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Universidade Anhanguera – Uniderp Centro de Educação a Distância
 Curso: Licenciatura em Educação Física 
 Disciplinas Norteadoras: Filosofia da Educação e o Pensamento Pedagógico
 
Vanessa Maria Palhano da Silva 
 
 
 Tutor: Paulo Sergio de Oliveira Feitosa
 
 Tucuruí-Pa 
 22/09/2015 
Introdução
O novo milênio nasce permeado por diversas transformações. A democratização social, fruto de muitas lutas, cria possibilidades de mudanças, agrega valores e diversidades advindas de vários contextos, inclusive dos grupos que sempre foram segregados socialmente. O cenário da sociedade brasileira, até então marcado pelas ideologias de predominância masculina, sofre alterações provocadas a partir do descontentamento das mulheres que, através do movimento feminista se contrapuseram às imposições machistas. Nesse contexto, as mulheres gradativamente conquistam seus espaços e novas identidades começam a surgir, dentre estas a identidade de gênero.
Histórico da profissionalização docente:
O processo histórico da educação brasileira retrata uma realidade pautada em diferenças, discriminação e seletividade. A educação, em diversos momentos, contribui para manter as práticas reprodutoras de ideologias de um determinado grupo social. Esse fato se concretiza ao buscar contemplar os interesses das classes dominantes; quando ignora a realidade e necessidade dos outros indivíduos que estão emergindo nesse cenário; ao preferir ser omissa. Com essas atitudes, a educação perpetua as ideologias machistas e o processo discriminatório entre as pessoas, os quais sempre visualizaram a mulher como um ser incapaz de exercer funções de relevância social e política. 
O respeito à diversidade dos gêneros e a valorização das especificidades existentes nesse amplo mundo de desiguais, tem enriquecido significativamente as relações entre os seres humanos, despertando em muitos estudiosos, em especial da educação, a vontade de organizar o Currículo Escolar de forma que, a escola possa de fato exercer o papel de espaço de promoção da inclusão, que promove a valorização de todos sem distinção de gênero, etnia, raça e outras identidades consideradas ou não “normais”.
O número de mulheres no magistério está em 77 % no Brasil, conforme dados da Unesco (2009). Isso representa 15,9 % de todos os empregos femininos. Isso bastaria para dizermos que ser professora “dos pequenos” é coisa de mulher. Mas essa prevalência feminina e a manutenção do seu interesse nessa profissão têm implicações mais profundas do que apenas uma possibilidade de acolhimento das mulheres no mundo profissional. Michael W. apple (1995) coloca a questão do magistério num leque mais amplo de análise. Em geral, afirma ele, o trabalho remunerado feminino é construído em torno de dois tipos de divisão: 
Primeiro, o trabalho de mulheres está relacionado a uma divisão vertical do trabalho, em que as mulheres como um grupo estão em desvantagem face aos homens, no que toca às condições sob as quais trabalham. Segundo, sua atividade está na divisão horizontal do trabalho, em que as mulheres se concentram em tipos específicos de trabalho.
Vem à tona uma questão fundamental na decisão pelo magistério: 41% dos empregos femininos são de tempo parcial, ou seja, é função da mulher tomar conta da casa e das crianças, por isso pode trabalhar fora só meio-dia. Outra evidência, da relação entre o trabalho dentro e fora de casa pode ser encontrada no tipo de ocupação da maioria das mulheres. a preponderância feminina ocorre em trabalhos com serviços, alimentação, saúde, limpeza, vestuário e necessidades humanas. Nos últimos anos, declinaram os empregos com altos níveis de autonomia, e cresceu da mesma forma como cresceu o número de mulheres trabalhadoras, o emprego controlado. 
Separa-se, assim, a concepção do produto de sua execução, além disso, aquelas ocupações que vieram a ser definidas como femininas se expandiram numa época em que a qualificação correspondente (era vista) como banal ou facilmente adquirível, e para as quais havia uma demanda especialmente elevada, ou um grupo particularmente grande de mulheres procurando emprego.
