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6 fatores que você precisa observar na hora de escolher cultivar

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Pedro Leal

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6 fatores que você precisa observar na hora de escolher cultivar.
1) Objetivo.
Qual é a finalidade do meu cultivo de milho?
Eu estou produzindo milho para grão? Eu estou produzindo milho para silagem? Ou
estou produzindo milho para consumo humano?
Tudo isso influencia na hora de escolhermos, não adianta pegar uma variedade
melhorada para silagem e querer que ele produza igual o milho para grãos, até porque a
forma de manejo, de aplicação de insumos por exemplo, você vai ver quando
chegarmos nas aulas de adubação, que é totalmente diferente.
Então esse primeiro fator é: eu preciso entender qual é a finalidade de cultivo. Eu vou
cultivar milho para grãos? Eu vou cultivar para silagem? Ou vou cultivar para consumo
humano?
Quando eu defino isso, eu vou escolher os próximos fatores.
Primeiro fator é escolher qual que é a finalidade do cultivo. Porque é a partir daí que
vamos definir os outros 5.
3) Produtividade e estabilidade na produção.
Nas aulas iniciais nós vimos que quando você senta com o produtor para poder definir a
meta de produção dele, é muito importante nós entendermos claramente dele, quanto
que ele quer investir e quando que ele pretende produzir.
É preciso verificar a questão da produtividade para você se adaptar de acordo com a
meta de produção.
Nós vemos muitos produtores que já falam: eu quero produzir mais sempre. Mas calma,
será que você vai conseguir ceder para essa cultivar, a quantidade de nutriente que ela
precisa, a quantidade de água que ela precisa e todos cuidados fitossanitários? Todos os
aspectos técnicos exigidos por essa cultivar?
Portanto o primeiro ponto é a produtividade, o segundo ponto é a estabilidade de
produção, como assim?
É aquela cultivar que você consegue produzir sem ter oscilações durante o ano, e isso
aqui vira o jogo.
Produção sem oscilação é algo que vai fazer com que nosso planejamento a longo prazo
tenha os resultados esperados quando falamos em produção.
O terceiro fator são as situações edafoclimáticas. Pode parecer um nome estranho mas
nada mais é do que o estudo do solo e do clima.
Como visto anteriormente, o clima exerce papel importante na questão da temperatura,
principalmente, mas o solo também, o tipo de solo influencia na cultivar que vamos
escolher.
Então eu preciso procurar uma cultivar que seja adaptável ao clima da minha região e
que seja adaptável ao tipo do meu solo, principalmente a textura do nosso solo.
Então eu preciso estudar bem as informações técnicas daquela cultivar, as questões
quanto à adaptabilidade.
Será que vou conseguir adaptar ao clima da minha região?
As vezes tem cultivares adaptadas a climas mais quentes e o plantio delas em regiões
mais amenas, pode ocasionar dificuldades de crescimento, de floração, de produção. O
contrário também acontece.
Eu moro na região da Bahia, em Luís Eduardo Magalhães por exemplo, e tenho contato
com produtores de milho do Paraná que tem cultivares produtivas naquela região, mas
calma.
É necessário entender se aquela cultivar vai ser adaptável ao clima da minha região ou o
tipo do meu solo.
Então você precisa ficar muito atento a questões edafoclimáticas.
4) Resistência.
Antes de escolher qual cultivar você vai plantar, se é a primeira vez que você vai estar
trabalhando com milho, é muito importante fazer uma pesquisa na sua região e verificar
quais são as principais pragas e doenças que atacam por ali.
É muito comum que nós tenhamos regiões próximas em que as doenças e pragas sejam
as mesmas.
Ou até mesmo você que já cultiva milho a muito tempo, você verificar aí na sua
propriedade quais foram as últimas doenças e pragas que você teve problema.
Quais eram as pragas? Quais eram os patógenos? Quais fungos? Quais bactérias? Teve
algum tipo de vírus? Porque tem regiões que não tem!
Você precisa verificar isso, se você sabe que há um tipo de fungo (e aí você vai estudar
isso melhor na parte de pragas e doenças), e ele ataca com certa frequência a sua região,
então nós já temos que buscar uma cultivar que seja resistente aquele fungo. Não tem
jeito!
Assim eu economizo tempo, economizo aplicação, economizo produtos e ganho em
produtividade.
Então anota aí porque esse aspecto também é muito importante. A questão da resistência
a pragas e doenças.
Pra você que é técnico, pra você que é agrônomo e vai prestar assistência, voce tem que
verificar isso, caso o contrario, você faz todo planejamento, preparo e correção do solo,
adubação, instala irrigação, faz tudo bem feito e depois é pego de surpresa por uma
doença comum na sua região.
5) Ciclo da cultura.
Normalmente nós temos milhos que são normais, temos milhos que são perenes, temos
milhos que são semiperenes, temos milhos que são super perenes, enfim! São ciclos
diferentes.
Então você precisa observar qual é o ciclo ideal para o tipo de cultivo que você está
querendo.
Você está trabalhando com rotação de cultura? Então quando que tenho que terminar o
ciclo?
“Não, eu quero colher mais rápido, preciso de um ciclo mais rápido”. Então o ciclo é
muito importante para o seu planejamento.
E planejamento de forma geral, tanto o planejamento de plantio, planejamento de
insumos, planejamento de irrigação, planejamento de colheita, como também
planejamento de logística e próxima cultura se você trabalha com sucessão ou rotação
de cultura é importante que você entenda qual que é o ciclo.
Então na hora que você estiver escolhendo qual cultivar, você precisa verificar qual é o
ciclo ideal para o seu tipo de cultivo.
6) Aceitação no mercado.
Aquela cultivar que você escolheu, ela tem uma boa aceitação no mercado?
Como é a questão da textura? Questão de dureza? será que ele é mais mole? Como é a
coloração?
Esse é um aspecto interessante porque muitos produtores iniciam o plantio e muitas
vezes não sabem como vão fazer a distribuição na cidade.
Para fazer a distribuição na cidade você precisa verificar no centro de distribuição, nos
locais onde você vai comercializar o milho, qual é a aceitabilidade do milho que você
vai utilizar.
Não adianta pegar um cultivar do vizinho, mas no local onde você vai fazer a venda ele
não é bem aceito.
Então você tem que adaptar isso, nós plantamos e produzimos de acordo com as
questões de demanda, produzimos o que o nosso consumidor mais aceita.
Então na hora de escolher a cultivar, é muito importante verificar a aceitabilidade.
Esses são os 6 fatores mais importantes na hora de escolher sua cultivar para início do
plantio, é muito importante que você anote esses pontos e volte no material para levar
essas informações para a prática.
VARIEDADE
Agora nós vamos entender oque é uma variedade, o que que é um e vamos conhecer de
perto as principais características para cada região.
Atualmente aqui no Brasil, nós utilizamos dois tipos de cultivares as variedades e os
híbridos:
As variedades normalmente podem apresentar uma estabilidade de produção maior, mas
quando falo em estabilidade, não estou falando da produção em si.
Porém quando agente fala em rendimento e produtividade, aí então os híbridos têm esse
potencial produtivo maior do que as variedades.
As variedades vão ser utilizadas nas regiões em que a utilização de híbridos não será
possível.
Quando não será possível utilizar híbrido, produtores tendem a utilizar as variedades,
como é o caso dos produtores que querem trabalhar com o milho mais resistente, talvez
até um milho tipo criolo que trás essas características mais originais da planta.
Ou algum fator cultural de utilização das variedades, mas no geral no Brasil produtores
tecnificados tem utilizado muito os híbridos na produção.
Aqui vai alguns exemplos das principais variedades de milho utilizadas no país.
Algumas muito comuns como por exemplo a variedade Maya, Centralmex, as tipo Br
como a BR 108, BR 126, BR 105 entre outras são as variedades.
variedades-de-milho-embrapaBaixar
Milho-Variedade-BR-106Baixar
HIBRIDOS
Já o híbrido vai ser um produto resultante de um cruzamento controlado entre os pais
geneticamente diferentes.
São dois pais geneticamente conhecidosque vão resultar em um híbrido simples
chamado de F1.
Os híbridos mais comuns são os híbridos de variedades e os híbridos de linhagens.
O híbrido de variedade que nós também chamamos de intervarietal, vai ser o
cruzamento entre duas variedades, por exemplo a Phoenix do cruzamento de Maya com
IAC.
