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IN 128 - Com gabarito

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SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO DO AUTOR ............................................................................................ 2 
NOTA EXPLICATIVA SOBRE ESTE MATERIAL .......................................................... 4 
QUESTÕES INÈDITAS .......................................................................................................... 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DO AUTOR 
 
 Olá, Previdenciarista! 
 Antes de tudo, quero agradecer pela confiança na aquisição desse material! Esteja 
certo de que eu procurei dar o meu melhor na elaboração desse conteúdo, aliando minha 
experiência de mais de 10 anos como concurseiro e servidor do INSS. 
 Meu nome é Francisco Rodrigues da Silva Júnior e, em julho deste ano, completei 10 
anos de exercício na função de técnico do seguro social no INSS. Nesse período, trabalhei em 
vários setores, como o de orientação e informação, reconhecimento de direito, manutenção de 
benefício, demandas judiciais, supervisor de atendimento do chat humanizado do portal Meu 
INSS e , por fim, Ouvidoria. 
 Além de ter trabalhado nesses setores, participei como palestrante, representando a 
instituição, em eventos organizados e promovidos pela Câmara de Dirigentes Lojistas - CDL 
de Salgueiro, pelo Sindicato de Trabalhadores rurais - STR e pela secretaria de 
desenvolvimento social do município de Salgueiro -PE, município onde atualmente resido e 
trabalho. 
 Registro que minha trajetória como concurseiro e servidor público começou cedo. Aos 
18 anos de idade, comecei a prestar concurso e ingressei no serviço público, tendo ao longo 
dos anos feito várias provas nas quais obtive aprovação, dentro das vagas, em quase 90% 
delas, como Banco do Brasil, Instituto Federal dos Sertão Pernambucano, Correios, Policiais 
Penal e Militar de Pernambuco, INSS e outros. 
 Antes de ser servidor do INSS, fui empregado/servidor efetivo em 04 instituições 
públicas, tendo passado pelas três esferas (Município, Estado e União). No INSS, fui 
aprovado em 3º lugar para agência em que concorri e fui nomeado 04 meses após a 
homologação do concurso. 
 Sou formado em Administração pela Universidade de Pernambuco e especialista em 
Administração Pública pela Universidade Cândido Mendes, tendo também iniciado, mas não 
concluído, o curso de Direito, área pela qual tenho muito apreço e interesse. 
 Ressalto que para o efetivo exercício do cargo de técnico do seguro social é necessário 
estar atento e atualizado na legislação previdenciária. Nesse sentido, aliando minha 
 
experiência como concurseiro à vivência e estudo diário do direito previdenciário, asseguro 
que tenho total discernimento para trazer um material de qualidade e confiança para todos que 
estão se preparando para o concurso do INSS e outros que exijam a disciplina de Direito 
Previdenciário no edital. 
 No mais, desejo a todos bons estudos e que possam aproveitar bem todas as 
explicações, pegadinhas e dissecação da IN 128/2022-INSS realizada neste material. 
 Para te ajudar a evoluir ainda mais nos estudos, também disponibilizamos outro E-
book com 200 questões de direito previdenciário – Inéditas e Comentadas, que pode ser 
adquirido através do link: https://go.hotmart.com/T66740669D. 
Por fim, registro que para dúvidas e sugestões, estarei sempre acessível na página do 
instagram @inss_na_veia , que foi o projeto pioneiro para produção desse E-book. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://go.hotmart.com/T66740669D
 
 
 
NOTA EXPLICATIVA SOBRE ESTE MATERIAL 
 
1. Este E-book objetiva ser um material de complementação no estudo do Direito 
Previdenciário e contém questões inéditas e atualizadas sobre a IN 128/2022 – INSS, que 
disciplina as regras, procedimentos e rotinas necessárias à efetiva aplicação das normas de 
direito previdenciário em âmbito do INSS. 
2. Logicamente, em razão do limitado número de questões, não foram abordados todos 
os assuntos existentes na 128/2022 – INSS. Assim, esclareço que na elaboração deste 
material busquei explorar, na maioria das questões, os detalhes existentes na IN 128/2022-
INSS que não estão expressos nas leis previdenciárias ou regulamento da previdência social e 
que, na minha análise, possuem maior pertinência temática com as atividades desenvolvidas 
por um técnico do seguro social. 
3. Durante a leitura do material, você poderá observar que em alguns comentários das 
questões eu extrapolei o conteúdo da IN 128/2022-INSS. Isso foi feito tão somente com 
intuito de reforçar o que, na minha concepção, você precisará saber como futuro (a) técnico 
(a) do seguro social. 
4. Se no decorrer da leitura deste material você tiver qualquer dúvida ou observação a 
fazer em relação às questões constantes neste e-book, sinta-se à vontade para entrar em 
contato comigo por meio do instagram: @inss_na_veia. 
5. Feitas essas considerações, vamos aos estudos. 
 
 
 
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QUESTÕES INÈDITAS 
 
QUESTÃO INÉDITA – 01) No RGPS não existe idade máxima para filiação de um 
segurado, diferentemente do que RPPS da União no qual existe idade máxima de ingresso 
como segurado. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
Comentário: 
De acordo com o art. 5, parágrafo único, da IN 128/2022- INSS: “A partir de 25 de julho de 
1991, data da publicação da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, não há limite máximo de 
idade para o ingresso no RGPS”. 
Em relação aos servidores vinculados a RPPS da União, o art. 40, § 1º, inciso II, da CF/88 
dispõe que o servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado 
compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) 
anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar. Essa 
lei complementar, que é a LC nº 152/2015, preconiza no art. 2, inciso I, que os servidores 
titulares de cargos efetivos da União (RPPS), dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, serão aposentados compulsoriamente, com 
proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 75 anos de idade. 
Portanto, a questão está correta, uma vez que no RGPS não existe idade máxima para 
ingresso, enquanto no RPPS da União há idade máxima, ou seja, com idade igual ou superior 
a 75 anos não se pode ingressar ou se manter no referido regime. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 02) José foi contratado por um empregador rural para exercer, como 
empregado, atividade de motorista de caminhão, sendo o responsável por transportar a 
produção rural de leite da fazenda até uma indústria que realiza o processamento dos insumos 
e produz iogurtes. Diante dessa situação, é correto afirmar José é considerado empregado 
rural para fins previdenciários. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
O art. 6º da IN 128/2022-INSS disciplina que a caracterização do trabalho como urbano ou 
rural, para fins previdenciários, depende da natureza das atividades efetivamente exercidas 
pelos segurados obrigatórios e não da natureza da atividade do seu empregador. Portanto, 
como a atividade exercida por José (motorista de caminhão) é tipicamente urbana, para fins 
previdenciários, ele é considerado empregado urbano, ainda que tenha um empregador rural. 
 
 
 
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QUESTÃO INÉDITA – 03) De acordo com a IN 128/2022-INSS, filiado é aquele que se 
relaciona com a Previdência Social na qualidade de segurado obrigatório ou facultativo, 
mediante contribuição ao RGPS. Por outro lado, o não filiado é todo aquele que não possui 
forma de filiação obrigatória ou facultativa ao RGPS, mas se relaciona com a Previdência, 
Social, não sendo observada idade mínima para o seu cadastramento, exceto se representante 
legal ou procurador. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
Comentário: 
Trata-se de questão que aborda conceitos expressos na IN 128/2022-INSS. 
Conforme art. 2º da IN 128/2022-INSS, filiado é aqueleque se relaciona com a Previdência 
Social na qualidade de segurado obrigatório ou facultativo, mediante contribuição ao RGPS. 
Por sua vez, o art. 7º da IN 128/2022-INSS, disciplina que o não filiado é todo aquele que não 
possui forma de filiação obrigatória ou facultativa ao RGPS, mas se relaciona com a 
Previdência Social. Para estes não será observada idade mínima para o cadastramento, exceto 
do representante legal e do procurador. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 04) No casos de impossibilidade de emissão de número de 
identificação do trabalhador - NIT para indígenas por falta de apresentação de certidão de 
registro civil, a ausência do referido documento poderá ser suprida, para fins de concessão de 
benefícios previdenciários e assistenciais, pelos registros administrativos de nascimento e 
óbito escriturados pelos Postos Indígenas ou Administrações Executivas da FUNAI. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
Ao contrário do que afirma a questão, nos casos de impossibilidade de emissão de número de 
identificação do trabalhador - NIT para indígenas por falta de apresentação de certidão de 
registro civil, a ausência do referido documento NÃO poderá ser suprida, para fins de 
concessão de benefícios previdenciários e assistenciais, pelos registros administrativos de 
nascimento e óbito escriturados pelos Postos Indígenas ou Administrações Executivas da 
FUNAI(art. 8, § 4º , da IN 128/2022-INSS). 
 
 
 
 
7 
Nessa situação de impossibilidade de emissão de NIT para indígenas por falta de apresentação 
de certidão de registro civil, compete ao INSS comunicar o fato à Fundação Nacional do Índio 
- FUNAI, que orientará e ajudará o indígena, sem registro civil, a obter o documento (art. 8, § 
5º, da IN 128/2022-INSS). 
 
