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PROJETOS 1° ao 5° ANO ESCOLARES ENSINO FUNDAMENTAL BIENAL DE ARTE ISSN 1980-2714 Inspire-se na mostra Ano 5 47 internacional e estimule a sensibilidade das crianças 9771980271001 On line www.projetosescolares.com.br EDITORA 48 IDEIAS para desenvolver a cognição, a coordenação e respeito pelo meio ambiente DIA DOS PAIS ENSINE AOS ALUNOS COMO É PRESERVE FOLCLORE Use materiais recicláveis TRABALHO DE UM BIÓLOGO Recrie contos e lendas e incentive e confeccione lembranças interesse pela cultura popular diferentes para homenagear papai SEMPRE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL Discuta fatos históricos a partir da construção de linhas do tempo GRÁTIS IÇAMI TIBA Confira entrevista exclusiva ILUSTRAÇÕES, FICHAS com psiquiatra sobre E MOLDES PRONTOS papel do professor PARA USAR EM SALA na educação brasileiraPara pensar parte dos Ser alunos, também professor de aquisição educador tudo da uma isso, do direção, que de é profissão o um conhecimento, ofício presenciar de professor mesmo. uma tanto! saber É deve Digo pressão que receber isso está de porque, um contribuindo Nada todos o aluno, merecido pode da muitas os acompanhar por comunidade. lados: ser para valor, insatisfações vezes, melhor por formar tanto o para o educador Mas cidadãos. por processo com um parte é Por da parece o salário, sociedade se pela esquecer como professor ineficiência por do seu ele acaba da papel coordenação, se na acomodando sociedade. pela e Levado falta não de cumpre estrutura mais e sua de interesse função de dos agente Para alunos, transformador. o rotina e fazer você pensar nesta a respeito edição, de uma tudo entrevista isso, a Projetos exclusiva livros oportunidade sempre A leitor, On "estremecer" publicados, Line faz tempo Escolares com parte Editora para o para como psiquiatra dessa ele sua enxergarmos Ensino melhorar está provoca, você história! comemorando Içami pode Fundamental e questiona recomeçar. Tiba. o Por conferir isso, Referência do e nesta critica 15 traz, preparamos educador anos edição com na de área firmeza. de muitas diversos e outra e também com "Ideias forma, É conquistas. mais uma concursos no que excelente afinal, de site 20 E www. há você, Você, enviar um de projeto fora do desenvolvido concurso Conte-nos cultural na sua como escola foi a experiência, e que tenha entre Basta alunos, pais e educadores. serão avaliados, destaque! e o vencedor Além feito seus será sucesso publicado resultados nas e conquistas. revistas para Projetos Todos continuar confira os Escolares aprimorando o regulamento com o merecido seu e aprendizado. inscreva-se! Acesse Faça a diferença! 3SUMÁRIO 05 Presentes criativos Comemore o Dia dos Pais e aproveite para usar materiais recicláveis que auxiliam na preservação ambiental. 08 - Valorize a cultura brasileira! Ajude os alunos a identificar informações folclóricas no cotidiano. 12 - Caminhos da de tempo cronológico e tempo histórico ao falar sobre os movimentos que motivaram a Independência do Brasil. Atividades práticas mostram aos alunos o dia 16 - Estudar a vida a dia da profissão de um biólogo. 23 - Novos olhares Use a Bienal de São Paulo para promover a reflexão sobre o olhar, o eu e o outro, o público e o privado. 26 - Embalagens divertidas coordenação motora e a criatividade das Estimule crianças com a a confeccção de presentes para a figura paterna. 28 - Agenda Confira as últimas novidades em eventos, locais para visitar e publicações voltadas à educação. Acolhimento na reunião de pais 29 Artigo dá dicas para promover um encontro e agradável. 30 Educação e liderança Confira entrevista exclusiva com o psiquiatra da Içami Tiba sobre o papel do professor e os rumos Educação. 34 - Bienal Internacional do Livro mais sobre a origem desse importante evento 2010. e Saiba programe-se para a edição que acontece em 34 Onde encontrar Contatos dos profissionais. e das empresas que colaboraram nesta edição. 4DIA DOS PAIS Presentes criativos Faça com alunos lembranças diferentes e úteis para comemorar o Dia dos Pais Anos: 1° ao 5° @cantinhodoprofessor Disciplinas: Ciências, Artes, Língua Portuguesa e Matemática Objetivos: Conceituais analisar posturas e atitudes; perceber a importância da figura paterna; conhecer receitas; trabalhar com o uso de materiais recicláveis que auxiliam na preservação ambiental Procedimentais - discutir e relacionar ações do cotidiano a posturas paternas; confeccionar presentes para Dia dos Pais Atitudinais - refletir e sensibilizar-se sobre posturas paternas para a diversidade de atitudes; interessar-se pela reutilização de materiais e preservação ambiental Responsável: a pedagoga Cristiane Boneto MEU PAI Molde MODO DE PREPARO Coloque a base do sabonete líquido em uma bacia de Materiais: cartões de Dia dos Pais plástico. Adicione a água aos poucos e mexa até diluir (prontos na folha de moldes); tesoura com bem. Adicione a essência e 0 extrato aos poucos e mis- ponta arredondada. ture. Pingue uma gota de corante para dar uma sua- COLOCANDO EM PRÁTICA ve. Coloque na embalagem. É muito provável que na sua sala de aula existam alunos COLOCANDO EM PRÁTICA com frágeis ou inexistentes vínculos paternos. Para lidar com essa situação, procure desenvolver um olhar refle- Este presente é útil para a maioria dos pais e pode ser xivo sobre a figura paterna, inclusive para que, quando confeccionado pelas próprias crianças. Os ingredientes os meninos crescerem e se tornarem pais, possam ter são de baixo custo e podem ser encontrados em farmá- uma postura mais adequada ou que as meninas possam cias de manipulação ou lojas de produtos de beleza. A cobrar de seus maridos, futuros pais de seus filhos, tal realização da atividade permite que os alunos desenvol- postura. vam as habilidades de medição e a coordenação motora. Para realizar esta reflexão, não evidencie os próprios pais das crianças. Apresente alguns personagens para que os alunos reflitam sobre as posturas de cada um. Recorte da folha de moldes os cartões de Dia dos Pais com títulos diversos que brincam com a palavra pai. Reproduza-os e apresente-os ao grupo e peça que descrevam e quali- fiquem cada um. Para auxiliar a turma nesta construção, selecione fatos cotidianos para que os alunos escolham como "pai-personagem" agirá em cada uma delas. Foto: Vandercy Junior/ Produção: Cristiane Boneto ESPUMA PARA BARBA Materiais: 500 mL de água deionizada; bacia de plás- tico; 3g de bactericida (desnecessário se o produto for usado em menos de três meses); 100 mL de base para SEMPRE sabonete líquido; corante aquoso azul (bem modera- do); 10 mL de essência de sândalo; 15mL de extrato glicólico (planta moída com um líquido extrator como a glicerina) de camomila; potes para o armazenamento PURA 5Dica: azeite desinfeta e trata a pele ferida pela gilete. óleo de COCO é excelente para peles sensíveis ou cortadas, porque ajuda a reter a umidade. Foto: Vandercy Junior/ Produção: Cristiane Boneto GEL PARA BARBA GEL PÓS-BARBA Materiais: 200 mL de base Materiais: 1 xícara de água; xícara de azeite; bis- para gel; bisnaga para acondi- naga para acondicionar produto; 1 colher de sopa de Foto: Cristiane Boneto (arquivo pessoal) cionar o produto; corante verde borato de sódio (bórax); 10 gotas de essência; xícara ou azul a base de água; 3 mL de óleo de xícara de sabão de ralado. de essência de coco; 3 mL de essência de menta; etiquetas; espátula para misturar. MODO DE PREPARO MODO DE Mais uma dica superprática é o gel pós-barba. Der- reta 0 sabão na água fervendo. Retire do fogo e adi- PREPARO cione 0 bórax. Mexa até dissolver. Derreta o óleo de Misture a essência de COCO na base para gel e depois no micro-ondas, junto com azeite. Acrescente acrescente a essência de menta. Por último, coloque estes dois ingredientes à preparação de sabão. Mis- corante verde ou azul. Mexa bastante até que fique ho- ture com uma batedeira de mão até obter a consis- mogêneo (precisa ficar líquido mas um pouquinho cre- tência de um creme. Coloque em um recipiente. Dei- moso). Acondicione o produto na bisnaga. xe descansar em temperatura ambiente até ficar uma pasta mole. Guarde uma semana na geladeira e use. COLOCANDO EM PRÁTICA Ainda pensando na utilidade das lembranças de Dia dos COLOCANDO EM PRÁTICA Pais, prepare mais uma receita que poderá receber a ajuda dos alunos na confecção e ainda permite trabalhar Crie com as crianças o gel pós-barba. Para que alu- questões matemáticas como transformação de medidas, nos não mexam com água fervente, você pode deixar processos químicos na mistura de materiais, etc. sabão derretido já preparado. Solicite que montem um pacote com todos OS itens preparados.PORTA-MOEDAS RECICLADO Materiais: caixa de leite vazia; cola branca; material para decorar; pincel; tesoura com ponta arredondada; tinta co- lorida; velcro. 1 2 3 Foto: Vandercy Junior/ Produção: Cristiane Boneto PASSO A PASSO CADEIRA DO PAPAI REALIZADO Materiais: caixas de papelão; molde de Molde PELO cadeira (pronto na folha de moldes); te- EDUCADOR E Foto: Cristiane Boneto (arquivo pessoal) soura com ponta arredondada. PELOS ALUNOS COLOCANDO EM 1. Amasse a caixa de papelão e corte as partes superior e inferior. Deixe uma PRÁTICA aba na parte superior. Pinte e deixe se- car. 2. Dobre as laterais para dentro. Dobre Para finalizar as ideias de presentes para o Dia dos Pais a caixa ao meio e grampeie. 3. Cole o velcro e relembrar a importância de reutilizar e reciclar os ma- na parte de dentro da aba e na caixa onde a aba teriais, monte com os alunos uma cadeira diferente e re- será fechada. sistente que impressionará os pais pelo material com o qual é feita: papelão. Use uma caixa de papelão como COLOCANDO EM PRÁTICA base e amplie os riscos disponíveis na folha de moldes para o tamanho desejado. Recorte as peças de papelão Muitos pais já começam a ensinar educação financei- nas quantidades indicadas em cada peça e monte. ra para seus filhos desde pequenos. famoso cofrinho ensina as crianças a poupar as moedinhas do troco. Por que não retribuir preparando um porta-moedas para os pais? Solicite com antecedência aos alunos que tragam as caixas de leite vazias, limpas e secas. Explique aos alunos que o dinheiro guardado corretamente não amas- sa ou rasga e por isso demora mais tempo para estragar. Como tema, as crianças podem usar imagens de dinhei- recortadas de revistas. Faça com as crianças passo a passo da carteira e peça que depois de decorada e Foto: Vandercy Junior/ Produção: Cristiane Boneto seca, embrulhem a carteira para presente.@cantinhodoprofessor @cantinnodopr PROJETO FOLCLORE Valorize a cultura brasileira! Realize atividades que ampliam 0 conhecimento dos alunos sobre folclore e as tradições nacionais Anos: 1° ao 3° Disciplinas: Língua Portuguesa, História, Geografia, Ciências, Artes, Música e Educação Física Objetivos: Conceituais - conhecer e resgatar informações sobre o folclore brasileiro; identificar lendas regionais; associar e perceber as informações e a importância da reutilização de materiais Procedimentais - identificar informações folclóricas dentro do nosso cotidiano; ler e reescrever contos, fábulas e quadrinhas; recriar brincadeiras; confeccionar objetos folclóricos Atitudinais - sensibilizar-se para a importância da preservação da cultura popular; respeitar a diversidade. Responsável: a pedagoga Cristiane Boneto Foto: Juniori Produção: Cristiane Boneto 8ESBANJANDO COLOCANDO EM PRÁTICA Aproveite os dados folclóricos para estimular as lingua- gens oral e escrita e a criatividade dos alunos. Apresen- te para as crianças as novas versões de fábula, quadri- Materiais: cola; folha de off-set colorida; nha, brincadeira e lenda disponíveis na folha de moldes. ilustrações de situações corriqueiras (pron- Molde Pergunte a elas se conhecem alguma versão diferente tas na folha de moldes); tesoura com ponta do que foi exposto. Estimule-as a criar as próprias ver- arredondada. sões, que poderão ser divididas com os colegas. Para aprofundar a atividade, organize com estudantes um COLOCANDO EM livro folclórico com as versões criadas. PRÁTICA Recorte as imagens da folha de moldes e cole na folha de off-set. Monte vários painéis informativos que darão um toque especial ao projeto. Cada painel poderá conter temas como: brincadeiras, cantigas, superstições, culi- nária, dança, artesanato, entre outros. Quando estive- rem prontos, exponha-os em sala de aula. Apresente os painéis aos alunos e pergunte o que cada imagem os faz lembrar. As crianças buscarão na memória situações cotidianas vividas por elas. SABERES POPULARES Materiais: cartolinas; canetinhas; cola bastão; revistas velhas; tesoura com ponta arredondada. COLOCANDO EM PRÁTICA Foto: Vandercy Junior/ Produção: Cristiane Boneto Separe conceitos que poderão ser agregados aos pai- néis ou oriente uma pesquisa mais aprofundada por meio do material preparado na atividade anterior. Apre- MEU BRASIL sente a ideia aos alunos e divida-os em pequenos gru- pos. Peça que realizem uma pesquisa sobre um dos BRASILEIRO Molde conceitos. Lembre-os de que existem inúmeras fontes de pesquisa. Os dados colhidos oportunizam confron- Materiais: cartolina colorida; cola; molde to de informações e podem sofrer alterações de região do infográfico (pronto na folha de moldes); para região e de fonte para fonte. Explique aos alunos tesoura com ponta arredondada. que é importante anotar as fontes usadas nas buscas. Isso permite que uma pessoa interessada confirme a in- COLOCANDO EM PRÁTICA formação ou aprofunde seus conhecimentos a respeito. Utilize o infográfico para dar suporte para as criações dos alunos. Aproveite as informações para refletir com REINVENTAR Molde eles a geografia e possíveis costumes locais. Eles irão perceber que algumas lendas surgiram por conta Materiais: cola; folha de papel sulfite das particularidades geográficas, como a presença mar- A4; moldes com novas versões de fábula, cante de florestas, rios ou ainda de tradições culturais. quadrinha, brincadeira e lenda (prontos na folha de moldes); tesoura com ponta arre- dondada. FÁBULAS, TEXTOS, BRINCADEIRAS E QUADRINHAS As fábulas são textos de cunho popular ou artístico que possuem uma narração breve em verso ou prosa. As qua- drinhas seguem mesmo ritmo, mas sua construção é em quatro versos de sete sílabas. Elas são trovas populares muito utilizadas em desafios e provérbios. As brincadeiras sofrem variações, mas em alguns casos também recebem ritmo por meio do uso de rimas e versos. As parlendas são um importante exemplo: poemas como Cadê toucinho que tava aqui divertem as crianças por meio da repetição e complemento de frases. Fontes: os Dicionários Aurélio e Michaelis. 