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DISCIPLINA: DIREITO AMBIENTAL I
Profª Esp. Ronildes Rodrigues da Costa
Email: ronildescosta2013@gmail.com
WhatsApp: (98) 99128-9420
EMENTA
 
 
Noções Preliminares. Aspectos Jurídico-
Constitucionais: o tema nas Constituições
Brasileiras. A legislação federal e estadual. A Ação
Civil Pública. Sistema nacional do Meio Ambiente.
Urbanismo e Meio Ambiente. Instrumentos de
Participação da Comunidade na Defesa
Ambiental. Responsabilidade e Reparação pelo
dano Ambiental. Jurisprudência. Histórico do
Direito Ambiental Internacional. Direito
Comparado. As conferências internacionais sobre
meio-ambiente.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
• ARAUJO, Gisele Ferreira de. Direito ambiental.
São Paulo: Atlas, 2008.
• CANOTILHO, José Joaquim Gomes; LEITE, José
Rubens Morato. Direito constitucional
ambiental brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2007.
• SIRVINSKAS. Luiz Paulo. Manual de direito
ambiental. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
• DERANI, Cristiane. Direito ambiental
econômico. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
FIGUEIREDO, Guilherme José Purvin. A
propriedade no direito ambiental. 3. ed. São
Paulo: RT, 2008.
• FIORILLO, Celso Antonio Pacheco; FERREIRA,
Renata Marques. Direito ambiental tributário.
São Paulo: Saraiva, 2005.
• ________. Princípios do direito processual
ambiental. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
SISTEMA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
SEMAM
Lei nº
1.081/2009
Política Municipal
de Meio
Ambiente
 Lei nº 1.194/2014
Conselho
Municipal de Meio
Ambiente –
CONDEMA
Lei nº1.182/2013
Fiscalização
ambiental
Lei nº
1.194/2014
Sistema
Municipal de
Meio
ambiente Lei
nº 1.194/2014
Licenciamento
Municipal
 Lei nº 1.194/2014
 Fundo
Municipal
de Meio
Ambiente –
FMMA
Educação
ambiental
Lei nº
Monitoramento
ambiental
Lei nº 1.194/2014
SISTEMA MUNICIPAL DE MEIO AMBEINTE
• A partir do ano de 2014, o Município de Chapadinha/MA,
que já contava com um Conselho Municipal de Meio
Ambiente - CONDEMA, e um Fundo Municipal de Meio
Ambiente – FMMA, para subsidiarem as ações ambientais,
passou a dispor de um Sistema Municipal de Meio
Ambiente- SISMUMA, nos termos do art. 1º, da Lei nº
1.194/2014 (CHAPADINHA, 2014).
• Art. 1º- Esta Lei, com fundamento na Constituição Federal,
na Lei Nº 6.938/81, na Lei Nº 12.651/12, na Lei
Complementar Nº 140/11, na Lei Nº 9.605/98, no Decreto
nº 6.514/08, na Resolução Conama n° 237/97, na
Constituição do Estado do Maranhão, na Lei Orgânica do
Município de Chapadinha, no Plano Diretor de Chapadinha
e demais dispositivos legais, tem como objetivo principal,
instituir a Política Municipal do Meio Ambiente e o Sistema
Municipal do Meio Ambiente (SISMUMA). (CHAPADINHA,
2014).
• LEI MUNICIPAL Nº 1.194
• Art. 3º A Política Municipal do Meio Ambiente
tem por finalidade a preservação,
conservação, defesa, recuperação, fiscalização
e melhoria do meio ambiente, como bem de
uso comum do povo e essencial à qualidade
de vida, no âmbito de interesse local,
observados os princípios que regem o
ambiente.
LEI MUNICIPAL Nº 1.194
• A lei ainda trata sobre a criação de áreas de preservação
ambiental e reservas no § 1º, incisos IX, X, do art. 74:
• § 1o - Para assegurar a efetividade do direito a que se refere este
artigo, incumbe ao Município:
• (...)
• IX - Criar as áreas de preservação ambiental do Xororó, Bica,
Bacabalzinho, Quebra Cabeça e Aldeias;
• X- Destinar a região da Chapada Limpa como reserva
ambiental, sendo esta regulamentada através do Código
Municipal do Meio Ambiente; (...)
• Contudo, cabe ressaltar que a região da
Chapada Limpa, destinada a ser reserva
ambiental municipal pelo presente Plano
Diretor, foi transformada em reserva
extrativista federal, pelo Decreto s/n, de 26
de setembro de 2007 ficando a reserva sob o
controle do Instituto Chico Mendes de
Conservação da biodiversidade – ICMBio.
LEI MUNICIPAL Nº 1.182 DE 09 DE DEZEMBRO DE 2013
Art. 1º Fica criado o Conselho Municipal de
Defesa do Meio Ambiente - COMDEMA,
integrante do Sistema Nacional e Estadual do
Meio Ambiente, com o objetivo de manter o
meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à
qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-
lo, preservá-lo e recuperá-lo para a presente e
futuras gerações.
LEI MUNICIPAL Nº 1.182 DE 09 DE DEZEMBRO DE 2013.
