Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

REVISÃO BOTÂNICA III 
 
Aspectos gerais sobre plantas 
 
 
 
 Tipo de divisão celular: presença de fragmoplasto em algumas linhagens. O fragmoplasto é semelhante 
ao fuso mitótico e ajuda na citocinese. 
 Cutícula: presente em plantas verdadeiras. Camada que sobrepõe a epiderme, o que minimiza a perda de 
água para o ambiente. 
 Arquegônios e anterídios. Presente em embriófitas. Possibilitou uma reprodução com maior sucesso e 
formação de embriões. 
 Estômatos: Poro que permite a regulação de CO2 e vapor de água. 
 Presença de traqueídes. Presentes em traqueófitas. São células que conduzem água no tecido xilemático. 
 
 
 
 
 
 
 A flor presente nas angiospermas faz parte do esporófito. 
 Após a fecundação, há a expansão do ovário, o que produz o fruto, e o óvulo se transforma na semente. 
 
Regiões meristemáticas 
 Proporciona o crescimento da planta, principalmente através de gemas. 
 Crescimento primário: Aumento das extremidades em comprimento (raízes e caule) 
 Crescimento secundário: Espessamento tanto do caule quanto das raízes. 
 
Dupla fecundação 
 Uma célula diploide do gametófito feminino se divide em 4 megásporos haploides. Três deles se 
degeneram, sobrando 1 megásporo. 
 Esse megásporo se expande e seu núcleo se divide, originando oito núcleos. Depois de se estabilizarem, 
as paredes começam a se formar em volta da maioria dos núcleos. Três dois oito núcleos estão 
posicionados no lado oposto ao da micrópila; são chamados de antipodais. Os outros três núcleos se 
formam próximo à micrópila. Um deles é o ovócito. 
 Na fecundação, o gameta masculino entra no saco embrionário e se une ao ovócito, formando o 
embrião; outro gameta masculino se funde aos dois núcleos centrais formando uma célula triploide, que 
se desenvolve no endosperma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
As células vegetais e seus constituintes 
 
 
 
Vacúolo 
 Pode ocupar cerca de 90% do espaço celular. 
 A célula pode ter vários vacúolos ou só um grande 
 Compartimentalização (isola substâncias do citoplasma, tanto 
que o pH de ambos pode ser diferente), armazenamento de 
substâncias tóxicas (podendo ser encontradas em forma de 
cristais, que possuem várias formas. Por exemplo, ráfides – 
forma de agulha. Glicosídio cianogênico – substância 
nitrogenada formada no metabolismo secundário), 
armazenamento de cálcio, produção e armazenamento de 
antocianinas (pigmentos também produzidos por 
metabolismo secundário). 
 A pressão de turgor é realizada pela água contida no 
vacúolo. Esse fator mantém as plantas eretas, o que promove a sustentação. 
 
Plastídios 
 Cloroplastos – Possuem duas membranas. A membrana 
interna gera projeções, parecidas com discos, chamadas de 
tilacóides. Os tilacoides se empilham, recebendo o nome de 
granum. Presença de clorofilas (a e b) e carotenoides, 
ambos localizados na membrana do tilacoide. Esses 
pigmentos estão organizados numa estrutura chamada de 
Fotossistema. 
 
 
 
 Estioplastos: Plantas em ambiente com muito pouca luz são chamadas de plantas estioladas. Elas ficam 
esbranquiçadas no caule, esticadas e com folhas amareladas. Desenvolvem o estioplasto como plastídio. 
No centro do estioplasto existe uma estrutura chamada de corpos prolamelares. 
Caso a planta seja iluminada, os estioblastos se transformam em cloroplastos, bem como pode acontecer o 
contrário se a planta for colocada em lugar mais sombreado ou escuro. 
OBS.: Esse evento de transformação acontece com qualquer plastídio. 
Fotossistema 
Possui um centro de reação, ocupado principalmente pela clorofila a, e um complexo antena, que fica em volta do 
centro de reação. O complexo antena é composto por clorofila b e carotenoides e sua função é absorver a energia 
luminosa e a transferir para o centro de reação. 
 
