 
são as grandes empresas que vencem o desafio da concorrência, são os mais 
ágeis, os mais flexíveis e, com a leveza de sua estrutura administrativa. Essa é a 
melhor das vantagens das pequenas empresas em relação às grandes. 
 
33 
 
No contexto da organização pretendida, a atuação estará restrita ao estado 
da Bahia, e, sendo a única empresa no Nordeste, não há que se falar em 
concorrência entre empresas, apenas de produtos. 
 
 
 
34 
 
5 ANÁLISE DE MERCADO E COMPETITIVIDADE 
 
 
5.1 Ambiente do empreendimento 
 
 
Para a que a organização obtenha o sucesso almejado é necessário que 
esteja preparada para reconhecer e responder efetivamente às necessidades não 
atendidas e ás tendências do seu macro-ambiente. 
 
É imperativo que se tenha a visão de que o espaço mercadológico está 
constantemente em mudanças, oferecendo oportunidades e apresentando ameaças. 
Daí a importância vital de um monitoramento para uma sistemática adaptação às 
alterações ambientais. 
 
Assim, conhecer os ambientes dos futuros clientes, concorrentes e 
fornecedores aliado a uma análise sistêmica do cenário macroeconômico são 
fatores de fundamental importância para revisar e adaptar as estratégias pelos 
novos desafios e oportunidades do mercado. 
 
O contexto atual mostra o seguinte quadro: 
 
a) Oportunidades: 
 
I. Perspectiva de crescimento do PIB; 
 
II. Tendência do consumidor em buscar uma alimentação mais saudável; 
 
III. Grande demanda reprimida no mercado de coelhos; 
 
IV. Falta de concorrentes diretos no estado; 
 
V. Localização privilegiada, pois a organização está próxima dos clientes 
e fornecedores. 
35 
 
 
b) Ameaças: 
 
I. Barreira cultural - provável resistência do mercado consumidor em 
adquirir um produto praticamente desconhecido como alimento; 
 
II. Possibilidade de abertura de novas empresas e inserção de novos 
concorrentes no mercado; 
 
 
Por outro lado, um diagnóstico estratégico no processo interno da futura 
organização apresentará os seguintes componentes de análise: 
 
a) Pontos Fortes: 
 
I. Equipe de dirigentes bem focada e com boa visão administrativa; 
 
II. Equipe bem preparada e largamente experiente na Cunicultura; 
 
III. Investimento inicial relativamente baixo devido as instalações já 
existirem e serem próprias; 
 
 
b) Pontos Fracos: 
 
I. Recursos financeiros limitados; 
 
 
5.2 Análise do mercado 
 
 
As organizações e seus fornecedores, concorrentes, clientes, etc., operam 
num macro-ambiente no qual as forças e tendências moldam oportunidades e 
36 
 
apresentam ameaças. Estas forças são, em verdade, fatores não controláveis que a 
nova organização deve responder. 
 
Uma visão de fora para dentro em seus negócios, ou seja, uma análise do 
próprio mercado em que a organização está inserida é um importante instrumento 
estratégico na busca de seus objetivos. 
 
 
5.2.1 Definição do mercado 
 
 
Ao visualizar o mercado corre-se o risco de vê-lo de uma maneira otimista 
superdimensionando-o, ou visualizá-lo de uma forma pessimista não enquadrando 
outros nichos de importância. 
Cuidados por traduzir uma visão realista identificando os segmentos de 
mercado específicos que a empresa deseja conquistar dentro dos critérios abaixo. 
Na identificação das variáveis de segmentação a nova empresa pretende 
atingir os seguintes nichos de mercado: 
 
a) Coelhos adultos para corte: 
 
Abatedouro de coelhos que comercialize cortes diversos de carne de coelho 
no estado da Bahia. 
 
b) Coelhos adultos para teste veterinários: 
 
Laboratórios veterinários e Instituições de ensino que possuam biotérios para 
estudos de anatomia, fisiologia, farmacologia, toxicologia, medicina legal, 
diagnósticos clínicos e bacteriológicos, etc. na cidade Feira de Santana, 
Bahia. 
 
