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Qualidade de vida em cuidados paliativos - Estado da Arte

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O ESTADO DA ARTE SOBRE QUALIDADE DE VIDA EM CUIDADOS 
PALIATIVOS 
 
 
 
CarolinaRomani Pires1, José Ricardo Toledo1, Gislaine Fonseca1, Roseli Cardoso1
 
 
 
 
1 Graduandos em Psicologia, da Escola de Saúde e Biociências da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, 
Brasil. 
 
RESUMO: O objetivo deste trabalho foi apresentar as produções científicas acerca do tema qualidade de vida 
em cuidados paliativos. Trata-se de uma análise de artigos nacionais e internacionais publicados entre 2008 e 
2015, disponíveis na base eletrônica de dados CAPES. Foram selecionados cinco artigos publicados em 
Português, com o descritor qualidade de vida em cuidados paliativos. Com o avanço das tecnologias, permitiu-
se um grande avanço em pesquisas relacionadas à qualidade de vida da população, mas, nossa sociedade atual 
também presencia um número cada vez maior de pessoas enfermas decorrentes do aumento da expectativa de 
vida e dos estressores ambientais. Quando o paciente se encontra no fim de vida (FdV) - estado terminal -, 
aparece uma necessidade, a de tratá-lo da melhor maneira possível a fim de diminuir seu sofrimento e dor, bem 
como o sofrimento de seus familiares. Assim, surge um tema em crescente expansão e visibilidade, como 
proporcionar uma maior qualidade de vida aos pacientes terminais e aos familiares deste doente? Existem 
técnicas e pesquisas que visam aumentar a qualidade de vida destes indivíduos e diminuir todo o sofrimento e 
dor decorrentes da doença. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Cuidados paliativos; Qualidade de vida.
O estado da arte sobre qualidade de vida em cuidados paliativos 
 
Introdução 
Qualidade de vida é uma expressão 
comumente utilizada para referir-se às 
condições de um individuo em vários 
âmbitos, desde seu estado físico e 
fisiológico ao seu estado mental e 
psicológico. Enquanto as sociedades 
avançam em suas tecnologias e no que diz 
respeito à longevidade de seus cidadãos, 
notamos a necessidade de focar no quesito 
qualidade de vida, para que todos os 
fatores relacionados a este estejam 
presentes e em equilíbrio. 
Mas, e quando um individuo é 
acometido de uma doença grave, sendo 
crônica ou adquirida, como ele poderá 
manter a qualidade de vida em equilíbrio? 
Em busca de aliviar a dor e o sofrimento, 
auxiliar o doente a ter uma maior 
autonomia e continuar a viver, mesmo 
diante da doença, em 2002 foi definido 
pela Organização Mundial da Saúde o 
termo Cuidados Paliativos, este é um 
tratamento com assistência multidisciplinar 
que busca uma melhora de vida do 
paciente, mas também de seus familiares, 
com o intuito de ajudá-los a se adaptarem a 
atual realidade, a da doença, da melhor 
forma possível. 
Objetivos 
O objetivo deste presente trabalho 
foi analisar produções científicas nacionais 
e internacionais de artigos publicados 
dentro do período de 2008 a 2015, 
referentes ao tema qualidade de vida em 
cuidados paliativos. 
Métodos 
Para elaboração deste trabalho foi 
realizada uma busca por artigos científicos 
na base eletrônica de dados CAPES. A 
busca iniciou-se pela palavra chave 
“qualidade de vida e cuidados paliativos”, 
dentro da categoria artigos foram 
identificados 135 documentos acerca do 
tema. Definiu-se que o trabalho seria 
baseado a partir de artigos em Português, 
entre o período de 2010 e 2015. 
A partir da leitura dos títulos e 
resumos, foram selecionados 5 artigos que 
atendiam aos seguintes critérios: a) artigos 
publicados em Português, b) cuja 
publicação ocorreu entre 2010 e 2015. Os 
demais artigos foram excluídos desta 
seleção por não atenderem aos critérios 
pré-estabelecidos e por não incluírem a 
junção do tema, ou seja, grande parte dos 
artigos tratava apenas da problemática 
cuidados paliativos ou qualidade de vida, 
ou eram publicados em outras línguas. 
Resultados 
 Todos os artigos selecionados 
apresentam em comum a ideia de que se 
faz necessário buscar melhorar a qualidade 
de vida de pacientes terminais e seus 
familiares. Através de pesquisas, projetos 
com equipes multidisciplinares, formas de 
terapia menos agressivas, como é o caso da 
musicoterapia, notou-se uma melhora nos 
quadros dos pacientes, com visível 
satisfação destes e de seus familiares. Os 
estudos acerca da busca por uma melhor 
qualidade de vida em cuidados paliativos 
revelaram ainda que é possível uma 
diminuição do nível de estresse e controle 
dos sintomas. Na figura 1, a seguir, são 
apresentados os dados referentes às 
publicações escolhidas para a realização 
deste trabalho. 
O estado da arte sobre qualidade de vida em cuidados paliativos 
 