Obs.: Quanto o maior o comprimento de onda, menor é sua energia. 
Clorofila A: Absorve entre 400-500nm (roxo e azul) e entre 600-700nm (amarelo e laranja). 
Clorofila B: Absorve menos, mas os comprimentos de onda são os mesmos da cA 
Carotenoides: Absorve entre 400-500nm (um pouco mais de 500nm; roxo, azul e verde). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Amiloplastos: Plastídios que armazenam amido. 
 Cromoplastos: Além dos cloroplastos, existem outros 
com diferentes pigmentos, como autocianinas. 
 
 
Parede celular e crescimento vegetal 
Parede celular 
 Existe diferença na forma, espessura e composição da parede vegetal. 
 A parede celular confere resistência graças à sua composição química: celulose, pectinas e 
hemicelulose. Outras substancias podem ser lignina e proteínas estruturais. 
 A celulose está organizada em microfibrilas. As microfibrilas são formadas por unidades de 
celobiose. 
 As hemiceluloses unem uma microfibrila à outra. 
 As pectinas são muito hidratáveis e ocupam espaço entre as microfibrilas e as hemiceluloses. 
Confere elasticidade à parede. 
 
 
 
 
Produção dos componentes da parede 
 Na membrana plasmática há um complexo de proteínas enzimáticas, chamado de celulose sintase, cuja 
função é produz polímeros de celulose através do encadeamento das moléculas de glicose. 
 Os outros componentes são produzidos no RER, empacotados no Complexo de Golgi e mandados para 
o meio extracelular. 
 
Parede celular primária e secundária 
 Nem todas as células têm parede celular secundária. 
 A parede secundária geralmente é formada após a expansão celular. 
 No caso de existência, a parede primária é mais externa, enquanto a secundária é mais interna. 
 Na parede secundária, as pectinas são substituídas por lignina, conferindo maior rigidez. Lignina é uma 
substância fenólica resultante do metabolismo secundário. 
 Através das pontuações, as células com parede secundária trocam nutrientes e água. As paredes são 
interrompidas em determinados pontos para criar essas pontuações. Os diferentes tipos de pontuação são 
importantes no transporte de substâncias. 
 
Expansão celular 
 Ocorre pela despolimerização das hemiceluloses. As microfibrilas ficam mais espalhadas. Assim a 
pressão de turgor exercida no interior da célula resulta na expansão celular. 
 A oxina AIA, ao entrar em contato com o receptor ABP1, ocorre a ligação. Essa ligação pode promover 
a ativação da bomba de prótons na membrana plasmática ou promove a formação de outras bombas de 
prótons. No fim, resulta em maior bombeamento de H+ para a parede celular, rompendo as ligações de 
hemicelulose, O rompimento entre os dois polímeros ocorre pela enzima expansiva, a qual atua em 
meio ácido. 
 A disponibilidade de água é fundamental para a expansão, determinando o crescimento da célula. 
 
Forma da célula 
 Depende de como as microfibrilas de celulose estão organizadas. 
Na divisão celular 
 Após a formação do fuso mitótico, há a formação do fragmoplasto, que orienta a formação da placa 
celular, onde a célula será dividida em duas. Na formação da placa, vesículas provenientes do 
Complexo de Golgi liberam os primeiros componentes da parede celular primária. Há a formação da 
lamela média e da membrana plasmática. 
 
 
Diferenciação celular e meristemas no desenvolvimento vegetal 
Padronização (padrão radial) na disposição dos tecidos em todos os órgãos: 
Epiderme Parênquima Vasculares 
(Revestimento) (Preenchimento) 
 (Fundamental) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Padrão de polaridade: existe um lado apical e outro basal. 
Crescimento primário: meristema primário 
Crescimento secundário: meristema secundário 
Nos meristemas, as células são indiferenciadas e com núcleos bem evidentes. 
 
As células estão dispostas em camadas, o que define em quais células elas vão se diferenciar. 
Os meristemas são divididos, do exterior para o interior, em protoderme (L1 - epiderme), procâmbio (L2 - 
vascular) e meristema fundamental (L3 - fundamental). 
 
 
 
Totipotência – Capacidade de a célulase transformar em qualquer tipo celular. Algumas células já 
diferenciadas podem retornar à condição de célula meristemática e se diferenciar em outro tipo, através de 
fitohormônios. 
Explante – Parte da planta retirada. Tecido meristemático. 
Calogênese – A partir de um explante se produz uma massa de células meristemáticas denominada de calo. 
 
