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Prévia do material em texto

Plano de benefícios 
da Previdência Social I
Eduardo Tanaka
Introdução
Passaremos a estudar o plano de benefícios da Previdência Social, que é 
administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), autarquia vin-
culada ao Ministério da Previdência Social1.
O artigo 201 da Constituição Federal trata do regime geral da Previdência 
Social, e seus incisos dispõem sobre os benefícios previdenciários:
Art. 201. A Previdência Social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter 
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio 
financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e 
dependentes, [...]
Espécies de prestações
Esse item está reservado a apenas apresentar as espécies de prestações 
do Regime Geral da Previdência Social (RGPS).
O artigo 18 da Lei 8.213/91 prevê quais as espécies de prestações:
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, 
devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em 
benefícios e serviços:
I - quanto ao segurado:
a) aposentadoria por invalidez;
b) aposentadoria por idade;
1 Já a responsabilidade 
quanto ao custeio cabe 
à Secretaria da Receita 
Federal do Brasil, órgão 
subordinado ao Ministério 
da Fazenda.
1
* Auditor Fiscal da Receita 
Federal do Brasil, em Flo-
rianópolis. Foi de Chefe de 
Fiscalização da Delegacia 
da Receita Previdenciá-
ria em Campo Grande. 
Pós-Graduado em Direito 
Constitucional. Professor 
de Direito Previdenciário, 
Direito Administrativo e 
Direito Constitucional em 
cursos preparatórios pre-
senciais e teletransmiti-
dos. Instrutor da Escola de 
Administração Fazendária 
do Ministério da Fazenda 
(ESAF). Diretor do Sindica-
to Nacional dos Auditores-
Fiscais da Receita Federal 
do Brasil – Sindifisco Na-
cional – Diretoria Executi-
va Nacional. Bacharel em 
Direito pela USP e UFMS e 
formado em Odontologia 
pela USP.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br
2
Plano de benefícios da Previdência Social I
c) aposentadoria por tempo de contribuição;
d) aposentadoria especial;
e) auxílio-doença;
f ) salário-família;
g) salário-maternidade;
h) auxílio-acidente;
II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte;
b) auxílio-reclusão;
III - quanto ao segurado e dependente:
[...]
b) serviço social;
c) reabilitação profissional.
Verifica-se que no inciso I estão relacionados os benefícios que somente 
os segurados têm direito, assim como no inciso II os benefícios exclusivos 
dos dependentes e no inciso III, os de ambos.
Beneficiários
Os beneficiários são todos aqueles que recebem ou possam vir a rece-
ber os benefícios ou serviços do RGPS. Podemos classificá-los em: segurados 
(obrigatórios ou facultativos) e seus dependentes.
O objetivo desse item é estudar os dependentes dos segurados.
Dependentes
É importante conhecer quais são os dependentes, pois eles terão direito 
a determinados benefícios e serviços, em virtude dessa dependência para 
com o segurado obrigatório ou facultativo.
São beneficiários do RGPS, na condição de dependentes do segurado:
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br
Plano de benefícios da Previdência Social I
3
Lei 8.213/91
Art. 16. [...]
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer 
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido;
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou 
inválido;
[...]
Cada inciso (de I a III) representa uma classe. O organograma seguinte 
ilustra a hierarquia entre as classes:
Dependentes
Classe 3 – irmão não emanci-
pado, de qualquer condição, 
menor de 21 anos ou inválido
Classe 2 – pais
Classe 1 – cônjuge, 
companheiro(a), filho não eman-
cipado, de qualquer condição, 
menor de 21 anos ou inválido
Para determinar qual ou quais dependentes terão direito ao benefício ou 
serviço, é necessário seguir algumas regras.
A existência de dependente(s) de hierarquia superior exclui o direito �
dos dependentes das classes seguintes.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br
4
Plano de benefícios da Previdência Social I
Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de �
condições (art. 16, §1.° do RPS).
 Após o falecimento de dependente superior, o benefício não se trans- �
fere para os dependentes inferiores, só para os de mesma hierarquia.
Tendo sido concedido um benefício aos dependentes de uma deter- �
minada classe, no caso de perda da qualidade de dependente, esse 
benefício não é transferido para as classes subsequentes.
Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que mantenha �
união estável com o segurado ou segurada (art. 16, §5.° do RPS).
A dependência econômica das pessoas da classe 1 é presumida com �
exceção do menor enteado e do menor tutelado e das demais classe 
que deve ser comprovada.
A perda da qualidade de dependente cônjuge e companheiro(a) ocorre: �
Decreto 3.048/99
Art. 17 [...]
I - para o cônjuge, pela separação judicial ou divórcio, enquanto não lhe for assegurada 
a prestação de alimentos, pela anulação do casamento, pelo óbito ou por sentença 
judicial transitada em julgado;
II - para a companheira ou companheiro, pela cessação da união estável com o 
segurado ou segurada, enquanto não lhe for garantida a prestação de alimentos;
[...]
 É importante observar que no caso de divórcio do cônjuge e cessação 
da união estável do(a) companheiro(a), estes continuarão sendo de-
pendentes do segurado, caso seja assegurada a prestação de alimen-
tos. Pois, dessa forma, o(a) ex-cônjuge ou ex-companheiro(a) depen-
dem financeiramente do segurado, pelo fato de receberem prestação 
de alimentos.
A perda da qualidade de dependente ocorre: �
Decreto 3.048/99
Art. 17 [...]
III - para o filho e o irmão, de qualquer condição, ao completarem vinte e um anos de 
idade, salvo se inválidos, desde que a invalidez tenha ocorrido antes:
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br
Plano de benefícios da Previdência Social I
5
a) de completarem vinte e um anos de idade;
b) do casamento;
c) do início do exercício de emprego público efetivo;
d) da constituição de estabelecimento civil ou comercial ou da existência de relação 
de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos 
tenha economia própria; ou
e) da concessão de emancipação, pelos pais, ou de um deles na falta do outro, 
mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou 
por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; e
IV - para os dependentes em geral:
a) pela cessação da invalidez; ou
b) pelo falecimento.
Manutenção e perda 
da qualidade do segurado
O período em que ele mantém a qualidade de segurado, mesmo sem 
contribuição, mas continua filiado e protegido pela Previdência Social, é cha-
mado de “período de graça”.
No período de graça mantém-se a qualidade de segurado, conservando-
se todos os direitos perante a Previdência Social, podendo solicitar benefí-
cios, à exceção do auxílio-acidente.
O período de graça não conta para carência e nem para efeitos de tempode contribuição, pois, de fato, ele não está contribuindo, apenas mantém a 
cobertura protetiva securitária.
Manutenção da qualidade de segurado
Conforme o art. 15 da Lei 8.213/91,
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de 
exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou 
licenciado sem remuneração;
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Plano de benefícios da Previdência Social I
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de 
segregação compulsória;
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas 
para prestar serviço militar;
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
Perda da qualidade de segurado
“A perda da qualidade de segurado importa em caducidade dos direitos 
inerentes a essa qualidade.” (Art. 102 da Lei 8.213/91)
Porém, a perda da qualidade de segurado não prejudica o direito à apo-
sentadoria para cuja concessão tenham sido preenchidos todos os requi-
sitos, segundo a legislação em vigor na época em que os requisitos foram 
atendidos, pois se trata de um direito adquirido.
Assim, a perda da qualidade de segurado não será considerada para a con-
cessão das aposentadorias por tempo de contribuição e especial. Também, 
não será considerada para concessão de aposentadoria por idade, desde 
que o segurado conte com, no mínimo, o número de contribuições mensais 
exigido para efeito de carência na data do requerimento do benefício.
Conforme o artigo 102, §2.° da Lei 8.213/91, não será concedida pensão 
por morte aos dependentes do segurado que falecer após a perda desta qua-
lidade, salvo se preenchidos os requisitos para obtenção da aposentadoria.
Períodos de carência
A Lei 8.213/91, art. 24, conceitua período de carência da seguinte forma: 
“Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indis-
pensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir 
do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências”.