O híbrido de linhagem vai ser mais encontrado no comercio, e temos 3 tipos de híbridos
de linhagem:
O híbrido simples, que é o cruzamento entre duas linhagens. Um exemplo é o BRS 1060
O híbrido triplo, que é o cruzamento de um híbrido simples com uma linhagem. Um
exemplo é o BRS 3042.
E nós temos também o híbrido duplo que vai ser o cruzamento entre dois híbridos
simples. Um exemplo é o BRS 206.
Agora aqui vai uma informação muito importante: a semente de híbrido tem que ser
adquirida novamente todos os anos.
Por que se você pegar alí uma planta de uma plantação de milho híbrido, colher aquela
semente e utilizar para próxima lavoura, não vai nascer a planta com as mesmas
características do híbrido, com isso você vai ter logo no primeiro ano uma redução de
pelo menos uns 20% ou mais no rendimento.
Os híbridos que mais tem sido utilizados nas regiões onde a agricultura é mais
tecnificada, onde conseguimos chegar mais próximo ao teto de produção e produção
mais estáveis.
agora vou apresentar para você alguns exemplos de cultivares da Embrapa, é lógico que
hoje temos diversas empresas de pesquisas agropecuárias que trazem cultivares
comerciais e todos os anos isso se atualiza, não vou trazer todos aqui mas eu quero que
você entenda como identificar as características das cultivares:
Existem cultivares de características precoces, médias e tardias de milho, embaixo desta
aula vou deixar um documento da Embrapa explicando sobre cada uma para caso você
queira se aprofundar, o documento é público, você encontra ele no próprio site da
Empresa.
Nesse arquivo também trás para você alguns hibridos especificos para cada região, são
informações mais antigas, mas nele você observa as empresas que produziram a
finalidade para o grão e informações de produção.
Mas existem cultivares mais atuais, e uma delas é o BRS 3046, muito conhecido como
“saboroso” indicado para produção de milho verde tanto para consumo in natura quanto
para a fabricação de produtos de pamonharia, podendo ser utilizado também para a
produção de grãos e de silagem.
É recomendado para as regiões Centro-Oeste, Sudeste, Nordeste e o estado do Paraná.
O BRS 3042 é muito indicado para a produção de grãos, tem o ciclo precoce e possui
boas características de estabilidade de produção com adaptação para cultivo, com
destaque para a safrinha do Brasil Central.
É um híbrido de excelente custo-benefício, pelo valor que você paga nas sementes e
pela boa resposta em lavouras quando você for trabalhar com médios a altos
investimentos.
É uma planta moderadamente resistente a doenças, por outro lado é suscetível à
ferrugem-polissora, não é recomendado para o plantio em regiões com histórico dessa
doença.
Já o BRS 2022, tem resistência às doenças, inclusive à ferrugem, possui alto potencial
produtivo e recomendando para grãos safra ou safrinha.
Com essas características esse
hibrido se torna muito indicado para regiões com agricultura de menor investimento.
O BRS 4103 é uma planta de porte baixo, com bom potencial de produção, ampla
adaptação e estabilidade. Também possui resistência à doenças como antracnose e
cercosporiose.
Agora se você está em regiões com maior escassez hídrica, o BRS Caatingueiro é ideal
para o seu plantio. É uma variedade de milho superprecoce, que floresce entre 41 a 50
dias.
Esta super precocidade permite que você colha em 90 a 100 dias com teto de
produtividade de acordo com as condições hídricas, se for na região mais seca do
semiárido sua produção varia de 2 a 3 t de grãos por hectare.
Em condições mais regulares de precipitação podem ser alcançadas produção que
variam de 4 a 6 t de grãos por hectare.
O BRS Caimbé já é uma variedade, tem o ciclo precoce e recomendado para agricultura
familiar sendo uma ótima alternativa de baixo investimento.
Indicado para milho grão, safra ou safrinha e possui produtividade média em torno de
6.700 kg/ha.
Para plantio tecnificado, com altos investimentos a Embrapa desenvolveu o híbrido BR 206.
Indicado para produção de silagem e grãos (safra e safrinha) onde apresenta
produtividade de grãos de 8.800 kg/ha.
Tem característica tolerante à seca e à toxicidade de alumínio, também tem a doenças
com bom empalhamento de espigas e elevada densidade de grãos.
Beleza! Essas são algumas cultivares da Embrapa, é muito importante que você sempre
esteja sempre se atualizando com as novas tendências do mercado e novas informações
postadas, como eu disse, todos os anos empresas vem trazendo novas tecnologias de
híbridos e variedades de milho, é muito bom você estar aí se informando.
ESTÁDIOS FENOLÓGICOS DO MILHO
Como na cultura do milho existem diversos materiais com diferentes genótipos e fenótipos, não é através da altura da planta ou dias após a germinação que definimos ou classificamos o milho, e sim é através da contagem das folhas. 
A contagem das folhas da planta vai falar pra mim qual a fase de desenvolvimento do milho, após a germinação, por exemplo, a primeira fase vai ser a emergência, como ainda não tem folhas completamente desenvolvidas nós definimos como VE.
Quando começa a formar a primeira folha, a folha abre e se desenvolve completamente, vai ser o estádio V1.
Essa primeira folha do milho, após a germinação, costuma ser diferente das outras, isso porque nesse momento o milho está utilizando energia da própria semente para se desenvolver, não começou ainda a absorção de nutrientes do solo.
A próxima folha a surgir vai mostrar pra gente o estádio V2 do milho, essa folha já vem com formato normal e a planta já apresenta respostas de adaptação ao solo e ao ambiente. Se o preparo do solo e a adubação for bem feita, o desenvolvimento será eficiente. 
À medida que a planta vai crescendo e as folhas vão aparecendo, os estádios vão aumentando. Estádio V3, V4, V5, V6… Nós contamos e definimos a partir do desenvolvimento completo com expansão total da folha. 
A folha é composta pelo limbo, língua, aurículas e bainha. Esses componentes nos mostram o desenvolvimento total da folha, se todos estiverem presentes é porque você pode considerar essa folha para definir em qual estádio está a planta do milho.
É interessante sabermos difinir o estádio do nosso cultivo porque é no V4 que podemos definir o potencial produtivo da lavoura, quando chega no momento em ue a planta está no estádio entre V6 a V9 ela mostra pra gente, por exemplo, o número de fileiras de grãos de milho na espiga. 
Por volta do estádio V10, o milho inicia um aumento rápido e constante de acúmulo de nutrientes e de peso seco. Neste estádio há maior demanda de nutrientes e de suprimento de água do solo para acompanhar esse rápido crescimento.
Agora, quando a planta atinge os estádios V12 a V15 dá para saber, também, o número de grãos de milho por fileira da espiga. 
Quando a planta emite o pendão, interrompe a fase vegetativa, sendo assim nós paramos a contagem das folhas e definimos como o estádio VT, isso nos mostra o momento do pendoamento. 
Geralmente de 2 a 5 dias após o pendoamento a planta começa a emissão da boneca, algumas variedades emitem simultaneamente, mas nesse momento nós definimos como estádio ou R1. 
Agora, com base em uma análise dos grãos, é que nós definimos qual estádio fenológico do milho.
Por exemplo, logo após o embonecamento, estádio R1, vai começar a aparecer grãos, esses grãos ainda estão com líquido dentro deles, nem começou a formação do amido, por isso ele fica com um aspecto que chamamos de bolha de água. Esse é o estádio R2. 
A medida que começa a ter um acréscimo de amido no grão ele começa a mudar a cor do conteúdo, o grão fica com um aspecto meio leitoso, esse é o estádio R3. 
No estádio R4 o líquido no interior do grão começa a ficar mais pastoso, no R5 você define quando observa a formaçãodo dente. 
Para a produção de milho verde, que vai ser consumido por humanos, esse é o ponto de colheita. 
Mas para a produção de grãos, o momento de colheita é no estádio R6 quando o milho atinge a maturação fisiológica. 
Resumindo, nós temos duas fases de desenvolvimento do milho, a fase vegetativa, que vai de VE (emergência) até VP (pendoamento) e a fase reprodutiva, VR que vai do embonecamento até a colheita. 
Fases de Desenvolvimento da Cultura do Milho Baixar
CALAGEM
Chegou o momento então de nós iniciarmos o processo de correção do solo para a cultura do milho, essa é uma fase que vai influenciar diretamente na nossa produção. 
Antes de falarmos sobre calagem, antes de falarmos sobre gessagem e sobre adubação. 
O primeiro ponto que a gente precisa saber é: eu preciso fazer uma análise química do meu solo. Não tem outra alternativa. 
Veja como fazer a análise de solo:
Como fazer amostragem do solo!