9Foto: Vandercy Produção: Cristiane Boneto FOOT MACHÊ DE CAFÉ PERSONAGENS Ingredientes: 1/3 de xícara de chá de amido de milho; 1 xícara de chá de cola branca para biscuit; creme para MALUQUETES as mãos; 2/3 de xícara de chá de pó de café usado e seco; 1 colher de sopa de vinagre; 1 colher de vaselina líquida. Materiais: cartolina; folha de papel sulfite Molde A4; grampeador; ilustrações de personagens Modo de preparo: deixe secar pó de café ao sol e folclóricos (prontas na folha de moldes); lápis depois misture todos os ingredientes. Leve-os ao micro- coloridos; papel color set; tesoura com ponta -ondas por um minuto. Misture novamente e coloque arredondada. a mistura no micro-ondas por mais um minuto. Sove a massa em uma pia de mármore untada com amido de milho. Passe creme na mão e amasse a massa até ficar COLOCANDO EM PRÁTICA em ponto de fazer as peças. Aproveite as informações das atividades anteriores e crie um livro de personagens. Recorte as ilustrações de COLOCANDO EM PRÁTICA personagens folclóricos da folha de moldes e distribua- Materiais: garrafa Pet; lã; retalhos; tesoura com ponta -as na quantidade necessária para confeccioná-lo. Vin- arredondada; tinta guache. que nas dobras e recorte. A capa deverá ser feita com Utilize a parte superior da garrafa Pet para fazer os fanto- cartolina ou papel color set. As páginas deverão ser ches. Corte na altura de 10 cm partindo do gargalo. Mode- grampeadas com a capa e unidas de maneira que as le a cabeça com a massa e coloque-a apoiada no topo da imagens se sobreponham. Corte cada página nas linhas garrafa. Em seguida, utilize 0 espaço fino da garrafa para horizontais para que os alunos possam transcorrê-las modelar o pescoço. Peça que os alunos pintem a cabeça do para alterar 0 personagem folclórico. Mais folhas pode- boneco. Já seca, cole lã ou retalhos para fazer os cabelos. rão ser anexadas caso as crianças criem novos perso- Confeccione a roupa com retalhos também. Os fantoches nagens ou acrescentem outros que já conhecem e não poderão ser utilizados para contar histórias folclóricas pes- aparecem no livro. quisadas pelo grupo durante a execução do projeto.PORTA-RECADOS Materiais: arame ou suporte de arame pronto; cabaça; cola quente; massa de biscuit; tinta PVA verde e preta. 1 2 3 Foto: Vandercy Junior/ Produção: Cristiane Boneto PASSO A PASSO REALIZADO PELO EDUCADOR E PELOS ALUNOS 1. Modele os pés, os olhos e 0 su- porte para arame com a massa de biscuit e separe. 2. Pinte a cabeça toda de verde e espere secar. 3. Cole os olhos e pinte a boca e as pintinhas com a tinta pre- ta. Finalize colando as partes modeladas restantes. COLOCANDO EM PRÁTICA Antes de iniciar a atividade, verifique quais os conheci- mentos prévios dos alunos. Converse com OS estudan- tes sobre que é a cabaça e quais suas utilidades. De- pois da montagem, a peça pode ser levada para casa e servir de porta-recados. A cabaça é um fruto da família cucurbitácea, nativa da África. Recebe outros nomes, como calabaça, porongo ou caxi. É considerada uma hortaliça não tradicional, pois é consumida com regularidade. Os escravos africanos foram os responsáveis pela introdução da cabaça no Brasil e hoje ela é encontrada na região sul do País. fruto possui casca grossa quando está madura, 0 que a torna impermeável e com polpa seca e fina. As sementes do fruto são grandes e marrons. fruto seco permite inúme- ras formas de uso, como armazenamento de sementes, a conservação de líquidos e alimentos crus e cozidos, a decoração, a elaboração de cuias, chocalhos, cachim- bos, entre outros. Os nativos brasileiros costumam utilizá-la como planta medici- nal e também para conservar remédios. Recomenda-se consumo dos tipos não amargos. amargor é causado por um componente chamado cucurbitacina, que se torna venenoso caso seja consumido em grandes concentrações. Fonte: ABHorticultura www.abhorticultura.com.br/biblioteca/arquivos/Download/Bibliote- ca/olme4019c.pdf). 11PROJETO INDEPENDÊNCIA DO BRASIL Caminhos da independéncia Contextualize acontecimentos do passado usando linhas do tempo Anos: 3° ao 5° Disciplinas: História, Geografia, Língua Portuguesa, Artes e Música Objetivos: Conceituais conhecer os conceitos de tempo cronológico e tempo histórico; revoltas que motivaram a Independência do Brasil, os símbolos nacionais e sua importância; reconhecer a importância dos fatos históricos Procedimentais montar sequências lógicas; construir linhas do tempo; discutir sobre fatos históricos e sua importância; confeccionar cartazes com os símbolos históricos; decodificar e cantar hino da Independência Atitudinais resgatar a importância do ser humano como agente transformador da história; respeitar diferenças culturais e os símbolos nacionais; interessar-se pelas histórias do Brasil e do mundo Responsável: a pedagoga Cristiane Boneto É importante que os alunos com- preendam que a Independência foi mais do que "grito do Conhecer 0 processo e as moti- vações desse fato histórico cau- sará maior reflexão. A confecção de linhas do tempo oferece aos alunos uma forma visual e práti- ca de estudar encadeamento de eventos; no caso deste projeto, os eventos que levaram o Brasil a ser independente, mas isso não impe- de que as atividades com linhas do tempo sejam adaptadas para outros temas. Durante as aulas, procure fazer pontes do assunto com o presente, como questionar como o Brasil seria se não houves- se Independência, o que mudou com a passagem dos anos. Se os alunos não possuírem muitos co- nhecimentos a respeito, incentive o estudo e a pesquisa sobre os fa- tos históricos e realize discussões para que eles compreendam que o momento que vivemos é conse- quência de todo o nosso passado. Ressalte que a turma e cada um, individualmente, são sujeitos de um momento histórico e que suas ações, tanto individuais quanto Foto: Vandercy Produção: Cristiane Boneto coletivas, podem fazer diferença dentro do contexto social no qual estão inseridos.TEMPO ferirem ou deixe que criem um. Solicite que fiquem Molde atentos para a organização da linha do tempo, já que CRONOLÓGICO ela precisa ser de fácil leitura e compreensão, sem poluição visual. Materiais: ilustrações de eventos em se- quência (prontos na folha de moldes); te- APRENDER soura com ponta arredondada. HISTÓRIA COLOCANDO EM PRÁTICA Material: trabalhos realizados pelos alunos na ativi- Faça que os alunos compreendam a diferença entre dade "Linha do tempo". tempo cronológico e tempo histórico. Recorte da folha de moldes as fichas com eventos em sequência (ama- nhecer, pôr do sol e noite). Embaralhe e entregue a eles COLOCANDO EM PRÁTICA para que coloquem na ordem correta. Esta atividade Desafie os alunos. Destaque algumas datas (mês ou dará aos estudantes uma noção mais clara de tempo. ano) e solicite que pesquisem o que aconteceu de importante naquele período. A pesquisa poderá ser EVOLUÇÃO de diferentes proporções: na cidade, no estado, no País ou no mundo. Complemente com questionamen- Molde HUMANA tos como: qual personalidade histórica nasceu no dia do seu aniversário? que é comemorado nesse dia em alguma parte do mundo? 0 que aconteceu Materiais: ilustrações sobre evolução no mundo no mês em que você levou sua primeira (prontas na folha de moldes); tesoura queda de bicicleta? Qual foi primeiro livro que leu com ponta arredondada. sozinho e que marcou sua vida? Mas e para resto do mundo, isso foi importante? Finalize com a cons- COLOCANDO EM PRÁTICA trução de uma linha do tempo simultânea com todas as informações. Faça um retângulo que irá incorporar Solicite uma pesquisa sobre a evolução do homem em todas as linhas do tempo já apresentadas. As crian- suas atividades como nômade, semissedentário e se- ças utilizarão retângulo para escrever os planos fu- dentário. Recorte as ilustrações da folha de moldes e turos. Nesta construção, os alunos perceberão que distribua-as para a classe. Separe a turma em grupos sua linha do tempo pode ser relacionada com as ou- de três alunos e peça que coloquem as fichas em or- tras linhas, mostrando que a história se constrói de diversas maneiras. dem. Proponha uma pesquisa sobre as informações encontradas em cada uma delas. Lembre-se de rela- cionar a pesquisa com a atualidade. A CAMINHO DA LINHA DO INDEPENDÊNCIA Molde TEMPO Materiais: ilustrações do hino (prontas na folha de moldes); lápis coloridos; te- Molde Materiais: lápis coloridos; modelos de li- soura com ponta arredondada. nhas do tempo (prontas na folha de mol- des); tesoura com ponta arredondada. COLOCANDO EM PRÁTICA COLOCANDO EM PRÁTICA Apresente aos alunos os fatos que motivaram a In- Oriente os alunos a criar a linha do tempo de sua dependência. Agregue a esta linha do tempo a cons- vida do nascimento ao momento atual. Solicite que trução dos símbolos nacionais. Mostre a versão enumerem os acontecimentos que consideram rele- ilustrada do Hino da Independência que poderá ser vantes até aquele momento. Cada criança deve fa- cantada, decodificada e interpretada pelas crianças. zer a sua e colocar itens como data de nascimento, Promova uma pesquisa sobre as revoluções que quando começou a andar e falar, primeiro dia na queriam a independência do Brasil para aprofundar escola, quando aprendeu a ler e a escrever, a perda a discussão. As imagens ilustrativas poderão ser in- de um ente querido, alguma conquista pessoal. Apre- corporadas à linha do tempo. Recorte-as da folha de sente para a turma as diferentes possibilidades da moldes e peça que os alunos escrevam com as pró- construção de linhas do tempo disponíveis na folha prias palavras as informações sobre cada uma delas. de moldes. Peça que escolham modelo que pre- Coloque-as na linha do tempo assim que estiverem prontas.ILUMINISMO iluminismo foi um movimento político-cultural que teve início na Europa. Os iluministas não acreditavam que a natureza era regida por Deus, mas sim por leis físicas. Eles combatiam o fanatismo religioso por meio da ideia de um cristianismo sem dogmas ou milagres. Além disso, queriam igualdade política, jurídica e econômica. Os filósofos iluministas rece- beram influências do Renascimento. Descartes, filósofo considerado precursor do movimento, dizia que a verdade só seria alcançada por meio de duas habilidades do homem: duvidar e refletir. Esta corrente chegou ao Brasil como um movimento elitista e influenciou diversos even- tos, dentre os quais: INCONFIDÊNCIA MINEIRA Movimento precursor da Independência do Brasil. Com a mineração es- cassa, o governo português passou a cobrar impostos abusivos, principal- mente com a criação da derrama. A nova forma de cobrança ordenava que cada região produtora de ouro pagasse cem arrobas de ouro por ano para a metrópole. Caso contrário, os bens da população seriam confiscados até a quitação da dívida. o evento no qual pessoas da elite de Minas Gerais se uniram contra a Coroa também é conhecido como Conjuração Mineira. Joaquim Silvério dos Reis, com 0 perdão das suas dívidas, denunciou os membros do grupo, que foram acusados de conspiração contra a coroa. Enquanto todos os acusados pertencentes à elite receberam penas bran- das, Joaquim José da Silva Xavier, o dentista conhecido como Tiradentes, foi castigado com a pena de morte e o esquartejamento de seu corpo. REVOLTA DOS ALFAIATES Surgiu em consequência da ideologia de liberdade vinda da França e da ação da Maçonaria. A revolta almejava a quebra do Pacto Colonial por meio da independência do Brasil e a extinção da escravidão. Ao contrário da Inconfi- dência Mineira, movimento recebeu participação das camadas populares, que sofriam com os altos preços impostos pela metrópole. Aqueles que fa- ziam parte do movimento espalharam panfletos que disseminavam a ideia de democracia e condições igualitárias. Insatisfeitos, líderes portugueses infiltraram espiões para prender os que causavam a desordem. Houve pri- sões, penas de execução e desterro. REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA A permanência da Família Real no Brasil trouxe insatisfação à po- pulação devido às mudanças econômicas e comerciais. Pernambuco era um grande produtor de algodão e açúcar. Devido à dependência da exportação desses produtos, principalmente para a Inglaterra, uma crise econômica abateu a região. As tensões sociais foram inspiradas nas ideias iluministas e liberalistas. Foi instituído um governo provisório que criou a primeira Constituição do País. A revolução difundiu-se em outras regiões e sofreu com a repressão portuguesa. Fontes: os sites www.educacao.uol.com.br e com.br.SIMBOLOGIA PASSO A PASSO REALIZADO PELO EDUCADOR Molde 1. A tábua deverá ser cortada em quatro retângulos nas Materiais: lápis coloridos; ilustrações dos seguintes medidas: 25 15 cm, 25 X 2 cm, 11 X 2 cm, 7 X símbolos nacionais (prontas na folha de 2 cm, com 1 cm de espessura. Lixe-as superficialmente. 2. Passe a cola de madeira. Posicione-as sobre a tábua moldes); tesoura com ponta arredondada. para que as peças fiquem bem fixas em seus respec- tivos lugares. 3. Marque o lugar dos parafusos e das COLOCANDO EM tachinhas. 4. Prepare as cordas. Comece fixando as PRÁTICA cordas no parafuso. Enrole-as e amarre-as. 5. Estique Recorte as imagens da folha de moldes referentes aos as cordas e dê três ou quatro voltas em torno da tachi- símbolos nacionais. Peça que os alunos pintem ou fa- nha. Bata com o martelo para ela não escapar. Faça çam colagens para decorar. importante é que eles mesmo com as cordas do lado oposto, onde elas termi- conheçam e sejam sensibilizados para a importância narão no parafuso. Presas, afine as cordas com chave desses símbolos. Aproveite e discuta com as crianças de fenda. As notas predominantes são duas oitavas e o que é um símbolo e suas funções. será possível executar muitas músicas com a cítara. CONSTRUINDO 1 2 UMA CÍTARA Materiais: alicate; chave de fenda; cola de madeira; 4 cordas de violão da nota musical MI (primeira); lápis; lixa; martelo; 15 parafusos de 1,5 cm; pedaço de madei- ra de 25 cm de comprimento; prego grande; 19 pregos de 1,5 cm; tábua com comprimento de 6 cm, com 2 cm de largura e 1 cm de espessura; 15 tachinhas médias. 3 4 5 COLOCANDO EM PRÁTICA As crianças poderão tocar uma música simples na cí- tara que construíram em conjunto com você, confor- me indicações do passo a passo. Deixe uma partitura pronta e com cópias suficientes para cada peça pro- duzida. Observe as medidas dos instrumentos para oto: Vandercy Juniori Produção: Cristiane Boneto encaixá-la entre a madeira e as suas cordas. 0 encai- deve coincidir com a primeira corda Dó e com a linha pontilhada que aparece em todas as partituras. Reúna os alunos e forme grupos de quatro a seis mem- bros. É importante ter um adulto para auxiliar as crian- ças. Será necessário também o auxílio de um músico para afinar as cítaras depois que estiverem prontas.