37 
 
c) Esterco: 
 
Empresas de pequeno porte que comercializam produtos e serviços 
agropecuários e de jardinagem localizadas prioritariamente na cidade Feira 
de Santana, Bahia. 
 
 
5.2.2 Atratividade do segmento 
 
 
a) Coelhos adultos para corte 
 
O mercado de coelhos ainda é pouco conhecido pela população brasileira, o 
que inclui a Bahia que produziu em 2008, 9.398 animais ou o equivalente a 28.194 
kg de carne de coelho. O consumo estimado é de 120 gramas per capita ao ano, 
então essa produção alimentaria 234.950 pessoas anualmente. A população do 
estado da Bahia em 2009 era de 14.637.364 habitantes (IBGE. Disponível em: 
<http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=ba>. Acesso em: 12 de maio de 
2010). Percebe-se que há um déficit de abastecimento muito grande no estado. 
 
A atratividade é expressiva considerando que no estado, o projeto é pioneiro 
e o mercado abre um grande leque para o produto na região. 
 
b) Coelhos adultos para teste veterinários 
 
O mercado mostra grande interesse pelo produto em razão da Bahia ser um 
dos maiores produtores de bovinos do país. Essa produção animal deve ser 
acompanhada dos devidos contra doenças infecciosas, em foco a febre aftosa, 
torna-se inevitável a grande demanda pela vacina desta doença. 
 
Não obstante, cresce o número de instituições de ensino que incluem coelhos 
em dissecações e pesquisas. 
 
 
38 
 
c) Esterco 
 
A atratividade deste produto reside na origem orgânica e na qualidade e 
versatilidade do uso que pode ser feito em lavouras e jardins. 
 
 
5.2.3 Disposição do consumidor pela compra 
 
 
Três fatores são essenciais: 
 
 Qualidade – Qualidade está relacionada à percepção de cada 
indivíduo. O conceito é formado por fatores subjetivos. Segundo David Garden 
(1997), três fases conduziram ao conceito moderno de qualidade. No primeiro, a 
qualidade era vista sob a ótica de inspeção. Logo após foi a busca por meio de 
dados e técnicas estatísticas. Por último, na terceira etapa sua preocupação era com 
a garantia do produto até o mercado consumidor. 
 
Atualmente a preocupação em participar de determinado mercado e 
satisfazer tanto o consumidor quanto o mercado é o foco do gerenciamento 
estratégico da qualidade. O planejamento estratégico dará sustentação a essa 
metodologia, proporcionando a participação de todos como agentes influenciadores 
da qualidade. 
 
Para Philip Kotler & Gary Amstrong (2007),qualidade do produto significa 
atender aos critérios: durabilidade, confiabilidade, precisão, facilidade de operação, 
dentre outros, demostrando alto desempenho, sob o ponto de vista do consumidor. 
 
Conforme Falconi (1992, p. 02) qualidade é atender às necessidades do 
cliente. Satisfazendo-o em aspectos como preço, prazo, flexibilidade, qualidade, 
segurança, garantia etc. Tais considerações são importantes para regular as 
atitudes da organização. 
 
39 
 
 Preço – A competitividade nos fatores preço/prazo depende de um 
eficiente mecanismo de custo, com foco na produtividade, além de capital de giro 
que permita margem de manobra tanto na aquisição da matéria prima como no 
relacionamento com clientes. O acompanhamento sistemático e a adoção de um 
programa de redução de custos são ferramentas que a organização não pode 
prescindir mesmo porque sabe-se que é o mercado que regula os preços. 
 
 Prazo de entrega – Este é um instrumento de enorme importância no 
nível de satisfação da clientela. Apesar disso, é muitas vezes, relegado. O 
cumprimento do prazo de entrega depende de fatores ligados à capacidade 
produtiva, mas também, às bases de distribuição como canais e logística. Isto 
implica que a nova organização adotará um processo de planejamento, 
implementação e controle do fluxo e armazenamento eficiente e eficaz de matérias 
primas, estoque de produtos em processamento, produtos acabados desde o ponto 
de origem até ao consumidor final como forma de satisfazê-lo. 
 