Você vai ver que a análise de solo vai ser muito importante, porque vai ser através dela que nós vamos definir a nossa intervenção do solo para a cultura do milho, então o primeiro ponto é estar fazendo a análise química do meu solo. 
“Mas professor, quando eu faço a análise química do meu solo?”
Olha só, se você está pensando em plantar, por exemplo, em janeiro, você precisa estar fazendo sua análise de solo pelo menos de 3 a 4 meses antes.
“Isso tudo? eu não deveria estar fazendo com uma semana antes do plantio?”
Não! Porque vamos supor que você pegue sua análise química do solo e você verificou a necessidade de intervenção, por exemplo, você observou que a saturação de bases, por exemplo, está a 30%.
A gente sabe que a saturação de bases ideal para o milho é 60%, para os trê tipos de milho, ou seja, é preciso fazer a correção do solo de forma urgente! 
Só que… a forma de fazer a correção do solo se inicia principalmente com calcário, e o calcário precisa de um tempo para fazer a correção, geralmente de 2 a 3 meses antes de estar fazendo a adubação. 
Então, não tem jeito, é preciso fazer a análise química antes, porque se você constatar que precisa de correção, você precisa intervir no solo para fazer uma calagem bem feita, com incorporação e umedecimento, enfim… Todos os processos que você vai aprender nessa aula, então eu preciso, antes de tudo, fazer a análise química do meu solo. Não despreze isso!
Nós temos visto muitos produtores que chegam e falam: “não preciso fazer análise não, quando chegar perto do plantio eu coloco 2 toneladas de calcário por hectare, depois faço a adubação e pronto”. Não é bem assim!
Quando formos iniciar o plantio do milho você vai ver que um dos nutrientes necessários alí no plantio é o fósforo, você vai precisar colocar o fósforo no plantío. Então veja bem, se seu solo não está corrigido, aquele fósforo que você vai colocar vai ser perdido por fixação. Então eu perco o fósforo que você colocou. 
Eu estou jogando dinheiro fora e minha planta não vai absorver o fósforo de forma correta. E o milho tem uma particularidade importante que é, logo quando ele inicia o seu crescimento logo após a germinação, ele vai ter uma alta demanda por fósforo. Tanto por questão de crescimento radicular, quanto por questão de suprir sua energia com ATP e ADP, que são as questões fisiológicas, mas ele vai precisar de fósforo.
E se ele não tem fósforo disponível logo no momento do plantio, o sistema radicular não cresce da forma que deveria crescer. 
O que vai acontecer? Primeiro ponto é que como ele não cresce em profundidade ele não consegue absorver umidade em profundidade. 
Segundo ponto: você quer colocar o fósforo de forma superficial e a raíz vai crescer de forma superficial, então vai ser uma planta que não consegue absorver umidade do solo de forma eficaz e pode ocorrer acamamento. 
Então veja que tudo isso se inicia porque você não fez a correção do solo como deveria lá antes do plantio. 
Por isso, a dica que eu te dou é: você vai iniciar o plantio no mês de março, por exemplo, então faça em dezembro ou janeiro pelo menos sua análise química do solo, em área total, porque aí sim eu vou ter uma noção de como está as condições do meu solo. 
Agora, não é que você tenha que fazer em cada cultivo, colhi o milho e vou iniciar outro plantio… É lógcio o mais indicado é fazer isso para ter uma precisão, mas faça a análise de solo pelo menos uma vez por ano, para que você verifique como está o seu solo. 
E outra coisa importante, pelo menos a cada 3 ou 4 anos é necessário que você faça pelo menos uma análise na camada mais profunda, de 20 a 40 cm para fazer a gessagem. Para calagem: 0 a 20 cm, para gessagem 20 a 40 cm. 
Você vai ver que não vai ter necessidade de fazer a gessagem todos os anos, mas periodicamente pode ser que você precise. Por isso é importante você verificar como está o seu solo na camada de 20 a 40 cm, então, antes de tudo, antes de falarmos sobre calagem, antes de falarmos sobre gessagem é importante fazermos uma análise química do solo.
Eu sei que muitos produtores são resistentes a fazer a análise de solo, mas é necessário, você que vai dar assistência, vai lá, conversa com o produtor, mostra pra ele a análise, porque é através desses parâmetros que a gente além de corrigir o solo de forma correta e disponibilizar nutrientes, a gente economiza insumos que pode ser que não haja necessidade. 
Assim, não tem jeito! Para iniciar o plantio é importante fazer a análise de solo. Então a partir de agora vamos aprender a como fazer a calagem, depois vamos aprender sobre a gessagem. 
Esse ponto do curso sobre calagem e gessagem vai servir para todos os tipos de milho, seja milho para grão, seja miho para silagem, seja safrinha, para milho verde, enfim, todos a correção do solo é a mesma, daqui a pouco, nas aulas de adubação, você vai ver que é tudo diferente, nós vamos ver adubação para milho grão, para milho para silagem, vamos dividir o safrinha, agora a calagem não é necessariamente diferente. Essa cultura tem necessidade de calagem independente do seu objetivo de cultivo. 
Nesse momento é importante que você já tenha assistido as aulas de noção básica para correção do solo e adubação…
Ver aulas de noção básicas >>
Vamos lá, eu quero fazer a calagem para a cultura do milho, qual é o primeiro passo?
O primeiro passo eu tenho que listar quatro perguntas importantes, quais perguntas?
A primeira é quanto de calcário eu vou utilizar? Qual calcário eu vou utilizar? Quando eu vou fazer essa aplicação? e como fazer essa aplicação?
É fundamental que você responda esses quatro pontos importantes, ok?
Pegue seu papel e caneta e escreva aí agora, quanto, qual, quando e como fazer essa aplicação de calcário?
Porque a partir delas que vamos fazer essa recomendação, beleza?
Agora, vamos partir do princípio de quanto de calcário eu devo utilizar. Existem vários métodos de fazer a recomendação de calagem, você pode utilizar o método de solução tampão, o método de elevação de cálcio e magnésio, elevação de saturação de bases, existem várias formas diferentes. 
Aqui não vai ter tanta difereça para o milho, eu vou descobrir agora a quantidade pelo método de saturação de bases, porque a recomendação de calagem nos principais boletins da cultura do milho é dado em saturação de bases. 
Em outras palavras, ela diz quanto de saturação de bases você precisa atingir. Então vamos lá. Para saber o quanto de calcário utilizar pelo método de saturação de bases, basta seguir:
Necessidade de calagem é igual a CTC x (Ve – Va) ÷ pelo PRNT do seu calcário, um cálculo bem simples de ser feito, se você não lembra desse cálculo, pode deixar que eu vou te ajudar fazer aqui agora, você vai ver que não tem dificuldade, beleza?
Quais informações que eu tenho aqui na formula?
A CTC do meu solo, eu preciso pegar a análise de solo para poder encontrar a CTC, então lembra, não tem como fazer a calagem sem antes ter feito a análise de solo. 
Preciso também da saturação de bases da cultura do milho, a saturação de bases que está no solo, e preciso também do PRNT do calcário que eu vou utilizar.Quanto a CTC você vai olhar na sua análise de solo, que vai estár em cmolc/dm³.
Vou adiantar para você que quanto maior a CTC, mais calcário você vai utilizar, não que seja ruim, mas é uma condição do solo, assim você fornece mais nutrientes para sua produção, e se seu valor da CTC estiver menor, você vai utilizar menos calcário. 
Então vamos supor que você pegou sua análise de solo e sua CTC estava 7,3 (isso aqui é um valor simbólico, você vai tirar o seu de acordo com sua análise de solo), multiplicado por Ve – Va, o Ve é a saturação de bases para a cultura do milho, independente da região que você está agora, para todas as regiões, a saturação de bases ideal é 70%, beleza?
Então eu tenho que chegar a 70% de saturação de bases para que eu possa ter ótimas produções.
Depois, nas próximas aulas vamos falar sobre produtividade, mas independente disso, eu tenho que corrigir o meu solo para 70% de saturação de bases, e esse é um dos motivos que a gente utiliza para o milho o método de saturação por bases, porque os boletins nos dão a saturação de bases que devemos chegar. 
Beleza! 70 – Va, o Va é a saturação de bases que está na sua análise de solo, você vai pegar sua análise de solo e procurar o V%. As vezes vai estar escrito saturação de bases, as vezes vai ter apenas o “v”, depende do laboratório. Mas vamos supor que você pegou sua análise de solo e o V% estava em 23, lembra que aqui estou trazendo para você um exemplo para podermos calcular, divido pelo PRNT, poder relativo de neutralização total, veja bem, esse PRNT, como você lembra, é encontrado no calcário, o rótulo vai te dar qual valor do PRNT do calcário, como saber então qual PRNT utilizar?