@cantinhodoprofessor DIA DO BIÓLOGO Estudar a vida Ensine aos alunos fundamentos de biologia e como funciona o trabalho de um biólogo Anos: ao 5° Foto: Vandercy Junior/ Boneto Disciplinas: Ciências, Língua Portuguesa e História Objetivos: Conceitual - conhecer trabalho de um biólogo, as áreas, os profissionais e termos mais comuns da biologia Procedimentais - pesquisar, registrar e associar informações; montar um minidicionário; realizar experimentos relacionados à biologia Atitudinais - interessar-se pela biologia e suas áreas; respeitar e valorizar a profissão de biólogo; analisar criticamente as teorias científicas Responsável: a pedagoga Cristiane Boneto DESPERTAR SENTIDOS Materiais: caixa; elementos aro- máticos (frutas, temperos e essên- cias); equipamentos de laboratório (microscópios, lupas, vidraria, aque- cedores); objetos diversos; vendas para os olhos. COLOCANDO EM PRÁTICA Em vez de apresentar as informa- ções prontas sobre o que um biólogo faz, proponha que os alunos cons- truam seus próprios conhecimentos sobre tema. A sequência didática deve ser vivenciada pelo grupo sob a coordenação do educador. Apre- sente aos estudantes equipamentos e instrumentos utilizados por um bi- ólogo. Deixe que as crianças mani- pulem os equipamentos. A seguir, inicie uma série que visa a sensibili- 6zar os alunos para os assuntos que serão abordados BIÓLOGOS durante a realização do projeto. Monte uma caixa com objetos diversos, como lati- nhas, peças de roupas, brinquedos, materiais esco- COLOCANDO EM PRÁTICA lares. Para aguçar a percepção das crianças, solicite Ainda pensando em sensibilizar a turma para a impor- que vendem os olhos, apalpem os materiais da caixa tância do profissional em ciências biológicas, peça que e tentem adivinhar o que são apenas pelo tato. Ainda os alunos pesquisem sobre biólogos e biólogas brasilei- com as crianças de olhos vendados, faça diferentes ros importantes para o desenvolvimento científico. Sepa- sons com objetos como sino, molho de chaves, es- re a turma em grupos e peça que cada um seja respon- talar dos dedos, deixar um giz cair, abrir e fechar a sável pela pesquisa a respeito de um biólogo. Solicite porta. Solicite que tentem adivinhar que provocou que apresentem duas descobertas para a classe como barulho por meio da audição. Para despertar 0 olfato forma de oportunizar o convívio do trabalho em grupo e da turma, ofereça-lhes frutas, temperos ou essências o desenvolvimento da apresentação oral. para cheirar. EXPLORAR DIFERENÇAS AMBIENTE COLOCANDO EM PRÁTICA No trabalho de um biólogo existem termos comumen- Materiais: barbante ou bambolê; lupas; luvas de te utilizados, mas muitas vezes não sabemos como borracha; pinças; tesoura com ponta arredondada. defini-los. Utilize as informações do quadro "Diferen- tes termos, diferentes coisas" (a seguir) para apro- COLOCANDO EM PRÁTICA fundar a discussão com os alunos. Antes de se dirigirem ao espaço, confeccione um caderno de anotações no qual os alunos poderão ÁREAS DA BIOLOGIA registrar informações no próprio local que será es- tudado. Proponha uma visita ao jardim da escola Biologia (do grego bios = vida e logos = estudo) é a ci- ou a uma praça próxima. Lá, as crianças iniciarão ência que estuda os seres vivos. Da mesma forma que as investigações sobre as plantas e animais. Para existe uma vasta gama de espécies de organismos vi- que percebam as particularidades existentes em vos, há vários ramos da biologia destinados a estudar cada pedaço do espaço estudado, leve um barbante cada grupo dessas espécies e as relações existentes e uma tesoura e peça que delimitem uma pequena entre elas. estudo da vida nas mais variadas esca- área dentro desse espaço para que seja analisa- las abrange amplas áreas que podem ser consideradas da. Cada aluno ficará responsável por uma divisão. disciplinas independentes, mas que de uma forma ou Esta é uma forma de sensibilizá-los para a impor- de outra estão interligadas. Por meio de atividades di- tância do foco na observação de pequenos deta- vertidas, mostre aos alunos alguns estudos no ramo da lhes. Entregue aos estudantes lupas e pinças para biologia. que possam observar e recolher possíveis materiais para análise. Anatomia Estuda as estruturas internas e externas do corpo humano CONCEITUAR e as formas de organização de células, tecidos, órgãos e sis- Materiais: canetinhas; cartolina. temas. COLOCANDO EM PRÁTICA Materiais: riscos do contor- no do corpo humano (prontos Depois que os alunos puderem vivenciar cotidiano Anatomia na folha de moldes); tesoura de um biólogo, construa com grupo um cartaz infor- com ponta arredondada. mativo sobre as funções desse profissional, a forma como ele pesquisa e registra seus conhecimentos e outras impressões e informações que acharem im- COLOCANDO EM PRÁTICA portantes. Complemente com a leitura para os alu- Para praticar com os alunos, recorte o Molde nos da entrevista "Conheça melhor a profissão do contorno de corpo humano disponível na no quadro a seguir. Ao final, solicite que folha de moldes, reproduza para as crian- chequem as semelhanças e diferenças encontradas ças e solicite que desenhem como acredi- no cartaz criado pelo grupo e as informações da en- tam que o corpo seja por dentro. trevista. 17CONHEÇA MELHOR A P.E. Ele precisa trabalhar em contato direto com a na- tureza ou pode fazer outros tipos de serviço, como em PROFISSÃO DO BIÓLOGO laboratórios ou salas de aula? A. V. Estar em contato com a natureza e com as pes- soas do lugar é muito mais gostoso, mas os biólogos A Projetos Escolares conversou com André de Ridder dem e estão trabalhando nos laboratórios para pesqui- Vieira, bióloga e educadora ambiental, coordenadora sas e descobertas científicas muito úteis para os seres geral da ONG Instituto Supereco, sobre cotidiano de humanos, nas escolas para dar aulas de ciências e biolo- um profissional em biologia. gia e despertar 0 interesse das crianças e jovens para se tornar pesquisadores e ambientalistas mirins, nas ONGs Projetos Escolares que se estuda na faculdade como educadores ambientais, e até mesmo escrevendo de Biologia? livros ou textos, falando e ajudando nos programas de Andrée de Ridder Vieira A biologia é maravilhosa, rádios e de TV para divulgar os conteúdos ambientais, pois é como uma ciência "mãe" de todas as outras áre- sem esquecer da Arte, caso ele também tenha um dom as biológicas, como a medicina, a veterinária, a bioquí- para o teatro, a poesia, a música... mica etc. Estudamos desde a formação da vida, incluin- do os seres humanos, e como ela se compõe na Terra que levou você a escolher a biologia? (micro-organismos, animais e plantas, seus tipos e lo- A. V. Desde criança sempre amei contato com a na- cais de existência) até questões mais complexas, como tureza, especialmente mar. Minha mãe dizia que eu era os ecossistemas e a genética (para conhecer sobre os muito curiosa, perguntava tudo e vivia com muitos livros, genes que compõem os seres vivos). Para aprender estudando, estudando... e observando, tentando enten- sobre a vida na Terra, compreender como 0 Planeta der como as coisas funcionavam. Mas foi meu avô, que Terra funciona e deve permanecer em equilíbrio, temos veio da França e foi trabalhar na Amazônia, que me ins- muitas matérias: Zoologia, Botânica, Fisiologia, Genéti- pirou a escolher a biologia. Quando ele voltava para casa ca, Geografia, Cálculo Aplicado à Biologia, Mineralogia nas férias, me contava muitas histórias de lá, desenhava (para estudar as rochas e minerais), Ecologia, Didática os bichos para mim, falava dos índios, seus amigos, de de Ensino (se desejarmos ser professores de Ciências um jeito bem fácil de entender. Daquele tempo muito bom e Biologia e também Educadores Ambientais), entre ou- veio a vontade de ser uma bióloga para colaborar na edu- tras. As aulas são divididas entre teóricas (na classe), cação das pessoas em relação ao meio ambiente. Por práticas (no laboratório) e no campo (ao ar livre), que isso me tornei uma educadora ambiental. torna aprendizado muito divertido e curioso. Quais as vantagens de ser bióloga? Quais as diferenças entre um biólogo e um ve- A. V. Além de ser uma atividade muito legal, na qual a terinário? cada dia acontece algo de novo na sua vida, há sempre V. o veterinário concentra a maioria de seus es- coisas diferentes para aprender e ensinar. 0 biólogo é tudos e trabalho na área da fauna (animais silvestres hoje uma das profissões mais procuradas para trabalhar e domésticos), como a prevenção, o controle, as doen- em várias áreas, por causa das questões ambientais do ças e os assuntos relativos à saúde e ao ambiente dos Planeta Terra. Assim, uma grande vantagem, além de animais. 0 biólogo estuda várias coisas da natureza, receber uma recompensa financeira pelo trabalho, é dos seres vivos e seu comportamento: como eles in- der estar em vários lugares, com várias pessoas para "colaborar", dando um sentimento de felicidade de estar teragem entre si e com 0 ambiente em que vivem. Isso permite que biólogo possa trabalhar em várias áreas fazendo algo bom. diferentes e não só com os animais. Importante dizer Como é seu cotidiano, 0 lugar onde você traba- que hoje os veterinários também trabalham como pes- lha? Você viaja muito? Para onde, para fazer 0 quê? quisadores, educadores ambientais e em outras áreas A. V. - Eu amo 0 meu trabalho. Atualmente, sou coor- que colaboram com 0 biólogo. denadora geral da ONG Instituto Supereco, de educa- ção ambiental, e como temos projetos no litoral norte P.E. Por que a profissão de biólogo é importante? de São Paulo, na capital e no interior, nos estados do A. V. Se você acompanhar as notícias da televisão Rio de Janeiro, do Ceará e da Bahia, viajo bastante. e da internet, observará que muitos assuntos de hoje, Além de colaborar com trabalho da equipe do Insti- como as mudanças climáticas, 0 efeito estufa, a cama- tuto Supereco para sensibilizar e educar as crianças, da de ozônio, a extinção dos animais e das plantas, os jovens e os adultos para mudarem suas atitudes, a descoberta de muitos remédios, cosméticos, ves- ajudando a recuperar rios, florestas, salvar os animais tuários e outras utilidades para ser humano, cujas da extinção. Adoro escrever livros e materiais, como matérias-primas vêm da natureza, as novidades nas o Jornal Rigevida de Educação Ambiental (distribuído áreas da agricultura, dos transportes, da medicina, da para 37 mil crianças do Brasil), que ensina sobre meio genética, estão diretamente ligados ao que o biólogo ambiente, por meio da Língua Portuguesa (melhorando estuda na universidade. Como ele tem a capacidade a leitura e a escrita), da Matemática, da História e de de investigar 0 que acontece com a Terra, com a na- outras matérias da escola. No meu trabalho é muito im- tureza e com os seres vivos e por que os problemas portante a cooperação, então, toda a equipe Supereco ocorrem, seu conhecimento é muito importante para e as comunidades em que atuamos trabalham juntas, encontrar as soluções para salvar 0 planeta. Além de cada um com a sua ideia, por isso conseguimos ajudar pesquisar, ele pode ajudar a educar as pessoas e co- as pessoas daqueles lugares a mudar sua realidade laborar com todas as outras profissões. para melhor!DIFERENTES CRODOWALDO TERMOS, DIFEREN- PAVAN TES COISAS Crodowaldo Pavan nasceu no dia de Dezembro de 1919 em Campinas. Ganhou importância devido Não é raro ocorrer confusão entre termos distintos, a sua atuação e representação na comunidade cien- especialmente quando eles possuem alguma rela- tífica. Fez faculdade de História Natural na Universi- ção entre si. A teoria palavra que deriva do grego theoría consiste em um conjunto de ideias siste- dade de São Paulo e, durante curso, interligou-se matizadas que dão base a uma filosofia, uma ciên- ao Departamento de Biologia. Tornou-se o primeiro cia, uma visão a respeito de aspectos da realida- instrutor e, ao se formar, virou terceiro assistente. de. A teoria pode ser um conhecimento puramente Sempre teve prazer em atuar como professor univer- especulativo, independente de qualquer aplicação sitário por ter liberdade de trabalho e pela oportuni- e que pode originar uma hipótese. A hipótese cien- dade de se dedicar à pesquisa. tífica verbete originário da palavra hypóthesis é Nos primórdios da biologia molecular, Pavan estu- um juízo, uma opinião ou uma afirmação que se dou a espécie da mosca chamada Rhynchosciara considera como válido antes de ser comprovado. angelae. biólogo dedicou-se à pesquisa por querer Geralmente, a hipótese é ponto de partida para saber o processo do fenômeno que levava cro- a demonstração e a comprovação empírica. Um fato pode comprovar ou desmentir uma hipótese: mossomos a ficar grandes ao se dividirem. Através ato, feito, acontecimento, evento ou circunstância desse primeiro contato, desenvolveu a pesquisa pio- observado cientificamente é considerado fato, neira sobre a diversidade do número de genes das lavra do latim factum. Cientificamente, as leis são diferentes células presentes no organismo. uma relação constante entre fenômenos ou fases De acordo com muitos pesquisadores, Pavan foi men- de um fenômeno; padrão constante na manifesta- tor do estudo da genética no Brasil. No decorrer da ção de um fenômeno: as leis da termodinâmica, da vida, fundou a Academia de Ciências do Estado de genética, da oferta e da procura. vocábulo vem São Paulo, promoveu a implantação da Estação Ci- da palavra latina lex. ência, o centro de divulgação científica em São Pau- lo, atualmente ligada à USP e pertenceu ao primeiro Botânica Conselho Técnico-Administrativo da Fapesp como É destinada a estu- diretor-presidente de 1981 até 1984. dar plantas e algas. Crodowaldo Pavan faleceu no dia dois de abril de Abrange crescimen- 2009, em São Paulo. to, o desenvolvimento, a reprodução, me- Fontes: a revista Pesquisa Fapesp (Edição 168 Feve- reiro 2010) e livro Fapesp 40 anos: abrindo fronteiras tabolismo, a evolução (Amélia Império Hamburger, Editora EDUSP) desses vegetais e as doenças que os atin- gem. Citologia Analisa as células dos seres Botânica Materiais: garrafas vivos, assim como suas for- Pet limpas e secas; mas de organização, funções, sachês de chás de sabores variados; sementes de er- estruturas e importância para vas; terra adubada; tesoura com ponta arredondada. mesmos. COLOCANDO EM PRÁTICA Materiais: ilustrações de mo- delos de células (prontas na folha Monte com alunos uma pequena horta de ervas Citologia de moldes); microscópio; palito; medicinais. Inicie a atividade perguntando aos estu- tesoura com ponta arredondada. dantes quais tipos de chás que conhecem e se conhe- cem, segundo a sabedoria popular, a função de cada erva no nosso organismo. Para aprofundar a discus- COLOCANDO EM PRÁTICA são, solicite que as crianças entrevistem familiares Recorte da folha de moldes modelos de aspectos para recolher mais informações sobre ervas medici- das células e reproduza-os para os alunos. Entregue- nais. Em seguida, deverão pesquisar se as informa- -lhes os desenhos e explique que for- ções possuem comprovações científicas. Finalize mato das células tem a ver com a função Molde com a construção de uma jardineira feita com garrafa que elas desempenham. Peça que alguns Pet, para que as crianças plantem e cuidem de suas alunos colham uma amostra de saliva dos ervas medicinais. Peça que façam plaquinhas infor- amigos e a observem pelo microscópio. mativas nomeando as ervas.Ecologia Embriologia Estuda as relações existen- É responsável por es- tes entre os seres vivos e tudar tudo que se refe- meio ambiente, assim como re à formação dos ór- as relações estabelecidas gãos e sistemas com- entre um ser vivo e outro. plexos dos animais. Materiais: cola bastão; fo- Materiais: ilustra- Ecologia de papel sulfite tamanho ções da formação A4; lápis coloridos; revistas embrionária humana velhas; tesoura com ponta (prontas na folha de Embriologia arredondada. moldes); tesoura com ponta arredondada. COLOCANDO EM PRÁTICA Para