 
5.2.4 Potencial do mercado 
 
 
Trata-se de um elemento fundamental na análise do mercado. A quantificação 
da capacidade de consumo, ou seja, da análise das possibilidades de vendas é a 
base de orientação no dimensionamento do investimento e na avaliação da 
viabilidade do empreendimento 
 
Considerando-se que o mercado é constituído de pessoas físicas e jurídicas 
com capacidade e disposição para comprar, as variáveis população e renda são 
fundamentais para se analisar o potencial de um determinado mercado. 
 
Não foram encontrados números referentes ao consumo de coelhos em 
relação à outros animais no Brasil. Mas, em 2008 a produção de coelhos no Brasil 
foi de 262.514 animais, desse total a Bahia representou 3,6% com 9.392 animais, 
sendo o sétimo maior produtor nacional. 
 
40 
 
5.2.5 Análise setorial do mercado 
 
 
a) Coelho 
 
O consumo deste item no Brasil ainda é relativamente baixo, isto implica 
entender a existência de dificuldades culturais na comercialização da carne de 
coelho. Trata-se de um mercado em condições de evoluir bastante se voltado para o 
abastecimento de abatedouros voltados tanto para a distribuição de carne no 
mercado interno quanto no externo por meio de exportações. 
 
b) Cobaia 
 
Dois setores se interessam por cobaias: 
 
 Laboratórios Veterinários 
 
Estes utilizam os animais para a produção de antígenos virais que são 
usados em larga escala em diversos ramos da pecuária. Trata-se de um mercado de 
enorme abrangência, pois proporciona aos laboratórios melhor qualidade e 
confiabilidade ao produto, e menor custo em relação ao uso de animais de maior 
porte. 
 
 Instituições de Ensino e Pesquisa 
 
Diversas instituições de ensino necessitam de cobaias de pequeno porte para 
ministrar aulas práticas de dissecação e realizar pesquisas experimentais. 
 
c) Adubo 
 
O setor interessado é o de pequenas empresas de produtos agropecuários e 
jardinagem que revendem para pequenos produtores rurais, pessoas físicas e 
paisagistas. Possui grande atratividade por ser um produto orgânico de alta 
qualidade e baixo custo. 
41 
 
5.2.6 Atratividade do mercado (síntese) 
 
 
A avaliação da atratividade do mercado ajuda a justificar o investimento. 
Como, diante do exposto acima, percebe-se que o nível de atratividade do mercado 
é alto e existe pouca competitividade na região onde a organização pretende atuar. 
 
Entende-se que para um alto nível de competitividade entre concorrentes, o 
nível de atratividade logicamente será baixo, pois dificultará a conquista e 
manutenção dos clientes. 
 
Por outro lado, se for detectado um alto potencial de mercado para os 
produtos da organização, o nível de atratividade também será alto, pois significa que 
existem possibilidades de aproveitamento da demanda em potencial, com realização 
de vendas. 
 
 
5.2.7 Estratégia competitiva 
 
Ao definir uma estratégia competitiva se está orientando a condução do 
negócio à busca e consecução de objetivos. 
 
Consiste na análise e escolha de três estratégias genéricas: 
 
a) Liderança em Custo: Ao fazer tal opção será necessário construir uma 
estrutura de custo mais vantajosa que a de seus concorrentes. Liderar com base em 
custos baixos significa obter economias de escalas, ter acesso facilitado a fontes de 
suprimentos, tecnologia apropriada e, sobretudo, alta produtividade para baixar os 
custos e manter preços de venda competitivos; 
 
b) Diferenciação: Nesta alternativa busca-se uma estratégia de 
diferenciação, ou seja, torna-se o único em algum fator que o mercado consumidor 
considera importante. Ser o único em seu mercado significa ser singular, ser 
diferenciado na qualidade do produto, no atendimento ao cliente, no marketing ou 
42 
 
em muitos outros fatores que o tornem diferente dos seus concorrentes. Esta 
estratégia diferencia-se da estratégia de liderança em custo, pois neste último dá-se 
ênfase a uma série de outros atributos além do custo e do preço de venda. 
 