 
Organogênese indireta – O calo se desenvolve em órgãos como folha e caule. 
 
Organogênese direta – Um explante dá origem a órgãos sem formação de calo. 
 
 
 
Hormônios envolvidos – AIA (auxina – ácido indolacético - raízes) e a citocinina (caule e folhas). 
 
 
 
Embriogênese vegetal 
 O processo de fecundação ocorre dentro do óvulo e o embrião se desenvolve nessa estrutura. Assim, o 
óvulo se torna a semente. É a fase esporofítica. 
 
 
 
 Na formação do zigoto já há polarização. Um grande vacúolo fica localizado na base do zigoto, 
enquanto no ápice o citoplasma é mais denso, com o núcleo nessa região. Essa polarização indica a 
direção da primeira divisão. 
 
 As primeiras células-filhas formadas são a célula basal e a célula apical. 
 A célula apical forma o embrião propriamente dito. 
 A célula basal forma o suspensor. O suspensor tem a função de conectar o embrião à planta-mãe. 
 Entre a célula apical e a célula basal é produzida outra célula (hipocótilo) que se torna a 
columela da raiz. 
 Estágio globular - a célula apical começa formar um aglomerado de oito células em forma de bola, 
inicialmente. Começa a se formar o padrão radial de células, em que há a determinação das funções 
celulares. 
 Estágio cordiforme – formação dos cotilédones, que são as primeiras folhas formadas na planta. 
 Região apical: aparecem os cotilédones e o meristema apical. 
 Região central: Hipocótilo, raiz e a maioria do meristema da raiz. 
 Região basal: Hipófise, onde se desenvolve o meristema da raiz. 
 Estágio de torpedo – degeneração do suspensor e alongamento do embrião. 
 Estágio final – o embrião se dobra dentro da semente. Há perda de água e entra em estágio de 
dormência. 
Obs1.: Padrão radial: Tecido de revestimento > Tecido fundamental > Sistema vascular 
Obs2.: Monocotiledôneas possuem um cotilédone. 
 
 
 
Dormência e germinação de sementes 
 Testa da semente – casca 
 Cotilédone – primeira folha e pode assumir função de reserva. 
 Endosperma – tecido de reserva durante o processo de fecundação. Ex.: trigo. Nem todas as sementes 
possuem esse tecido. 
 
Desenvolvimento da semente 
 Desenvolvimento – conjunto de alterações na semente durante sua retenção na planta-mãe. 
 Variações quantitativas – crescimento 
 Variações qualitativas – diferenciação 
Etapas do desenvolvimento 
1) Histodiferenciação – formação dos tecidos que irão compor o embrião e o endosperma 
2) Maturação – expansão celular, alocação de substâncias no endosperma, maturação do embrião 
3) Dessecação – desidratação e ruptura das conexões tróficas com a planta-mãe, resultando na redução do 
metabolismo do embrião. A semente atinge o estágio de dispersão. 
 Ortodoxas: tolerantes ao dessecamento. 
 Recalcitrantes: sensíveis ao dessecamento. 
Obs.: Viviparidade – a semente germina ainda na planta-mãe. Não acontece em todas as plantas. 
Obs.: Gancho tubular – Curva que a plântula exibe em seu desenvolvimento protegendo a região 
meristemática. Quando recebe luz solar, a planta percebe que chegou à superfície do solo e se desdobra. 
 
 Dormência de sementes 
Sementes dormentes – A semente incapaz de germinar, num determinado período de tempo, quando exposta Pa 
condições ambientais que normalmente permitiriam a germinação. Há um bloqueio interno. 
Sementes quiescentes – A semente que não germina porque é limitada pela ausência ou insuficiência de um ou 
mais fatores externos necessários para que esse processo ocorra. Há uma limitação externa. 
Fase 1 – Embebição 
Fase 2 – Ativação do metabolismo 
Fase 3 – Crescimento do eixo embrionário 
 