Um agravante no caso da profissão docente é o fato de vir associado ao cuidado, ao serviço, o que por si só já a define como trabalho de mulher. E cuidar de crianças e servir é considerado um trabalho que exige menos qualificação e, por isso, é menos valorizado. Devido a isso, torna-se tão difícil avançar no reconhecimento da necessidade de qualificação e contra a tendência de proliferação de trabalhos com menor autonomia. as transformações nas relações patriarcais e econômicas, que vêm estruturando a sociedade mais ampla, alteraram a profissão docente de tal maneira que esta não pode ser considerada a mesma em relação a sua origem. Enquanto os homens predominavam no magistério, ser professor era outra coisa, assim, também não se poderia falar em feminização, já que são duas realidades distintas. O magistério tornou-se feminino, em parte, porque os homens o abandonaram. Enquanto o magistério era ocupação casual, não exigia qualificação, que podia tomar períodos curtos de tempo, em épocas específicas do ano, atraía homens como agricultores, comerciantes, políticos, pastores. Porém, à medida que se introduziu a obrigatoriedade escolar.
A demanda cresceu, os homens começaram a achar que o custo de oportunidade do magistério ficou muito alto, já que os salários oferecidos pelo Estado não eram suficientes para sustentar uma família, além disso, os professores perdiam a autonomia em sala de aula, por intervenção do Estado. Assim, os homens foram abandonando o magistério e foram à procura de novos campos de trabalho, os homens que ficaram e se especializaram passaram a ocupar os cargos de maior remuneração e status, e saíram das salas de aula, passaram, então, a cargos administrativos, estabelecendo um controle maior sobre a educação, ou seja, sobre as mulheres. Por isso, o magistério ficou diferente. O acesso ao magistério, os salários e o currículo foram racionalizados e padronizados.
 O jeito feminino para ensinar crianças era ideal nessas escolas, e para disciplinar os mais velhos, era chamado o diretor ou o supervisor, profissionalização sob dois pontos de vista. O primeiro denominado estático como sendo o grau em que um ofício manifesta as características de uma profissão; e o segundo seria um movimento dinâmico porque expressa o grau de avanço da transformação estrutural de um ofício, no sentido de uma profissão, a profissionalização é um processo, através do qual os trabalhadores melhoram o seu estatuto, elevam os seus rendimentos e aumentam o seu poder, a sua autonomia. Assim o profissional professor pode ser considerado como um teórico-prático que adquiriu por meio de muito estudo e pelo desenvolvimento de suas vivências em sala de aula, o status e a capacidade para realizar com autonomia, responsabilidade e ousadia sua função. 
Além disso, o profissional professor é também uma pessoa em relação e evolução em que o saber da experiência lhe pode conferir maior autonomia profissional, juntamente com outras competências que viabilizam a sua profissão. Torna-se claro que os vocábulos “formação e profissionalização” estão intimamente imbricados e se complementam na relação que perfaz todo o trabalho do professor. O professor é um profissional do sentido, sinaliza ainda que para a formação de professores, é indispensável que a formação tenha como eixo de referência o desenvolvimento profissional, na dupla perspectiva do professorindividual e do coletivo docente. 
Além disso, que o trabalho possibilite e favoreça espaço de interação entre as dimensões pessoais e profissionais, promova os seus saberes e seja um componente de mudança. Isto exige estudo e abertura para os desafios e persistência na busca do conhecimento. A profissão docente é um renovar-se todos os dias. Relacionar os dois temas a partir da legislação e dos autores, demonstra a necessidade de a formação integrar-se à profissionalização de forma consciente e humanizada. 
 Por isso, a educação continuada pode ocorrer além de escolas e universidades, em qualquer outro ambiente que traga um aprendizado. Pode ser em casa, no trabalho, no lazer. Proporcionar que os professores se atualizem e desenvolvam seus saberes, permitem-lhes articular teoria e prática, ou seja, unem conhecimentos científicos adquiridos na Universidade aliados à prática diária em sala de aula. Entende-se, assim, que ser educador é educar-se constantemente por meio de aprendizado. 