c) Enfoque: Ao escolher uma estratégia de enfoque, o empresário estará 
optando por focalizar o seu negócio num determinado ambiente de mercado. Ou 
seja, concentra seus esforços em atender um específico segmento-alvo, deixando 
de atender aos demais. Esta estratégia tanto pode procurar uma vantagem no custo 
quanto na diferenciação. 
 
A estratégia a ser adotada para a comercialização dos animais será a 
liderança em custo, pois o produto apesar de acompanhar os preços do mercado, 
torna-se mais vantajoso que a aquisição por meio da importação de outros estados, 
o que exigirá dispêndios de capital com logística. 
 
A estratégia a ser adotada para a comercialização esterco será a 
diferenciação, pois o produto é único em sua composição, qualidade e versatilidade. 
 
 
5.2.8 Influências Cíclicas 
 
 
Ocasionalmente, o setor é afetado por mudanças decorrentes de redução de 
tendências consumistas verificadas fim do quarto trimestre devido aos recessos de 
fim de ano aumento da tendência consumista na metade do primeiro trimestre de 
cada ano ou em decorrência de ações governamentais que influenciam no 
desempenho da economia. 
 
Tais ciclos econômicos, externos à organização, causam impacto nos 
negócios. Um planejamento adequado no ciclo de caixa de médio prazo se faz 
imperioso para prevenir eventual escassez de recursos. 
 
 
43 
 
5.2.9 Ciclo de vida 
 
 
O segmento de mercado em que se pretende atuar possui ciclos de vida cuja 
análise é importante tanto para a formulação de suas estratégias quanto para a 
avaliação de barreiras que podem dificultar seu acesso. 
Para melhor percepção, descreveremos, abaixo, as características de cada 
fase do ciclo de vida conforme Oliveira (2003): 
 
I. Introdução: É a fase que proporciona excelentes oportunidades de 
negócios. Entretanto, o mercado ainda é limitado pelo desconhecimento dos clientes 
em relação aos produtos oferecidos e os lucros são reduzidos devido às despesas 
de lançamento no mercado. 
 
II. Crescimento: Na medida em que os clientes sentem a necessidade 
peloproduto e serviço, a demanda se expande e a concorrência torna-se acirrada. 
 
III. Maturidade: Nesta fase a taxa de crescimento é mais baixa, os clientes 
são mais fiéis aos produtos e serviços existentes, dificultando a entrada de novos 
concorrentes. Os lucros são mais estáveis. 
 
IV. Declínio: A luta pela sobrevivência é a principal característica desta 
fase, onde as vendas diminuem bastante e o lucro desaparece. 
 
A seguir, Tabelas 03, 04 e 05 demonstram a fase de cada produto: 
 
Tabela 3 - Coelhos para Corte 
Segmento Características Introdução Crescimento Maturidade Declínio 
C
oe
lh
os
 
pa
ra
 c
or
te
 Taxa de Crescimento X 
Concorrência X 
Padrão Mercado X 
Continua 
44 
 
 
Tabela 3 - Coelhos para Corte 
Segmento Características Introdução Crescimento Maturidade Declínio 
C
oe
lh
os
 
pa
ra
 c
or
te
 
Particip. Mercado X 
Alcance do Produto X 
Fidelidade do Cliente X 
Metas de Marketing X 
Conclusão 
Fonte: Elaboração própria. 
 
Tabela 4 - Coelhos para Laboratórios 
Segmento Características Introdução Crescimento Maturidade Declínio 
C
oe
lh
os
 p
ar
a 
La
bo
ra
tó
rio
s 
Taxa de Crescimento X 
Concorrência x 
Padrão Mercado x 
Particip. Mercado x 
Alcance do Produto x 
Fidelidade do Cliente x 
Metas de Marketing x 
Fonte: Elaboração própria. 
 
