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Departamento de Águas e Energia Elétrica Centro Tecnológico de Hidráulica e Recursos Hídricos Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Re-edição Eletrônica Abril/2002 Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica São Paulo EEffiicciiêênncciiaa HHiiddrrááuulliiccaa ddee BBooccaass ddee LLoobboo PPooddaallyyrroo AAmmaarraall ddee SSoouuzzaa SUMÁRIO Sumário 2 Lista de Figuras 3 Lista de Símbolos 4 1 INTRODUÇÃO 1 2 ESTUDOS ANTERIORES 2 3 CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS 3 3.1 EFICIÊNCIA DE UMA BOCA DE LOBO: 0QQ 4 3.2 CRITÉRIO DE SEMELHANÇA PARA O ESTUDO EM MODELO 5 4 ESTUDOS EM MODELO 7 4.1 OS MODELOS 7 4.2 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 11 4.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS 11 5 ESPAÇAMENTO ENTRE BOCA DE LOBO 15 5.1 INTENSIDADE DE PRECIPITAÇÃO 15 5.2 VAZÃO MÁXIMA 15 5.3 ÁREA DE DRENAGEM DE UMA BOCA DE LOBO 16 5.4 BOCAS DE LOBO EM ÁREAS PLANAS 17 6 OUTRAS APLICAÇÕES 19 6.1 DETERMINAÇÃO DA EFICIÊNCIA 19 6.2 DETERMINAÇÃO DO COMPRIMENTO 19 6.3 EXEMPLO DE DETERMINAÇÃO DE CAPTAÇÃO POR UMA BOCA SEM DEPRESSÃO 19 7 CONCLUSÕES 21 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 22 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Seção Transversal de Sarjeta............................................................................... 4 Figura 2 Esquema da Instalação Experimental (s/ escala).................................................... 9 Figura 3 Boca de lobo sem depressão na sarjeta estudada nos modelos 1:3..................... 10 Figura 4 Boca de lobo com depressão na sarjeta estudada nos modelos 1:3 e 1:1 (dimensões protótipo) .................................................................................................. 10 Figura 5 Valores Experimentais de oy x L/Q , para boca de lobo sem depressão, modelo 1:3, 69,7tg =q . 24 Figura 6 Valores Experimentais de oy x L/Q ,para boca de lobo sem depressão, modelo 1:3, 10tg =q ...... 25 Figura 7: Valores Experimentais de 0y x L/Q , para boca de lobo sem depressão, modelo 1:3, 13tg =q .... 26 Figura 8 Valores Experimentais de oy x L/Q ,para boca de lobo sem depressão, modelo 1:3, 23,19tg =q ............................................................................................................ 27 Figura 9 Valores Experimentais de 0y x L/Q , para boca de lobo com depressão, modelo 1:3, 27,7tg =q .............................................................................................................. 28 Figura 10 Valores Experimentais de oy x L/Q , para boca de lobo sem depressão, modelo 1:3, 27,12tg =q ............................................................................................................ 29 Figura 11 Valores Experimentais de oy x L/Q , para boca de lobo sem depressão, modelo1:1, 71,7tg =q .................................................................................................. 30 Figura 12 Valores Experimentais de oy x L/Q , para boca de lobo com depressão,modelo1:1, 21,7tg =q ................................................................................. 31 Figura 13 Valores Experimentais de oy x L/Q , para boca de lobo sem depressão modelo 1:1, 12tg =q ................................................................................................................. 32 Figura 14 Valores Experimentais de oy x L/Q , para boca de lobo com depressão, modelo 1:1, 12tg =q ................................................................................................................. 33 Figura 15 Valores qq x tg)(k para boca de lobo sem depressão em modelos 1:3 e 1:1 ..... 34 Figura 16 Valores de qq x tg)(k para boca de lobo com depressão em modelos :1 e 1:3 . 35 Figura 17 Lei de Eficiência para boca de lobo sem depressão f/l/)]tgy /(L[247,0Q/Q ),12tg( 0o q==q ................................................................. 36 Figura 18 Lei de Eficiência para boca de lobo com depressão f/i/)]tgy/(L[336,0Q/Q ),12tg( oo q==q .................................................................. 