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1
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
O impacto de determinada substancia, a historia do uso da droga entre 
as gerações, os papéis dos membros familiares, o uso da droga por parte de 
um dos membros indicando que algo não segue bem dentro do sistema 
familiar, passaram a receber atenção dos terapeutas familiares, favorecendo o 
desenvolvimento de novas alternativas para melhor explorar o tema 
clinicamente. A exemplo disso, formulações mais psicológicas relacionam o 
cônjuge tanto como uma causa importante no surgimento do problema, quanto 
como uma vítima (juntamente com os filhos) do stress originário do uso de 
drogas. Formulações pautadas em contextos sociais examinam basicamente o 
funcionamento da família como um sistema constantemente em movimento e 
interação. 
Apesar da instituição familiar ter uma história antiga, somente a partir da 
década de 1950, que passou a constituir uma área de interesse da psicologia, 
contribuindo para o desenvolvimento da psicoterapia familiar como abordagem 
de tratamento de problemas (30). 
Abordagens familiares são compreendidas como intervenções com a 
participação da família no processo de tratamento, destacando-se modalidades 
como a psicoterapia e a orientação familiar. No que se refere a Dependência 
Química, o pressuposto básico preconiza que as pessoas que usam drogas 
estão dentro de um contexto no qual seus valores, crenças, emoções e 
comportamentos influenciam e são influenciados pelos comportamentos dos 
membros da família. E por isso, o meio familiar pode ser compreendido como 
cenário direto do enfoque terapêutico. 
 
A partir desta breve introdução, o presente capitulo tem a finalidade de 
elucidar o entendimento do sistema familiar quando este está inserido na 
Abordagem Familiar em Dependência Química 
 
Roberta Payá – Psicóloga, Especialista em Dependência Química pela UNIFESP.
Especialista em Terapia de Família e Casal/PUC –SP. 
 
Neliana Buzi Figlie - Psicóloga, Especialista em Dependência Química pela UNIFESP
e Mestre em Saúde Mental pelo Depto de Psiquiatria da UNIFESP 
 
 
 2
complexidade da dependência química , bem como apresentar as abordagens 
terapêuticas que incluem a família, como uma das peças chaves no tratamento 
de álcool e drogas. 
Vale ressaltar que mesmo tendo conquistado um reconhecimento 
clínico, nenhuma abordagem de terapia familiar tem sido aceita como a mais 
efetiva no tratamento das famílias, daí a necessidade de se investigar mais 
sobre o tema, bem como ter conhecimento sobre a ampla gama de 
intervenções possíveis com famílias. 
 
 
Características Presentes em Famílias de Dependentes Químicos 
O conceito de família pode ser definido levando-se em consideração as 
múltiplas funções reguladoras dos papéis familiares, contradições de 
comportamento, afetos, tensões, conflitos presentes no meio e que ao mesmo 
tempo, contribuem para que o sistema permaneça vivo, superando uma visão 
estática sobre a própria construção familiar. A família é um sistema dinâmico e 
em constante transformação, que cumpre sua função social transmitindo os 
valores e tradições culturais inseridos. 
O impacto que a família sofre com o uso de drogas por um de seus 
membros é correspondente as reações que vão ocorrendo com o sujeito que a 
utiliza (19), descreve quatro estágios pelos quais a família progressivamente 
passa sob a influência das drogas e álcool: 
1. Na primeira etapa, é preponderantemente o mecanismo de negação. 
Ocorre tensão e desentendimento e as pessoas deixam de falar sobre o que 
realmente pensam e sentem. 
2. Em um segundo momento, a família como um todo está preocupada 
com essa questão, tentando controlar o uso da droga, bem como as suas 
conseqüências físicas, emocionais, no campo do trabalho e no convívio social. 
Mentiras e cumplicidades relativas ao uso abusivo de álcool e drogas instauram 
um clima de segredo familiar. A regra é não falar do assunto, mantendo a 
ilusão de que as drogas e álcool não estão causando problemas na família. 
 3
3. Na terceira fase, a desorganização da família é enorme. Seus 
membros assumem papéis rígidos e previsíveis, servindo de facilitadores. As 
famílias assumem responsabilidades de atos que não são seus, e assim o 
dependente químico perde a oportunidade de perceber as conseqüências do 
abuso de álcool e drogas. É comum ocorrer uma inversão de papéis e funções, 
como por exemplo, a esposa que passa a assumir todas as responsabilidades 
de casa devido o alcoolismo do marido, ou a filha mais velha que passa a 
cuidar dos irmãos em conseqüência do uso de drogas da mãe. 
4. O quarto estágio é caracterizado pela exaustão emocional, podendo 
surgir graves distúrbios de comportamento em todos os membros. A situação 
fica insustentável, levando ao afastamento entre os membros gerando grave 
desestruturação familiar. 
Embora tais estágios definam um padrão da evolução do impacto das 
substâncias, não podemos afirmar que em todas as famílias o processo será o 
mesmo, mas indubitavelmente a família que passa por essa problemática 
reage de acordo os valores, compreensão e recursos para lidar com a 
presença do problema do álcool ou da droga. Também podemos dizer que há 
uma tendência dos familiares sentirem-se culpados e envergonhados por estar 
nesta situação. Muitas vezes, deve-se a estes sentimentos, o fato da família 
demorar muito tempo para admitir o problema e procurar ajuda externa e 
profissional, o que corrobora para agravar o desfecho do caso. 
 
Todavia, os principais sentimentos da família que convivem com 
dependentes são (18): raiva, ressentimento, descrédito das promessas de 
parar, dor, impotência, medo do futuro, falência, desintegração, solidão diante 
do resto da sociedade, culpa e vergonha pelo estado em que se encontram. 
Do lado oposto, raramente o usuário assume que está bebendo em 
demasia ou que faz uso de drogas. Seus sentimentos podem ser negados por 
ele mesmo. A “confirmação” de há presença da droga no meio familiar pode 
acontecer por iniciativa de terceiros, por um ato falho por parte do próprio 
usuário, que esquece a droga em lugar visível, ou numa situação extrema, de 
prisão, overdose, morte e acidentes. A partir dessa revelação, a crise familiar 
 4
atinge seu ápice, uma vez que geralmente a família vem sofrendo de 
desequilíbrios anteriormente não perceptíveis ao seu olhar. 
 
