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HISTÓRIA E GEOGRAFIA DA BÍBLIA - 6 PERÍODO 
 
VIAGENS MISSIONÁRIAS DO APÓSTOLO PAULO 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A ordem dada pelo Senhor Jesus aos discípulos depois de ressurreto, naqueles quarenta 
dias que passou sobre a terra, nos quais foi visto pelos seus e por muitos outros segundo as Escrituras (At. 
1:2-3), foi que não se ausentassem de Jerusalém, até que recebessem o cumprimento da promessa que o 
Senhor lhes fizera de batizá-los com o Espírito Santo e dessa forma, capacitados, seriam suas testemunhas 
e teriam autoridade para anunciarem a Palavra, o Evangelho não só em Jerusalém, Judéia e Samaria mas 
até os confins do mundo. 
Vê-se que na ordem até os confins do mundo, estavam incluídos não somente os doze mas 
referia-se a uma extensão na qual eles não poderiam penetrar naquele momento, referia-se a esta 
anunciação até sua segunda vinda: algo que nos atinge, isto é, os servos de agora. 
 
At. 1:8 - Mas recebereis a virtude do Espírito Santo que há de vir sobre vós e ser-me-eis 
testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria e até os 
confins da terra. 
Para os discípulos a extensão Samaria, já era grande, pois eram separados por uma 
barreira de ordem social, desde o tempo de Salmanazar, rei da Síria, que invadiu a Samaria. O Senhor 
sabia disto. 
João 4:9 - E os judeus não se comunicavam com os samaritanos. 
O Senhor Jesus quebra esta separação com sua ordem e os manda não só a Samaria mas 
por toda a terra. 
Confins da Terra - A expressão abrange-nos, inclui-nos entre os discípulos do passado, 
era o enxergar numa dimensão que o pobre homem comum não é capaz de ver. 
Assim sendo, a parte da história da igreja primitiva nos une, os atrai de uma vez que 
naquele comissionamento, o povo de Deus de agora já estava unindo e também incluído na ordem do 
Senhor. De sorte que não estamos num estudo do passado no presente e a lembrança dos feitos dos 
servos do Senhor, constitui a exortação presente, aos servos do presente que crêem. 
A promessa que lhes foi feita é exatamente a mesma para a igreja fiel. Mc. 16:15-20. 
Conclui-se que os atos operados pelos apóstolos, foram atos do Espírito Santo, o mesmo 
Espírito que opera hoje no meio do povo que crê em sua operação. 
 
Pedro 
A chave da pregação aos gentios foi dada ao apóstolo Pedro, quando cumprindo-se os dias 
para o recebimento do Espírito Santo, Pentecostes, cinqüenta dias após a ascensão do Senhor, houve o 
som de um vento veemente e impetuoso e línguas de fogo pousadas sobre os servos, o enchimento do 
Espírito Santo manifesto através de línguas estranhas. 
Desta forma foram os servos primeiro batizados com o Espírito Santo. A alegria, o barulho, 
chamou a atenção de muitos que estavam em Jerusalém e, segundo Pedro, pregou e quase três mil almas 
se converteram e doutra feita, mais cinco mil creram no Senhor. 
A porta da salvação estava gloriosamente aberta. 
 
PRIMEIRAS SAÍDAS PARA ANUNCIAR O SENHOR JESUS 
 
At. 8:12 
Filipe saiu de Jerusalém para Samaria. 
Primeira saída, primeira contestação com o reino das trevas: Simão o mágico e a sua 
conversão. 
A entrada em Samaria unia os judeus e os samaritanos e Samaria tornou-se passagem 
 