Como o milho é uma cultura anual, e eu preciso que o resultado da correção seja o mais rápido possível, eu preciso então que o meu PRNT seja acima de 90%, para que minha reação seja o mais rápido possível. 
Então vamos supor que nosso calcário o PRNT deu 93%.
Como fazer esse cálculo? 70 – 23, multiplicado por 7,3, dividido por 93, que deu 3,68. 
Então, a necessidade de calagem é 3,68 toneladas por hectare. Essa é a quantidade que eu devo aplicar nessa condição de análise de solo. 
Veja a aula ensinando fazer o cálculo de calagem:
Ver aula>>
Beleza, quantidade eu já tenho, agora qual calcário eu vou saber, se é calcitico, dolomitico ou magnesiano, a gente já sabe que o PRNT quanto maior melhor, mas o calcítico é aquele calcário que tem abaixo de 5% de magnésio; o magnésio vai ter entre 5 e 12; e o dolomítico vai ter acima de 12% de magnésio. 
Para o milho o ideal é que a quantidade de magnésio esteja em torno de 4 mmols, se ela estiver em 4mmols, pode utilizar um calcitico ou magnesiano que não vai atrapalhar muito o desenvolvimento, mas se estiver abaixo de 4 mmols, eu te recomendo utilziar um calcário dolomítico, aquele que tem acima de 12% de magnésio para que você possa atingir os níveis ideais. 
Assim, também descobrimos qual calcário utilizar, agora, quando fazer essa aplicação? Como vai ser uma aplicação que se você fizer da forma correta, não vai precisar de fazer todos os anos, normalmente na implantação e depois acompanhando ano a ano pelas análise de solo. 
Mas vamos supor quando você ainda vai implantar, o ideal de fazer a calagem é antes da primeira adubação de plantio da safra verão, quanto tempo antes?
Como estamos utilizando um PRNT acima de 90% eu posso fazer a calagem 60 dias antes da adubação de plantio, anota ai, de 40 a 60 dias antes da adubação de plantio. 
Se o PRNT fosse abaixo de 90%, eu tenho que esperar pelo menos 90 dias por conta do processo de reação. Essa é a forma de podermos escolher a época de fazer a calagem. 
Lembrando que, para saber se é necessário fazer todos os anos é preciso fazer a análise de solo, mas se você fizer bem feito o primeiro ano, possivelmente no segundo, terceiro ano você não vai ter necessidade de estar fazendo. 
Beleza, está decidido quando eu devo fazer a calagem, agora como fazer a aplicação? 
Bom, o calcário é pouco solúvel, ou seja, se eu aplicar de forma superficial, vai ficar por ali, no máximo descer até 5 cm, mas eu preciso corrigir pelo menos 20 cm do solo, então só superficial não adianta. 
Neste caso, é preciso fazer a incorporação, então já que a cultura não está implantada e vai ser a primeira calagem, eu posso fazer a incorporação. Eu posso passar algum maquinário como a aração e a gradagem. Como definir o tipo de incorporação?
Se o cálculo der abaixo de 4 toneladas, como foi o nosso que estamos calculando, primeiro você joga a quantidade total de calcário na área, faz a aração e a gradagem para que eu possa incorporar na camada de 20 cm e possa corrigir toda a camada. 
Agora se o resultado deu acima de 4 toneladas o ideal é que você coloque a metade da quantidade, faz a aração, joga a outra quantidade e faz a gradagem, até no mesmo dia pode ser, porque essa condição é pra que nós possamos fazer a incorporação da melhor forma possível. Aração e gradagem.
Se por algum motivo você não puder incorporar, preste muito atenção agora, não podemos colocar a quantidade total encontrada no cálculo de forma superficial, porque essa quantidade foi calculada para a camada de 0 a 20 cm, se eu jogar de forma superficial, eu vou estar saturando muito a camada superficial com calcário e vai ser para a planta, então normalmente se utiliza de 1 terço a 1 quarto do valor do cálculo, para o milho pode-se colocar 1 terço se não for incorporar.
Mas veja bem, não estou recomendando que você não incorpore, muito pelo contrário, o ideal é que você faça essa incorporação. Mas se não puder incorporar, utilize 1 terço do valor. 
Por exemplo, no nosso caso que calculamos 3,68 toneladas, vai dar 1,2 toneladas de forma superficial, beleza? É assim que definimos a calagem. 
Feito tudo dessa maneira, bem calculado de acordo com a análise de solo e fazendo a incorporação, pode ser que nos próximos anos nem precise fazer calagem novamente, dependendo da sua calagem e da sua adubação, no sistema de plantio direto vai mudar um pouco, nós vamos estar falando essa parte também aqui dentro do curso, mas no geral é isso, é importante que você siga esse cálculo, para todos tipos de milho é o mesmo. 
Revise esse material agora, volte a aula se for preciso, faça simulações de cálculos com diferentes valores, anote as quatro perguntas: Quanto, Qual, Quando e Como fazer a aplicação para depois passar para a próxima fase. 
GESSAGEM
Feito a calagem, agora vamos falar sobre a gessagem para a cultura do milho. Assim como a calagem, a gessagem também serve tanto para o milho verde, milho para silagem, milho safrinha, independente do tipo de milho que você está cultivando a quantidade de gesso é a mesma de acordo com os parâmetros que eu vou te apresentar agora. 
O gesso ele vai ser muito importante para melhorar o ambiente radicular nas camadas inferiores, onde o calcário não consegue alcançar. 
A gente viu que o calcário vai alcaçar ai na camada de 0 a 20 cm, de 20 a 40 ele não consegue alcaçar, então eu preciso melhorar aquele ambiente radicular. 
Agora vamos entender qual processo que devo seguir para poder fazer a gessagem na cultura do milho, primeiro ponto importante é a análise de solo de 20 a 40cm. A sua análise de solo de 0 a 20 cm não vale para fazer a gessagem, se você fez a análise de solo de 0 a 20 cm, você precisa fazer a análise de 20 a 40 cm também, mas dessa vez não precisa todos os anos, se você fez uma vez esse ano, pode demorar ai 3, 4 para precisar fazer denovo. 
Mas é importante, porque só através desses dados eu posso ter certeza que eu preciso fazer ou não a gessagem. 
Beleza, fiz a análise de solo de 20 a 40 cm, agora vou interpretar para saber se eu preciso ou nao fazer a gessagem. Vale ressaltar que o gesso pode sim, trazer prejuízos se não for utilizado de forma correta. 
E quando falarmos sobre adubação, você vai ver que a cultura do milho precisa de enxofre, não utilize o gesso como fonte de enxofre, não é interessante usar o gesso como fonte de enxofre.
Eu vou olhar dois parâmetros na análisede solo, o cálcio e o alumínio, esses dois elementos vão dizer pra mim se eu preciso ou não, fazer a gessagem. 
Primeiro vamos olhar o alumínio, se o meu teor de alumínio em porcentagem, não estou falando quantidade, porque a quantidade não diz necessariamente quantos de alumínio está ocupando a ctc, eu preciso verificar a porcentagem de aluminio, em algumas análises de solo vão estar como m%. 
Se essa quantidade estiver maior que 40%, eu preciso fazer a correção com gessagem, porque eu preciso é neutralizar o alumínio nas camadas inferiores, se não ele vai trazer prejuízos. 
Agora eu vou verificar também a quantidade de cálcio, na análise de solo o calcio vai estar em mmols, se estiver em cmols é só dividir por 10.
Se essa quantidade estiver abaixo de 4mmols, eu preciso também fazer a gessagem. 
Por isso, se na análise de solo estiver o calcios abaixo de 4 mmols e/ou a saturação de aluminio estiver acima de 40%, eu preciso fazer a gessagem. 
Se tiver um e não tiver o outro? Simples! Independente de qualquer um, se um dos elementos estiverem nessa condição, é preciso fazer a gessagem, 
Agora, qual a quantidade de gesso que eu vou utilizar é o seguinte: você vai precisar agora da análise fisica do solo para poder fazer esse calculo para a cultura do milho. 
A análise fisica é uma análise muito barata e você vai precisar fazer ela uma única vez na vida toda, a porcentagem de areia e argila não vai mudar de uma hora pra outra, somente daqui pelo menos 500 anos. 