que os alunos percebam a relação existente en- COLOCANDO EM PRÁTICA tre os seres do planeta e a importância do equilíbrio Recorte da folha de moldes e reproduza ecológico, peça que montem uma cadeia alimentar. a sequência lógica que permite aos alu- Molde Solicite que recortem a imagem de um ser vivo de nos conhecer a evolução embrionária do uma revista e desenhem as necessidades de sobrevi- ser humano. Entregue um kit com as figu- vência desse ser. Por exemplo, se as crianças recor- ras embaralhadas a cada grupo de até 4 tarem um coelho, deverão desenhar que ele come, crianças e solicite que organizem a sequ- bebe, onde se abriga, etc. ência na ordem correta. Foto: Vandercy Junior/ Produção: Cristiane BonetoEvolução Estuda processo de mudança das carac- terísticas dos seres vivos ao longo do tem- po. dercy Produção: Cristiane Boneto COLOCAN- DO EM PRÁTICA Evolução Para que os alunos percebam processo evolutivo, selecione um tipo de animal para ser estuda- do. No caso de aves, você pode discutir com a turma formato das asas de diferentes espécies e relacionar com as respectivas funções por exemplo, os pinguins não voam, mas nadam, as emas e avestruzes possuem asas atrofiadas, mas seus membros inferiores são mais desenvolvidos e permitem que corram. Fisiologia Ramo que estuda processos físicos e bioquímicos resultan- tes do funcionamento do corpo humano. De forma geral, a fisiolo- gia aborda assuntos relacionados a nutri- ção, circulação, res- Genética piração, excreção, ao Fisiologia Estuda o processo de sistema de integração transferência de caracte- dos movimentos corporais, suporte e movimentos cor- rísticas de uma geração porais, controle imunitário e reprodução. para outra. COLOCANDO EM PRÁTICA Materiais: ilustração Exercite a coordenação motora fina das crianças com de um casal de extrater- a tradicional brincadeira da cama de gato. restres (pronta na folha de moldes); tesoura com Genética ponta arredondada. Histologia COLOCANDO EM PRÁTICA Analisa tudo que se re- No estudo da genética proponha aos alunos uma pe- fere aos tecidos biológi- quena análise sobre suas características e possíveis heranças genéticas recebidas de seus pais e avós. Provavelmente haverá em sua classe crianças que Material: lupa. não conhecem seus pais, por serem adotivas ou terem sido criadas por outros familiares. É importante que os COLOCAN- alunos se deparem com essas questões e imaginem DO EM PRÁ- possíveis heranças. Recorte da folha de moldes a ilustração com um casal de Molde TICA alienígenas e solicite que os alunos supo- Histologia Peça que as crianças nham como seriam seus filhos por meio olhem a pele do próprio das características de seus pais. corpo com uma lupa.Micologia Paleontologia Destinada a estudar os fun- Investiga a vida dos seres gos, sua classificação, orga- vivos de épocas remotas, nização e fisiologia. assim como seus registros (fósseis). COLOCANDO EM PRÁTICA Material: gesso. Procure falar sobre fungos COLOCANDO Paleontologia Micologia e outros organismos em classe. Tenha cuidado de EM PRÁTICA informar os alunos que esses seres não são necessa- No estudo de paleontologia, a análise de fósseis é mui- riamente causadores de doenças. Explique que, em- to comum. Aqui propomos a confecção de um fóssil. bora alguns tipos de fungos causem problemas como a contaminação de alimentos, a destruição de roupas e de papéis, esses organismos são decompositores e contribuem para a reciclagem da matéria. Também são úteis na fabricação de bebidas, pães, bolos e an- tibióticos. Alguns, como champinhom, shiitake e Protistologia shimeji são comestíveis, mas também há espécimes Destinada ao estudo dos venenosos. Siga as orientações do quadro "Que delí- protistas uni e pluricelu- cia!" (a seguir) e prepare um iogurte com a turma. lares, assim como suas formas de organização. Microbiologia Protistologia Estuda os micro-organis- mos (bactérias e vírus). Materiais: três fatias de Zoologia Estuda os animais. pão; geladeira; três potes transparentes. Materiais: revistas e COLOCANDO Micrologia jornais velhos; tesoura com ponta arredondada. EM PRÁTICA Para que os alunos observem as ações de fungos, COLOCANDO separe três amostras de pão e coloque cada uma em EM PRÁTICA uma vasilha. A primeira amostra deve ser deixada na Zoologia geladeira, a segunda deve ser tampada e a terceira ex- Explore as diferentes posta a ambiente. Proponha que os estudantes preen- classificações dos ani- cham um diário sobre as alterações nas amostras no mais, como vertebrados e invertebrados, carnívoros e decorrer de uma semana. herbívoros. Peça que os alunos recortem de revistas e jornais imagens de animais de todo tipo e depois os classifiquem seguindo um critério predeterminado. QUE DELÍCIA! Ingredientes: fogão ou fogareiro para aqueci- mento do leite; 1 pote de iogurte natural ou lactobaci- MINIDICIONÁRIO los vivos, encontrados em lojas de produtos naturais; 2 litros de leite; pano limpo; recipiente de vidro com tampa. Materiais: dicionário; folhas de papel sulfite tamanho A4; grampeador; lápis coloridos. Modo de preparo: Aqueça o leite até uma temperatura de aproximada- COLOCANDO EM PRÁTICA mente 40°C (pode-se usar um termômetro ou tes- Quando os alunos pesquisarem sobre cada um dos ra- tar com o dedo limpo nessa temperatura não há mos da biologia, é provável que encontrem palavras des- condições de deixar dedo na panela por mais de conhecidas e que são específicas da área. Proponha a 3 segundos). Coloque o leite na vasilha e misture criação de um minidicionário, no qual eles esclarecerão iogurte ou os lactobacilos. Tampe e enrole 0 pano possíveis dúvidas acerca dos termos encontrados nas na vasilha. Deixe em repouso até dia seguinte. pesquisas. Reproduza minidicionário para todos es- tudantes.BIENAL DA ARTE 2010 Novos olhares Desenvolva conceitos artísticos e de cidadania com os alunos usando como tema a Bienal de São Paulo 2010 Anos: 3° ao 5° Disciplinas: Língua Portuguesa, Artes e História Objetivos: Conceitual conhecer diferentes estruturas de arte Procedimental expressar sensações e sentimentos utilizando diferentes ferramentas artísticas Atitudinal refletir sobre o olhar, o eu e o outro, o público e o privado Responsável: a pedagoga Cristiane Boneto Foto: Vandercy Junior/ Produção: Cristiane Boneto Foto: Divulgação Template, 2007 Projeto para a Documenta 12, Kassel, Alemanha [Project for Documenta 12, Kassel, Germany], 2007. Portas e janelas de madeira de casas das Dinastias Ming e Qing destruidas (1368-1911), 720 X 1200 X 850 cm antes do desmoronamento, 422 1106 X 875 cm após desmoronamento [Wooden doors and windows from destroyed Ming and Qing Dynasty houses (1368-1911), den base, 720 X 1200 X 850 cm before collapsing, 422 1106 X 875 cm after Este projeto foi inspirado na realização da Bienal de é questionada, a arte é um meio no qual a realidade São Paulo, que acontecerá entre setembro e dezembro pode ser captada e reinventada. As obras expostas pre- de 2010 e tem a curadoria de Stela Barbieri. Participa- tendem criar no visitante dúvidas e questionamentos a rão do evento cerca de 120 artistas de diversas partes respeito do mundo em que vivemos e a forma que o en- do mundo. A exposição da Bienal é 0 ponto alto de uma caramos e, a partir de então, incentivar a pessoa a ex- série de eventos realizados pela Fundação Bienal. São plorar novos olhares e formas de pensamento. Segundo oferecidos programas educativos, atividades discursi- a organização da Bienal, os artistas foram escolhidos vas e residência artística. 0 tema deste ano é um verso pelo valor de sua obra, sem levar em consideração a da obra Invenção de Orfeu (1952), do poeta Jorge de origem territorial como forma de traduzir mundo con- Lima: "Há sempre um copo de mar para um homem na- temporâneo, integrado e globalizado. 0 site do evento vegar". também conta com um fórum educativo, no qual os pro- tema procura mostrar que política e artes andam uni- fessores podem trocar ideias e experiências. Acesse: das: em um mundo de conflitos, no qual a sociabilidade Serviço A exposição estará aberta de 26 de setembro a 12 de dezembro de 2010. Horários de funcionamento: de a feira, das 9h às 19h, e e feiras, das 9h às 22h. Sábados e domingos: das 9h às 19h. Endereço: Parque Ibirapuera Portão 3 Pavilhão Ciccillo Matarazzo São Paulo, SP Telefone:(11) 5576-7600 E-mail: bienalsp@fbsp.org.br Portal Bienal: www.fbsp.org.br 23ESTRANHOS gares, pessoas e situações que fazem parte de seu repertório emocional e que podem incomodar ou en- cantar. Peça que os alunos resgatem em casa ima- COLOCANDO EM PRÁTICA gens ou objetos de lugares que conheceram, coisas Sabemos que ao visitar a Bienal, bem como outras ex- que mais gostam e tentem registrar de alguma forma posições, nos deparamos com obras que podem des- lembranças reativadas por conta destes objetos ou pertar sensações de estranhamento e que são capazes imagens. Deixe livre a escolha de como expressar de transformar o olhar. Para sensibilizar os alunos com tais lembranças: por meio da escrita, do desenho, da relação ao estranhamento, leve para a sala de aula modelagem, da colagem. Ao final da atividade, solici- imagens ou objetos que podem ser considerados es- te que mostrem e comentem seus trabalhos. tranhos, que fogem ao senso comum, como roupas de desfiles de moda, um móvel diferente ou uma imagem com conteúdos absurdos. Apresente o material aos A PELE DO SENSÍVEL alunos e colha suas opiniões a respeito. Lembre-os de que, enquanto opinião, todos os comentários são válidos. Incentive-os a expressar sentimentos e sensa- COLOCANDO EM PRÁTICA ções, pois a arte tem a potência de ativar sentimentos, Lide com a questão do olhar, da ausência do olhar e percepções e reflexões que são difíceis de vir à tona de do olhar excessivo. Para brincar com essas sensa- outra forma. ções, mostre aos alunos uma folha totalmente preta e peça-lhes para dizer o que estão vendo. A ideia é que a ausência de imagens se torne algo visível. Ain- MEMÓRIAS POR ONDE da brincando com essa ideia de "cegueira" que mos- tra, peça que os alunos fechem os olhos e conte-lhes ANDEI uma história conhecida ou peça-lhes que toquem al- guns objetos. Ao final, peça que abram os olhos e pergunte o que viram. COLOCANDO EM PRÁTICA Nesta Bienal, uma das propostas é levar os visitan- tes a reencontrar, em sua memória, experiências, lu- TEMAS POTENCIALIZADORES Na Bienal, os trabalhos apresentam o que foi chamado de "política da arte" e seis espaços de convívio e Foto: Vandercy Junior/ Produção: Cristiane Boneto reflexão foram montados para abrigar as variadas atividades. Cada um desses espaços recebeu um nome que norteará uma questão específica: "A Pele Sensível", "Dito, Não Dito, "Eu Sou a Rua", Lembrança e "Longe Daqui, Aqui Mesmo", "O Outro, Mesmo". Conhecer esses espaços é possível apenas com uma visita à Bienal, mas nem sempre há essa possibilidade, seja pela distância ou pelo tempo disponível aos alunos. Por isso, criamos atividades que visam a sensibilizar e aproximar os alunos dessas reflexões. DITO, NÃO DITO, INTERDITO COLOCANDO EM PRÁTICA Peça que os alunos permaneçam um minuto quietos e em silêncio. Pergunte se conseguiram e como se sentiram. Em seguida, deverão comunicar algo ao amigo em silêncio, utilizando gestos ou 0 olhar. A se- guir, peça que todos falem ao mesmo tempo e nova- mente pergunte que sentiram e como se sentiram. Para finalizar, brinque com os ruídos: peça que os alunos comuniquem algo ao outro somente por meio de ruídos, sem utilizar a fala.EU SOU A RUA LONGE DAQUI, Materiais: borracha; folha de papel sulfite tamanho AQUI MESMO A4; lápis coloridos. COLOCANDO EM PRÁTICA Materiais: cartolina; lápis coloridos. Primeiramente, peça que os alunos desenhem a lápis um dos seus "espaços privados", ou seja, um espaço COLOCANDO EM PRÁTICA que considerem como seus. Em seguida, solicite que desenhem os espaços públicos que frequentam. Pro- Na Bienal, uma peça teatral abordará a questão "o que ponha para as crianças uma brincadeira de troca de é projeto e ainda virá ou 0 que foi projeto e não se con- espaços. Solicite que façam uma roda e apresentem cretizou". Peça que os alunos escrevam palavras soltas o desenho do seu espaço individual. Ao seu sinal, de- que vêm à mente quando pensam em projeto futuro e verão entregar "seu espaço" para o colega do lado, depois em projetos que passaram. Separe a turma em que o receberá e dará seu "toque pessoal" com alguma grupos. Instrua cada um a preparar dois cartazes com marca pessoal naquele espaço, pois agora ele passará colagens, desenhos ou palavras. Um cartaz deve retra- a ser "seu espaço". Para isso, poderão apagar ou de- tar projetos frustrados daquele grupo e outro, projetos senhar algo. Faça isso mais uma vez antes que os de- futuros. Se não quiser expor os alunos, faça uma caixa senhos retornem ao "dono" original. Para finalizar, cada com várias palavras dentro. Misture-as e deixe que a proprietário receberá desenho do "seu espaço" que turma monte os cartazes sem se preocupar com quem fez no início da atividade e observará as interferências é o "dono" da palavra. feitas nele, dizendo como se sentiu e que achou. LEMBRANÇA E ESQUECIMENTO Foto: Vandercy Produção: Cristiane Boneto Materiais: imagens diversas recortadas de revistas. COLOCANDO EM PRÁTICA Evocar lembranças e conhecer as lacunas existentes é uma das possibilidades para sensibilizar os alunos. Para isso, leve algumas imagens de diferentes fases da vida e situações cotidianas, como um bebê, uma criança com um machucado, uma criança andando de bicicleta, uma praia, etc. Mostre uma imagem de cada vez e solicite que alunos relembrem algo vivido por eles que foi evocado pela imagem. Não precisarão falar que pensaram, mas simplesmente dizer se conseguiram lembrar de algo ou se não foi possível se lembrar de nada. OUTRO, MESMO COLOCANDO EM PRÁTICA Peça que alunos desenhem 0 contorno de um cor- po e preencham-no com palavras que os representem. Em seguida, solicite que façam outro contorno de cor- po e escolham uma pessoa (que pode ser um colega da sala ou outra pessoa qualquer) e, sem dizer quem, coloquem palavras que qualifiquem ou desqualifiquem essa pessoa. Organize com os alunos uma exposição dos desenhos. Deixe claro que não há intenção em identificar os desenhos dos corpos, pois refletir sobre diferentes olhares. Para complementar, solicite que leiam e localizem uma pessoa com a qual, por causa da descrição, gostariam de conviver e outra da qual não gostariam de estar próximos. Eles não precisam dizer quais foram as escolhidas, apenas pensar nos motivos destas escolhas. 25RECICLE E CRIE Embalagens divertidas Reutilize materiais que seriam descartados para fazer caixas diferenciadas para os alunos entregarem os presentes de Dia dos Pais Anos: 1° ao 5° Objetivos: Conceitual - estimular a coordenação motora e a criatividade Procedimental - reutilizar materiais para criar embalagens de presente Atitudinal - valorizar Dia dos Pais e a figura paterna da família Responsável: a artesã e arte-educadora Maria Del Carmem EMBALAGEM DE PRESENTE PARA DIA DOS PAIS Materiais: cola para découpage para tecido Gato Preto; cola Primer 7 em 1; embalagem de batatas fritas; fita Cin- derela de 10 m/35 mm verde-bandeira; lixa Condor; papel paraná; pincel Con- dor 441; tecido de algodão; tesoura; tin- ta PVA para Artesanato branco neve.PASSO A PASSO REALIZADO PELO EDUCADOR E 1 2 PELOS ALUNOS 1. Lixe o pote de batata frita. Pas- se a tinta branca primer e espere secar. 