 
tranqüila para a evangelização não só de Israel mas do mundo. 
Na estrada que ligava Jerusalém a Gaza, o Espírito Santo ordenou que Filipe fosse e ele 
obedeceu e lá encontrou-se com o mordomo da rainha de Candace, na Etiópia, África. Este etíope foi salvo, 
batizado e seguiu para o seu lugar; Filipe foi arrebatado para Azôto e por onde passava anunciava o 
Evangelho indo em direção a Cesaréia onde morava num lar cheio de graça onde quatro filhas eram 
profetizas. Era o lar de Filipe, lugar de encontro de servos. 
Pedro andou por vários lugares, mas lida perto de Jope, porto importante, se destacava pela 
cura de Enéas, que estava paralítico há oito anos; e em Jope (Jafa), At. 9:35 relata a ressurreição de 
Dorcas. Depois Pedro segue para Cesaréia e hospeda-se na casa de Simão o curtidor e lá ele teve a visão 
de um vaso com os animais de toda espécie e a ordem: mata e come. Estava ele no terraço orando quando 
Deus assim lhe falou, preparando-o para evangelizar Cornélio, um gentio. 
A conclusão é que enquanto Saulo era preparado por Deus para as grandes viagens, os 
servos foram usados em pequenas, mas poderosas missões. 
Estevão, o primeiro a sofrer martírio 
Depois de sua morte os servos sofreram perseguição tal que foram dispersos e assim a 
Palavra foi levada até a Fenícia, Chipre, Antioquia na Síria e Deus operou na conversão de gregos. At. 
11:19-20 
Saulo que perseguia a igreja e segurava as capas dos que apedrejavam a Estevão, é 
chamado por Deus através de uma visão gloriosa e o Senhor se apresenta a ele com uma grande pergunta: 
At. 9 
... Saulo, Saulo, por que me persegues? ... 
Quem és, Senhor? ... Eu sou Jesus a quem tu persegues... 
 
No mesmo instante Saulo reconheceu o Senhorio de Jesus e perguntou-lhe: 
... Senhor, que queres que faça?... 
Ananias era o servo escolhido por Deus para receber Paulo e orientá-lo e Ananias temeu 
mas o Senhor disse-lhe duas coisas importantes a respeito de Saulo. 
Primeiro: At. 9:15 
Este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, dos reis e 
dos filhos de Israel. 
Segundo: At. 9:16 
Eu lhe mostrarei o quanto deve padecer pelo meu nome. 
Saulo foi transformado em Paulo, que significa pequeno. 
Convém saber-se que a igreja de Antioquia que ficava na Síria, ficou sendo o centro mais 
importante para o evangelho e não Jerusalém. Nisto Deus tinha um propósito. Dentro pois deste espírito de 
fé é que uma nova era, a era gentílica se estabelecia, Jerusalém não ficou esquecida mas de Antioquia 
saíam as ordens para a evangelização mundial. 
Em Antioquia, foram os discípulos, primeiramente chamados cristãos. At. 11:26 
Em Antioquia, Paulo fez sua morada. Havia na igreja profetas, doutores, etc. At. 13:1 
 
 
PRIMEIRA VIAGEM DE PAULO (At. 13:4 a 14:27) 
 
At. 13:1-2 - Disse o Espírito Santo: apartai-me a Barnabé e a Saulo para a Obra a que os tenho 
chamado. 
Entre os anos: 46 e 48 d.C. 
 
Na orientação do Espírito Santo. Não na orientação de organizações dos homens, mas 
através de jejuns, orações, imposição de mãos, em pleno uso dos dons espirituais no corpo, partiram 
Barnabé e Paulo comissionados pela igreja do Senhor. 
De Antioquia para Seleucia, às margens do rio Orontes, saiu o navio para o primeiro ponto; 
Chipre uma ilha a 85 km a oeste da Síria e lá em Salamina Paulo falou nas várias sinagogas. 
Em Pafos duas coisas aconteceram. 
Primeiro - confronto do poder de Deus com o poder do mal. 
Elimas, um falso profeta, mágico, tenta desviar da fé o procônsul Sérgio Paulo que ouvia 
atentamente a Palavra. Elimas foi atingido de cegueira por algum tempo, foi assim determinado. Eram os 
sinais cooperando com os apóstolos conforme Jesus prometera. 
Era também um sinal profético dado por Paulo, sobre o povo judeu, que seria ferido de 
cegueira espiritual. 
Ficarás cego sem ver o sol por algum tempo. 
Simão, o judeu que resistia ao Espírito Santo e não aceitava o Senhor Jesus, era tipo da 
nação que rejeitou o Senhor (veio para o que era seu mas os seus não o receberam João 1:11). Ficou cego 
 
