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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 2 - ANÁLISE DAS 
CAUSAS DAS 
DIFICULDADES DE 
APRENDIZAGEM 
 
Prezado (a) aluno (a), 
 
As causas das dificuldades de aprendizagem podem ser complexas e 
multifatoriais, envolvendo uma combinação de fatores genéticos, neurológicos, 
ambientais e educacionais. Embora cada caso seja único, algumas causas comuns 
são frequentemente citadas na literatura, desta forma, teremos duas aulas sobre o 
assunto. 
Entender as causas das dificuldades de aprendizagem é fundamental para 
oferecer o suporte apropriado. É importante que profissionais da área educacional, 
profissionais de saúde e famílias trabalhem juntos para identificar as causas 
específicas em cada caso e desenvolver estratégias adequadas para superar as 
dificuldades e promover um ambiente de aprendizagem inclusivo. Nesta aula, 
abordaremos as causas que estão diretamente ligadas à danos causados no 
cérebro como: Lesão cerebral, falhas no desenvolvimento cerebral. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
2. CAUSAS DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 
Os fatores neurológicos desempenham um papel significativo quanto as causas 
das dificuldades de aprendizagem. Diferenças no funcionamento e estrutura do 
cérebro podem afetar a forma como as informações são processadas e assimiladas. 
Por exemplo, a dislexia está associada a diferenças na área do cérebro responsável 
pelo processamento da linguagem escrita. 
2.1 Lesão cerebral 
 
Por muitos anos, supôs-se que todos os estudantes com dificuldades de 
aprendizagem haviam experienciado alguma espécie de dano cerebral. Hoje sabemos 
que a maioria das crianças com dificuldades de aprendizagem não tem uma história 
de lesão cerebral. Mesmo quando tem, nem sempre é garantido que esta seja a fonte 
de suas dificuldades escolares. De acordo com Smith e Strick (2012), pesquisas têm 
mostrado, por exemplo, que lesões cranianas são quase tão comuns entre alunos 
típicos quanto entre crianças que têm problemas na escola. Um investigador estima 
que até 20% de todas as crianças sofrem um sério dano cerebral até os 6 anos, mas, 
ainda assim, a maioria delas não desenvolvem problemas de aprendizagem. 
Os esforços para relacionar as dificuldades de aprendizagem de uma criança a 
um dano cerebral causado por complicações no parto também não encontraram uma 
conexão conclusiva. Esses fatores estão associados a alguns casos de dificuldades 
de aprendizagem, mas também podem ser encontrados na história de alunos típicos 
e naqueles com notas mais altas. Conforme os autores, em um estudo com jovens 
de 7 a 15 anos, por exemplo, constatou-se que 23% dos estudantes que 
apresentavam um nível de leitura um ou dois anos inferior ao de sua série tiveram 
uma história de dificuldades no parto, da mesma forma como 19% em outra pesquisa, 
feita pelos autores, alunos com nível de leitura superior de um ou dois anos ao de sua 
série também tiveram uma história de dificuldades no parto, portanto – uma correlação 
dificilmente convincente. 
Os autores afirmam, entretanto, que as dificuldades de aprendizagem de 
algumas crianças realmente surgem a partir de lesões ao cérebro. Entre os tipos de 
 
 
 
