Buscar

Direito constitucional prova 1 (1) Diogo Guanabara

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Constitucionalismo 
Idéia básica: - constitucionalismo significa:
- Limitação do poder político
- Supremacia da lei 
 - Ordem Jurídica com legitimidade 
 Constitucionalismo brasileiro retrata evolução histórica do direito constitucional no estado brasileiro. Interferência do ideal burguês no estado (2ª acepção) 3º conjunto de idéias que determinava que a constituição seria o centro do sistema jurídico no estado.
 O fenômeno do constitucionalismo só estará presente quando as três engrenagens funcionar.
O ideal liberal burguês tentava limitar o poder político. Quanto mais limito o poder político mais constitucionalismo tenho. Poder político é limitado pela vontade da lei. Sempre terei uma lei maior que ira organizar todo esse estado. Constitucionalismo surge na tentativa de limitar o poder político através da lei.
 As pessoas devem aderir ao que a lei maior diz de forma espontânea. A limitação do poder político advem da supremacia da lei que e aderida pelas pessoas. Quando essas três engrenagens funcionam perfeitamente podemos dizer que ocorre o chamado constitucionalismo. 
 Em um estado constitucional existem três ordens de limitação do poder: limitações materiais (valores básicos e direitos fundamentais que hão de ser sempre preservados); especifica estrutura orgânica exigível (funções de legislar, administrar, julgar devem ser atribuídas a órgãos distintos e independentes mas que se controlem reciprocamente); limitações processuais (órgãos do poder com fundamento não apenas na lei mas também no devido processo legal.
 
Evolução do constitucionalismo
 1.2.1 constitucionalismo rústico
 Democracia titularizada pelo povo. Cidadão ateniense. Poder político roda, supremacia da lei roda ainda mais.
 Ocorreu também em Roma. Decisão política concentrada em poucas pessoas, uma assembléia, pessoas ligadas as principais famílias, tinham um órgão consultivo chamado “senado”.
 O primeiro grande precedente de limitação política e de participação dos cidadãos nos assuntos públicos foi Atenas, onde tinha um governo de leis e não de homens. Ali praticaram idéias que ate hoje se conserva, sobretudo a supremacia da lei. O centro da vida política era a assembléia, onde se reuniam e deliberavam os cidadãos. Porem o conselho era o principal órgão de poder, composto por 500 membros, dentre os quais eram escolhidos os que conduziriam a administração. Havia as cortes com os júris populares com papel político mais amplo. Atenas foi uma polis estável e segura.
 O ideal constitucionalista de limitação do poder foi compartilhado por Roma. A estrutura jurídica e as instituições políticas seguiram sendo a de uma cidade estado, com a decisão concentrada em um numero limitado de órgãos e pessoas. Tais instituições incluíam a assembléia (eram diversas e tinham o poder de elaborar as leis); os cônsules (principais agentes executivos) e outros altos funcionários (pretores, questores, tribunos da plebe), alem do senado, mero órgão consultivo com papel de fonte material e efetiva de poder. A participação dos cidadãos era reduzida.
 Um conjunto de causas conduziram ao declínio, dentre as quais o sistema de privilegio da aristocracia patrícia e a insatisfação das tropas, do povo e das outras aristocracias excluídas dos cargos seculares e do senado. Os comandantes militares tornaram-se excessivamente poderosos e escaparam ao controle efetivo dos órgãos políticos. na véspera do inicio da era crista terminou a experiência e o ideal constitucionalista. A partir disso o constitucionalismo desapareceu ate o final da idade media.
1.2.2 Idade média
Período feudal:
Relação de poder entre dono de terra (senhor) e seus vassalos
Igreja católica
 Os únicos poderes que invocavam autoridade mais ampla eram a igreja católica e a partir do sec. x , o sagrado império romano-germanico. As relações de poder no período feudal se estabeleciam entre o dono de terra e seus vassalos, restando autoridade mínima para o rei, duques e condes. Já na alta idade media começa a esboçar-se o processo de concentração do poder levando a formação de estados nacionais superando modelos amplos e difusos do império e papado, e dos reduzidos, paroquiais, tribos e feudos. O estado moderno surge no inicio do século XVI, final da idade media, sobre as ruínas do feudalismo. Poder secular libertando –se do poder religioso. Os estados nacionais tinham soberania sobre os senhores feudais e sobre a igreja católica e o império.
 Será que existem as três engrenagens na idade media? Que concretiza o constitucionalismo? Parece que não. Não é vislumbrado nenhum tipo ideal constitucionalista.
1.2.3 Modelos constitucionais modernos
1.2.3.1 Constitucionalismo no Reino Unido
 Enquanto a Europa continental vivia na idade media, no reino unido a monarquia britânica era diferente. Os barões desenvolviam diferentemente dos senhores feudais. Barões são os donos de lotes de terra britânicos. Eles se fortaleciam.
 A monarquia tentava igualar-se a eles. Desse embate surge A “MAGNA CARTA” surge como um grande acordo de vontades entre os monarcas ingleses e os barões de terra. Acordo pacifico de não agressão mutua. Barões exigiam, queriam, a garantia da propriedade, reis não iriam explorá-los; liberdade religiosa – reis não poderiam impor a eles a religião. Os barões conseguiram isso do rei que por sua vez queriam se manter no poder. Essa relação pacifica vigorou de 1215 ate o século XIII, foi neste século que começaram as investidas dos barões contra o rei.