 
por algum tempo sem ver o sol, também os judeus estão sem ver o sol, o Senhor Jesus, mas é só por 
algum tempo (quase dois mil anos) mas um dia verão o que traspassaram e como Paulo disse, serão livres 
da cegueira. 
Segundo - a mudança do nome. 
Saulo deixou de se chamar assim e passou a ser Paulo. 
Perge na Ásia Menor, era a capital da Panfilia. 
Separação de Paulo e Barnabé de João Marcos, que os havia acompanhado desde 
Antioquia e agora em Perge resolveu voltar para Jerusalém. 
A Palavra não fala de nenhum acontecimento nesta cidade a não ser do incidente referido a 
separação de João Marcos que foi um ato da vontade do homem. O Espírito havia separado os dois; 
Barnabé chamou João Marcos (eram parentes) e por isso houve lutas. 
Antioquiada Pisidia, na Ásia era grande centro comercial e político. Paulo pregou com 
grande poder num sábado aos judeus, mostrando desde o livramento do povo do Egito até o Messias e a 
justificação pela fé e não pela lei. At. 13:39 
Duas vezes pregou na sinagoga a convite dos próprios judeus e desta segunda vez quase 
toda cidade foi ouvi-los, o que provocou inveja dos religiosos. Paulo apelou aos gentios e todos que abriram 
os corações converteram-se. 
Lançados para fora da cidade, partiram deixando uma igreja. 
Em Iconio, leste da Antioquia, pregaram com poder convencendo tanto judeus quanto 
gentios e novamente perseguidos tiveram que fugir, porém cheios de alegria. 
Em Listra, cidade a 35 km próximo de Iconio, cidade da província de Licaonia, aí operou-se 
a cura de um coxo que o era desde o ventre da sua mãe. O povo ovacionou Paulo e Barnabé e trouxe-lhes 
oferendas para sacrificar-lhes pois tiveram-nos por deuses. 
Chamaram Júpiter e Barnabé e Mercúrio a Paulo. 
Rejeitando a adoração, os servos pagaram um alto preço pois o inimigo mudou a tática; 
adoração aos apóstolos ou apedrejamento. 
Tentou a primeira e foi recusado, então não conseguindo amizade passou ao terror. 
Paulo foi apedrejado e tido como morto por gente que sabia matar, arrastado para fora da 
cidade. 
Nesta ocasião é que lhe é atribuído o arrebatamento que teve registrado na sua segunda 
carta aos Coríntios. II Cor. 12:2-10 
A rejeição das honras foi uma declaração firme ao que o Espírito Santo tem ensinado aos 
servos e faz um contraste entre estes e os falsos servos que aceitam as honrarias humanas e lutam por 
elas a fim de serem vistos e proclamados como importantes, cultos, etc. 
Socorridos pelos irmãos, Paulo e Barnabé continuam a missão seguindo para a cidade de 
Eunice, mãe de Timóteo. 
Em Derbe, muitos discípulos foram feitos. 
 
REGRESSO DA PRIMEIRA VIAGEM 
Voltaram pelas mesmas cidades, confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a 
permanecerem firmes e evidenciando um fato: o importante era entrar no reino de Deus. 
Anciãos foram eleitos em cada igreja e o evangelho estabelecido. 
Passaram pela Pisidia, Panfilia, anunciaram a Palavra em Perge e em Atália que não 
recebeu visita na ida e dali regressaram ao ponto de partida, Antioquia, cheios de alegria, tendo cumprido a 
ordem que o Espírito Santo lhes havia dado através do Corpo. 
 
SEGUNDA VIAGEM DE PAULO At. 15:36 - 18:22 
 
At. 15:40 - Paulo tendo escolhido Silas, partiu encomendado pelos irmãos à graça de 
Deus. 
Data: 51 a 53 d.C. 
 
Introdução - Barnabé é assim chamado por Paulo para visitar os irmãos, depois de 
supostamente três anos. O Senhor permitiu que acontecesse para lembrar o quanto o homem, o parecer, a 
sugestão, estão perto. Não era este o propósito do Espírito Santo e a igreja, como corpo, não os havia 
orientado assim e o resultado foi uma discussão entre os dois servos, tão séria, porque Barnabé queria 
levar João Marcos e Paulo o rejeitava por ele os ter abandonado na primeira viagem. Feita a separação, 
Barnabé seguiu com João Marcos para Chipre e a Bíblia não registra mais nada a respeito deles. 
 