Local de publicação 
Ano de 
publicação 
Título Tema central 
palavras-chave informadas no 
artigo 
Autor/es 
Repositório Cientfico de 
Acesso Aberto de Portugal 
2008 Medir qualidade de vida em cuidados paliativos 
Este artigo descreve os procedimentos seguidos para a criação 
e validação da versão portuguesa de um instrumento de 
medição da qualidade de vida para doentes em cuidados 
paliativos. 
Qualidade vida, Cuidados 
paliativos 
FERREIRA, P. L.; PINTO, A.B. 
Repositório Cientfico de 
Acesso Aberto de Portugal 
2010 
A esperança e qualidade de vida dos doentes em 
cuidados paliativos. 
Através de um estudo transversal buscou-se uma correlação 
entre o nível de esperança e a qualidade de vida em pacientes 
portugueses com uma doença crônica avançada e progressiva. 
Hope; Quality of Life; 
Palliative care 
QUERIDO, A. I. F. ; DIXE, M. 
A.C.R. 
Psicologia: Teoria e 
Pesquisa. Abr-Jun 2010, 
Vol. 26 n. 2, pp. 265-272 
2010 
Religiosidade/Espiritualidade em pacientes 
oncológicos: qualidade de vida e saúde 
O estudo investigou o enfrentamento religioso em pacientes 
oncológicos por meio de entrevistas, nos quais os participantes 
apresentaram relatos verbais com conteúdos de 
religiosidade/espiritualidade, evidenciando, desta forma, a 
relação entre a doença, tal como a possibilidade de morte, 
fazem o enfrentamento religioso uma estratégia de redução do 
estresse e melhoria da qualidade de vida das participantes. 
Câncer, 
Religiosidade/Espiritualidade, 
Qualidade de vida. 
FORNAZARI, S.A.; FERREIRA, 
R.E. 
Acta Paul Enferm. 
2012;25(3):334-9. 
2012 
Bioética e cuidados paliativos: tomada de decisões e 
qualidade de vida 
Através de um estudo transversal no Hospital de Clínicas de 
Porto Alegre, com 89 pacientes oncológicos, ao longo de um 
ano, buscou-se avaliar o processo de tomadas de decisões e a 
qualidade de vida destes. 
Bioética; Qualidade de vida; 
Tomada de decisões, Cuidados 
paliativos; População 
vulnerável 
WITTMANN-VIEIRA, R.; 
GOLDIM, J. R. 
Rev. Port. saúde pública. 
2012; 30(1):62–70 
2012 
Cuidados de fim de vida: Portugal no projeto europeu 
PRISMA 
Este trabalho tem o objetivo de apresentar o Projeto PRISMA, 
um projeto financiado pela Comissão Europeia e que envolve 
12 parceiros europeus e um africano, e que destina-se a 
informar e pesquisar melhorias na prática clínica , além de 
realizar uma investigação desenvolvida para cuidados 
paliativos em doentes oncológicos na Europa. 
Cuidados paliativos; Doenças 
crônicas; Avaliação de 
resultados; Qualidade de vida. 
FERREIRA, P. L.; ANTUNES, B.; 
PINTO, A.B.; GOMES, B. 
Rev Bras Anestesiol. 
2014;64(4):286---291 
2013 
A estruturação de um serviço de cuidados paliativos 
no Brasil: relato de experiência 
Relato de experiência em um Hospital oncológico no 
Maranhão ondeforam realizados projetos de sensibilização 
afim de promover maior qualidade de vida aos pacientes, 
profissionais e familiares que acompanhavam os doentes neste 
hospital. Ao final destes projetos, identificou-se uma melhora 
significativa no quadro dos pacientes e também aos familiares e 
equipe médica. 
Cuidados Paliativos; Câncer; 
Relato; Qualidade de Vida. 
GARCIA, J.B.S.; RODRIGUES, 
R.F.; LIMA, S.F. 
Revista da Universidade 
Vale do Rio Verde, Três 
Corações, v. 12, n. 2, p. 
871-878, ago./dez. 2014 
2014 
Musicoterapia como ferramenta terapêutica no setor 
da saúde: uma revisão sistemática 
O estudo demonstrou os resultados positivos obtidos com a 
musicoterapia em pacientes oncológicos e seus familiares, e 
comprovou que a música para estes pacientes terminais era 
capaz de proporcionar bem estar, qualidade de vida na 
evolução do tratamento, sensação de alegria, felicidade e até 
uma redução de sintomas. A musicoterapia se mostrou um 
tratamento alternativo eficaz que é capaz de proporcionar 
qualidade de vida em cuidados paliativos. 
Musicoterapia, Terapêutica, 
Humanização; Qualidade de 
Vida; Cuidados Paliativos. 
 OLIVEIRA, M.F.; OSELAME, G.B.; 
NEVES, E.B.; OLIVEIRA, E.M. 
 Figura 1 – Publicações incluídas neste estudo de estado da arte, segundo dados de publicação, entre o período de 2008 e 2015. 
O estado da arte sobre qualidade de vida em cuidados paliativos 
 