PESQUISA REALIZADA DIA: 08 DE SETEMBRO
Cleonice Lopes da Trindade atua como professora de educação infantil no município de Breu Branco há 19 anos. Ela escolheu a docência porque gosta da área da educação, pois tem prazer eu ensinar. Quem a influenciou nesta decisão foram seus tios maternos (irmãos de minha mãe), destaca – se o fato de sua família materna ser composta em sua maioria por professores.
Ao seu olhar, a educação é essencial para o desenvolvimento de um cidadão de bem. E é com ela que conseguimos realizar nossos objetivos de meio honesto. Assim, foi muito influenciada desde cedo pelo fato de seus tios maternos serem educadores, fato este que foi relatado superficialmente acima. Quando o tema é a respeito da educação no Brasil, ela é bem clara e diz: - A educação no Brasil precisa melhorar muito, existem áreas na educação que são muito defasadas devido à precariedade dos investimentos do governo. Porém em comparação com décadas atrás, observa- se uma melhora estrutural. 
Sobre o exercício da docência, Cleonice diz que o quê ainda precisa melhorar muito, destaca – se entre eles o salário e que os direitos conquistados através das leis sejam cumpridos. O que te motiva diariamente a dar aulas é o prazer de poder educar de crianças, ensiná-las a descobrirem a arte da leitura e o prazer de formar cidadãos aptos a viver bem em sociedade. Suas perspectivas em relação à formação e exercício da profissão são a necessidade de mais união da classe de professores para que possam melhorar a qualidade do ensino e terem suas reinvidicações atendidas. A classe de profissionais desta área ainda tem muitos direitos e benefícios á conquistar. Para ela existe hoje uma aceitação muito boa com respeito a profissão, além de ser fácil de ser absorvida no mercado de trabalho, esta é a base de toda formação.
Observando o comportamento e o estilo das respostas das por Cleonice podemos identificar claramente que a família exerceu influência no momento das escolhas de profissões, e esta influência aliada ao amor e carinho pelo ensino fizeram com que, a área da educação foi sua primeira escolha. Ela percebe existem algumas melhorias a ser feitas no âmbito nacional, porém; relata que a profissão é bem aceita por todos.
 Neuciney Cardoso Da Costa atua como professor 32 anos. Ele escolheu ser professor, pois é uma profissão muito absorvida pelo mercado de trabalho. Dificilmente um profissional fica sem emprego nesta área. Ninguém o influenciou nesta decisão, pois, relata que, sempre observou os profissionais desta área e também sempre teve boas expectativas a respeito desta área. Ele relata ver a importância da educação nos dias de hoje como extremamente importante tendo em vista que toda cidade precisa de professores em diversas áreas de conhecimentos. 
Ele afirma que em sua família ninguém trabalha ou trabalhou nesta profissão e que a escolha foi sua, pois minha mãe que é dona de casa e meu pai que é ajudante de obras e aceitaram a decisão. Quando questionado a respeito da educação no Brasil, ele relata que o Brasil passa por uma fase de bastante indecisão, muitos estão perdendo empregos; tem medo que isso aconteça que isto afete sua área também. 
Quando o assunto é o exercício da docência, Neuciney relata a necessidade de melhorar a valorização do profissional educador, isso deve ser constante, pois se trata do profissional mais importante de qualquer país e de qualquer sociedade. E conclui com a seguinte frase: - ‘’ O nosso país precisa dar mais valor aos professores que educam seus filhos.’’
O que te motiva diariamente a dar aulas é a conscientização de que pela educação, é possível melhorar a todos. As crianças que hoje não sabem ler e escrever podem amanhã trabalhar em bancos, ser presidente, prefeito ou até mesmo professores como eu. Isto me motiva.
 As perspectivas em relação à formação são boas apesar da desvalorização da profissão, creio que o professor é à base de toda a sociedade. Em um país em desenvolvimento como o Brasil todos precisaram, precisam ou um dia vão precisar de professores. A maioria das pessoas avaliam com bons olhos, porém; outras não. Não me importo com quem não gosta desta profissão, pois sei que estudei muito para isto e tenho convicção de que estou preparado.