QUESTÃO INÉDITA – 05) Pedro foi demitido do trabalho em 01/2022 e requereu o seguro-
desemprego em 02/2022, sendo deferidas 05 parcelas com previsão de pagamento entre 
03/2022 até 07/2022. No mês 03/2022, após ter sido mal orientado por um contador, Pedro 
voltou a efetuar recolhimento para o RGPS no código de recolhimento de contribuinte 
individual, embora não estivesse exercendo atividade como tal, o que causou bloqueio nas 
parcelas do seguro-desemprego. Diante dessa situação, é correto afirmar que a legislação 
assegura a Pedro o direito de ter alteração da categoria de segurado obrigatório para 
facultativo, desde que ele assim solicite e apresente declaração informando não exercer 
atividade de filiação obrigatória vinculada ao RGPS ou RPPS. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
Comentário: 
Trata-se de situação comumente observada no atendimento do INSS: Segurado desempregado 
deseja verter a contribuição ao RGPS e, em vez de recolher no código como facultativo, acaba 
recolhendo em código de contribuinte individual. Felizmente, a legislação assegura ao 
segurado que recolheu em categoria errada o direito de realizar essa alteração para categoria 
correta, conforme art. 8, § 14 e 15, da IN 128/2022-INSS abaixo transcritos: 
“A inscrição formalizada por segurado em categoria diferente daquela em que deveria 
ocorrer deve ser alterada para a categoria correta mediante apresentação de documentos 
comprobatórios e análise da pertinência pelo INSS”. (art. 8, § 14º, da IN nº 128/2022-INSS). 
“No caso de alteração da categoria de segurado obrigatório para facultativo será solicitada 
declaração do requerente de que não exerce atividade de filiação obrigatória vinculada ao 
RGPS ou RPPS “(art. 8, § 15º, da IN nº 128/2022-INSS). 
Portanto, a questão está correta afirmar que a legislação assegura a Pedro o direito de ter 
alteração da categoria de segurado obrigatório para facultativo, desde que ele assim solicite e 
apresente declaração informando não exercer atividade de filiação obrigatória vinculada ao 
RGPS ou RPPS 
 
QUESTÃO INÉDITA – 06) Na análise do requerimento de benefício que envolva pedido de 
reconhecimento da condição de segurado especial, as informações obtidas e acolhidas pelo 
INSS diretamente de bancos de dados disponibilizados por órgãos e entidades públicas serão 
 
 
 
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utilizadas para validar ou invalidar informação para o cadastramento do segurado especial, 
bem como, quando for o caso, para deixar de reconhecer essa condição. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
Comentário: 
Atualmente, na análise de um requerimento de benefício rural de cidadão que requer como 
segurado especial, o servidor do INSS responsável pela análise do requerimento confronta as 
informações autodeclaradas pelo requerente com os constantes nas bases de dados oficiais e 
emite parecer quanto à caracterização ou não como segurado especial. 
Essa previsão consta no art. 9, § 2º, da IN 128/2022-INSS que assim dispõe: “As informações 
obtidas e acolhidas pelo INSS diretamente de bancos de dados disponibilizados por órgãos e 
entidades públicas serão utilizadas para validar ou invalidar informação para o 
cadastramento do segurado especial, bem como, quando for o caso, para deixar de 
reconhecer essa condição”. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 07) De acordo com a legislação previdenciária, é correto afirmar 
que as informações inseridas contemporaneamente no CNIS, independentemente de serem 
inéditas ou retificadoras de dados anteriormente informados, somente serão aceitas se 
corroboradas por documentos que comprovem a sua regularidade. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
Trata-se que apenas trocou o “extemporaneamente” por “contemporaneamente” e mudou todo 
o sentido da questão. 
Conforme art. 10 da IN nº 128/2022-INSS: “A partir de 31 de dezembro de 2008, data da 
publicação do Decreto nº 6.722, os dados constantes do CNIS relativos à atividade, vínculos, 
remunerações e contribuições valem, a qualquer tempo, como prova de filiação à 
Previdência Social, tempo de contribuição e salários de contribuição”. 
Essa previsão acima se refere às informações contemporâneas constantes no CNIS, isto é, 
registros que foram informados dentro do prazo legal. Nesse caso, em eventual requerimento 
de benefício ou serviço, em regra, não existe necessidade de apresentação de nenhum 
documento que comprove o tempo de contribuição/filiação, pois a informação contemporânea 
constante no CNIS é válida como prova de filiação à Previdência Social, tempo de 
contribuição e salários de contribuição. 
 
 
 
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Por outro lado, em relação às informações extemporâneas, isto é, que foram informadas fora 
do prazo legal, o art. 18 da IN nº 128/2022 –INSS disciplina que: “As informações inseridas 
extemporaneamente no CNIS, independentemente de serem inéditas ou retificadoras de dados 
anteriormente informados, somente serão aceitas se corroboradas por documentos que 
comprovem a sua regularidade”. 
Nesse último caso, para fins de validação de informação constante no CNIS, deve-se 
apresentar o documento comprobatório para fins de ratificação. Na hipótese da não 
apresentação de documento que ratifique uma informação extemporânea existente no CNIS, 
ela não será considerada como prova de filiação à Previdência Social, tempo de contribuição e 
salários de contribuição, a depender do caso. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 08) Na hipótese em que a documentação apresentada pelo 
requerente for insuficiente para formar convicção ao que se pretende comprovar, o INSS 
poderá realizar, conforme o caso, todas as ações necessárias à conclusão do requerimento, ou 
seja, emitir carta de exigência, tomar depoimentos, emitir Pesquisa Externa ou processar 
Justificação Administrativa - JA, observado as regras aplicadas em cada caso. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
Comentário: 
Trata-se de questão que aborda o que expressamente consta no art. 22 da IN 128/2022-INSS. 
Na hipótese em que a documentação apresentada for insuficiente para formar convicção ao 
que se pretende comprovar, o INSS poderá realizar, conforme o caso, todas as ações 
necessárias à conclusão do requerimento, ou seja, emitir carta de exigência, tomar 
depoimentos,emitir Pesquisa Externa ou processar Justificação Administrativa – JA (art. 22 
da IN 128/2022-INSS). 
 
QUESTÃO INÉDITA – 09) Ao realizar um requerimento de benefício por meio do site do 
INSS, José observou que o seu endereço se encontrava desatualizado no CNIS. Diante dessa 
situação, é correto afirmar que, para fins de atualização do endereço, José deverá anexar junto 
da documentação do benefício requerido um comprovante de residência atualizado. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
 
 
 
 
 
 
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Comentário: 
Diferentemente do que se possa imaginar antes de se conhecer o que dispõe a IN 128/2022-
INSS, atualização de dados de endereço no INSS se dá por meio de ato declaratório do 
interessado, isto é, não existe necessidade de apresentação de comprovante de endereço 
(art. 32, § 2º, inciso III, da IN 128/2022-INSS). 
Portanto, a questão está errada ao afirmar que José deverá apresentar junto da documentação 
do benefício requerido um comprovante de residência atualizado. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 10) O aprendiz, que deve ser maior de 14 anos e menor de 18 anos 
de idade, ressalvada a hipótese da pessoa com deficiência, à qual não se aplica o limite 
máximo de idade, e que possui contrato de aprendizagem por prazo determinado não superior 
a 02 anos, filia-se ao RGPS na condição de empregado. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
Conforme dispõe o art. 45, inciso IV, da IN 128/2022-INSS: “O aprendiz, maior de 14 
(quatorze) anos e menor de 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese da pessoa com 
deficiência, à qual não se aplica o limite máximo de idade, com contrato de aprendizagem 
por prazo determinado, não superior a 2 (dois) anos, na forma dos arts. 428 a 433 da CLT”. 
Portanto, o erro da questão está em informar que o aprendiz deve ser menor de 18 anos de 
idade. Na verdade, ele deve ser menor de 24 anos, ressalvada a hipótese da pessoa com 
deficiência, à qual não se aplica o limite máximo de idade. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 11) Pedro, trabalhador portuário, registrado no OGMO, foi 
contratado por operador portuário, com vínculo empregatício com prazo indeterminado, para 
prestar serviço de vigilância de embarcações na área do porto. Considerando essa situação, é 
correto afirmar que Pedro se enquadra na categoria de trabalhador avulso. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
As informações “trabalhador portuário + registro no OGMO” eventualmente poderiam levar o 
respondente a pensar que Pedro, na situação relatada, se enquadra na categoria de trabalhador 
avulso. Entretanto, a questão relata que Pedro foi contratado com vínculo empregatício com 
prazo indeterminado, o que faz com ele se enquadre como segurado empregado (art. 45, 
inciso XXVII, da IN 128/2022). 
 
 
 
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Interessante trazer à baila a definição de trabalhador avulso portuário constante na IN 
128/2022: “ O trabalhador avulso portuário é aquele que registrado ou cadastrado no 
OGMO, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do OGMO, nos termos 
da Lei nº 9.719, de 1998 e da Lei nº 12.815, de 2013, presta serviço de atividade portuária de 
capatazia, estiva, conferência de carga, conserto de carga, bloco e vigilância de 
embarcações, a diversos operadores portuários, na área dos portos organizados ou de 
instalações portuárias de uso privativo” (art. 84, § 1º, da IN 128/2022). 
 