lesões associados a dificuldades de aprendizagem estão traumas cranianos, 
hemorragias cerebrais e tumores, febres altas e doenças como encefalite e meningite. 
A desnutrição e a exposição a substâncias químicas tóxicas (como chumbo e 
pesticidas) também causam danos cerebrais, levando a problemas de aprendizagem. 
As crianças que recebem tratamentos com radiação e quimioterapia para o câncer 
ocasionalmente desenvolvem dificuldades de aprendizagem, em especial se a 
radiação foi aplicada ao crânio. 
Eventos que causam privação de oxigênio no cérebro podem resultar em danos 
cerebrais irreversíveis em um período de tempo relativamente curto; incidentes 
envolvendo sufocação, afogamento, inalação de fumaça, envenenamento por 
monóxido de carbono e algumas complicações do parto também se enquadram nessa 
categoria. 
Como afirma Proença (2020), também podem ocorrer lesões cerebrais antes 
do parto. Sabemos que quando certas doenças ocorrem durante a gravidez – diabete, 
doença renal, sarampo, entre outras –, o dano cerebral ao feto é, às vezes, o infeliz 
resultado. A exposição pré-natal a drogas (álcool, nicotina e alguns medicamentos 
prescritos, bem como drogas ilícitas) está claramente associada a uma variedade de 
dificuldades de aprendizagem, incluindo atrasos cognitivos, déficits da atenção, 
hiperatividade e problemas de memória. 
O sistema nervoso de um feto em desenvolvimento é tão frágil que até mesmo 
danos relativamente menores podem ter efeitos duradouros significativos. O sistema 
nervoso de bebês prematuros também é vulnerável a lesões, e uma incidência 
significativamente maior de prematuridade é encontrada entre crianças que têm 
problemas escolares e comportamentais. 
Os efeitos da lesão cerebral podem ser súbitos e dramáticos, mas com a 
mesma frequência são sutis e postergados. Às vezes as crianças se recuperam 
suficientemente bem de uma lesão para conseguir lidar com desafios em seus níveis 
desenvolvimentais ou educacionais atuais, mas os déficits ficam aparentes quando a 
vida se torna mais complexa e exigente. Por essa razão, problemas importantes na 
escola a qualquer momento após uma lesão cerebral necessitam de avaliação 
imediata. Em geral, quanto mais cedo a criança recebe apoio após uma lesão cerebral, 
maiores são as chances de ela recuperar – ou aprender a compensar – as habilidades 
que foram perdidas. 
 
 
 
As lesões cerebrais, obviamente, podem causar múltiplos problemas, e as 
crianças que desenvolvem transtornos convulsivos, ou outros déficits físicos como 
resultado delas às vezes apresentam também dificuldades de aprendizagem. É 
importante ter isso em mente ao buscar serviços para uma criança após uma lesão, 
pois problemas sutis (como dificuldades de aprendizagem) podem ser negligenciados 
quando há́ desafios físicos mais óbvios ou mais urgentes a superar. 
Um programa educacional apropriado para uma criança com lesões cerebrais 
em geral envolve a coordenação de vários tipos de apoio: por exemplo, uma criança 
pode precisar de terapia física e fonoaudiológica, assim como de um programa de 
educação especial. Frequentemente um monitoramento é necessário para garantir 
que todos os elementos estejam sendo providenciados e mantidos em um equilíbrio 
razoável. 
 
2.2 Falhas no desenvolvimento cerebral 
 
De acordo com Proença (2020), o desenvolvimento do cérebro humano se 
inicia na concepção e continua durante toda a idade adulta. Nos nove meses que 
antecedem o parto, todas as estruturas básicas do cérebro são formadas. O sistema 
nervoso de um feto cresce em estágios, com as diferentes regiões cerebrais 
formando-se em diferentes momentos durante a gravidez. Um período 
desenvolvimental particularmente crítico ocorre entre o quinto e o sétimo mês de 
gestação, quando as células se posicionam no córtex cerebral. O córtex, uma 
estrutura de múltiplas camadas que forma a carapaça externa do cérebro, está 
envolvido em praticamente todos os aspectos da atividade consciente. O 
funcionamento apropriado do córtex cerebral é essencial para o pensamento e a 
aprendizagem de nível superior. 
Durante a primeira e a segunda infância, as regiões do cérebro tornam-se cada 
vez mais especializadas para apoiar as funções específicas. Também se formam 
novas conexões entre partes do cérebro para que essas áreas especializadas possam 
“cooperar” em vários graus durante diferentes tipos de pensamento de nível superior. 
 