A concessão das prestações pecuniárias do regime geral de Previdência 
Social depende dos seguintes períodos de carência, conforme o artigo 29 
do RPS:
12 contribuições mensais, nos casos de auxílio-doença e aposentado- �
ria por invalidez;
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Plano de benefícios da Previdência Social I
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180 contribuições mensais, nos casos de aposentadoria por idade, �
tempo de contribuição e especial;
10 contribuições mensais, no caso de salário-maternidade, para as segu- �
radas contribuinte individual, especial e facultativa. Em caso de parto an-
tecipado, o período de carência será reduzido em número de contribui-
ções equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.
Independe de carência a concessão das seguintes prestações, de acordo 
com o art. 30 do RPS:
pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente �
de qualquer natureza;
salário-maternidade, para as seguradas empregada, empregada do- �
méstica e trabalhadora avulsa;
auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de �
qualquer natureza ou causa, bem como nos casos de segurado que, 
após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de 
alguma das doenças ou afecções especificadas em lista elaborada pe-
los Ministérios da Saúde e da Previdência e Assistência Social a cada 
três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutila-
ção, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravida-
de que mereçam tratamento particularizado.
 Entende-se como acidente de qualquer natureza ou causa aquele de 
origem traumática e por exposição a agentes exógenos (físicos, quími-
cos e biológicos), que acarrete lesão corporal ou perturbação funcional 
que cause a morte, a perda, ou a redução permanente ou temporária 
da capacidade laborativa;
aposentadoria por idade ou por invalidez, auxílio-doença, auxílio-re- �
clusão ou pensão por morte aos segurados especiais, desde que com-
provem o exercício de atividade rural no período imediatamente an-
terior ao requerimento do benefício, ainda que de forma descontínua, 
igual ao número de meses correspondente à carência do benefício 
requerido; e
reabilitação profissional. �
Segundo o artigo 28 do RPS, o período de carência é contado:
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Plano de benefícios da Previdência Social I
para o segurado empregado e trabalhador avulso – da data de filiação �
ao regime geral de Previdência Social. Para efeito de carência, conside-
ra-se presumido o recolhimento das contribuições do segurado em-
pregado e do trabalhador avulso;
para o segurado empregado doméstico, contribuinte individual que �
não seja remunerado por empresa e facultativo, inclusive o segurado 
especial que contribui facultativamente na condição de contribuinte 
individual – da data do efetivo recolhimento da primeira contribuição 
sem atraso, não sendo consideradas para esse fim as contribuições re-
colhidas com atraso referentes a competências anteriores.
Para o segurado especial que não contribui facultativamente na condição 
de contribuinte individual, o período de carência é contado a partir do efeti-
vo exercício da atividade rural, mediante comprovação documental.
Para os segurados empregado doméstico, contribuinte individual e facul-
tativo optantes pelo recolhimento trimestral, o período de carência é conta-
do a partir do mês de inscrição do segurado, desde que efetuado o recolhi-
mento da primeira contribuição.
Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a 
essa perda somente serão computadas para efeito de carência depois que 
o segurado contar, a partir da nova filiação ao regime geral de Previdência 
Social, com, no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas para 
o cumprimento da carência (art. 27-A do RPS).
Salário de benefício
Introdução e conceito
O salário de benefício (SB) nada mais é do que a base de cálculo utilizada 
para chegar ao real valor da maioria dos benefícios recebidos pelos segura-
dos, que chamamos de renda mensal de benefício (RMB).
Dessa forma, em regra:
SB x alíquota = RMB
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Plano de benefícios da Previdência Social I
9
O conceito de salário de benefício é encontrado no art. 31 do RPS:
Salário de benefício é o valor básico utilizado para cálculo da renda mensal dos benefícios 
de prestação continuada, inclusive os regidos por normas especiais, exceto o salário-família, 
a pensão por morte, o salário-maternidade e os demais benefícios de legislação especial.
Valor do salário de benefício
Conforme o art. 32 do Decreto 3.048/99, o salário de benefício consiste:
para as aposentadorias por idade e por tempo de contribuição, na �
média aritmética simples dos maiores salários de contribuição corres-
pondentes a 80% de todo o período contributivo, multiplicada pelo 
fator previdenciário. Sendo que, o fator previdenciário é de aplicação 
facultativa na aposentadoria por idade e é de aplicação obrigatória na 
aposentadoria por tempo de contribuição.
para as aposentadorias por invalidez e especial, auxílio-doença e auxí- �
lio-acidente, na média aritmética simples dos maiores salários de con-
tribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo.Valor do salário de benefício 
para o segurado especial
O artigo 39 da Lei 8.213/91 regulamenta o salário de benefício do segu-
rado especial.