A partir da leitura do título, resumo, 
introdução e discussão ou conclusão dos 
cinco artigos selecionados na base 
eletrônica de dados CAPES, foi possível 
realizar uma revisão acerca do tema 
qualidade de vida em cuidados paliativos, 
possibilitando identificar os pontos 
fundamentais das pesquisas que estão 
sendo realizadas atualmente. 
A esperança e qualidade de vida dos 
doentes em cuidados paliativos. 
Pacientes que se encontram em fim 
de vida (FdV) apresentam declínios do tipo 
cognitivo e físico, e estes prejuízos 
tendem a aumentar progressivamente à 
medida que a doença avança. Devido às 
dificuldades enfrentadas tanto pelos 
pacientes quanto pelos familiares foi que a 
Organização mundial da saúde tornou 
maior a divulgação acerca da necessidade 
de avaliar a qualidade de vida e bem estar 
dentro dos cuidados paliativos. 
De acordo com Penson (2000, 
citado por QUERIDO; DIXE, 2010, p.3) 
também é fundamental à aqueles que 
prestam os cuidados aos pacientes dar 
esperança as estes, pois a esperança é a 
força motor capaz de facilitar a passagem 
pelo processo de dor e sofrimento, e da 
perda de um ente querido. 
As pesquisas relacionadas aos 
pacientes de FdV precisam ser objetivadas 
a partir de fatores fundamentais como a 
busca por uma redução dos sintomas, apoio 
aos doentes e seus familiares e melhoria da 
qualidade de vida antes da morte. A partir 
do estudo com formulário de coleta de 
dados de QUERIDO; DIXE (2010), onde 
foi utilizado um conjunto de instrumentos 
como: coleta de dados sócio-demográficos 
e clínicos, a escala para uso de doentes 
clínicos terminais Herth Hope Index (HHI) 
utilizada para avaliar a esperança e o 
questinário para medir a qualidade de vida 
em doentes paliativos McGill Quality of 
Life Questionnaire (MQQL). 
Buscou-se identificar, em 132 
pacientes com doença crônica, incurável e 
progressiva, uma correlação e nível de 
esperança e qualidade de vida quando os 
cuidados paliativos estavam presentes. Os 
instrumentos HHI e MQQL utilizados 
revelaram um bom nível de esperança 
nestes pacientes e ao medirem os níveis de 
qualidade de vida nas dimensões física, 
psicológica, existencial, de apoio e total, 
revelou-se que o apoio era um dos fatores 
mais significativos aos pacientes, em 
seguida apontaram a qualidade de vida na 
dimensão existencial, e com os menores 
resultados foi apontada a dimensão física. 
Através deste estudo, foi possível 
identificar uma relação direta entre os 
aspectos qualidade de vida e esperança 
nestes pacientes terminais, onde quanto 
maior a qualidade de vida, maior é a 
esperança, comprovando assim que os 
cuidados paliativos se fazem necessários 
pois são capazes de aumentar a qualidade 
de vida, que por consequência, aumenta 
também o nível de esperança nos pacientes 
em FdV. 
A estruturação de um serviço de 
cuidados paliativos no Brasil: relato de 
experiência 
O artigo de Garcia, Rodrigues e 
Lima (2013) tem como objetivo relatar os 
resultados das experiências ocorridas em 
um hospital de referencia em oncologia do 
Estado do Maranhão. Vale ressaltar 
também que os cuidados paliativos tem 
uma grande importância na atualidade 
O estado da arte sobre qualidade de vida em cuidados paliativos 
 