Tabela 4 - Esterco de Coelho 
Segmento Características Introdução Crescimento Maturidade Declínio 
Es
te
rc
o 
de
 C
oe
lh
o Taxa de Crescimento x 
Concorrência x 
Continua. 
 
 
45 
 
Tabela 5 - Esterco de Coelho 
Segmento Características Introdução Crescimento Maturidade Declínio 
Es
te
rc
o 
de
 C
oe
lh
o 
Padrão Mercado x 
Particip. Mercado x 
Alcance do Produto x 
Fidelidade do Cliente x 
Metas de Marketing x 
Conclusão 
Fonte: Elaboração própria. 
 
 
5.3.10 O consumidor final 
 
 
É importante, no estudo das variáveis, conhecerem aquelas que afetam o 
mercado consumidor tais como tendências, percepções e preferências. São dados 
que formam a base para o desenvolvimento de novos produtos, alteração de preços, 
canais de distribuição, imagem do produto e forma de divulgação, entre outros 
elementos mercadológicos. 
 
Quem constitui o mercado: 
 
a) Coelho para corte – Mercado constituído por abatedouros que revende 
em cortes diversos à restaurantes e supermercados, e ainda podem exportar para 
outros países. 
 
b) Coelho para Laboratórios – Mercado constituído por Laboratórios 
veterinário e instituições de ensino e pesquisa. 
 
c) Esterco – Mercado formado por revendedores de produtos 
agropecuários e de jardinagem. 
46 
 
 
O que o mercado compra: 
 
a) Coelhos vivos – O mercado compra coelhos vivos, adultos, de acordo 
com a destinação: abate testes laboratoriais ou pesquisa. 
 
b) Adubo – É comprado o adubo de coelho para manejo de terras para 
plantação, lavouras e jardins. 
 
Onde o mercado compra: 
 
a) Coelhos para corte – Na Bahia é comprado por todo o estado, de 
pequenos produtores 
 
b) Coelhos para Laboratórios – Compram de pequenos produtores ou 
produzem o necessário para consumo próprio. 
 
c) Adubo – Não há conhecimento da comercialização na Bahia. 
 
 
5.4 Fornecedores 
 
 
Trata-se de um elemento de fundamental importância da análise de mercado. 
O estudo das fontes de fornecimento de matérias-primas, insumos, etc., pode 
facilitar a formulação da estratégia de compras da Organização. 
 
Daí torna-se importante analisar criteriosamente, não apenas suas 
respectivas capacidades técnicas como, também suas competências em suprir o 
material desejado, na qualidade exigida, dentro do prazo estipulado e com preço 
combinado. 
 
Diante de um assunto de extrema abrangência, vale tecer alguns comentários 
esclarecedores. 
47 
 
 
A proximidade dos fornecedores favorece a economia logística, melhora o 
relacionamento com os fornecedores, bem como propicia a redução de estoques, 
pois o fornecimento pode ser realizado apenas no momento certo. 
 
A aquisição dos primeiros animais, matrizes e reprodutores, serão realizados 
de fornecedores relativamente distantes, porém que possuem um nível alto de 
confiabilidade. 
 
Todo o restante será obtido de fornecedores próximos, por meio de uma 
cadeia de relacionamento direto, sendo escolhido àqueles que tiverem o melhor 
custo/benefício, melhor preço, prazo de entrega, prazo de pagamento, 
confiabilidade, qualidade, flexibilidade. 
 
Visando oferecer subsídios de suporte gerencial na compra da matéria prima, 
descreve-se, abaixo, relação de fornecedores: 
 
Fazenda Angolana 
Endereço: Estrada da Angolana, 257 
Cidade: São Roque – SP 
CEP: 18130-970 
Caixa Postal: 235 
Telefone(s): (11) 4711-1640 / 9878-2660 
E-mail: fazendaangolana@uol.com.br 
Produtos: Fêmeas Matrizes, Machos Reprodutores, Comedouros de chapa, 
Bebedouros automáticos, Cumbucas, Ninho para coelho. 
 