QUESTÃO INÉDITA – 12) Maria foi servidora pública efetiva entre os anos de 1990 até 
1993 em município que não possuía regime próprio de previdência social- RPPS, razão pela 
qual os servidores se vinculavam ao RGPS. Em 1993, a Justiça anulou o ato administrativo de 
nomeação de Maria porque o ingresso dela no cargo público efetivo que ocupava se deu de 
forma irregular, sem ser precedido de concurso público, sendo Maria desligada do serviço 
público após a decisão judicial. Nessa situação, é correto afirmar que o período de efetivo 
labor prestado por Maria será reconhecido no âmbito do RGPS, mesmo com a anulação do ato 
de admissão no serviço público. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
Comentário: 
A questão aborda o que está expressamente previsto no artigo art. 48, § 4º, da IN 128/2022-
INSS, que assim dispõe: “Nas hipóteses de contrato de trabalho vinculado ao RGPS ser 
considerado nulo, o período de efetivo labor prestado pelo segurado será reconhecido no 
âmbito do RGPS, salvo hipótese de simulação ou fraude na investidura ou na manutenção da 
contratação, observados que: 
I - a simulação ou fraude na investidura fica caracterizada quando existe a 
prestação de serviço apenas em seu aspecto formal, porém sem a comprovação do efetivo 
labor pelo segurado, ou seja, sequer houve a atividade laboral que ensejaria a proteção 
previdenciária, de modo que o contrato de trabalho considerado nulo não produzirá efeitos 
previdenciários; 
II - a situação de fraude na manutenção da contratação ocorre nas hipóteses em 
que existe ação judicial específica demonstrando a antinormatividade da contratação e, 
ainda que exista decisão judicial concreta, em sede de controle difuso, determinando a 
desvinculação, persiste a atuação irregular da administração pública e do segurado, em 
evidente afronta à Constituição e ao Poder Judiciário; 
III - na hipótese de fraude na manutenção da contratação, o contrato de trabalho 
considerado nulo produzirá efeitos previdenciários até a data da decretação da sua nulidade, 
ou até o seu término, se anterior a essa decretação, e desde que tenha havido a prestação 
efetiva de trabalho remunerado, visto que a filiação à Previdência Social está ligada ao 
efetivo exercício da atividade, na forma do art. 20 do Regulamento da Previdência Social - 
RPS;” 
 
 
 
12 
 Portanto, como Maria efetivamente trabalhou no período de 1990 até 1993 e que 
houve o seu desligamento após a decisão judicial, o período de efetivo labor prestado por 
Maria será reconhecido no âmbito do RGPS, mesmo com a anulação de seu ato de nomeação. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 13) Fábio, servidor público aposentado, encontrava-se em gozo de 
aposentadoria paga pelo RPPS de vinculação quando o referido regime previdenciário entrou 
em extinção, vinculando, por meio de Lei, todos os seus servidores de cargo efetivo ao RGPS. 
Diante dessa situação, é correto afirmar que a aposentadoria de Fábio também passará a ser 
paga pelo RGPS. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
O artigo 56 da IN 128/2022-INSS dispõe que é vedado o estabelecimento retroativo de 
direitos e deveres em relação ao RGPS. Além disso, o inciso I do referido artigo acrescenta 
que permanece sob a responsabilidade dos RPPS em extinção o custeio dos benefícios já 
concedidos pelo RPPS. 
Portanto, a questão está errada ao afirmar que a aposentadoria de Fábio passará a ser paga 
pelo RGPS, pois ela continuará a ser paga pelo RPPS em extinção. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 14) José, servidor público federal aposentado, foi eleito vereador no 
município em que reside. Por sua vez, Pedro, servidor público estadual aposentado, foi 
nomeado para o cargo de secretário municipal de educação da cidade em que reside. Diante 
dessa situação, é correto afirmar que tanto José quanto Pedro, obrigatoriamente, vinculam-se 
ao RGPS em razão dos cargos que ocupam após a aposentadoria. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
Comentário: 
A questão aborda o que está expressamente previsto no art. 64 da IN 128/2022-INSS: “O 
aposentado por qualquer regime de previdência que exerça ou venha a exercer cargo em 
comissão, cargo temporário, emprego público ou mandato eletivo vincula-se, 
obrigatoriamente, ao RGPS.” 
Portanto, José e Pedro se vinculam-se obrigatoriamente ao RGPS na situação relatada 
 
 
 
 
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QUESTÃO INÉDITA – 15) É correto afirmar que o servidor público vinculado a RPPS que 
exercer, concomitantemente, mandato eletivo no cargo de vereador, por haver 
compatibilidade de horários, será obrigatoriamente filiado ao RGPS em razão do cargo 
eletivo, devendo contribuir para esteregime sobre a remuneração recebida pelo exercício do 
mandato eletivo e para o RPPS sobre a remuneração recebida pelo exercício do cargo efetivo. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
Comentário: 
É o que expressamente dispõe o art. 65 da IN 128/2022-INSS: 
“O servidor público vinculado a RPPS que exercer, concomitantemente, mandato eletivo no 
cargo de vereador, por haver compatibilidade de horários, conforme o inciso III do art. 38 da 
Constituição Federal de 1988, será obrigatoriamente filiado ao RGPS em razão do cargo 
eletivo, devendo contribuir para este regime sobre a remuneração recebida pelo exercício do 
mandato eletivo e para o RPPS sobre a remuneração recebida pelo exercício do cargo 
efetivo.” 
 
QUESTÃO INÉDITA – 16) José é servidor público efetivo no município de Penaforte-CE, 
que não possui regime próprio de previdência social- RPPS. Diante dessa situação, é correto 
afirmar que a comprovação junto ao INSS do tempo de contribuição de José no município de 
Penaforte -CE, quando se fizer necessário, dar-se-á mediante apresentação de documento 
comprobatório do vínculo funcional, como ato de nomeação e exoneração, entre outros, 
acompanhado da certidão de tempo de contribuição. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
Questão interessante de ser abordada, principalmente porque comumente se observa que os 
segurados e os setores de gestão de pessoas do entes federativos fazem confusão entre a 
declaração de tempo de contribuição ao RGPS e a certidão de tempo de contribuição. 
Conforme artigo 69 da in 128/2022- INSS, “ a comprovação junto ao INSS do tempo de 
contribuição do agente público de qualquer dos entes federativos, inclusive suas Autarquias e 
Fundações de direito público, em cujo período foi vinculado ao RGPS, na categoria de 
empregado, como servidor detentor, exclusivamente, de cargo de livre nomeação e 
exoneração, ou servidor titular de cargo, emprego ou função, dar-se-á mediante a 
apresentação de documento comprobatório do vínculo funcional, tais como ato de nomeação 
e exoneração, dentre outros, acompanhado da Declaração de Tempo de Contribuição ao 
RGPS - DTC, fornecida pelo órgão público ou entidade oficial, na forma do modelo 
constante no Anexo IV”. 
 
 
 
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Por outro lado, a Certidão de Tempo de Contribuição – CTC é o documento por meio do qual, 
na forma de contagem recíproca de que trata a Lei nº 6.226, de 14 de julho de 1975, é 
realizado o aproveitamento no RGPS do tempo de contribuição durante o qual o agente 
público federal, estadual, distrital ou municipal, foi vinculado a RPPS (art. 70 da IN 
128/2022-INSS). 
Portanto, a declaração de tempo de contribuição-DTC comprova o tempo de contribuição do 
agente público de qualquer dos entes federativos, inclusive suas Autarquias e Fundações de 
direito público, cujo período foi vinculado ao RGPS, enquanto a certidão de tempo de 
contribuição –CTC é o documento por meio do qual se realiza o aproveitamento no RGPS do 
tempo de contribuição durante o qual o agente público federal, estadual, distrital ou 
municipal, vinculado a RPPS. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 17) José foi contratado por partido político para, mediante 
remuneração, prestar serviço em campanha eleitoral, promovendo afixação de adesivos em 
carros durante atos de campanha. Diante dessa situação, é correto afirmar que José é segurado 
obrigatório do RGPS e se enquadra na categoria de empregado. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
Conforme artigo art. 90, inciso VII, da IN 128/2022-INSS, a pessoa física contratada por 
partido político ou por candidato a cargo eletivo, para, mediante remuneração, prestar serviços 
em campanhas eleitorais, em razão do disposto no art. 100 da Lei nº 9.504, de 30 de setembro 
de 1997, enquadra-se como segurado contribuinte individual. 
Portanto, a questão está errada ao afirmar que José é empregado, uma vez que na realidade ele 
se trata de contribuinte individual. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 18) João recebe um auxílio–acidente pelo RGPS desde o ano de 
2015 e atualmente se encontra desempregado, não exercendo nenhuma atividade de filiação 
obrigatória. Diante dessa situação, é correto afirmar que João poderá se filiar como segurado 
facultativo, caso assim deseje, sem prejuízo do recebimento do auxílio-acidente do qual é 
beneficiário. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
 
 
 
 
 
15 
Comentário: 
Conforme art. 107, § 2º, inciso XII, da IN 128/2022-INSS, o beneficiário de auxílio-acidente 
ou de auxílio-suplementar pode se filiar facultativamente, desde que simultaneamente não 
esteja exercendo atividade que o filie obrigatoriamente ao RGPS. 
Penso que o que eventualmente poderia gerar dúvida no respondente é quanto ao fato de ser 
beneficiário de auxílio-acidente e se filiar como facultativo (ou C.I). Nesse sentido, é 
importante entender para concessão do auxílio-acidente, a legislação exige que o segurado se 
enquadre na categoria ao segurado empregado, inclusive o doméstico, ao trabalhador avulso e 
ao segurado especial (art. 104, do Decreto 3.048/99). Entretanto, depois de concedido o 
benefício, não existe necessidade de que o segurado se mantenha filiado na categoria que 
ensejou a concessão, podendo o beneficiário se filiar em qualquer categoria. 
Interessante observar que essa previsão de filiação de beneficiário do auxílio-acidente como 
facultativo não consta no rol exemplificativo do art. 11, § 1º, do Decreto 3.048/99, no qual 
estão elencadas algumas situações permissivas para filiação como segurado facultativo. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 19) De acordo com a IN 128/2022-INSS, o valor auferido pelo 
trabalhador rural com a comercialização de sua produção não possui relevância para fins de 
caracterização como segurado especial. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
Comentário: 
De fato, o valor auferido pelo trabalhador rural com a comercialização de sua produção não 
possui relevância para fins de caracterização como segurado especial. Nesse sentido, o art. 
109, § 1º, da IN 128/2022-INSS, ao definir atividade rural desenvolvida em regime de 
economia familiar, preconiza que: “A atividade é desenvolvida em regime de economia 
familiar quando o trabalho dos membros do grupo familiar é indispensável à própria 
subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico, sendo exercida em condições de mútua 
dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes, 
independentemente do valor auferido pelo segurado especial com a comercialização da sua 
produção, quando houver”(...). 
 
