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Aula 2 
Artigos 188 a 275; (Parte I) 
Direito Processual Civil para Escrevente 
Técnico do TJ SP 
Prof. Henrique Santillo 
 
Sumário
.......................................................................................................................................................................................
ATOS PROCESSUAIS: FORMA, TEMPO E LUGAR E PRAZOS............................................................................
INTRODUÇÃO E CONCEITO...........................................................................................................................
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS....................................................................................................
ATOS DAS PARTES........................................................................................................................................
PRONUNCIAMENTOS DO JUIZ.......................................................................................................................
SENTENÇA....................................................................................................................................................
OU..........................................................................................................................................................................................................................
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA..........................................................................................................................
DESPACHO...................................................................................................................................................
ACÓRDÃO.....................................................................................................................................................
REGRAS COMUNS AOS PRONUNCIAMENTOS JUDICIAIS................................................................................
ATOS DO ESCRIVÃO OU DO CHEFE DE SECRETARIA.......................................................................................
AUTUAÇÃO............................................................................................................................................................................................................
NUMERAÇÃO E RUBRICA DAS FOLHAS ...............................................................................................................................................................
FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS.................................................................................................................
PUBLICIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS........................................................................................................
PRÁTICA DOS ATOS PROCESSUAIS POR ESCRITO (EM PAPEL OU MEIO VIRTUAL)..........................................
ATOS PROCESSUAIS: NEGOCIAÇÃO E “CALENDARIZAÇÃO”..........................................................................
A) NEGÓCIOS PROCESSUAIS TÍPICOS .................................................................................................................................................................
A) NEGÓCIOS PROCESSUAIS ATÍPICOS ...............................................................................................................................................................
PARTES PLENAMENTE CAPAZES .........................................................................................................................................................................
ÔNUS, PODERES, FACULDADES E DEVERES PROCESSUAIS DAS PARTES + PROCEDIMENTO EM SI ................................................................
PROCESSO DEVE DISCUTIR DIREITOS QUE ADMITAM AUTOCOMPOSIÇÃO ......................................................................................................
NULIDADE ............................................................................................................................................................................................................
INSERÇÃO DE CONVENÇÃO PROCESSUAL ABUSIVA ABUSIVA EM CONTRATO DE ADESÃO ............................................................................
MANIFESTA SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE DE UMA DAS PARTES ..............................................................................................................
TEMPO DOS ATOS PROCESSUAIS..................................................................................................................
LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS..................................................................................................................
DEFERÊNCIA .........................................................................................................................................................................................................
INTERESSE DA JUSTIÇA ........................................................................................................................................................................................
NATUREZA DO ATO .............................................................................................................................................................................................
OBSTÁCULO ARGUIDO PELO INTERESSADO E ACOLHIDO PELO JUIZ ...............................................................................................................
PRAZOS........................................................................................................................................................
4
4
6
6
10
11
11
13
14
14
14
19
20
20
22
23
27
29
29
30
31
31
31
31
31
31
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40
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40
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Direito Processual Civil para Escrevente Técnico do TJ SP 
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
FORMA DE CONTAGEM DOS PRAZOS PROCESSUAIS.....................................................................................
PRAZOS DIFERENCIADOS.............................................................................................................................
LITISCONSORTES COM PROCURADORES DIFERENTES..................................................................................
OUTROS SUJEITOS PROCESSUAIS COM PRAZOS DIFERENCIADOS................................................................
SUSPENSÃO DOS PRAZOS PROCESSUAIS.....................................................................................................
CLASSIFICAÇÃO DOS PRAZOS PROCESSUAIS................................................................................................
VERIFICAÇÃO DOS PRAZOS E PENALIDADES.................................................................................................
LEGISLAÇÃO UTILIZADOS NESTA AULA........................................................................................................
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.........................................................................................................................
RESUMO DIRECIONADO................................................................................................................................
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS....................................................................................................
ATOS DAS PARTES................................................................................................................................................................................................
FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS.................................................................................................................
PUBLICIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS..............................................................................................................................................................
USO OBRIGATÓRIOsó:
Partes plenamente capazes
Ou seja, as pessoas incapazes de exercer seus atos na vida civil não poderão celebrar negócios processuais, mesmo
que assistidas ou representadas (artigos 3.º e 4.º do CC).