De modo contraditório, o dependente químico pode parecer ter perdido 
todos os vínculos com a família, mas mesmo assim, pode ter fortes emoções a 
respeito daqueles relacionamentos e ainda manter dependências afetivas e 
financeiras (10; 31) através de estudos com dependentes de heroína, pode 
identificar que 82% dos pesquisados moravam com a mãe, 58% viam seus pais 
semanalmente e 66% viam o pai diariamente. Disto, concluiu que apesar dos 
adictos dizerem-se independentes, a maioria demonstra manter laços estreitos 
com a família, e os que não moram na casa dos pais, moram nas 
proximidades. 
 
Influência do meio 
Muitos estudos demonstram a necessidade de compreendermos como e por 
quê o fenômeno da dependência química pode se repetir em outras gerações. 
Dentro da perspectiva familiar podemos inferir que o comportamento do 
dependente é apreendido do mesmo modo que interfere fortemente nas 
pessoas envolvidas pela convivência. A exemplo disso, no caso do alcoolismo, 
foi observado que sua perpetuação pode estar associada a manutenção da 
identidade familiar, pois as famílias que possuem dependentes químicos, são 
bastante particulares pelas suas características incomuns, e estas serão 
percebidas e vividas por todos os seus membros (26). Atitudes como “rituais 
familiares normais”, muitas vezes ocorrem em torno do beber, o que interfere 
no desempenho normal da família (05). Geralmente, é desta forma que os 
filhos crescem num contexto cultural onde a bebida torna-se parte de suas 
vidas. A mitologia familiar é muito provavelmente infestada de cenasrelacionadas ao álcool. 
Os filhos podem permanecer imersos neste ambiente, inconsciente do 
que ocorre, podem repetir a identidade familiar, sem muito refletir podem se 
casar com alcoolistas ou virem a ser um. O desafio destes filhos seria a 
construção de novos rituais e mitos familiares, abandonando aqueles de sua 
 5
família de origem, para que assim, possam desenvolver uma identidade familiar 
não alcoólica, como maneira de não perpetuarem o alcoolismo. 
Cabe também lembrar que serviços de prevenção aos filhos de 
dependentes químicos podem atuar diretamente para que a identidade familiar 
seja re-construída, ou a própria psicoterapia familiar, quando esta permite a 
inclusão dos filhos, mesmos sendo pequenos. 
 
 
Interferência das drogas no sistema familiar 
A dependência química afeta o sistema familiar mediante certos fatores, 
como a substância de escolha; a idade e o sexo do dependente; o estágio em 
que a família se encontra; os fatores sociais, econômicos e culturais tanto do 
dependente como da família e as psicopatologias. Segundo Kaufman, (16), 
todos esses fatores interagem com o efeito do abuso de substância para 
produzir um sistema familiar disfuncional. 
Stanton (32), encontrou dados associados ao gênero dos membros ou 
tipo de vinculo dentro da família. A exemplo disso dependentes químicos 
masculinos tem suas mães envolvidas em uma relação de superproteção, 
sendo, em sua grande maioria, extremamente permissivas. No caso das 
mulheres dependentes, apresentam-se geralmente em competição com suas 
mães, e seus pais são considerados inaptos. 
Em alguns casos, como por exemplo, quando a questão de gêneros ou 
papéis está sendo apontada, o uso de drogas pode aparecer como fator 
essencial para a interação familiar. Uma vez que revela a desorganização do 
sistema, anterior ao uso da droga. 
Stanton e Todd (31) resumiram características dos sistemas familiares 
de usuários de drogas: 
• Alta freqüência de drogas e dependência multigeracional; 
• Expressão rudimentar e direta do conflito com alianças, parcerias 
entre os membros, de modo explicito; 
• Mães com práticas simbióticas quando os filhos são crianças, 
estendendo-se por toda a vida; 
 6
• Coincidência de mortes prematuras não esperadas dentro da família; 
• Tentativas dos membros se diferenciarem entre si, como uma 
pseudo-individuação, mas de modo frágil devido as regras e os 
limites que deveriam ordenar o funcionamento, e no entanto estão 
distorcidos. 
 
Frente a conduta de dependência química, a família passa a pensar 
porque um de seus membros se droga, por quem ele é mais protegido, quem 
deveria assumir a culpa e como poderiam evitar isso. Olievenstein (27), 
assinala seis características denominadas como patológicas, encontradas nas 
famílias de dependentes químicos: 
• Falta das barreiras entre as gerações, ou seja, a autoridade dos 
membros mais velhos nem sempre é suficiente para impor limites 
e regras; 
• Nível de individuação dos adultos é precário; freqüentemente há 
uma inversão dos papéis na família nuclear, com o filho 
assumindo o papel do adulto; 
• Os mitos familiares são acentuados. Por isso é muito comum os 
familiares manterem certa desesperança, ou até mesmo 
comodismo, por acreditarem que o problema da droga é algo do 
“destino” da família como um todo; 
• Desentendimento no casal parental, principalmente quando um 
dos cônjuges é alcoolista, ou quando não agem de modo 
coerente em relação as condutas que devem assumir para 
apoiarem a recuperação de um dos filhos; 
• Alianças secretas com filhos frente a desordem das condutas que 
deveriam ser seguidas, ou as falhas de comunicação entre os 
membros, que automaticamente fortalecem parcerias dentro do 
meio familiar. 
 
 
 