 
 
Este processo contínuo de amadurecimento cerebral explica por que as crianças 
tornam-segradualmente capazes de fazer coisas que não conseguiam fazer antes. 
Os bebês aprendem a falar e a andar, por exemplo, não apenas porque pais 
zelosos os encorajam a fazer isso, mas porque as conexões neurais necessárias são 
formadas entre um e dois anos de idade. Em alguns anos, o cérebro se desenvolve a 
ponto de a criança poder assumir desafios notavelmente sofisticados. A tarefa de ler 
em voz alta, por exemplo, envolve a atividade coordenada de 14 áreas do córtex 
cerebral, incluindo aquelas envolvidas na visão, no processamento da linguagem, na 
audição e na fala. 
Se esse processo contínuo de “ativação” neural for perturbado em qualquer 
ponto, as partes do cérebro responsáveis por diferentes tipos de cognição poderão 
não se desenvolver normalmente. Os especialistas acreditam que alterações 
desenvolvimentais dessa espécie são responsáveis por muitas dificuldades de 
aprendizagem. O apoio a essa crença vem de estudos anatômicos que descobriram 
uma variedade de anormalidades estruturais no cérebro de indivíduos com 
dificuldades de aprendizagem, e de pesquisas que demonstram que a atividade 
elétrica e metabólica do cérebro de estudantes com problemas de aprendizagem é, 
com frequência, diferente daquela dos estudantes típicos. Como afirma Smith e Strick 
(2012), há mais de 12 regiões no cérebro que podem contribuir para problemas de 
aprendizagem quando seu tamanho ou níveis de atividades são diminuídos. 
Os tipos de problema produzidos por alterações no desenvolvimento cerebral 
dependem das regiões do cérebro afetadas. É importante entender, contudo, que uma 
vez que a aprendizagem e outros comportamentos complexos dependem da ativação 
de “circuitos” que envolvem diversas áreas do cérebro, o dano em uma região cerebral 
pode afetar o crescimento e o desempenho em outro ponto do sistema. Por essa 
razão, Smith e Strick (2012), salientam que é raro um aluno com dificuldades de 
aprendizagem ter um problema de aprendizagem único e isolado; padrões de 
problemas relacionados são bem mais comuns. Com o uso de tecnologia de imagens 
para o estudo da atividade no córtex cerebral, ainda de acordo com as autoras, há 
três padrões que ocorrem com particular frequência em indivíduos com dificuldades 
acadêmicas. 
 
 
 
2.3 O hemisfério esquerdo e direito 
 O hemisfério esquerdo do cérebro é uma das duas metades do cérebro 
humano, sendo a outra metade o hemisfério direito. Esses hemisférios são 
conectados pelo corpo caloso, que permite a comunicação entre eles. Cada 
hemisfério tem funções distintas e desempenha um papel importante no 
processamento e controle de várias atividades mentais e físicas. 
O hemisfério esquerdo é frequentemente associado a habilidades analíticas, 
linguísticas, lógicas e sequenciais. Algumas das funções principais do hemisfério 
esquerdo incluem: 
Linguagem: O hemisfério esquerdo é crucial para a produção e compreensão 
da linguagem. Ele abriga áreas como o córtex motor da fala (área de Broca) e o córtex 
sensorial da linguagem (área de Wernicke), que desempenham papéis vitais na 
produção e compreensão da fala. 
Habilidades lógicas e matemáticas: O hemisfério esquerdo é associado ao 
pensamento analítico, lógico e sequencial. Ele é frequentemente envolvido em 
atividades que exigem resolução de problemas, raciocínio matemático e organização 
de informações. 
Processamento sequencial: O hemisfério esquerdo é mais adequado para 
processar informações em uma ordem linear e sequencial. Ele é capaz de dividir 
tarefas complexas em etapas menores e analisar cada parte separadamente. 
Controle motor fino: O hemisfério esquerdo controla os movimentos do lado 
direito do corpo, além de ser responsável por habilidades motoras finas, como a 
coordenação dos dedos para atividades detalhadas. 
Lógica e análise: Esse hemisfério está envolvido em atividades que requerem 
lógica, análise de detalhes e abordagem metódica para resolução de problemas. 
É importante ressaltar que a divisão de funções entre os hemisférios é uma 
simplificação e que o cérebro é altamente interconectado, com muitas áreas atuando 
em conjunto para realizar tarefas complexas. Além disso, a lateralização das funções 
nem sempre é rígida, e indivíduos podem apresentar variações em como as funções 
são distribuídas entre os hemisférios. 
 