 Em 1628 surgiu o “PETTION OF HIGHTS” que foi uma tentativa dos barões de terra impor mais limites ao rei querendo garantir mais direitos, liberdade religiosa, liberdade no transito, liberdade de expressão...”Bill of rights” foi o documento que consagrou a vitoria dos barões sobre a monarquia, o poder dos reis.
 Assim vai surgindo a constituição britânica. No reino unido não existe um livro, uma constituição escrita em papel. Ela existe por meio da tradição inglesa e Tb através das leis expressas existentes.
 Em 2005 lei de reforma constitucional criou o poder judiciário independente.
 
 Com a invasão da normanda em 1066, houve a introdução das instituições feudais a força política dos barões se fortaleciam, e impuseram ao rei João a magna carta. Ainda no sex. xIII começou a ganhar forma o parlamento, convocado e controlado pelo rei, integrados por aristocratas e clérigos, representantes da baixa aristocracia e da burguesia urbana. Ao final do sec. XVI, na Inglaterra, foram lançadas as bases do constitucionalismo moderno resultante da disputa entre a monarquia absolutista e a aristocracia parlamentar. O absolutismo inglês era frágil, não tinha exercito permanente burocracia organizada e sustentação financeira própria. O parlamento submeteu ao rei a petition of rights (petição de direitos que protestava contra o lançamento de tributos sem aprovação do parlamento, as prisões arbitrarias, o uso da lei marcial em tempos de paz e a ocupação de casas particulares por soldados) com algumas limitações ao seu poder, iniciando um longo período de tensão política e religiosa que resulta na guerra civil (1642-1648). Em 1688, a revolução gloriosa James II pretendeu retomar praticas absolutistas e reverter a inglaterra a igreja católica sendo derrubado por Guilherme (WILLIAM) de orange tornando-se o novo monarca, sob regime de supremacia do parlamento com poderes limitados pela Bill of rights( declaração de direitos previa a convocação regular do parlamento). Na atualidade a estrutura de poder no reino unido funda-se em três instituições: o parlamento a coroa e o governo. Supremacia do parlamento e o principio constitucional maior e não a constituição. O parlamento tem o poder de indicar e destituir o primeiro ministro, que por sua vez pode dissolver o parlamento e convocar novas eleições. O poder judiciário e dotado de independência e garantias. Leis constitucionais (magna charta, petição de direitos e declaração de direitos). A constituição inglesa tem natureza flexível, por nãoter um texto escrito, podendo ser modificada por ato do parlamento, democracia de wetminster. Não há uma lei superior a vontade do parlamento e consequentemente não existe controle de constitucionalidae. A human rights act e o constitutional reform act são duas leis constitucionais aprovadas pelo parlamento que incorporou ao direito inglês os direitos previstos na convenção européia de direitos humanos, e reorganizou o poder judiciário inglês, dando lhe autonomia em relação ao parlamento criando uma corte constitucional.
 
1.2.3.2 Constitucionalismo americano
 O constitucionalismo não propõe que seja uma constituição escrita. O norte americano foi o primeiro modelo a ter uma constituição escrita. A idéia de constituição não restringi-se a ser escrita e sim aos três pilares que já foram citados: limitação do poder político, supremacia da lei; ord. Jurídico com legitimidade.
 Século XVIII – conflito entre colônia e coroa. “stamp act” – a coroa britânica criou mais tributos quanto ao transito de alguns documentos, encarecia a troca de documentos na colônia. A criação de uma lei deveria passar pela colônia, mas não foi assim, foi uma imposição. “Boston tôo party” tentando favorecer interesses europeus o Reino Unido permitiu que transportasse chás e vendesse a preços mais baratos. Alguns colonos de disfarçaram de índios e jogaram o cha no mar, isso ficou conhecido como “Boston tôo party”.
 Estes dois foram movimentos de revolta entre coroa e colonia.
 “atos intoleráveis” – guerra entre a colônia e a coroa britânica. Este foi o momento crucial para a revolução americana tenta transformar as 13 colônias em 13 estados independentes.
 “Articles of confederations” (1781)
“Convenção da Filadelfia” (1787)
“Constituição americana” escrita
EUA foi o primeiro estado federal do mundo.
 Poder político para ser controlado: poder legislativo, poder executivo, e poder judiciário. A figura do presidente da republica como chefe do poder executivo e uma criação norte-americana. A constituição criou uma nova forma de estado que é o federalismo, criou um novo chefe de estado que é o presidente e a separação dos poderes de Montesquieu.
 Meados do sec. XVIII iniciaram conflitos. Imposições tributarias e restrições as atividades econômicas e ao comercio romperam a harmoinia entre colônia e coroa. Agravando-se drasticamente com o stamp act (coroa insituiu imposto de selo, indidente sobre jornais, documentos e diversos outros a as colônias sob o argumento de contribuição para sua própria defesa) e o Boston tea party ( distribuição de chas pelas compahias das indias no mercado americano causando prejuízo aos comerciais locais).
 Atos intoleráveis foram as sanções inglesas contra Massachusetts e a transferência para o Canadá das terras ao norte do rio Ohio. Marcou o inicio da reação organizada das colônias a coroa britânica.
 O segundo congresso continental funcionou de 1775 a 1788 sendo palco das principais decisões que selariam o futuro da revolução americana. Ali deliberou-se a constituição de um exercito organizado; as ex colônias foram estimuladas a adotar as constituições escritas e designou-se uma comissão para elaborar a declaração de independência, passando a simbolizar a independências das treze colônias.
 Articles of confederation fazendo surgir uma confederação entre as treze colônias. Essa união mostrou-se frágil e devido a insatisfatoriedade e para revê La foi convocada uma convenção na Filadélfia.