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
Ônus, poderes, faculdades e deveres processuais das partes +
Procedimento em si
Assim, a negociação deve girar em torno de situações processuais (ônus, poderes, faculdades e deveres processuais
das partes), assim como em relação a pontos do procedimento.
Por exemplo: como regra geral, a parte possui o ônus de provar suas alegações. Isso pode ser alterado por meio da
negociação processual.
Processo deve discutir direitos que admitam autocomposição
Ou seja, os direitos que não se admitem autocomposição (direitos indisponíveis) não podem ser objeto de
negociação processual. 
São aqueles que ultrapassam as relações de caráter monetário. São direitos dos quais a parte não pode abrir mão, por
exemplo: o direito à vida, à liberdade, saúde, imagem e dignidade; direitos de família, dentre outros.
Como se trata de um negócio firmado apenas entre as partes, não cabe ao juiz controlar o mérito do que foi decidido
entre elas. No entanto, há algumas situações que exigem a tomada de posição do juiz, sobretudo pela má utilização
dessa faculdade legal pelas partes. 
Portanto, as convenções processuais devem ser objeto de controle pelo juiz, de ofício ou a requerimento, somente
quando houver:
Nulidade
Haverá nulidade caso as partes não observem os requisitos de validade da celebração dos negócios processuais, que
acabamos de estudar acima.
Inserção de convenção processual abusiva abusiva em contrato de adesão
Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido estabelecidas de forma unilateral pelo fornecedor de
produtos ou serviços, sem que tenha sido dada a oportunidade de o consumidor discuti-las ou de modificar o seu
conteúdo. 
Portanto, seria o caso de um contrato de adesão firmado por pessoa física com um grande banco em que se estabelecem
regras processuais muito desvantajosas ao consumidor, por exemplo.
Manifesta situação de vulnerabilidade de uma das partes
A parte é considerada vulnerável quando possui algum tipo de limitação de ordem econômica, técnica ou de
informação.
Um exemplo de vulnerabilidade: quando a parte celebra a convenção processual sem assistência de advogado. Afinal, as
convenções sobre processo e procedimento exigem conhecimentos jurídicos avançados, que nem todas as pessoas leigas
possuem.
Uma questãozinha da VUNESP:
(VUNESP – TJ/SP – 2017 - Adaptada) Sobre a forma dos atos processuais, julgue o item abaixo:
De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para prática dos atos processuais, quando for o caso.
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
RESOLUÇÃO: Perfeito. Trata-se da permissão para “calendarização” da prática dos atos processuais, situação
expressamente permitida pelo nosso CPC:
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o
caso.
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais,
devidamente justificados.
§ 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem
sido designadas no calendário.
Veja outra:
(VUNESP – ESEF/SP – 2019) Quanto à forma, tempo e lugar dos atos processuais, julgue o item seguinte.
Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular
mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes,
faculdades e deveres processuais, desde que antes de iniciado o processo.
RESOLUÇÃO: Opa! As partes poderão estipular mudanças no procedimento e convencionar sobre os seus ônus,
poderes, faculdades e deveres processuais ANTES ou DURANTE o processo!
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular
mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes,
faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo,
recusando-lhes aplicação somente (1) nos casos de nulidade ou de (2) inserção abusiva em contrato de adesão ou em que
alguma parte se encontre em (3) manifesta situação de vulnerabilidade.
Item incorreto
Vamos esquematizar?
FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS
Princípio da Instrumentalidade das formas
→ Regra: forma livre (salvo quando a lei expressamente disciplinar a forma)
→ Atos processuais com formas determinadas em lei: se descumprida a forma, mas o ato atingiu sua finalidade,
ele será considerado válido.
Publicidade
→ Regra geral: todos os atos processuais serão públicos.
→ Exceção: segredo de Justiça
�. interesse público ou social
�. direito de família
�. intimidade
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
�. arbitragem
Negócio Jurídico Processual
�. Típico
�. Atípico → as partes podem convencionar sobre quase qualquer regra de processo, mesmo sem previsão
legal específica.
→ Requisitos: 
direitos que admitam autocomposição
partes capazes
objeto deve estar relacionado aos ônus, poderes, faculdades e deveres processuais das partes, bem
como ao procedimento em si
→ Juiz controlará validade em caso de:
1. Nulidade
2. Inserção abusiva em contrato de adesão
3. Manifesta vulnerabilidade
Calendarização Processual
→ Observações:
montado de comum acordo entre as partes e o juiz, os quais ficam vinculados ao que foi
convencionado (só poderá haver mudança em casos excepcionais)
as partes não serão intimadas para a prática dos atos e para comparecerem à
audiência.