• O COMDEMA é o órgão colegiado autônomo,
consultivo, deliberativo e de assessoramento
do Poder Executivo, no âmbito de sua
competência, sobre as questões ambientais
propostas nesta e demais leis correlatas do
município, que terá como objetivo, assessorar
a gestão da Política Municipal do Meio
Ambiente, com o apoio dos serviços
administrativos da Prefeitura Municipal.
LEI MUNICIPAL Nº 1.180 DE 09 DE DEZEMBRO DE 2013.
 DO FUNDO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE
• Art. 1º Fica criado o Fundo Municipal de Meio
Ambiente - FMMA, com a finalidade de mobilizar e
gerir recursos para o financiamento de planos,
programas e projetos que visem o uso racional dos
recursos ambientais, à melhoria da qualidade do
ambiente, à prevenção de danos ambientais e à
promoção da educação ambiental.
• § 1º O FMMA possui natureza contábil e financeira, é
vinculado à Secretaria Municipal do Meio Ambiente –
SEMAM, e tem como gestor financeiro, o Secretário
Municipal do Meio Ambiente.
LEI MUNICIPAL Nº 1.180 DE 09 DE DEZEMBRO DE 2013
DA APLICAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDO
 
Art. 5º Os recursos do Fundo Municipal do Meio Ambiente serão aplicados
na execução de projetos e atividades que visem:
• custear e financiar as ações de controle, fiscalização e defesa do meio
ambiente, exercidas pelo Poder Público Municipal;
• financiar planos, programas, projetos e ações, governamentais ou não
governamentais que visem:
• a) a proteção, recuperação ou estímulo ao uso sustentado dos recursos
naturais no Município;
• b) o desenvolvimento de pesquisas de interesse ambiental;
• c) o treinamento e a capacitação de recursos humanos para a gestão
ambiental;
• d) o desenvolvimento de projetos de educação e de conscientização
ambiental;
• e) o desenvolvimento e aperfeiçoamento de instrumentos de gestão,
planejamento, administração e controle das ações constantes na Política
Municipal do Meio Ambiente;
• f) outras atividades, relacionadas a preservação e conservação ambiental,
previstas em resolução do Conselho Municipal do Meio Ambiente.
Direito Ambiental: Conceito
• Mas, o que seria, então, o direito ao meio
ambiente?
• O direito ambiental pode ser conceituado
como: o conjunto de normas jurídicas que
regem a preservação, melhoria ou
recuperação de um ambiente sempre que
este for meio para garantir a sadia qualidade
de vida humana e a manutenção da vida em
todas as suas formas.
Direito Ambiental
• Para parte da doutrina, o Direito Ambiental é
um conjunto de normas e institutos jurídicos
pertencentes a vários ramos do direito, os
quais se encontram reunidos em decorrência
de sua função instrumental para disciplinar o
comportamento humano em relação ao meio
ambiente
Evolução Histórica da Proteção do
Meio Ambiente
• O direito ao meio ambiente constitui-se como um
direito fundamental do homem, uma vez que sua
existência se justifica em razão da proteção do
direito à vida, saúde, qualidade de vida e,
consequentemente, dignidade da pessoa humana.
Contudo, somente no século passado começou a
ser implementada uma política efetiva de
proteção em relação a esse direito. Carmem Lúcia
Silveira Ramos evidencia que após o fim da
Segunda Guerra Mundial passou-se a ter uma
real preocupação com o meio ambiente e a
qualidade de vida da população.
• Fazendo-se uma retrospectiva histórica,
observa-se que a preocupação em se tutelar
o direito ao meio ambiente é relativamente
recente. Durante séculos o homem tem
agredido a natureza e o meio ambiente em
que vive na busca de melhores condições de
vida e, também, com o objetivo de obter
maiores lucros em suas atividades. Não raro,
inexistia a consciência dessa agressão,
predominando a ideia de que a natureza
produziria inesgotavelmente.
Fasesda Proteção Ambiental no Brasil
• A proteção do meio ambiente no Brasil
observou três fases, a saber:
• 1ª fase - individualista -> Inicia-se com o
descobrimento do Brasil e vai até a segunda
metade do século XX.
• Orientações Afonsinas e Manuelinas.
Praticamente não havia proteção ao meio
ambiente – exploração desregrada dos
recursos ambientais. Priorizavam-se os
interesses do reino;
• 2ª fase – fragmentária -> Da segunda metade
do século XX e até por volta de 1980. A
proteção ao meio ambiente era esparsa
(FRAGMENTÁRIA) e preocupada com a
atividade econômica (fins econômicos).
• Não estabelecia uma polícia ambiental
integrada e não reconhecia a natureza difusa
do meio ambiente; => Diz-se que o sistema é
fragmentário porque vigoravam vários
diplomas legislativos que, cada um, em sua
disciplina, era direcionada para um
determinado tema.
Diplomas dispersos que tinham vigência na
2ª fase:
• Código de Águas (Decreto n. 24.643/34): algumas
normas ainda estão em vigência;
• Estatuto da Terra (Lei n. 4.504/64): tem grande
importância nas tratativas referentes à fixação da
função socioambiental da propriedade;
• Código Florestal (Lei n. 4.771/65): revogado pelo atual
Código Florestal (Lei n. 12.651/2012);
• Lei de Proteção à Fauna (Lei n. 5.197/67): é lei vigente,
mas com algumas disposições revogadas;
• Código de Pesca (Decreto-Lei n. 221/67): é lei vigente,
mas com algumas disposições revogadas;
• Código de Mineração (Decreto-Lei n. 227/67): sofreu
várias alterações decorrentes de Medidas provisórias.