QUESTÃO INÉDITA – 20) José é o único beneficiário de uma pensão por morte no valor de 
R$ 1.500,00 de sua esposa falecida, que era empregada urbana. Ele sofreu um acidente de 
moto em agosto de 2022 e requereu um auxílio por incapacidade temporária em 09/2022 em 
razão de se encontrar incapacitado para as atividades habituais por 90 dias, a partir da data do 
acidente. Diante dessa situação, considerando que José comprova, por meio de documentos, 
ter exercido atividade rural no período imediatamente anterior ao acidente sofrido, é correto 
 
 
 
16 
afirmar que José faz jus ao benefício postulado haja vista ter comprovado ser segurado 
especial e se encontrar incapacitado, sendo o benefício isento de carência na situação posta. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
Na situação relatada, por receber benefício de pensão por morte em valor superior ao salário-
mínimo de instituidora que era segurada urbana, José tem descaracterizada sua condição de 
segurado especial, conforme art. 112, inciso IX, alínea a, da IN 128/2022-INSS. 
Portanto, a questão está errada ao afirmar que José faz jus ao auxílio por incapacidade 
temporária na situação relatada, haja vista que ele não se enquadra como segurado especial 
porque recebe benefício de pensão por morte, em valor superior ao salário-mínimo, de 
instituidora que não era segurada especial. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 21) De acordo a IN 128/2022-INSS, é correto afirmar que, emregra, é vedada a inscrição na categoria de contribuinte individual para brasileiro residente 
ou domiciliado no exterior. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
Comentário: 
De fato. Conforme dispõe o art. 90, parágrafo 3º, da IN 128/2022-INSS, é vedada a inscrição 
na categoria de contribuinte individual para brasileiro residente ou domiciliado no exterior. 
A exceção a esta regra é a do brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial 
internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, exceto 
se coberto por RPPS (art. 90, inciso XXIII, da IN 128/2022-INSS). 
 
QUESTÃO INÉDITA – 22) O exercente de mandato eletivo, no período de 1º de fevereiro 
de 1998 a 18 de setembro de 2004, poderá optar pela filiação na qualidade de segurado 
facultativo, desde que não tenha exercido outra atividade que o filiasse ao RGPS ou ao RPPS, 
e faça essa opção em pedido direcionado ao INSS, a quem compete decidir sobre esse pedido. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
 
 
 
 
 
17 
Comentário: 
Trata-se de situação peculiar que envolve conhecimento específico previsto na IN 128/2022-
INSS. 
De fato, conforme art. 107, § 3º, da IN 128/2022-INSS, o exercente de mandato eletivo, no 
período de 1º de fevereiro de 1998 a 18 de setembro de 2004, poderá optar pela filiação na 
qualidade de segurado facultativo, desde que não tenha exercido outra atividade que o filiasse 
ao RGPS ou ao RPPS. 
Nesse caso, o pedido de filiação como facultativo será recepcionado e decidido pelo INSS, a 
quem compete decidir sobre esse requerimento, conforme arts. 140 e 142 da IN 128/2022-
INSS. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 23) O rol de documentos hábeis para a comprovação do exercício 
da atividade e condição de segurado especial estão previstos nas normas previdenciárias de 
modo taxativo. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
O art. 116 da IN 128/2022-INSS prevê que: “Complementarmente à autodeclaração de que 
trata o § 1º do art. 115 e ao cadastro de que trata o art. 9º, a comprovação do exercício de 
atividade do segurado especial será feita por meio dos seguintes documentos, (...) dentre 
outros.” 
Por sua vez, o art. 106 da Lei 8.213/91 prevê que: “A comprovação do exercício de atividade 
rural será feita, complementarmente à autodeclaração de que trata o § 2º e ao cadastro de 
que trata o § 1º, ambos do art. 38-B desta Lei, por meio de, (...) entre outros.” 
Portanto, diferentemente do que afirma a questão, o rol de documentos hábeis para a 
comprovação do exercício da atividade e condição de segurado especial não estão previstos 
nas normas previdenciárias de modo taxativo. Na verdade, o rol de documentos constantes na 
legislação é exemplificativo. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 24) De acordo com a legislação previdenciária, é correto afirmar 
que, nos casos de comprovação do exercício da atividade rural do segurado indígena 
certificado pela FUNAI, o preenchimento da autodeclaração do segurado especial é 
dispensado. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
 
 
 
18 
 
Comentário: 
De fato. Trata-se de uma situação relativamente comum vivenciada pelo servidor do INSS 
durante análise de requerimento e que merece ser internalizada pelo futuro técnico, pois 
certamente será utilizada no desempenho das funções. Conforme art. 116 da IN 128/2022-
INSS, parágrafo 9º, o indígena certificado pela FUNAI fica dispensado o preenchimento da 
autodeclaração do Segurado Especial – Rural. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 25) José, por exercer atividade por conta própria como pintor, 
procurou o INSS em janeiro de 2022 para realizar a inscrição como contribuinte individual. 
Diante dessa situação, é correto afirmar que, enquanto José não fizer pedido de encerramento 
da atividade cadastrada no INSS, presumir-se-á a continuidade do exercício dela, sendo 
considerado em débito o período sem contribuição. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
Comentário: 
Conforme art. 93, § 2º, da IN 128/2022-INSS: “Em se tratando de contribuinte individual que 
exerça atividade por conta própria, enquanto não ocorrer o procedimento previsto no inciso I 
do caput (solicitar encerramento de atividade no CNIS), presumir-se-á a continuidade do 
exercício da sua atividade, sendo considerado em débito o período sem contribuição.” 
Portanto, a questão está correta ao afirmar que na situação relatada, enquanto José não fizer o 
encerramento da atividade cadastrada no INSS, existirá a presunção da continuidade do 
exercício da atividade, sendo considerado em débito o período sem contribuição. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 26) É correto afirmar que a reclamatória trabalhista transitada em 
julgado se restringe à garantia dos direitos trabalhistas e, por si só, não produz efeitos para 
fins previdenciários, sendo que para a contagem do tempo de contribuição e o reconhecimento 
de direitos para os fins previstos no RGPS, a análise do processo pelo INSS deverá observar 
as diretrizes previstas na IN 128/2022-INSS. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
Comentário: 
Questão aborda previsão contida no art. 172 da IN 128/2022-INSS, que preconiza: “ A 
reclamatória trabalhista transitada em julgado restringe-se à garantia dos direitos 
trabalhistas e, por si só, não produz efeitos para fins previdenciários, sendo que para a 
 
 
 
19 
contagem do tempo de contribuição e o reconhecimento de direitos para os fins previstos no 
RGPS, considerando o disposto na Seção XVII deste Capítulo, a análise do processo pelo 
INSS deverá observar(...)”. 
Interessante observar que essa previsão expressa constante na IN 128/2022 - INSS não existe 
no Decreto 3.048/99 ou na Lei 8.213/91. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 27) Anajé, segurado especial indígena, faleceu em outubro de 2022. 
Ele vivia há 05 anos em união estável devidamente comprovado junto à Fundação Nacional 
do Índio (FUNAI) com duas companheiras em regime de poligamia, Apoena e Ecoema. 
Diante dessa situação, é correto afirmar que tanto Apoena quanto Ecoema possuem direito à 
pensão por morte em virtude do falecimento de Anajé. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
Comentário: 
Conforme art. 178, § 5º, da IN 128/2022-INSS: “Será reconhecida, para fins previdenciários, 
a união estável entre um segurado indígena e mais de um(a) companheiro(a), em regime de 
poligamia ou poliandria devidamente comprovado junto à Fundação Nacional do Índio- 
FUNAI “. 
Portanto, a questão está correta, uma vez que, para fins previdenciário, é reconhecida a união 
estável entre um segurado indígena e mais de um(a) companheiro(a), em regime de poligamia 
ou poliandria devidamente comprovado junto à Fundação Nacional do Índio (FUNAI). 
. 
QUESTÃO INÉDITA – 28) José possui 17 anos de idade e é filho não emancipado de 
Pedro, que faleceu em 01/10/2022 e era beneficiário de uma aposentadoria por idade no 
RGPS no valor de um salário-mínimo. Além disso, José é empregado em uma empresa 
privada do ramo da construção civil e aufere um salário mensal de R$ 1500.00. Nessa 
situação, é correto afirmar que, caso a requeira, José faz jus à pensão por morte decorrente da 
morte do seu pai em razão de ser dependente do falecido. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
Comentário: 
Ao dispor sobre as situações que causam a perda da qualidade de dependente, o art. 181, § 9º, 
da IN 128/2022-INSS preconiza que: “Considerando ausência expressa na legislação de 
definição quanto à economia própria, resta prejudicada a aplicação de perda de qualidade 
ao dependente filho ou enteado ou tutelado, ou ao irmão, menor de 21 (vinte e um) anos de 
 
 
 
20 
idade, que constitua estabelecimento civil ou comercial ou possua relação de emprego que 
não seja público efetivo. “ 
Portanto, na situação relatada na questão, mesmo tendo um salário mensal superior ao valor 
recebido por Pedro, José continua sendo dependente para fins previdenciário e faz jus à 
pensão por morte em razão do falecimento do seu pai. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 29) Pedro contribuiu para o RGPS por 05 anos entre janeirode 
2015 até janeiro de 2020, quando pediu demissão do trabalho para estudar para concursos. 
Após ficar desempregado, Pedro não mais verteu recolhimentos para o RGPS e, em junho de 
2021, procurou uma agência do Sistema Nacional de Emprego (SINE) para se cadastrar para 
ações de emprego, uma vez que continuava desempregado e o concurso para o qual estava 
estudando ainda não tinha sido autorizado. Diante dessa situação, é correto afirmar que Pedro 
manterá a qualidade de segurado até 15/03/2022. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
Questão explora detalhe que é normatizado na IN 128/2022-INSS. 
Ficando desempregado em janeiro de 2020, Pedro manteve a qualidade de qualidade até 
15/03/2021 (art. 184, inciso II, da IN 128/2022-INSS). 
Caso tivesse se cadastrado no SINE para ações de emprego enquanto ainda mantinha a 
qualidade de segurado, Pedro faria jus a prorrogação de mais 12 em razão de comprovar a 
condição de desempregado (art. 184, § 5º, da IN 128/2022-INSS). 
Entretanto, como procurou o SINE somente em junho de 2021, isto é, após ter perdido a 
qualidade de segurado, Pedro faz não faz jus a prorrogação de mais 12 meses em razão de 
comprovar a condição de desempregado (Art. 184, § 5º, da IN 128/2022-INSS). 
Portanto, a questão está errada ao afirmar que Pedro manterá a qualidade de segurado até 
15/03/2022, uma vez que na situação relatada ele manterá a qualidade somente até 
15/03/2021, sem direito a prorrogação por mais de 12 meses. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 30) O segurado contribuinte individual que tenha deixado de efetuar 
contribuição para o RGPS faz jus à prorrogação do período de graça por mais 12 meses, caso 
comprove a condição de desempregado durante o período de manutenção da qualidade de 
segurado. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
 