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
Tempo dos Atos Processuais
O CPC/2015 estabelece os dias e horário para a prática dos atos processuais. 
Os atos processuais devem ser praticados nos dias úteis, em regra. 
Essa regra vem disposta no art. 212:
Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
O conceito de dia útil no processo civil é definido por exclusão: são aqueles que não estão
compreendidos nos feriados para efeito forense[1] nem no período de férias forenses.
Quais são os dias considerados feriados forenses para o CPC/2015? A resposta está no art. 216:
Art. 216. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias em que
não haja expediente forense.
Assim, o juiz não poderá marcar audiência de instrução e julgamento no sábado, tendo em vista que os atos processuais se
realizam, no juízo, apenas em dias úteis!
Os atos processuais devem ser realizados no horário das seis às vinte horas (6h às 20h), em regra.
Veja o que dispõe a letra do Código sobre isso:
Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
Assim, fica impedida a designação de uma audiência para horário compreendido entre 20:01h da noite e 05:59h da
manhã, por exemplo. Essa determinação também vale para uma perícia que se pretenda fazer nesse horário (ou
qualquer outro meio de prova).
Uma observação importante: quando o ato das partes consiste em apresentar alguma petição em juízo, devemos
fazer uma distinção: se os autos são ou não eletrônicos.
Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos[2], essadeverá ser protocolada no
horário de funcionamento do fórum ou tribunal (expediente forense)[3], conforme o disposto na lei de organização
judiciária do local onde funciona a repartição judiciária. 
O fórum de Uberaba/MG possui expediente até as 19h.
Portanto, esse será o horário limite para o réu Bruno apresentar o seu recurso no Cartório Judicial, caso o processo corra em
autos físicos (não-eletrônicos).
Já se o ato a ser praticado for eletrônico, poderá ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas do
último dia do prazo, tendo como referência o horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser realizado.
Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas
do último dia do prazo.
Parágrafo único. O horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser praticado será considerado para fins de
atendimento do prazo.
Assim, um advogado que peticiona eletronicamente no fórum de Epitaciolândia (AC) terá até as 24h do horário local do Acre
para realizar o ato.
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
Portanto, se o prazo para apresentar algum recurso terminar no dia 22/02/2019, ele terá até as 24h do dia 22/02 para
apresentar a peça!
Vamos de VUNESP?
(VUNESP – Prefeitura de Arujá/SP – 2019 – Adaptada) Quanto aos atos e fatos processuais, julgue o item abaixo.
A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até às 20 (vinte) horas do último dia do prazo.
RESOLUÇÃO: INCORRETA. Se o ato a ser praticado for eletrônico, poderá ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte
e quatro) horas do último dia do prazo, tendo como referência o horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser
realizado.
Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas do
último dia do prazo.
Peço sua atenção total neste momento!
O CPC/2015 estabelece algumas exceções a essas duas regras que acabamos de ver:
Art. 212 (...) § 1º Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a
diligência ou causar grave dano.
§ 2º Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no
(1) período de férias forenses, onde as houver, e (2) nos feriados ou (3) dias úteis fora do horário estabelecido neste
artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal. (Garantia da inviolabilidade do domicílio).
Portanto, podem ser realizados atos processuais em dia não-útil e/ou fora do horário das 6h às 20h:
Os atos iniciados antes das 20h, quando o adiamento puder prejudicar a diligência ou causar grave dano.
Suponha que uma testemunha, residente em Niquelândia/GO, tenha ido depor no Forum da Comarca Goiânia/GO. O
depoimento teve início às 16h e quando os relógios marcaram 20h, ela não havia relatado nem metade do que se pretendia
inicialmente. Nesse caso, é viável que a audiência ultrapasse o horário das 20h.
As citações, intimações e penhoras, poderão realizar-se nos períodos de férias forenses, onde as houver
e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido
Vamos estudar cada um desses atos listados. Mas, de antemão, saiba que:
Citação: é ato processual no qual a parte ré é comunicada de que está sendo movido um processo contra ele e a partir
do qual ele passa a integrar a relação processual.