2. Passe duas mãos de tinta PVA para artesanato e reserve. 3. Cole 0 tecido em volta da embala- PVA gem quando ela estiver totalmente seca. Utilize a cola para décou- page. 4. Corte a sobra do tecido, deixando uma parte para prender. Faça alguns piques com a tesoura 3 4 para evitar que tecido enrugue e cole as pontas no fundo da emba- lagem. 5. Utilize papel paraná para fazer as tampas que irão no fundo PARA e no topo da embalagem. Elas de- verão ter 7,5 cm de diâmetro. De- senhe um círculo sobre o papel e recorte. Cole o tecido em volta e as sobras na parte interna. 6. Cole a tampa no fundo da embalagem de batata com a cola para découpa- 5 6 ge. 7. Faça mesmo com a tampa plástica que acompanha a embala- gem. Cubra-a com o tecido e cole. As sobras deverão ser fixadas na PARA parte interna da tampa. Utilize cola primer. 8. Faça uma tira de 13 cm e cole-a em torno da tampa. 9. Uti- lize duas fitas Cinderela de 17 X 22 cm. Passe uma delas por dentro da tira. Cole a outra sobre a tampa. 7 8 Dê laço e corte as pontas caso elas fiquem desproporcionais. 10. Para finalizar, cole a tampa de pa- pel sobre a de plástico. COLOCANDO EM PRÁTICA Monte com os alunos as embala- gens. Lembre-se de que esta mes- ma técnica pode ser utilizada em outros materiais: caixas de pape- 9 10 lão, latas de leite em pó ou achoco- latado ou embalagens antigas que precisem ser renovadas. Solicite que as crianças guardem dentro das caixas presentes criados nesta edição para o Dia dos Pais. Fotos: Carla Paraizo/ Criação execução: Maria Del Carmem Explique sobre a importância de fugir do consumismo e de reutilizar materiais.Agenda Ouviram do LIVROS Ipiranga OUVIRAM DO IPIRANGA A HISTÓRIA DO HINO NACIONAL BRASILEIRO Autor: Marcelo Duarte Editora: Panda Books Número de páginas: 40 FORMAÇÃO DO PROFESSOR Preço sugerido: R$ 28,90 COMO AGENTE LETRADOR A história é narrada pela batuta que pertenceu ao músico Francisco Autores: Stella Maris Bortoni-Ricardo, Manuel da Silva, responsável pela melodia do Hino Nacional. A peque- Veruska Ribeiro Machado e Salete Flôres na Beatriz fica fascinada com objeto mágico e falante que ganhou do Castanheira FORMAÇÃO Em cada capítulo, a batuta contextualiza o cenário que precedeu a Editora: Contexto DO PROFESSOR elaboração do nosso Hino Nacional e inclui situações que envolveram Número de páginas: 192 COMO AGENTE o Hino da Proclamação da República e Hino da Independência. Nas Preço sugerido: R$ 33 LETRADOR páginas finais, o autor disponibiliza um conteúdo complementar com a Muitos estudantes não possuem facilidade explicação do Hino Nacional verso a verso, as letras dos outros hinos e com a leitura e dispensam textos que poderiam colaborar com a uma minibiografia daqueles que participaram da história. coleta de informações. Ao sentir essa dificuldade, eles não sentem interesse em complementar conhecimento adquirido em sala de aula. Com dicas para estimular a melhoria desse problema, o livro DESLEMBRAR oferece exemplos de leitura com temas didáticos que envolvem Autor: Luciano Pontes matérias escolares como História e Biologia. letramento faz parte Editora: Larousse Júnior do conteúdo da obra ao abordar exemplos que relacionam palavra e Número de páginas: 24 Deslembrar imagem. É um material pedagógico que ajudará professor a construir Preço sugerido: 23,90 e instruir os alunos de maneira prática, para que ele possa usufruir do ato de guardar objetos que trazem recordações aprendizado até mesmo em casa. faz parte da história da pequena menina chamada Lembrança. Tudo o que ela viveu era guardado e relembrado. Fossem alegrias ou tristezas, lá estava ela considerando as coisas antigas como SITE novas, revivendo o passado mais uma vez como se fosse o presente. KADEMI livro relata as sensações emotivas da pequena garota que gosta de site é direcionado a motivar processo lembrar. De maneira sentimental, as experiências da vida são aborda- de educação nas horas vagas. As crianças das com simplicidade e visam a reflexão dentro de nós mesmos. passam a estudar por intermédio dos desafios que envolvem matérias, temas e assuntos que A bruxinha inteligente podem ser escolhidos de acordo com grau de A BRUXINHA INTELIGENTE dificuldade. o projeto administrado por Cyrille Autor: Lieve Baeten Editora: Brinque-Book Verdier e Richard Crivelari segue orientações Número de páginas: 28 do MEC conforme 0 Parâmetro Curricular Preço sugerido: R$ 30 Nacional (PCN) e as Matrizes Curriculares de Nita, uma bruxinha muito curiosa, ficou intrigada Referência do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica ao se deparar com uma mala desconhecida (SAEB). 0 sistema é pago e oferece várias opções de planos no qual na porta de sua casa. Ao lançar feitiço Bugiganga de bruxa, alguns oferecem créditos para uso no sistema. o intuito é fazer que abracadabra. Mala pequena, abra! -, as coisas ao seu redor se haja um período de estudo para reforçar aprendizado de maneira abriram e apenas a mala permaneceu fechada. Curiosa, Nita diferente e entretida. resolveu procurar ajuda na companhia do seu gato chamado... gato. Acesse: No decorrer do percurso, ouvia as mesmas explicações que diziam para ela guardar a mala até ser uma bruxa grande e inteligente. Pensou em desistir da tarefa até ter uma ideia lógica para resolver o enigma. Uma das partes mais divertidas do livro são as abas que mostram o efeito do feitiço lançado por Nita. É um livro que aborda a força de vontade para conseguir algo de maneira justa por meio da persistência. PASSEIO Local: Estação Ciência da Universidade de São Paulo Rua Guaicurus, 1394 Lapa São Paulo SP EPIDEMIK Temporada: de 2 de julho até 26 de setembro A Estação Ciência é o ambiente para a nova exposição chamada Epi- Horário: de terças a sextas, das 8h às 18h. Sábados, domingos e feria- demik. o circuito chega ao Brasil por intermédio da parceria entre a dos, das 9h às 18h Fundação Oswaldo Cruz e a sanofi-aventis. evento aborda as principais Investimento: R$ 4. Os estudantes e por- epidemias mundiais e o comportamento das populações em situações de tadores de necessidades especiais pagam crise. A exposição tem dois blocos: o primeiro faz uma retrospectiva histó- meia-entrada com comprovação. Estão rica das grandes epidemias mundiais. o segundo revelar a originalidade e isentos: professores com comprovação, a didática em um videogame coletivo. objetivo da exposição é chamar a monitores, agentes ou guias de turismo atenção do público para a cidadania na tentativa de prevenir situações de com registro Embratur, comunidade USP calamidade. As escolas que quiserem agendar a visita devem entrar em com carteirinha válida na catraca, menores contato pelos telefones (11) 3672-5364 ou (11) 3675-6889. de 6 anos e maiores de 60 anos. Foto: Divulgação 28 Acesse: www.epidemik.com.brCONVERSA PARALELA Acolhimento na reunião de pais Por Débora Corigliano deboracorigliano@hotmail.com Hoje continuaremos falando sobre a reunião de pais presentes terão a boa impressão de organização por e oferecendo mais subsídios para tornar esse momento parte da escola. muito valioso e produtivo. Na edição passada, conver- A reunião coletiva, organizada como palestra, di- samos sobre a elaboração do convite e a definição em nâmica ou exposição, deverá ter um tempo para início, realizar uma reunião coletiva ou individual. meio e fim. Mesmo se o professor perceber que os pais Tendo esses dois pontos definidos, partiremos para estão gostando, é preferível terminar e deixar um "gos- abordar um detalhe importante: a escolha do espaço tinho de quero mais" do que chegar ao ponto de perce- físico. Na reunião coletiva, espaço deverá ser arejado, ber no semblante da plateia cansaço e a inquietação. limpo e com cadeiras suficientes para acolher a todos Se a reunião for aberta para perguntas, deve-se os presentes. Sempre que possível, aproveite a presen- antes finalizar formalmente, pois dessa forma os pais ça dos pais na escola para expor trabalhos realizados presentes que não tiverem perguntas poderão se retirar pelos alunos, como painéis, textos, construções artísti- sem problemas e a reunião continuará somente com os cas ou com sucatas. Essa ação valoriza trabalho do interessados, evitando falatórios e conversas paralelas. educador e agrada muito aos pais presentes. Deixar à Na reunião individual, tempo é mais restrito; por disposição dos pais água, café e biscoitos (que podem esse motivo, será interessante que o professor envie ser feito pelos alunos na aula de culinária) é um ato de antecipadamente o relatório para que os pais leiam e cortesia e acolhimento que todos apreciam. venham para a escola somente com as dúvidas serem Na reunião individual, ambiente calmo e reserva- sanadas. Evite conversas sobre outros professores ou do permite que a conversa flua de forma tranquila. crianças: mantenha-se focado no desenvolvimento do educador deverá estar com tudo à mão para não ter aluno e em orientar os pais nas dificuldades a serem que interromper a reunião para buscar algo ou atender enfrentadas. Dessa forma, a reunião torna-se clara, ob- outra pessoa. Caso encontro aconteça na própria sala jetiva e prazerosa para os pais, que geralmente querem de aula, organize-a de maneira que os pais possam mais tempo com a professora de seus filhos. conhecer os materiais, painéis, livros e textos que são Uma reunião de pais nunca acontece isoladamen- utilizados pelos alunos. Lembre-se de deixar algumas te. Dentro do processo da escola, a reunião deve ser cadeiras fora da sala para que os pais que chegarem idealizada por todos, desde a direção e a coordenação, possam aguardar confortavelmente. Providencie a pri- passando pela orientação até chegar ao foco, que é o vacidade, porque é muito constrangedor os pais escu- professor. tarem a reunião de outros pais. Um relógio colocado em Na próxima edição abordaremos a forma de idea- um ponto estratégico ajudará o professor a controlar o lizar uma reunião, passando por essas áreas citadas tempo de forma discreta, sem deixar transparecer que acima, pela forma de acolher os pais e, finalmente, a há um controle de horário. 0 tempo poderá ser motivo avaliação do evento. de elogios ou de reclamações ao final da reunião. É im- Sua participação é muito importante. Escreva-nos, portante que tempo seja muito bem planejado para o conte sua experiência a respeito, pergunte e faça su- sucesso do evento. gestões. A organização dos materiais usados durante a reu- nião é de suma importância. Tanto na reunião coletiva Débora Corigliano é psicopedagoga, autora do livro Orientan- do Pais, Educando Filhos e do blog orientandopaiseducandofilhos. como na individual, ter tudo prontamente à mão e or- blogspot.com. Criadora do projeto Chave-Mestra, Débora oferece ganizado facilitará processo, sem contar que os pais palestras em instituições de ensino. 29PAPO ABERTO Educação e liderança Por Tatiane Cotrim/ Foto: Vandercy Junior Qual papel do professor contemporâneo? Qual a postura a ser assumida perante a classe? psiquiatra Içami Tiba conversou com a Projetos Escolares Ensino Fundamental sobre a necessidade de disciplina na escola e dos novos rumos na educação. De forma franca e direta, ele explica por que hoje papel do professor é de um gerente de aprendizado e como a liderança é importante para manter a disciplina na classe e garantir que alunos aprendam. Dr. Tiba é psiquiatra formado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e já realizou mais de 76 mil atendimentos psicoterápicos a adolescentes e suas famílias. É autor de 26 livros, entre os quais Quem Ama, Educa!, Disciplina: limite na medida certa novos paradigmas e Ensinar Aprendendo Novos paradigmas na educação. Projetos Escolares Qual o critério que senhor usa para na sozinhos e são bons professores. Acho que hoje a condição definir termo disciplina? vai piorar porque estão sendo contratados os professores que Içami Tiba 0 critério antigo de disciplina é seguir normas e foram maus alunos. Porque se a pessoa não consegue trabalho, regras cegamente e ponto final. Isso deixou um ranço muito feio pelo menos consegue um emprego como professor. Mas ele vai porque pegou como se fosse assim: um é inferior, outro su- para um emprego. E como a gente vai falar que 0 importante perior.Criou uma relação vertical. Hoje, disciplina é um conceito é aluno aprender se ele está lá como empregado? Se ele foi novo. É quando a pessoa consegue terminar seu projeto. Não aluno, fez um curso mal e porcamente, não tem conteúdo, que adianta a pessoa saber muito se não tem disciplina para termi- ele vai ensinar? Ele sabe que não tem competência. Aí pega um nar que começa. Não é só a questão de ter disciplina, mas aluno que não quer aprender. Moral da história: é melhor fechar esse foco na aprendizagem. Acho que os professores estão a escola e abrir só escolas para pessoas que, de fato, querem com dificuldades porque primeiro, eles não estão bem forma- aprender. Mudar um pouco esse espírito. Se quiser aprender, dos. Os que estão bem formados ganham tão pouco que estão tem E não todo mundo ser obrigado a ir para a escola desestimulados. Os poucos que estão estimulados, indepen- e ser aprovado sem saber. Esse é o maior erro que existe. Em dentemente do quanto estão ganhando, não têm muitos recur- lugar nenhum do mundo alguém é aprovado sem saber. Moral da história: a educação está largada, abandonada, e nós sobrevivemos graças a um preço muito caro que pagamos P.E. Com exceção daqui... depois que saímos da escola. A sociedade não educa, ela vai I. T. Aqui, isso é excelência de ensino, ninguém sabe nada, foi cobrar e pagar que merece. E nisso a educação está errada aprovado por lei. É maquiar a situação. Quem saiu ganhando porque não prepara cidadão e a escola também porque não com isso? A estatística? Mas e 0 povo que não aprendeu? E a instrumenta para a empregabilidade. Não dá condições para pessoa que é analfabeta funcional e tem diploma do colegial? aluno aprender, para conseguir um bom emprego. Então, para Está pagando um preço caro para se tornar um especialista em ter um bom emprego, aluno precisa se aperfeiçoar. Ele não sai alguma coisa sem base para estudar. Sem competência. Por- bom da escola. que se para ser técnico é preciso ter conhecimento para fazer um relatório, ele vai em frente. Se nem redação ele sabe fazer, P.E. Mas também há alunos que não têm essa consciên- como é que faz? Difícil, não é? Eu acho que a situação ainda vai cia ou não estão interessados? piorar. Quero ver o governo dizendo que vai olhar pela educa- I.T. Interessado o aluno está, se o professor de fato souber e ção. Mas espera aí, vai fazer mesmo que outro fez? Aquele for um bom que acontece é que os professores têm um que tem orgulho de ser analfabeto, de dizer que não fez facul- defeito de formação: eles foram formados obedecendo chefes e dade, não estudou e que chegou à presidência da