• 3ª fase – holística -> Inicia-se em 1981. Foi
concebida a partir da Política Nacional do Meio
Ambiente - PNMA (Lei n. 6.938/81). Há uma
proteção do meio ambiente como um TODO, de
maneira integrada.
• Na fase holística de evolução histórica da
legislação ambiental, é marcada pela
compreensão do meio ambiente como um todo
integrado, em que cada uma das suas partes é
interdependente das outras e não fragmentada. A
Lei n. 6.938/81, que dispõe sobre a Política
Nacional do Meio Ambiente, é marco do começo
da fase holística, pois somente a partir daí a
defesa do meio ambiente começou a ser
considerada uma finalidade em si mesma.
A PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE NA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
O Meio Ambiente na CF/1988
• A Constituição Federal de 1988 representa
um marco na defesa dos recursos ambientais
e naturais ao trazer diferentes seções e
capítulos dedicados a falar sobre a
necessidade de preservação do meio
ambiente, a fim de garantir o seu equilíbrio
ecológico para as presentes e futuras
gerações.
• Ademais, foi na Carta de 1988 que a
expressão “meio ambiente” apareceu pela
primeira vez em uma Constituição Federal do
Brasil.
• O Capítulo VI traz uma série de princípios e
conceitos inovadores que serviram de base para
nortear o direito ambiental brasileiro dali por
diante. Além disto, outro ponto de inovação
trazido pelo texto constitucional de 1988 é a
repartição da responsabilidade ambiental, onde o
poder público e a coletividade passaram a atuar
coletivamente. Neste sentido, perceba que o ideal
da participação popular preconizado pela
“Constituição Cidadã” também teve suas
prerrogativas ampliadas, uma vez que a sociedade
civil é chamada para atuar também na defesa do
meio ambiente.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
• Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-
lo para as presentes e futuras gerações.
• O que concede a todos os indivíduos o direito
ao meio ambiente equilibrado. Desta maneira,
cria-se um direito subjetivo ao individualizar
tal direito, ao mesmo passo em que o garante
a todos os cidadãos, de forma indefinida. O
resultado da realização desse direito é uma
indivisibilidade, ou seja, a satisfação do
direito para uma pessoa beneficia a
coletividade, ao passo que a supressão do
mesmo também a prejudica em igual
proporção.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
• § 1º Para assegurar a efetividade desse direito,
incumbe ao Poder Público:
• I - preservar e restaurar os processos
ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas; 
• II - preservar a diversidade e a integridade do
patrimônio genético do País e fiscalizar as
entidades dedicadas à pesquisa e
manipulação de material genético; 
• III - definir, em todas as unidades da Federação,
espaços territoriais e seus componentes a serem
especialmente protegidos, sendo a alteração e a
supressão permitidas somente através de lei,
vedada qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua
proteção; 
• IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra
ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente,
estudo prévio de impacto ambiental, a que se
dará publicidade; 
• V - controlar a produção, a comercialização e
o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida,
a qualidade de vida e o meio ambiente; 
• VI - promover a educação ambiental em
todos os níveis de ensino e a conscientização
pública para a preservação do meio ambiente;
• VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na
forma da lei, as práticas que coloquem em
risco sua função ecológica, provoquem a
extinção de espécies ou submetam os animais
a crueldade. 
• VIII - manter regime fiscal favorecido para os
biocombustíveis e para o hidrogênio de baixa
emissão de carbono, na forma de lei
complementar, a fim de assegurar-lhes
tributação inferior à incidente sobre os
combustíveis fósseis, capaz de garantir
diferencial competitivo em relação a estes,
especialmente em relação às contribuições de
que tratam o art. 195, I, "b", IV e V, e o art.
239 e aos impostos a que se referem os arts.
155, II, e 156-A. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 132, de 2023)
• § 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a
recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com
solução técnica exigida pelo órgão público
competente, na forma da lei.
• § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao
meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas
ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos
causados.
• § 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica,
a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona
Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-
se-á, na forma da lei, dentro de condições que
assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive
quanto ao uso dos recursos naturais. 
• § 6º As usinas que operem com reator nuclear
deverão ter sua localização definida em lei
federal, sem o que não poderão ser instaladas.
• § 7º Para fins do disposto na parte final do inciso
VII do § 1º deste artigo, não se consideram cruéis
as práticas desportivas que utilizem animais,
desde que sejam manifestações culturais,
conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição
Federal, registradas como bem de natureza
imaterial integrante do patrimônio cultural
brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei
específica que assegure o bem-estar dos animais
envolvidos. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 96, de 2017)
• Outro elemento constitucional de fundamental
importância no direito ambiental brasileiro é o da
responsabilização pelos danos causados ao meio
ambiente.
• O texto constitucional desenvolveu um sistema
de responsabilidade disposto em três esferas:
administrativa, civil e criminal.
• O artigo 225 da CF/1988 determina que:
• (...) as condutas e atividades consideradas lesivas
ao meio ambiente sujeitarão os infratores,
pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e
administrativas, independentemente da
obrigação de reparar os danos causados.