Hormônios vegetais importantes na germinação 
 Ácido abscísico (ABA) – inibe a germinação de sementes. É produzido na fase de maturação da 
semente. 
 Promove a aquisição da tolerância à dessecação (LEA) 
 Mantém o embrião maduro em estado de dormência (evita viviparidade) 
 Giberelina (GA) – promove a germinação das sementes. O embrião sintetiza e libera GA durante a 
germinação 
 Estímulo da produção de enzimas que hidrolisam o endosperma 
 Estímulo da produção de enzimas que reduzem a resistência do tegumento. 
Fatores que afetam a germinação das sementes 
1) Umidade 
2) Temperatura 
3) Aeração 
4) Luz 
5) Fatores químicos 
Com a embebição, a água entra em contato com o GA3 (um tipo de 
giberelina). Essa molécula é dispersada dentro da semente e promove a 
produção de -amilase (enzimas que atuam nas reservas do endosperma – 
amido). O amido é degradado em moléculas menores que serão usadas pelo 
embrião. 
 
 
Origem da dormência 
 Primária ou inata – origem na planta-mãe 
 Secundária ou induzida – origem no ambiente externo 
Causa da dormência 
 Dormência imposta pela testa – dormência física 
 Dormência do embrião – dormência fisiológica 
 
Escarificação 
 Qualquer processo que desgaste o revestimento da semente, tornando o processo de germinação mais 
fácil. 
 1) Incisão 
 2) Lixar a casca 
 3) Mergulhar sementes em ácido sulfúrico por 10 minutos 
 
 
 
Sobre o coco 
Água de coco é o endosperma, assim como 
a carne do coco. Possui uma única semente. 
É disperso por longas distâncias através da 
água do mar com o embrião ainda imaturo, 
embora a semente esteja madura. 
Borrifar com água sanitária ou colocar em água fervendo para eliminar microorganismos 
Tecidos Vegetais 
 
Epiderme 
Funções da epiderme 
 Revestimento 
 Difusão de CO2 
 Redução da perda de água 
 Resistência mecânica 
 
Composição da epiderme 
 A epiderme pode conter uma ou várias camadas de células. 
 Cutícula: minimiza a perda de água pela planta. Fica sobre a epiderme. 
 
 
 Estômato: facilita a difusão do CO2 que é utilizado na fotossíntese. É composto por duas células 
(células-guarda) que podem abrir e fechar a passagem do gás carbônico. Abrem nas horas mais amenas 
do dia (início da manhã e fim da tarde), quando as temperaturas são menos elevadas e a evaporação da 
água é menor. Durante os horários mais quentes, permanece fechado. As células-guarda são unidas nas 
extremidades. 
 Células anexas: podem variar em número e em disposição. É um fator para caracterização dos tipos de 
estômato. 
 
 Células silicificadas: contêm sílica o que dá sustentação às gramíneas. Na paleontologia são chamadas 
de sitólitos. 
 
 Pelos/Tricomas: unicelulares ou pluricelulares. Diferentes formas e funções (ex. defesa, diminuição da 
perda de água). 
 Em bromélias: multicelulares, em forma de escama, capacidade de absorção de água. Normal 
em epífitas. 
 Algumas plantas têm a parte de trás da folha esbranquiçada, onde a função dos tricomas é 
refletir a luz solar. 
 Absorção de água e nutrientes na região pilífera das raízes. 
 Tricomas glandulares podem produzir aroma. 
 
 
 
 
 
 
 
Mecanismo de abertura/fechamento de estômatos 
Regulado pela entrada de água nas células-guarda. Ao ficarem muito úmidas cria-se uma pressão de turgor 
dentro das células e elas se separam criando um poro entre elas. Ao perder a água, essas células ficam flácidas e 
se aproximam uma da outra, fechando o poro. 
 
 
 
Tecido Fundamental – Prênquima, Colênquima e Esclerênquima 
Parênquima 
 Em plantas aquáticas flutuantes possui o nome de aerênquima. Possui espaços onde a planta armazena 
ar, possibilitando a flutuação. Naquelas aquáticas presas ao substrato, o aerênquima facilita a difusão de 
O2 para partes da planta que estão submersas. 
 
 
 Em folhas e em caulesverdes, o parênquima é clorofiliano e possui a função de fotossíntese. 
 Parênquima lacunoso: possui caminhos por onde o CO2 pode se difundir. 
 Parênquima paliçádico: minimiza perda de água da folha. 
 