 7
O Ciclo de vida familiar 
Muitas vezes, membros envolvidos e preocupados com o problema da 
droga se perguntam como e quando tudo isso começou. A partir disso, 
considero relevante compreendermos que o momento pelo qual a droga ou 
álcool passam a existir dentro de um sistema familiar, está fortemente ligado ao 
próprio ciclo de vida família. 
 Steinglass e colaboradores (33) refere em seu trabalho com famílias 
farmacodependentes que o ciclo familiar vital serve como um parâmetro para a 
identificação de variáveis relacionadas aos problemas de abuso de álcool e 
drogas para assinalar a direção do tratamento. 
Dentro do amplo conceito do Ciclo de Vida Familiar (08), fases do 
processo histórico familiar podem ser compreendidos. Apontarei brevemente as 
fases do ciclo de vida relacionadas a identificação da presença da droga ou do 
álcool. 
A primeira fase do processo do ciclo de vida familiar corresponde a 
formação do casal. A adaptação para uma nova vida familiar demanda tempo, 
maturidade individual para trocas, respeito mútuo pelas diferenças pessoais e 
familiares. Em famílias de dependentes químicos esta fase, também chamada 
de aquisição, encontram-se casais muito jovens, sem maturidade necessária 
para a construção de um novo sistema familiar; onde são freqüentes 
casamentos que nascem de uma gravidez precoce. Neste caso podem ser 
encontrados problemas desencadeadores de uma dependência química e que 
vão se agravando, uma vez que (08; 23), afirmam que a tarefa de constituir um 
casal é a mais difícil do ciclo familiar. Esses casais jovens enfrentam muitas 
dificuldades, que não raramente os impossibilitam de se tornarem um casal e 
uma família. A presença da dependência química, pode estar revelando o 
padrão dependente de cada parte do casal, ou entre si, ou com suas famílias 
de origem. Por isso é aconselhável que a terapia familiar seja centrada no 
casal, nas demandas comuns dessa fase de aquisição e no seu contexto socio 
familiar, incluindo a família de origem. 
A fase adolescente é caracterizada pelo sistema familiar composto de 
um casal de meia idade com filhos adolescentes. O casal, nesta fase, convive 
 8
com os filhos que se encontram em fase de transição e mudança, evidenciada 
por aspectos esperados na vida dos adolescentes, como a iniciação sexual, os 
riscos da violência e a influencia dos hábitos alcoólicos e uso de drogas, A 
família está em momento de transição, adaptação e tais aspectos passam a ser 
grandes preocupações dos pais. Muitas vezes, os responsáveis são obrigados 
a reviverem suas histórias para conseguirem compreender o que esta se 
repetindo com um dos filhos. 
Em tempos atuais, a preocupação com as drogas se intensifica, mas não 
podemos desconsiderar de modo algum, o fato da disponibilidade destas ter 
aumentado consideravelmente, tornando-se também uma questão de âmbito 
social. O que de qualquer forma reforça a vulnerabilidade do jovem que 
necessita do grupo de amigos para se diferenciar dos pais e ao mesmo tempo, 
para buscar sua aceitação social. 
Nesta fase muitas revelações podem surgir, como a descoberta por 
parte dos pais sobre o uso de algum filho. Ou ainda, o abuso de álcool do pai 
que vai de encontro com o experimento da maconha do filho. O que se deve 
estabelecer como foco é questão das mudanças, transições, e o quanto que a 
família deve receber apoio para criar condições para se adaptar. A crença de 
que tal crise pode ser apenas uma fase, deve ser mantida. A fase da 
adolescência exige mudanças estruturais e renegociações de papéis nas 
famílias. Pois ocorrem mudanças não apenas no físico dos filhos, como 
também assinalam o inicio da transição psicológica da infância para a idade 
adulta. 
Na maioria das famílias com adolescentes, os pais estão se 
aproximando da meia idade, seu foco está naquelas questões maiores do meio 
de vida, tais como: reavaliar o casamento e a carreira. 
De acordo com Carter e McGoldrick (08), este estágio do ciclo de vida 
familiar, indicaria que a família estaria num processo emocional de transição, 
tendo no desenvolvimento da flexibilidade o ponto de sucesso deste estágio. 
Aumentara flexibilidade das fronteiras familiares e, modular a autoridade 
 9
paterna permitem aos terapeutas promover maior independência e 
desenvolvimento para os adolescentes 
Quando isto não ocorre, as demandas da adolescência e as demandas 
da fase adolescente do ciclo vital familiar se intercruzam, podendo fragilizar o 
sistema familiar deixando-o mais vulnerável à drogadicção. 
Conseqüentemente, a interferência da dependência nesta fase do ciclo 
pode dificultar a passagem para fase seguinte. Geralmente as famílias com 
dependência química não conseguem chegar na fase de maturidade, ficam 
presas na fase anterior do ciclo, adolescente, por não conseguirem elaborar 
perdas, ganhos e/ou situações do “ninho vazio”. 
A maneira de encarar essas mudanças estão ligados aos padrões não 
só da família nuclear, mas a padrões multigeracionais, caracterizados pela falta 
de flexibilidade frente a essas demandas. Geralmente encontramos 
intensificado o triângulo relacional mão e filho com pai distante. Também é 
comum receber famílias onde a esposa, por estar enfrentando o desejo de 
liberdade dos filhos, confronta mais diretamente o abuso de substancia do 
marido. Sendo não muito raro, agir de modo agressivo com os familiares, 
principalmente como o cônjuge. De qualquer forma, o terapeuta deve estar 
ciente de que a passagem desta fase vai depender do estado que cada 
membro se encontra emocionalmente para então, encarar as mudanças 
relacionais. 
Outro tópico correlacionado ao entendimento das fases do ciclo de vida 
na família que convive com um membro dependente trata-se da probabilidade 
dos avós ocuparem bom tempo e responsabilidades da educação dos netos, 
quando se tem no sistema parental um dos respectivos dependentes, e ainda 
quando outra variável na fase adolescente pode estar presente, da gravidez 
antecipada. 
Além dos avós terem que se dedicar aos netos, ao menos enquanto os 
próprios pais não tenham condições de assumir a paternagem e maternagem, 
passam a conviver com os receios da fase do ciclo que permeiam fatores 
biológicos, psíquicos e sociais, que implicam na fragilidade física, problemas 
 10
psíquicos relacionados com o balanço de vida e sociais advindos, muitas 
vezes, das perdas financeiras pela redução do poder aquisitivo. 
Os idosos ao invés de serem cuidados em função da idade continuam a 
cuidar de familiares mais jovens, e de modo direto ou indireto mantém um 
padrão de relacionamento no sistema que de alguma forma impede dos pais 
adolescentes amadurecerem. 
A fase madura é representada por filhos adultos, a relação pais-filhos se 
torna horizontal, de adulto para adulto. Os filhos jovens adultos, deveriam 
apresentar independência econômica, pessoal e emocional, em condições de 
deixar o lar e desenvolver sua própria família. A família está recebendo novos 
elementos (genros, noras e netos) e ao mesmo tempo, tendo a sensação de 
ninho vazio. 
 