Coelho Bela Vista 
Endereço: Rua das Laranjas, 73 - Bairro Marajoara. 
Cidade: Campo Limpo Paulista – SP 
CEP 13.233-000 
Telefone(s): (11) 4039-2459 
E-mail: coelhobv@terra.com.br 
48 
 
Produtos: Válvula automática de metal válvula automática de metal, gaiola de 
arame galvanizada para reprodução e engorda, gaiola tradicional com cocho 
metálico, lança chamas, cumbuca de barro, ninhos, apostila: curso de cunicultura. 
 
M & S Comércio e Serviços Agropecuários Ltda. 
Endereço: Avenida Presidente Dutra, 2593. 
Bairro: Brasília 
Cidade: Feira de Santana - Ba 
CEP: 44088-451 
Telefone: 3223-6406 
E-mail: contasinfo@contasnet.com.br 
Produtos: Rações. 
 
Primor Agropecuário do Nordeste Ltda 
Endereço: Rodovia Br 324, KM 103 
Bairro: Centro Industrial Subaé 
Cidade: Feira de Santana – BA 
CEP: 44052-510 
Telefone: (75) 2102-7322 / 08002847322 
E-mail: sacfsa@racoesprimor.com.br 
Produtos: Rações. 
 
Proagro Produtos Agropecuários 
Endereço: Avenida Getúlio Vargas, 1348 
Bairro: Ponto Central 
Feira de Santana - Ba 
CEP: 44075-425 
Telefone: (75) 3625-5267 
E-mail: proagrovet@bol.com.br 
Produtos: Medicamentos veterinários, gaiolas, rações. 
 
Sertaneja Comercial de Produtos Agropecuarios 
Endereço: Avenida Getúlio Vargas 2536 
Bairro: Parque Getúlio Vargas 
49 
 
Feira de Santana - Ba 
CEP: 44076-684 
Telefone: (75) 3625-4098 
E-mail: proagrovet@bol.com.br 
Produtos: Medicamentos veterinários, gaiolas, rações. 
 
Deve-se levar em consideração que todos os fornecedores entregam os 
produtos na sede do cliente, não importando assim, custo algum de transporte à 
Organização. 
 
50 
 
6 PROJETO TÉCNICO (INVESTIMENTO) 
 
 
6.1 Localização e dimensionamento básico 
 
 
O local e espaço físico devem oferecer uma infra-estrutura necessária ao 
negócio e ainda propiciar o seu crescimento, ter acesso facilitado aos clientes e 
fornecedores e permitir o escoamento de sua produção. 
 
O projeto deverá ser implantado em Feira de Santana, Bahia, em imóvel com 
3,05 hectares de terra (30.492 m2), de propriedade dos sócios, localizado na zona 
rural da cidade, no distrito de Jaíba. É recomendável a disposição de uma área 
construída de 1.200 m2 em perfeita consonância com a ambição que o plano requer. 
 
É mister salientar que, no local, os sócios já desempenham a atividade 
proposta neste projeto há pelo menos três anos, porém utilizando apenas umterço 
da capacidade produtiva instalada e de forma artesanal e com pouco uso de 
tecnologias gerenciais e de produção. Com isso, dimensiona-se a capacidade 
produtiva em termos de materiais, atendimento, número de funcionários, numa visão 
de curto, médio e longo prazo. 
 
O local possui toda a infraestrutura de acesso, estacionamento, comunicação 
e de funcionamento, telefone, água, energia elétrica, etc. 
 
 
51 
 
6.2 Recursos Humanos 
 
 
Um dos pilares para o sucesso do empreendimento é o treinamento de todo o 
pessoal. Para tanto, os gestores deverão buscar orientações precisas que possam 
respaldar os trabalhos, mantendo contato com instituições e empresas que possam 
fornecer apoio técnico. 
 
O quadro de mão de obra será composto por um assistente administrativo-
financeiro, três ajudantes e um gerente, percebendo o valor R$ 1020,00 o gerente e 
R$ 510,00 os demais cargos. 
 