devido ao aumento da incidência de 
câncer, envelhecimento da população, tal 
como a emergência da síndrome da 
imunodeficiência adquirida (AIDS). 
Este artigo aborda uma pesquisa de 
caráter descritivo, feita no Instituto 
Maranhense de Oncologia Aldenora Bello 
(Imoab), em São Luís no Maranhão, nos 
anos de 2010 a 2011. As estratégias de 
trabalho contaram com um concurso de 
fotografias, denominada “Flashes de 
Vida”, que tinham o intuito de incentivar 
os profissionais do hospital a olharem seus 
pacientes, percebendo, desta forma, suas 
necessidades, sofrimentos, alegrias. O 
concurso foi destinado aos funcionários do 
Imoab e precisavam ser, necessariamente, 
de pacientes da instituição – o qual 
precisava assinar um termo de 
consentimento permitindo o uso das 
imagens pela organização. Com este 
projeto foi possível promover e fortalecer a 
humanização dentro do instituto. 
Outra estratégia de trabalho foi 
denominada “O Quarto dos Sonhos”, o 
qual foi destinado a 11 acadêmicos do 
curso de arquitetura da Universidade 
Federal do Maranhão (UEMA), que, após 
terem contato com a realidade do hospital, 
assim com os cuidados paliativos, foram 
desafiados a projetarem um quarto ideal 
para um paciente em fase final de vida sem 
perspectiva de cura. Os projetos 
apresentados eram constituídos de leitos 
confortáveis, painéis nas cabeceiras, 
poltronas para acompanhantes, entre 
outros. Nos banheiros apresentavam-se 
também portas alargadas e assentos sob os 
chuveiros, para que o paciente pudesse 
tomar banho ainda que não conseguisse 
ficar muito tempo de pé. 
Desta forma, com estes projetos, 
mostrou-se que um hospital, para ser 
adequado aos cuidados paliativos, 
necessita que o paciente seja o foco de 
atenção, e não sua enfermidade, sendo 
essencial nestes casos a humanização. 
O artigo trás também um assunto de 
grande amplitude na literatura, e grande 
importância na atualidade, a falta de 
compromisso dos governos com a 
importância dos cuidados paliativos, uma 
vez que o estabelecimento destes serviços 
decorrem da ausência de estratégias 
governamentais consistentes e de uma 
política nacional de alívio da dor gerada a 
partir da escuta e ampla discussão com as 
sociedades envolvidas com a dor. Sendo, 
desta forma, necessário o reconhecimento 
que os cuidados paliativos devem ser 
incluídos nas políticas e nos serviços de 
saúde. 
Bioética e cuidados paliativos: tomada 
de decisões e qualidade de vida 
O artigo traz como objetivo a 
avaliação do processo de tomada de 
decisões de pacientes oncológicos 
internados em uma unidade de cuidados 
paliativos, os quais se apresentam em 
estágio avançado da doença e não se 
encaixam nas possibilidades terapêuticasde cura. 
Este artigo inicia-se com o conceito 
de cuidados paliativos, citado pelos autores 
como uma “filosofia” que tem como foco o 
aumento da qualidade de vida de pacientes 
que enfrentam problemas associados a 
doenças que ameaçam a vida, juntamente 
com suas famílias. Esta é feita por meio da 
humanização, aplicação de princípios 
epidemiológicos, científicos e de gestão no 
tratamento, de informações, de educação 
O estado da arte sobre qualidade de vida em cuidados paliativos 
 