Intimação: é a ciência que se dá a qualquer das partes, no processo, da prática de algum ato, despacho ou sentença e
para que ela tome algum tipo de providência
Penhora: é um ato de execução dos bens do devedor caso haja falta de pagamento.
Portanto, muita atenção: 
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
O sujeito responsável pela prática desses atos processuais é o Oficial de Justiça.
Portanto, tenha em mente que Oficial de Justiça, por exemplo, poderá ir até o domicílio das partes realizar citações,
intimações, penhoras nos sábados, nos domingos, nos feriados, nas férias forenses, nos horários após as 20h e antes
das 6h sem necessidade de autorização judicial!
Isso passou a ser permitido no CPC/2015 com a finalidade de dar mais efetividade a essas diligências em face de
indivíduos difíceis de serem localizados nos dias e horários convencionais. 
Como o réu Bruno trabalha bastante nos dias úteis, o Oficial de Justiça poderá procurá-lo para efetuar determinada
intimação no domingo, às 8h da manhã, por exemplo.
A parte final do dispositivo afirma que deve ser observada a garantia da inviolabilidade do domicílio, ou seja: sem
autorização judicial, o Oficial de Justiça não poderá invadir o domicílio do sujeito sem o seu consentimento. 
Os atos processuais não serão praticados nas férias forenses[4] e feriados! 
Todos os dias, diversas demandas urgentes chegam ao Judiciário, situação que exige rápida resposta para solucionar
tais lides. Assim, a regra é que a atividade jurisdicional seja ininterrupta, funcionando inclusive nos dias em que não
houver expediente forense normal (há juízes em plantão para atender essas demandas urgentes). 
A exceção a essa regra fica por conta dos Tribunais Superiores (STF, STJ, TST e TSE), onde há férias coletivas para os
seus magistrados. Basicamente é como se todos os ministros desses tribunais tirassem férias coletivamente.
Mesmo nesse caso, o Poder Judiciário não pode ficar completamente parado, já que existem alguns atos que possuem
maior urgência na sua prática, não podendo esperar que os tribunais voltem a funcionar normalmente.
Veja a relação dos atos que serão praticados durante as férias forenses e nos feriados:
Atos que são praticados durante as férias forenses e nos feriados
Art. 214. Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais, excetuando-se:
I - os atos previstos no art. 212, § 2º (as citações, intimações e penhoras)
II - a tutela de urgência.
Processos que não se suspendem pela superveniência das férias forenses
Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela superveniência delas:
I - os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quando puderem ser
prejudicados pelo adiamento;
II - a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador;
III - os processos que a lei determinar
Vamos ver quais os atos processuais que podem ser praticados na superveniência de férias forenses e feriados?
Citações e intimações
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
Penhoras
Tutela de urgência.
Acabamos de ver os atos processuais que podem ser praticados nas férias e feriados. Mas preste muita atenção: por sua
natureza, algumas causas específicas continuam a tramitar nas férias forenses, não havendo suspensão de seu
curso. 
Veja:
Procedimentos de jurisdição voluntária
Procedimentos necessários à conservação de direitos, quando puderem ser prejudicados pelo adiamento.
Ex: Como o procedimento referente à administração de bens apreendidos que foram depositados em juízo.
Ação de alimentos
Processos de nomeação ou remoção de tutor e curador
Processos determinados por lei
Curiosidade: ações concernentes à locação de imóvel urbano (despejo, consignação em pagamento de aluguel e acessórios,
revisionais de aluguel e renovatórias), ações de desapropriação (artigo 39 do Decreto-lei n.º 3.365/1941).
Veja esta questão da VUNESP:
(VUNESP – TJ/SP – 2017) Acerca dos atos processuais, julgue o item subsequente.
As citações, intimações e penhoras poderão realizar -se, desde que com autorização judicial, no período de férias
forenses, onde houver, e nos feriados.
RESOLUÇÃO: A primeira parte do enunciadoestá perfeitamente correta: o oficial de justiça pode efetuar penhoras,
citações e intimações durante as férias forenses:
Art. 214. Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais, excetuando-se:
I - os atos previstos no art. 212, § 2º (as citações, intimações e penhoras)
II - a tutela de urgência.
Professor, ele precisa de autorização do juiz para penhorar o carro de um executado nas férias forenses?