 Parênquima de reserva (amido, óleo, proteínas, água...) 
 
 
Colênquima 
 As células possuem a espessura da parede irregular, de forma que algumas têm paredes mais finas e 
outras mais grossas. Há pontos onde as paredes celulares das células se encontram 
 Função de sustentação, mas também flexível por ser formado com células de parede primária. 
 Sempre numa posição marginal do órgão. 
 
 
Esclerênquima 
 Também de sustentação. Envolve o feixe vascular. 
 Espessamento homogêneo da parede 
 Parede secundária (lignina) 
 Fibras (células muito longas) e Esclereídes (células menores) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Colênquima 
Parênquima 
Tecidos vasculares - Xilema 
 Transporte de água e sais minerais para a nutrição da planta. 
 As paredes celulares formadoras do xilema é mais espessada e com forma mais regular. 
 Ao adicionar corantes nas células: 
 Safranina – cora em vermelho na presença de lignina, ou seja, no xilema. 
 Azul-de-ástra ou azul de metileno – cora em azul na presença de celulose, ou seja, no floema. 
 
 
Entrada de água na planta 
 As raízes mantêm a concentração de soluto elevada, então a água é difundida por osmose (pressão 
osmótica). 
 Após percorrer a planta, a água é perdida para a atmosfera na forma de vapor de água pelas folhas. 
 Dependendo das condições do ambiente, a planta perde mais ou menos água. Umidade relativa do ar é 
uma condição pelo fato de o vapor passar por difusão, mantendo um equilíbrio com o meio. Quando a 
umidade do ar está menor do que na planta, o ar puxa com maior ou menor intensidade a água da planta, 
promovendo a tensão. 
 
Gutação 
 A água é eliminada no estado líquido e fica nas margens da 
folha, geralmente. Ocorre quando há saturação do vapor de água 
na atmosfera. 
 A água é eliminada pela estrutura chamada hidatódio localizada 
na extremidade das folhas. Ocorre com ar frio e úmido. 
 
Transpiração 
 O ar puxa o vapor d’água da folha. Ar quente e seco. Difusão, mantendo equilíbrio entre a umidade da 
planta e da atmosfera. 
 
 
Elementos do xilema 
 Elementos de vasos: células com placas de perfuração em suas extremidades. Angiospermas. 
 Traqueídes: Não têm placa de perfuração. Gimnospermas. 
 Ambas são células espessadas com lignina e mortas, pois após seu desenvolvimento, ocorre a apoptose. 
 Possuem pontuações 
 Tipos de espessamento da parede celular (xilema primário): 
 Anelar: mais flexível. Forma de anel. Protoxilema, diâmetro menor, expansão celular. 
 Helicoidal: Forma em espiral. Protoxilema, diâmetro menor, expansão celular. 
 Escalariforme: Em forma de escada. Metaxilema, diâmetro maior, sem expansão celular. 
 Pontoado: mais espessado. Metaxilema, diâmetro maior, sem expansão celular 
 
 
 
Tecidos vasculares – Floema 
 Transporte de produtos da fotossíntese, hormônios e outras substâncias. “Seiva elaborada”. 
 As paredes das células do floema são mais finas do que as do xilema, sendo compostas por parede 
celular primária contendo celulose. A forma das células não é bem definida. 
 Insetos com aparelho bucal sugador introduzem esse aparelho no floema da planta para sugar a seiva 
rica em açúcares. 
Elementos do floema 
 Elemento do tubo crivado: placa crivada nas extremidades da célula. Essa placa nada mais é do que 
poros na parede celular. Angiospermas. 
 Todo elemento do tubo tem uma célula companheira. O conteúdo do floema é bem reduzido e 
não contém núcleo. A regulação do elemento é por conta da célula companheira, já que a 
primeira célula precisa continuar viva. 
 Célula crivada: não possui placa crivada, mas tem áreas crivadas que são poros de diâmetro menor. 
Gimnospermas e Pteridófitas. 
 Em Gimnospermas e Pteridófitas existe a célula albuminosa que faz o papel da célula 
companheira. 
 Calose: Fecha os poros da placa crivada. Ocorre quando a planta sofre herbivoria e em plantas em 
estado de dormência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fluxo da seiva no floema 
 Ocorre a partir de uma “região fonte” para uma “região dreno”. A fonte é onde tem ou é produzido o 
carboidrato – nas folhas – e a dreno é aquela que consome o carboidrato – p. ex. raízes. 
 Na região fonte o carboidrato é carregado para dentro do floema por transporte de membrana. Com o 
aumento da concentração do soluto, a água, sob pressão osmótica, sai do xilema e entra no elemento do 
tubo crivado nessa região. A água que está entrando é extravasada pela placa crivada, carregando o 
carboidrato até a região dreno. 
 Na região dreno, por transporte de membrana, o carboidrato vai para as células dessa região, diminuindo 
a concentração de soluto no floema, o que faz com que a água saia e volte para o xilema. 
 Há diferença de pressão nas duas regiões. 
 