para a saúde e na administração de 
cuidados. 
Os princípios que regem os 
cuidados paliativos podem ser descritos 
como: (1) saber quando a morte está 
chegando; (2) manter o controle sobre o 
que ocorre; (3) preservar a dignidade e a 
privacidade; (4) aliviar a dor e demais 
sintomas; (5) escolher o local da morte; (6) 
ter suporte espiritual e emocional; (7) ter 
tempo para dizer adeus; (8) partir quando 
for o momento. Esses princípios reafirmam 
a autonomia do paciente como um dos 
pontos centrais na busca da excelência dos 
cuidados de enfermagem prestados. 
Uma vez que neste caso se lide com 
a morte e a humanização, tal como ao 
processo de tomada de decisões, a bioética 
se faz essencial, Esta pode ser entendida 
como uma reflexão compartilhada, 
complexa e interdisciplinar sobre a 
adequação das ações que envolvem a vida 
e o viver. Para a bioética a capacidade de 
decisão é baseada em diversos fatores, 
entre eles a comunicação de sua 
preferência, a voluntariedade, capacidades 
do individuo, entre outras. 
Outro conceito importante que o 
autor relata é a qualidade de vida, vista por 
este como a percepção que o indivíduo 
possui de sua posição na vida dentro do 
contexto cultural e do sistema de valores 
nos quais ele vive. Este conceito abrange 
também sua relação com seus objetivos, 
expectativas, padrões e preocupações, tal 
como seu estado físico, emocional e social. 
Este artigo trás uma pesquisa feita 
no Núcleo de Cuidados Paliativos (NCP) 
do Hospital de Clínicas de Porto Alegre 
(HCPA), por 12 meses, baseado em uma 
abordagem quantitativa com 89 pacientes 
adultos com câncer em estágio avançado, 
que se encontravam fora de possibilidades 
terapêuticas de cura. A mostra da pesquisa 
foi com 86 pacientes, com um nível de 
significância de 95%, com os instrumentos 
WHOQOL-BREF e WHOQOL-OLD, que 
tem como objetivo a avaliação da 
qualidade de vida. 
Os resultados mostram a 
importância dos cuidados paliativos com 
os pacientes em estado terminal, uma vez 
que a grande maioria dos tópicos avaliados 
demostraram um bom resultado. Em 
Desenvolvimento Psicológico Moral, todos 
os pacientes internados no NCP 
apresentaram condições plenas para decidir 
de forma adequada sobre seu melhor 
interesse, estando, desta forma, aptos a 
usufruírem o direito a autonomia. Com 
base na percepção na qualidade de vida, os 
resultados mais significativos são a 
autonomia, a intimidade e o social. 
A autonomia mostra que com os 
cuidados paliativos, os pacientes sentem-se 
livres e respeitados em relação a tomar 
suas próprias decisões, apesar da gravidade 
de sua condição de saúde. Em relação a 
intimidade, os resultados positivos tem 
base nas características do Núcleo, pois 
este oferece quartos individuais, 
estimulação da presença de familiares, 
definição dos horários de medicações, etc. 
E por fim, o âmbito social mostra-se 
favorecido pelo respeito à autonomia dos 
pacientes, liberação de visitas, entre outros. 
Cuidados de fim de vida: Portugal no 
projeto europeu PRISMA 
Através do projeto PRISMA, se 
divulgam informações que possam 
melhorar as práticas clinicas e buscar um 
maior equilíbrio entre as investigações já 
O estado da arte sobre qualidade de vida em cuidados paliativos 
 
desenvolvidas em cuidados paliativos. Este 
projeto é direcionado a pacientes 
oncológicos na Europa. 
Devido a um aumento do número 
de mortes por doenças crônicas, surgiu 
uma necessidade também crescente de 
entender e aplicar os cuidados paliativos. 
Estudos mostraram que na Europa os 
cuidados direcionados a pacientes em 
estado terminal não eram muito efetivos, 
ou seja, se estudava pouco o assunto e 
poucas eram as estratégias e métodos para 
cuidar destes pacientes. Por meio de 
estudos recentes, concluiu-se que quanto 
mais cedo se iniciavam os cuidados a 
pacientes oncológicos, maiores eram os 
benefícios aos doentes. Os cuidados 
paliativos se fazem ainda mais necessários 
à medida que a doença progride, pois as 
formas de intervenção mais comuns 
tornam-se cada vez mais ineficazes. Outro 
fato importante a ser considerado é que os 
cuidados paliativos devem permanecer 
mesmo após a morte do paciente, pois a 
família também necessitará de auxílio para 
passar pelo processo do luto da melhor 
maneira possível. 
A forma de aplicação dos cuidados 
paliativos pode variar entre hospital, 
instituições especiais, como é o caso de 
hospices e até mesmo em casa. Nota-se, 
entretanto, que quando é possível, a 
maioria dos pacientes terminais prefere 
receber os últimos cuidados em suas 
próprias casas, onde estarão perto de seus 
familiares e amigos. Os estudos realizados 
acerca do tema cuidados paliativos 
comprovaram um aumento do nível de 
satisfação dos pacientes e de seus 
familiares e foram capazes de evitar que 
estes pacientes precisassem recorrer às 
intervenções mais agressivas, que 
geralmente aumentam em muito o custo do 
tratamento e nem sempre são capazes de 
prolongar a vida destes. 
 Através de diretrizes que busquem 
uma melhora da qualidade de vida dos 
doentes e uma formação completa em 
cuidados paliativos, os programas de 
cuidados atuarão em diversos domínios, 
entre eles o domínio psicológico, que 
busca avaliar o impacto da doença no 
paciente e também nos seus familiares para 
que seja possível trabalhar o processo de 
passagem pelo luto e capacitá-los a 
trabalhar com a perda de alguém; e o 
domínio espiritual, onde se deve considerar 
as crenças religiosas e assim respeitar e 
apoiar o doente e seus familiares. 
Pensando em reduzir o sofrimento 
dos pacientes e dos familiares e aumentar a 
qualidade de vida destes, houve o 
financiamento do Projeto PRISMA, este 
visa analisar as melhores técnicas de 
aplicação dos cuidados de saúde para os 
indivíduos que se encontram no fim de 
vida, por meio de estudos comparativos de 
experiências de avaliação e abordagens. O 
projeto PRISMA foi mantido de 2008 a 
2011 e apresentou avanços significativos 
na área de cuidados paliativos, sendo o 
projeto responsável pela produção de 
diversas revisões de literatura e pesquisas a 
respeito de boas práticas e métodos de 
cuidados. 
Medir qualidade de vida em cuidados 
paliativos 
Este artigo descreve os 
procedimentos seguidos para a criação e 
validação da versão portuguesa de um 
instrumento de medição da qualidade de 
vida para doentes em cuidados paliativos. 
Após uma revisão bibliográfica sobre a 
medição da qualidade de vida deste grupo 
O estado da arte sobre qualidade de vida em cuidados paliativos 
 