Paulo e Silas 
Esta era a orientação do Senhor. 
Passaram pela Síria, Cilícia cuja capital, Tarso, era cidade de Paulo. Foram para Derbe 
 
 
onde encontraram-se com Timóteo, cuja mãe Eunice era judia, o pai grego e o levaram juntamente, depois 
de ter sido circuncidado, apesar de ser fora da lei, mas Paulo quis mostrar sua liberdade e com isso não 
trazer qualquer tropeço no meio judaico. Nesta viagem, entregavam nas igrejas as resoluções determinadas 
em Jerusalém (At. 15) e as Igrejas assim mantinham-se em unidade tendo uma só diretriz, que o Espírito 
lhes tinha dado. 
Neste espírito de fé e obediência, quando algo do homem surgia, Deus lhes orientava pelo 
seu Espírito, não os deixando à mercê das suas vontades e pareceres. 
Desta forma o Espírito os impediu de irem para a Ásia e foram para onde o Espírito Santo 
os guio. 
Da Frigia para Mísia intentando ir para Bitinia, em Troas (Ásia) na costa do mar Egeu, Paulo 
de noite teve uma visão na qual um homem vestido à moda dos macedônios lhe falava: At. 16:9 Passa a 
Macedônia e ajuda-nos. 
Assim partiram para a Macedônia e entram na Europa: Samotracia, uma ilha a 33 km da 
costa. 
Neapolis, cidade marítima do continente europeu, que servia a Filipos, colônia Romana, a 
primeira cidade da Macedônia. 
Nesta cidade, Filipos, três fatos importantes revelam como Deus vê a sua Obra. 
 
Primeiro 
Lídia, mulher vendedora de púrpura, negociante da cidade de Tiatira, foi alvo das atenções 
do Senhor. Como Cornélio, gentia, mas servia a Deus e Ele a salvou através da mensagem de Paulo. A 
primeira conversão na Europa; assim como Lídia, outras mulheres creram. 
 
Segundo 
Manifestação do poder do mal, querendo envolver os servos de Deus; uma jovem possessa 
dizia a verdade acerca dos servos, porém o dom de discernimento foi visto quando os servos rejeitaram o 
testemunho dela e expulsaram o espírito mal daquela jovem. 
A tática usada já antes, quando quiseram identificá-la com Júpiter e Mercúrio. Não foram 
envolvidos. 
Tal qual faz hoje, o inimigo procura amizade lançando um ponto comum, igual, o nome de 
Jesus. Se não houver discernimento, há o envolvimento. Com discernimento o inimigo é derrotado e 
lança outra tentativa. 
A jovem possuidora de um espírito de adivinhação dava lucros aos seus donos e estes 
quando a viram liberta, insuflaram uma perseguição tal que os servos foram presos, pés a um tronco, num 
cárcere interior onde não houvesse hipótese de fuga. Deus estava nisso tudo, Deus queria mais alguém 
naquela região da Macedônia, salvo. 
O homem carcereiro, ouvindo os dois servos cantarem, era o alvo do Senhor naquela noite. 
Deus usou caminhos estranhos para salvar aquele família: perseguição aos servos, prisão, terremoto! 
Salvação, batismo, comunhão foi o resultado maravilhoso daquela noite. 
Lavados os vergões, alimentados, envoltos em alegria seguiram viagem. 
Anfípolis e Apolônia, Tessalônica. 
Em Tessalônica disputou com os judeus na sinagoga por três sábados: muitos creram 
inclusive gregos e mulheres importantes daquela cidade. Mais uma vez foi levantada pelos judeus, 
perseguições e uma acusação que revelava o poder existente nos servos. 
At. 17:66 - Estes que tem alvoroçado o mundo chegaram também aqui. 
Não usavam os meios modernos de hoje mas usavam o mesmo que Deus exige hoje. 
Obediência e fé. 
Em Beréia a 80 km de Tessalônica, Paulo pregou em uma sinagoga e estes foram conferir o 
que Paulo pregou na Palavra e Paulo os achou nobres e os elogiou de sorte que as mulheres gregas da 
classe nobre e os varões se converteram. 
Sabedores das conversões, os judeus de Tessalônica viram excitar as multidões contra 
Paulo e ele foi ao mar, a alguma ilha e depois seguiu para Atenas. At. 17:23-26. 
 
