Prévia do material em texto
BACTÉRIAS 1- Caracterizar as bactérias ❀Características gerais - São organismos unicelulares simples e seres procariontes -não apresentam organelas membranosas; como Complexo de Golgi, Retículo Endoplasmático nem carioteca, Núcleo desorganizado (DNA organizado)- Possuem Ribossomos 70S, conseguem fazer suas próprias proteínas e multiplicação. Não é um parasita intracelular obrigatório. Possuem metabolismo próprio e não são necessariamente parasitas. -Célula procariótica: Não possuem núcleo delimitado por membrana nuclear, ou seja, o material genético (DNA) encontra-se disperso no citoplasma, em uma região denominada nucleoide. Tamanhos que variam de 0,2 a 10 micrômetros. ❀ Classificação Macroscópica: - Aparência em culturas: é um disco ‘’placa de Petri’’ na qual é cultivada as bactérias, seja para fins diagnósticos ou para pesquisas; Nesses discos de vidro/plástico ficam ummeio de cultura; variando para cada tipo de bactéria a qual se pretende cultivar e observar suas características como forma, cor, elevação. Microscópica - As bactérias podem ser categorizadas por diversos elementos, por exemplo: quanto ao seu tamanho, formato e organização. Forma: as bactérias são divididas em Cocos, Bacilos, Cocobacilos, Vibrião, Espirilo, Espiroqueta ❀COCOS : formato arredondado, geralmente formam colônias • Diplococos: organizados aos pares. Neisseria gonorrhoeae • Tétrades: organizados em grupos de quatro. • Sarcinas: grupos de oito, estrutura cúbica. Sarcina ventriculi •Streptococcus: Cocos unidos em cadeias, Colar. Streptococcus pneumoniae • Staphylococcus: Cocos agrupados em cachos irregulares. produzem catalase +, como Staphylococcus aureus, podem neutralizar a água oxigenada produzida pelos neutrófilos, protegendo-se de seus efeitos microbicidas e aumentando sua capacidade de sobreviver dentro do hospedeiro. ❀ Bacilos: formato cilíndrico com pontas arredondadas. Bastonetes. • Diplobacilos: Bacilos organizados aos pares. Klebsiella pneumoniae • Estreptobacilos: Bacilos unidos na extremidade em cadeias., Streptobacillus moniliformis, febre de rato. • Paliçadas: Bacilos alinhados lado a lado, em fileiras paralelas, como uma pilha de lenha. Difteria, Corynebacterium diphtheriae ❀ Espirilos: Bactérias espiraladas rígidas - espiralamento discreto, formato tortuoso (ONDULADO) . Borrelia burgdorferi, doença de lyme, carrapatos. ❀ Espiroquetas: Bactérias em formato helicoidal e flexíveis- espiralamento notório. Sífilis Treponema pallidum ❀ Vibriões: Bactérias que possuem formato de vírgula. Vibrio cholerae(cólera), gastroenterite(Vibrio parahaemolyticus:) ❁Dependência de O2: - Anaeróbio restritos: Bactérias que crescem em ambientes necessariamente sem oxigênio. (ex: Clostridium Tetani- causadora de tétano) - Aeróbios Obrigatórios: Precisa de O2 no meio para sobreviver. (ex: Mycobacterium tuberculosis- causador da tuberculose) - Anaeróbios Facultativos: Depende do meio onde elas estão. (ex: maioria das bactérias) - Capnofílicos: Preferência por meio rico em CO2. gonorreia. ✦Classificação pela Coloração de Gram -> Como funciona a coloração de Gram? 1-Fixação: A amostra contendo as bactérias é fixada em uma lâmina de vidro para evitar que as células sejam removidas durante a coloração. 2-Aplicação do corante primário (cristal violeta): Todas as bactérias se coram de roxo nesta etapa. 3-Mordente (lugol):O lugol forma um complexo com o cristal violeta, intensificando a coloração nas bactérias Gram-positivas. 4-Descoloração (álcool-acetona): As bactérias Gram-negativas perdem o complexo cristal violeta-lugol devido à sua parede celular mais fina e com maior teor de lipídios. As Gram-positivas retêm o corante. 