 
 
21 
Comentário: 
Conforme prevê o art. 184, § 10º, da IN 128/2022-INSS, “o segurado contribuinte individual 
que tenha deixado de efetuar contribuição para o RGPS faz jus à prorrogação do período de 
graça por mais 12 meses, caso comprove a condição de desempregado durante o período de 
manutenção da qualidade de segurado.” 
Interessante observar que essa previsão expressa constante na IN 128/2022 - INSS não existe 
no Decreto 3.048/99 ou na Lei 8.213/91. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 31) A legislação previdenciária contempla hipótese de concessão de 
pensão por morte a dependente de falecido/instituidor que, na data do óbito, não seja detentor 
da qualidade de segurado do RGPS. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
Comentário: 
Conforme art. 186, § 2º, da IN 128/2022-INSS: “A perda da qualidade de segurado não 
prejudica o direito à pensão por morte para os dependentes do falecido que tenha preenchido 
todos os requisitos para uma aposentadoria antes de seu falecimento.” 
No mesmo sentido, o art. 368 da IN 128/2022-INSS preconiza que: 
“Art.368. Caberá a concessão de pensão aos dependentes mesmo que o óbito tenha ocorrido 
após a perda da qualidade de segurado, desde que: 
I - o instituidor do benefício tenha implementado todos os requisitos para 
obtenção de uma aposentadoria até a data do óbito; ou 
II - fique reconhecido o direito, dentro do período de graça, à aposentadoria por 
incapacidade permanente, o qual deverá ser verificado pela Perícia Médica Federal, que 
confirmem a existência de incapacidade permanente até a data do óbito.” 
Portanto, a questão está correta ao afirmar que a legislação previdenciária contempla 
hipótese de concessão de pensão por morte a dependente de falecido/instituidor que, na data 
do óbito, não seja detentor da qualidade de segurado do RGPS. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 32) Rita se inscreveu como contribuinte individual em janeiro de 
2021 e efetuou recolhimentos na atividade como C.I entre os meses de janeiro de 2021 até 
junho de 2021, deixando de efetuar os recolhimentos a partir do mês de julho, embora tenha 
continuado a desempenhar a atividade como C.I. Em novembro de 2021, Rita deu à luz a um 
filho, em seguida, requereu o salário-maternidade no INSS. 
 
 
 
22 
Diante dessa situação, é correto afirmar que Rita terá direito ao salário-maternidade, caso 
efetue, após o nascimento do filho, os recolhimentos referentes aos meses de julho até outubro 
de 2021, uma vez que cumprirá com a carência exigida para concessão, bem como terá 
qualidade de segurada na data do parto. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
Conforme art. 189, § 4º, da IN 128/2022-INSS: “Para fins de cômputo da carência, deverão 
ser consideradas as contribuições efetuadas até a data do fato gerador, devendo ser 
desconsideradas para este fim aquelas recolhidas após esta data, ainda que referentes a 
competências anteriores a esta (...)”. 
Portanto, na situação relatada, Rita não terá direito ao salário-maternidade, mesmo que efetue 
os recolhimentos do período de 07/2021 até 11/2021 após o nascimento do filho. O cômputo 
da carência é realizado considerando os recolhimentos efetuado até a data do fato 
gerador(parto) e, no caso, até a data do parto, Rita terá apenas 06 meses para efeito de 
carência (entre 01/2021 até 06/2021). 
 
QUESTÃO INÉDITA – 33) A legislação previdenciária não admite contribuição de período 
anterior à inscrição dos segurados, sejam eles obrigatório ou facultativo. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
Em relação ao segurado facultativo, a questão está correta ao afirmar que legislação 
previdenciária não admite contribuição de período anterior à inscrição, conforme dispõe o art. 
107 da IN 128/2022: “A filiação na qualidade de segurado facultativo gera efeito somente a 
partir da inscrição e do primeiro recolhimento sem atraso, não podendo retroagir e não 
permitindo o pagamento de contribuições relativas a competências anteriores à data da 
inscrição.” 
Por outro lado, em relação aos segurados obrigatórios, a questão está errada, uma vez que nos 
casos de reconhecimento de filiação e retroação da data de início de contribuição a legislação 
admite à contribuição de período anterior a inscrição, conforme dispõem os arts. 98 e 99 da 
IN 128/2022: 
“Entende-se por reconhecimento de filiação o direito do segurado de ter reconhecido, em 
qualquer época, o período em que exerceu atividade não abrangida pela Previdência Social, 
mas que, posteriormente, se tornou de filiação obrigatória, bem como o período não 
 
 
 
23 
contribuído, anterior ou posterior à inscrição, em que exerceu atividade remunerada sujeita 
a filiação obrigatória” (art. 98 da IN 128/2022-INSS). 
 “A retroação da data do início da contribuição - DIC, que consiste na manifestação de 
interesse do contribuinte individual em recolher contribuição relativa a período anterior à 
sua inscrição, será admitida quando restar comprovado o exercício de atividade remunerada 
no período, sendo o cálculo da contribuição na forma de indenização prevista no art. 45-A da 
Lei nº 8.212, de 1991 quando se tratar de período decadente, ou na forma de cálculo de 
regência previsto no art. 35 da Lei nº 8.212, de 1991 quando se tratar de período não 
alcançado pela decadência.” (art. 99 da IN 128/2022-INSS). 
Portanto, a questão está errada ao afirmar que a legislação previdenciária não admite 
contribuição de período anterior à inscrição dos segurados, sejam eles obrigatório ou 
facultativo, tendo em vista que, no caso do segurado obrigatório, é possível a contribuição 
referente a período anterior à inscrição. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 34) Em sua primeira filiação ao RGPS, Pedro foi empresário no 
período de 01/2005 até 01/2019, quando efetuou recolhimentos ao RGPS por 14 anos como 
contribuinte individual. Em 10/2022, ele se filiou novamente ao abrir uma nova empresa e 
voltou a efetuar recolhimentos como contribuinte individual. Diante dessa situação, é correto 
afirmar que nesta segunda filiação, caso Pedro efetue recolhimento somente pelos meses de 
10/2022 até 01/2023, deixando de efetuar recolhimentos pelos meses seguintes, ele manterá a 
qualidadede segurado por até 36 meses após a cessação das contribuições. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
Deixando de contribuir em 01/2019, Pedro manteve a qualidade de segurado até 15/03/2021, 
sendo 12 meses de período de graça em razão da cessação das contribuições (art. 184, inciso 
II, da IN 128/2022-INSS) e mais 12 meses de período de graça por possuir mais 120 
contribuições mensais sem perda da qualidade de segurado (art. 184, § 4º, da IN 128/2022-
INSS). 
Na segunda filiação iniciada em 10/2022, caso Pedro recolha somente entre os meses de 
10/2022 até 01/2023, ele manterá a qualidade de segurado, no máximo, por até 24 meses após 
a cessação das contribuições, sendo 12 meses de período de graça em razão da cessação de 
contribuição e mais de 12 meses de período de graça, caso comprove a condição de 
desempregado (art. 184, § 10º, da IN 128/2022-INSS). 
Assim, como já gozou na primeira filiação da prorrogação por mais 12 meses em razão de 
possuir mais de 120 meses de contribuição sem perda da qualidade de segurado, Pedro só terá 
 
 
 
24 
direito a uma nova prorrogação por mais 12 meses quando ele completar novamente 120 
(cento e vinte) novas contribuições mensais sem perda da qualidade de segurado. 
Portanto, a questão está errada ao afirmar que Pedro manterá a qualidade por até 36 meses, 
uma vez que na situação hipotética apresentada ele poderá manter a qualidade de segurado 
por no máximo 24 meses. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 35) Rita, contribuinte individual, efetuou recolhimentos como C.I 
que exerce atividade por conta própria no período de 01/2021 até 12/2021. Em 01/2022, Rita 
deu à luz uma criança e fez um requerimento de salário-maternidade. Durante a análise do 
requerimento, o servidor do INSS identificou que entre os meses 07/2021 até 12/2021 ela 
efetuou recolhimentos abaixo do salário-mínimo e que possuía apenas 06 contribuições 
regulares para efeito de carência. Diante dessa situação, é correto afirmar que Rita fará jus ao 
salário-maternidade, caso realize a complementação de pelos menos 04 meses do período de 
07/2021 até 12/2021, ainda que o pagamento seja posterior a data do parto. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
Comentário: 
Conforme art. 192, § 2º, da IN 128/2022-INSS: Os recolhimentos efetuados a título de 
complementação não devem ser considerados para fins de reconhecimento do atraso nas 
contribuições (art. 192, § 2º, da IN 128/2022-INSS). 
Portanto, na situação relatada, como se trata de complementação de recolhimentos, Rita 
poderá efetuá-los mesmo após o fato gerador e terá computado como carência esses meses. 
Assim, caso efetue a complementação de pelo menos 04 competências do período de 07/2021 
até 12/2021, Rita fará jus ao salário-maternidade, uma vez que cumprirá com a carência de 10 
meses, razão pela qual a questão está correta. 
Importante se atentar que a situação relatada nesta questão se diferencia da situação relatada 
na questão 32. Na questão 32, tratou-se de uma situação de recolhimento integral da 
competência após o fato gerador (art. 189, § 4º, da IN 128/2022-INSS). Nesta questão 35, 
trata-se de complementação de recolhimento após o fato gerador (art. 192, § 2º, da IN 
128/2022-INSS). 
 