Faz essa análise fisica pelo menos uma vez, e faça ela na camada de 20 a 40 cm, não pode ser de 0 a 20. porque a porcentagem de argila nas camadas inferiores é maior do que em cima. 
É preciso saber a porcentagem de argila para saber a quantidade de gesso aplicar. a análise fisica vai te dar q quantidade de argila em % de argila ou em g/Kg de argila e nosso calculo vai ser em cima dessa duas opçoes. 
Se for em porcentagem, basta multiplicar a porcentagem por 50. se for em g/kg você vai multiplicar por 5. 
Assim você vai saber ai quanto de gesso é necessário para aplicar.
Por exemplo, vamos supor que na sua análise de solo a porcentagem de argila deu 10%, então você vai pegar 10 x 50 que vai dar 500 kg por hectare. 
E se fosse grama por kilo, iria ser 100 gramas por quilo de argila, multiplicado por 5, daria 500 kg por hectare da mesma forma. 
Essa é a quantidade que você deve aplicar de gesso, existem diferentes cálculos para descobrir a necessidade de gessagem que vai trazer para você valores bem próximos desse aqui. 
Por exemplo, existe o calculo utilizando a quantidade de calcario aplicado na camada de 0 a 20 cm, não recomendo essa forma, pode dar certo como pode não dá, porque as camadas inferiores podem ser diferentes da superiores, por isso eu sempre recomendo fazer a gessagem pela porcentagem de argila porque vai de acordo com a situação atual da camada do solo, beleza?
Agora, quando que eu faço essa aplicação?
O gesso aplicado vai reagir em até 3 anos e como ele é muito solúvel, cerca de 200 vezes mais solúvel que o calcário, se você aplicar ele hoje e chover ele já vai estar reagindo e começa a descer. 
Por isso se você quiser fazer a aplicação do gesso em até uma semana antes do plantio pode, se quiser fazer antes da calagem, também pode, ou até mesmo junto com ela, não vai ter diferença.
Existem os mitos que o calcário reage com o gesso, ou o gesso vai ajudar o calcário a descer, não acontece isso. 
O que reage no calcário é o CO3, o carbonato, o que reage no gesso é o sulfato, todos os dois tem carga negativa, não tem como um se juntar com o outro, então não faz diferença. 
Pode ser que no momento da aplicação você queira aproveitar o maquinário para fazer aplicar os dois ao mesmo tempo, até pode, mas acredite se você jogar o gesso alguns dias antes do plantio, não há problema nenhum, e é assim que eu faço a gessagem para a cultura do milho.
Época de plantio
A produção de milho em um ano é dividida pelo plantio em duas épocas: a primeira safra, que é chamado de milho verão e segunda safra que chamamos de milho safrinha.
Geralmente não tem diferença entre as cultivares de milho verão e milho safrinha.
Mas a época em que o milho é cultivado faz com que o ciclo da cultura mude. Isso porque, nas diferentes épocas do ano as temperaturas são menores e as horas de sol também.
Os plantios de verão são realizados em todos os estados, na época tradicional, durante o período chuvoso, que ocorre no final de agosto, na região Sul, até os meses de outubro/novembro, no Sudeste e Centro-Oeste. Na região Nordeste, esse período ocorre no início do ano.
O milho safrinha é definido como o milho de sequeiro cultivado extemporaneamente, de janeiro a abril, quase sempre depois da soja precoce, na região Centro-Sul brasileira, envolvendo basicamente os estados do Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e, mais recentemente, Minas Gerais.
Em geral, não existe diferença entre a cultivar de milho da safra normal e da safrinha. Mas a época em que o milho é cultivado faz com que o ciclo mude um pouco. Isso porque as temperaturas são menores e as horas de sol também.
Forma de adubação
Após você ter feito todas as correções necessárias, vamos começar a fazer as adubações, primeiro vamos falar da adubação de plantio e vamos dividir aqui entre o milho verde, milho verão, o milho safrinha e o milho silagem, tudo de forma separada para que você não confunda.
Vou deixar um material abaixo dessa aula com uma tabela para você acompanhar comigo toda a explicação.
Sugere-se parcelar a adubação nitrogenada em cobertura, em função do tipo de solo e do número de folhas de milho totalmente desenvolvidas.
A percentagem de N a ser aplicada em cada parcelamento, de acordo com a textura do solo, é mostrada a seguir:
Todo o potássio em cobertura deve ser aplicado juntamente com a primeira
cobertura nitrogenada.
No caso de realizar alguma adubação orgânica, as quantidades de nutrientes por ela adicionadas devem ser descontadas na recomendação de adubação.
Especialmente para o tipo de cultura em que há o aproveitamento de toda planta, deve-se fazer um monitoramento periódico da fertilidade do solo pela análise química.
Aplicar de 30 a 50 kg/ha de S. Caso não tenha sido utilizada alguma fonte de nutrientes no plantio que tenha enxofre em sua composição, deve-se adicioná-lo na primeira cobertura nitrogenada e, ou, potássica.
>> Aplicar de 3 a 5 kg/ha de Zn.
Vamos iniciar a adubação de plantio, nessa primeira parte nós vamos falar sobre a adubação do milho verão e o milho segunda safra.
Essa adubação serve para o milho verão independente se é irrigado ou sequeiro, para o milho segunda safra também.
Serve para o milho verde? Não, não serve para milho verde.
As outras recomendações para outros milhos nós vamos falar depois, eu posso fazer para silagem igual? Não, para silagem é diferente e eu vou falar depois também. 
Vamos começar então, qual é o primeiro passo que eu tenho que fazer? 
A análise de solo: “A professor… lá vem você falar de análise de novo!”
Não tem jeito, se você quiser fazer uma recomendação de forma precisa, você precisa de uma análise de solo. 
Mas e a análise foliar? Bom, após a implantação é que vamos começar a adubação foliar. 
Dessa forma não tem como. Eu preciso da análise solo, de 0 a 20 cm nos parâmetros corretos. Se você fez análise já para fazer a calagem e gessagem, ótimo! 
Você pode utilizar a mesma análise, que é o que eu te recomendo que você faça. Antes de fazer o cronograma de correção do solo, é interessante que você faça as duas análises, na camada de 0 a 20 e de 20 40. 
Lembrando, para implantação nos próximos anos, não precisa mais fazer de 20 a 40, mas pelo menos agora, para poder fazer implantação para adubação de plantio é importante que você faça a análise de solo.
Fez a análise de solo, para o plantio, o primeiro passo agora é olhar diretamente para o fósforo e para o potássio. 
Você vai precisar verificar no fósforo e no potássio, como já expliquei anteriormente, se os níveis de fósforo e potássio estão baixo,médio ou alto.
Observe o fósforo na análise e verifique, tá baixo? ta médio? ou ta alto?
De acordo com os extratores que o laboratório utilizou, se foi o fósforo, se ele utilizou o mehlich, como é que o potássio? enfim… primeiro verifique se está baixo, médio ou alto.
Com essa primeira interpretação a gente já começa a fazer a nossa adubação de plantio.
Outro ponto importante, quanto que eu quero produzir? Esse é o segundo passo. 
O quanto que eu quero produzir, quantas toneladas de grãos por hectare que eu quero produzir, lembra isso daqui nós estamos fazendo para produção de grãos, então quanto de grãos que eu quero produzir por hectare.
Então essa tabela, esqueça a primeira parte agora, vamos começar pela pela produção em toneladas por hectare.
Qual é a produção que eu espero? ou que o produtor que eu estou trabalhando espera? é de 6 a 8 toneladas? é de 8 a 10? de 10 a 12 toneladas? de 12 a 14 toneladas por hectare? quanto que ele quer produzir?
Então a partir desses parâmetros é que eu vou saber quanto que eu tenho que aplicar de cada nutriente. 
Nós vamos começar agora pelo fósforo e pelo potássio, depois eu vou falar sobre o nitrogênio e enxofre também os micronutrientes. 
O nitrogênio não aparece na análise de solo, com ele você vai ver que tem outra forma de trabalhar. 
Mas vamos lá, quanto que eu tenho que aplicar, vamos supor que a minha expectativa de produção seja de 6 a 8 toneladas, essa é a produção que eu estou esperando, sim é uma a produção mais baixa, mas que ainda assim é favorável.
Então eu vou focar somente nesta linha onde está a produção que eu espero, agora vou pegar o fósforo e vou analisar se o fósforo na minha análise de solo está baixo, médio ou alto. 
Vamos supor que o meu fósforo análise de solo está médio, ou seja ele, vai estar na parte central da tabela, do meio-médio de fósforo, então quer dizer que para plantio eu preciso aplicar 50 kg por hectare de fósforo.