5-Contracorante (safranina): As bactérias Gram-negativas, que perderam o corante primário, se coram de vermelho ou rosa com a safranina. As Gram-positivas, já coradas de roxo, não são afetadas por este corante ✿ Gram-positivas: Parede celular espessa, composta principalmente por peptidoglicano. Retêm o corante cristal violeta, adquirindo uma coloração roxa. Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae. ✿ Gram-negativas: Parede celular mais complexa, com uma fina camada de peptidoglicano e uma membrana externa composta por lipopolissacarídeos (LPS). Não retêm o cristal violeta, sendo coradas de vermelho pelo corante de safranina. Escherichia coli, Salmonella typhimurium. Estrutura Geral: •Cromossomo celular único e super espiralado. •Citoplasma rico em ribossomos. • Plasmídeos (pedaço de DNA): FACULTATIVO. Algumas bactérias transferem os plasmídeos entre si, o que permite que elas adquiram características diferentes e que não sejam clones de si mesmas. Novos genes que fazem ela se adaptar melhor ao meio, surgindo a resistência. A produção de insulina utilizando a tecnologia do DNA recombinante e plasmídeos •Membrana Plasmática • Nucleóide: Região da célula onde se encontra o (DNA), geralmente em forma de um único cromossomo circular. • Parede Celular: confere forma à célula e proteção contra o meio externo. Sua composição varia entre as bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. Gram+: Possuem uma espessa camada de peptidoglicano. Gram -: Possuem uma camada fina de peptidoglicano e uma membrana externa composta por lipopolissacarídeos. - OBS: A falta de uma membrana nuclear simplifica os requisitos e mecanismos de controle para a síntese de proteínas. Sem uma membrana nuclear, a transcrição e a tradução são acopladas; em outras palavras, os ribossomos podem se ligar ao mRNA e a proteína pode ser produzida enquanto o mRNA está sendo sintetizado e ainda ligado ao DNA. Membrana citoplasmática - bicamada lipídica, não contém esteróides como o colesterol, interior revestido por filamentos de proteínas semelhantes à actina que ajudam a determinar a forma da bactéria e o local de formação do septo para a divisão celular. ENVOLTÓRIO CELULAR - Camadas rígidas de peptidoglicano (mureína) circundam as membranas citoplasmáticas, provém suporte estrutural e confere a manutenção da forma. -O peptidoglicano é um exoesqueleto semelhante a uma malha, análogo em função ao exoesqueleto de um inseto. Ao contrário do exoesqueleto do inseto, no entanto, o peptidoglicano da célula é suficientemente poroso a fim de propiciar a difusão de metabólitos para a membrana plasmática. PAREDE CELULAR CELULAR DE GRAM+ -Espessa, com várias camadas - Pode ser degradado pela lizoenzima, lágrimas e muco, que cliva a estrutura principal do glicano, (ligações β-1,4-glicosídicas entre o ácido N-acetilmurâmico (NAM) e a N-acetilglicosamina (NAG). E sem o peptidoglicano, as bactérias sucumbem às grandes diferenças de pressão osmótica através da m.plasmática e sofrem a lise, formando um protoblasto. - Proteínas de superfície: a proteína M de estreptococos e a proteína A de Staphylococcus aureus. Proteína A: se liga à região Fc dos anticorpos, deixando a parte que confirma o antígeno oferecido. Isso impede que os anticorpos marquem uma bactéria para destruir o sistema imunológico (bloqueando a opsonização) e também inibe a ativação do complemento, dificultando a resposta imune contra uma bactéria. Como um imã invertido. Proteína M: um “velcro” molecular que permite que bactérias se fixem nas células do hospedeiro, facilitando a colonização e infecção. A diversidade da proteína M torna a criação de vacinas eficazes mais difícil, pois a bactéria "muda de roupa" e evita o reconhecimento pelo sistema imunológico. - Ácido teicóico e lipoteicóico: mantém a parede celular quando há divisão; são substâncias