 Através da convenção foi aprova o texto e tenos a primeira constituição escrita do mundo moderno, criando uma nova organização do estado, a federação e fundando a separação de poderes, na igualdade e na supremacia da lei. 
1.2.3.3 constitucionalismo na França 
 Pode ser dividido em cinco grandes momentos ou republicas.
2ª republica época de Napoleão.
3ª republica pós segunda guerra mundial.
 Na franca neste período tinha um presidente que era eleito e não tinha poderes efetivos. Eleito indiretamente a partir dos votos parlamentares. Presidente da república fraco e parlamento forte. General Charles volta a França tentando reunificar para não haver perda de terras. Ele assume como presidente e dá um golpe tendo mais poderes que o parlametar. Governo semi presidencialista hoje. O presidente hoje escolhe quem será o primeiro ministro.
 Conselho constitucional – guardião da constituição francesa. Em 2008 ganhou nova atribuição, faz exame de compatibilidade de uma nova lei com a constituição.
 Poder judiciário
 
 Justiça administrativa justiça comum 
 Julgas casos que envolvam não tem como parte o estado Frances
 o estado Frances corte de cassação
 Como autor/réu.
Conselho de estado (tribunal Maximo) – judiciário e administrativo prestam consultoria ao presidente. Dupla função.
 Foi a revolução francesa que, com seu caráter universal, que incendiou o mundo e mudou a face do estado – convertido de absolutista em liberal – e da sociedade, não mais em feudal e aristocrática, mas burguesa. A 4ª republica criou um modelo parlamentar no qual o presidente, eleito indiretamente, não detinha poderes efetivos. O general Charles liderou o movimento que resultou na elaboração e aprovação de uma nova constituição, a de 1958, que ampliava os poderes presidenciais. Tinha inicio a 5ª republica, que institucionalizou um sistema de governo semipresidencialista, fundado na soberania popular, na separação dos poderes e nos direitos individuais. Poder judiciário recebe pouco destaque na constituição francesa, funcionava mais como um departamento especializado do que como um verdadeiro poder.
 O conselho de estado existia desde a constituição do ano VIII e desempenhava sob a constituição de 1958 um duplo papel: a mais alta instancia da jurisdição administrativa e é o mais alto órgão consultivo do governo. Já o conselho constitucional exerce a competência de órgão eleitoral e de juiz constitucional ao qual devem ser submetidas as leis orgânicas e os regimentos das assembléias parlamentares. Na frança não existia controle de constitucionalidade das leis, existia procedimento preventivo, prévio da conformidade dos atóis legislativos com a constituição e essa verificação era levado a feito perante o conselho constitucional. A reforma de 23 de julho de 2008 inovou o controle de constitucionalidade exercido pelo controle constitucional passando a permitir a fiscalização de constitucionalidade a posterior, discussão acerca da constitucionalidade de uma lei que atente contra direitos e liberdades garantidos pelos textos constitucionais.
 1.2.3.4 Constitucionalismo na Alemanha
Constituição de weimar - foi prumulgada pos o fim da primeira guerra mundial , teve curta vigência de 12919 ate 1933. Ela foi resultado de influencias ideológicas diversas. Foi considerada como o Marco do “constitucionalismo social”, nelas estebelecia o catalogo de direitos fundamentais, do qual constavam tanto direitosa individuais, de origem liberal, quanto direitos sociais, ai incluídos a proteção do trabalhador e o direito a educação. Sua vigência se deu sob condições econômicas precárias pois a Alemanha estava em condições econômicas frágeis devido a reparação da guerra.
 A lei de autorização permitia a edição de leis diretamente pelo governo imperial. Ainda quando divergisse do texto constitucional. Lei de autorização“ (lei ordinária que afastou a incidência da constituição de weimar) equivale aos “atos institucionais”.
O que é constitucionalismo social?
No direito fundamental temos: 1ª garantia; 2º garantias sociais (proteção a maternidade, educação, saúde, cultura).
As primeiras constituições eram colocadas nas garantias de direitos e não promover direitos.
 Essa logica começou a entrar em decadência com a crise do liberalismo, fazendo surgir os direitos sociais, exigindo que o estado tenha atitudes mais proativacom a sociedade.
 Constitucionalismo social seria uma constituição calcada nos direitos sociais: saúde, educação, trabalho, lazer.
Na Alemanha pos segunda guerra mundial saiu derrotada e depara-se com o estado sendo obrigado a fornecer a demanda social do constitucionalismo, com isso ele entra em declínio pois a Alemanha não conseguia suprir a demanda pois lenhado do ponto de vista econômico. “lei de autorização“ (lei ordinária que afastou a incidência da constituição de weimar) equivale aos “atos institucionais”.
 “constituição de Bonn”
 Previsão de direitos fundamentais e alguns direitos sociais. Ela tras a eficacia radiante dos direitos fundamentais. O direito fundamental sempre foi visto de uma logica estado –individuo. Relação de imposição do estado ao individuo. A partir da constituição alemã entende-se que o direito fundamental pode ser pleiteado na relação individuo – individuo. Entende-se que o direito fundamental tem eficácia radiante e não apenas na relação estado- individuo.
razoável consenso de que o marco inicial do processo de constitucionalização do Direito foi estabelecido na Alemanha. Ali, sob o regime da Lei Fundamental de 1949 e consagrando desenvolvimentos doutrinários que já vinham de mais longe, o Tribunal Constitucional Federal assentou que os direitos fundamentais, além de sua dimensão subjetiva de proteção de situações individuais, desempenham uma outra função: a de instituir uma ordem objetiva de valores. O sistema jurídico deve proteger determinados direitos e valores, não apenas pelo eventual proveito que possam trazer a uma ou a algumas pessoas, mas pelo interesse geral da sociedade na sua satisfação. Tais normas constitucionais condicionam a interpretação de todos os ramos do Direito, público ou privado, e vinculam os Poderes estatais. O primeiro grande precedente na matéria foi o caso Lüth julgado em 15 de janeiro de 1958.