37 LISTA DE SÍMBOLOS A = área (m2) b = largura (m) B = largura superficial do escoamento (m) B = largura de sarjeta (medida inclinada) (m) C = coeficiente de " runoff. " d = diferença de altura de guia (m) D = diâmetro hidráulico (m) E = 0Q/Q = eficiência da boca de lobo F = 0gy/V = número de Froude f = fator de atrito, Eq. (3) g = aceleração gravitacional = 9,81 m/s 2 G = dimensão geométrica linear (m) i = declividade longitudinal, índice de posição I = intensidade pluviométrica (mm/ min) K ( q ) = coeficiente de lei de captação (m 0.5 / s) L = comprimento da boca (m) m = declividade logitudinal induzida em região quase plana M = e / (3.71 HD ) N = R f =número de Rouse Q = vazão captada pela boca de lobo (m3 /s) Q 0 = vazão a montante da boca de lobo (m 3 /s) Q p = vazão passante da boca de lobo (m 3 /s) Q r, D x = vazão de "runoff" da área associada R = raio hidráulico (m) R = uVD = número Reynolds t = tempo (s) T = tg q V = AQ0 = velocidade média (m/s) D x = distância entre duas bocas consecutivas (m) y0 = profundidade (m) e = rugosidade da sarjeta (m) l = escala geométrica l t = escala de tempos l v = escala das velocidades l Q = escala das vazões q = ângulo da sarjeta Índices m = modelo p = protótipo Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 1/5 1 Introdução As bocas de lobo envolvidas no estudo são as do tipo "com abertura na guia ", com e sem depressão na sarjeta. O objetivo do estudo é o estabelecimento, através de modelo físico reduzido, do comportamento hidráulico dos referidos tipos de boca de lobo. Aqui, o termo comportamento hidráulico correspondente à eficiência ( 0QQ ) da boca de lobo em função dos parâmetros hidráulicos e geométricos intervenientes no fenômeno. Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 2/6 2 Estudos Anteriores O mais antigo trabalho sobre boca de lobo do qual se tem notícia é de autoria de EASTWOOD (1) e data de 1946. Este trabalho está citado na referência (4) e não houve possibilidade de ser consultado. Em 1956 a Universidade Johns Hopkins (USA) publicou um relatório (2) onde apresenta resultados relativos a comportamentos hidráulicos de bocas de lobo do tipo com abertura na guia, com e sem depressão na sarjeta, além de outros tipos como: com grade na sarjeta, e com abertura na guia associada à grade na sarjeta. O relatório da Universidade Johns Hopkins (2) apresenta resultados obtidos em testes realizados nas ruas de Baltimore e realizados em modelos hidráulicos reduzidos. Para a boca de lobo com abertura na guia e sem depressão na sarjeta foi proposta uma fórmula, para a vazão captada pela boca, do tipo: 16/9 0 )i/nQ ( ) s (K LQ = ...Eq. 1 que foi testada somente para declividades médias e vazões pequenas. Em 1966 ZWAMBORN (3) relatou resultados obtidos em testes de campo e em modelos reduzidos. A declividade longitudinal máxima foi i = 0,067 m/m e seus resultados confirmam a validade da fórmula proposta pela Universidade Johns Hopkins. Em 1969 RUSSAM (4) publicou um relatório em que apresenta resultados de laboratórios sobre a eficiência hidráulica de bocas de lobo padronizadas pela Britsh Standard. Para os vários tipos testados, incluindo a boca de lobo com abertura na guia e sem depressão na sarjeta a declividade transversal da sarjeta variou entre 1/60 e 1/15, enquanto a declividade longitudinal da rua variou entre 1/300 e 1/15. Os modelos utilizados por RUSSAM foram todos na escala 1/1 e ensaiados para 3 (três) três larguras superficiais da seção de escoamento: 1m; 0,75m e 0,50m. Neste trabalho também é apresentado um algoritmo para o cálculo do espaçamento entre bocas de lobo, para o casoespecífico de drenagem de rodovia. K.C. YONG (5), em 1965, apresentou resultados obtidos de um modelo hidráulico reduzido (escala 1:4), sobre a eficiência de boca de lobo com abertura na guia . O modelo foi operado para declividades longitudinais de rua no intervalo 0,005 m/m < i < 0,150 m/m. Também foram realizados ensaios com várias alternativas geométricas nas vizinhanças da boca de lobo tais como: depressão na sarjeta, recesso na guia da sarjeta, defletores a 45º na sarjeta em frente à boca de lobo e arredondamento do canto de jusante da boca de lobo. Neste trabalho não há fórmula proposta da lei de eficiência para projeto, apenas apresentação dos resultados experimentais. Mas recentemente, 1976, FORBES (6) apresentou um trabalho puramente teórico descrevendo um método numérico para o cálculo da vazão captada por uma boca de lobo com abertura na guia. O método pode ser aplicado com ou sem a existência de depressão na sarjeta. Trata-se de um método bastante complexo que leva a resultados coerentes com os da Universidade Johns Hopkins (2) e os de ZWAMBORN (3), mas não interesse prático. Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 3/7 3 Considerações Teóricas Para se determinar a eficiência Q / 0Q de uma boca de lobo com abertura na guia da sarjeta faz-se necessária a mediação da vazão captada pela boca, Q, e da vazão da sarjeta a montante da boca, Q. A vazão Q captada depende principalmente do comprimento L da boca de lobo e da profundidade máxima y 0 associada ao escoamento a montante da boca, onde a vazão é 0Q . A vazão 0Q e a profundidade são relacionadas através de uma lei de resistência, quando o escoamento é suposto permanente e uniforme. A grande dificuldade no estabelecimento de uma lei de eficiência hidráulica de uma boca de lobo está relacionada com a determinação da lei de resistência do escoamento na sarjeta. O escoamento livre na sarjeta é bem mais complexo que o escoamento em conduto forçado, mas ambos são influenciados pela rugosidade relativa e pelo número de Reynolds. O escoamento turbulento de transição é, sem dúvida, o tipo mais freqüente de escoamento em sarjeta. Na Fig. 1 Está indicada uma seção típica da sarjeta. O ânguloq mais usado é tal que tg q =12. Neste caso o escoamento é classificado como raso, pois B/y 10, e com base no trabalho de Kazemipour e Apelt (7) sobre efeito de forma na lei de resistência a um escoamento uniforme em canal, pode-se usar a fórmula universal de perda de carga, D H = f g V D L H 2 2 ...Eq. 2 que é válida para conduto forçado cilíndrico circular, para se modelar a lei de resistência de um escoamento uniforme num canal. O fator de atrito f deverá ser calculado pela fórmula de Colebrook- White. = f 1 - 2lo 10g ( ) fR 51,2 D 71,3 H H + ...Eq. 3 onde R é o número de Reynolds definido por R = u HVD = u HVR4 ...Eq. 4 Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 4/8 Figura 1 - Seção Transversal de Sarjeta 3.1 Eficiência de uma Boca de Lobo: 0QQ A vazão Q captada por uma boca de lobo com abertura na guia da sarjeta é dada pela relação funcional 0f ( Q , Q 0 , y 0 , L, q , f/i , geom. ) = 0 ...Eq. 5 Por considerações de análise dimensional, a relação (5) pode ser transformada em 1 0Q Q f= ( qtgY L 0 , f/i , G ) onde G é um parâmetro adimensional que descreve a geometria da sarjeta nas vizinhanças da boca de lobo, como por exemplo: uma depressão na sarjeta. Para uma dada geometria de sarjeta nas proximidades da boca de lobo pode-se escrever que q f= tgy L ( Q Q 00 , )G ,f/i ...Eq. 6 Através de ensaios em modelo à função q , do segundo membro da Eq. (6), será definida por ajuste aos dados experimentais, para cada geometria de boca de lobo e de sarjeta adotada. Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 5/9 3.2 Critério de Semelhança para o Estudo em Modelo Tendo-se em conta que D iL/H = , em escoamento uniforme em canal, a fórmula universal, Eq. (2), pode ser escrita na forma HgR8V = f/i ...Eq. 7 onde foi usada a definição D H . R4 H= A partir de Fig.1 ficam estabelecidas as seguintes relações: qcosB 00 =y ...Eq. 8 / B 0 qsenB= ...Eq. 9 qtg= T ...Eq. 10 )2/(BA 20 T= ...Eq. 11 )/11( P 0 TB += ...Eq. 12 ))1( 2/(R 0H TB += ...Eq. 13 Com auxílio das Eqs.(8) e (13) a Eq.(7) fica transformada em /fi .y . cos)T1(2 g8 V 0q+ = ...Eq. 14 O critério de semelhança dinâmica para escoamentos com superfície livre é, em geral, baseado na igualdade dos números de Froude ) gy/VF ( = entre modelo e protótipo. Se opom y/y=l , chega-se a l== op om p m y y V V ...Eq. 15 Usando-se a Eq. (14) para o modelo e para o protótipo e fazendo-se a razão membro a membro, tem-se Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 6/10 p p m m pm om p m i f . f i . y y V V = ...Eq. 16 O escoamento no modelo de uma sarjeta será afetado de um efeito de escala devido à ação da viscosidade e, caso a rugosidade não possa ser reproduzida com semelhança, ocorrerá um segundo efeito de escala devido à rugosidade. Devido a estes efeitos de escala há necessidade de se recorrer a uma distorção de escala de modo a se cumprir o critério de semelhança de Froude. Tal critério de distorção é obtido da comparação das Eqs. (15) e (16) de onde se pode concluir que p p m m f i f i = ...Eq. 17 A Eq. (17) indica que se o efeito da viscosidade e ou da rugosidade no modelo for tal que f > f a distorção necessária requererá que im > pi . Se o modelo for na escala 1:1 a rugosidade do modelo poderá não ser representada na mesma escala e o efeito da rugosidade será compensado pela distorção da declividade do modelo. Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 7/11 4 Estudos em Modelo O estudo experimental foi inicialmente realizado em um modelo de sarjeta na escala geométrica 3/1=l e baseado no critério de semelhança de Froude, isto é, F = F. Posteriormente foi estudado em um modelo de sarjeta na escala 1:1. As escalas decorrentes da condição de semelhança de Froude são: e), velocidadde (escala v/v 5,0pmV l==l vazões),de (escala Q/Q 5,2pmQ l==l tempos).dos (escala t/tt 5,0pm l==l 4.1 Os modelos O modelo na escala geométrica 3/1=l era constituído por estrutura metálica de 4,0 m de comprimento, 0,5 m de largura; por um apoio articulado e um apoio simples que permita inclinações longitudinais de até 15% dessa estrutura; por um canal de madeira fixado sobre a estrutura metálica, de 4,4 m de comprimento e 0,7 m de largura, que simulava a sarjeta. Esse canal