QUESTÃO INÉDITA – 36) Julia começou a recolher para o INSS como segurada 
facultativa no mês de 01/2022. Em 05/10/2022, quando possuía apenas 09 recolhimentos para 
o RGPS entre 01/2022 até 09/2022, ela deu à luz a um bebê em parto de duração normal de 
uma gestação. Diante dessa situação, é correto afirmar que, caso requeira o salário-
maternidade, Julia não fará jus benefício, ainda que efetue o recolhimento da competência 
 
 
 
25 
10/2022 até a data do vencimento, uma vez que ela não cumprirá com a carência mínima para 
concessão. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
Comentário: 
O artigo 189, § 4º, da IN 128/2022-INSS preconiza que: “Para fins de cômputo da carência, 
deverão ser consideradas as contribuições efetuadas até a data do fato gerador, devendo ser 
desconsideradas para este fim aquelas recolhidas após esta data, ainda que referentes a 
competências anteriores a esta, observado o § 5º”. 
Por sua vez, o § 5º do art. 189 da IN 128/2022-INSS dispõe que: “Deve ser considerado para 
o cômputo da carência o recolhimento referente à competência do fato gerador, desde que 
efetuado dentro do seu vencimento”. 
Portanto, a questão está errada ao afirmar que Julia não fará jus ao benefício, ainda que efetue 
o recolhimento da competência 10/2022 até a data de vencimento. Isso porque, caso efetue o 
recolhimento da competência referente ao mês 10/2022 até a data do vencimento, Julia 
cumprirá com a carência exigida para concessão, isto é, terá 10 contribuições mensais. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 37) Janaina atualmente é servidora pública vinculada a RPPS no 
município de São João do Piaui. Ela fez um requerimento de certidão de tempo de 
contribuição para fins de contagem recíproca no setor de gestão de pessoas da Prefeitura do 
seu município. Diante dessa situação, é correto afirmar que o RPPS poderá emitir a CTC para 
Janaina, independentemente da situação funcional da referida servidora, uma vez que se trata 
de um direito assegurado pela legislação. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
Conforme art. 213, § 1º, da IN 128/2022-INSS, a certidão de tempo de contribuição – CTC 
somente poderá ser emitida por RPPS para ex-servidor. 
É importante que o futuro servidor internalize essa informação porque é comumente 
observado que RPPSs, principalmente de municípios, emitem certidão de tempo de 
contribuição para servidores que ainda estão na ativa com vistas a aproveitamento no INSS, o 
que é incorreto. 
Portanto, a questão está errada ao afirmar que o RPPS poderá emitir a CTC para Janaina. Na 
verdade, não poderá em razão dela ainda ser servidora da ativa – “Atualmente é servidora”. 
 
 
 
 
26 
QUESTÃO INÉDITA – 38) Pedro requereu aposentadoria por idade em 01/2022, quando 
completou 60 anos de idade, declarando ser segurado especial. No requerimento de 
aposentadoria, ele comprovou, por meio de documentos, o efetivo exercício da atividade rural 
pelo período de 01/01/2000 até 01/01/2022 em propriedade rural com área de 5 módulos 
fiscais. Diante dessa situação, é correto afirmar que Pedro terá integralmente não reconhecida 
a condição de segurado especial. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
Na situação relatada, Pedro é considerado contribuinte individual somente a partir de 
23/06/2008, data da publicação da Lei nº 11.718, de 2008, em razão de explorar atividade 
rural em terras que possuem área superior a 4 módulos fiscais (art. 90, inciso I, alínea b, da IN 
128/2022-INSS). 
No período de 01/01/2000 até 22/06/2008, Pedro se enquadra como segurado especial, 
conforme art. 110, § 8º, da IN 128/2022-INSS: “A delimitação do tamanho da terra em 
quatro módulos fiscais tem vigência a partir de 23 de junho de 2008, data da vigência da Lei 
nº 11.718, de 2008, de forma que os períodos de atividade do segurado especial anteriores 
devem ser analisados independentemente do tamanho da propriedade.” 
Portanto, a questão está errada ao afirmar que na situação relatada Pedro terá integralmente 
não reconhecida a condição de segurado especial, uma vez que em parte do período postulado 
ele se enquadra como segurado especial. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 39) É correto afirmar que as contribuições devidas pelo segurado 
contribuinte individual e o valor apurado no cálculo de indenização poderão ser objeto de 
parcelamento, desde que requerido pelo segurado ao INSS, sendo que o período 
correspondente somente poderá ser utilizado para concessão de benefício e emissão de CTC 
após a comprovação da liquidação de todos os valores incluídos em parcelamento. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
Conforme dispõe o art. 104 da IN 128/2022-INSS: “As contribuições devidas pelo segurado 
contribuinte individual e o valor apurado no cálculo de indenizaçãopoderão ser objeto de 
parcelamento, a ser requerido perante a RFB, sendo que o período correspondente somente 
poderá ser utilizado para concessão de benefício e emissão de CTC após a comprovação da 
liquidação de todos os valores incluídos em parcelamento.” 
Portanto, a questão está errada porque trocou Receita Federal do Brasil –RFB pelo INSS. 
 
 
 
27 
 
QUESTÃO INÉDITA – 40) José foi aprovado em concurso público e tomou posse em 
01/2016 no cargo de Policial Militar do estado de PE, vinculando-se ao RPPS do referido 
estado. Antes de assumir o cargo público, José tinha contribuído para o RGPS sobre um 
salário-mínimo nos períodos de 01/2005 até 01/2010 como empregado e entre 02/2010 até 
01/2015 como MEI na alíquota reduzida de 5% do salário-mínimo. 
Diante dessa situação, é correto afirmar que, caso requeira a certidão de tempo de 
contribuição para fins de averbação no RPPS de PE, José terá direito a aproveitar todo o 
período de 01/2005 até 01/2015 em que recolheu para o RGPS, haja vista que todo o período 
foi recolhido sobre o mínimo do salário de contribuição. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
O período em que José recolheu como MEI na alíquota reduzida de 5% do salário-mínimo 
será computado como tempo de contribuição para fins de emissão de CTC somente se houver 
a complementação das contribuições para o percentual de 20% (art. 514, inciso I, da IN 
128/2022-INSS). 
Portanto, a questão está errada ao afirmar que José terá direito a aproveitar todo o período de 
01/2005 até 01/2015 em que recolheu para o RGPS. Na verdade, ele terá direito de aproveitar 
somente o período de 01/2005 até 01/2010 em que contribuiu como empregado sobre o 
salário-mínimo. O período entre 02/2010 até 01/2015 poderá ser aproveitado somente se for 
complementado para alíquota de 20%, o que a questão não relata. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 41) Rita, segurada contribuinte individual há mais de 05 anos, 
estava em gozo de auxílio por incapacidade para o trabalho, com data prevista para cessação 
em 30/03/2023, quando deu à luz um bebê prematuro em 15/09/2022. Diante dessa situação, é 
correto afirmar que, caso requeira o salário-maternidade, o auxílio por incapacidade recebido 
por Rita terá data de cessação fixada no dia anterior ao nascimento da criança, tendo em vista 
que a legislação veda o recebimento conjunto de salário-maternidade com auxílio por 
incapacidade temporária. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
Comentário: 
De fato, a legislação previdenciária veda o recebimento conjunto de salário-maternidade com 
auxílio por incapacidade temporária (art. 639, inciso IV, da IN 128/2022-INSS). 
Entretanto, diferentemente do afirmado na questão, o auxílio por incapacidade temporária que 
Rita recebe será suspenso administrativamente no dia anterior ao da datada de início do 
benefício do salário – maternidade (art. 341 da IN 128/2022-INSS). 
Portanto, a questão está incorreta ao afirmar que o auxílio por incapacidade temporário será 
cessado, pois, na verdade, ele será suspenso. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 42) José requereu e teve negado um pedido inicial de auxílio por 
incapacidade temporária. Diante dessa situação, é correto afirmar que José poderá efetuar um 
novo requerimento, para ser submetido a uma nova perícia médica, a qualquer tempo após 
tomar ciência do indeferimento do primeiro requerimento. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
Conforme preconiza o art. 346 da IN 128/2022-INSS: “Somente poderá ser realizado novo 
requerimento de benefício por incapacidade após 30 (trinta) dias, contados da Data de 
Realização do Exame - DRE, ou da DCB, ou da Data de Cessação Administrativa - DCA, 
conforme o caso.” 
Portanto, a questão está errada ao afirmar que José poderá um novo requerimento para ser 
submetido a uma nova perícia médica, a qualquer tempo após tomar ciência do indeferimento 
do primeiro requerimento. Na verdade, na situação relatada, ele só poderá realizar um novo 
requerimento após 30 dias da data da realização do primeiro exame. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 43) José, segurado empregado, sofreu um acidente de trabalho . 
Diante dessa situação, é correto afirmar que, se em decorrência desse acidente, José ficar 
temporariamente incapaz para o trabalho, ele fará jus ao auxílio por incapacidade temporária 
previdenciário. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
 
 
 