república? não líderes. Os que foram cercados por bons líderes, como era Entenda, não estou falando da pessoa dele, e sim do que ele o Paulo Freire, tornaram-se bons educadores. Com as mesmas apregoa. Para que estudar? Então, que respeito tem? Disciplina condições: não mudaram de sexo, não ganharam na mega-se- é uma questão de respeito, de civilidade. E nós não primamospela civilidade. Cada um quer tirar vantagem do que é possível e P.E. Como acabar com a turma do fundão? fica esse ciclo. E quando a gente vai ver currículo dos candida- professor precisa apenas andar até o fundo da classe, porque tos, falamos: coloque candidato que tem mais experiência, que assim os alunos não ficam mais longe, ficam perto do professor. seja um diretor de escola com competência. Não. Coloca um pa- Dar umas cinco voltas na sala durante a aula acaba com a turma drinho, um afilhado, um cara que não entende nada e quer que do fundão, com a conversa paralela, com aluno distraído, com a educação vá para frente? Está fazendo isso na nossa cara, material que não é dele durante a aula. Só pelo fato de ele pas- colocando como presidente alguém que não tem competência sar. São coisas simples. Não precisa mudar de religião, colocar para ser presidente, tem competência para ser um secretário do telão na sala de aula. Um telão com um professor ruim afasta presidente. Mas vai transformar secretário em presidente, di- os alunos ainda mais, porque se for um assunto interessante, zendo que "quem sabe escrever meu nome vai ter que aprender estudante se liga, se não for, ele dorme. a escrever Em que país estamos? E 0 pessoal vai votar! São atitudes que, para corrigir, os pais devem participar e fazer Isso mostra como estamos mal. Infelizmente, as escolas que educação por mérito. Se o filho vai bem porque estudou, me- vão mal não têm um diretor comprometido na qual o professor rece. Se vai bem porque é inteligente, não merece. Merece se se interessa, chega de madrugada, se acontece alguma coisa ele for bem porque é inteligente, mas melhor do que os outros que faz um aluno sair do eixo ele vai procurar saber que é. Ele que são médios. Isso porque cada um tem que produzir 0 que é escuta que um fala, outro fala e simplesmente decide o que fa- capaz, o melhor que pode e não produzir o que a média produz zer. Hoje, precisamos de líderes, e não chefes. Líderes formam e ficar sossegado. Se fosse assim, o pai poderia dizer que tem líderes. Chefes criam revoltados. um monte de família que vive com reais por mês com comida e tudo e que os filhos também podem viver assim. Não é P.E. A disciplina em classe diz respeito apenas ao profes- isso o que pai faz. pai faz sempre o melhor possível. filho sor ou a educação vem de casa? nem gasta os tênis que tem e o pai lhe dá outro par. filho ainda I. Acho que é um conceito muito grande que resvala no nem usou o tênis e também não quer usar porque já saiu outro professor, que também não tem estrutura. o contexto é que modelo. o pai que não tem dinheiro nem para o próprio sapato filho não respeita a família, porque ela está ausente. filho não e fica dando um monte de tênis para o filho está ensinando convive com a família porque, aos dois anos, ele tem que sair quê? Que um pai é a fonte de prazer do filho. E o filho não tem de casa para ir à escola. A família não sabe o alimento que o que corresponder a nada do que o pai está dando. Então, se o filho consome fora de casa. filho volta para casa falando coi- pai começar a cobrar, dizendo que se o filho é inteligente e tira sas que não têm nada a ver com os pais e sete está abaixo da média, porque todos eles não falam nada; pelo Digo os colegas tiram sete, ele está abaixo da no meu livro Família de Alta Performance que se a criança adota um comportamen- "Estão sendo média da qual é capaz. Então, tudo será na média. Um sabonete comum, uma to que a família não aceita, este deve ser contratados hoje roupa comum. Se pedir "aquele tênis" cortado, não importa onde ela aprendeu. não vai ter. Terá um tênis comum. Melho- Ninguém cuida de piolho, não importa se os professores re a nota, a sua devolutiva, e terá 0 que veio do presidente. Veio piolho, a gente quer. Caso contrário, não merece. mata. Ou vamos dizer: "ah, veio de um vi- que foram maus zinho bom, vamos deixar crescer!". Qual- P.E. E no caso de irmãos? quer comportamento "piolho" temos que I. As pessoas falam: "Ah, mas são combater. Ficamos com medo de com- irmãos, têm que dar tudo igual". Igual bater por não saber o que se deve fazer? coisa nenhuma. Eles são dependentes Essa indisciplina vem de família, da pouca enquanto estão no útero. Depois, devem convivência e da dificuldade que os pais têm de educar seus fi- corresponder ao que é esperado. Quem vai ter vida própria são lhos. Eles são como se fossem reizinhos. exemplo antigo era: eles, não os pais, eles não poderão ficar sempre perto dos fi- quando a criança batia com a cabeça na mesa e caía no chão, lhos. Então se um filho faz tudo e o outro não produz, tem que os pais diziam: "mesa feia" e batiam na mesa. Então a mesa é estimular o que produz, não pode dar a mesma coisa para um a culpada, não o filho. A mesa sempre esteve lá. menino vem cara que produz e outro que não. Cada filho é um filho único. correndo e a culpa é da mesa? Depois é a culpa da escola, do Se você tem um colega de emprego que ganha 0 dobro do seu professor, do patrão, do governo. E nunca culpa dele. E você salário sem fazer nada, você continua trabalhando como uma acha que alguém que não se sente culpado vai querer corrigir besta? Claro que não. E ele, por acaso, vai fazer alguma coisa alguma coisa? As pessoas sentem falta, querem educar e não se já ganha o dobro sem esforço? Claro que não. Vai pensar é sabem como. que descobriu a mina de ouro. P.E. que os professores podem fazer em classe para P.E. Mas hoje as pessoas não sentem dificuldade em lidar com a indisciplina? dizer "não"? Um professor favorece a indisciplina quando ele fala mo- Na minha opinião, não é que elas têm dificuldade. É que notonamente sentado. Se ele fica parado e monótono, favorece elas não aguentam marcar posições. Dizer: eu não quero que a turma do fundão. Ninguém consegue ficar parado quarenta você faça isso, porque não é bom para você e você não vai fazer. minutos, sem fazer nada. Então eles vão zonear. professor Não pode fazer isso com uma criança? Então, por que quando ela fica simplesmente repetindo 0 que está no livro ou lendo para pega uma faca na mão ninguém diz: "Pelo menos não se corte, aluno e falando para ele anotar fica aquela aula de ditado ou hein"? Já viu uma mãe falar isso? Ou dizer para 0 filho que está passa a aula escrevendo na lousa, e os alunos vão fazendo a sentado no beiral da janela: "Filho, desce, porque se não descer, cópia, aí ele vai apagar e aluno pede para esperar porque ain- você vai se machucar"? Tem pai que fala: "Eu tenho que te obe- da não copiou. Isso é um atestado de que o aluno não prestou decer. Se você quer ficar no beiral da janela, tudo bem, mas não atenção. Ele não consegue prestar atenção no que professor caia"? Claro que não! Então por que, para outras coisas com as diz e escrever alguma coisa que ele já falou, que não tem inte- quais não concordam, eles deixam? Falta ler Quem ama, educa. resse. 0 professor deve pedir que os alunos parem de escrever Falta preparo para esses pais. Eles não podem cobrar da escola e deixar uns dois, cinco minutos para a cópia no final da aula. que eles mesmos não fazem, porque os filhos não vão reconhe- Não custa muito, é só professor saber disso. Outro ponto é cer na escola os professores como autoridade, já que, em casa, professor ficar fisicamente parado. Não adianta ser animadão e próprios pais não são. ficar sentado na mesa, porque aluno está distante.P.E. Há também os pais que vão na escola para reclamar de aprendizado, 0 que muda bastante a posição de ele ser a dos professores, dizendo sempre que os filhos têm razão? fonte única, de ter apenas que falar. Hoje há alunos que sa- I.T. É aquela coisa, a mesa é quem está errada. Nunca filho. bem mais de determinados assuntos do que próprio profes- E ele vai ser um coitado na vida, porque o chefe vai cobrar um sor. Os critérios hoje são os de que o professor tem que ter serviço que ele não fez e ele começará a justificar que 0 outro 0 conhecimento de lidar com grupos e tem que ter um treino que é errado, que ele fez até certo. Quem paga esse prejuízo em liderança. professor não deixa de ser um líder, porém todo? país, que não tem cultura suficiente, que cai na conver- é um líder imposto. Se ele não honrar a função de líder, será sa, que busca por lucro imediato, que tem o bolsa-família. Todas destituído e surgirá um líder bagunceiro. Quando tem um líder essas coisas que são dadas de graça e obrigam a pessoa a bagunceiro em uma escola, é porque a instituição não ofe- não trabalhar, porque se ela arrumar emprego, perde a bolsa. receu liderança suficiente. Se for muito forte, vai surgir uma Melhor garantir a bolsa pequena do que arrumar um emprego. revolta e a escola vai expulsar este aluno, o que na verdade Por isso a região nordeste do Brasil está passando um imensa não resolve problema: ele vai zoar em outra escola. que crise de trabalho, porque as pessoas não querem trabalhar com resolve é que ele use que a escola tem de bom e não fique o registro em carteira para não perder 0 bolsa-família. Então zoando. A posição de professores está mudando. Não é mais está gerando mais miséria do que benefício. Isso não está na aquela avaliação de mestres. Aquilo era em um tempo em que plataforma do governo. E há pessoas que recebem benefício os alunos ainda tinham consideração pelos professores. Agora e têm casa própria, carro. Não quero falar mal, mas tenho que aluno não considera professor, nem chefe, nem pai. Não dá apontar alguns exemplos de como a nossa educação está mal. mais para pensar naquela classificação. Hoje aluno manda no pai. No emprego, se achar que o chefe não aproveita bem o Como a escola pode se posicionar para trabalhar seu trabalho, ele sai do emprego. Ele também não é obrigado em conjunto com pai que insiste em culpar a instituição? a trabalhar. Por quê? Porque ele pertence a esta geração que I.T. Não dá para simplesmente achar que não tem nada com pai sustenta. Para que trabalhar, se o pai está sustentando! isso. A escola tem que se esforçar para educar 0 pai. A fun- Por que eu vou assumir a minha vida sozinho se, para ganhar 0 ção da escola é educar. Muitas vezes, ao educar 0 pai, a escola que meu pai me dá, vou demorar muitos anos? Então, jovem consegue fazer que ele preste atenção na educação do filho. fica em casa. Havia o tempo do professor mestre, no qual Um pai que não tem educação não dá valor porque não sabe mestre é aquele cara que é um exemplo de vida, hoje aluno nem reconhecer 0 que é educação, acha que 0 normal é aquilo não reconhece no mestre um valor. Ele reconhece alguém com lá. Todos pais acham que fazem melhor possível, que é quem ele possa se dar bem. Qual o pai uma bruta ignorância. Quem pensa que que fica feliz se está gastando uma nota fez ou faz melhor possível abre mão de para pagar a faculdade do filho e ele lar- melhorar, afinal, já faz melhor possível. "Líderes formam ga curso no meio? Bill Gates fez isso, que a gente diz hoje? Que tem que Steve Jobs também. Eles fizeram isso melhorar sempre, aprimorar sempre, líderes. Chefes porque, apesar de o ensino ser bom, não cara que fala "já sei" é obsoleto. Ninguém atendia ao que eles pediam. Eles esta- mais quer um cara que, depois de várias criam revoltados" vam muito além do que era ensinado e a sugestões, diz "já sei" e não faz correta- faculdade não acrescentaria ao trabalho mente. Como ele sabe e não dá certo? deles. Hoje, eles dispensam. Tanto que a Os pais precisam aprender a educar. E a universidade de Harvard criou um setor escola deve dar essa força para pais. de empreendedorismo. As pessoas que lá estão e têm alguma A escola tem uma parte na educação da criança e a família tem coisa de diferente apresentam para a equipe e a própria facul- outra parte. A escola não pode fazer a parte da família nem a dade trabalha em campo com o aluno. família pode fazer a parte da escola. Se pais quiserem educar sozinhos filhos, no Brasil é proibido, é obrigatório que aluno vá para a escola. Por mais que a família faça, uma coisa é o P.E. Mas e as crianças de 6 a 11 anos? que os professo- conteúdo que se passa, isso qualquer um pode fazer, mas há a res do Ensino Fundamental podem fazer? convivência com amigos, professores, funcionários da escola, o I. T. Eles não têm noção ainda dessa obrigação. Os filhos ain- mundo de um modo geral. Tanto que a média dos adolescentes da não são capazes de determinar o que têm ou não vontade. fala: a escola é ótima, as aulas que atrapalham. o sistema de Então, têm que começar com coisas básicas, é que eu falo, ensino está com falta de credibilidade para pais e para pró- que criança tem que guardar o brinquedo, deixar a sala em or- prio aluno. Se um médico passa, em uma avaliação, um remédio dem para que outras pessoas possam usar, que é o princípio de para filho, a mãe ou pai falam que remédio é muito forte e civilidade. Se ocupar um banheiro, deve deixar limpo, ou senão que ele não vai tomar, então não vá mais a esse médico. Agora, faz quê? Sai sem nem apertar a descarga, deixa tudo de qual- vai questionar o profissional? Os pais que foram pedir servi- quer jeito e sai? ços dele, e não o contrário. Os pais podem procurar outro pro- fissional e acabou a história. Da mesma forma, a escola é uma P.E. Como um professor pode ser líder de crianças de 6 livre escolha. Por que tem que enfiar a criança naquela escola a 10 anos? que tem uma determinada linha? Para ficar brigando sempre? o Todos eles querem reconhecimento. Não querem ser tra- pai que vá a uma escola que concorde com ele. De outro lado, tados em bloco. A classe como um todo não existe mais, cada as escolas têm receio de perder esses pais. Principalmente se um é único. Isso dificulta o professor que não tiver um bom pre- for pai que paga ou se for um pai famoso. Então, eles não estão paro. Se você tem dois filhos e um é esforçado e o outro não, atrás de ensinar filho, estão atrás da fama, do que se ganha você não pode tratar os dois da mesma forma. Se você tem dois com a fama do pai do aluno. status da escola fica: "aqui estuda alunos, um gordo e outro quase anoréxico, não pode tratar am- 0 filho do Agora, quando ele foi para a cadeia, a escola bos do mesmo jeito. Da mesma forma, na classe, professor não foi lá atrás do Edinho. Quem teve que pagar caro foi o pai. não pode tomar uma mesma medida para todos. Há meninos P.E. No seu livro Ensinar Aprendendo, 0 senhor fala que que precisam de mais atenção, outros, menos. Dá para fazer um existem mestres, professores e líderes. Poderia nos explicar jogo entre eles, do tipo, quem está precisando, quem tem para esse conceito? dar? Tem que ser feito algo para encontrar sistema de equilí- I.T. Na verdade, não posso porque estou mudando esse con- A sala é uma minissociedade e as pessoas lá têm que criar ceito. Acredito que 0 professor deve ser