que estimulam a resposta imune e fatores de virulência; favorecem a adesão bacteriana à superfície. -ESPOROS: contêm DNA, um pouco de citoplasma, membrana, peptidoglicano, pouca água e um revestimento espesso semelhante à queratina, que aumenta sua resistência graças ao ácido dipicolínico. Sem atividade metabólica, os esporos podem permanecer dormentes por anos. ENVOLTÓRIO CELULAR DE GRAM - -Fina camada de peptidoglicano que é constituída por apenas 5 a 10% do peso do envoltório celular gram- -membrana externa: folheto internocontém fosfolipídios e folheto externo é composto principalmente de lipopolissacarídio (LPS) também chamado de endotoxina, que é um poderoso estimulador de respostas imunes. O LPS é liberado da bactéria para o hospedeiro, onde se liga aos receptores do patógeno, ativa as células B e induz macrófagos, células dendríticas e outras células a liberarem interleucina (IL)-1, IL-6, fator de necrose tumoral (TNF) e outros fatores. -membrana externa está conectada à membrana citoplasmática em locais de adesão e está ligada ao peptidoglicano pela lipoproteína de braun, A porção lipídica se insere na membrana externa, enquanto a porção proteica se liga covalentemente ao peptidoglicano. -espaço periplasmático: compartimento que contém componentes dos sistemas de transporte de ferro, proteínas, açúcares e proteases, fosfatases, lipases, nucleases. -porinas: regulação da passagem de moléculas pequenas e hidrofílicas para o interior da célula Grânulos/ Corpos de inclusão aglomerados de substâncias intracelulares, geralmente macromoléculas, que as bactérias acumulam sob determinadas condições. Glicogênio: Polissacarídeo de armazenamento de glicose. Cromossomo - Único, DNA dupla-hélice que contém toda a informação genética necessária para a célula.- Espiralado. Estruturas externas à parede celular • Cápsula - Composta por polissacarídeos, os açúcares que compõem os polissacarídeos variam de uma espécie bacteriana para a outra e, frequentemente, determinam o tipo sorológico de uma espécie. Por exemplo, existem 91 tipos sorológicos distintos de Streptococcus pneumoniae, os quais são distinguidos pelas diferenças antigênicas dos açúcares da cápsula polissacarídica. o que permite a identificação das bactérias através da reação de Quellung. Essa reação baseia-se na capacidade de anticorpos específicos se ligarem à cápsula, causando um inchaço característico. - Limita a capacidade de fagócitos englobarem as bactérias. Cargas negativas no polissacarídeo capsular repelem a membrana celular negativamente carregada do neutrófilo e evitam que ele englobe a bactéria. -adesão das bactérias aos tecidos humanos, que consiste em uma etapa inicial importante da infecção. -Polissacarídicas: Utilizam o próprio polissacarídeo capsular como antígeno. Conjugadas: o PL e ligado a uma proteína carreadora, como a toxina tetânica e aumenta a imunogenicidade do polissacarídeo, induzindo uma resposta imune mais robusta e duradoura. Flagelos: -apêndices filamentosos longos e finos =Filamento: É a parte mais longa e externa do flagelo, composta por subunidades de uma proteína chamada flagelina. =Gancho: Uma estrutura curva que conecta o filamento ao corpo basal. =Corpo basal: A parte mais complexa do flagelo, ancorada à parede celular e à membrana plasmática. É composta por várias proteínas e anéis que servem como motor para a rotação do flagelo. Monótricas: somente 1 Flagelo de um lado, Vibrio cholerae da cólera. Lofótricas: Dois ou mais flagelos de um lado só Anfítricas: Dois ou mais flagelos dos dois lados da bactéria Perítricas: Flagelos em torno da bactéria toda, Salmonella enterica causadora da salmonellose. Fímbrias -Permitem que as bactérias se fixem em superfícies, como tecidos do hospedeiro, outros microrganismo -Geralmente são mais curtas, finas e numerosas que os pili. - São como "ganchos" que permitem que as bactérias se fixem em diferentes superfícies, facilitando a colonização e a formação de biofilmes Píli -Geralmente são mais longos e menos numerosos que as fímbrias. -Conjugação bacteriana: O tipo mais conhecido de pili, o pili sexual, é essencial para a transferência de material genético entre bactérias no processo de conjugação, contato. Glicocálice -Cápsula e Camada limosa REPRODUÇÃO ->Assexuada/ Fissão binária 1. Replicação do DNA; 2. Alongamento daCélula; 3. Formação do Septo; 4. Divisão Celular obs: difere da mitose por ser mais simples e não ter fuso m. -> Recombinação gênica: 1. Transformação: -A bactéria capta fragmentos de DNA "soltos" no ambiente, provenientes de outras bactérias que se lisaram. Esses fragmentos podem ser incorporados ao genoma da bactéria receptora, conferindo-lhe novas características. 2. Transdução: -Um vírus bacteriófago (bacteriófago) infecta uma bactéria, incorpora parte do DNA bacteriano ao seu próprio genoma e, ao infectar outra bactéria, transfere esse DNA. É como se o vírus fosse um "vetor" que carrega genes de uma bactéria para outra. 3. Conjugação: -Ocorre a transferência direta de DNA de uma bactéria doadora para uma bactéria receptora, através de um pelo sexual (pili). Geralmente, o DNA transferido está contido em plasmídeos, pequenos fragmentos de DNA circular que podem carregar genes para resistência a antibióticos, produção de toxinas, entre outros. SISTEMACOMPLEMENTO - Conjunto de mais de 30 proteínas plasmáticas que circulam inativas no sangue e nos líquidos corporais. Produzidas principalmente pelo fígado e liberadas para a corrente sanguínea. só se ativam quando detectam a presença de patógenos, o que pode acontecer por meio de uma das três vias de ativação: via clássica, via alternativa ou via das lectinas. - O sistema complemento consiste em um conjunto de proteínas séricas e de superfície celular que interagem umas com as outras e com outras moléculas do sistema imune de maneira altamente regulada, para gerar produtos que atuam na eliminação dos microrganismos. - As vias de ativação do complemento diferem na forma como o C3b é produzido, mas seguem uma sequência compartilhada de reações após a clivagem de C5. Descoberta Jules Bordet, 1919, Nobel. Biólogo, bacilo coqueluche. -Demonstrou que ao adicionar soro fresco contendo anticorpos contra bactérias elas, em temperatura fisiológica, eram lisadas. Porém, ao aquecer o soro a 56 graus percebeu que a função lítica dos anticorpos perdia sua capacidade. Porque deveria conter outro componente sensível a mudanças de temperatura que complementa a função lítica dos anticorpos. Esse componente recebeu o nome de complemento. Ativação - Clivagem sequencial de várias proteínas que darão origem a complexos enzimáticos com atividade proteolítica: capacidade de clivar outras proteínas. Nomenclatura - As proteínas foram enumeradas inicialmente de acordo com a descoberta, em vez de ir pela sequência da própria ativação. - Sequência de reação: C1, C4, C2, C3, C5, C6, C7, C8 e C9. - Muitas das proteínas são clivadas e os seus produtos são designados por letras minúsculas adicionais ・ Fragmentos a: aumento inflamatório, menor ・ Fragmentos b: opsonização, maior Exceção: C2. VIA ALTERNATIVA - A segunda a ser descoberta -Ativada diretamente pela presença de superfícies microbianas -Também pode ser ativada de forma espontânea devido à instabilidade de uma das proteínas centrais do complemento, o C3, o que permite a proteção contra invasores mesmo antes de a resposta adaptativa (mediada por anticorpos) se formar. -Via alternativa para começar o sistema complemento sem ter anticorpo Início -Normalmente, o C3 está