 
Historia da Terapia Familiar 
Segundo Alexander (01), a família, indiscutivelmente, é um fator crítico 
no tratamento e sua abordagem é um procedimento fundamental nos 
programas terapêuticos. 
A terapia familiar evoluiu a partir de uma multiplicidade de influências. A 
formulação da psicanálise de Freud, desde o início, enfatizou que o interesse 
do psicanalista deveria ter como direção as relações familiares dos pacientes. 
Da mesma forma ressaltou, que em alguns casos, a neurose teria relação com 
conflitos entre membros da família, uma vez que os familiares considerados 
como “sadios” preferem não prejudicar seus interesses do que colaborar na 
recuperação daquele que está doente. 
A Psicanálise muito contribui para o desenvolvimento da terapia familiar, 
e segue com seu enfoque dando ênfase ao passado, à história da família, 
como causa de um sintoma e como meio de transformá-lo. Seu método, 
geralmente, é interpretativo, para ajudar os membros da família a tomar 
consciência do comportamento passado e presente e das relações entre eles. 
Porém, importantes abordagens surgiram, tomando notoriamente um espaço 
 11
importante no campo da Psicologia assim como no tratamento de álcool e 
drogas. 
O desenvolvimento teórico da Biologia, da Sociologia, da Antropologia, 
da Informática, e da Teoria Geral dos Sistemas influenciaram as primeiras 
formulações do trabalho terapêutico com famílias. Na Psicologia, um 
importante precursor foi Adler, seguido por Sullivan e Frieda Fromm Reichman 
(2). No final da Segunda Guerra, surge o movimento proposto por Maxwell 
Jones, para reformulação da assistência psiquiátrica. Pichon Riviere incluiu a 
família na sua compreensão da doença mental, desenvolvendo a noção de 
“bode expiatório” como depositário da patologia que é de toda a família (23). 
Todos os movimentos e formulações teóricas levaram aos primeiros estudos no 
campo da terapia familiar. 
Considerada uma prática de tratamento ainda muito recente em relação 
aos problemas de álcool e drogas, onde os terapeutas vêem criando novas 
abordagens através dos pontos de interfaces, a dependência química teve seu 
início como abordagem familiar em 1940, com a criação dos grupos Al-Anon 
dos Alcoólicos Anônimos. Em 1981, foi introduzido o conceito de co-
dependência por Wegsheider (38), caracterizando uma obsessão familiar sobre 
o comportamento do dependente, visando no controle da droga, o eixo da 
organização familiar. O usuário era analisado como doente, e seus familiares 
como co-doentes. 
Posteriormente, Andolfi (03), trouxe o conceito do paciente identificado, 
no qual o sistema familiar necessitara do outro,como forma de pedir ajuda, uma 
vez que a pessoa sintomática estaria em um papel em que outro membro da 
família, provavelmente, resistiria de estar. 
Na década de 90 houve o crescimento das terapias focadas na solução, 
não examinando causas da doença ou disfunções, mas somente enfatizando 
as soluções (23). Segundo Figlie e cols. (13), este método parece facilmente 
aprendido e aparentemente traz resultados rápidos porque se concentra no 
problema, sendo de aceitação das famílias e dos dependentes, pois não atribui 
responsabilidades implícitas. O terapeuta utiliza o “reenquadramento”, onde os 
problemas da família ou do paciente são colocados numa estrutura de 
 12
significados, oferecendo novas perspectivas e possibilitando novos 
comportamentos. 
Na realidade, a abordagem familiar em dependência química como 
modalidade de tratamento é recente. E como mencionado, vários modelos de 
atuação estão em operação, sendo que a maioria dos terapeutas familiares 
vem descobrindo a sua própria mistura, utilizando uma gama de idéias e 
práticas diferentes (04). Indiscutivelmente, a família é um fator crítico no 
tratamento e sua abordagem é um procedimento fundamental nos programas 
terapêuticos (34). Contudo, até o momento não foi estabelecida uma 
abordagem de maior eficácia nesta área. A tabela 1 mostra as várias 
modalidades terapêuticas _ Tabela 1. 
Tabela 1 – Modalidades Terapêuticas na abordagem familiar em 
Dependência Química 
 Grupos de Auto-Ajuda 
 Enfoque Sistêmico 
 Abordagem Cognitiva-Comportamental 
 Terapia familiar Funcional 
 Terapia Familiar Estratégica Breve 
 Solução de problemas 
 
 
 
A Importância das Abordagens Familiares - Modalidades Terapêuticas: 
1. Grupos de Auto-Ajuda 
As origens do termo co-dependência são obscuras, havendo indicações 
de que evoluiu do termo co-alcoólatra, no final da década de 1970, quando o 
alcoolismo e a dependência a drogas começaram a ser chamadas de 
dependência química (29). Rapidamente, o termo foi se tornando usual no 
campo da dependência química, havendo diversas definições. 
 13
Fundado no início da década de 40, por um grupo de esposas de 
alcoólicos, foi fundado o Al Anon – grupo de mútua ajuda para familiares e 
amigos de alcoólicos – com o objetivo de adaptar o programa de recuperação 
dos Alcoólicos Anônimos (AA) para os que sofreramos efeitos do alcoolismo 
em suas vidas, definidas nesta época como pessoas que não sabiam 
administrar suas vidas. 
A definição mais abrangente de co-dependência foi feita por Schaef (29), 
que descreve a co-dependência como doença, que cresce no meio relacional 
em que a pessoa está inserida. A definição mais operacional de co-
dependência é a de Wegscheider-Cruse (38), que combina elementos 
comportamentais e intrapsíquicos na sua definição, descrevendo a co-
dependência como condição específica, caracterizada por uma preocupação e 
dependência extrema a uma pessoa ou coisa. A co-dependência existe 
indiferente da existência ou não de dependente químico na família, podendo 
ser vista como uma doença de relacionamentos, onde um dos membros pode 
ser um membro quimicamente dependente (36). 
Os grupos de auto-ajuda, com base nas doze etapas dos Alcóolicos 
Anônimos, representam uma fonte importante de apoio para a recuperação 
para muitas pessoas que procuram ajuda para problemas com drogas lícitas. 
Embora os fatores responsáveis para o aumento da participação em grupos de 
auto-ajuda não sejam bem conhecidos, a ênfase do estilo de vida americano 
recai sobre o individualismo e o senso de solidariedade sobre aqueles 
indivíduos que se encontram estigmatizados social, econômica e culturalmente. 
Uma perspectiva (37), tem sido a de considerar os grupos de auto-ajuda como 
um método de atender as necessidades não adequadamente satisfeitas por 
outras instituições sociais. 
 Um outro grupo que merece destaque é o Amor Exigente que 
atualmente conta com cerca de 1000 grupos em nosso país. É um programa 
dirigido a pais cujos filhos estão envolvidos com abuso de álcool e drogas, e 
aos filhos, para que assumam a responsabilidade de seus próprios 
comportamentos. É basicamente uma proposta de educação destinada a pais e 
 14
orientadores como forma de prevenir e solucionar problemas com seus filhos 
(14). 
 