líder e não chefe. Líder as próprias regras do aprendizado. Então, se um está conver- é cara que estimula aluno. professor hoje é um gerente sando e o outro quer prestar atenção, ele não pode conversar, 32senão colega não aprende. Se ele já aprendeu, pode tratar de P.E. senhor pode dar exemplos? ensinar ao outro aquilo que o colega não sabe, começar a dividir. T. Dificuldade real é não ter giz. Faltar material é uma di- Não é o professor que deve sempre ensinar. Na hora em que ficuldade real. Se a pessoa reclama que não tem material, de você reconhece que ele já sabe e pode ensinar, esse cara deixa que maneira pode-se substituir a ausência de um giz de ma- de fazer bagunça e vai querer ensinar, porque é status. Olha, neira criativa? A pessoa está acostumada a escrever no quadro quantas coisas que existem hoje como recurso e professores negro. Isso significa que se ela não escreve no quadro negro, não usam por falta de conhecimento. Da mesma forma, quan- não sabe dar aulas. Isso significa que os alunos são copiadores. tas coisas existem que os pais não usam, também por falta de Isso significa que quem não copiou, dançou. Então nem adianta conhecimento? Hoje, as pessoas têm que rever a condição de professor. Não é ficar burilando o currículo pedagógico, é seu dar giz. comportamento perante os alunos. Não precisa trocar de sexo, casar com aluno, nada disso! Eu falo que o professor precisa P.E. Existem diferenças entre os pais de escolas mais dar a nota, e não coisas que comprometerão a vida dele. ricas e escolas mais pobres? Hoje já não há essa diferença. Existe diferença entre pos- P.E. Mas há professores que reclamam que, para manter tura de pais. Há pais ricos que dão razão para a escola. E tem a atenção dos alunos, precisam, além de dominar con- pais que não têm onde cair mortos e vão reclamar na escola que teúdo, ser engraçados. Qual a sua visão a respeito deste seus filhos não têm que aguentar desaforo de professor. Em assunto? Vitória, eu estive em um congresso e uma professora contou em I. Ele precisa é ser esperto, no sentido de estar atento, per- público que dava aulas no prezinho e que havia enviado um bi- ceber. Se ele não percebe o aluno, não adianta ser engraçado, lhete para a mãe pedindo para conversar. Antes de a professora porque será engraçado bobamente. A pessoa que é engraçada começar a falar, a mãe já perguntou: "Por que você não chama por natureza não precisa se preocupar em ser engraçada. uma mãe rica? Você está me chamando porque eu sou pobre, porque não tenho onde colocar o meu filho para estudar?" A P.E. A indisciplina pode ser consequência do excesso de professora ficou paralisada. la falar o quê? A mãe já veio com alunos em classe? uma opinião formada, não sabia nem que a professora queria I.T. mesmo professor reclamaria se houvesse apenas 20 alunos em classe. É preciso ver se é da postura "reclamenta" falar, chegou com preconceito, dizendo que estava assim por- que ele tem ou se é apenas uma classe difícil. Para ter uma clas- que ela era pobre, porque se fosse rica, ninguém falaria assim, se difícil, bastam apenas dois alunos. Um aluno você consegue não mandaria bilhete. Isso é cultural e é falta de educação. isolar. Agora, quando são dois, você pode colocar um de cada lado que a bagunça atravessa a classe e contamina a todos. P.E. Educação vem de casa ou pode ser da escola? Esse negócio de que "tem cinquenta alunos, eu não consigo", I. Tem que aprender seja onde for. Tem gente que não não é por aí. Se não há lugar nem para sentar, é uma coisa. Ago- aprende nem na escola, nem em casa e vai para o trabalho e ra se está todo mundo sentadinho... Por que eles vão em shows aprende, porque quer ganhar dinheiro. Porque se não for educa- que têm duas mil pessoas e se comportam durante a apresenta- do, vai cair fora. Ele perde um, dois empregos, até ficar educado. ção? Se em cinquenta não conseguem ficar juntos, que seria Agora, se a gente deixa um mal-educado porque é ruim com ele, com duas, três mil pessoas? professor é que não sabe lide- pior sem ele. Ele nunca vai ficar educado, porque é valorizado rar este grupo. A liderança é uma força que desperta no outro do jeito que é. Se 0 aluno for aprovado sem estudar, para que desejo de querer aprender. E esse aluno que quer aprender ele vai estudar? pede para outro fazer silêncio. Quer falar? Agora não, deixa eu prestar atenção. senhor coloca as coisas de uma maneira tão sim- P.E. E como professor se torna um líder? ples... I. Tem que fazer cursos, participar de congressos. Hoje, 0 Mas é simples. o problema é que, se eu tiver que ganhar que existe de ofertas e cursos para professores... problema é alguma coisa para colocar que é simples, já começa a ficar que muitos deles são acomodados. E, mesmo que tudo esteja complicado. Eu não devo nada para ninguém. Não sou um polí- pronto para eles, não adianta. Há algumas semanas, a revista tico que, se não agradar você, perderei o seu voto. político fala Época publicou uma reportagem sobre professores que têm su- que a pessoa quer ouvir, porque o voto dela é tão importante cesso com os alunos, na qual havia dez dicas. Essa de andar quanto o seu. Se eu misturo interesses, perco o foco. E o profes- pela classe é algo que eu falo faz tempo, perguntar as coisas sor perdeu o foco. Ele misturou interesses quando colocou a so- para o aluno, interagir com os eles. Têm algumas dicas que es- brevivência no meio, quando pôs a autoestima no meio, quando tavam falando lá que não pedem nenhum esforço a mais, que aluno 0 xinga. Em vez de ele saber que o aluno está xingando o governo não precisa pagar a mais para o professor por conta a educação, ele se sente pessoalmente ofendido. É tudo falta disso. Eu dei uma palestra para duas mil pessoas, recentemen- de preparo. te, no congresso Educar. Alguém leu essa matéria? Menos de 10% deles. Será que nem folhearam a revista? Então, o que P.E. Mas aluno que xinga é mal-educado. eles têm de atualização se nem folheiam uma Veja, uma Época. Xinga porque é mal-educado, porque está maltratando a Ainda mais com chamada de capa para a matéria. Parece que educação, a escola, via professor. Agora, o professor fala "Não esses professores aprenderam que só é válido que está no livro. Se você olhar a programação de um congresso, sente von- fale assim comigo!" se quiser. Para "não falar assim comigo" tade de fazer todas e fica com raiva porque quer fazer tudo, fica o professor tem que ter uma posição de respeito de procurar se questionando porque tem tanta coisa programada ao mesmo entender que aconteceu e resolver o problema. Aí ele ganha tempo. São matérias muito interessantes, que dá vontade de as- respeito, não confrontando o aluno: "desse jeito não vou te ou- sistir a todas. Eu, como palestrante, assisti várias. Então por que vir!". Isso é um confronto: ou você fala do jeito que eu quero es- os professores não se separam, assistem, cada um em um lugar cutar ou então não te escuto. Ou você escreve o que eu dei na e depois conversam? Eu acho que às vezes existem dificulda- aula, não importa se está errado ou não, fui eu que dei. Coisas des reais e, outras vezes, dificuldades pessoais. 0 problema é desse tipo. Provas são assim: ou você escreve como eu falei, que, mesmo que a dificuldade real seja resolvida, se houver uma ou não vale. Decoreba não é aprendizado, é falar que outro dificuldade pessoal, problema não se resolve. quer, é repetir 0 que está escrito.Presidente: Paulo Roberto Houch Vice-Presidente Editorial: Andrea Calmon Curiosidades redacao@editoraonline.com.br REDAÇÃO Jornalista Responsável: Andrea Calmon MTB 47714 Editor-Executivo: Simões Neto Bienal Internacional do Livro Editora: Fernanda Montano Redatora: Tatiane Cotrim Estagiária: Stefanny Lima A primeira feira de livros ocorreu antes da época ditatorial, em 1951, patro- Revisoras: Helaine Naira A. Barbosa e Tayra Alfonso cinada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), organização criada em 1946. PROGRAMAÇÃO VISUAL Coordenador: Rubens Martim Com o objetivo de promover mercado do livro e estimular a leitura, as feiras diagramacao@editoraonline.com.br Diagramação: Rafael H. Micheski eram populares e pretendiam facilitar acesso de livros por parte da popu- PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA lação. Em 1961 ocorreu a Bienal do Livro e das Artes Gráficas, que serviu Coordenadora: Elaine Simoni elainesimoni@editoraonline.com.br de ensaio para a Bienal Internacional do Livro. Mais tarde, a indústria e o ESTÚDIO FOTOGRÁFICO Coordenador: Carvalho comércio do livro viram na nova política imposta pelo regime militar espaço manoelcarvalho@editoraonline.com.br propício para a expansão. A economia do Brasil estava em colapso e a taxa Colaboraram nesta edição: Arlete Scantamburlo Cristiane Boneto (produção e projetos); de inflação era gigantesca. Mesmo assim, a indústria editorial brasileira ala- Vandercy Junior e Carla Paraizo (fotografia) vancou de maneira notável. As vendas atingiram marcas altíssimas, que PUBLICIDADE Diretora Comercial: Arines Garbin tornou o comércio livreiro mais forte e confiante para realizar uma exposição Diretora de Publicidade: Patricia Massini Gerente de Publicidade e Produto: Ana Augusto de livros. Em 1970, a Câmara Brasileira do Livro entrou em cena mais uma Executivos de Negócios: Cleusa Garcia, José Mario Brito, Jowana Bastos, Léa Naftal, Rafael Roche, Rodrigo Cortona vez. A organização bancou a primeira Bienal Internacional do Livro, no pavi- e Sumara Vecchio agencia@editoraonline.com.br lhão de Arte no parque do Ibirapuera, em São Paulo. 0 evento contou com Assistente de Publicidade: Riva Almeida Designer Gráfico: Lucas Piovesan a presença do autor argentino Jorge Luis Borges, escritor da literatura latino- Estagiário: Danilo Vidal Magliocca Escritório: Rio de Janeiro: 2225-6106 -americana e teve participação de 23 países. Na segunda edição, total de Representantes: Belo Horizonte: Brasilia: (61) 3034-3704/ 3034-3038 visitantes atingiu a marca de 80 mil e 0 número de expositores passou de Paraná: (41) 3023-8238 Recife: (81) 3326-7188 700 e contou com a participação de editoras universitárias pela primeira vez. Rio Grande do Sul: (51) 3374-5672 número de visitantes e editoras aumentou durante o período da ditadura, MARKETING Diretor de Marketing/ Assinaturas: Lúcio Flávio Baúte mesmo com a interferência política que controlava todas as atividades cultu- CANAIS ALTERNATIVOS Luiz Carlos Sarra rais e intelectuais. Em 1996, a Bienal foi transferida do parque do Ibirapuera DEP. VENDAS (11) 3687-0099 vendaatacado@editoraonline.com.br para o Expo Center Norte, para proporcionar maior conforto ao público. Com LOGÍSTICA E ARMAZENAGEM Luiz Carlos Sarra a mudança, o número de visitantes continuou a crescer, o que causou nova luizcarlos@editoraonline.com.br alteração na localização da exposição. Em 2002, deslocou-se para Centro ADMINISTRAÇÃO Diretora Administrativa: Jacy Regina Dalle Lucca de Exposições Imigrantes e, em 2006, fixou estadia no Anhembi, maior financeiro@editoraonline.com.br Coordenadora de Suprimentos: Juliana Santos centro de exposições da América Latina. suprimentos@editoraonline.com.br CRÉDITO E COBRANÇA cobranca@editoraonline.com.br Fontes: os livros Livro no Brasil: sua história (Laurence Hallewell, Editora Edusp) e ASSINATURAS CORPORATIVAS Consulte sobre descontos e condições especiais, entre em contato e solicite uma proposta Territórios da leitura: da literatura aos leitores (Alice Áurea Penteado Martha, Editora direto com IBC (11) 3393-7717 ou através do e-mail: Unesp) e os sites da Câmara Brasileira do Livro (CBL www.cbl.org.br) e da Bienal Inter- ASSINATURAS: assinatura@editoraonline.com.br Supervisora de Assinaturas Tatiane Sara Lopez nacional do Livro (www.bienaldolivrosp.com.br). Impresso por PROL Mais Informações: Distribuição no Brasil por Dinap Local: Bienal Internacio nal do Livro de São Paulo Distribuição em Portugal Logistica Portugal Pavilhão de Exposições do Anhembi Projetos Escolares Ensino Fundamental é uma publicação do IBC Instituto Brasileiro de Cultura Ltda. Caixa Postal 61085 CEP 05001-970 São Paulo - SP Av. Olavo Fontoura, 1.209 São Paulo SP Tel.: 3393-7777 Período: 12 a 22 de agosto de 2010 A reprodução total ou parcial desta obra é proibida sem a prévia autorização do editor. Horário: das 10h às 22h Números Atrasados com IBC ou por intermédio do seu jornaleiro ao preço da última edição acrescido das despesas de Investimento: 10. Professores, profissionais da cadeia produtiva do livro e bibliotecá- Para adquirir com IBC Tel.: (0**11) 3512-9477 ou rios que comprovarem vínculo formal com a instituição e empresas desses segmentos, Caixa Postal 61085 CEP 05001-970 São Paulo SP. estudantes inscritos pelas escolas no programa gratuito de visitação escolar, maiores Compras pela internet: de 65 anos e crianças com até 5 anos, não pagam entrada. www.revistaonline.com.br Estudantes com comprovação da instituição de ensino pagam meia entrada (R$ 5) A On Line Editora tem a revista que você procura. Confira algumas das nossas Telefone: 3060-5000 publicações e boa leitura. 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Projetos Escolares Creche Projetos Escolares Educação Projetos Escolares Educação Fundamental Projetos Escolares Especial Projetos (11) 3832-5838 (11) 2198-0600 Escolares Extra FIGURINO E BELEZA: Festa 15 Anos Figurino Noivas Figurino Moda & Estilo Guia de Cortes de Cabelos Guia de Festas & Formaturas Guia de www.editoracontexto.com.br www.colsantamaria.com.br Noivas & Debutantes Cabelos para Festas Cabelos para Noivas Esp Cabelos Curtos Extra Cabelos Longos Extra FUTEBOL: Show de Bola Especial Show de Bola Extra Magazine Show de Bola MODA :Moda Moldes NEGOCIO: Meu Próprio Negócio Meu Próprio Negócio Especial Meu Negócio Extra Editora Larrousse Júnior COLABORADORES Anuário de Franquias Guia MPN PLANTAS: Almanaque de Flores Almanaque de Hortas Guia de Plantas em Casa Guia de Plantas Medicinais Almanaque de Rosas (11) 3855-2175 Cristiane Boneto Guia de Florais PUERICULTURA: Revista da Gestante Guia da Gestante Extra Revista da Gestante Especial SAÚDE E BEM ESTAR: Guia Oficial de Yoga Revista www.larousse.com.br (pedagoga) Oficial de Pilates TEEN: Rebelde Magazine yes!Teen Especial Férias yes! Teen Style yes! Teen Especial yes! Books TURISMO: Guia cristiane_boneto@ig.com.br dos Melhores Resorts & Pousadas Guia dos Melhores Hotéis Brasileiros Guia dos Melhores Hotéis de São Paulo Roteiros de Hotéis-Fazenda Guia de Pousadas de Campo Guia de Pousadas de Praias Guia do Litoral Brasileiro Guia de Cruzeiros Guias de Lazer e Turismo: Florianópolis, Maceió, Natal, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Lisboa, Paris, Chile, Orlando, Madri Guia de Spas VEICULOS: Fusca & Cia Vendo Autos Opala & Cia Aviso importante: A On Line Editora não se responsabiliza pelo conteúdo e pela procedência dos anúncios publicados nesta revista, de modo que não restará configurado nenhum tipo de responsabilidade civil em decorrência de não cumprimento de pactos firmados entre anunciantes e leitores.do Projeto "Dia do Biólogo", da página 16 1. 2. 3. 4.5. 6. 7. 