sendo continuamente hidrolisado e então clivado no plasma a uma taxa baixa (1 a 2% do total de C3 plasmático / hora) para gerar C3b em um processo chamado C3 tickover. -A proteína C3 contém uma ligação de tioéster reativa que fica escondida em uma região da proteína conhecida como domínio tioéster. Quando o C3 é clivado, a molécula C3b sofre uma mudança conformacional e o domínio tioéster é exteriorizado expondo a ligação tioéster reativa que estava escondida. - Uma pequena quantidade de C3b pode se tornar covalentemente ligada às superfícies das células, por meio do domínio tioéster, o qual reage com os grupos amino ou hidroxila de proteínas da superfície celular ou dos polissacarídios para formar ligações amida ou éster. Se essas ligações não forem formadas, o C3b permanece na fase fluida, e a ligação tioéster reativa exposta é rapidamente hidrolisada, tornando a proteína inativa. Quando o C3b é clivado, expõe um local de ligação do fator B. C3b se liga ao Fator B. que fica agora presa de forma covalenteà superfície da célula. - O Fator D leva a clivagem desse Fator B, liberando Bb. - C3b se liga ao Bb gerando a C3 convertase. -C3-convertase vai degradar mais vezes C3 em C3a e C3b. Estabelecendo, uma sequência de amplificação. -C3b se junta à C3-convertase resultando a C5-convertase . - A C5-convertase cliva a C5 em C5a e C5b. Obs: A C3 é continuamente clivada. Obs2: A C3b se liga a qualquer células, inclusive próprias, porém proteínas reguladoras freiam o processo de ativação e amplificação. CD55-Acelera a dissociação das C3 e C5 convertases. fator H, que compete com o fator B para ligação a C3b e inibe a formação da C3 convertase nas células próprias. VIA CLÁSSICA -Primeira a ser descoberta. -Se liga ao Anticorpo acoplado ao antígeno Processo - C1 (c1q) se liga a CH2 de IgG ou a CH3 de igM. Que são frações da cadeia pesada do Ig. - - C1q= Se liga ao anticorpo. - - C1r e C1s acabam se ativando. -Após isso, a C1 pode clivar C4 (C4a e C4b) -C4b clássica = C3b Alternativa, ou seja permite que haja a ligação ao microorganismo. - C4b é capaz de se ligar a C2, e aí a C1 (ainda ligado ao anticorpo) pode clivar essa C2(C2b e C2a). - O C2a se liga ao C4b. - Agora a C4b2a = C3 convertase. Que cliva a C3. - Ao juntar C3 convertase com C3b têm-se a C5 convertase. Clivando a C5. VIAS DAS LECTINAS -Lectinas são proteínas solúveis que se assemelha ao C1q, sendo capazes de se ligar ao microorganismo. -Especificamente a MBL (lectina ligadora de manose plasmática), que se liga a manose do organismo, que é um PAMP. -Não tem anticorpo -Imunidade Inata -A MBL se liga a serina proteases associadas à MBL, as MASP 1,2,3 que se assemelha às proteases C1r e C1s. -Sendo MASP2 a protease que cliva C4 e C2. - Mesmo mecanismo da via clássica só que sem anticorpo. Etapas tardias - A clivagem de C5 culmina na formação do MAC, complexo de ataque a membrana, que permite ter perfurações na membrana celular do organismo. Processo: - C5 -> C5a ( liberada e estimula inflamação) e C5B que se liga a outras 3 proteínas do complemento. C6. C7 e C8. -C5b-8: tem atividade limitada para lisar a cél. Porém pode se ligar a C9= MAC, que vai poder romper osmoticamente a cél. Receptores para proteínas do complemento -Tipo 1: CR1; Presente em fagócitos e APC, levam a fagocitose de algumas partículas que estejam opsonizadas por C3b e C4b. -Tipo 2: CR2; Presente em linfócitos B, ativando e estimulando respostas humorais. -Tipo 3: CR3; Receptor para iC3b (fragmento de C3), levam a fagocitoses de organismos opsonizados por iC3b, e auxiliam na adesao do leucocitos no endotelio. Regulação do sist. Complemento 1-A ativação ocorre de forma contínua e espontânea em nível baixa. Se essa ativação prosseguir pode causar danos para as células do