2. O Enfoque Sistêmico 
A partir da teoria geral dos sistemas e da teoria da comunicação 
surgiram várias escolas de terapia familiar. A família é vista como um sistema 
que se mantém em equilíbrio através das regras do funcionamento familiar. A 
terapia a partir desse enfoque, busca a mudança no sistema entre os membros 
da família, pela reorganização da comunicação. Os terapeutas se abstém de 
fazer interpretações, pois novas experiências comportamentais devem 
provocar modificações no sistema familiar, gerando mudanças. A partir do 
enfoque sistêmico, escolas importantes de terapia familiar se desenvolveram: 
Escola Estrutural, Estratégica, de Milão e Construtivista. 
O principal teórico da Escola Estrutural é Minuchin (22), que entende a 
família como um sistema que se define em função dos limites de uma 
organização hierárquica, executando suas funções através de subsistemas 
(grupo dos pais, filhos, casal e etc). A terapia estrutural é uma terapia de ação, 
e o sintoma é visto como um recurso do sistema para manter uma determinada 
estrutura. São com as regras familiares que as fronteiras entre os subsistemas 
se formam, definindo os papéis dos membros. Neste contexto, as famílias 
saudáveis emocionalmente têm fronteiras claras. 
Parte também, desta abordagem conceitos importantes como da 
“hierarquia” e “definição dos papéis familiares” que permitem ao terapeuta 
intervir diretamente na estrutura e funcionamento da família. Tais conceitos são 
aplicados em famílias com dependentes químicos, ainda mais, quando com 
freqüência encontramos nestas famílias inversões de papeis. 
A Escola Estratégica tem como um dos seus principais teóricos Jay 
Haley, juntamente com Jackson, Bateson, Weakland e Watzlawick (23). O que 
caracteriza o sistema familiar é a luta pelo poder (15). A visão estratégica 
define o sintoma como expressão metafórica de um problema representado e 
também uma forma de solução insatisfatória para os membros do sistema. A 
abordagem terapêutica é pragmática: trabalham-se as interações e evitam-se 
 15
os porquês. Desta forma, o fenômeno da dependência química é entendido 
como algo revelador de problemas dentro do sistema. 
A Escola de Milão é representada por Mara Selvini Palazzoli, Boscolo, 
Ceccin e Prata, que partiram dos pressupostos teóricos da Escola Estratégica. 
Partindo do conceito de homeostase, os problemas surgem quando as regras 
que governam o sistema são tão rígidas que possibilitam padrões de interação 
repetitivos, vistos como pontos nodais do sistema. A intervenção terapêutica é 
o ritual familiar, uma ação ou série de ações, das quais todos os membros da 
família são levados a participar. 
A Escola Contrutivista surge a partir da concepção de retroalimentação 
evolutiva de Prigogine em 1979. A crise ganha novo sentido no sistema 
familiar, passando a ser parte do processo de mudança, assim como o 
sintoma. A ênfase não é colocada na pergunta, mas na construção da 
interação e a ação do terapeuta pretende explorar as construções de onde 
surgem problemas (07). 
A visão sistêmica da família pressupõe que a pessoa, apesar de sua 
complexidade, não está isolada do contexto socio familiar. Ao contrário (30), 
está conectada e interagindo com as outras pessoas que lhe são familiares. A 
família apesar da diversidade cultural, social e afetiva, é o lugar onde as 
expectativas são construídas, transformadas ou repetidas, dependendo da 
qualidade das interações. 
Sob o aspecto familiar, para avaliar e tratar a dependência química 
“sistemicamente” é necessário levar em conta as expectativas familiares, não 
reforçando preconceitos, para desta forma trabalhar as crenças moralistas e 
culpas sobre a questão da dependência, visando o resgate da autonomia de 
cada um dos membros e procurando principalmente a mudança de padrões 
familiares estabelecidos. 
 
3. Abordagem Cognitiva-Comportamental 
 A abordagem cognitiva-comportamental mescla técnicas da escola 
comportamental e da linha cognitiva. O princípio básico da abordagem 
comportamental reza que os comportamentos, incluindo o uso de 
 16
drogas/álcool, são aprendidos e mantidos por meio de reforços positivos e 
negativos, os quais podem ser provenientes das interações familiares. O foco 
está na mudança das interações conjugais/familiares, pois servem de estímulo 
ou provocam recidiva, melhorando a comunicação, as habilidades de 
solucionar problemas e fortalecendo a capacidade de lidar com recursos e a 
sobriedade (06). 
A dependência química tem um efeito perturbador e oneroso sobre a 
vida dos familiares. Por conseguinte os objetivos da terapia comportamental 
consistem em reduzir o stress de todos os membros da família e melhorar a 
capacidade da mesma em lidar com a doença, através de uma combinação de 
educação, treinamento em comunicação e habilidades em soluções de 
problemas. 
A educação refere-se a informações sobre dependência química, formas 
de tratamento e medicações, motivação para a modificação do comportamento 
aditivo, bem como trabalhar o conceito de recaída. Ao final das sessões 
educativas, é recomendado aos membros da família desenvolverem um plano 
de ação visando a melhoria na relação com o dependente químico. 
O treinamento de habilidades em comunicação insiste em tornar a 
comunicação breve e direta através da expressão de sentimentos positivos e 
negativos, fazer solicitações positivas, escuta ativa, sensibilizar para a 
necessidade de assumir compromissos e poder de negociação. O objetivo 
deste tipo de treinamento consiste em diminuir interações tensas e negativas 
sobre os membros da família, substituindo por habilidades sociais mais 
construtivas. 
O treinamento da solução de problemas implica em ensinar os membros 
da família passos para a resolução de problemas que incluem: definição do 
problema; lista de possíveis soluções; avaliação das vantagens e 
desvantagens de cada solução; escolher uma solução e formular um plano de 
ação. 
 Do pontode vista cognitivo, a dependência de drogas é concebida como 
um comportamento apreendido, possível de ser modificado com a participação 
ativa da pessoa e da família no processo. A terapia cognitiva-comportamental 
 17
visa o resgate de recursos pessoais para lidar com o processo de mudança de 
padrões de comportamentos familiares antigos, auxiliando na modificação de 
distorções cognitivas e crenças disfuncionais, possibilitando lidar de maneira 
mais eficiente com o dependente químico 
 A abordagem cognitiva tenta efetuar mudanças na família enfatizando o 
momento presente, investigando o núcleo do problema ao invés de se fixar em 
questões mais superficiais. O objetivo do terapeuta é investigar as crenças e 
pensamentos familiares e ensinar métodos para que os clientes resolvam os 
atuais problemas que são fonte de sofrimento (09). 
 