8.9. do Proieto "Dia do da nánina 16Ilustrações do Projeto "Folclore", da página 8 mm my Correio EleganteNANA, NENÊ, QUE A CUCA VEM PEGAR. TENHO TUDO QUE AMO, MAS AMO TUDO QUE TENHO" ABD 5050 do Projeto "Independência do Brasil", da página 12 DO 1889 FEDERATIVA deA vitória-régia Roraima, Acre e Amazonas Cobra Norato A criação do A Mãe do Ouro vaqueiro A India Neca-Neca desejava pegar a lua. Pará e Amapá mundo Goiás e Tocantins misterioso Certa foi até lago, onde viu a lua cheia Honorato uma cobra Goiás e Tocantins Dos cabelos da Mãe do Ouro refletida. Ela achou que era a lua verdadeira, se de boa indole que desejava Ao provar mandioca, um indio brotam pingos que viram pedras Pernambuco jogou na água e desapareceu. A lua, piedosa, a ser Certo dia, passou mal. o urubu-rei definiu que Antes de elas cairem no Considerado um zé-ninguém, ele transformou em uma flor, a pediu para que um soldado ele estava vivo e passou a atender chão, um pedido pode ser o cavalgava um animal velho e sem valor. desse leite e cortasse sua aos seus pedidos. Por viver em um desejo realizado e a mulher passa a Participava de vaquejadas, das quais cauda para jorrar sangue. mundo jovem queria pertencer à Mãe de Urutau e prestava serviços em troca de o pedido foi atendido e de Com isso, ao ganhar 0 abrigo e comida. Sempre desaparecia, sem dentro da cobra saiu o homem sol, dia surgiu. Maranhão e ninguém saber seu nome sua origem que estava Certa noite, uma moça ajudou um que estava perdido. As primeiras luzes do luar revelaram seu fazendo-o embora. Uma velha feiticeira surgiu e avisou que principe não voltaria. Querendo ter asas para a feiticeira realizou pedido da jovem e a transformou em uma ave. As Amazonas Amazônia Ao mergulharem no lago, nos meses de abril e em noites de lua as Amazonas produziam um amuleto feito de barro chamado o amuleto só era entregue aos homens que deram sono do rio filhos às Sergipe e Alagoas o sono do rio ocorre uma vez por ano, à Quando isso ocorre, as cobras peçonhentas perdem 0 veneno e peixes mortos voltam vida para rumo ao céu, seguindo clarão das Antônio Como nasceram Conselheiro as estrelas não morreu Mato Grosso do Sul, Mato Bahia Grosso e Rondônia Antônio Conselheiro morreu Um menino pediu à avó que na Guerra de Canudos e foi fizesse um bolo de milho com imortalizado por aqueles que têm Caipora os grãos que pegara na roça. Diz a lenda que, nas noites de Bahia Compartilhou alimento com os lua cheia do mês de setembro, ele Em uma noite de caça, ao amigos. Estufados, decidiram subir reza junto ao pé do juazeiro. ressuscitar os porcos-do-mato, ao e abandonaram a o Caipora leve seu ferrão Como castigo, os olhos dos meninos quebrado. Com a quebra do viraram estrelas para observarem objeto, ele se transformou sofrimento das mães na Famaliá em gente e foi até o ferreiro Saci-Pererê Minas Gerais e Espirito Santo encontrou o caçador dos Mato Grosso do Sul, porcos-do-mato e 0 ameaçou. um amuleto que Mato Grosso, Rondônia Pediu que não caçasse mais através de um pacto com LEGENDA porcos-do-mato e que não Uma senhora fez uma emboscada o diabo. Deve-se dentro contasse sobre sua forma para Saci, quando percebeu que seu de uma garrafa preta. Apenas desencantada. FORMAÇÕES FLORESTAIS cachimbo sempre estava pela metade. dono pode conhecer o esconderijo Trocando-o por um cachimbo cheio de do objeto e fazer pedidos. FLORESTAS AMAZÓNICAS pólvora e com fiapos de ele levou um susto, fugindo desnorteado da casa, e MATA DOS COCAIS jamais MATAS A gralha azul A Gruta dos MATA DOS PINHAIS (OU DE ARAUCÁRIA) Paraná e Santa Catarina Ao partir do pinheiro em que dormia, Amores FORMAÇÕES ARBUSTIVAS E HERBÁCEAS a gralha ouviu uma voz no que pedia Rio de Janeiro seu retorno para No caminho Poranga era uma india apaixonada por CERRADO de seu corpo tornou-se azul e Não correspondida, chorava somente a cabeça ficou negra. em cima da mesma pedra. Certo dia, de CAATINGA tão que a pedra caiu CAMPOS perto de onde Negrinho do se apaixonaram e As lágrimas FORMAÇÕES COMPLEXAS E Pastoreio Nuvem branca da india a água da fonte da Gruta dos VEGETAÇÃO DO PANTANAL Rio Grande do Sul do Jaraguá (CERRADOS, CAMPOS Um fazendeiro mau era dono de um escravo São Paulo A criação do homem VEGETAÇÃO chamado Negrinho. Certo dia, quando a tropilha JUNDUS) Negrinho foi amarrado, surrado e jogado Diz a lenda que a nuvem branca do Jaraguá é a São Paulo Diz a lenda que ele foi salvo por sua soma das lágrimas das mulheres que choraram com Maivotsinim entrou no mato e cortou paus da madeira de ESCALA madrinha, Nossa Senhora, e cavalga com a tropilha a partida dos bandeirantes. Ela representa, também, cuarupe. Plantou-as no meio da praça e ateou No início 250 500 até hoje pelo Sul. a despedida daqueles que morreram. do dia seguinte, os raios de sol bateram sobre os troncos e tornaram-sedo Projeto "Independência do Brasil", da página 12 0 .História da Arte no Brasil Pintura 28 mil a.C. Teatro A arte do indio brasileiro nasceu no 1549 Seus registros estão localizados no Parque Quando chegou ao Brasil, o padre José de Nacional da Serra da Capivara, em São Literatura Música Popular Anchieta percebeu que conseguia envolver Raimundo Nonato. local possui a maior Escultura 1500 Século 16 os indigenas com seus autos de fé. Adotou, concentração do mundo de sítios arque- 8 mil a.C. A carta de Pero Vaz de Caminha, escrita ao o cateretê surgiu da união dos cantos e então, a prática de realizar as peças com ológicos com pinturas rupestres. No Zoólitos são esculturas feitas de pedra que rei Dom Manuel em de maio de 1500, é danças com a música feita pelos temáticas cristãs encenadas pelos próprios Toca da Bastiana há o desenho de uma representam os animais com os quais os considerada o primeiro documento literário jesuitas. ritmo é marcado por batidas de indigenas. Depois disso, o teatro só teve figura humana de braços abertos, datada da faixa litorânea conviviam: brasileiro. Depois, destacam-se as obras mãos e pés. Os homens ficam separados importância novamente com a chegada da provavelmente de 30 mil anos atrás. peixes, aves, répteis e mamiferos de José de Anchieta. das mulheres. Familia Real, em 1808. Mosaico Animação Século 18 1915 Mangá A manifestação mais antiga de que se tem o cartunista Fono (pseudônimo de Eugênio 1988 notícia no Pais é a da imperatriz Teresa Histórias em Quadrinhos de Fonseca Filho) lançou os primeiros Embora tenha começado a entrar na moda Cristina, mulher de Dom Pedro II. Ela 1869 personagens, Bille e Bolle, em 1915. em 1990, primeiro mangá publicado no cobriu os bancos, fontes e paredes do o primeiro herói dos quadrinhos brasileiros primeiro longa brasileiro de animação foi o Brasil foi o drama samurai Lobo Solitário, Jardim das Princesas (hoje, Museu de foi um personagem chamado Zé Caipora, filme Sinfonia de 1953, que em 1988. No entanto, os animes (desenhos Ciências Naturais do Rio de Janeiro) com criado pelo italo-brasileiro Angelo Agostini reunia diversos contos entre baseados em mangá) A Princesa e o conchas de praia e cacos das porcelanas na revista As Aventuras de Nhô-Quim & Zé eles a lenda do Urutau. Anétio Lattini Filho Cavaleiro e Speed Racer já eram veicula- do palácio imperial. Caipora, publicada em 1869. trabalhou por cinco anos no projeto. dos por aqui desde a década de 1970. Adaptado do livro Linha do Tempo Uma viagem pela história da humanidade (Cláudia de Castro Lima, Editora Panda Books).28 mil a.C. 8 mil a.C. 1500 Pintura Escultura Literatura Século 16 1549 Século 18 Música Popular Teatro Mosaico 1869 Histórias em 1915 1988 Quadrinhos Animação Mangá Adaptado do livro Linha do Tempo - Uma viagem pela história da humanidade (Cláudia de Castro Lima, Editora Panda Books).Século 18 Mosaico 1549 Teatro 1869 Histórias em História Quadrinhos da Arte Século 16 no Brasil Música Popular Adaptado do livro 28 mil a.C. Linha do Tempo - Uma Pintura viagem pela história da humanidade (Cláudia de Castro Lima, Editora Panda Books). / 8 mil a.C. 1915 Escultura 1500 Animação Literatura 1988 Mangádo Projeto "Independência do Brasil", da página 12 1988 Mangá História da Arte 1915 no Brasil Animação 1869 Histórias em Quadrinhos Século 18 Mosaico 1549 Teatro Século 16 Música Popular 1500 Literatura 8 mil a.C. Escultura 28 mil a.C. Pintura Adaptado do livro Linha do Tempo - Uma viagem pela história da humanidade (Cláudia de Castro Lima, Editora Panda Books) do Projeto "Independência do Brasil", da página 12 REPUBLICA FEDERATIVA DO de28 mil a.C. Pintura 1988 8 mil a.C. Mangá Escultura História da Arte 1915 Animação no Brasil 1500 Literatura Século 16 1869 Histórias em Música Popular Quadrinhos Adaptado do livro Linha do Tempo - Uma viagem pela história da humanidade (Cláudia de Castro Lima, Século 18 1549 Editora Panda Books). Mosaico TeatroHistória da Arte no Brasil do Projeto "Folclore", da página 8 1988 Mangá 1915 Animação PEGA-PEGA DA MÍMICA 1869 Pega-pega é uma das brincadeiras mais populares do Brasil, também conhecida como "pique- pega". A lógica é muito simples: o pegador é escolhido e faz uma contagem até que o restante do grupo esteja a uma distância segura. Quem for pego será o próximo a correr atrás dos outros. A brincadeira possui variações como 0 "pega-corrente", em que os que foram pegos formam uma corrente para alcançar os demais. Diferentemente da brincadeira costumeira, as crianças podem se reunir em um local que não seja tão extenso. Um pegador deverá ser sorteado em vez de escolhido. Ao começar a brincadeira, a criança em quem pegador encostar deverá fazer alguma mímica para que o pegador atual descubra. Se não descobrir, aluno pego é mantido no jogo e o pegador deverá alcançar outra criança, seguindo o mesmo processo. Se pegador adivinhar a mímica, passa a vez para o colega. As poderão ser de bichos de estimação, meios de transporte Histórias em Quadrinhos ou algum personagem de desenho. Século 18 Mosaico 1549 Teatro Século 16 Música Popular NOVA VERSÃO DE FÁBULA Fábula usada: The Lion in Love 1500 Literatura Certo dia, um homem rico e nada simpático conheceu a jovem mais gentil da cidade. Ignorou todos os seus problemas para se dedicar a relação. Embora apaixonado, era arrogante e jamais dera o braço a torcer diante das pessoas que sentiam medo dele. Manteve a fria até pedi-la em Convicto de seus sentimentos, partiu até a casa dos pais dela e não ficou surpreso ao ser maltratado. pedido foi aceito depois de muita conversa e com uma condição estipulada: ele deveria largar o profissional e a luxúria para tomar conta da futura esposa. o casamento foi marcado para alguns meses depois. No dia da cerimônia, noivo foi abandonado no altar. Ele não havia notado que tudo foi uma armação para prejudicá-lo: abandonado e sem prestígio social, tornou-se motivo de chacota de toda a cidade. 8 mil a.C. Escultura Adaptado do livro Linha do Tempo Uma viagem pela história da humanidade (Cláudia de Castro Lima, Editora Panda Books). 28 mil a.C. PinturaHistória da Arte no Brasil 28 mil a.C. 1549 Pintura A arte do brasileiro nasceu Teatro 1988 no Piauí. Seus registros estão Quando chegou ao Brasil, o localizados no Parque Nacional padre José de Anchieta percebeu Mangá da Serra da Capivara, em São 1500 que conseguia envolver os 1869 Embora tenha começado a entrar Raimundo Nonato. 0 local possui indígenas com seus autos de na moda em 1990, primeiro a maior concentração do mundo Literatura fé. Adotou, então, a prática de Histórias em Quadrinhos mangá publicado no Brasil foi o de sítios arqueológicos com A carta de Pero Vaz de Caminha, realizar as peças com temáticas primeiro herói dos quadrinhos drama samurai Lobo Solitário, pinturas rupestres. No sítio Toca escrita ao rei Dom Manuel em 1° cristãs encenadas pelos próprios brasileiros foi um personagem em 1988. No entanto, animes da Bastiana há desenho de uma de maio de 1500, é considerada Depois disso, o teatro chamado Zé Caipora, criado pelo (desenhos baseados em mangá) figura humana de braços abertos, o primeiro documento literário só teve importância novamente ítalo-brasileiro Angelo Agostini na A Princesa e Cavaleiro e Speed datada provavelmente de 30 mil brasileiro. Depois, destacam-se as com a chegada da Família Real, revista As Aventuras de Nhô-Quim Racer já eram veiculados por aqui anos atrás. obras de José de Anchieta. em 1808. & Zé Caipora, publicada em 1869. desde a década de 1970. Adaptado do livro Escultura Música Popular Mosaico Animação Linha do Tempo Zoólitos são esculturas feitas de o cateretê surgiu da união dos A manifestação mais antiga de cartunista Fono (pseudônimo de - Uma viagem pela história da pedra que representam animais cantos e danças indígenas com que se tem notícia no País é a da Eugênio de Fonseca Filho) lançou humanidade (Cláudia com quais os indígenas da a música feita pelos o imperatriz Teresa Cristina, mulher os primeiros personagens, Bille e de Castro Lima, faixa litorânea conviviam: peixes, ritmo é marcado por batidas de de Dom Pedro II. Ela cobriu Bolle, em 1915. primeiro longa Editora Panda Books) aves, répteis e mãos e pés. Os homens ficam bancos, fontes e paredes do brasileiro de animação foi o filme separados das mulheres. Jardim das Princesas (hoje, Sinfonia Amazônica, de 1953, que 8 mil a.C. Museu de Ciências Naturais do reunia diversos contos folclóricos, Século 16 Rio de Janeiro) com conchas de entre eles a lenda do Urutau. praia e cacos das porcelanas do Anétio Lattini Filho trabalhou por palácio imperial. cinco anos no projeto. Século 18 1915do Projeto "Folclore", da página 8 13cm 9cm 1cm 1cm 9cm Dobredo Projeto "Independência do Brasil", da página 12 HINO À BANDEIRA Letra: Olavo Bilac Música: Francisco Braga. Salve, lindo pendão da esperança, Contemplando o teu vulto sagrado, Salve, símbolo augusto da paz! Compreendemos o nosso dever; Tua nobre presença à lembrança E o Brasil, por seus filhos amados, A grandeza da Pátria nos traz. Poderoso e feliz há de ser. Recebe afeto que se encerra Recebe o afeto que se encerra Em nosso peito juvenil, Em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil! Da amada terra do Brasil! Em teu seio formoso retratas Sobre a imensa Nação Brasileira, Este céu de puríssimo azul, Nos momentos de festa ou de dor, A verdura sem par destas matas, Paira sempre, sagrada bandeira, E o esplendor do Cruzeiro do Sul. Pavilhão da Justiça e do Amor! Recebe afeto que se encerra Recebe afeto que se encerra Em nosso peito juvenil, Em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil! Da amada terra do Brasil! Vocabulário AUGUSTO Respeitável; PAR Igual; semelhante; do mesmo majestoso; também era o título dos nível; impar. imperadores romanos. PAVILHÃO Bandeira; estandarte. CONTEMPLAR Observar com PENDÃO Bandeira; flâmula; atenção; admirar. pavilhão. ENCERRAR Conter; incluir. RETRATAR Mostrar; refletir; ESPLENDOR Brilho intenso; espelhar. fulgor. SÍMBOLO Algo que representa, FORMOSO - Belo; bonito; significa ou substitui outra coisa. harmonioso. VARONIL Viril; destemido; JUVENIL Da, relativo à, ou próprio enérgico. da juventude. VERDURA Verdor; qualidade do PAIRAR Sustentar-se no ar; que é verde; vigor; viço. manter-se acima: abranger. VULTO Aspecto: semblante: figura. Crodowaldo Pavando Projeto "Independência do Brasil", da página 12