Art. 39. Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, fica 
garantida a concessão:
I - de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-doença, de auxílio-reclusão 
ou de pensão, no valor de 1 (um) salário mínimo, desde que comprove o exercício de 
atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período, imediatamente anterior ao 
requerimento do benefício, igual ao número de meses correspondentes à carência do 
benefício requerido; ou
II - dos benefícios especificados nesta Lei, observados os critérios e a forma de cálculo 
estabelecidos, desde que contribuam facultativamente para a Previdência Social, na 
forma estipulada no Plano de Custeio da Seguridade Social.
Parágrafo único. Para a segurada especial fica garantida a concessão do salário-materni-
dade no valor de 1 (um) salário mínimo, desde que comprove o exercício de atividade 
rural, ainda que de forma descontínua, nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores ao 
do início do benefício.
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10
Plano de benefícios da Previdência Social I
Sendo assim, os benefícios previdenciários para o segurado especial será 
no valor de um salário-mínimo, salvo se o segurado contribuir facultativa-
mente como contribuinte individual (neste caso poderá ser maior).
Limites do salário de benefício
O valor do salário de benefício não será inferior a um salário mínimo, nem 
superior ao limite máximo do salário de contribuição na data de início do 
benefício.
Fator previdenciário
O fator previdenciário será calculado considerando-se a idade, a expecta-
tiva de sobrevida e o tempo de contribuição do segurado ao se aposentar, 
mediante a seguinte fórmula:
Tc x a
Es
f =
(Id + Tc x a)
100
1+x
em que:
f = fator previdenciário;
Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria;
Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria;
Id = idade no momento da aposentadoria; 
a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31.
Como o tempo de contribuição para a mulher e o professor é de 5 anos 
mais cedo e para a professora é de 10 anos mais cedo, para efeito da aplica-
ção do fator previdenciário ao tempo de contribuição do segurado, ao reali-
zar o cálculo, serão adicionados:
cinco anos, quando se tratar de mulher; ou �
cinco ou dez anos, quando se tratar, respectivamente, de professor ou �
professora que comprovem exclusivamente tempo de efetivo exercí-
cio das funções de magistério na Educação Infantil e no Ensino Funda-
mental e Médio.
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Plano de benefícios da Previdência Social I
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Renda mensal de benefício
A renda mensal do benefício de prestação continuada será calculada apli-
cando-se sobre o salário de benefício os seguintes percentuais:
auxílio-doença – 91% do salário de benefício; �
aposentadoria por invalidez – 100% do salário de benefício; �
aposentadoria por idade – 70% do salário de benefício, mais 1% deste �
por grupo de 12 contribuições mensais, até o máximo de 30%.
Para efeito desse percentual de acréscimo, assim considerado o relativo 
a cada grupo de doze contribuições mensais, presumir-se-á efetivado o re-
colhimento correspondente quando se tratar de segurado empregado ou 
trabalhador avulso.
Decreto 3.048/99,
Art. 39. [...]
IV - aposentadoria por tempo de contribuição:
a) para a mulher – cem por cento do salário de benefício aos trinta anos de contribuição;
b) para o homem – cem por cento do salário de benefício aos trinta e cinco anos de con-
tribuição; e
c) cem por cento do salário de benefício, para o professor aos trinta anos, e para a professora 
aos vinte e cinco anos de contribuição e de efetivo exercício em função de magistério na 
educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio;
V - aposentadoria especial – cem por cento do salário de benefício; e
VI - auxílio-acidente – cinquenta por cento do salário de benefício.
Para os segurados especiais é garantida a concessão, alternativamente:
de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-doença, de auxí- �
lio-reclusão ou de pensão por morte, no valor de um salário mínimo; ou
dos benefícios especificados no regulamento, observados os critérios �
e a forma de cálculo estabelecidos, desde que contribuam, facultativa-
mente, como contribuinte individual.