 
29 
 
Comentário: 
Como José sofreu um acidente do trabalho, na hipótese de ele ficar incapacitado 
temporariamente para o trabalho, ele fará jus auxílio por incapacidade temporária na 
modalidade acidentária – E não previdenciária (art. 349 da IN 128/2022-INSS). 
O auxílio por incapacidade temporária acidentário se diferencia do auxílio por incapacidade 
previdenciário principalmente porque o benefício na modalidade acidentária garante, pelo 
prazo mínimo de doze meses, a manutenção de contrato do segurado na empresa, após a 
cessação do benefício na modalidade acidentária (art. 346 do Decreto 3.048/99), o que não 
acontece no caso do auxílio por incapacidade temporária previdenciário. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 44) Carla possui dupla filiação ao RGPS. Durante o dia, ela trabalha 
como empregada doméstica. À noite, ela trabalha como cozinheira em um restaurante. 
Durante o trajeto de um trabalho para o outro no fim da tarde, Carla sofreu um acidente. 
Diante dessa situação, é correto afirmar que compete ao empregador para o qual Carla se 
deslocava no momento do acidente, isto é, o responsável pelo restaurante, realizar 
preenchimento e encaminhamento da comunicação de acidente de trabalho-CAT sofrido por 
Carla. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
Conforme art. 351, §1º, da IN 128/2022-INSS: “No caso do segurado empregado, 
trabalhador avulso e empregado doméstico exercerem atividades concomitantes e vierem a 
sofrer acidente de trajeto entre um local de trabalho e outro, será obrigatória a emissão da 
CAT pelos dois empregadores.” 
Portanto, a questão está errada ao afirmar que compete apenas ao empregador para o qual 
Carla se deslocava no momento do acidente preencher a CAT, uma vez que referida 
comunicação deverá ser preenchida pelos dois empregadores na situação relatada. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 45) José, servidor público federal, recebia um auxílio-acidente na 
ocasião em que requereu uma certidão de tempo de contribuição para fins de contagem 
recíproca no RPPS. Para concessão da CTC requerida por José, o auxílio-acidente que ele 
recebia foi cessado na data de emissão. Inconformado com cessação do auxílio-acidente, José 
procurou uma assessoria jurídica para saber o que poderia fazer para ter reativado o auxílio-
acidente do qual ele foi beneficiário, recebendo a informação que não existia providência a ser 
tomada que pudesse ensejar na reativação. 
 
 
 
30 
Diante dessa situação, considerando o que dispõe a IN º 128/2022, é correto afirmar que a 
informação recebida por José pela assessoria jurídica consultada está em consonância com a 
legislação. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
Conforme art. 355, § 2º, da IN 128/2022-INSS: “O auxílio-acidente cessado para fins de 
emissão de CTC poderá ser restabelecido na hipótese de cancelamento da CTC emitida e não 
utilizada para nenhum fim no RPPS, sendo que a reativação será a partir do dia seguinte da 
DCB do auxílio-acidente (art. 355, § 2º, da IN 128/2022-INSS). 
Portanto, a questão está errada, uma vez que a informação prestada pela assessoria jurídica 
consultada por José não está em consonância com o a legislação, haja vista que a IN 
128/2022-INSS dispõe sobre providência que poderá ser tomada por José para ter reativado o 
auxílio-acidente do qual era beneficiário. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 46) Rita ficou desempregada em 01/04/2022 e atualmente encontra-
se grávida, com data de previsão de parto para o dia 15/11/2022. Diante dessa situação, é 
correto afirmar que Rita terá direito ao salário-maternidade, caso o requeira medianteapresentação de atestado médico que fixe a data de início de benefício em até 28 dias do 
nascimento da criança. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
Ficando desempregada em 01/04/2022, Rita manterá, a princípio, a qualidade de segurada até 
15/06/2023(art. 184, inciso II, da IN 128/2022-INSS). 
Assim, em 15/11/2022, na data do parto, Rita fará jus ao benefício, uma vez que possuirá a 
qualidade de segurada, sendo o benefício isento de carência por ser desempregada. 
Entretanto, na situação relatada na questão, isto é, caso Rita requeira o salário-maternidade 
mediante apresentação de atestado médico que fixe a data de início de benefício em até 28 
dias do nascimento da criança, ela não terá direito ao salário-maternidade. Isso porque, no 
caso da segurada em período de graça, o benefício é devido a partir da data do nascimento da 
criança (art. 358, inciso I, da IN 128/2022-INSS). 
 
 
 
 
31 
QUESTÃO INÉDITA – 47) Sarah, segurada empregada, sofreu um aborto não criminoso 
que lhe causou a morte. Diante dessa situação, é correto afirmar que seu marido Maurício, que 
também é empregado, fará jus ao recebimento do salário-maternidade decorrente do aborto 
não criminoso, desde que o requeira no prazo legal. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
Em regra, no caso de falecimento do segurado que fazia jus ao benefício de salário-
maternidade, será devido o pagamento do respectivo benefício ao cônjuge ou companheiro (a) 
sobrevivente, desde que possua qualidade de segurado e carência, na data do fato gerador (art. 
360, IN 128/2022-INSS), e o requeira até o último dia do prazo previsto para o término do 
salário-maternidade originário (art. 360, § 5º, da IN 128/2022-INSS). 
Entretanto, no caso de aborto não criminoso, o cônjuge ou companheiro sobrevivente não faz 
jus ao benefício ao pagamento do salário-maternidade (art. 360, § 2º, da IN 128/2022-INSS). 
 
QUESTÃO INÉDITA – 48) Rita efetuou recolhimentos como contribuinte individual que 
exercia atividade por conta própria pelo período de 01/2021 até 10/2021. Em 01/2022, foi 
contratada por uma empresa e passou a ser empregada. Em 07/2022, deu à luz uma criança. 
Diante dessa situação, é correto afirmar que Rita tem direito a dois salários-maternidade, 
sendo um pago pelo INSS em relação à atividade como contribuinte individual na qual se 
encontra em período de graça até 15/12/2022, e outro pago diretamente pelo empregador em 
razão do vínculo empregatício. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
Conforme dispõe o art. 360 da IN 128/2022-INSS: “No caso de vínculos concomitantes ou de 
atividade simultânea, o segurado fará jus ao salário-maternidade relativo a cada emprego ou 
atividade, não sendo considerado para este fim os vínculos ou atividades em prazo de 
manutenção da qualidade de segurado decorrente de uma das atividades.” 
Além disso, o parágrafo segundo do artigo em comento reforça que|: “Quando o segurado se 
desligar de apenas uma das atividades, o benefício será devido somente pela atividade que 
continuar exercendo” (art. 361, §2º, da IN 128/2022-INSS). 
Portanto, a questão está errada ao afirmar que Rita terá direito a dois salários-maternidade, 
uma vez que ela jus somente ao salário-maternidade pago pelo empregador. 
 
 
 
 
32 
QUESTÃO INÉDITA – 49) Para fins de enquadramento e recolhimento na alíquota de 5% 
como segurado facultativo baixa renda , é correto afirmar que, ressalvada exclusivamente a 
renda proveniente de auxílios assistenciais de natureza eventual e temporária e de valores 
oriundos de programas sociais de transferência de renda, o conceito de renda própria deve ser 
interpretado de forma a abranger quaisquer rendas auferidas pela pessoa que exerce trabalho 
doméstico no âmbito de sua residência e não apenas as rendas provenientes de trabalho. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
Comentário: 
Para fins de enquadramento e recolhimento na alíquota de 5% como segurado facultativo 
baixa renda, conforme dispõe o art. 107, § 2º, inciso XIV, alínea c, da IN 128/2022-INSS: “o 
conceito de renda própria deve ser interpretado de forma a abranger quaisquer rendas 
auferidas pela pessoa que exerce trabalho doméstico no âmbito de sua residência e não 
apenas as rendas provenientes de trabalho”. 
Além disso, o art. 107, § 2º, inciso XIV, alínea a, da IN 128/2022-INSS preconiza que: “Para 
fins específicos de enquadramento nesta condição (segurado facultativo baixa renda) e 
recolhimento na alíquota de 5% (cinco por cento), não será considerada como renda aquela, 
exclusivamente, proveniente de auxílios assistenciais de natureza eventual e temporária e de 
valores oriundos de programas sociais de transferência de renda”. 
Portanto, a questão está correta ao afirmar que para fins de enquadramento e recolhimento na 
alíquota de 5% como segurado facultativo baixa renda, ressalvada exclusivamente a renda 
proveniente de auxílios assistenciais de natureza eventual e temporária e de valores oriundos 
de programas sociais de transferência de renda, o conceito de renda própria deve ser 
interpretado de forma a abranger quaisquer rendas auferidas pela pessoa que exerce trabalho 
doméstico no âmbito de sua residência e não apenas as rendas provenientes de trabalho. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 50) Ainda sobre o enquadramento como facultativo de baixa renda, 
é correto afirmar que o segurado(a) que se enquadre nessa condição deverá ter a família 
inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico, sendo 
que a renda mensal da família deverá ser de, no máximo, um salário-mínimo e meio. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
Considera-se de baixa renda a família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do 
Governo Federal - CadÚnico, cuja renda mensal seja de até 2 (dois) salários-mínimos (Art. 
107, § 2º, inciso XIV, alínea b, da IN 128/2022-INSS). 
 