Atenas - capital da Grécia, cidade de cultura e idolatria. Silas e Timóteo encontraram-se 
com Paulo. Paulo nota o povo muitíssimo supersticioso e idólatra, até um altar a um Deus desconhecido 
havia. 
Apresenta este Deus, como o criador dos céus e da terra. O Deus que veneravam por 
medo, sem o conhecerem, era o Deus em que Paulo cria. 
Paulo no Areópago 
 Este era o lugar das grandes prédicas, lugar onde os juízes se assentavam para julgar e de 
lá, pois, pregou aos filósofos gregos. 
Embora a multidão ouvisse, os que creram foram poucos: Dionísio era um areopagita, um 
 
 
juiz, ele creu. Damares e outros. 
 
Corinto 
A 70 km de Atenas, cidade comercial e política. 
Paulo permaneceu dezoito meses e ali conheceu um casal precioso, que tinha vindo de 
Roma por decreto do imperador, tinham eles a mesma profissão de Paulo, fazer tendas: Áquila e Priscila. 
Com estes o trabalho foi iniciado. Vê-se em I Cor. 16:19 as Igrejas da Ásia vos saúdam, saúdam-vos no 
Senhor Áquila e Priscila, com a igreja que está em sua casa. 
Rm. 16:3 Saudai a Priscila e Áquila meus cooperadores. 
Note-se a referência a Priscila em primeiro plano, eraum reconhecimento do Espírito Santo 
à fidelidade e destemor da serva. 
II Tm. 4:19 Saúda Prisca e Áquila. 
Paulo refere-se a Prisca com amor e ainda em primeiro lugar. 
Ao sair em primeira viagem nota-se primeiro o nome de Barnabé a Paulo, depois as 
narrações são Paulo e Barnabé. É de se ver os detalhes! 
O casal também viajava em função da Obra. 
Em Corinto Paulo disputava nas Sinagogas e os judeus resistiam, Paulo lhes proclamou 
estar ele livre do sangue deles e partiu para os gentios. 
Novamente o grupo se reúne: Silas e Timóteo vindos da Macedônia se unem a Paulo. 
Outros servos são mencionados. 
Tito Justo, recebe-o em sua casa e apesar da rejeição em massa, o principal da sinagoga, 
Crispo e toda sua casa creram e foram batizados. 
Fala e não te cales foi a ordem de Deus para esta cidade. 
Sostenes, outro principal da sinagoga é espancado, e outros são lembrados, Crispo a quem 
batizei, Gaio, a família de Estefanes. 
 
Éfeso At. 18:24-25 
Ficava na Ásia proconsular e era a capital. Era uma das três maiores cidades do litoral 
leste do Mediterrâneo (Antioquia da Sïra e Alexandria do Egito e Éfeso). 
Famosa pelo seu grande teatro e tinha o templo a deusa Diana que era contado como uma 
das sete maravilhas do mundo. Com tão belo templo, o culto a essa deusa era imoral, vergonhoso. 
Áquila e Priscila acompanham Paulo a Éfeso e ali ficam eles e falam a Apolo, judeu de 
Alexandria, fervoroso na Palavra mas desconhecendo o batismo com o Espírito Santo, recebe do casal a 
bênção do conhecimento como também o batismo com o Espírito Santo. 
Em Éfeso, Paulo sofreu muito, foi lançado às feras, conforme relatou ele aos Coríntios. I 
Cor. 15:32. 
Cesaréia, era o regresso; daí para Jerusalém, onde relatou todas as maravilhas operadas 
durante quase três anos de viagem. 
Anqioquia, na Síria, sua casa onde a igreja o ouviu, glorificando ao Senhor. 
 
 
TERCEIRA VIAGEM DE PAULO 
 
Introdução - At. 18:23 a 21:8 
Antioquia da Síria 
O intento do apóstolo nesta viagem era de confirmar na fé os servos, assim como as igrejas. 
Estiveram com Paulo nesta viagem: Lucas, Timóteo, Erasto e Tito, embora nem sempre 
juntos, iam seguindo a orientação de Paulo para outros lugares. 
O lugar de mais atenção foi Éfeso, dando assim ao oeste da Ásia Menor grande ênfase na 
evangelização dali. 
As províncias da Galácia e da Frigia foram visitadas. Como já foi dito, Éfeso era a capital da 
Frigia e o grande centro. 
 