Beleza já guarda esse número, já nota ali do lado
Agora eu vou olhar o meu potássio, vamos supor que o meu potássio estivesse alto, então se ele estivesse alto seria aqui, debaixo do médio, 40 kg por hectare de potássio.
Veja que que eu fiz essa tabela aqui eu coloquei aqui ó baixo médio alto eu coloquei o fósforo potássio beleza.
Essas quantidades aqui só em kg por hectare, então se eu quero ver se o meu fósforo ta médio na análise de solo, para plantio é preciso colocar 50 kg por hectare, se eu quiser produzir de 6 a 8 toneladas.
“Mas professor, e se eu quisesse produzir de 10 a 12 toneladas então o valor de fósforo seria 90 por hectare? 
Tem muita diferença! A produtividade que eu quero e a produtividade que eu espero, vai influenciar na quantidade de fertilizante que eu tenho que colocar.
Isso é óbvio também, a cultura ela vai ter que extrair mais, então é importante que eu verifique isso daqui, quanto que eu quero produzir?  
Então eu verifiquei que eu preciso de 50 kg por hectare de fósforo e 40 de potássio. 
Então essa quantidade que vou precisar, agora qual fertilizante que eu posso usar? aí ele vai ficar seu critério.
Vou deixar na literatura técnica também, uma relação de todos os adubos minerais simples que tem aí no mercado brasileiro.
Ele só vai mudar a marca, alguns nomes no mercado, mas sim, com a porcentagem você já pode escolher e o cálculo é muito fácil de fazer.
Se for adubo mineral simples, por exemplo, vamos supor que você pegou o adubo que tem 20% de fósforo: 100 kg tem 20 kg eu quero 50 X, já sei quanto que eu tenho que aplicar por hectare.
Se for um formulado? Mesma coisa, você vai pegar lá vai pegar a relação e vai ver se tem algum que bate com essa relação, e aí você pode utilizar o formulado.
Mas, quando que você vai fazer essa aplicação? 
Essa aplicação tanto fósforo, tanto com potássio você já pode fazer antes do plantio, se for a lanço é em área total, se for em suco, faz em suco também, desde que você consiga fazer essa quantidade para 1 hectare, todos os cálculos são feitos para um hectare.
E assim a gente vai colocar já o fósforo e potássio beleza de acordo com análise de solo. 
Se não lembra como calcular essas conversões é muito importante que vá no CPRAC aqui na plataforma, depois nós vamos fazer uns exemplos e aqui, mas é importante que você já domine como é que faz esse cálculo é bem simples e fácil de fazer mas é muito importante.
Depois a gente parte para o nitrogênio, eu vou aplicar 30 kg de nitrogênio por hectare independente da análise de solo. 
Em uma análise de solo, não tem como você saber a quantidade de nitrogênio exata, tem um cálculo que a gente faz mas não é exato.
Eu coloco essa quantidade agora porque depois do plantio vou ter outra aplicação de nitrogênio então eu vou conseguir suprir essa necessidade de uma forma mais equilibrada. 
Então independente da análise, eu tenho que colocar 30 kg de nitrogênio também no plantio.
Veja dizer que eu tô colocando essa adubação no plantio, antes de fazer a semeadura. 
O potássio eu não posso colocar mais de 50 kg de uma vez, por exemplo, se eu quero produzir 14 toneladas de milho, segundo o calculo e eu tenho que aplicar 90 kg, então eu vou ter que colocar 50 no plantio e os outros 40 vão ficar lá para formação, quando você for fazer adubação nitrogenada de cobertura, que não é agora.
Então, eu explico novamente, você não pode aplicar mais que 50 kg de potássio no plantio, entendido? 
Ah mas aqui tá falando que eu tenho que aplicar 90, o que que eu faço? Eu aplico 50 e outros 40 você deixa para aplicar lá na adubação de cobertura.
Além disso, na hora de fazer a semeadura, é importante também que a semente não entre muito em contato com o potássio, principalmente se você for utilizar o cloreto de potássio.
Porque esses fertilizantes são mais salinos, e podem puxar a água da semente e não permitir que ela entre em processo de germinação.
Então o contato da semente do milho com esses adubos pode ser prejudicial, tome esses cuidados.
Além desses nutrientes eu vou precisar do enxofre no plantio também, esse nós vamos colocar 30 kg por hectare. 
E aqui vai a dica interessante, como que eu vou fazer se aplicação de enxofre? Com o gesso? Não! O gesso não é para eu poder ceder a necessidade de enxofre, eu vou ter que utilizar fertilizantes a base de enxofre.
Por exemplo, o supersimples. Ele já tem enxofre na sua composição, então verifica se a porcentagem de enxofre, já tá equivalente a sua necessidade. 
Se não estiver, ou se ainda falta, você outro insumo que você pode utilizar é aqui é o sulfato de amônio, porque ele vai ter de 20 a 22%, tanto de nitrogênio quanto de enxofre, e no plantio eu preciso da mesma quantidade.
Então se você colocar a quantidade lá, por exemplo, 100 kg de sulfato de amônio tem aí de 20 a 22, vamos colocar 20, quilogramas tanto de nitrogênio quanto de enxofre, pode variar, mas eu preciso de 30 kg tanto de enxofre quanto de nitrogênio, 30 x 100 / 20. Com essa regra de três vai dar 150 kg de sulfato de amônia. 
Se eu quiser já definir isso no meu plantio, utilizar 150 kg de sulfato de amônia, eu posso e utilizar porque você vai estar fornecendo tanto o nitrogênio quanto o enxofre, “não professor, eu aqui no na adubação fosfatada eu já utilizei.” Tudo bem! Sem problema…
“Mas eu quero utilizar uma ureia aqui” Pode utilizar uréia sem problema nenhum ok!
Então é para você ficar ligado, nessas questões de porcentagem de quantidade de enxofre de nitrogênio.
Fica ao seu critério ou critério do produtor, o importante é que no geral no plantio eu coloque essas quantidades.
A tabela que estamos trabalhando nesta aula é muito atualizada, e não vai mudar conforme a região, o que vai mudar é de acordo com o milho que você vai utilizar, qual a safra que você está e a produção esperada. 
E pra finalizar a adubação do milho verão, nós temos dois micronutrientes que tem que vir aqui no plantio: o zinco e o boro, 4 kg de zinco e 1 kg de boro.
O zinco pode subir um pouquinho mais, 5 até 6 não tem problema nenhum ok.
Independente da análise solo também, o zinco e o boro, e é assim que eu faço a minha adubação de plantio.Essa primeira parte é importante para que eu consiga explicar como interpretar e analisar essas quantidades. 
Todo esse material já está na literatura técnica e daqui pra frente vou colocar a canelinha na tela e fazer alguns cálculos aqui junto com você. 
Depois de trabalhar um pouco sobre o plantio do milho verão e o milho segunda safra, agora vamos falar sobre o milho safrinha, porque as necessidades de adubação de plantio são um pouco diferentes. 
Então vou tá passando aqui o milho safrinha.
Então como que eu faço adubação? 
Também vai ser de acordo com a produtividade, se eu quero produzir até 4 toneladas por hectare no milho safrinha, se eu quero produzir de 4 a 6 toneladas por hectare ou de 6 a 8 toneladas por hectare, a adubação de plantio também é de fósforo e potássio.
Então vamos começar pelo fósforo, é o fósforo baixo, o fósforo médio ou fósforo alto, eu preciso olhar na minha análise de solo independente qual extrator utilizado, então o que que acontece aqui é que se o fósforo estiver estiver baixo eu vou utilizar uma quantidade e se o fósforo estiver médio outra, e se eu fosse ele estiver alta outra.
Vamos pegar o exemplo, vamos supor que no meu milho safrinha eu quero produzir de 4 a 6 toneladas por hectare, essa é minha meta de produção.
Se o meu fósforo na análise de solo estiver baixo eu vou aplicar 50 kg por hectare, se o meu fósforo estiver médio eu vou colocar 40 kg por hectare, se o meu fosse ele estiver alto eu vou colocar 30 kg por hectare. 
E depois eu vou partir para mim adubação de produção, partindo do mesmo princípio, eu quero produzir de 4 a 6 toneladas se o potássio estiver baixo, eu vou colocar 50, se o potássio estiver médio vou colocar 30, se o potássio estiver alta vou colocar 20.
Agora, uma questão muito diferente aqui, é que esse tanto fósforo ou potássio estiver alta e para mim produzir até 4 toneladas, não há necessidade de adubação.