era fixado à estrutura metálica através de dobradiças, o que permitia a simulação das declividades transversais da sarjeta. O ângulo entre a guia e a sarjeta foi adotado como 90º. Uma parte do canal, englobando a guia, foi construída modularmente de modo a permitir a colocação de bocas de lobo com diferentes formas geométricas. O primeiro módulo testado correspondeu a uma boca de lobo tipo com abertura na guia e sem depressão na sarjeta, com pL =1 m. Na extremidade do canal foi conectada uma caixa de tranquilização solidária ao próprio canal. O suprimento de água do modelo foi proveniente de um reservatório de nível constante que faz parte das instalações fixas do CTH. A água chegava à caixa de tranquilização através de uma tubulação de 150 mm de diâmetro com "by- pass" de 19 mm de diâmetro para facilitar o ajuste da vazão. Dois vertedores triangulares de 90º, um sob a boca de lobo e outro sob a extremidade de jusante do canal mediram a vazão captada pela boca de lobo e a vazão passante, respectivamente. No modelo escala 1:3, o qual tem-se descrito até agora, a profundidade do escoamento a montante da boca de lobo foi medida com uma ponta limnimétrica com precisão de 0,1 mm. O modelo de escala geométrica 1:1 construído comcaracterística análogas às do de escala 1:3. Em ambos, o canal da sarjeta foi pintado com tinta óleo, o que proporcionou um acabamento bastante liso. O modelo de escala 1:1 tinha 10 m de comprimento, 1,5 m de largura e nele a boca de lobo foi localizada a Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 8/12 7 m da extremidade de montante do canal. No modelo escala 1:3 a boca de lobo foi localizada a 2,5 m da extremidade de montante do canal. A Fig. 2 mostra esquematicamente a instalação experimental descrita. Foram estudadas duas alternativas de boca de lobo: a) Boca de lobo com abertura na guia e sem depressão na sarjeta, que foi executada nas escalas 1:3 e 1:1. Fig. 3. b) Boca de lobo com abertura na guia e com depressão na sarjeta, que foi executada nas escalas 1:3 e 1:1. Fig. 4. Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 9/13 Figura 2 Esquema da Instalação Experimental (s/ escala) Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 10/14 Figura 3 Boca de lobo sem depressão na sarjeta estudada nos modelos 1:3 Figura 4 Boca de lobo com depressão na sarjeta estudada nos modelos 1:3 e 1:1 (dimensões protótipo) Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 11/15 4.2 Procedimentos Experimentais Houve diferença entre o procedimento experimental aplicado ao modelo escala 1:3 e ao modelo 1:1. (a) Modelo Escala 1:3 Neste modelo o intervalo de declividades longitudinais foi 0,005 < i < 0,140 e a seção transversal da sarjeta foi estudada no intervalo 5 < qtg < 20. Para cada combinação de declividades longitudinal e transversal adotada ensaiou- se o modelo só com vazões que estivessem no intervalo 5,0 1,0, Q/Q 0 ££ isto é , vazões que resultassem em eficiência de captada da boca de lobo entre 50% e 100% . Um intervalo de duração conveniente, entre o fim da introdução de uma nova vazão e o início das medições da vazão Q captada, da vazão QQ0 - passante e da profundidade máxima y 0 foi adotado como critério para o pleno estabelecimento do regime permanente. (b) Modelo Escala 1:1 Neste modelo a boca de lobo sem depressão foi estudada para duas declividades transversais de sarjeta, correspondentes a 12 tge 71,7tg =q=q (declividade padrão); enquanto a boca de lobo com depressão foi estudada para declividades transversais correspondentes a 12 tge 21,7tg =q=q . As declividades longitudinais ficaram no intervalo 0,005 < i < 0,140. Como no modelo 1:3 para cada par adotado de declividades longitudinal e transversal o modelo foi ensaiado para vazões que estivessem no intervalo 0,50 < 0QQ < 1,0. Como no modelo 1:3, um tempo de estabilização foi respeitado para se estabelecer o regime permanente, após uma modificação da vazão. Para vazões de ensaio que ficaram abaixo do mínimo fixado para a validade da lei do vetedor triangular, a vazão foi medida volumetricamente. 4.3 Análise dos Resultados Uma boca de lobo é, em última análise, um vertedor lateral para o qual a aplicação da equação da energia (Bernoulli) e a adoção de hipóteses simplificadoras leva a uma lei do tipo gyo y L CQ 0Q= ...Eq. 18 Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 12/16 para a vazão captada pela boca de lobo. A eq. (18) pode ser colocada na forma 2/3 0y)(KL Q q= ...Eq. 19 onde K ( q ) engloba o coeficiente de descarga 0C e a aceleração gravitacional g. Com a notação K )(q quer-se salientar que ter-se-á diferentes valores de K para diferentes inclinações transversais da sarjeta. As Figuras 5 a 10 contêm os resultados experimentais relacionado a vazão por unidade de comprimento, L/Q , captada por uma boca de lobo e a profundidade 0y a montante da boca. Estes resultados foram obtidos a partir de modelo na escala 1:3, com e sem depressão na sarjeta nas vizinhanças da boca. As Figuras 11 e 14 contêm os valores experimentais de L/Q versus 0y , obtidos de modelos na escala 1:1, com boca de lobo com e sem depressão na sarjeta. Pelo tipo de lei esperado para o relacionamento entre ,y e L/Q 0 Eq.