Constitucionalismo contemporâneo
 “estado de direito” e “democracia”
O estado moderno se consolida sob a forma de estado de direito, pois o núcleo essencial das primeiras constituições escritas e composta por normas de repartição e limitação do poder, ai abrangida a proteção dos direitos individuais em face do estado. Democracia desenvolveu-se mais tarde quando se discutiam idéias como fonte legitima do poder e representação política. Estado democrático de direito: quem decide (fonte do poder); como decide (procedimento adequado); e o que pode e não pode ser decidido (conteúdo das obrigações negativas e positivas dos órgãos de poder).
 Estado de direito sua vigência se da pela simples existência de algum tipo de ordem legal cujos preceitos legais e procedimentais sejam observados tanto pelos órgãos de poder quanto pelos particulares. Já a democracia inclui a idéia de governo da maioria e de respeito aos direitos individuais, em seu sentido formal. No sentido material é o governo para todos, e a promoção de outros direitos fundamentais, de conteúdo social. 
1.3.1 Neoconstitucionalismo
Neoconstitucionalismo de Barroso – faz parte de um modelo constitucional contemporâneo abordando dois temas: estado de direito e democracia.
Texto barroso neoconstitucionalismo
O artigo procura estudar as causas e efeitos das transformações ocorridas no direito constitucional contemporâneo.
O marco Histórico do novo direito constitucional foi constitucionalismo do pós guerra especialmente na Alemanha e na Itália. A aproximação das idéias de constitucionalismo e de democracia (redemocratização) produziu uma nova forma de organização política. A principal referencia no desenvolvimento desse novo direito constitucional é a lei fundamental de bonn (const. Alemã). No caso brasileiro o renascimento do direito constitucional se deu pela constituição de 1988, com Eloá o direito brasileiro passou da desimportancia ao apogeu em menos de uma geração.
O Marco filosófico do novo direito constitucional é o pós positivismo. O jusnaturalismo moderno aproximou a lei da razão e transformou-se na filosofia natural do direito fundado na crença em princípios de justiça universalmente validos. O direito natural foi empurrado para a margem da historia pela ascencao do positivismo. O positivismo equiparou o direito a lei, afastou-o da filosofia e de discussões como legitimidade e justica e dominou o pensamento jurídico da primeira metade do século dos éculo xx. O pos positivismo busca ir alem da legalidade estrita, procura empreender uma leitura moral do direito. A interpretação e a aplicação do ordenamento jurídico hão de ser inspiradas por uma teoria de justiça, formando uma nova hermenêutica constitucional.
No marco teórico três marcos teóricos subverteram o conhecimento convencional relativamente a aplicação do direito constitucional: o reconhecimento de força normativa a constituição; a expansão da jurisdição constitucional; e o desenvolvimento de uma nova dogmática da interpretação constitucional.
Força normativa da constituição
Atribuição a norma constitucional do status de norma jurídica, superando a visão do século passado a qual era vista como um documento essencialmente político. Inicialmente na Alemanha e com maior retardo na Itália. O debate acerca da força normativa da constituição so chegou ao Brasil de maneira consistente ao longo da década de 80. Coube a constituição de 88, bem como a doutrina e a jurisprudência, o mérito elevado de romper com a posição mais retrógada.
 A expansão da jurisdição constitucional
No final da década de 40 a onda constitucional trouxe um novo modelo: o da supremacia da constituição. Alem do reino unido, somente Holanda e Luxemburgo mantem o padrão de supremacia parlamentar.
A nova interpretação constitucional
A interpretação constitucional e uma modalidade de interpretação jurídica. Os critérios tradicionais de solução de eventuais conflitos normativos são o hierárquico (lei superior sobre inferior), o temporal (lei posterior sobre anterior) e o especial (lei especial sobre a geral).
 A interpretação jurídica tradicional não esta derrotada, todavia ou operadores jurídicos e teóricos do direito se deram conta de uma situação de carência, a partir disso deflagrou-se o processo de elaboração doutrinaria de novos conceitos e categorias, agrupados sob a denominação de nova interpretação constitucional. A resposta para os problemas esta integralmente no sistema jurídico e o interprete desempenha uma função técnica de conhecimento. Quanto ao papel da norma, nem sempre se encontra no relato abstrato do texto normativo, quanto ao papel do juiz, não lhe cabe apenas conhecimento técnico, torna-se co-participante completando o trabalho do legislador, como é o caso quando ocorre colisões de normas constitucionais. A legitimidade de uma decisão judicial decorre de sua vinculação a uma deliberacaop majopritaria, seja do constituinte ou do legislador.
 O neoconstitucionalismo ou novo direito constitucional, na acepção aqui desenvolvida, identifica um conjunto amplo de transformações ocorridas no estado e no direito constitucional, em meio as quais podem ser assinalados, como marco histórico, a formação do estado constitucional de direito, cuja consolidação se deu ao longo das décadas finais do sec. XX; como marco filosófico, o pos positivismo, com a centralidade dos direitos fundamentais e a reaproximação entre direito e ética; e como marco teórico, o conjunto de mudanças que incluem a força normativa da constituição, a expansão da jurisdição constitucional e o desenvolvimento de uma nova dogmática da interpretação constitucional. Desse conjunto de fenômenos resultou um processo extenso e profundo de constitucionalização do direito.