Classificação das
Competências:
• Competência legislativa
• Competência material
Competência Legislativa
• 1) Competência exclusiva: quando é atribuída
a um ente federado, com exclusão dos
demais.
• 2) Privativa: quando caracterizada como
própriade um ente federado, com
possibilidade, no entanto, de delegação e de
competência suplementar.
Competência Legislativa
• 3) Concorrente: dois elementos fundamentais:
(I) possibilidade de disposição sobre o mesmo
assunto por mais de uma entidade federativa;
(II) primazia da União no que tange à fixação
de normas gerais; ( art.24 CF)
• 4)Suplementar: poder de formular normas
que especifiquem o conteúdo genérico das
normas gerais ou que supram a ausência ou
omissão destas.
Competência legislativa em
matéria ambiental
• Competência concorrente:
• Artigo 24, VI da CF/88:
• “ Compete concorrentemente à União,
Estados e Distrito Federal legislar sobre
proteção do meio ambiente e controle da
poluição.”
• E o Município?
Competência Legislativa em
matéria ambiental
• Competência suplementar do Município:
• Artigo 30, I,II, da CF/88
• Art.30. Compete aos Municípios:
• I – Legislar sobre assuntos de interesse local;
• II – Suplementar a legislação federal e
estadual no que couber;
Competência material (
administrativa)
• 1) Exclusiva: quando é atribuída a uma
entidade com exclusão das demais; ( art. 21,
da CF)
• 2)Comum: consiste na atuação conjunta de
entes federados para a prática de
determinados atos, sem que a iniciativa de
um venha macular a competência do outro.
Competência material
(administrativa) em matéria
ambiental
• Competência comum:
• Artigo 23, VI, VII da CF/88
• É competência comum da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios:
• VI – Proteger o meio ambiente e combater a
poluição em qualquer de suas formas;
• VII – Preservar as florestas, a fauna e a flora;
Competência material
(administrativa) em matéria
ambiental
• Trata-se de competência material comum
repartida entre os entes da federação para o
cumprimento de tarefas em forma de
cooperação.
• Federalismo cooperativo
Competência material
(administrativa) em matéria
ambiental
• Artigo 23, parágrafo único da CF/88:
• Leis Complementares fixarão normas para a
cooperação entre a União e os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, tendo em
vista o equilíbrio do desenvolvimento e do
bem-estar em âmbito nacional.
Competência material
(administrativa) em matéria
ambiental
• Artigo 23, parágrafo único da CF/88:
• LEI COMPLEMENTAR Nº 140, DE 8 DE DEZEMBRO DE
2011, que fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e
VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da
Constituição Federal, para a cooperação entre a União,
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas
ações administrativas decorrentes do exercício da
competência comum relativas à proteção das
paisagens naturais notáveis, à proteção do meio
ambiente, ao combate à poluição em qualquer de
suas formas e à preservação das florestas, da fauna e
da flora; e altera a Lei no 6.938, de 31 de agosto de
1981.
Objeto da ADI
• Objeto - Em regra, é a Lei ou Ato Normativo Estadual
ou Federal.
• ATENÇÃO! Normas MUNICIPAIS NÃO podem ser
objeto de ADI.
• Em relação aos atos normativos que podem ser
objeto de fiscalização concentrada perante o STF por
meio de ADI, temos o seguinte panorama: i. Todas as
espécies normativas do art. 59 da CF podem ser
objeto de ADI: Lei Complementar; Lei Ordinária; Lei
Delegada; Medida Provisória; Decretos Legislativos e
Resoluções podem ser objeto de controle de
constitucionalidade, pois derivam direto da
Constituição.
ADI
• Normas Originárias da CF: prevalece no STF o
entendimento de que não cabe controle de
constitucionalidade do poder originário.
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE
PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF)
• Segundo a jurisprudência do STF e a doutrina,
cabem os seguintes apontamentos:
• 1) Direito pré-constitucional: é cabível ADPF para
sindicar a compatibilidade das normas anteriores
à CF/88 com o texto Constitucional, inclusive de
âmbito estadual e municipal. É o que dispõe
expressamente a Lei nº 9.882/99.
• 2) Lei pré-constitucional e alteração de
competência: a teoria da recepção adotada pelo
STF indica que basta que haja compatibilidade
material com a Constituição para que uma norma
seja recepcionada.
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE
PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF)
• Direito Municipal: deve-se ter atenção em
relação à possibilidade de questionamento de
Lei Municipal no STF via ADPF.
• São recorrentes questões que afirmam a
impossibilidade de controle concentrado no
STF tendo como objeto leis municipais.
• Errado!! Não cabe ADI, porém será cabível
ADPF. 4) Norma revogada: diferente do que
ocorre na ADI/ADC, é possível questionar lei
já revogada perante o STF.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
POR OMISSÃO (ADO)
• O art. 103, § 2º, fala em “omissão de medida”
para tornar efetiva norma constitucional em
razão de omissão de qualquer dos Poderes ou de
órgão administrativo.
• Segundo o Min. Celso de Melo, na ADI 1484, a
omissão do poder público pode gerar o
fenômeno da “erosão da consciência
constitucional”, ou seja, o comprometimento da
credibilidade da Constituição e da crença em sua
efetividade.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE
CONSTITUCIONALIDADE (ADC)
• Objetivo - Sua função é declarar constitucional lei
ou ato normativo federal (art. 102, I, “a” da CF).