O valor mensal da pensão por morte ou do auxílio-reclusão será de 100% 
do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria 
direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento2.
2 Lembrando que, para 
fins de apuração do salário 
de benefício de qualquer 
aposentadoria precedi-
da de auxílio-acidente, o 
valor mensal deste será 
somado ao salário de 
contribuição antes da 
aplicação da correção a 
que se refere o art. 33 do 
RPS, não podendo o total 
apurado ser superior ao 
limite máximo do salário 
de contribuição.
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12
Plano de benefícios da Previdência Social I
Reajustamento do valor do benefício
O art. 40 do RPS diz: “É assegurado o reajustamento dos benefícios 
para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real da data de sua 
concessão”.
Os valores dos benefícios em manutenção serão reajustados, anualmen-
te, na mesma data do reajuste do salário mínimo, pro rata (calculado propor-
cionalmente), de acordo com suas respectivas datas de início ou do último 
reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor 
(INPC), apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE), conforme o artigo 40, §1.°, do RPS, com redação dada pelo Decreto 
6.042/2007.
Os benefícios devem ser pagos do primeiro ao quinto dia útil do mês se-
guinte ao de sua competência, observando-se a distribuição proporcional 
do número de beneficiários por dia de pagamento.
Para os benefícios majorados devido à elevação do salário mínimo, o refe-
rido aumento deverá ser descontado quando da aplicação do reajuste com 
base no INPC, na forma disciplinada pelo Ministério da Previdência Social. 
Conforme Ibrahim (2008, p. 498), evita-se com isso o aumento indevido 
da prestação, a qual receberia incremento oriundo do aumento do salário 
mínimo e da correção anual.
Nenhum benefício reajustado poderá ser superior ao limite máximo do 
salário de contribuição, nem inferior ao valor de um salário mínimo.
O auxílio-acidente, o salário-família e a parcela a cargo do regime geral de 
Previdência Social dos benefícios por totalização, concedidos com base em 
acordos internacionais de Previdência Social, poderão ter valor inferior ao do 
salário mínimo.
Atividades de aplicação
1. (TRF 4.ª Reg) Independentemente de contribuições, mantém a quali-
dade de segurado:
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Plano de benefícios da Previdência Social I
13
a) quem está em gozo de benefício, sem limite de prazo.
b) até doze meses após a cessação das contribuições, o segurado fa-
cultativo.
c) até três meses após a cessação das contribuições, o segurado fa-
cultativo.
d) até seis meses após o licenciamento, o segurado incorporado às 
Forças Armadas para prestar serviço militar.
e) até doze meses após o licenciamento, o segurado incorporado às 
Forças Armadas para prestar serviço militar.
2. Julgue os itens a seguir utilizando certo (C) ou errado (E).
 (Cespe) Uma segurada empregada do regime de Previdência )(
Social que tenha conseguido seu primeiroemprego e, logo na 
primeira semana, sofra um grave acidente que determine seu 
afastamento do trabalho por quatro meses não terá direito ao 
auxílio-doença pelo fato de não ter cumprido a carência de doze 
contribuições.
 (Cespe) Uma profissional liberal que seja segurada contribuinte )(
individual da Previdência Social há três meses e esteja grávida 
de seis meses terá direito ao salário-maternidade, caso recolha 
antecipadamente as sete contribuições que faltam para com-
pletar a carência.
 (Cespe) Célio, segurado empregado da Previdência Social, )(
tem um filho, com 28 anos de idade, que sofre de doença 
degenerativa em estágio avançado, sendo, portanto, inválido. 
Nessa condição, o filho de Célio é considerado seu dependente, 
mesmo tendo idade superior a dezoito anos.
Dica de estudo
Para aprofundar os conhecimentos desta aula, recomendamos o livro Direito Pre-
videnciário, de Eduardo Tanaka – editora Campus-Elsevier.
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Plano de benefícios da Previdência Social I
Referências
IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de Direito Previdenciário. 11. ed. Niterói: Impe-
tus, 2008.
TANAKA, Eduardo. Direito Previdenciário. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
Gabarito
1. A
2. E, E, C
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