hospedeiro. Assim, precisa limitar a duração da ativação Funções do complemento -Opsonização – facilita a fagocitose, pois os fagócitos possuem receptores para essas opsoninas. -Estimula respostas inflamatórias por fragmentos A. -Formação do MAC Estímulo das reações inflamatórias - Fragmentos a. C5a, C3a e C4a atuam no endotélio vascular induzindo o aumento da P-selectina e aumentando a diapedese -Esses fragmentos se ligam a mastócitos, fazendo com que degranulem – vasodilatação e aumento da permeabilidade. -C5a, em neutrófilos, reforça a adesão estável às células endoteliais 3- Descrever as Respostas Imunes ✿ Bactérias EXTRACELULARES -são capazes de se replicar fora das células hospedeiras, por exemplo, no sangue e nos tecidos conectivos. Imunidade Inata 1.Barreiras Físicas e Químicas: A pele com a camada córnea de queratina fazendo uma barreira fisica. Cílios e mucos nos tratos que aprisionam bactérias. Substâncias antimicrobianas: Lisozima (presente em lágrimas, saliva e suor) e defensinas (peptídeos antimicrobianos) destroem a parede celular bacteriana. 2.Células Fagocitárias: •Células residentes comomacrófagos emastócitos reconhecem os patógenos através de PAMPs e do sist. complemento. Os PAMPs podem ser detectados por PRRs, como os Toll-like, presentes nas células. O sistema complemento é ativado por componentes bacterianos como lipopolissacarídeos (LPS) e outras estruturas da célula bacteriana. •Liberação de citocinas: Após o reconhecimento, as células residentes secretam várias citocinas -IL-1: Induz febre, secretada por macróf, mastó, dentrít, endoteliais. Recruta macrófag e neutróf. -TNF: Estimula microbicidade de macróf e neutró. Secretada por Macró, mastó. LT e NK -IL-6: Estimula produção de neutróf, e maturação de LB. Secretada por Macróf. -IL-8 (ou CXCL8): Atua como quimiocina, recrutando neutrófilos, inibe síntese de igE, secretada por macróf e LT -CXCL1, CXCL2 e outras quimiocinas: Essas também são liberadas para atrair neutrófilos e outras células imunes. • Ativação adicional e amplificação da resposta inflamatória: Macrófagos ativados também liberam IL-12, que estimula a diferenciação de linfócitos T para o subtipo Th1, o qual aumenta a resposta inflamatória e ajuda na eliminação dos patógenos. O TNF-α e IL-1 estimulam a expressão de moléculas de adesão nas células endoteliais dos vasos sanguíneos, facilitando a adesão e extravasamento dos neutrófilos.Mastócitos, podem liberar histamina, aumentando a vasodilatação e a permeabilidade dos vasos, permitindo maior fluxo sanguíneo e facilitando o recrutamento de outras células imunes. Ativação do complemento: - As bactérias fornecem uma superfície para a ativação do complemento pela via alternativa. As bactérias expressammanose em sua superfície que se liga à lectina de ligação à manose, ativando o complemento pela via das lectinas. Um resultado da ativação do complemento é a opsonização e a fagocitose aumentada das bactérias. Além disso, o complexo de ataque à membrana (MAC) gerado pela ativação do complemento lisa bactérias, especialmente espécies de Neisseria, que são particularmente suscetíveis à lise por causa de suas paredes celulares delgadas, e os subprodutos do complemento estimulam respostas inflamatórias recrutando e ativando leucócitos. Imunidade adaptativa - Neutralização de toxinas e bloqueio de infecção: Anticorpos de alta afinidade, como IgG, IgM e IgA, se ligam às toxinas ou aos próprios patógenos, impedindo que eles se liguem às células do hospedeiro e causem infecção. O IgA, especialmente, age em superfícies mucosas, bloqueando a entrada de bactérias que tentam penetrar nos tecidos. -Opsonização e fagocitose: Certos anticorpos (especialmente IgG1 e IgG3) marcam as bactérias, facilitando o reconhecimento por fagócitos como