4. Terapia Familiar Funcional 
A Terapia da Família Funcional é um modelo de terapia familiar que 
aplica conceitos advindos de abordagens sistemáticas, comportamentais e 
cognitivas no tratamento do adolescente delinqüente ou atuante. Esta terapia 
tem sido aplicada a jovens em risco de delinqüência, que foram internados, 
mas continuam demonstrando problemas, jovens em liberdade condicional e 
criminosos contumazes, apresentando 100% de reincidência. 
O modelo tem sido pesquisado com estudos de seguimento de 1 a 3 
anos. Os estudos bem controlados, demonstram reduções de 30 a 50% nas 
reincidências, comparados com os tratamentos alternativos (02;12). Sua 
aplicabilidade não tem demonstrado limitações étnicas, raciais ou sexuais. 
A TFF reconhece que o comportamento problemático se desenvolve e é 
mantido por forças internas (genéticas, aprendizagem, atribuições e emoções) 
e por forças externas (efeitos interpessoais e sociais). Na TFF a função do 
comportamento não é vista como boa ou má, saudável ou não, desejável ou 
indesejável, pois todos os relacionamentos requerem distância e proximidade 
em vários graus. Certos processos comportamentais podem ser problemáticos, 
mas representam meios eficazes para ocasionar a distância ou intimidade. 
As pessoas precisam explicar os eventos pessoais que ocorrem ao seu 
redor. As qualificações das características são vistas como explicação para o 
comportamento. Assim os membros da família podem explicar comportamentos 
com qualificações de características como: “Ele e um jovem criminoso 
 18
irresponsável, não presta para nada”. As pessoas atendidas não dão todas as 
informações relevantes, atendo-se ao que lhe é proeminente.Além disso, 
podem responder a estímulos proeminentes com pouco raciocínio (28). Neste 
processamento automático as informações provenientes dos sentidos são 
processadas com rapidez, levando respostas cognitivas comportamentais e 
emocionais inter-relacionadas sem pensamento consciente. Nas famílias em 
conflito os membros podem estar envolvidos num padrão de comportamento 
muitas vezes repetido. O início deste comportamento pode desencadear o 
processamento automático. Assim, por exemplo quando o pai ou a mãe se 
dirigem ao filho com uma frase repetida (Exemplo: Já lhe disse mil vezes) o 
que vem a seguir acabando sendo o mesmo discurso de sempre. 
Os padrões funcionais de comportamento são complexos. Os resultados 
desejados pelos indivíduos diferem de um relacionamento para outro e variam 
conforme as funções do comportamento que estão inter-relacionadas. Uma 
criança pode estar muito entrosada com os pais, porém quando chega a 
adolescência os comportamentos de distanciamento aumentam. Caberá ao 
terapeuta mostrar que o distanciamento e a proximidade são necessários e 
apropriados e com o tempo precisam ocorrer misturas. 
Existem maneiras produtivas de se distanciar dos pais. O afastamento, o 
furto ou problemas com a lei, são meios destrutivos de legitimação ou 
resultado. Os adolescentes delinqüentes reconhecem o pessimismo sobre sua 
capacidade de negociar diretamente aquilo que desejam de suas famílias, e 
por isso que a TFF supõe que os comportamentos-problema tem sido a única 
forma de conseguir legitimar algumas funções interpessoais. 
O terapeuta da TFF ajuda a família a fazer alterações cognitivas e 
alterações comportamentais. Ajuda os membros da família a parar com as 
censuras mútuas, promovendo uma abertura para uma visão diferente, 
descobrindo comportamentos novos, não-problemáticos que obtenham os 
resultados funcionais desejados de seus antigos comportamentos. 
Para conduzir o tratamento, a Terapia da Família Funcional é precedida 
pela fase de avaliação, seguidas de duas fases principais: a fase de “terapia” 
(mudança cognitiva) e a fase de “educação (mudança de comportamento), 
 19
seguidas da conclusão. É típico que os membros da família ingressem no 
tratamento com explicações punitivas e acusativas para seus problemas. O 
terapeuta deve ajudar os membros a ver a si próprios e uns aos outros como 
partes de um sistema disfuncional, e reconhecer que a mudança pode 
beneficiar a todos”. 
Requalificar é um método primário de estabelecer novas perspectivas 
dentro da família, descrevendo um retrato verbal de um comportamento familiar 
ou individual “negativo”, sob uma luz benevolente descrevendo a propriedades 
“positivas” do comportamento e retratando os membros da família como vítimas 
e não perpetradores (01). 
 
5. Terapia Familiar Estratégica Breve 
Esta abordagem foi desenvolvida na Universidade de Miami em 1975, 
para ser aplicada no centro decadente da cidade, famílias de americanos de 
origem africana e hispânica. 
Terapia Familiar Estratégica Breve (TFEB) é uma intervenção com base 
familiar, visando à prevenção e tratamento de problemas comportamentais da 
criança e do adolescente (de 8 a 17 anos) abrangendo o abuso leve de 
substâncias. Este tipo de abordagem é fundamentada na hipótese de que as 
interações familiares adaptativas podem desempenhar um papel na proteção 
de crianças contra influências negativas, e que as interações de má adaptação 
da família podem contribuir para a evolução de problemas comportamentais. 
O objetivo da terapia é melhorar os problemas comportamentais do 
jovem que se presume estarem relacionados aos sintomas da criança, 
reduzindo fatores de risco e fortalecendo fatores protetores no caso de abuso 
de drogas do adolescente e outros problemas de conduta. Os terapeutas 
procuram diagnosticar as interações de má adaptação e os pontos fortes da 
família, mudar padrões de interações familiares de má adaptação por meio de 
treinamento destas interações e reestruturar as interações de má adaptação. 
A terapia é uma intervenção de curto prazo focalizada no problema. Uma 
seção dura de 60 a 90 minutos e a extensão média do tratamento é de 12 a 15 
sessões durante 3 meses. Nos casos mais graves de abuso de substâncias por 
 20
adolescentes, o número de sessões e a extensão do tratamento podem ser 
dobrados. A TFEB tem sido avaliada em estudos com projetos experimentais, 
nos quais se verificou que as abordagens são eficientes na melhora do 
comportamento juvenil reduzindo a recaída de jovens agressores. 
Quanto as expectativas de uma terapia breve, em geral é esperado 
(20): 
1. Fazer com que as pessoas sintam-se mais felizes e menos ansiosas 
e consigam visualizar atividades, sentimentos ou situações positivas, 
restabelecedoras de sua saúde mental; 
2. Não estar sempre zangado ou frustrado, podendo falar de seus 
sentimentos, tornando-se mais conscientes de suas reações de 
violência, podendo evitá-las; 
3. Não falar apenas de drogas, mantendo um diálogo saudável sobre 
outros aspectos da vida; 
4. Trabalhar a sensação de impotência, percebendo que existe a 
possibilidade de fazer algo ou aceitar o fato de não poder fazer nada 
em determinadas situações; 
5. Tentar fazer o melhor para a família e para si mesmo, considerando 
as necessidades de todos os envolvidos; 
6. Estar apto a ouvir pois este simples fato podeser terapêutico. Ser 
capaz de contar aos outros o que pode ser feito e não ficar chateado 
quando não ocorrer o esperado; 
7. Estimular a capacidade de sair e se divertir, sem culpa, tornando as 
pessoas aptas a realizarem atividades fora do lar. 
 