 
Éfeso 
Ponto destacados nesta viagem, que durou dois anos e que gerou as sete igrejas da Ásia, 
das quais nos falam o livro de Apocalipse. Ap. 19:10. 
Não foi sem propósito que o apóstolo tanta atenção deu ao lugar. 
At. 19:2-7 - Batismo com o Espírito Santo foi anunciado e recebido. 
At. 19:4 - Confirmação do batismo com água. 
At. 19:8 - Pregação do reino de Deus, por três meses aos judeus. 
At. 19:9 - Caminho é nome que Paulo chama a Obra do Espírito Santo. 
 
 
At. 19:9-10 - Pregação e contestação na escola de Tirano (todos os dias). 
 
Assim, durante dois anos aos judeus primeiro e depois aos gentios a Palavra foi entregue e 
sinais, libertações seguiram-se e os invejosos incitados pelo maligno levantaram-se querendo confundir e 
foram confundidos. 
Exemplo disso foram os sete filhos do sumo sacerdote Ceva, que desejavam se identificar 
com o Evangelho, com o Senhor Jesus e com Paulo (ainda perdura este mesmo tipo de ação). 
At. 19:13 - Esconjuro-vos por Jesus a quem Paulo prega. 
At. 19:15 - Respondendo o espírito maligno, disse: conheço Jesus e bem sei quem é 
Paulo: mas vós, quem sois? 
O resultado foi que nus e feridos fugiram daquela casa e o temor caiu e assim os que 
seguiam artes malignas, trouxeram a Paulo os livros que em praça pública foram queimados. A crendice a 
deusa Diana sofreu abalo. 
 
Timóteo e Erasto 
São enviados à Macedônia. Paulo fica mais um pouco em Éfeso e um grande alvoroço se 
fez acerca do Caminho (expressão repetida, referindo-se à Obra do Espírito). 
Foi nesta altura dos acontecimentos que o grande tumulto em favor da deusa Diana e de 
seu templo, instigados pelos artífices de imagens, tendo a frente Demétrio o chefe, teve lugar e a 
perseguição foi tal que os crentes não permitiram Paulo falar no grande teatro. 
Passado todo o alvoroço, Paulo partiu para Macedônia e daí para a Grécia (Corinto), onde 
passou três meses e devido às ciladas armadas pelos judeus para matá-lo, determinou voltar para a 
Macedônia (Filipos) outra vez, e foi acompanhado de irmãos de vários lugares. 
At. 20:4 - Sopater de Berea, e dos de Tessalônica, Aristarco e Segundo e Gaio de Derbe 
e Timóteo, e dos da Ásia, Tíquico e Trófimo. 
 
Troas 
Lugar onde todos se reuniram junto a Paulo e lá permaneceram sete dias. 
A ceia do Senhor foi feita. 
Uma longa mensagem foi dada, Paulo tinha muita coisa a falar-lhes, instruir-lhes. Durante a 
mensagem um jovem chamado Êutico dormiu, caiu da janela e morreu. 
Paulo o ressscitou e o povo consolado ainda ouviu Paulo até o alvorecer. 
 