NÃO! O novo CPC deu mais poderes ao oficial de justiça nesse sentido.
Portanto, o oficial de justiça poderá realizar penhora durante as férias forenses independentemente de autorização
judicial, respeitadas as regras sobre a inviolabilidade do domicílio (art. 5º, XI, CF).
Art. 212, § 2º Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período
de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o
disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal.
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
Item incorreto
Este é um tópico “quente”:
(FGV – TJ/SC – 2015) Julgue o item abaixo:
Sobre os atos processuais, é correto afirmar que podem ser praticados aos domingos, mediante autorização expressa
do juiz.
RESOLUÇÃO: Afirmativa incorreta.
No caso de alguns atos processuais específicos e mais urgentes, como é o caso da citação, há expressa dispensa da
autorização judicial para a suas respectivas práticas em dias não úteis e fora do horário de expediente forense,
respeitando-se a inviolabilidade do domicílio. 
Veja: Art. 212 (...) § 2º Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se
no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo,
observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal.
Vamos a mais uma questão?
(FCC – MP/SE – 2013) Julgue o item abaixo:
Os atos processuais realizam-se em dias úteis, das seis às vinte horas, em nenhuma hipótese podendo ultrapassar esses
horários, que são peremptórios.
RESOLUÇÃO: Não é bem assim... Afirmativa incorreta! Os atos processuais, em regra, serão praticados em dias úteis,
das 6h às 20h.
Contudo, temos exceções:
Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
§ 1º Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar
grave dano.
§ 2º Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no (1) período de
férias forenses, onde as houver, e (2) nos feriados ou (3) dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o
disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal. (Garantia da inviolabilidade do domicílio.
Item incorreto
Esse tópico é muito importante. Por esse motivo, deixo outra questão para você:
(FCC – DPE/RR – 2013) Em determinada ação, o autor foi intimado pela Imprensa Oficial, na pessoa do seu advogado,
acerca da sentença de improcedência do pedido. Tendo em vista essa informação, julgue o item abaixo:
O prazo para o autor recorrer dessa sentença interrompe-se nos feriados.
RESOLUÇÃO: Item INCORRETO. Vimos que os prazos processuais ficam suspensos nos feriados, pois não contamos o
prazo integralmente após o seu reinício. Assim, o prazo fica “congelado” nos feriados, sábados e domingos.
Contamos o restante do prazo:
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.
REFERÊNCIAS:
[1] Feriados forenses: são feriados não somente os domingos, como também os sábados e quaisquer outros dias em
que não haja expediente forense – incluem-se aí os feriados estabelecidos em lei federal, estadual ou municipal.
[2] Ou seja, o advogado vai diretamente até a secretaria da vara entregar a sua peça jurídica – seja uma contestação,
seja um recurso, seja qualquer petição contendo algum tipo de manifestação.
[3] Expediente Forense: é o horário em que as instalações do Poder Judiciário ficam à disposição para o atendimento ao
público, em especial para a consulta dos autos físicos e a prática de atos que dependam de petição ou requerimento.
[4] Férias forenses coletivas (que ocorrem apenas nos tribunais superiores, consoante dispõe o inciso XII do art. 93 da
Constituição Federal),
Uma curiosidade: também se aplica ao recesso forense (na Justiça Federal, ocorre entre o dia 20 de dezembro e o dia 6
de janeiro, conforme dispõe o inciso I do art. 62 da Lei 5.010/66).
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Lugar dos Atos Processuais
Como regra geral, os atos processuais devem ser praticados na sede do juízo. 
Por exemplo: a testemunha X deve ser ouvida, de preferência, na sala de audiência[1].
Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em outro lugar
em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e
acolhido pelo juiz.
E se a testemunha se encontrar totalmente enferma e não puder comparecer a sede do juízo? 
Alguns atos processuais podem ser praticados fora da sede do juízo, de forma excepcional, seja por razões
de deferência, por interesse da justiça, pela natureza do ato ou por algum obstáculo alegado pela parte. Veja a
relação:
Deferência
Pelo cargo ou pela função pública que ocupam, algumas pessoas têm a prerrogativa de serem ouvidas fora da sede do
juízo.
Por exemplo: o Presidente da República que for inquirido na qualidade de testemunha será ouvido em sua residência ou no
local em que ele exerce suas funções.