6. Solução de Problemas 
A Terapia Familiar com dependentes de álcool pode ser usada a 
abordagem da solução de problemas que enfoca diretamente a bebida e as 
tentativas de modificar a situação através da participação ativa dos membros 
da família. 
A solução de problemas é uma abordagem clínica genérica (11), mas 
em seu contexto comportamental está vinculada ao estímulo e ao controle de 
 21
reforço. Tanto os comportamentos iniciais como o reforço que se segue 
precisam ser identificados para que a freqüência dos comportamentos 
desejados possa ser aumentada e a dos comportamentos indesejáveis 
diminuída. Os passos são gerais e ressaltam melhor os procedimentos de 
solução de problemas. 
1. Definição clara dos problemas em termos comportamentais que 
especifiquem o enfoque da mudança. 
2. Operacionalização dos aspectos relevantes da situação 
problemática: a maioria dos problemas são queixas com direção de 
culpa ao invés de idéias de mudança. É preferível formular o 
problema de forma consistente, para facilitar as negociações de 
mudança de comportamento. 
3. Tempestade de idéias e geração de soluções alternativas: a geração 
de soluções envolve a ajuda mútua em seus respectivos esforços 
para mudar. 
4. Avaliação de custo e resultado de cada solução alternativa: cada 
possível solução precisa ser avaliada com ênfase na qualidade do 
resultado de cada alternativa em geral. 
5. Implementação da solução escolhida: uma combinação de propostas 
pode ser formulada com um consenso específico de mudança para 
que os comportamentos necessários de adesão sejam claros, onde 
cada membro deve saber qual é o seu papel na implementação da 
mudança. 
6. Avaliação do resultado da escolha: este é o passo final da seqüência 
de solução de problemas, a família deverá ter alguma experiência de 
êxito ou fracasso na realização da solução do problema que 
concordou em fazer e ter a oportunidade de alterar o acordo, caso a 
situação requeira. 
A solução de problemas é uma abordagem que não pode ser descrita 
como sistêmica por si mesma, pois a ênfase não está no sistema familiar, mas 
em como a família unida pode ajudar o dependente de álcool ou drogas a 
aliviar seu problema. A estratégia de tratamento depende da motivação da 
 22
família para a mudança, incluindo a participação de todos afetados pelo 
problema. 
 
 
Como e Quando Encaminhar? 
 
A partir das abordagens descritas, torna-se possível compreender a 
versatilidade das diferentes modalidades terapêuticas dentro de uma 
intervenção familiar. As Indicações para que o encaminhamento possa ocorrer 
são: disponibilidade; comprometimento emocional; foco nos problemas 
familiares ou do casal advindos da dependência química, pois caso contrário o 
profissional deverá sensibilizar inicialmente a família para os aspectos em 
detrimento. 
 Inicialmente a disponibilidade dos membros será um fator relevante para 
um bom encaminhamento, no entanto nem sempre isso é possível. Por isso 
algumas intervenções que antecedem este processo são favoráveis, como 
atendimentos individuais às esposas ou pais. É através do atendimento 
familiar que os membros passam a receber atenção não só para suas 
angústias, como também começam a receber informações fundamentais para a 
melhor compreensão do quadro de dependência química, e conseqüentemente 
melhora no relacionamento familiar. Uma avaliação familiar pode ser um 
grande auxiliar no planejamento do tratamento; fornece dados que corroboram 
com o diagnóstico do dependente químico, bem como funcionara como forte 
indicador do tipo de intervenção mais adequado tanto a família quanto ao 
dependente. 
Tratar as famílias de dependentes químicos é uma necessidade uma vez 
que a família também adoece; o apoio familiar é vital para a reestruturação do 
dependente químico; tanto o processo de adoecimento quanto a recuperação 
interfere na dinâmica familiar e por tal se faz necessário algum tipo de 
orientação de suporte e apoio; e por fim, os profissionais necessitam de auxílio 
de familiares na recuperação do dependente 
 23
 
Segundo dados de pesquisa (34), em pacientes alcoolistas, geralmente 
o problema relacional encontra-se no casal, sendo indicado terapia de casal. 
Em relação as drogas, estes estudos revelaram que, devido a intensa relação 
dos usuários com suas famílias de origem, seria positivamente indicado que 
todo sistema participasse do atendimento familiar(25). 
 
Conforme o local de tratamento, é importante que sejam realizadas 
algumas adaptações que poderão ser melhor compreendidas a seguir: 
 
Meios de oferecer Atendimento Familiar 
 Em termos de objetivos, independente da abordagem terapêutica, é 
esperado do profissional: 
• Identificação do padrão familiar; 
• Considerar que o sistema familiar necessita ser ajudado, e não apenas o 
membro usuário; 
• Desafiar este padrão, com profundo respeito a historia familiar presente; 
• Colocado obstáculo frente ao padrão habitual → recuperar outras 
capacidades de relacionamento, bem como promover o reconhecimento de 
outras competências da família; 
• Ter uma formação teórica, técnica e profissional adequada para lidar com 
famílias; 
• Propiciar um ambiente que ofereça condições ao dependente e a sua 
família de adquirir conhecimentos e ferramentas que propiciem a 
recuperação e não a criação de um cenário de ataque e críticas. 
 Com relação ao tratamento, famílias sadias podem se beneficiar de 
técnicas picopedagógicas de modo a receber orientação básica sobre como 
lidar com a Dependência Química. Por outro lado, famílias patologicamente 
estruturadas necessitam de tratamento mais aprofundado, sendo indicado 
psicoterapia familiar. 
 24
 Em termos de abordagem, podemos trabalhar com: 
• Psicoterapia Familiar: abordagem segundo um referencial teórico de 
escolha do profissional para a compreensão do padrão familiar e 
intervenção. Nesta modalidade se reúne a família e o dependente químico. 
• Grupos de Pares: Nesta modalidade os membros da família são distribuídos 
em diferentes grupos de pares: dependentes químicos, pais, mães, irmãos, 
cônjuges, etc. A interação entre pares é facilitadora de mudanças uma vez 
que escutar de um par não é o mesmo que escutar de um terapeuta. 
• Grupos de Multifamiliares: através de um encontro de famílias que 
compartilham da mesma problemática, cria-se um novo espaço terapêutico 
que permite um rico intercâmbio a partir da solidariedade e ajuda mútua, 
onde as famílias se convocam para ajudar a solucionar o problema de uma 
e de todas, gerando um efeito em rede. Todas as famílias são participantes 
e destinatárias de ajuda (28). 
 