Assôs 
Chegou por terra e Lucas e os demais que tinha ido de navio os esperava. 
Mitilene capital da ilha de Lesbos 
Quios, Samos ilhas do mar Egeu. 
Trogilio, Mileto. Em Mileto, Paulo manda chamar os anciãos da Igreja de Éfeso e lhes faz 
um retrospecto do trabalho realizado, apresenta-lhes as expectativas do futuro próximo, reveladas pelo 
Espírito Santo. At. 20:22-24 
At. 20:22-24 - E agora, eis que ligado eu pelo Espírito, vou para Jerusalém, não sabendo 
o que há de me acontecer, senão o que o Espírito Santo de cidade em cidade me revela, dizendo que me 
esperam prisões e tribulações. Mas em nada tenho minha vida por preciosa contando que cumpra com 
alegria a carreira que me está proposta, o ministério que recebi do Senhor. 
Ao anunciar-lhes que nunca mais veriam o seu rosto, Paulo queria conscientizar-lhes da 
Obra que estava em suas mãos. Eles deveriam velar pelo rebanho de Deus, rebanho não de Paulo mas 
resgatado pelo sangue de Deus. Interessante a alusão ao sangue de Jesus, como sangue de Deus. 
Admoesta-os ainda, quanto aos lobos devoradores que se haveriam de introduzir contra o 
rebanho após a sua partida. 
Ajoelhado ora e chora com os irmãos uma séria despedida. 
Cós, Rodes, Pátara, Tiro já na Fenícia onde passou uma semana, visitando os irmãos e ali 
foi avisado através de uma revelação que não fosse a Jerusalém. Levados pelos irmãos de Tiro até o navio, 
também na praia orou com eles e despediu-se embarcando num navio. 
Em Ptolemaida, ficou um dia com os irmãos. 
Em Cesaréia na casa de Filipe, o evangelista cujas quatro filhas eram profetizas, a eles 
ajuntou-se outro profeta que tinha vindo da Judéia que confirmou a profecia sobre a prisão de Paulo em 
Jerusalém, que lhe fora dado por profetas em Tiro. 
A vontade de ir ter com os irmãos na festa de Pentecostes, somados aos seu destemor, 
levaram Paulo a Jerusalém, onde hospedou-se com Mnason, que era nascido em Chipre e lá morava, tendo 
vindo com os servos de Cesaréia. 
 
Jerusalém 
 
 
Na casa de Tiago, em meio a muito gozo, Paulo contou-lhes toda a viagem. 
No templo: judeus vindos da Ásia, o acusaram de profanar o templo, porque Trófimo que 
era grego havia entrado no templo. Paulo foi acusado de sacrílego. 
Foi arrastado para fora do templo e ferido. Foi salvo pelo tribuno e os soldados de ser 
morto. Contudo foi preso e acorrentado, conforme o Espírito havia profetizado. 
At. 22 - Ainda que nessas condições, ele fala com permissão do Tribuno, de sua fé, sua 
salvação e da visão que teve do Senhor. 
At. 23:11 - Paulo, tem bom ânimo, porque por mim testificastes em Jerusalém, assim 
importa que testifiques em Roma. 
Conclusão 
Por esta visão que Paulo teve em que o Senhor assim falou, Paulo não foi teimoso ou 
imprudente, mas apesar de saber o que lhe esperava em Jerusalém, não temeu e agiu com destemor. 
A última viagem foi de fato a Roma, pela vontade expressa do Senhor, que lá ele 
testificasse dele. 
 
 
QUARTA E ÚLTIMA VIAGEM - (Preso de Jerusalém à Roma) 
 
At. 23:31 ao c.28 
Introdução 
Quarenta judeus conspiravam matar Paulo sob juramento de não comerem nem beberem 
até que isso fosse feito. O sobrinho de Paulo ouviu a respeito da cilada e narrou a Paulo na prisão e o 
centurião chamou o moço e o enviou ao tribuno Claudio Lisias que imediatamente convocou uma escolta de 
duzentos soldados, 70 de cavalos e arqueiros e os enviou ao presidente Félix, em Cesaréia, as três horas 
da manhã e Paulo foi livre. Em Cesaréia ficou preso dois anos no Pretório de Herodes, onde alguns fatos 
ocorreram: 
a - Félix, o governador ouve os acusadores, que vieram de Jerusalém; Ananias o sumo 
sacerdote que mandou que o ferissem na boca; Tertúlio o orador da acusação. Paulo 
fez a sua defesa diante de Félix, Drusila sua mulher que era judia. Félix nada fez por 
Paulo e foi substituído no governo por Porcio Festo. 
b - Porcio Festo 
Tendo esse descido à Jerusalém, os mesmos algozes lhe pedem trazer Paulo para ser 
julgado em Jerusalém, querendo no caminho matá-lo. Isso agradou a Festo e a Félix, 
porque queriam tornar populares entre os judeus. Paulo porém apelou para César, o 
imperador. 
c - Rei Agripa e Berenice 
Através de Festo o rei e a rainha tomam conhecimento de Paulo e desejam conhecê-lo e 
ouvi-lo. 
Quando Paulo lhes falou a respeito do Senhor e da ressurreição, Festo sabedor da cultura 
do apóstolo disse: At. 26:24 - Estás louco Paulo, as muitas letras te fazem delirar. Por pouco me queres 
persuadir a que me faças cristão. 
Chegaram as autoridades à conclusão de que Paulo poderia ser solto, se não houvesse 
apelado para César. 
No entanto o Senhor lhe havia dito: Importa que de mim testifiques em Roma, assim sendo, 
foi ele enviado para Roma. 
De Cesaréia para Sidom 
Lucas e Aristarco o acompanharam e o centurião permitiu que Paulo fosse ver os irmãos. 
Costearam, Chipre, Cilicia, Panfilia e em Licia, no porto de Mirra, tomaram outro navio, 
Alexandrino, com destino à Roma. 
Cnido 
Não alcançaram grande desenvolvimento e chegaram junto a Creta, Salmone e depois em 
Bons Portos de Creta, na altura da cidade de láscia. 
Foi nesta ocasião que Paulo disse ao centurião que não deviam continuar a viagem mas ele 
preferiu ouvir o piloto que optou por chegar a Fenix, um porto de Creta, melhor, onde poderiam invernar ali. 
Desta sorte foi que segundo as aparências, que eram boas, fizeram velas, porém um vento 
forte, o euro-aquilão (vento nordeste) os pegou e levou o navio a um naufrágio. Depois de 14 dias de luta, 
Paulo os anima. 
At. 27:21 - Porque não se perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio, porque 
esta noite o anjo de Deus de quem eu sou e a quem eu sirvo, esteve comigo 
dizendo: Paulo não temas. Importa que sejas apresentado a César. 
Ilha de Malta ou Melita 
Ao sul da Ilha Sicília. Neste lugar foram socorridos e Paulo ao aquecer-se numa fogueira foi 
 