(19), onde a potência de y é 3/2, foram impostas, sobre pos pontos representados nas Figuras 5 a 14, curvas correspondentes à potência 2/30y (que no papel bilog são retas com declividade 3/2 O posicionamento da reta da declividade 3/2 sobre cada nuvem de pontos das Figuras 5 a 14 foi feito de modo que na região correspondente às maiores vazões captadas e maiores profundidades de montante, a reta traçada fornecesse, para uma fixada profundidade 0y , uma vazão menor ou igual à vazão experimental. Este procedimento garante que a lei que será sugerida para projeto e verificação de boca de lobo estará a favor da segurança, do ponto de vista hidráulico. Na Figura 15 estão representados os valores de )(K q contra qtg para boca de lobo sem depressão, valores estes provenientes dos modelos escala 1:3 e 1:1. Os valores de )(K q referentes a cada escala de modelo foram unidos por retas apenas para melhor visualizar-se cada conjunto de valores, não havendo nenhuma intenção de se afirmar que )(K q varie linearmente com )(tg q . Pode-se evidenciar na Figura 15 que há um efeito de escala sobre o valor )(K q para valores de qtg maiores que 8 ou 10. Se tal efeito não existisse os valores de )(K q para as duas escalas (1:3 e 1:1) estariam pouco afastados como os correspondentes à ,7,7tg @q por exemplo. O referido efeito de escala deve estar associado à ação de forças capilares significativas no modelo escala 1:3. Na Figura 16 estão representados os valores do coeficiente )(K q da lei de captação da boca de lobo contra valores de qtg relativos à inclinação transversal da sarjeta, para boca de lobo com depressão na sarjeta, em modelos escalas 1:3 e 1:1. Aqui também as retas que unem os pontos relativos a uma mesma escala não querem significar que haja necessariamente uma dependência linear entre )(K q e qtg , é apenas para melhorar a visualização. Um efeito de escala pode também ser evidenciado no funcionamento da boca de lobo com depressão na sarjeta, pois para Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 13/17 um fixado valor de qtg há diferentes valores de )(K q , dependendo da escala do modelo em que foi obtido. Nesse caso, em que há uma depressão junto à boca de lobo e portanto um aumento da componente da força gravitacional, o efeito de escala não deve ser atribuído à ação preponderante da tensão superficial por não existir tal preponderância junto à boca de lobo. Entretanto, como a profundidade 0y no modelo 1:3 com depressão foi medida indiretamente, isto é, a partir da medição de 0B (ver Figura 1), o valor obtido para 0y é menor que o valor real de aproximadamente 3mm pela ocorrência do meniso no contato entre a água e o plano da sarjeta. Este erro é mais importante no modelo escala 1:3 e se corrigido proporcionaria valores de )(K q no modelo 1:3 mais próximos dos valores de )(K q do modelo 1:1. Com o objetivo principal deste estudo é o estabelecimento das eficiências hidráulicas das bocas de lobo com e sem depressão, instaladas numa sarjeta padrão, isto é, sarjeta com qtg 12= , propõe-se para objetivo de boca de lobo sem depressão a lei de captação 2/3 0y75,0L Q = )depressão sem( ...Eq. 20 e para projeto de boca de lobo com depressão (ver Figura 4) a lei de captação )depressão com( y02,1 L Q 2/3 0= ...Eq. 21 As Eqs.(20) e (21) estão indicadas nas Figuras 13 e 14 respectivamente, e estão associadas no modelo 1:1 com sarjeta padrão ( 12tg =q ). No escoamento permanente a montante da boca de lobo a velocidade média é dada pela transversal, dada pela Eq.(14). Multiplicando-se membro a membro pela área da seção transversal, dada pela Eq.(11), e usando-se a Eq.(8) para eliminar 0B , obtém-se, para a vazão de aproximação q = 2 2 0 0 cosT2 y Q q+ T)cos2(1 8g i/f y 0 ...Eq. 22 Tomando-se a sarjeta padrão (12tg =q ),a vazão de aproximação fica 5/2 00 y 424,36Q = i/f ...Eq. 23 Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 14/18 Dividindo-se as Eqs. (20) e (21) pela Eq.(23) e rearranjando-se, obtém-se respectivamente depressão) (sem i/f / tgy L 247,0 Q Q 00 q = ...Eq. 24 depressão) (com f/i/ tgy L 336,0 Q Q 00 q = ...Eq. 25 As Eqs. (24) e (25) estão representadas nas Figuras 17 e 18 respectivamente onde o adimensional f/i foi tomado como parâmetro. Estas são as leis de eficiência sugeridas para projeto e verificação. Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 15/19 5 Espaçamento entre Boca de Lobo A vazão que escoa por uma sarjeta durante uma chuva não é uniforme por haver contribuição em marcha da bacia de captação da sarjeta, que inclue a metade da rua adjacente à sarjeta e parte do quarteirão do qual a sarjeta é limite. Em zona urbana o critério que se apresenta como o mais razoável para o estabelecimento do espaçamento entre bocas de lobo baseia-se na fixação de uma largura máxima de escoamento na sarjeta, largura esta compatível com o conforto dos pedestres. A largura superficial do escoamento na sarjeta depende da geometria da seção transversal da sarjeta e da vazão escoante. Esta por sua vez depende da intensidade da chuva adotada no projeto para duração maior ou igual ao tempo de concentração. 5.1 Intensidade de Precipitação A análise de precipitações que é mais familiar ao engenheiro civil é que envolve o conceito de período de retorno de precipitações de dadas intensidades médias e durações. Para o Estado de São Paulo sugere-se as equações propostas por MAGNI e MERO (8), cujos coeficientes compõem a Tabela1. 5.2 Vazão Máxima Se uma série de bocas de lobo é projetada com espaçamento uniforme e para operar (cada boca) com eficiência menor ou igual a 1(um), isto é, com vazão passante ou não, o escoamento superficial (runoff) por boca de lobo é normalmente igual à capacidade de captação de cada boca, exceto para as poucas primeiras bocas da série. Isto não é difícil de ser mostrado. Aplicando-se a equação da continuidade para a boca genérica de ordem i, tem-se i,pii,0 QQQ += ...Eq. 26 onde i,oQ é a vazão imediatamente a montante da boca, iQ é a vazão captada pela boca e i,pQ é a vazão passante da boca. Se ´D,rQ é a vazão de contribuição de "runoff" entre a boca de ordem i - l e a de ordem i, afastadas de ´D , pode-se também escrever que li,p,ri,o QQQ -´D += ...Eq. 27 Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 16/20 onde li,pQ - é vazão passante da boca de ordem i - l. Da comparação entre Eqs. (26) e (27) pode-se escrever que lipripi QQQ -´D +=+ ,,, ...Eq. 28 Se as sucessivas boas operarem sempre com a mesma vazão passante, a Eq.(28) fica reduzida a ´D= ,rQQ ...Eq. 29 onde, sem perda de generalidade, não se escreveu o índice i . 5.3 Área de Drenagem de uma Boca de Lobo Parte-se da largura máxima de escoamento 0B (ver Figura 1) adotada no projeto e procede-se com a seguir: 1) Calcula-se a profundidade da largura máxima 0y imediatamente a montante da boca, com a Eq.(8), sendo dado o ânguloq . 2) Calcula-se o fator de atrito pela fórmula f = -210 ) N)(M log2( +- , onde, para 12tg =q , tem-se: )y87,6( / M 0e= e )i(y / 102,2N 3/2 0 7-´= . Aqui e é a rugosidade da sarjeta, i é a declividade longidudinal. 3) Calcula-se a vazão Q 0 imediatamente a montante da boca pela Eq. (23), para 12tg =q . 4) Calcula-se a eficiência E= 0QQ , pela Eq. (24) para a boca sem depressão ou pela Eq. (25) para boca com depressão. 5) Calcula-se a vazio Q captada pela boca fazendo-se Q . EQ = . Pela Eq. (29) esta vazão captada é igual à vazão de "runoff" da área de drenagem entre duas bocas afastadas de xD . Esta área engloba uma metade de rua de comprimento xD mais uma parte de quarteirão delimitada por xD . 6) Admitindo-se o método racional como uma aproximação satisfatória para o cálculo da vazão de "runoff", pode-se escrever que: CIA, 1000 60 , == xrQQ Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 17/21 onde I é é a intensidade da chuva adotada para o projeto, )m(A 2 é a área de drenagem associada à boca e C é o coeficiente de "runoff" 1) C 0( £< . A área é então dada por (60CI). /Q1000A = 7) A partir da área A determina-se o espaçamento xD entre bocas consecutivas. Esta tarefa é grandemente facilitada quando a área A tem forma retangular dada por x . bA D= , com dimensão b conhecida. Se área de drenagem compreende apenas a metade da rua a tarefa é ainda mais simples, pois neste caso b é a metade da largura da rua. 5.4 Bocas de Lobo em Áreas Planas Em áreas com pequena declividade cuidados especiais devem ser tomados para a drenagem da via pública. Recomenda-se, neste caso, manter o topo da rua a um nível constante enquanto a declividade transversal vai variando de um valor mínimo de aproximadamente 1:60 no ponto médio entre duas bocas consecutivas até um valor da ordem de 1:30 defronte da boca, de modo que a água convirja para a boca de ambos os lados, A declividade longitudinal formada por este procedimento não deve ser menor que 1:250 uma vez que o espaçamento das bocas pode ser limitado por uma restrição na altura da guia. A altura mínima de