Constitucionalização do direito
A idéia de constitucionalização do direito explorada esta associada a um efeito expansivo das normas constitucionais. A constitucionalização repercute sobre atuação dos três poderes nas relações com os particulares e também nas relações entre particulares. 
Constitucionalização do direito no Brasil 
Todos os principais ramos do direito infraconstitucional tiveramaspectos seus, de maior ou menor relevância, tratados na constituição. Embora o fenômeno da constitucionalização do direito, não se confunda com a presença de normas de direito infraconstitucional na constituição, há um natural espaço de superposição entre os dois temas. 
 A passagem da constituição para o centro do sistema jurídico ocorreu a partir de 1988 mais notadamente nos últimos cinco ou dez anos, passou a desfrutar de uma supremacia material, axiológica, potencializada pela abertura do sistema jurídico e pela normatividade de seus princípios. A constituição passou a ser também um modo de olhar e interpretar todos os demais ramos do direito, como uma filtragem constitucional, em que toda a ordem jurídica dever ser lida e apreendida sob a lente da constituição.
Em suma: a Constituição figura hoje no centro do sistema jurídico, de onde irradia sua força normativa, dotada de supremacia formal e material. Funciona, assim, não apenas como parâmetro de validade para a ordem infraconstitucional, mas também como vetor de interpretação de todas as normas do sistema. 
Cada marco desses trás um motivo pelo qual se instalou o neoconstitucionalismo. Do ponto de vista teórico e uma nova leitura do texto constitucional. Novos métodos de interpretação da constituição.
Constituição
 Centro do sistema sendo a constituição o centro da relação jurídica deve irradiar para todos os ramos, hierarquia axiológica (os fins/valores objetivados pela constituição possui hierarquia superior, ou seja, as normas infraconstitucionais devem sempre ser orientadas a consubstanciar os fins/valores da constituição) imperatividade da norma jurídica, eficácia irradiante dos direitos fundamentais; desafio da concretização de valores (e muito difícil para o estado atingir os objetivos da constituição ex: direito a todos de ter moradia, percebe-se a falibilidade do estado em cumprir com os valores e fins positivados); aquele que tem direito atingidos pode ter no texto constitucional algo que proteja condições mínimas de dignidade humana.
Direito constitucional
Conceito 
Direito pode significar o conjunto ordenado de conhecimentos acerca de determinado objeto: a ciência do direito; as normas jurídicas vigentes em determinado momento e lugar : o direito positivo; as posições jurídicas individuais ou coletivas instituídas pelo ordenamento e a exigibilidade de sua proteção: os direitos subjetivos. Direito positivo são as leis, direito subjetivo (eu tenho direitos).
2.1.1 ciência do direito constitucional
Como domínio cientifico o direito constitucional procura ordenar saberes normativos sobre poder publico (organização, limite e finalidade) e direitos fundamentais.
2.1.1 ciência do direito constitucional 
São dois os objetos de pesquisa para a ciência do direito constitucional: o poder político e o direito fundamental. 
Se desenvolvem muito as idéias, porém pouco sistematiza-as. Desafio da doutrina constitucional no Brasil e essa: sistematizá-lo.
2.1.2 direito constitucional - “law”
Quando me refiro ao direito constitucional positivo, me refiro a todas as normas jurídicas que tem vigência no estado e que tem status constitucional. Constituição e o conjunto de normas jurídicas que dentro de uma ordem jurídica exerce supremacia e status constitucional pode estar no texto ou no costume. No Brasil a norma positiva sao as leis. Mas na Europa, Inglaterra temos o costume.
2.1.3 direito constitucional como direito subjetivo – “rights”
Direito subjetivo e a faculdade de invocar a norma constitucional e exigir determinado mandamento. Eu tenho um direito constitucional, por exemplo: a ter a minha liberdade de expressão. Direito subjetivo e s faculdade que a pessoa tem de exigir um direito que lhe é assegurado na medida das possibilidades economicas e fáticas do estado. Ex: direito à moradia, não tem como exigimos uma casa ao governo.
2.2 objeto do direito constitucional 
São matérias típica do direito constitucional: a organização do poder político; definição dos direitos fundamentais ( direitos essenciais à sobrevivência da pessoa. Inerente ao fato de você ser humano); determinação de fins públicos a ser alcançado pela sociedade ( esses fins públicos estão na constituição); superioridade hierárquica no sistema jurídico em relação às demais normas do sistema jurídico. Para Barroso apenas os dois últimos são objetos do direito constitucional. Para os demais doutrinadores somente os primeiros. 
2.3 fontes do direito constitucional 
 Fonte direta: constituição e (costumes) (commom law )
Fonte indireta: jurisprudência, doutrina e (costumes) civil law
2.4 direito constitucional e direito público 
Distinção 
Quanto ao sujeito da relação jurídica: quando a relação jurídica tem uma das partes o estado (direito público) dois particulares ( direito privado).
Quanto ao conteúdo da relação jurídica: se o conteúdo da relação jurídica for inerente a interesse público será relação de direito público.
Quanto a posição das partes: se uma das partes tiver na posição de hierarquia superior, diz que é realçado de direito público pois o estado sempre está, em relação ao privado, superior hierarquicamente.
Ao longo do sec xx a progressiva superação do liberalismo puro pelo intervencionismo estatal trouxe para o domínio do direito privado diversos princípios limitadores da liberdade individual e do primado da vontade, denominados princípios da ordem publica. (princípios que conhecemos e deram coletivização ao direitos sociais ex: propriedade e sua, mas ela tem que ter uma função social), isso reflete mudança no direito privado em si.