 Examinando tudo o que foi mencionado pelo entrevistado observa - se que ele escolheu sua profissão sem a influência de familiares ou amigos. Existe uma motivação que incentiva a atuação.
 Maria Conceição Reis trabalhou como professora por 41 anos, e hoje está aposentada, ela relata ter escolhido a área do ensino, pois, sempre gostou de ler livros, revistas e escrever. Ela relata ainda, que, em sua época poucas pessoas sabiam ler e escrever e na sociedade em que vivi, não havia uma boa aceitação de professores que não fossem moças e se diz surpresa ,pois, hoje as coisas mudaram muito.
Ela foi influenciada por seu pai, ele foi de grande importância nesta escolha e sem ele ela diz não teria feito essa escolha, pois para trabalhar era necessário obter a aprovação do pai. Sobre a importância da educação, Maria afirma que nos dia de hoje a educação é de grande relevância para todos, pois sem educação não é possível conseguir um bom emprego e uma boa remuneração em razão de, hoje é muito comum às pessoas já possuírem uma graduação e ainda sim buscarem incessantemente novas especialidades em sua área.
Ninguém a influenciou na escolha da profissão, pois não tem mais familiares que sejam professores, destaca - se o fato de sua família ser bastante humilde, seus pais e ela moraram muitos anos na zona rural. Do seu ponto de vista a educação no Brasil está estagnada devido a crise política e econômica que estamos passando. Os professores querem e se esforçam pra ensinar com qualidade no aprendizado, mas o governo não oferece condições adequadas para isso. 
Sobre o exercício da profissão, ela acredita os professores tem que se dedicar mais ao ensino e aprendizado de qualidade, e isto devem acontecer de forma independente do auxilio total do governo, para que o aluno não sofra prejuízos todos devemos procurar motivação para desempenhar nosso trabalho com qualidade. O que a motiva diariamente a dar aulas é a capacidade que o educador tem, de transformar a vida dos alunos para melhor, e isso faz com que a cada dia o aluno aprenda algo novo, que fará a diferença na sua vida. As perspectivas em relação a formação são boas, isto se deve ao fato de que apresar desta profissão ser um pouco mais antiga em relação as outras; ainda sim, ela continua sendo importante na estrutura de qualquer sociedade. As pessoas veem a profissão com respeito. Todos esperam dos professores, uma educação de qualidade para seus filhos.
 
 Análise atual do contexto histórico:
 Com base no questionário que acima foi apresentado, é possível perceber que existe uma mistificação de papéis sociais entre as gerações de educadores, tanto em idade, gênero, critérios de escolhas de profissões, e motivações que demarcamdiferentes perfis. Detecta-se que as mulheres que adquiriram experiência profissional na área abordada tem mais apoio da sociedade ao exercer profissões educacionais, vendo ainda que mulheres que exerceram na mesma profissão na década de 80 e 90, possuíam uma pré- disposição a atuar no ensino de crianças. A atuação de homens era mesmo comum e menos aceitada, pois a sociedade tinha em vista, a figura de mulher como educadora que ensina com amor e eficácia.
Nos últimos anos, ocorreram mudanças a respeito das motivações na hora da escolha da profissão, nos dias atuais muitos se dedicam a esta área com atrações peculiares como: sonhos, vocações e anseios. Ao analisarmos as repostas dadas pelos entrevistados percebemos alguns contrastes com os estudantes de qualquer área da educação. Dentre elas podemos destacar os motivos pelos quais se escolhe a docência como área de atuação, e a visão dos familiares, amigos e a opinião da própria população.
 Observando as nossas motivações a respeito do curso de licenciatura, as causas principais são o amor pela profissão, a carência de mais educadores em nosso município, pois a demanda é elevada. Analisando o atual contexto histórico no qual se inserem os profissionais da educação percebemos uma grande mistura de idades na qual se podem extrair dados com riquezas de informações.