 
 
 
Desenvolvimento e anatomia do caule 
 Em casos da planta tombar, o redirecionamento do crescimento é 
feito pela curvatura no caule. O reconhecimento é feito através da 
força da gravidade, o que é chamado de gravitropismo ou 
geotropismo, assim como o fototropismo. 
 Fototropismo: a luz também é fator determinante no crescimento da 
planta. No ápice do caulem existem fototropinas que influenciam na 
distribuição de auxina, guiando a planta para onde crescer. O lado 
sombreado da planta fica com maior concentração de auxina. Maior 
concentração de auxina promove maior alongamento celular, onde a 
contece o processo inverso da raiz. 
 A dominancia apical do caule é promovida pela auxina, produzida no 
caule e nas folhas. Quando essa dominância é interrompida, há a 
promoção do desenvolvimento das gemas. Esse desenvolvimento é promovido por citoninas. A auxina 
inibe citonina. 
 
 
Estaquia 
 A partir de um galho, é produzido um novo indivíduo. Isso ocorre porque no galho há gemas. A auxina 
desce da região apical até a região basal e promove o enraizamento. As raízes começam a produzir 
citonina, que sobe e promove o crescimento das parters aéreas. 
 
Auporquia 
 Seleciona-se um galho e nele se faz um anelamento. Envolta desse anel se coloca um saco com terra ou 
outro substrato que possa manter a umidade. Depois de um tempo ocorre a enraização. 
 
Enxerto 
 Uma planta com raiz e caule é cortada e nessa planta é colocado o caule de outro indivíduo. Favorece a 
invariabilidade genética. 
 
 
 
 
 
Anatomia do caule 
 Nem toda planta tem crescimento secundário. 
 No ápice da planta ocorre o crescimento primário, enquanto 
nas regiões mais abaixo ocorre crescimento secundário. Isso é 
visto ao se fazer um corte transversal no ápice, no meio e na 
base da planta e observar esses cortes no microscópio. 
 Câmbio vascular: meristema secundário. No interior produz 
xilema secundário e, para fora, o floema secundário. 
 O crescimento secndário se dá pela origem do xilema e 
floema secundários (a partir do cêmbio vascular) e da 
periderme (tecido de revestimento). 
 
Identificação de raízes e caules 
 Em caules há formação de feixe vascular. 
 O protoxilema está voltado para o meio e o metaxilema para fora. O crescimento primário é de dentro 
para fora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nas raízes de Eudicotiledônea, o meio é formado por xilema, o qual possui projeções. O metaxilema 
fica no meio e o protoxilema nas extremidades. O cresimento primário é de fora para dentro. 
 
Técnica de anelamento 
 Um método para matar árvores é retirar parte da casca da árvore, formando um anel. Assim retira-se 
parte do floema, impedindo o fluxo da parte aérea para as raízes. 
Na casca da árvore está a periderme e o floema secundário. O restante da madeira é xilema sencundário. 
Esse xilema atua tannto como condutor quanto na sustentação. 
 Os anéis de crescimento são usados tanto para datação quanto para conferir mudanças climáticas. 
 