As leis, como se sabe, são presumidamente
constitucionais. Ocorre que se trata de presunção
relativa de constitucionalidade, que pode ser
levada à apreciação do judiciário, tanto na via
concentrada como difusa, nos casos concretos.
• ATENÇÃO! Lei estadual, distrital ou municipal
NÃO PODEM SER OBJETO DE ADC.
Poluição
• A Poluição é considerada um fator externo
introduzido no meio ambiente. Através dela,
são depositadas substâncias consideradas
prejudiciais à qualidade ambiental e às
formas de vida existentes no meio ambiente,
causando efeitos negativos em seu equilíbrio.
Ela ocorre naturalmente ou por meio da ação
humana, e é capaz de gerar danos à saúde,
além de afetar a vida dos animais, das plantas
e de todo o ecossistema.
POLUIÇÃO POR RESÍDUOS SÓLIDOS E
POR REJEITOS PERIGOSOS:
• Esta modalidade de poluição resulta do lançamento de
substâncias sólidas danosas na camada mais superficial da
terra. Ou seja, é a poluição do solo por meio dos chamados
Rejeitos Perigosos, que são um tipo de lixo urbano ou rural
resultante das atividades domésticas e comerciais
produzido nas cidades. Esse lixo é classificado como
Matérias Orgânicas (restos de comida) e Inorgânicas
(plástico, vidro, papel, metais, materiais têxteis e afins). Há
também outros tipos de resíduos sólidos bastante danosos,
a exemplo do lixo eletrônico e radioativo, chamado de
Resíduo Sólido Perigoso, para o qual existe destinação
específica contida na Política Nacional de Resíduos Sólidos
(Lei Federal n. 12.305/2010) e se chama Logística Reversa.
Logística Reversa
• É um instrumento de desenvolvimento
econômico e social caracterizado por um
conjunto de ações, procedimentos e meios
destinados a viabilizar a coleta e a restituição
dos resíduos sólidos ao setor empresarial,
para reaproveitamento, em seu ciclo ou em
outros ciclos produtivos, ou outra destinação
final ambientalmente adequada.
Poluição Sonora
• Instituto amplamente estudado graças ao
aumento das populações urbanas, é o conjunto
de ruídos resultantes de uma ou mais fontes
sonoras que são manifestadas ao mesmo tempo
em um mesmo ambiente, que normalmente
conta com uma grande concentração de pessoas.
A audição é um dos principais canais de
informação de todos os seres, e é justamente por
isso que a referida poluição precisa ser
controlada.
• Para que a poluição sonora se configure, é
necessária a presença de um laudo técnico que
comprove os possíveis prejuízos que estão
associados ao excessivo ruído apresentado.
Assim, caso o mesmo esteja fora dos padrões
determinados pela lei, há o enquadramento do
crime ambiental. De acordo com as normativas
emitidas pelo Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA) e pelos Ministérios
Públicos, a intensidade sonora emitida deve ser
medida com base na grandeza conhecida como
Decibel (Db), que deve ser auferida através de
um aparelho específico chamado Decibelímetro.POLUIÇÃO HÍDRICA
• Essa forma de poluição ocorre com a presença de
substâncias tóxicas na água que causam prejuízos não
somente para os seres marítimos, mas também para
todas as formas de vida terrestre. Os rejeitos de
fábricas e esgotos não tratados são as principais
substâncias depositadas nas águas que afetam a
qualidade da vida, responsáveis por desencadear uma
série de doenças, inclusive nos seres humanos. Os
grupos sociais que dependem da água para sobreviver,
como as populações de pescadores artesanais, são
muito afetados pela poluição hídrica, não somente na
questão da saúde, mas também em suas rendas, que
ficam comprometidas pela má qualidade da água.
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
• Se dá mediante o lançamento de gases tóxicos e
partículas resultantes das produções industriais,
como nas fábricas, lojas de carros, queimadas das
florestas, dentre outras ações que comprometem
a qualidade do ar e causam a poluição da
atmosfera. Vale destacar que essa modalidade de
poluição não afeta apenas o local onde o material
for lançado, tendo em vista que a ação dos ventos
possibilita o espalhamento da poluição,
comprometendo até mesmo os locais que são
extremamente distantes do posto poluidor.
OBJETIVOS DOS ENTES PÚBLICOS EM
RELAÇÃO À PROTEÇÃO AMBIENTAL
• Segundo estabelece o art. 3º da LC n. 140/2011,
constituem objetivos fundamentais da União, dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios, no
exercício da competência comum a que se refere a lei
complementar.
• I – proteger, defender e conservar o meio ambiente
ecologicamente equilibrado, promovendo gestão
descentralizada, democrática e eficiente;
• II – garantir o equilíbrio do desenvolvimento
socioeconômico com a proteção do meio ambiente,
observando a dignidade da pessoa humana, a
erradicação da pobreza e a redução das desigualdades
sociais e regionais;
• III – harmonizar as políticas e ações
administrativas para evitar a sobreposição de
atuação entre os entes federativos, de forma
a evitar conflitos de atribuições e garantir
uma atuação administrativa eficiente;
• IV – garantir a uniformidade da política
ambiental para todo o País, respeitadas as
peculiaridades regionais e locais.