Para a mão-de-obra direta os encargos trabalhistas e sociais, ou seja, com 
registro em carteira profissional, direito a férias, 1/3 sobre férias, 13º salário, 
encargos sociais que incluem INSS (20% parte empregador), FGTS (8%), SENAR 
(Serviço Nacional de Aprendizagem Rural 2,5%), Salário Educação (2,5%), INCRA 
(0,2%), SAT (Seguro de Acidente de Trabalho 3%) e Provisão de Multa do FGTS por 
rescisão contratual (4%). Somando um acréscimo ao empregador, o valor de 
59,64% a mais que o valor bruto pago em salários. 
 
Tabela 5 - Custo da Mão-de-obra Direta 
Custo da Mão-de-Obra Direta 
Salários 100% R$ 2.550,00 
13º salário 8,33% R$ 212,42 
Férias 
11,11% R$ 283,31 
INSS 20,00% R$ 510,00 
SAT 3,00% R$ 76,50 
Sal.Educação 
2,50% R$ 63,75 
INCRA 0,20% R$ 5,10 
SENAR 2,50% R$ 63,75 
Continua. 
52 
 
Tabela 6 - Custo da Mão-de-obra Direta 
Custo da Mão-de-Obra Direta 
FGTS 8,00% R$ 204,00 
FGTS/Provisão de Multa - Rescisão 
4% R$ 102,00 
SOMA BÁSICO 159,64% R$ 4.070,82 
Conclusão 
Fonte: Elaboração própria. 
 
Para a mão-de-obra indireta não incidirão os encargos: SAT, SENAR, Salário 
Educação e INCRA. Somando um acréscimo ao empregador, o valor de 51,44% a 
mais que o valor bruto pago em salário. 
 
Tabela 6 - Custo da Mão-de-obra Indireta 
Custo da Mão-de-obra Indireta 
Salários 100,00% R$ 510,00 
13º salário 8,33% R$ 212,42 
Férias 11,11% R$ 283,31 
INSS 20,00% R$ 510,00 
SAT R$ - 
Sal.Educação R$ - 
INCRA R$ - 
SENAR R$ - 
FGTS 8,00% R$ 204,00 
FGTS/Provisão de Multa - Rescisão 4,00% R$ 102,00 
Pró-labore* 100,00% R$ 4.000,00 
SOMA BÁSICO 151,44% R$ 5.821,72 
*Não incidem os encargo sociais sobre pró-labore 
Fonte: Elaboração própria 
 
 
53 
 
Para melhor visualização dos dados segue o resumo do custo de mão-de-
obra: 
 
Tabela 7 - Planilha de Mão-de-obra (Resumo) 
PLANILHA DE MÃO-DE-OBRA (RESUMO) 
Mão-de-obra Indireta 
Função Qtde Valor Atual Valor Projetado 
Assistente Adm-financeiro 1 R$ 510,00 R$ 510,00 
Encargos 51,44% R$ 262,34 
Subtotal A R$ 772,34 
Pró-labore 2 R$ 2.000,00 R$ 4.000,00 
Subtotal B R$ 4.000,00 
Total A + B 3 R$ 4.772,34 
Mão-de-obra Direta 
Função Qtde Valor Atual Valor Projetado 
Ajudante 3 R$ 510,00 R$ 1.530,00 
Gerente 1 R$ 1.020,00 R$ 1.020,00 
Encargos 59,64% R$ 1.520,82 
Subtotal C 4 R$ 2.550,00 
Total C R$ 2.550,00 
TOTAL MÃO-DE-OBRA R$ 7.322,34 
Fonte: Elaboração própria. 
 
54 
 
6.3 Produção 
 
6.3.1 Sistema de produção 
 
 
Tal análise permite definir o planejamento de produção estabelecendo cada 
etapa do processo produtivo vinculado às quantidades de materiais, a utilização dos 
recursos operacionais e os tempos necessários em cada etapa. 
 