muito específico de doentes, optou-se pelo 
instrumento de medição denominado 
Palliative Care Outcome Scale (POS) de 
autoria de Irene Higginson por ser aquele 
que consideramos mais adequado à 
realidade dos doentes portugueses. Para a 
criação da versãoportuguesa seguiram-se 
as metodologias de tradução-retroversão 
recomendadas na determinação de 
equivalências semânticas e linguísticas de 
instrumentos de medição de resultados em 
saúde. 
A validação foi efetuada com base 
numa amostra de 104 doentes oncológicos 
com idades compreendidas entre os 40 e os 
85 anos, 70% do sexo feminino. No que se 
refere à patologia oncológica, 29% eram 
do pulmão, 46% da mama e 22% eram 
doentes com melanoma. A validade de 
conteúdo foi garantida por dois testes de 
compreensão realizados separadamente 
com médicos oncologistas e com doentes. 
A validade de construção permitiu 
desvendar cinco fatores ortogonais, 
incluindo o bem-estar emocional (19,7% 
de variância explicada), as consequências 
da doença na vida prática (18,2%), a 
informação recebida e o apoio sentido 
(11,7%), a ansiedade (10,1%) e, por fim, o 
incomodo causado pela doença (9,8%). A 
validade de critério foi testada através da 
comparação dos resultados obtidos pelo 
POS com os obtidos pelo EORTC QLQ-
C30, um instrumento genérico desenhado 
especialmente para doentes oncológicos. 
Os valores de correlação encontrados 
foram moderados a fortes e variaram de 
0,51 a 0,63. 
A fiabilidade da versão portuguesa 
do POS foi garantida através do teste de 
reprodutibilidade e da determinação da 
coerência interna. Os valores de correlação 
obtidos num teste-reteste com um intervalo 
de uma semana variaram de 0,66 a 1,00, 
todos eles satisfatórios. O coeficiente α de 
Cronbach encontrado foi de 0,68, aceitável 
e permitindo encarar o POS como um 
índice. As sensibilidades, temporal e em 
relação aos vários diagnósticos, foram 
também estudadas. A comparação entre os 
valores medidos com um mês de intervalo 
demonstrou uma sensibilidade do POS à 
degradação da qualidade de vida dos 
doentes. Este instrumento de medição 
também se mostrou sensível ao tipo de 
patologia. Em conclusão, pode defender-se 
a qualidade do desempenho da versão 
portuguesa do POS. Esta versão pode ser 
usada para avaliar prospectivamente os 
cuidados paliativos em doentes 
oncológicos avançados. 
Musicoterapia como ferramenta 
terapêutica no setor da saúde: uma 
revisão sistemática 
A musicoterapia está entre as 
formas de terapias complementares mais 
usadas, capaz de promover uma variedade 
de resultados positivos em pacientes 
oncológicos e seus familiares, de 
proporcionar bem estar, qualidade de vida 
na evolução do tratamento, sensação de 
alegria, felicidade e até uma redução de 
sintomas. A música foi usada como uma 
forma de terapia alternativa em diversas 
áreas, como neonatologia, cardiologia, 
neurologia, oncologia e cuidados 
paliativos. Foi possível comprovar através 
do estudo de OLIVEIRA et al., 2014, que a 
música como forma de intervenção traz 
resultados significavos na qualidade de 
vida dos doentes, e na promoção das 
relações interpessoais. 
Atualmente nota-se uma variedade 
cada vez maior de atividades 
complementares integrativas de ordem 
O estado da arte sobre qualidade de vida em cuidados paliativos 
 