Do Código Florestal
Brasileiro
• O novo código florestal (Lei n. 12.651, de 25
de maio de 2012) estabelece normas gerais
sobre a proteção da vegetação, as áreas de
Preservação Permanente9 e as áreas de
Reserva Legal, a exploração florestal, o
suprimento de matéria-prima florestal, o
controle da origem dos produtos florestais e o
controle e prevenção dos incêndios florestais.
Além disso, prevê instrumentos econômicos e
financeiros para o alcance de seus objetivos.
Princípios elencados no
Código Florestal
• Do mesmo modo, tendo como objetivo o
desenvolvimento sustentável, a referida Lei
estabelece que atenderá a diversos princípios
nela elencados. O primeiro princípio refere-se
ao compromisso do Brasil com a preservação
das suas florestas e demais formas de
vegetação nativa, bem como da
biodiversidade, do solo, dos recursos hídricos
e da integridade do sistema climático, para o
bem-estar das gerações presentes e futuras.
• O segundo destaca a importância da função
estratégica da atividade agropecuária e do papel das
florestas e demais formas de vegetação nativa na
sustentabilidade, no crescimento econômico, na
melhoria da qualidade de vida da população brasileira
e na presença do País nos mercados nacional e
internacional de alimentos e bioenergia. Com relação
ao Estado, destaque-se a ação governamental de
proteção e uso sustentável de florestas (de modo a
possibilitar o uso produtivo da terra e a preservação
da água, do solo e da vegetação), bem como a
responsabilidade comum da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, em colaboração com a
sociedade civil, na criação de políticas para a
preservação e restauração da vegetação nativa e de
suas funções ecológicas e sociais nas áreas urbanas e
rurais.
Conceitos Preliminares
• Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por:
• I – Amazônia Legal: os Estados do Acre, Pará,
Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e Mato
Grosso e as regiões situadas ao norte do paralelo
13º S, dos Estados de Tocantins e Goiás, e ao
oeste do meridiano de 44º W, do Estado do
Maranhão;
• II – Área de Preservação Permanente – APP: área
protegida, coberta ou não por vegetação nativa,
com a função ambiental de preservar os recursos
hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a
biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e
flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das
populações humanas;
• III – Reserva Legal: área localizada no interior de
uma propriedade ou posse rural, delimitada nos
termos do art. 12, com a função de assegurar o
uso econômico de modo sustentável dos recursos
naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e
a reabilitação dos processos ecológicos e
promover a conservação da biodiversidade, bem
como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e
da flora nativa;
• IV – área rural consolidada: área de imóvel rural
com ocupação antrópica preexistente a 22 de
julho de 2008, com edificações, benfeitorias ou
atividades agrossilvipastoris, admitida, neste
último caso, a adoção do regime de pousio;
• V – pequena propriedade ou posse rural familiar:
aquela explorada mediante o trabalho pessoal do
agricultor familiar e empreendedor familiar rural,
incluindo os assentamentos e projetos de
reforma agrária, e que atenda ao disposto no art.
3º da Lei n. 11.326, de 24 de julho de 2006;
• VI – uso alternativo do solo: substituição de
vegetação nativa e formações sucessoras por
outras coberturas do solo, como atividades
agropecuárias, industriais, de geração e
transmissão de energia, de mineração e de
transporte, assentamentos urbanos ou outras
formas de ocupação humana;
• VII – manejo sustentável: administração da
vegetação natural para a obtenção de
benefícios econômicos, sociais e ambientais,
respeitando-se os mecanismos de
sustentação do ecossistema objeto do
manejo e considerando-se, cumulativa ou
alternativamente, a utilização de múltiplas
espécies madeireiras ou não, de múltiplos
produtos e subprodutos da flora, bem como a
utilização de outros bens e serviços;
Áreas de Preservação Permanente APP e
Reserva Legal
• Tema dos mais relevantes em relação ao código
florestal refere-se às diferenças entre áreas de
preservação permanente e reserva legal. Segundo
estabelece o art. 4º da Lei n. 12.651/2012, considera-
se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais
ou urbanas, para os efeitos desta Lei:
• I – as faixas marginais de qualquer curso d’água
natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros,
desde a borda da calha do leito regular, em largura
mínima de: a) 30 (trinta) metros, para os cursos
d’água de menos de 10 (dez) metros de largura;
• b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que
tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de
largura;
• c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que
tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de
largura; d) 200 (duzentos) metros, para os cursos
d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600
(seiscentos) metros de largura;
• e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que
tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;
• II – as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais,
em faixa com largura mínima de:
• a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o
corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de superfície,
cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros;
• b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
• III – as áreas no entorno dos reservatórios d’água
artificiais, decorrentes de barramento ou
represamento de cursos d’água naturais, na faixa
definida na licença ambiental do empreendimento;
Recomposição da
Vegetação
Tendo ocorrido supressão de vegetação
situada em Área de Preservação Permanente,
o proprietário da área, possuidor ou ocupante
a qualquer título é obrigado a promover a
recomposição da vegetação, ressalvados os
usos autorizados previstos nesta Lei.
• A recomposição da vegetação constitui-se
comoobrigação propter rem, de natureza real
e é transmitida ao sucessor no caso de
transferência de domínio ou posse do imóvel
rural.