Será utilizado o sistema de criação intensiva, pois neste é possível à eficácia 
de controle genético e sanitário do rebanho. E por ser a mais propícia à obtenção de 
lucros. 
 
No sistema intensivo de criação os animais ficam confinados em gaiolas 
individuais ou coletivas, onde recebem ração peletizada e volumoso verde (folhas) 
apropriado para o crescimento e engorda de coelhos. 
 
Na medida em que os animais atingem a idade e o peso esperados, estão 
prontos para a comercialização. Ao serem retirados, darão lugar aos próximos 
animais na linha de crescimento. 
 
 
6.3.2 Descrição do processo 
 
 
O funcionamento operacional da criação de coelhos depende de fatores que 
influenciam diretamente na qualidade do produto, nos custos e consequentemente 
nos resultados. “Para que haja Cunicultura, é necessário que a criação seja bem 
orientada dentro de normas técnicas, com seleção de reprodutores, instalações e 
alimentação adequadas e um bom manejo. ” (VIEIRA,1980, p. 27). Então, para o 
bom desempenho das atividades, a produção e produtividade devem ser 
acompanhadas por controle contínuo no tocante ao manejo, reprodução, 
alimentação, vacinação, limpeza e desinfecção das instalações. 
 
55 
 
Orientando-se pelos ensinamentos de Vieira, o método que se adequa aos 
objetivos do presente trabalho é o sistema de criação intensivo ou celular, onde os 
animais são criados em gaiolas individuais ou coletivas sob o abrigo de galpões, 
pois “somente ele permite uma criação racional e lucrativa”. (VIEIRA,1980, p. 137). 
 
Sendo assim, a produção em sua totalidade será destinada à venda, 
caracterizando a criação do tipo comercial. (VIEIRA,1980, p. 140). 
 
No que se refere à reprodução dos coelhos, citando Tvardovskas e Saturnino, 
Rodrigues (2007, p. 21) afirma que: 
 
Os coelhos reproduzem durante todo o ano, a cobertura pode ser natural ou 
forçada. Na cobertura natural a fêmea é levada à gaiola do macho, nas 
horas mais frescas do dia, este procedimento é rápido, em poucos 
segundos, devendo ser feita na presença do criador. Este deve comprovar a 
cobertura através da umidade da vulva da fêmea e caso positivo, fazer as 
anotações necessárias. E, quando ocorre a cobertura o macho dá um pulo 
para frente e cai para um dos lados, dando algumas vezes gritos ou 
gemidos, posteriormente, a fêmea deverá ser retirada da gaiola do macho e 
levada para a gaiola de origem. Quando é feito a cobertura forçada, o 
criador auxilia, elevando o quarto posterior da fêmea com uma mão e 
segurando as orelhas e o dorso com a outra, colocando a fêmea em 
posição na qual o macho possa cobri-la. Caso a fêmea urine logo após o 
acasalamento, deverá recobrí-la em seguida. (TVARDOVSKAS e 
SATURNINO, 2007, p. 40 apud RODRIGUES, 2007, p. 21). 
 
A organização adotará a reprodução natural, pois essa reduz o grau de 
estresse do animal durante o manejo, visto que o animal é manuseado o mínimo 
possível. 
 
Segundo Vieira (1980, p. 183-184) “a gestação das coelhas é de 30 a 31 
dias[...]. Pode no entanto varias com a precocidade, raça, idade dos reprodutores, e 
número de fetos, pois quanto mais láparos2, menor sua duração, ocorrendo o 
inverso, quando o número de fetos é menor.” 
 
Aproximadamente três dias antes do parto são colocados na gaiola da fêmea 
os ninhos, eles consistem em caixas feitas de madeira destinadas ao parto das 
fêmeas, onde é colocada uma pequena quantidade de palha ou capim para que a 
 
2 Filhotes de coelho 
56 
 
coelha complete a construção do seu ninho arrancando os pêlos do peito e da 
barriga.(VIEIRA, 1980, p.299) 
 
Segundo informações da FUNDATER: 
 
Os filhotes, denominados de láparos, quando do nascimento pesam

Outros materiais