guia em zona urbana é de 0,10 m e a máxima de 0,15 m. Em certas circunstâncias são usadas guias com 0,20 m que causam desconforto ao pedestre e problema ao motorista ao abrir a porta do automóvel. Se a diferença de altura da guia é )m(d então o espaçamento xD entre bocas é m/d2x =D onde m é a inclinação longitudinal induzida )1250:1.m( > . Se área a ser drenada for apenas uma metade de rua de largura yD , essa área será dada por y/m.. d y /2 . xA1 D=DD= Para a boca de lobo com alimentação simétrica (de ambos os lados) e sem depressão na sarjeta, a lei de captação pode ser obtida teoricamente a partir do conceito de profundidade crítica e é dada por 3/2 0y L g 544,0Q = ...Eq. 30 Sendo fixado y 0 a partir do critério da máxima largura de escoamento na sarjeta que não causa desconforto ao pedestre e, dado L, calcula-se a vazão de "runoff" x,rQ D . Usa-se a fórmula racional para se calcular a área de drenagem que atende o critério da largura máxima de escoamento. Esta área é )CI60( /Q1000A = Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 18/22 A comparação entre A eA 1 indicará então se o espaçamento entre bocas é limitado pela capacidade da boca ou pela altura da guia. Se a 1AA > o espaçamento é limitado pela altura da guia . Se a 1AA < o espaçamento é limitado pela capacidade da boca. Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 19/23 6 Outras Aplicações 6.1 Determinação da Eficiência Quando são conhecidos o ângulo )12tg( =q da sarjeta, a declividade longitudinal i , a rugosidade e da sarjeta e a profundidade y0 do escoamento, o fator de atrito pode ser calculado como no item 5.3 (a . 2). Calculam-se então os adimensionais )tgy/(L 0 q e f/i . Com auxílio da Eq.(24) ou Figura 17 para boca sem depressão, ou da Eq.(25) ou a Figura 18 para boca com depressão, determina -se a eficiência 0QQ . 6.2 Determinação do Comprimento Neste problema são conhecidos o ângulo )12tg( =q , a declividade i longitudinal, a rugosidade e da sarjeta e é fixada uma eficiência de captação da boca. Com estes elementos calcula-se o fator de atrito f e o a dimensional f/i .Na figura 17 (sem depressão ou Figura 18 (com depressão) entra-se com valores de 0QQ e f/i e determina-se o valor numérico do adimensional ) tg(y /L 0 q . Este valor, multiplicado por qtgy0 fornece o comprimento L procurado. Na capital de São Paulo as bocas de lobo são padronizadas com .m1L = Se o cálculo de L indicar um valor superior ao valor padrão deve-se indicar a construção de bocas em série e contíguas. 6.3 Exemplo de Determinação de Captação por uma Bocasem Depressão Dados de projeto: m1L m002,0 m04,0y 12tg 04,0i o = =e = =q = Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 20/24 Seqüência de cálculo: s/m 006,0)tgy/( f/i L 247,0QQ)3.b( s/m 00993,0f/iy424,36Q)2.b( 055,0N))log(M (-2f 000141,0)iy/(1026,2f)2,52/(RN 00728,0)87,6/()/(3,71DM )1.b( 3 oo 32/5 oo 2- 2/3 o 7 H =q´== === =+= =´== =e=e== - Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 21/25 7 Conclusões A boca de lobo com depressão na sarjeta é sempre mais eficiente que a sem depressão, quando instalada na mesma sarjeta. Para uma vazão fixada, ambos os tipos de boca perdem eficiência com o aumento da declividade longitudinal. Sendo a sarjeta um canal de pequenas dimensões, o escoamento que nela ocorre precisa necessariamente ser tratado por um equacionamento que leve em conta os efeitos da rugosidade e da viscosidade, simultaneamente. A boca de lobo com depressão é mais indicada do que a sem depressão quando se trata de rua com declividade longitudinal acentuada 0,07) i( > . Em rua praticamente plana deve-se usar boca de lobo sem depressão, com alimentação simétrica. Isto significa que o topo da guia fica no mesmo nível enquanto a altura da guia é variável. A boca é, neste caso, localizada no ponto onde a guia é mais alta o que corresponde ao nível mais baixo da sarjeta. Visando-se o conforto dos pedestres deve-se adotar uma largura máxima de projeto para o escoamento na sarjeta como critério de dimensionamento de drenagem superficial urbana. Para um Bom desempenho de um sistema de drenagem superficial urbana, além de um projeto criterioso e uma execução cuidadosa é indispensável uma constante manutenção preventiva e corretiva e, quando necessário, uma campanha de esclarecimento para que a população compreenda a importância do sistema de drenagem e evite mau funcionamento. O estudo em modelo reduzido de boca de lobo em guia de sarjeta é grandemente afetado por efeito de escala devido à tensão superficial. Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 22/26 8 Referências Bibliográficas 1) EASTWOOD, W.. Theory of overland flow and its application to the design of drain inlet on roads. The Suveyor. 