Profissionalização docente nos dias atuais
Ser professor hoje é uma tarefa bem difícil, mas prazerosa, pois ele precisa se dedicar, e muito, aos estudos, a pesquisa, ao seu desenvolvimento profissional e aos seus alunos. Como mediador da aprendizagem, participa ativamente do processo de aprender, incentivando a busca de novos saberes, sendo detentor de senso crítico, conhecendo profundamente o campo do saber que pretende ensinar, além de ser capaz de produzir novos conhecimentos, através da realidade que o cerca. Ufa, quanta coisa um único professor deve obter, sendo que isso não é tudo, existem mais inúmeras coisas que ele precisa, como paciência, criatividade, humildade, carisma, domínio. 
 Portanto, notamos que a profissão docente é uma das mais difíceis, pois temos desafios todos os dias, como ensinar o aluno a pensar, a pesquisar, etc. Até mesmo o professor aprende todos os dias, e a formação continuada deve ser uma constante na vida dele e, até mesmo, de todos os profissionais, o problema é a velocidade, e, portanto, para dar conta de um mundo que muda cada vez mais rápido, não há nada mais pertinente do que saber pensar.
O ser professor, no contexto atual, exige certa ousadia aliada a diferentes saberes. Na era do conhecimento e numa época de mudanças, a questão da formação de professores vem assumindo posição de urgência nos espaços escolares. Nessa perspectiva, a formação continuada associa-se ao processo de melhoria das práticas pedagógicas desenvolvidas pelos professores em sua rotina de trabalho e em seu cotidiano escolar. Além disso, a formação relaciona-se também à ideia de aprendizagem constante no sentido de provocar inovação na construção de novos conhecimentos que darão suporte teórico ao trabalho docente.
Desse modo, o investimento na formação torna-se ponto de partida para as possibilidades de melhoria da profissionalidade e para a ressignificação de sua prática. Entende-se que a formação contribui para uma reflexão permanente voltada para a construção de uma educação orgânica que religa os saberes e vai ao encontro da dinâmica de desenvolvimento do ser humano. Ressalte-se que o processo de formação do professor é um crescente e um contínuo. Como indivíduo, ele é formado a cada dia, em momentos que fazem o seu cotidiano, e, como educador, molda-se no compromisso que consegue estabelecer com os alunos e demais atores que formam a comunidade escolar. E que escola são todos os que nela convivem e aprendem: professores, alunos, funcionários, famílias, membros da comunidade e gestores.
 Por isso, espera-se que o profissional da área de educação tenha uma visão sistêmica do papel de sua organização junto à sociedade e do seu papel junto à instituição para que possa trabalhar novas formas de construção do conhecimento, visando à melhoria contínua da educação, bem como do ambiente escolar. A escola precisa ser um ambiente de prazer, aconchegante onde o aluno goste de estar por conta do profissionalismo do professor.
As legislações nacionais indicam que a profissionalização do educador está intimamente relacionada à sua formação, inicial e continuada, fazendo crer que o caminho para a profissionalização está pautado em um tripé: formação, participação e experiência, ou seja, pressupondo a reunião de requisitos passados e presentes. Por outro lado, ao mesmo tempo em que indicam quem é profissional da educação, deixam a desejar quando têm que especificamente determinar em quais aspectos o profissional passará a ser valorizado a partir da aquisição dessa formação.
Na perspectiva da formação, é preciso aprender continuamente como ver a realidade, uma vez que é na prática, na troca de saberes, na ousadia da busca que se dá o aprendizado mútuo. Desse modo, é possível que o professor torne-se um agente capaz de gerir o seu próprio fazer, alguém pró-ativo, capaz de criar, relacionar, argumentar e participando no espaço escolar. Não se pretende esgotar o assunto, pois ele possui um espectro enorme para ser aprofundado na perspectiva da dinamicidade constante e persistente que envolve a formação e a profissionalização docente.
 Assim, percebeu-se que há uma cumplicidade entre os teóricos com relação à formação e a profissionalização por serem termos que se dispõem e se complementam na trajetória docente. Porém, sugere-se um olhar mais atento à prática educativa inter-relacionada e integrada, seja por meio de grupos de pesquisa ou outras atividades afins que propiciem a ampliação de conhecimentos junto aos docentes.