Área de Reserva Legal
• Considera-se Reserva Legal a área com
cobertura de vegetação nativa que deve ser
mantida em todo imóvel rural. Do mesmo
modo que as áreas de preservação
permanente, a Reserva Legal deve ser
conservada com cobertura de vegetação
nativa pelo proprietário do imóvel rural,
possuidor ou ocupante a qualquer título,
pessoa física ou jurídica, de direito público ou
privado.
Código Florestal
• Art. 12. Todo imóvel rural deve manter área com
cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva
Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as
Áreas de Preservação Permanente, observados os
seguintes percentuais mínimos em relação à área do
imóvel, excetuados os casos previstos no art. 68 desta
Lei: (Redação dada pela Lei n. 12.727, de 2012).
• I – localizado na Amazônia Legal:
• a) 80% (oitenta por cento), no imóvel situado em
área de florestas;
• b) 35% (trinta e cinco por cento), no imóvel situado
em área de cerrado;
• c) 20% (vinte por cento), no imóvel situado em área
de campos gerais;
• II – localizado nas demais regiões do País: 20% (vinte
por cento).
Do Controle do Desmatamento – Código
Florestal
• Art. 51. O órgão ambiental competente, ao tomar
conhecimento do desmatamento em desacordo
com o disposto nesta Lei, deverá embargar a obra
ou atividade que deu causa ao uso alternativo do
solo, como medida administrativa voltada a
impedir a continuidade do dano ambiental,
propiciar a regeneração do meio ambiente e dar
viabilidade à recuperação da área degradada.
• § 1º O embargo restringe-se aos locais onde
efetivamente ocorreu o desmatamento ilegal,
não alcançando as atividades de subsistência ou
as demais atividades realizadas no imóvel não
relacionadas com a infração.
Inquérito civil ambiental
CF Art. 129. funções institucionais do MP: III -
promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a
proteção do patrimônio público e social, do meio
ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; -
Lei 7.347/1985 Art. 8º, § 1º O Ministério Público
poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil,
ou requisitar, de qualquer organismo público ou
particular, certidões, informações, exames ou perícias,
no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior
a 10 dias úteis
Inquérito civil ambiental - objetivo
 Res. 23 CNMP
Art. 1º O inquérito civil, de natureza unilateral
e facultativa, será instaurado para apurar fato
que possa autorizar a tutela dos interesses ou
direitos a cargo do Ministério Público nos
termos da legislação aplicável, servindo como
preparação para o exercício das atribuições
inerentes às suas funções institucionais.
Inquérito civil – atribuição p/ instaurar
• Em regra, do local do dano ambiental. Res. 23
CNMP
• Art. 3º Caberá ao membro do Ministério
Público investido da atribuição para
propositura da ação civil pública a
responsabilidade pela instauração de
inquérito civil.
• LACP, Art. 2º As ações previstas nesta Lei
serão propostas no foro do local onde ocorrer
o dano, cujo juízo terá competência funcional
para processar e julgar a causa.
Inquérito civil – hipóteses de instauração
• Art. 2º O inquérito civil poderá ser instaurado:
• I – de ofício;
• II – em face de requerimento ou representação formulada por
qualquer pessoa ou comunicação de outro órgão do Ministério
Público, ou qualquer autoridade, desde que forneça, por qualquer
meio legalmente permitido, informações sobre o fato e seu
provável autor, bem como a qualificação mínima que permita sua
identificação e localização;
• III – por designação do Procurador-Geral de Justiça, do Conselho
Superior do Ministério Público, Câmaras de Coordenação e
Revisão e demais órgãos superiores da Instituição, nos casos
cabíveis.
• § 1º O Ministério Público atuará, independentemente de
provocação, em caso de conhecimento, por qualquer forma, de
fatos que, em tese, constituam lesão aos interesses ou direitos
mencionados no artigo 1º desta Resolução, devendo cientificar o
membro do Ministério Público que possua atribuição para tomar
as providências respectivas, no caso de não a possuir.
Procedimento preparatório ao
IC• § 4º O Ministério Público, de posse de informações
previstas nos artigos 6º e 7º da Lei n° 7.347/85 que
possam autorizar a tutela dos interesses ou direitos
mencionados no artigo 1º desta Resolução, poderá
complementá-las antes de instaurar o inquérito civil,
visando apurar elementos para identificação dos
investigados ou do objeto, instaurando procedimento
preparatório.
• § 6º O procedimento preparatório deverá ser
concluído no prazo de 90 (noventa) dias, prorrogável
por igual prazo, uma única vez, em caso de motivo
justificável.
• § 7º Vencido este prazo, o membro do Ministério
Público promoverá seu arquivamento, ajuizará a
respectiva ação civil pública ou o converterá em
inquérito civil
Inquérito civil ambiental –
características
• Privativo do MP
• ▪ Facultativo
• ▪ Aplicação subsidiária do CPC
• ▪ Finalidade: colheita de provas para tutela de
direito/interesse difuso (via TAC, ACP…).
• ▪ Procedimento investigatório e não
sancionatório (não se aplica contraditório).