 
 
33 
Importante acrescentar que as informações do CadÚnico devem ser atualizadas sempre que 
houver mudança na situação da família ou, no máximo, a cada 2 (dois) anos (Art.107, § 2º, 
inciso XIV, alínea d, a IN 128/2022-INSS). 
Portanto, a questão está errada ao afirmar que a renda da família deverá ser de, no máximo, 
um salário-mínimo e meio. Na verdade, a renda mensal da família poderá ser de até dois 
salários-mínimos. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 51) Caso o prazo fixado para a recuperação da capacidade para o 
trabalho ou para a atividade habitual se revele insuficiente, o segurado poderá, nos 15 
(quinze) dias que antecedem a Data da Cessação do Benefício - DCB, solicitar a prorrogação 
do benefício. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
Comentário: 
Questão em consonância com o que expressamente dispõe o art. 339, § 3º, da IN 128/2022-
INSS: 
“Caso o prazo fixado para a recuperação da capacidade para o trabalho ou para a atividade 
habitual se revele insuficiente, o segurado poderá, nos 15 (quinze) dias que antecedem a Data 
de Cessação do Benefício - DCB, solicitar a prorrogação do benefício (art. 339, § 3º, da IN 
128/2022-INSS)”. 
Portanto, a questão está correta. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 52) Em 01/2022, ao requerer um benefício assistencial ao idoso, 
Rita declarou ser separada de fato de Pedro com quem era casada civilmente desde o ano 
2000. Seis meses após, em 07/2022, Pedro, que era aposentado por idade, faleceu, e Rita 
requereu a pensão por morte. Diante dessa situação, é correto afirmar que Rita fará jus ao 
recebimento de pensão por morte, desde que apresente certidão de casamento atualizada na 
qual não conste averbação de divórcio ou separação. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
Na situação relatada, para fazer jus à pensão por morte decorrente do falecimento de Pedro, 
como em requerimento de benefício anterior Rita declarou ao INSS ser separada de fato de 
Pedro, ela deverá comprovar o restabelecimento do vínculo conjugal mediante apresentação 
 
 
 
34 
dos mesmos documentos hábeis à comprovaçãode união estável ou dependência econômica, 
conforme dispõe o art. 374 da IN 128/2022-INSS: 
 “No caso de requerimento de pensão por morte em que for verificada a separação de fato em 
processo administrativo de benefício assistencial ou previdenciário anterior, será devido o 
benefício de pensão por morte, desde que comprovado o restabelecimento do vínculo 
conjugal mediante apresentação dos mesmos documentos hábeis à comprovação de união 
estável ou dependência econômica.” 
O parágrafo primeiro do art. 374 da IN 128/2022-INSS acrescenta que: “A certidão de 
casamento não poderá ser utilizada como um dos documentos para a comprovação do 
restabelecimento do vínculo conjugal, bem como não poderá ser comprovado esse 
restabelecimento exclusivamente por meio de prova testemunhal.” 
Portanto, a questão está errada ao afirmar que Rita fará jus ao recebimento de pensão por 
morte, desde que apresente certidão de casamento atualizada na qual não conste averbação 
de divórcio ou separação. Na verdade, para fazer jus à pensão por morte, ela deverá 
comprovar o restabelecimento da união com Pedro, apresentando documentos que deverão ter 
data de emissão posterior à declaração de separação de fato (art. 374, §2º, da IN 128/2022-
INSS). 
 
QUESTÃO INÉDITA – 53) De acordo com a IN 128/2022-INSS, na fixação do prazo de 
duração da cota ou do benefício de pensão por morte do dependente na qualidade de cônjuge 
ou companheiro, para óbitos ocorridos a partir de 01/03/2015, estando o instituidor em gozo 
de aposentadoria, exceto por incapacidade permanente, não será necessária a apuração de 18 
(dezoito) contribuições, considerando que na aposentadoria já houve a comprovação, de, no 
mínimo, 60 (sessenta) contribuições. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
Comentário: 
Questão em consonância com o dispõe o art. 375, § 3º, da IN 128/2022-INSS: “Caso de 
instituidor em gozo de aposentadoria, exceto por incapacidade permanente, não será 
necessária a apuração de 18 (dezoito) contribuições, considerando que na aposentadoria já 
houve a comprovação, de, no mínimo, 60 (sessenta) contribuições.” 
Acredito que o que eventualmente pode causar confusão é a parte final (considerando que na 
aposentadoria já houve a comprovação, de, no mínimo, 60 contribuições), uma vez que 
aposentadoria programada atualmente exige 180 meses de contribuições. 
Essa referência de 60 contribuições se dá porque no art. 142 da Lei 8.213/91, na tabela 
progressiva da carência, prevê a possibilidade de concessão da aposentadoria por idade para 
quem, inscrito na previdência social na data da publicação da Lei 8.213/91, completasse o 
 
 
 
35 
requisito etário nos anos de 1991 e 1992. Assim, é correto afirmar que sendo um segurado 
aposentado, excetuando no caso de aposentadoria por incapacidade permanente, houve a 
comprovação, de, no mínimo, 60 contribuições. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 54) Ricardo trabalhou por 15 anos como empregado de um banco 
público. Ele foi demitido em 01/2021, após a descoberta pelo banco de fraudes cometidas 
pelo referido funcionário, sendo que, durante o período de trabalho no banco, ele recolhia no 
teto do RGPS. Em 06/2022, Ricardo foi condenado pelas fraudes cometidas e recolhido à 
prisão em regime fechado, deixando um filho de 10 de anos de nome Lucas. Diante dessa 
situação, é correto afirmar que, caso requeira, ele fará jus ao auxílio-reclusão. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
Comentário: 
Tendo trabalhado por 15 anos e sendo demitido em 01/2021, Ricardo manterá a qualidade de 
segurado até 15/03/2023, conforme regras previstas no art. 184 da IN 128/2022-INSS. 
Como foi preso em 06/2022, isto é, dentro do período de graça, Ricardo tem qualidade de 
segurado na data da reclusão. Resta saber se ele é ou não baixa renda. 
Conforme art. 383, § 2º, da IN 128/2022-INSS, para fins de reconhecimento de direito ao 
auxílio-reclusão, considera-se baixa renda aquele segurado(a) que na aferição da renda mensal 
bruta, pela média dos salários de contribuição apurados no período de 12 (doze) meses 
anteriores ao mês do recolhimento à prisão, não supere o valor fixado na Portaria Ministerial 
vigente na data do recolhimento à prisão (art.383, § 2º, da IN 128/2022-INSS) 
No caso, como foi preso em 06/2022, nos 12 meses anteriores à prisão, Ricardo não possui 
salário de contribuição, uma vez que está desempregado desde 01/2021. 
Assim, aplica-se nessa situação o que dispõe o art. 383, § 5º, da IN 128/2022-INSS: “Quando 
não houver salário de contribuição no período de 12 (doze) meses anteriores à prisão, o 
segurado será considerado de baixa renda”. 
Portanto, Ricardo é considerado segurado baixa renda na data da prisão. Desse modo, a 
questão é verdadeira ao afirmar que Lucas, filho menor de 21 anos, fará jus ao auxílio-
reclusão, caso requeira. 
Registra-se que a informação de que Ricardo contribuía no teto do RGPS durante os 15 anos 
que trabalhou no banco teve apenas o intuito de induzir o respondente a concluir, 
equivocadamente, que Ricardo não era baixa renda =D 
 
 
 
 
36 
QUESTÃO INÉDITA – 55) Fernanda recebe um auxílio-reclusão em decorrência da prisão 
do seu companheiro, Joaquim. Diante dessa situação, é correto afirmar que, para fins de 
manutenção do benefício, Fernanda é obrigada a apresentar prova de permanência carcerária 
de Joaquim, a cada 90 dias, sob pena de cessação do benefício que recebe. 
Resposta: QUESTÃO ERRADA 
 
Comentário: 
Conforme art. 390 da IN 128/2022-INSS: “Para a manutenção do benefício (auxílio-
reclusão), até que ocorra o acesso à base de dados por meio eletrônico, a ser disponibilizado 
pelo Conselho Nacional de Justiça, é obrigatória a apresentação de prova de permanência 
carcerária, para tanto deverá ser apresentado atestado ou declaração do estabelecimento 
prisional, ou ainda a certidão judicial a cada 90 (noventa) dias.” 
Já o art. 391, inciso I, da IN 128/2022-INSS prevê que o auxílio-reclusão será suspenso se o 
dependente deixar de apresentar atestado trimestral, firmado pela autoridade competente, para 
prova de que o segurado permanece recolhido à prisão em regime fechado(art. 391 da IN 
128/2022-INSS). 
Assim, a assertiva está correta, na primeira parte, quando afirma que Fernanda é obrigada a 
apresentar prova de permanência carcerária de Joaquim, a cada 90 dias. Por outro lado, a 
assertiva está errada quando afirma “sob pena de cessação” quando na verdade, é sob pena de 
suspensão. Portanto, como não está completamente verdadeira, a questão está errada. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 56) Ricardo, segurado recluso, está cumprido pena em regime 
fechado, e os dependentes estão recebendo auxílio-reclusão. Diante dessa situação, 
considerando o que dispõe a IN 128/2022-INSS, é correto afirmar que, caso Ricardo fuja da 
prisão, o auxílio-reclusão que os seus dependentes recebem será cessado. 
Resposta: QUESTÃO CORRETA 
 
Comentário: 
De acordo com o que dispõe o art. 392, inciso III, da IN nº 128/2022-INSS, a fuga do recluso 
acarreta CESSAÇÃO do auxílio-reclusão recebido pelos dependentes. Portanto, a questão está 
correta, uma vez que exige conhecimento considerando o que dispõe a IN 128/2022-INSS. 
Por outro lado, caso a assertiva, em vez de mencionar a IN nº 128/2022, citasse o Decreto 
3.048/99 - RPS, então a resposta da assertiva seria errada, haja vista que o RPS prevê que a 
fuga do recluso acarreta SUSPENSÃO do auxílio-reclusão recebido pelos dependentes (art. 
117,2º, do RPS). 
 
 
 
37 
Portanto, com a inserção da IN 128/2022-INSS e jurisprudência no conteúdo programático, é 
interessante que o candidato esteja atento, ao responder uma questão, acerca de qual norma a 
banca está exigindo o conhecimento na questão. 
 
QUESTÃO INÉDITA – 57) De acordo com a IN 128/2022-INSS, no caso de recaptura de 
segurado fugitivo, desde que ela ocorra dentro do período de manutenção de qualidade de 
segurado, o auxílio-reclusão que os dependentes recebiam antes da fuga

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