 
mordido por uma víbora venenosa (...pegarão em serpentes e não lhe farão mal algum... Mc. 16:18a). A 
Palavra foi cumprida o que causou admiração aos bárbaros daquela ilha e logo puseram atenção em Paulo. 
Sabedor da enfermidade do pai de Públio o chefe da ilha, Paulo foi vê-lo e impondo as mãos sobre ele, o 
curou e assim outros enfermos vieram e foram curados. 
Paulo era o preso, porém era a bênção que todos que o cercavam, dentro ou fora do navio, 
porque o Senhor era com ele. 
Três meses passaram ali até que um navio Alexandrino Castor e Polux os pegou, tendo sido 
na ilha provido de víveres, tudo em decorrência a Paulo. 
Siracusa na costa oriental da Sicília, ficaram três dias. 
Régio na península italiana. 
Puteóli onde um grupo de irmãos fizeram-no ficar 7 dias. 
Praça de Apío e Três Vendas a 70 km de Roma. 
Onde um grupo de irmãos e companheiros se reuniram para receber o preso Paulo. O 
servo se alegrou e registrou o amor dos irmãos que de Roma vieram vê-lo e antecipa a evangelização que 
seria feita em Roma conforme o plano do Senhor. 
 
Roma 
Capital do império, centro cultural, político, foi aí que Paulo passou dois anos preso, porém 
morando em casa alugada, guardado apenas por um soldado. 
Lá ele chamou os judeus da sinagoga e narrou-lhes tudo que acontecera, alguns creram, 
outros endureceram-se quanto à mensagem, e Paulo mostrou-lhes a profecia de Isaías 6:9 De ouvido 
ouvireis e de maneira nenhuma entendereis. 
De Roma escreveu as seguintes epístolas: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Ao lerem-se as cartas do apóstolo Paulo, notam-se pessoas, lugares por onde andou, 
trabalhou, gastou-se. 
O ensino dado leva-nos a mais intimidade com a Palavra, mais identificação, mais 
comunhão. 
Convém observar a segunda carta escrita a Timóteo, onde ele fala do fim de sua vida. 
Tito também foi escrita na mesma época e diz que ele foi para Nicopolis e relata outros 
lugares por onde andou. 
O saldo maravilhoso de todo o seu trabalho é resumido em sua segunda Carta a Timóteo, 
quando ele sabia já do seu martírio nas mãos de Nero, no ano 68 d.C. 
Todas as igrejas edificadas, seus problemas criados, suas alegrias e bênçãos, foram 
necessários, pois o Espírito Santo ungiu Paulo para escrever sobre todos os aspectos da vida do Corpo, da 
Igreja de Cristo. 
II Tm. 4:6-8 
Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida 
está próximo. 
Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. 
Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; 
e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.

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