 
Periderme 
 A cortiça é extraída da periderme 
 Meristema que dá origem à periderme é o felogênio. Com a 
formação da periderme, a epiderme é eliminada. 
 Células da periderme, impregnadas por suberina, impedem a 
passagem de água e gases. 
 Rachaduras, chamadas de lenticelas, são encontradas na periderme após algum tempo. Nessas 
rachaduras há trocas gasosas entre os tecidos abaixo (floema) e o ambiente. 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento e anatomia de raiz 
 Nas raízes de Eudicotiledôneas, o meio épreenchido por xilema, que forma projeções. O número de 
projeções pode variar. 
 O metaxilema é mais interior, enquanto o protoxilema é mais exterior. 
 De dentro para fora (Eudicotiledônea): Cilindro vascular (xilema+floema+pericilo) > Endoderme > 
Região parenquimática > Ectoderme com região pilífera (absortiva). 
 
 
 
 
 
 
 De dentro para fora (Monocotiledônea): Cilindro vascular (xilema+floema) > Endoderme (parte 
lignificada) > Parênquima > Epiderme. 
 
 Presença de parênquima medular, localizado mais no centro com xilema e floema em volta, e 
cortical. 
 Estria de Caspary: Tipo de endoderme com material hidrofóbico passando pela raiz. 
 
 
Deslocamento da água 
 Caminho simplástico: por dentro das células e chega ao 
cilindro vascular. 
 Caminho apoplástico: a água passa por entre as células. 
A endoderme lignificada impede a passagem de água 
nesse mecanismo. 
OBS.: As raízes laterais se desenvolvem a partir do pericilo. 
 
 
 
Crescimento secundário da raiz 
 No crescimento secundário ocorre o câmbio vascular, dando origem ao xilema e floema secundários, e 
ufanogênese, que vai formar a periderme. O xilema secundário ocupa todo o centro da raiz, enquanto o 
floema ocupa toda a periferia, formando um anel. 
 Felogênio forma a periderme. 
 
 
 
 
 
Partes da raiz e gravitropismo 
 As raízes, em sua maioria, possuem gravitropismo positivo (cresce para baixo). 
Geralmente, as curvaturas do caule e da raiz são antagõnicas por conta da 
diferença de concentração da auxina. 
 
 
 Coifa: região da raiz que protege os tecidos meristemáticos do atrito com o solo. 
Também produz substâncias mucosas. 
 Columela da coifa: presente na região central da coifa. As células que formam a columela possuem 
grandes grãos de amido, chamados e estatólitos, os quais estão depositados de forma que pressionem o 
RE localizado na base da célula. Assim, dependendo de onde os estatólitos estão pressionando, a planta 
entende qual é a sua posição através da atração da gravidade. 
 
 
 
 
 A auxina, ao chegar na raiz, é distribuída de maneira igual, fazendo com que o crescimento seja 
proporcional em todo o eixo. 
 Se a raiz estiver disposta na horizontal, a distribuição de auxina é desigual. Assim, a parte de baixo 
recebe mais auxina do que a de cima. Essa maior concentração inibe o crescimento, gerando uma 
curvatura na raiz e depois volta a crescer para baixo. 
 
 
 
 
Fotomorfogênese em plantas 
 Na ausência de luz ocorre o estiolamento, onde há o prolongamento exagerado do caule. É uma 
estrategia para que a planta encontre a luz. A clorofila também não está presente, pois os cloroplastos 
são convertidos em estioplastos. Todos os recursos são usados para o alongamento. 
 O gancho plumular também se desfaz através do contato com a luz. 
 Algumas sementes precisam de luz para germinar e outras não. Isso depende também do comprimento 
de onda. O comprimento de onda entre o vermelho e o vermelho extremo é o que tem maior 
intereferência no processo de germinação. No caso das sementes de alface, só germinam na presença da 
luz vermelha. Além disso, somente o último espectro interfere na germinação; isso ocorre para que a 
planta não seja enganda. 
 Para o estudo de fotomorfogênese, o comprimento de onda vermelho é mais importante por conter 
maior energia. 
 
Fitocromos 
 As plantas fazem reconhecimento da qualidade luminosa através do fitocromo, que é um pigmento. 
 Existem dois tipos de fitocromo: o vermelho (Fv) e o vermelho extremo (Fve). Um pode se transformar 
no outro. Quando Fv é incidido por comprimento vermelho, se converte em Fve; Já quando Fve é 
incidido por vermelho extremo, se transforma em Fv. Essas moléculas recebem nome de 
fotorreversíveis. 
 Quando a planta está no escuro, o Fve se converte em Fv, que é a forma mais estável da molécula. 
 O fitocromo é formado por: 
 Cromóforo: absorve o espectro luminoso 
 Proteína 
 O Fv absorve mais na faixa de 600nm, enquanto o Fve absorve mais em 730nm. Ambos são isômeros, 
sendo Fv cis e Fve trans, ocorrendo uma rotação ao absorver a luz. 
 