• Psicoterapia de Casal: Casais podem ser atendidos individualmente ou 
também em grupos, uma vez que o terapeuta tenha habilidades para 
conduzir as sessões sem expor particularidades de cada casal que não 
sejam adequadas ao tema focado. 
 
 
 Vale ressaltar que a diversidade do atendimento familiar também se 
refere ao processo. Havendo diferenças entre as famílias que recebem 
psicoterapia familiar, daquelas que esporadicamente são atendidas dentro do 
tratamento do dependente químico. Conforme a abordagem adotada, é 
possível conciliar sessões abertas com sessões dirigidas, tanto em grupos 
como em atendimentos familiares individualizados, com ou sem a presença do 
dependente, desde que acordado previamente entre as partes. 
 Torna-se fundamental, seguir bom senso entre a abordagem utilizada e 
o que se é aplicado. No entanto, cada sistema familiar merece receber um 
programa de tratamento adequado as suas necessidades e condições. 
 25
Havendo flexibilidade por parte dos terapeutas, é possível seguiralgumas 
indicações: 
As sessões normalmente duram 1 hora e ocorrem em contatos cada vez 
mais espaçados ao longo de seis a nove meses. Por exemplo: semanalmente 
durante os três primeiros meses; a cada duas semanas durante os dois meses 
seguintes e por fim, mensalmente durante os três meses posteriores. Em 
modalidades de intervenção breve, o numero de sessões deve ser previamente 
estipulado para organização da participação dos familiares. No entanto, quando 
falamos de grupos de auto-ajuda, as sessões são abertas e a participação é 
espontânea. 
 
Papel Terapêutico 
Os terapeutas familiares esperam que a família produza um contexto de 
idéias, interação e formas organizativas diferente das que produzem até o 
momento da procura da terapia, isto é, que com sua intervenção seja criado um 
contexto diferente, que tenha o efeito de promover condutas diferentes 
daquelas que os preocupam (39). Os terapeutas familiares tem a intenção que 
os fenômenos que afligem a família, podem deixar de ser repetidos, se forem 
detidas as interações que os retroalimentam. 
Certos atributos e comportamentos do terapeuta são importantes para 
uma Terapia Familiar bem sucedida. Desde o início, o terapeuta deve 
estruturar o tratamento de modo que o controle do abuso de álcool e drogas 
seja prioridade principal, antes de tentar ajudar a família com outros problemas. 
Os terapeutas devem estar aptos a tolerar e a lidar com eficiência com a 
forte ira nas sessões iniciais e em momentos de crise tardios. O terapeuta pode 
utilizar a escuta simpática para ajudar cada membro da família a sentir que foi 
ouvido e insistir que apenas uma pessoa fale por vez. Ajudar a família a 
acalmar sua intensa raiva é muito importante, visto que deixar de fazê-lo quase 
sempre leva a maus resultados. 
Ao mesmo tempo que é indicado não perder o foco da dependência de 
vista, torna-se fundamental ao terapeuta potencializar as competências dos 
membros do sistema. A exemplo disso, na prática é muito favorável resignificar 
 26
à família que o dependente tem e pode ocupar outras habilidades além 
daquelas observados como problemas. 
 
 
Considerações Finais 
O sintoma da utilização de drogas num dos membros da família, 
denuncia que aquela estrutura familiar está comprometida em diversos setores 
das relações humanas seja individual, grupal ou social. Neste aspecto, é 
importante compreender qual lugar ocupa o dependente químico no seio da 
família e como foi estabelecido o re-arranjo dos membros diante disto. O 
usuário é transformado em um problema único familiar, em que são 
depositadas todas as atenções, cobranças e expectativas. É solicitado a ele 
que mude de comportamento, porém ele não tem interesse de fazê-lo. A família 
reage culpabilizando-se e em muitas vezes responsabiliza suas companhias 
pelo uso das drogas. O usuário é culpado pelos problemas familiares, já que, 
se ele não usasse drogas, não haveria problemas. 
Estas são formas de minimizar, negar os conflitos familiares e de 
projetar em um só membro a dinâmica do sistema como um todo. O 
dependente químico denuncia com seu comportamento, a falsa harmonia do 
mito familiar e insere sua conduta num sistema social: permanece dependente 
da família e, ao mesmo tempo, apresenta uma aparente independência e 
rebelião. 
A problemática das terapias familiares com dependentes químicos tem 
um caráter muito complexo, e temos que compreender que estas famílias estão 
sofrendo de uma condição não apenas perigosa ao próprio bem-estar físico e 
emocional, bem como de outras perdas (11). Deste modo o terapeuta deve 
assumir a responsabilidade de expor as mentiras que podem estar encobrindo 
o cerne da questão, buscando lidar com a atitude de resistência de trazer 
segredos familiares a luz, descartando discussões infrutíferas sobre conceitos 
certos ou errados, culpa ou inocência (24). Estimular a comunicação entre os 
membros, e promover o reconhecimento do papel de cada também beneficiam 
o desfecho terapêutico. 
 27
Do mesmo modo, o trabalho complementar é fundamental. Conforme o 
quadro familiar presente, é indicado que o paciente dependente receba 
acompanhamento individual e ou psiquiátrico individualizado, garantindo desta 
forma a assistência a dependência química, mas tomando o extremo cuidado 
de não mantê-lo num lugar mais problemático ainda. 
O tempo de um processo familiar acaba sendo lento, e claro que terá 
suas variações conforme o enfoque terapêutico seguido. Mas é a família, 
muitas vezes que sinalizará o momento de parar, conforme sua necessidade. 
Por mais que muitas famílias que convivam com a presença do álcool e 
drogas tenham características semelhantes, devemos considerar a história de 
vida de cada uma, suas particularidades. Além disso, situações de alianças e 
cumplicidades, por parte de um dos membros com o terapeuta poderão ser 
freqüentes, e daí a relevância do terapeuta familiar, sempre ter em mente, que 
o pedido deve ser dirigido a família, pois é esta, que de modo direto ou não, 
busca ajuda frente o sofrimento da dependência química. 
 
 28
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