Publicizacao do direito privado, quando você tem institutos privados que passou a ter uma função social. Destinação mais geral a um bem individual. Essa publicização ganha apogeu no direito constitucional. O direito constitucional modificou o direito civil. A constitucionalização do direito civil e a fase mais visível da publicização do direito privado.
2.4.1 espaço público e espaço privado
Aristóteles já afirmava a diferença onde cidade era esfera publica e a família esfera privada.
Todo individuo conserva sua intimidade personalíssima: seus valores, sentimentos, desejos e frustrações; direito não interfere nesta área, mas a psicologia, filosofia, a religião; privacidade- relações de família em seu domicílio, direito interfere; relações sociais: o homem e o espaço publico; interesses coletivos bens materiais e imateriais compartilhados por toda sociedade. O espaço publico e o da relação dos indivíduos com o estado, com o poder político, mediante o controle critico, a deliberação publica e a participação política.
2.4.2 principio da supremacia do interesse publico
Interesse publico primário é a razão de ser do estado e sintetiza-se no fim que cabe a ele promover: justiça, segurança e bem estar social. O interesse público secundário é o da pessoa jurídica de direito publico que seja parte em determinada relação jurídica.
Conflito entre interesses: 
Int. pub. Primário X int.pub.sec.? – não será legitimo sacrificar o interesse publico primário com o objetivo de satisfazer o secundário.
Int.pub.secundario X int.privado? o interesse publico secundário, o da pessoa jurídica de direito publico, o do erário – jamais desfrutara da supremacia a priori e abstrata em face do interesse particular. Se entrremn em colisão caberá ao interprete a ponderação adequada, a vista dos elementos normativos e fáticos relevantes para o caso concreto.
Int. pub. Prim X int. pub. Prim? Podfe haver um confronto entre interesse publico primário consubstanciado em uma meta coletiva e o interesse publico primário que se realize mediante a garantia deum direito fundamental. Na solução desse tipo de colisão, o interprete devera observar, sobretudo, dois parâmetros: a dignidade humana e a razão pública.
3. O poder constituinte
 Não é o que forma a constituição federal e sim quem forma. Ele possibilita a construção da constituição.
 Poder constituinte se divide em :originário, derivado – (decorrente, reformador, revisor), difuso, supracional.
 Originário – de onde vem a constituição? Quem é que a origina? Ele e um poder de fato. Esta na sociedade perene e aparece em alguns momentos importantes e quando aparece cria a constituição ou um texto constitucional.
 Poder econômico cada vez mais ligado a burguesia.
 Terceiro estado: assembleia constituinte da burguesia. Poder constituinte originário força politica que vai da validade e fundamento da constituição. De maneira que você não pode ter um texto em dissonância a vontade do poder constituinte. Esse poder pertence a nação que foi perdendo forca fazendo com que o poder constituinte originário pertencesse mais ao povo , titularidade do poder constituinte originário.
 Características
 Poder de fato- associado a não vinculação do direito a esse poder constituinte originário, poder inicial, pois cria uma constituição quando emerge, inicia uma nova ordem jurídica. Por isso o novo poder constituinte e originário;
Limitado – poder constituinte originário pode tudo, mas pode tudo mesmo? Inicia nova ordem e escolhe os parâmetros que vai seguir. Do ponto de vista politico pode tudo, mas do ponto de vista jurídico não pode retroceder a alguns direitos e conquistas de uma outra ordem constitucional, retrocedendo e desfazendo essa ordem jurídica.
Incondicionado – não ta condicionado ao prévio regulamento jurídico.
Permanente
 Direito de revolução
 Tenho um paradigma jurídico – tenho uma revolução logo tenho um novo paradigma jurídico.
 Revolução processo demorado que abre oportunidade a realização de alguns objetivos programados, não é uma cartilha.
A revolução não e um ato violento, ato brusco. Normalmente começa lento, ganha um apogeu, e no ápice consegue quebrar o poder instituído, tende a ser uma mudança ate brusca, mas não e sempre.
O ato brusco ou violento contra o poder representa apenas a fase culminante.
 Direito a revolução deve ser sempre entendido como uma faculdade exercida pelo povo de promover a substituição do poder instituído.
 Toda ruptura envolve problemas de não obediência a ordem jurídica e constitucional. Direito de revolução perfeito, terei nova ordem jurídica perfeita.
 Titularidade permanente do direito (aquiescência espontânea) – povo.
 Titular atual – quem põe a mão na massa no processo revolucionário, “organizadores do processo revolucionário” ex : partidos políticos, ongs.
 Pressuposto para que exista revolução: quando o estado não esta literalmente satisfazendo as vontades, o real fundamento pelo qual foi criado. Quando ele não mais representa a população, titular permanente, deslocamento de interesses, povo pensa de uma forma, estado de outra. Estado de desequilíbrio de desajustamento ou de ineficácia das instituições e de seus órgãos.
Formas de expressão do poder constituinte originário
 Outorga – fruto de uma declaração unilateral. O poder constituinte originário é o poder de um grupo social ou uma pessoa. Não e um poder democrático.
Promulgação – grupo de pessoas discutindo (assembleia constituinte) reunião de pessoas imbuídas de intenção de criar uma constituição. Assembleia constituída por meio de votação popular.
Procedimento constituinte direto- representação popular. O poder constituinte originário diretamente cria a constituição sem que exista um intermediário. O texto e submetido a um referendo.