macrófagos e neutrófilos. Esse processo, chamado opsonização, aumenta a eficiência da fagocitose e contribui para a eliminação das bactérias. -Produção de Anticorpos Específicos: Os antígenos de polissacarídeos nas cápsulas de bactérias como Streptococcus pneumoniae e Neisseria estimulam a produção de anticorpos específicos (principalmente IgM e IgG), mesmo sem a participação de células T. Esses anticorpos se ligam à cápsula, marcando a bactéria para ataque pelo sistema imune. -Opsonização e Fagocitose Facilitada: Uma vez que os anticorpos se ligam à cápsula, eles servem como opsoninas, tornando a bactéria mais "visível" e acessível para células fagocíticas, como macrófagos e neutrófilos. Isso facilita a captura e a destruição das bactérias encapsuladas. -Ativação do Complemento: Quando os anticorpos IgM ou IgG se ligam às bactérias encapsuladas, eles também ativam a via clássica do complemento. A ativação do complemento leva à formação de C3b, outra opsonina, e do complexo de ataque à membrana (MAC), que ajuda a destruir as bactérias diretamente. Mecanismos da Evasão Extracelular : ● Produção de enzimas antioxidantes, como catalase e superóxido dismutase, que neutralizam ROS. ● Expressão de proteínas de choque oxidativo que ajudam a reparar danos causados pelas ROS. ● Variação antigênica (mudança de antígeno, a resposta imune adquirida não identifica) ● Resistência à fagocitose (Bactérias Encapsulada) ● Inibição da ativação Sistema do Complemento ✿ BactériasINTRACELULARES - Replica DENTRO das células- esconde dos anticorpos Eliminar- celulares Imune INATA -Mediada principalmente por fagócitos e células NK. Os fagócitos – inicialmente neutrófilos e depois macrófagos – ingerem e tentam destruir esses microrganismos, porém as bactérias intracelulares patogênicas são resistentes à degradação no interior dos fagócitos. - A resposta imune inata a bactérias intracelulares consiste em fagócitos e células (NK), com as interações entre ambos mediadas por citocinas [IL-12] [IFN-γ]). A resposta imune adaptativa típica a esses microrganismos é a imunidade mediada por células, na qual células T ativam fagócitos para eliminar os microrganismos. -As bactérias intracelulares ativam células NK por meio da indução da expressão de ligantes ativadores de células NK nas células infectadas, e também estimulando a produção por DCs e macrófagos de IL-12 e IL-15, que são citocinas ativadoras de células NK. As células NK produzem IFN-γ que, por sua vez, ativa macrófagos e promove o killing das bactérias fagocitadas Resumo: -> Os fagócitos estimulam a produção de citocinas: IL-12 ativando as células NK para produzir o IFN-gama (ativando o macrófago - matando os microrganismos pela EXPLOSÃO RESPIRATÓRIA e pelas enzimas lisossomais) Células NK: IL-12 (aumenta a atividade citotóxica da NK) Imune ADQUIRIDA: -Apresentada via MHC II para os LT CD4 (helper/auxiliar): quando está na Vesícula/ Libera o IFN-gama para ativar os macrófagos- destruição da bactéria dentro do fagossomo. - Apresentada via MHC I para os LT CD8 (citotóxico): quando está no Citosol/ Liberando PERFORINAS E GRANZIMAS que vão matar os microorganismos. Mecanismos de Evasão Intracelular Inibição da fusão do fagolisossoma Escapa da vesícula e vai pro citoplasma (ex: tuberculose, lepra) Como essas bactérias resistem ao Mecanismos de Evasão do Sistema Imune, elas provocam o CHOQUE SÉPTICO ⟶ bactérias que liberam e ativam muito a resposta imune, sempre havendo um processo inflamatório para matar essa bactéria, persistindo a secreção de TNF, IL-1,IL-6- trazendo efeitos sistêmicos patológicos, levando ao CHOQUE SÉPTICO- alterações vasculares que levam o paciente à morte. (Diminuição do débito cardíaco, aumento da coagulação intracelular disseminada..) VIRULÊNCIA X