Interesse da justiça
Em algumas ações possessórias, o juiz pode comparecer ao local do conflito possessório:
Art. 565, § 3º O juiz poderá comparecer à área objeto do litígio quando sua presença se fizer necessária à efetivação da
tutela jurisdicional.
Natureza do ato
Como é o caso de algumas diligências, como citações e penhoras
Obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz
Imagine uma testemunha acometida por enfermidade que não a impeça de depor, mas que se encontra hospitalizada.
Nesse caso, ela poderá ser ouvida no hospital.
Como de praxe, vamos a mais um esquema!
TEMPO DOS ATOS PROCESSUAIS
Os atos processuais são praticados em dias úteis.
Dias não úteis: feriados (nacional, estadual e municipal), sábado, domingo e dias que não houve
expediente forense. O conceito de dia útil é por exclusão.
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
Os atos processuais são praticados das 6 horas às 20 horas.
Processo eletrônico: prazo para a prática do ato processual é até 24h do último dia do prazo
→ Citações/Intimações/Penhoras podem ser realizadas pelo Oficial de Justiça:
Nas férias forenses
Nos feriados
Nos dias úteis fora do horário estabelecido (fora do período de 6h às 20h)
↓
 INDEPENDENTEMENTE DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL
Processos que correm em férias forenses:
Procedimentos de jurisdição voluntária
Procedimentos necessários à conservação de direitos, quando puderem ser prejudicados pelo
adiamento.
Ação de alimentos
Processos de nomeação ou remoção de tutor e curador
Processos determinados por lei
Atos que podem ser praticados durante férias forenses e feriados:
Citações e intimações
Penhoras
Tutela de urgência.
REFERÊNCIA:
[1] Art. 449 do CPC
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
Prazos
Qualquer um que entra em contato com qualquer área do Direito irá se deparar, hora ou outra, com vários prazos. Na
nossa querida disciplina, Direito Processual Civil, não é diferente. Muito pelo contrário: estudamos diversos deles e o
CPC/2015 traz uma importante disciplina acerca dos prazos processuais!
Mas professor, qual a definição de prazo processual?
Prazo é o lapso de tempo em que o ato processual pode ser praticado de forma válida. 
É delimitado por dois termos: termo inicial (dies a quo) e termo final (dies ad quem). 
E se a parte ultrapassar o prazo previsto para a prática de seu ato processual (apresentação de um recurso, por
exemplo, após o termo final)?
Passado o prazo, a regra é que não se pode mais praticar o ato processual. Ocorre o que chamamos de preclusão
temporal.
No caso que foi apresentado no início da aula podemos ter uma noção da importância dos prazos não somente no Processo
Civil, mas em vários outros ramos do direito. Por exemplo, se não fosse dado ao réu Bruno um prazo para apresentar
resposta, o autor e o Poder Judiciário não poderiam ficar à mercê de sua boa vontade para contestar os termos da ação!
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
Forma de Contagem dos Prazos Processuais
Esta foi uma das mudanças mais significativas na nova sistemática processual. Portanto, atenção máxima!
Antes de aprofundarmos o estudo do tópico, leia o seguinte caso:
O juiz proferiu a sentença em 29/01/2019. Como havia bastante “serviço” na vara, a sentença disponibilizada no Diário de
Justiça Eletrônico[1] em 04/02/2019. O réu Bruno, ao se deparar com a tal sentença desfavorável, descobriu que possui o
prazo de 15 dias para apresentar o recurso de apelação, mas está em dúvidas em relação a qual data começa a correr tal
prazo. Como ele deve contar o prazo? Deve a parte contar de forma contínua e ininterrupta no calendário até chegar no
termo final (fim do prazo)?
A resposta é: NÃO!
No CPC/2015, a contagem dos prazos processuais é feita excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do
vencimento, computando-se, na contagem do prazo em dias, apenas os dias úteis!
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.
Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do
vencimento.
Portanto, atenção às regrinhas. Na contagem dos prazos processuais:
→ Excluímos o dia do começo
→ Incluímos o dia do vencimento
→ Computamos apenas os dias úteis
 ↓
Lembrando que os dias úteis são aqueles definidos por exclusão: são os dias que não caem no sábado, domingo e
feriados.
Faço questão que você guarde essa regrinha.
Ela é sempre lembrada nas provas de concursos públicos!
Indo além...