Inquérito civil ambiental -
princípios
▪ legalidade (fundamentação e pressupostos –
indícios de autoria e prova da materialidade;
▪ obrigatoriedade — é dever do MP a
instauração se presentes pressupostos (salvo
ACP )
 ▪ publicidade (em regra)
Inquérito civil ambiental -
prazo
• Art. 9º O inquérito civil deverá ser concluído
no prazo de um ano, prorrogável pelo mesmo
prazo e quantas vezes forem necessárias, por
decisão fundamentada de seu presidente, à
vista da imprescindibilidade da realização ou
conclusão de diligências, dando-se ciência ao
Conselho Superior do Ministério Público, à
Câmara de Coordenação e Revisão ou à
Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão.
Inquérito civil ambiental -
arquivamento
• LACP, Art. 9º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as
diligências, se convencer da inexistência de fundamento para a
propositura da ação civil, promoverá o arquivamento dos autos do
inquérito civil ou das peças informativas, fazendo-o
fundamentadamente. § 1º Os autos do inquérito civil ou das peças de
informação arquivadas serão remetidos, sob pena de se incorrer em
falta grave, no prazo de 3 (três) dias, ao Conselho Superior do Ministério
Público.
• § 2º Até que, em sessão do Conselho Superior do Ministério Público,
seja homologada ou rejeitada a promoção de arquivamento, poderão as
associações legitimadas apresentar razões escritas ou documentos, que
serão juntados aos autos do inquérito ou anexados às peças de
informação.
• § 3º A promoção de arquivamento será submetida a exame e
deliberação do Conselho Superior do Ministério Público, conforme
dispuser o seu Regimento.
• § 4º Deixando o Conselho Superior de homologar a promoção de
arquivamento, designará, desde logo, outro órgão do Ministério Público
para o ajuizamento da ação. Desarquivamento: novas provas ou fato
novo relevante (art 12 Res 23 CNMP)
Termo de ajustamento de
conduta (TAC)
• LACP Art. 5º, § 6° Os órgãos públicos
legitimados poderão tomar dos interessados
compromisso de ajustamento de sua conduta
às exigências legais, mediante cominações,
que terá eficácia de título executivo
extrajudicial.
TAC - conceito da Res. 179
CNMP
• Regulamenta o § 6º do art. 5º da Lei nº 7.347/1985,
disciplinando, no âmbito do Ministério Público, a
tomada do compromisso de ajustamento de conduta.
Art. 1º O compromisso de ajustamento de conduta é
instrumento de garantia dos direitos e interesses
difusos e coletivos, individuais homogêneos e outros
direitos de cuja defesa está incumbido o Ministério
Público, com natureza de negócio jurídico que tem
por finalidade a adequação da conduta às exigências
legais e constitucionais, com eficácia de título
executivo extrajudicial a partir da celebração.
Momento de celebração
• Res. 179 CNMP, Art. 3º O compromisso de
ajustamentode conduta será tomado em
qualquer fase da investigação, nos autos de
inquérito civil ou procedimento correlato, ou
no curso da ação judicial, devendo conter
obrigações certas, líquidas e exigíveis, salvo
peculiaridades do caso concreto (…)
Conteúdo do TAC
▪ qualificação das partes;
▪ identificação precisa do seu objeto;
 ▪ estabelecimento de prazos de cumprimento;
 ▪ aviso de que é celebrado com força de título
executivo extrajudicial ou judicial, conforme o
caso;
▪ cláusula penal para casos de seu descumprimento;
▪ obrigação de dar publicidade ao instrumento.
TAC tomado por outro
legitimado que não o MP
• Necessita de ratificação por parte do
Ministério Público?
• Art. 5º. § 1º O Ministério Público, se não
intervier no processo como parte, atuará
obrigatoriamente como fiscal da lei.
• Predomina que não é necessária aquiescência
ministerial.
LEI Nº 4.717, DE 29 DE JUNHO DE
1965. Regula a ação popular.
• Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para
pleitear a anulação ou a declaração de nulidade
de atos lesivos ao patrimônio da União, do
Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, ...
(+ ADM INDIRETA)... haja concorrido ou concorra
com mais de cinqüenta por cento do patrimônio
ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao
patrimônio da União, do Distrito Federal, dos
Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas
jurídicas ou entidades subvencionadas pelos
cofres públicos.
Conceito de patrimônio
público
• § 1º - Consideram-se patrimônio público para os fins
referidos neste artigo, os bens e direitos de valor
econômico, artístico, estético, histórico ou turístico.
• MENOS DE 50%?
• § 2º Em se tratando de instituições ou fundações,
para cuja criação ou custeio o tesouro público
concorra com menos de cinqüenta por cento do
patrimônio ou da receita ânua, bem como de pessoas
jurídicas ou entidades subvencionadas, as
conseqüências patrimoniais da invalidez dos atos
lesivos terão por limite a repercussão deles sobre a
contribuição dos cofres públicos.
• CIDADÃO?
• § 3º A prova da cidadania, para ingresso em
juízo, será feita com o título eleitoral, ou com
documento que a ele corresponda.
OBJETO
• O objeto da ação popular é anular atos
comissivos ou omissivos que sejam lesivos ao
patrimônio público e condenar os
responsáveis pelo mesmo a restituir o bem ou
indenizar por perdas e danos.
• Na ação popular pleiteia-se a anulação do ato
lesivo e a condenação dos responsáveis ao
pagamento d perdas e danos ou à restituição
de bens e valores, conforme a letra da lei.

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