PATOGENICIDADE Patogenicidade Definição: -Refere à capacidade intrínseca de ummicrorganismo de causar doença em um hospedeiro. É uma característica qualitativa e binária, ou seja, um microrganismo é ou não patogênico. Virulência Definição: -Se refere ao grau de patogenicidade de um microrganismo. É uma característica quantitativa, ou seja, a virulência pode variar entre diferentes cepas de ummesmo microrganismo. Medida: A virulência pode ser medida através da dose infectante mínima (DIM), que é a quantidade mínima de microrganismos necessária para causar doença em um hospedeiro. Qnt menor mais virulento Exemplo Prático para Diferenciação ● A patogenicidade de M. tuberculosis reside no fato de que é um agente causador de tuberculose. Isso implica que ela possui mecanismos para invadir o sistema respiratório, evitar a destruição por macrófagos e sobreviver no ambiente intracelular. ● A virulência de diferentes cepas de M. tuberculosis pode variar. Algumas cepas podem causar doença mais grave ou disseminada (como a tuberculose miliar), enquanto outras podem causar formas mais leves da doença. Fatores como o tempo de replicação e a produção de certos lipídios que inibem a resposta imune determinam a virulência das diferentes cepas. Como conviver com bactérias -Barreira Intestinal: O intestino possui uma barreira física que impede que as bactérias entrem na corrente sanguínea. Essa barreira é formada por uma camada de células epiteliais e por uma camada de muco. -Competição por Espaço e Nutrientes: As bactérias comensais (benéficas) ocupam espaços e consomem nutrientes que poderiam ser usados por patógenos. Esse fenômeno de "competição" impede que microrganismos potencialmente nocivos se instalem e se multipliquem. -Reconhecimento Seletivo: As células imunológicas possuem receptores de reconhecimento de padrões (PRRs), como os Toll-like receptors (TLRs), que reconhecem padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs) nas superfícies bacterianas. No entanto, esses receptores também reconhecem padrões microbianos que não são necessariamente ameaçadores. Por isso, há uma regulação que impede uma resposta exagerada contra bactérias da microbiota. -Tolerância Imunológica: Algumas células do sistema imunológico, como células dendríticas e macrófagos, têm um mecanismo de "tolerância" que permite identificar bactérias comensais sem ativar uma resposta inflamatória. Em locais como o intestino, as células imunológicas secretam citocinas regulatórias, como a IL-10 e o TGF-β, que mantêm a resposta imune controlada e inibem a ativação excessiva. - Sistema Imunológico Associado ao Intestino (GALT): O GALT é uma parte do sistema imunológico especializado em responder aos antígenos presentes no intestino. Ele contém linfócitos T reguladores que produzem substâncias anti-inflamatórias, ajudando a manter a tolerância às bactérias comensais. composto por diversos tecidos linfoides associados ao intestino, Amígdalas e adenoides Folículos linfoides solitários (distribuídos ao longo do trato gastrointestinal). Linfonodos mesentéricos (localizados na região do mesentério, que conecta o intestino à parede abdominal). A principal função do GALT é manter a tolerância às bactérias comensais e prevenir respostas inflamatórias contra elas. As células T reguladoras (Tregs) desempenham um papel importante, produzindo citocinas anti-inflamatórias (como IL-10 e TGF-β) para evitar reações excessivas. Ao mesmo tempo, o GALT também responde a patógenos, ativando linfócitos B para produzir IgA, que neutraliza microrganismos na mucosa intestinal. TREG: Eles são fortemente influenciados por sinais como TGF-β e IL-2, que favorecem sua diferenciação e a expressão de Foxp3, o fator de transcrição essencial para sua função regulatória.