 Discutir, então, sobre a formação do professor é discutir como manter o domínio e a qualidade do conhecimento e das técnicas que envolvem a profissão docente, a competência e a eficácia profissional. A preocupação com o desenvolvimento de uma ação educativa capaz de preparar alunos para a compreensão e transformação da sociedade, constitui um compromisso com o processo.
Uma tarefa cada vez mais exigente e de enorme responsabilidade. E isso requer equilíbrio e coerência entre orientação formativa, procedimentos pedagógicos adaptados e expectativas dos implicados no processo, o professor e o aluno. Desempenhar essa tarefa com compromisso e qualidade exige, da parte do professor, reunir um conjunto de saberes e competências que lhe permitam a construção de um ensino de qualidade. Os saberes do professor são construídos ao longo de toda uma carreira e vida do professor, razão que justifica que não sejam contemporâneos uns dos outros, uma vez que se vão adquirindo ao longo do tempo. São assim saberes temporais, em cuja construção intervêm dimensões identitárias, de socialização profissional, fases e mudanças, que se constituem num conjunto de conhecimentos, competências, habilidades e atitudes.
O saber docente relaciona-se com a pessoa, com a sua identidade, com a sua experiência de vida, com a sua história profissional, com as suas relações com os alunos na sala de aula e com os outros. Diante disso, não se pode falar em aprendizagem sem falar no professor, o contexto social na contemporaneidade impõe a prática educativa um número de demandas muito grande, levando assim o educador do século XXI a repensar a sua atuação em sala de aula e os enormes desafios profissionais que enfrenta a fim de atender as exigências do contexto atual. 
Ao professor têm sido colocadas demandas de naturezas bastante distintas. Em se tratando do ponto de vista social ele tem tido que aprender a conviver mais intensamente com os interesses e pensamento dos alunos e pais no cotidiano escolar e a ter uma maior interação com a comunidade onde a escola está inserida. No campo institucional, ele tem sido solicitado a participar mais ativamente nas definiçõesdos rumos pedagógicos e políticos da escola, a definir recortes adequados no universo de conhecimentos a serem trabalhados em suas aulas, a elaborar e gerir projetos de trabalho. 
A profissão docente é uma das mais difíceis, pois temos desafios todos os dias, como ensinar o aluno a pensar, a pesquisar, etc. Até mesmo o professor aprende todos os dias, e a formação continuada deve ser uma constante na vida dele e, até mesmo, de todos os profissionais. 
Considerações Finais
O Desafio teve como objetivo apresentar o processo de construção e de reconstrução do profissionalismo docente. Parte-se de uma alusão histórica e se lhe acrescentam outros elementos relevantes para formar e interpretar o conceito de profissionalidade, a feminilização da profissionalização docente, analisar o Ser professor na contemporaneidade: desafios da profissão, e apresenta uma contribuição inovadora para a reflexão contemporânea sobre a prática docente, a construção da identidade profissional docente e a formação de professores. Ao refletir sobre a função do professor como um profissional da educação que contribui para uma transformação qualitativa da sociedade, há de se considerar a presença da responsabilidade político-social na docência.
Referências Bibliográficas
https://www.inesul.edu.br/revista/arquivos/arq-idvol__1373923960.pdf
Acesso em: 18/09/15
http://www.sbs.com.br/e-talks/profissionalizacao-docente-ser-professor-nos-dias-de-hoje/
acesso em: 20/09/15
www.pedagobrasil.com.br/pedagogia/profissionalizacaodocente.htm
Acesso em: 17/09/15
www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/
Acesso em: 20/09/15
COSTA, Marisa Cristina Vorraber. Trabalho docente e profissionalismo. – Porto alegre: Sulina, 1995.
SAVIANI, Dermeval. A nova lei da educação: LDB, trajetória, limites e perspectivas. 5ª edição. Campinas: SP; editora Autores Associados, 1999
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 37ª. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2008.