Isso é muito interessante, porque para o milho safrinha, aquele milho que vai produzir logo após a safra, em alguns casos ele não é irrigado então não há necessidade de se fazer adubação quando o fósforo e o potássio estiver alto.
Mas as condições de adubação de plantio é essa. 
A baixo e até 4 toneladas, entre 4 a 6 e 6 a 8 eu faço a minha adubação. 
É muito importante verificar esses dados na análise de solo porque influencia muito na hora de fazer minha adubação.
E como que eu faço essa aplicação de adubo? 
A gente vai aplicar o potássio a lanço antes ou imediatamente após a implantação da cultura ou até mesmo no sulco de semeadura.
A dose máxima é de 40 kg por hectare, e exceder essa quantidade de 40, pode-se fazer em cobertura junto com nitrogênio. 
Já o enxofre, a gente recomenda também aplicar 20 kg por hectare tanto de enxofre;
Lembrando que o potássio, mesma coisa do milho safra, se você vai utilizar algum adubo como o cloreto de potássio, por exemplo, ele pode ter um índice de salinização alto. 
Então é importante que esse adubo não entra em contato com a semente.
Aqui também segua a mesma coisa, o máximo que eu posso colocar é 40 kg de potássio, se passar de 40 em cobertura aí eu vou estar jogando o excedente junto com o nitrogênio na hora de se fazer adubação nitrogenada.
Na parte de adubação nitrogenada, para o milho safrinha, o que vai ajudar muito é a adubação de 30 a 40 kg por hectare de nitrogênio.
Também precisa tá fazendo essa adubação na hora do plantio aplicar de 30 a 40 kg por hectare de nitrogênio. 
“Mas professor, 30 ou 40? Isso depende de qual a sua produtividade esperada, se você está trabalhando com produção máxima de 7, 8 toneladas por hectare então pode colocar 40 kg por hectare de nitrogênio.
Lembra que essa não é a nossa adubação de cobertura, a nossa adubação de cobertura a gente vai falar depois de uma aula específica de adubação de cobertura. 
E assim a gente finaliza nossa adubação do milho safrinha, para você lembrar: a nossa adubação de plantio é com fósforo, potássio, nitrogênio e também o enxofre.
Agora sobre a adubação de plantio para o milho silagem. 
Até agora nós vimos a adubação para adubação de plantio de milho grão, neste momento a gente começa a falar sobre adubação de plantio para o milho tipo silagem. 
Como que eu vou estar fazendo isso?
Você já viu como que é a metodologia de aplicação que para saber quanto que eu devo utilizar de acordo com análise solo
Vamos então para as recomendações, para silagem não é diferente a questão da produção, eu tenho que fazer o meu cálculo de adubação de acordo com a minha meta de produção de massa verde, a silagem é a produção de massa verde ok.
Então se eu quero aqui uma produtividade de 38 a 44 toneladas de massa verde, eu tenho uma recomendação, para 44 a 53 tenho outra, de 53 ao 59 outra, assim como acima de 65 toneladas por hectare também tenho uma recomendação. 
Então a forma de se fazer a recomendação, seguindo essa tabela que está aqui no seu material, é a mesma é a mesma que você viu aí nos outros, o que você vai mudar que é quantidade
Então vamos começar por um exemplo, se eu quero produzir com uma meta de produção de até 59 toneladas por hectare, neste caso vou verificar primeiro na minha análise solo quanto que está o fósforo e quanto que está o potássio.
se meu fósforo estiver baixo, eu vou colocar em 90 kg por hectare de fósforo, se meu fósforo tiver médio, eu vou colocar 70 kg por hectare e se meu fósforo estiver alto vou colocar 60 kg por hectare.
Para o potássio, também, se o potássio estiver baixo, 160 kg por hectare, se o potássio estiver médio eu vou colocar 120 kg por hectare e se eu potássio estiver alta 90 kg por hectare.
Perceba que a forma é a mesma, o que vai mudar e as quantidades. Vale lembrar que esses valores que estamos passando se adaptam a todas as regiões do Brasil. 
O que vai mudar é a sua meta de produção, é muito importante decidir essa tabela arrisca, ela trás para gente quantidades que foram experimentadas até chegar em resultados precisos.
Então mais uma vez a partir da minha meta de produtividade de massa verde eu vou aplicar diferentes quantidades, principalmente de fósforo e potássio.
Agora como é que eu vou aplicar essas adubações?
A gente vai aplicar parte do potássio a lanço, imediatamente antes da implantação da cultura, ou até mesmo no sulco de semeadura, vale lembrar que se você utilizar cloreto de potássio é importante não deixar que ele entre em contato com a semente.
Mais uma vez, o máximo que eu posso utilizar de uma vez é 50 kg por hectare de potássio e aquilo que faltar eu vou colocar lá na adubação de cobertura junto com nitrogênio. Que nós vamos ver a adubação de cobertura na próxima aula. 
Independente da fertilidade do solo, a gente recomenda aplicar 30 kg por hectare de enxofre logo na semeadura ou na primeira cobertura de nitrogênio. 
Então aplicar os 30 kg de enxofre, vai lembrar novamente que essa 70 kg por hectare de enxofre não pode ser através do gesso, gesso não é condicionante para poder entregar para gente o enxofre, você pode fazer isso aí através do adubo como o superfosfato simples, duplo, triplo ou através de algum sulfato.
Isso vai depender de qual fertilizante você ou o que o produtor queira utilizar.
Em solos com deficiência de zinco, eu posso aplicar de 2 a 5 kg por hectare de zinco, se não estiver deficiente não tem necessidade.
E até 1 kg por hectare de boro logo na semeadura, tanto zinco quanto boro você pode estar aplicando logo na semeadura, entendido? 
É assim que a gente faz a nossa adubação de plantio para silagem. 
O que que eu te aconselho fazer agora? Volte nas tabelas que você tem aqui no material e que aprendeu a usar nesta aula e começa a fazer uma simulação.
Como que tá o fósforo? potássio? O quanto que eu vou colocar de enxofre?
Verifique a porcentagem de enxofre que tem o seu fertilizante, se não tem, utilize algum outro sulfato.
É importante que você faça essa simulação para que você entenda como fazer adubação, um ponto muito importante na adubação de plantio do milho é não utilizar o cloreto de potássio em contato direto com a semente e isso é muitoimportante ok?
No mais você pode estar fazendo a lanço, pode estar fazendo suco, desde que não entre em contato com a nossa semente, entendido?
Você vai ver que diferente da adubação de plantio a adubação de cobertura não vai ter alguns nutrientes. 
O fósforo, por exemplo, nós sabemos que por ser um elemento pouco móvel no solo é importante priorizar a aplicação de fósforo no momento do plantio. 
Já na adubação de cobertura vamos trabalhar com nutrientes que tanto são mais móveis no solo e podem ser aplicados quando as plantas já estiverem se desenvolvendo, quanto são nutrientes que não podem ser jogados de uma só vez.
Nós sabemos que quanto mais parcelamos a adubação, mais nosso adubo poderá ser aproveitado pela cultura, por isso quanto mais tivermos condições de parcelar a adubação é melhor. 
Vale lembrar que nossa base de adubação de cobertura é o nitrogênio, já que nós já falamos sobre a adubação fosfatada e a adubação de potássio no plantio. 
É lógico que vai ter um pouco de adubação de potássio que pôde ter ficado faltando se nós atingimos um nível maior que 50 kg por hectare no plantio. 
Pra gente poder falar sobre a adubação nitrogenada lembre-se do que conversamos na aula sobre a adubação de plantio, que nós precisamos de ver na análise de solo o nível de fósforo e potássio para saber o quanto devemos aplicar. 
Aqui na adubação nitrogenada primeiro a gente vai identificar o solo como solo de alta resposta e baixa resposta. mas porque?
Por que na análise de solo não vai nos mostrar a quantidade de nitrogênio presente no solo, por isso temos que saber se meu solo tem alta ou baixa resposta, mas como eu sei qual é a resposta do meu solo?
Quanto a resposta de aplicação de nitrogênio no solo. Existe uma lei dentro de fertilidade dos solos, chamada lei dos incrementos decrescentes. 
Essa lei diz o seguinte, quando a gente aplica doses crescentes de nutriente – quando a gente está aumentando a utilizando de algum nutriente – inicialmente a gente vai ter um aumento de produção. 
Porém, com o passar do tempo essa produção vai diminuindo conforme você vai aumentando a aplicação de um nutriente. 