Poder constituinte derivado
 Ganha esse nome, pois e um poder judiciário. Criado pelo texto constitucional para criar algumas atividades. Cria uma competência ou atribuição a um órgão especifico para exercer atividades.
O poder constituinte derivado se subdivide em derivado reformador (cria emenda constitucionais); decorrente (constituição dos estados membros) e revisor (revisar o texto constitucional)
Poder constituinte derivado reformador – cria emendas constitucionais.
Esse poder quer evitar que o estado fique anacrônico, função básica de prevenir o engessamento do texto constitucional. Vai facultar para nos uma reforma do texto constitucional.
 Para que essa reforma aconteça a própria constituição estabelece limites e procedimentos para sua própria reforma. Logo ela não e tão livre. Aqui no Brasil o poder constituinte derivado reformador compete ao congresso nacional.
 E um poder condicionado e limitado a constituição. Vai aparecer quando convocado pela PEC (proposta de emenda constitucional), ela vai tramitar e se aprovada a PEC ele aparece.
Limites do poder constituinte derivado reformador
 Limites procedimentais – art. 60. Como se faz uma emenda ao texto constitucional. Quem pode propor PEC?
PRESIDNETE DA REPUBLICA 
1/3 DE DEPUTADOS E /OU SENADORES
MAIS DA METADE DAS ASSEMBLEIAS LEGISLATIVAS
A PEC vai ser encaminhada para uma das casas do congresso nacional. Inicia sua tramitação no congresso nacional, casa iniciadora da deliberação sobre ela. Tem que ser aprovado por 3/5 da casa toda a favor da PEC. Essa votação tem que ser em 2 turnos.
 Uma vez aprovada e encaminhada ao senado federal. 3/5 dos senadores em dois turnos também devem aprovar.
Após, quando aprovado e encaminhado para a mesa da câmara e do senado para promulgar e divulgar. Isso é para dificultar a reforma, pois percebe-se que e um processo difícil.
 Limites circunstanciais – momentos constitucionais em que o poder constituinte originário entendeu que alguns momentos de crise do estado, que não valem a pena fazer uma emenda constitucional. Momentos de crise por exemplo: estado de sitio, defesa ou intervenção federal em algum estado.
Limites materiais (cláusulas pétreas)
Quando o poder constituinte originário reservou alguma matérias que não podem ser reformadas. Podem reformar o texto constitucional exceto algumas matérias. Quais são essas matérias? São as cláusulas pétreas. Limites materiais explícitos por que estão explicitamente no texto constitucional a possibilidade de não reforma las. Art 60 Parágrafo 4º a forma federativa de estado, o voto direto secreto universal e periódico, a separação dos poderes e os direitos e garantias fundamentais. Essas matérias não podem sofrer nenhuma emenda à constituição. Quanto aos direitos fundamentais não pode suprimir os que já existem mais pode acrescentar. O voto pode deixar de ser obrigatório. Isso é reflexo do princípio republicano que é uma Cláusula pétrea.
 É possível outorgar competências da união para o estado. 
O poder constituinte derivado reformador no Brasil e o congresso nacional, não pode criar novas cláusulas pétreas. A extensão ou amplitude de uma cláusula pétrea não pode ser impedida de ocorrer, o que não pode é criar uma nova, apenas estende como foi o caso de estender os direitos fundamentais. Pode ampliar, mas não pode criar. 
Limites materiais implícitos (cláusulas pétreas implícitas) 
 Verifico no caso concreto, a impossibilidade de reforma do texto constitucional algumas matérias que não podem ser modificadas por que isso reflete consciência dos regimes e limites previstos na nossa constituição. Isso foi bem estudado pelo professor baiano Nelson Sampaio. Criou um livro poder constituinte reformador. 
Uma série de possibilidades implícitas no texto constitucional que não podem ser modificadas. A titularidade é do congresso nacional. Impossibilidade de facilitação de reforma do texto constitucional. É possível dificultar uma reforma a constituição, mas facilitar não. Ex: ao invés de ser em 3/5 o quórum de votação pode aumentar. 
3.2.2 poder constituinte derivado decorrente – constituição dos estados membros
Poder jurídico, por que ele foi criado pelo poder constituinte originário, nasce de uma vontade política do pco. Tem objetivo mais ligado aos estados federativos, quelevam em conta a sua organização de estado. O que esse poder recorrente quer é criar e estruturar as constituições dos estado membros. Cada estado membro no Brasil tem a sua constituição estadual, ela é atribuída pelo poder constituinte derivado decorrente, mas são criadas pela assembleia legislativa.
 Art 11 das disposições constitucionais transitórias ADCT, as assembléias legislativas estaduais se travestirem em poder constituinte derivado decorrente criando as constituições estaduais. Essas constituições estaduais são o produto que esse poder pode críar. A constituição estadual deve ter respeito a federal. 
 O art 11 e o local onde esse poder constituinte criou a possibilidade de criação da constitucional estadual.
 Limites: 
Quando se cria umas constituição de um estado ele tem que atuar no limites das competências do estado no Brasil. Quais são esses limites. Basicamente são os mesmos limites do poder constituinte derivado reformador.
- princípio da simetria , não está previsto no texto constitucional. Ele quer dizer que a organização dos poderes no âmbito estadual deve respeitar a lógica de organização dos poderes do âmbito federal. A lógica é que a gente faça uma cópia das lógicas organizadora dos poderes federais. Ex. Se tenho na federação um presidente, no estado terei um governador. É possível cpi em âmbito estadual, com os mesmos poderes das cpis do âmbito federal. O que quero dizer é estado olhem para união como um espelho.