 
 
 
 
Sobre o ambiente 
 Cada ambiente possui uma qualidade luminosa, onde m 
determinado espectro de luz domina. 
 Ambientes ensolarados tendem a ter uma quantidade maior do 
especro vermelho, enquanto em ambientes sombreados o 
aspecto vermelho longo é predominante. 
 Razão espectral – Vermelho/Vermelho longo 
 Razão fitocromo – Fitocromo vermelho longo/Fitocromo total. 
 Se a quantidade de fitocromo vermelho-longo aumentar, 
significa que o ambiente é ensolarado. Se for o fitocromo 
vermelho, mais sombreado é o ambiente. 
 Ao colocar uma “planta de sol” na sombra, o caule se alonga, 
ocorrendo estiolamento por conta da quantidade de fitocromo vermelho longo. 
Semente fotoblástica 
 Germina ou não dependendo da qualidade luminosa do 
ambiente e do reconhecimento que é feito pelo fitocromo e 
da resposta emitida. 
 O fitocromo vermelho longo é o que desencadeia o 
mecanismo de resposta. 
 Sementes fotoblásticas positivas só germinam porque a 
quantidade de vermelho longo nela vai ser maior e vai 
desencadear o processo de germinação. Na semente 
fotoblástica negativa ocorre o processo inverso. 
 Importante no processo de sucessão ecológica. 
 
Florescimento e frutificação 
 Para a planta produzir flores, ela precisa estar competente, ou seja, atingir a fase reprodutiva. Ao atingir 
essa fase, ela sofre o processo de indução que é determinado pelo fotoperíodo – a duração de luz do dia. 
 Nesse momento, a planta atinge o estágio determinado, estando apta a desenvolver seu programa 
reprodutivo. 
 A partir de um sinal (pode ser dado por hormônios ou outras substâncias) há a ativação da expressão, de 
forma que as flores surjam. Há uma mudança no formato do meristema apical primário para a formação 
das flores. 
 
 
 
Fotoperíodo 
 Quanto maior a latitude, mais horas o dia tem. Assim, muitos organismos se guiam pela duração de 
horas do dia. O florescimento e a frutificação em períodos determinados é importante para sincronizar 
vários fatores ecológicos, como polinizadores e dispersores de sementes, criando-se um fator de 
coevolução com dispersores e polinizadores específicos. 
 Cada espécie de planta tem seu fotoperíodo crítico. Variações pequenas interferem se a planta floresce 
ou não. Existem dois grupos: (1) Noites longas – aquelas que florescem quando recebem quantidade 
menor que seu fotoperíodo crítico – e (2) Noites curtas – as que florescem quando recebem quantidade 
maior de luz do que seu fotoperíodo crítico. 
 Nos primeiros experimentos utilizaram a luz branca e depois separaram os espectros de luz. Os 
espectros que responderam foram o vermelho e o vermelho longo. 
 O reconhecimento do fotoperíodo é feito pelo fitocromo. Em plantas de noites longas, a concentração de 
fitocromo vermelho escurodiminui e a planta floresce. 
 
Frutificação 
 Na fase inicial ocorrem divisões celulares seguidas de expansão celular. Por último ocorre o 
amadurecimento. 
 O etileno é um hormônio em estado gasoso importante no amadurecimento do fruto. 
 Divisão celular > Ampliação celular > Climatérico (amadurecimento+Senescência) 
 A produção de auxina pelas sementes é importante para a expansão do fruto. 
Ex.: maçã e pera: 
 Crescimento do fruto até o fim da fase de ampliação 
 Início do decaimento da durabilidade do fruto no climatérico 
 Diminuição da respiração do fruto até o início do climatérico, onde tem um leve aumento e volta a cair 
 Aumento na quantidade de etileno na fase do climatérico. 
 Essas duas últimas são características de frutos climatéricos.

Mais conteúdos dessa disciplina