 
 
Já o hemisfério direito, é frequentemente associado a habilidades mais 
criativas, espaciais e emocionais. Algumas das funções principais do hemisfério direito 
incluem: 
Percepção espacial: O hemisfério direito está envolvido na percepção e 
interpretação do espaço tridimensional ao redor de uma pessoa. Ele desempenha um 
papel fundamental na orientação no ambiente, reconhecimento de formas e na 
habilidade de entender relações espaciais. 
Reconhecimento de padrões: Este hemisfério é responsável por identificar 
padrões visuais e relacioná-los a informações contextuais. Isso é essencial para a 
compreensão de imagens complexas e para a identificação de tendências em dados 
visuais. 
Habilidades artísticas e criativas: O hemisfério direito é associado a 
habilidades artísticas, como pintura, desenho, música e expressão criativa. Ele está 
envolvido na percepção de nuances emocionais nas expressões faciais, tons de voz 
e gestos. 
Processamento holístico: Enquanto o hemisfério esquerdo lida com análise 
e detalhes, o hemisfério direito tende a processar informações de forma mais holística, 
enfocando o quadro geral em vez dos elementos individuais. 
Reconhecimento emocional: O hemisfério direito é importante para a 
percepção e compreensão das emoções e expressões emocionais dos outros. Ele 
contribui para a empatia e a interpretação dos sentimentos alheios. 
Integração das informações: O hemisfério direito atua como um integrador 
de informações, auxiliando na compreensão de contextos mais amplos e na formação 
de conexões entre diversas áreas de conhecimento. 
É crucial ressaltar que a divisão de funções entre os hemisférios é uma 
simplificação e que ambos trabalham em conjunto para realizar tarefas complexas. 
Além disso, a lateralização das funções pode variar de indivíduo para indivíduo, e 
muitas atividades envolvem a colaboração entre ambos os hemisférios. 
 
3. Hipoatividade nos lobos frontais 
Marrega (2022), explica que os lobos frontais do córtex cerebral governam o 
comportamento motor e também incluem as regiões envolvidas no planejamento e no 
 
 
 
julgamento, concentrando a atenção, organizando e avaliando a informação e 
moderando as emoções. Quando as regiões frontais do cérebro não estão 
funcionando de maneira eficiente, as crianças podem ter problemas com a 
coordenação muscular, com a articulação, com o controle do impulso, com o 
planejamento e organização, e com a manutenção da atenção. Problemas desse tipo 
afetam a prontidão da criança para a instrução em classe, e elas criam a impressão 
geral de imaturidade, mesmo quando são capazes de funcionar intelectualmente em 
um alto nível. 
No entendimento de Proença (2020), os indivíduos com erros em sua “ativação” 
cortical devem desenvolver trajetos neurais alternativos para o processamento de 
informações. Visto que esses trajetos nem sempre são tão eficientes quanto os 
circuitos cerebrais normais seriam, os alunos com dificuldades de aprendizagem 
tendem a processar as informações mais lentamente do que seus companheiros 
típicos. Como resultado, precisam de mais tempo tanto para entender as tarefas 
quanto para completá-las. 
Embora o tempo adicional necessário seja, em geral, de apenas alguns 
segundos, tal déficit possui um impacto significativo na capacidade dos alunos para 
competirem na sala de aula. Os atrasos no processamento de informações podem ser 
devastadores quando os alunos enfrentam situações de “pressão”, como testes com 
tempo marcado ou exercíciosde matemática. Em alguns casos, a simples remoção 
das limitações de tempo é suficiente para ajudar um aluno com dificuldades de 
aprendizagem a se sair melhor na escola. Porém, com frequência, a necessidade de 
tempo extra é apenas uma parcela de um padrão maior de problemas de 
aprendizagem. 
Nem todos os problemas de desenvolvimento implicam uma anatomia irregular. 
Os especialistas acreditam que alguns indivíduos desenvolvem dificuldades de 
aprendizagem porque partes de seus cérebros simplesmente amadurecem mais 
devagar que o habitual. Essas crianças nem sempre estão prontas para assumir as 
tarefas e as responsabilidades apropriadas para sua idade cronológica, elas agem 
como seus colegas em alguns aspectos, mas em outras áreas seu comportamento e 
suas necessidades se assemelham mais àqueles de crianças mais jovens. 
 Nesses casos de atraso maturacional, as regiões atrasadas do cérebro podem, 
por fim, alcançar níveis de desenvolvimento normais ou próximos do normal, mas 
 