Isso começa a fazer sentido, então quer dizer que se meu solo for mais pobre, ele vai ter uma capacidade de dar uma resposta maior a aplicação de uma determinado nutriente, no nosso caso, o nitrogênio. 
E o nitrogênio não é um nutriente que a gente encontra na análise de solo, então nós precisamos fazer uma análise da resposta desse solo. 
Se é um solo que tem o sistema de plantio direto, que tem uma boa camada de matéria orgânica, que teve leguminosas ou que talvez já fiz uma boa aplicação de nitrogênio, quer dizer que esse solo já é um pouco mais rico em nutrientes.
Então a resposta dele a aplicação de nitrogênio vai ser menor, isso porque ele já tem uma boa quantidade de nitrogênio. 
Agora, se meu solo é mais pobre, mais arenoso, talvez tem muito tempo que não faço aplicação de nitrogênio e tem baixa matéria orgânica, teoricamente ele é mais pobre logo ele vai ter uma resposta maior a aplicação de nitrogênio, porque ele não tem. 
Quando fazemos uma boa aplicação de nitrogênio ele vai ter uma resposta maior. 
Então agora vamos começar a definir qual são as quantidades que eu vou adubar com nitrogênio. Vamos começar com o milho verão, sequeiro ou irrigado e o milho safrinha. 
Vou me basear na produtividade que eu quero, de 6 a 8 toneladas por hectare, de 8 a 10 toneladas por hectare, de 10 a 12 toneladas por hectare ou se é de 12 a 14 toneladas por hectare. 
Lembra que fizemos essa mesma metodologia na adubação de plantio? Aqui é a mesma coisa, estamos falando de produção de milho para grãos, depois nós falaremos também para o caso de produção de silagem. 
Vamos começar com a produção esperada de 6 a 8 toneladas, eu vou verificar qual é o tipo do solo, se é de baixa média ou alta resposta.
Vamos supor que meu solo é arenoso. Um solo arenoso é um solo de alta resposta ou alta disponibilidade, então eu vou estar aplicando 30 kg por hectare de nitrogênio, essa é a quantidade para que eu possa produzir de 6 a 8 toneladas. 
Agora se ele é de baixa resposta, um solo argiloso, eu vou ter que aplicar 80 kg por hectare de nitrogênio. 
Perceba então que essa questão de baixa, média ou alta resposta vai interferir diretamente na minha adubação nitrogenada. 
Acompanhe aqui na tabela e veja que quando você vai aumentando a produtividade esperada você também aumenta a quantidade de nitrogênio a ser aplicada. 
Na maior parte dos produtores de milho que estão trabalhando com o milho em solos areno-argilosos vão utilizar as recomendações para média resposta. 
Essa é a quantidade total. Agora, eu vou aplicar essa quantidade toda? Eu vou te explicar a partir de agora. 
Bom, se você for aplicar doses iguais ou inferiores a 80, para solos arenosos, e 110 para solos argilosos, você pode aplicar de uma só vez. 
Novamente, se o meu solo for arenoso eu vou colocar até 80 Kg de nitrogênio por hectare, se meu solo for argiloso eu vou colocar até 110 Kg. 
Agora, se minha recomendação de acordo com minha produtividade exigir doses superiores a essas é preciso fazer o parcelamento da adubação. 
E é assim que eu faço a adubação nitrogenada. Mas veja bem, lembra que eu falei lá na adubação de plantio que pode ser que você precise colocar parte do potássio por cobertura.
Porque se passar de 50Kg por hectare eu vou ter que colocar o restante junto com a primeira adubação de cobertura com o nitrogênio. 
Vamos supor que eu precisei de aplicar 80 Kg de potássio, 50 eu vou colocar lá no plantio e os outros 30 eu vou colocar na minha primeira adubação de cobertura. 
E o milho safrinha? nós temos também a adubação para o milho safrinha. 
Para o milho safrinha a adubação também vai depender da produtividade esperada, 4 toneladas? de 4 a 6? ou de 6 a 8 toneladas. 
Bom, se for até 4 toneladas de produtividade eu não preciso fazer adubação de cobertura com o nitrogÊnio, de 4 a 6 toneladas eu preciso aplicar 20 Kg por hectare de nitrogênio, e de 6 a 8 toneladas você precisa aplicar 40 Kg por hectare de nitrogênio. 
Agora, falando sobre a adubação de cobertura do milho para a silagem, vai ser também baseada de acordo com a minha meta de produtividade.
Vale lembrar que no caso da produção de milho para silagem estamos falando de produção de massa verde.
Então se eu quero produzir, assim como a tabela, de 38 a 44 toneladas por hectare, de 44 a 53, de 53 a 59, de 59 a 65 e acima de 65 toneladas por hectare isso aqui para adubação de nitrogênio. 
E qual é o meu tipo de solo, é com baixa resposta, média ou alta resposta? 
Então vamos fazer uma simulação, vamos supor que agora eu quero produzir acima de 65 toneladas por hectare, sou um produtor com alto nível técnico e quero assumir essa produtividade. 
Quanto vai ser as quantidades de nitrogênio?
Se meu solo for de baixa resposta, 170 kg por hectare de nitrogênio, se ele for de média resposta 150 kg por hectare e se ele for de alta 100. Isso aqui para meta de produtividade de 65 toneladas por hectare.
Agora eu quero chamar atenção para as metas de produtividades menores, de 38 a 44 toneladas por hectare, perceba que em baixa resposta vamos colocar 50 kg por hectare de nitrogênio, média 30 e se for de alta resposta não há necessidade de se fazer adubação de cobertura. 
Não deve ser feito porque você pode estar atrapalhando o desenvolvimento da planta se você fizer a adubação sem necessidade. 
Assim como nas adubações do milho para grãos o milho safrinha também segue a mesma forma de aplicação.
Quantidades iguais ou inferiores a 80 Kg por hectare em solos arenosos, e 110 kg por hectare para solos arenosos você pode aplicar em uma única vez.
Os valores que ultrapassarem essas quantidades, você faz o parcelamento.
E o potássio que excedeu valores de 50 kg por hectare na adubação de plantio, é aqui também que vamos aplicar o restante, junto com a primeira adubação nitrogenada, beleza?
Mas, quando e como fazer essa adubação? 
Essa adubação de cobertura nós fazemos no período da emergência até o estádio V6,porque é esse momento determina o tamanho e quantidade de folhas que a planta do milho vai desenvolver. 
Por isso, o melhor momento para fazer a primeira aplicação da adubação de cobertura é no estádio V4 a V5.
Depois de seis e sete folhas, o milho já terá um sistema radicular desenvolvido e capaz de absorver mais nutrientes, daqui pra frente os entrenós começam a se alongar mais rápido e a planta começa a ter mais altura. 
Quando vai passando os dias, e o desenvolvimento no milho, geralmente nos estádios V10 e V12 ocorre a definição do tamanho da espiga, também é neste momento que o milho mais absorve nitrogênio durante o ciclo.
Então, se for o caso, esse é o segundo momento ideal pra gente fornecer o restante da adubação de cobertura que faltou na primeira aplicação. 
Mas preste muita atenção, é importante falar que nesse momento a planta do milho já está em um tamanho considerável, no momento da aplicação não podemos deixar que o insumo entre em contato com a planta, somente no solo, por isso fazemos essa segunda aplicação um pouco antes, a partir do estádio V8.
Agora, a forma de aplicação dos insumos pode ser feita a lanço, bem distribuída pelo solo, afastando o adubo do colo do milho. 
Essa forma de adubação aumenta o rendimento operacional e também torna mais fácil a aplicação.
Existem alguns pontos que devemos levar em consideração para fazer as adubação, um deles é como está o tempo no dia da adubação? 
Ao aplicar nitrogênio na forma de uréia, principalmente, é preciso que haja uma precipitação pluviométrica por pelo menos até dois dias após a aplicação.
Mas porque professor? A chuva não vai lavar meu solo? A ureia não vai volatilizar? Veja bem, para entender melhor os processos de volatilização do nitrogênio eu explico tudo isso no Cursos de Fertilidade dos solos e nutrição de plantas, o CPRAC.
Mas de forma resumida, a permanência da ureia exposta sobre o solo induz a volatilização, ou seja, digamos que o nitrogênio é “evaporado”, principalmente quando está submetido a altas temperaturas;
Na presença de chuvas durante ou após a aplicação de ureia favorece as perdas por lixiviação.
Para equilibrar isso, é bom que o solo esteja úmido, ou que tenha chuvas de pouca intensidade logo após a aplicação. 
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