105 Aug. 1946 pp 651-5 2) THE DESING OF STORM-WATER INLETS. Report of the Storm Drainage Research Committee Of the Storm DRAINAGE Research Project. Baltimore, Maryland, the Johns Hopkins University, 1956. 3) ZWAMBORN, J.A.. Stormwater inlet desing. Proceedings of the Annual Municipal Conference, Juhannesburg, May, 1966 4) RUSSAM, K.. The hydraulic efficiency and spacing of British Standar road gulleys. Road Research Laboratory. Report LR 277,1699. 5) YONG, K. C.. Hydraulic Model Investigation of Kerb -Opening Inlets Water Research Laboratory, The University of New South Wales. Report N º 79, Australia, 1965. 6) FORBES, H.J.C.. Capacity of lateral stromwater inlets. Die sivile Ingenieur in Suid-Afrika, Sep. 1976. 7) KAZEMIPOUR, A.K. & APELT, C.J.. Shape effect on resistance to uniform flow in open channels. Journal of Hydraulic , Research IAHR, 1979, 17:2 (129 - 147). 8) MAGNI, N.L.G. e MERO, F.. Precipitações intensas no Estado de São Paulo. Centro Tecnológico de Hidráulica, do Departamento de Águas e Energia Elétrica , 1982. Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 23/27 Tabela 1 Coeficientes das Equações de Chuvas intensas para 11 cidades do Estado de São Paulo 180t60 para 2kj60,t10 para lkj 0,5)-(TR . p)(t . )] 1-TR TR ( . [f . )( )b t( . jjj qk eC j , <<==<<== ++++++= hhh lll jkjjTRt mgdtaI It,TR = Intensidade média, em mm/min, da chuva de duração t, em min, correspondente ao período de retorno TR, em anos Aparecida Avaré Barretos Bauru Lins Piracicaba Santos São Paulo São Simão Tapiraí Ubatuba 1a 46,38 100,00 19,18 15,79 32,19 43,20 18,85 37,05 33,54 70,01 10,38 1b 30,0 30,0 20,0 15,0 15,0 20,0 20,0 20,0 30,0 15,0 1c -0,912 -1,109 -0,849 -0,719 -0,916 -0,988 -0,760 -0,914 -0,903 -1,060 -0,583 1d 30,0 30,0 15,0 15,0 20,0 20,0 10,0 1e -0,912 -0,792 -0,719 -0,916 -0,760 -0,914 -0,461 -0,236 1f -8,174 -4,000 -2,224 -4,951 -3,315 -5,966 -0,608 -0,330 1g -15,91 -7,70 -4,17 -0,982 -6,08 10,88 -1,121 -0,62 1m 5,37 11,67 28,00 1p 20,0 20,0 30,0 1q -0,849 0,988 -1,060 2a 39,91 43,29 17,78 28,40 15,12 20,44 10,44 19,24 26,26 28,90 15,73 2b 10,0 15,0 20,0 15,0 5,0 10,0 20,0 20,0 15,0 2c -0,923 -0,965 -0,834 -0,860 -0,768 -0,841 -0,662 -0,821 -0,851 -0,890 -0,682 2d 10,0 15,0 15,0 5,0 10,0 2e -0,923 -0,951 -0,86 -0,768 -0,662 -0,821 -0,781 -0,236 2f -7,034 -6,995 -3,999 -2,325 -1,836 -3,098 -2,745 -0,330 2j 4,98 5,52 11,56 2g -13,28 -13,47 -7,49 -4,61 -3,36 -5,65 -5,06 0,62 2p 20,0 10,0 20,0 2q -0,834 -0,841 -0,890 Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 24/28 Figura 5 Valores Experimentais de oy x L/Q , para boca de lobo sem depressão, modelo 1:3, 69,7tg =q Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 25/29 Figura 6 Valores Experimentais de oy x L/Q ,para boca de lobo sem depressão, modelo 1:3, 10tg =q Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 26/30 Figura 7: Valores Experimentais de 0y x L/Q , para boca de lobo sem depressão, modelo 1:3, 13tg =q Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 27/31 Figura 8 Valores Experimentais de oy x L/Q ,para boca de lobo sem depressão, modelo 1:3, 23,19tg =q Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 28/32 Figura 9 Valores Experimentais de 0y x L/Q , para boca de lobo com depressão, modelo 1:3, 27,7tg =q Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 29/33 Figura 10 Valores Experimentais de oy x L/Q , para boca de lobo sem depressão, modelo 1:3, 27,12tg =q Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 30/34 Figura 11 Valores Experimentais de oy x L/Q , para boca de lobo sem depressão, modelo1:1, 71,7tg =q Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 31/35 Figura 12 Valores Experimentais de oy x L/Q , para boca de lobo com depressão,modelo1:1, 21,7tg =q Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 32/36 Figura 13 Valores Experimentais de oy x L/Q , para boca de lobo sem depressão modelo 1:1, 12tg =q Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 33/37 Figura 14 Valores Experimentais de oy x L/Q , para boca de lobo com depressão, modelo 1:1, 12tg =q Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 34/38 Figura 15 Valores qq x tg)(k para boca de lobo sem depressão em modelos 1:3 e 1:1 Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 35/39 Figura 16 Valores de qq x tg)(k para boca de lobo com depressão em modelos :1 e 1:3 Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 36/40 Figura 17 Lei de Eficiência para boca de lobo sem depressão f/l/)]tgy /(L[247,0Q/Q ),12tg( 0o q==q Eficiência Hidráulica de Boca de Lobo 37/41 Figura 18 Lei de Eficiência para boca de lobo com depressão f/i/)]tgy/(L[336,0Q/Q ),12tg( oo q==q
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