terapêutica aos tratamentos convencionais, 
que beneficiam a saúde do individuo. A 
música está entre as atividades 
complementares mais utilizadas pois 
promove alterações físicas e psicológicas, 
o que repercute no processo de 
recuperação do paciente. A musicoterapia 
também transmite uma sensação de bem 
estar além de auxiliar na forma de 
comunicação do paciente porque se 
relaciona à aspectos emocionais e 
psicológicos. 
Em pacientes oncológicos e em 
FdV, estudos qualitativos identificaram 
uma melhora na comunicação e 
relacionamento interpessoal entre o doente 
e sua família através da musicoterapia, 
uma vez que a música contempla preceitos 
de caráter humanitário e filosófico. A 
música é capaz de proporcionar aos 
familiares uma sensação de conforto que é 
essencial para que consigam passar pelo 
processo de enfrentamento da situação, e 
nos pacientes proporciona alívio, 
relaxamento e até uma diminuição dos 
sintomas. 
Religiosidade/Espiritualidade em 
Pacientes Oncológicos: Qualidade de 
Vida e Saúde 
O estudo teve como objetivo 
investigar o enfrentamento religioso em 10 
pacientes oncológicos de uma instituição 
especializada, com idades entre 25 e 55 
anos. A coleta de dados deu-se por meio de 
entrevistas. Os resultados foram analisados 
considerando o conteúdo do relato verbal 
das participantes, assim descritos: (1) 
categorias de conteúdo do relato verbal 
(suporte emocional, cura, busca de 
significado, contribuições no tratamento e 
controle); e (2) características de 
religiosidade/espiritualidade. Todas as 
participantes apresentaram relatos verbais 
com conteúdos de 
religiosidade/espiritualidade, o que 
evidencia que a relação entre a doença e a 
possibilidade de morte fazem do 
enfrentamento religioso uma estratégia de 
redução do estresse e melhoria da 
qualidade de vida das participantes. 
As entrevistas foram realizadas nas 
respectivas residências dos entrevistados e 
gravadas em fitas cassete. 
Inicialmente foi realizada a 
caracterização da amostra, sendo os 
resultados divididos em: (1) Categorias 
levantadas a partir do conteúdo do relato 
verbal das participantes; (2) Características 
de religiosidade e espiritualidade. 
Todas as participantes relataram 
possuir uma “ligação” com um “ser 
supremo”. Assim, as religiões aparecem de 
forma diversificada, predominando o 
cristianismo (60%) – dividindo-se entre a 
religião católica (40%) e evangélica (20%) 
– e a religião budista (10%). As demais 
participantes (30%) relataram acreditar em 
Deus, mas sem a mediação de uma 
instituição religiosa, o que caracteriza a 
espiritualidade. Todas as participantes 
referiram possuir a crença antes de receber 
o diagnóstico, porém se aprofundaram e se 
apegaram a esta de forma mais assídua 
após o diagnóstico. 
Essa amostra, tendo como base 
todos os relatos, revelou que 100% das 
participantes apresentaram características 
de espiritualidade em seus relatos e 50% 
dessas demonstraram características de 
religiosidade em suas falas. 
A conclusão deste trabalho é que o 
enfrentamento religioso configura-se em 
estratégias cognitivas ou comportamentais 
O estado da arte sobre qualidade de vida em cuidados paliativos 
 