 -Princípios constitucionais sensíveis art 34, quando feridos pelo estado federados brasileiro ensejam a intervenção federal. São as matérias constitucionais previstas no art 34 inciso VII que quando feridos ensejam a possibilidade de intervenção federal.
 - limites explícitos vedatórios ( ele disse que veremos nos próximos semestres)
- limites inerentes de competências 
 Existe poder constituinte derivado decorrente no âmbito dos municípios? Não, porque os municípios não possuem legitimidade perante o poder legislativo como poder constituinte derivado decorrente. O art. 11, parágrafo único, do ADCT 9atos das disposições contitucionais transitórias), apenas faz menção a legitimidade da assembléia estadual.
Poder constituinte difuso/ mutação constitucional
 São os processos não formais de mudança das constituições rígidas. Uma coisa é eu reformar, outra é a mutação, que a mudança não do texto, mas sim do sentido que atribuo aquele texto. Pode ser pelo costume, tradição e interrogação constitucional. Não interfere no texto em si, não se muda o texto. 
Poder constituinte supranacional
Idéia de constitucionalizarão regionalízada.
4. Nova constituição da ordem jurídica anterior (direito constitucional intertemporal) 
4.1 recepção de normas 
As normas infraconstitucionais criadas sob a égide de uma constituição posterior serão recepcionadas (fenômeno da “recepção de Kelsen”) se o conteúdo dela for compatível com a nova constituição. Se é somente se o conteúdo delas forem compatíveis com a nova constituição, se for incompatível não serão recepcionadas. Agora se eu tenho uma diferencia formal como eu resolvo isso?
Revalidação das normas que não desafinam materialmente da nova constituição. Como exemplo o código tributário de 67, que foi recepcionado pela constituição de 88. . 
 Divergência formal não impede uma recepção, mas quando o conteúdo for incompatível sim, divergência material.
Se a norma anterior não for recepcionada é caso de “revogação” ou de “inconstitucionalidade superveniente”?
 Conteúdo anterior incompatível não irei recepcionar, logo essa antiga será revogada ou inconstitucional? O STF entende que é caso de revogação, levando em conta o princípio da contemporaneidade, ou seja, a constitucionalidade da lei, e aferida de acordo com a constituição do seu tempo e não a que vige agora. Logo se tenho uma lei ordinária que não está de acordo com a constituição ela é inconstitucional, pois foi criada após a constituição, quando é uma lei criada antes da constituição ela sofrerá revogação. Princípio da contemporaneidade.
 
4.2 normas da antiga constituição compatíveis com a atual constituição
Recepção das normas da antiga constituição?
Não pode, pois quebra a idéia do poder constituinte ser incondicionado. É uma situação de nova ordem a ser criada, e a norma anterior perde o seu valor. Não posso pensar que todo conteúdo não vai ser repetido, mas pode repetir, mas isso não importará a recepção de normas constitucionais, tenho a situação de revogação total da antiga constituição pela nova constituição.
 É possível que eu tenha nova constituição vigorando com algumas recepções da norma anterior, mas tenho que ter uma ressalva expressa, dizendo que ressalva-se que tais e tais artigos vão vigorar na atual constituição.
 Pode existir repristinação no texto constitucional?
Pode existir. É o caso da norma anterior que foi revogada pela constituição, é uma nova constituição entra em vigor e a norma anterior revogada está em consonância com o texto constitucional, pode ocorrer essas repristinação desde que de forma expressa. A constituição deve deixar expresso no texto a repristinação da norma anterior.
 Desconstitucionalizacao – possibilidade a atual constituição de vc aceitar normas da constituição anterior mas no status de lei infra constitucional mas não constitucional. A nova constituição pode aceitar as normas anteriores, ao invés de revoga las, considerando a infra constitucional, mas isso só de forma expressa.
 Ou seja, o poder constituinte originário é o todo poderoso.
 4.3 nova constituição e invocação de direitos adquiridos 
Pode se invocar “direito adquirido” de manter a uma situação jurídica que for benéfica com base na constituição anterior?
Eficácia retroativa das normas do p. Constituinte originário.
Eficácia retroativa mínima – respeita direitos adquiridos. Quando a nova constrição destitui um direito que vc tinha antes. Ex. Percentual de lucro que vc recebia antes, e nova constituição proíbe. Tudo que vc já recebeu é legal, mas a partir da data da nova constituição não poderá mais receber.
Eficácia retroativa média (indicação expressa) – desconstitui tudo. E anormalidade que vai retroagir até um certo ponto assegurando o direito adquirido, mas vai retroagir para atingir os frutos devidos e não pagos pela norma anterior. Pela norma anterior, suposição, a pessoa tinha que receber x valor, e ele não recebeu, aí entra uma nova norma dizendo que os frutos não pagos, não receberá mais, além de não ter mais direito a esses pagamentos a partir da vigência da nova constituição. Direito que não foi pago ao indivíduo esse tempo não poderá ser reclamado com base na constituição anterior, o que foi pago recebeu, e o que não foi pago não poderá mais ser reclamado.
Eficácia retroativa máxima (indicação expressa) – retira todo direito adquirido. Norma proibitiva da nova constituição retroação de tal forma a desconstituir toda relação jurídica pautada num direito Adquirido anterior, podendo inclusive ser devolvido pecúlios recebidos sob a égide da norma anterior, pois o poder constituinte originário e ilimitado.
 Se o texto constitucional quiser desconstituir direito adquirido com eficácia retroativa media ou máxima, deve ser de forma expressa. A regra é retroatividade mínima.

Outros materiais