 
 
esses alunos tendem a ter passado muitos anos frustrantes em salas de aula nas 
quais o que aprendiam estava fora de sincronia com o que estavam aptos a aprender. 
Mesmo depois que seus cérebros amadurecem, esses alunos podem continuar 
apresentando um desempenho inferior porque não aprenderam habilidades e 
conceitos que são os blocos básicos da construção de uma educação mais 
consistente. Com demasiada frequência eles descobrem que suas habilidades jamais 
estarão à altura das exigências cada vez mais complexas do currículo. Se os seus 
programas não forem modificados, eles ficarão cada vez mais atrasados na escola e 
seus problemas aumentarão à medida que a sensação de inadequação for 
prejudicando sua energia emocional e seu entusiasmo para aprender. 
A razão pela qual os erros desenvolvimentais e os atrasos ocorrem nem 
sempre está clara. Os eventos que perturbam o desenvolvimento cerebral pré-natal 
são, indubitavelmente, responsáveis por muitas anormalidades. Em outros casos, a 
hereditariedade parece desempenhar um papel importante. A boa notícia é que a 
maior parte dos alunos com dificuldades de aprendizagem responde positivamente a 
um ambiente educacional estimulante e faz um progresso constante se receber uma 
instrução individualizada e apropriada. 
Como descreve Marrega (2022), alunos que recebem intervenção intensiva e 
oportuna podem realmente “religar” seus cérebros e começar a usar trajetos neurais 
que conduzem a um processamento de informação mais eficiente. À medida que 
aumenta o nosso entendimento de como o cérebro responde a diferentes tipos de 
estímulo, devem tornar-se possíveis intervenções educacionais mais direcionadas e 
eficazes. Nesse meio tempo, os pais devem ter consciência da importância da 
intervenção precoce e da instrução intensificada para crianças que estão atrasadas 
na área do desenvolvimento. 
Também é importante lembrar que crianças cujos cérebros desenvolvem 
desigualmente, às vezes, desenvolvem qualidades e talentos incomuns. Thomas 
Edison e Albert Einstein estão entre os gênios que tiveram problemas de 
aprendizagem; a lista de celebridades nos esportes, nos negócios, na política e nas 
artes que tiveram sérias dificuldades com a leitura, com a escrita ou com a matemática 
na escola é longa. Os pais e os educadores observam que as crianças com problemas 
de aprendizagem são, com frequência, excepcionalmente criativas. Já que as 
soluções tradicionais nem sempre funcionam para elas, tornam-se inventivas na 
 
 
 
elaboração de suas próprias soluções. Como os professores que se deparam com um 
aluno que não consegue ler ou escrever bem não se sentem necessariamente 
animados com as qualidades de liderança, com a capacidade empresarial ou com o 
talento musical dessa criança, os pais precisam estar especialmente atentos para 
notar e encorajar qualidades em áreas não acadêmicas. 
Na próxima aula daremos continuidade a esse assunto abordando os 
desequilíbrios químicos, hereditariedade e influências ambientais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
MARREGA, S. N. A Aprendizagem e as Disfunções Cerebrais. 2022. 
PROENÇA, M. I. Q et al. Estudo de aluno com paralisia cerebral e sua aprendizagem 
Revista Eletrônica Calafiori. ISSN: 2319-0132, v. 4, n. 2, Dez 2020. 
SMITH, C; STRICK, L. Dificuldades De Aprendizagem de A – Z. Guia completo 
para educadores e pais. Tradução: Magda França Lopes. Porto Alegre: Penso, 
2012.

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