que utilizam da fé, da religiosidade e da 
espiritualidade para enfrentar eventos 
estressores. A compreensão dos aspectos 
religiosos/espirituais devem ser 
considerados fundamentais na adesão do 
tratamento da doença. 
A relação câncer com 
espiritualidade/religiosidade foi muito 
relevante neste estudo, tendo em vista, que 
os conteúdos como a morte estavam 
presentes na amostra. A possibilidade para 
novas pesquisas sobre a necessidade de 
capacitação para profissionais da saúde se 
abre a partir deste estudo, bem como ideia 
de medidas preventivas frente a questões 
relevantes como a doença oncológica 
terminal nos pacientes. 
Discussão 
Com base nos artigos apresentados 
podemos verificar a importância dos 
cuidados paliativos nos pacientes em 
estado terminal. Podemos perceber que, de 
acordo com QUERIDO & DIXE (2010), 
há uma necessidade de pesquisas baseadas 
na redução dos sintomas destes pacientes, 
além de apoio aos doentes e seus familiares 
visando uma melhoria da qualidade de vida 
antes da morte, uma vez que, baseado em 
sua pesquisa, o apoio era umdos fatores 
mais significativos aos pacientes. Com isso 
mostrou-se a relação direta entre os 
aspectos qualidade de vida e esperança nos 
pacientes terminais onde quanto maior a 
qualidade de vida, maior é a esperança, 
comprovando que os cuidados paliativos se 
fazem necessários, pois são capazes de 
aumentar a qualidade de vida, que por 
consequência, aumenta também o nível de 
esperança destes pacientes. 
WITTMANN-VIEIRA & 
GOLDIM (2012) ressaltam também a 
importância da humanização no processo 
de morte do paciente terminal, tal como 
seu processo de tomada de decisões. Sua 
pesquisa dentro do Núcleo de Cuidados 
Paliativos com pacientes terminais mostrou 
a importância desse cuidado, uma vez que 
a grande maioria dos tópicos avaliados 
obteve um bom resultado, entre eles 
ajudando primordialmente na autonomia, 
intimidade e âmbito social, interferindo 
diretamente na qualidade de vida dos 
doentes. 
Através do estudo de FERREIRA 
et al., (2012) demonstrou-se que, a partir 
do projeto PRISMA, ocorreu uma maior 
divulgação de informações e pesquisas que 
auxiliam nas práticas clínicas referentes a 
cuidados paliativos. Estes estudos 
mostraram que quanto mais cedo se 
iniciavam os cuidados a pacientes 
oncológicos, maiores eram os benefícios 
aos doentes, sendo de grande importância à 
medida que a doença progredia. Estes 
autores ressaltam também a necessidade da 
permanência dos cuidados paliativos após 
a morte do paciente, uma vez que haverá a 
necessidade de auxílio e apoio a família, 
para que estes consigam passar pelo 
processo do luto da melhor maneira 
possível. 
GARCIA, RODRIGUES & LIMA 
(2013), mostram com sua pesquisa, que é 
fundamental promover e fortalecer a 
humanização dos profissionais de saúde 
com os pacientes em estado terminal. Com 
base nas estratégias de trabalho do 
concurso de fotografia e do “Quarto dos 
Sonhos”, demonstrando a necessidade de 
um olhar diferenciado para com estes 
pacientes. Os autores ressaltam ainda a 
necessidade de o paciente ser o foco de 
atenção, e não apenas a sua enfermidade. 
O estado da arte sobre qualidade de vida em cuidados paliativos 
 
Desta forma podemos perceber a 
vasta importância que os cuidados 
paliativos têm para os doentes terminais, 
alterando drasticamente, de forma positiva, 
a qualidade de vida destes pacientes, uma 
vez que a humanização é levada em conta, 
percebendo suas autonomias, desejos, 
vontades, entre outros aspectos, e 
facilitando o processo que por si só já é 
difícil, tanto para o paciente, como para a 
sua família. 
Considerações Finais 
 Após a análise dos artigos 
apresentados, foi possível constatar que, 
para os pacientes em estado terminal, bem 
como suas famílias, os cuidados paliativos 
são de extrema importância na melhora da 
qualidade de vida destes. Isso pode ser 
demonstrado através do cuidado exercido 
pelos profissionais de saúde e pelo espaço 
disposto para estes pacientes, uma vez que 
eles sentem-se mais acolhidos e 
valorizados, o que melhora o seu processo 
de aceitação da morte. Cabe ressaltar que, 
em todos os trabalhos utilizados para esta 
pesquisa constatou-se a importância de 
existir apoio e auxílio também aos 
familiares, pois estes necessitam dos 
cuidados paliativos tanto quanto os 
pacientes. Com o avanço das tecnologias, 
permitiu-se avançar também nas pesquisas 
relacionadas à promoção da qualidade de 
vida em cuidados paliativos, e atualmente 
existem políticas públicas voltadas para o 
tema. Com o presente trabalho concluiu-se 
que quanto maior a atenção, apoio, cuidado 
e conforto dados aos pacientes em FdV e 
seus familiares, maior é a redução dos 
sintomas e sofrimento decorrentes de uma 
doença terminal. 
 
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