Ah, também é perfeitamente possível a contagem dos prazos processuais em outras unidades de medida, como
meses, dias, horas e minutos...
Veja um exemplo de prazo contado de minuto a minuto:
Art. 364. Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem como ao membro do Ministério
Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um,
prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do juiz.
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esolva a questão abaixo:
(FCC – ALESE – 2018) Julgue o item abaixo.
Em relação aos prazos processuais, a legislação vigente estabelece que, salvo disposição em contrário, os prazos serão
contados incluindo o dia do começo e excluindo o dia do vencimento. 
RESOLUÇÃO: Afirmativa incorreta: salvo disposição legal em contrário, computar-se-ão os prazos excluindo-se o dia
do começo, incluindo-se o dia do vencimento (art. 224, caput, CPC).
Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do
vencimento.
Guarde a informação:
Na contagem dos prazos processuais:
→ Excluímos o dia do começo
→ Incluímos o dia do vencimento
Antes de analisarmos o início e a contagem do prazo no caso apresentado acima, vamos a mais uma regra.
Na próxima aula, vamos ver que as citações e intimações podem se dar por vários meios. 
A depender da espécie do ato de notificação da parte, o marco inicial do prazo[3] (ou o seu termo inicial) terá
começo:
Se a citação ou intimação for
feita...
O dia do começo do prazo será...
...pelo CORREIO; ...a data da juntada aos autos do aviso de recebimento.
...por OFICIAL DE JUSTIÇA ...data de juntada aos autos do mandado cumprido
...por ATO DO ESCRIVÃO/CHEFE
DE SECRETARIA;
...a data de ocorrência da citação ou da intimação
...por EDITAL; ...dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz
...for ELETRÔNICA;
...dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação 
OU
...dia útil seguinte ao término do prazo para que a consulta se dê[4]
...em CUMPRIMENTO DE CARTA; ...data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo
esse, a data de ...juntada da carta aos autos de origem devidamente
cumprida
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
Art. 232. Nos atos de comunicação por carta precatória,
rogatória ou de ordem, a realização da citação ou da intimação
será imediatamente informada, por meio eletrônico, pelo juiz
deprecado ao juiz deprecante.
...por meio da RETIRADA DOS
AUTOS, EM CARGA, do cartório ou
da secretaria.
...dia da carga
...pelo DIÁRIO DA JUSTIÇA
IMPRESSO OU ELETRÔNICO
...data de publicação do ato
... citação por MEIO ELETRÔNICO
... quinto dia útil seguinte à confirmação, na forma prevista na
mensagem de citação
Agora que vimos as regras básicas, para resolvermos o nosso caso concreto temos que levar em consideração a data de
disponibilização da sentença no Diário de Justiça Eletrônico: 04/02/2019, em uma segunda-feira. No entanto, essa não
é a data considerada pelo CPC como a de publicação. Veja só:
Art. 224, § 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da
informação no Diário da Justiça eletrônico.
Portanto, será considerada a data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização no
DJE: 05/02/2019 – data que consideramos como o termo inicial do prazo!
E, segundo o CPC, o prazo começará a ser contado a partir do primeiro dia útil seguinte ao da
publicação: 06/02/2019! Como se contam apenas os dias úteis, devemos desconsiderar os sábados e os domingo:
Art, 224, § 3º: A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.
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[1] Data da disponibilização da publicação no DJe.
[2] Data da publicação
[3] Data do início da contagem do prazo (primeiro dia útil após a publicação).
Portanto, terminamos de contar o prazo em 26/02/2019, considerado o dia de vencimento para que a parte possa
apresentar o seu recurso de apelação contra a sentença! Simples, não?
A mesma lógica se aplica quando as intimações e citações ocorrerem por outros meios, como uma intimação
eletrônica, por exemplo. Vamos praticar mais uma vez a contagem dos prazos processuais: 
O réu Bruno apresentou o recurso em 26/02/2019 e em 28/02/2019 foi efetuada a intimação eletrônica do da autora
Bárbara para que apresentasse, em 15 dias, as contrarrazões ao recurso (É a resposta da parte contrária àquela que
interpôs recurso)do autor. O advogado da autora consultou o teor da intimação no sistema informatizado do Tribunal
em 01/03/2019, sexta-feira.
Como o dia do começo do prazo será o primeiro dia útil seguinte ao da consulta do teor da intimação eletrônica,
devemos pular o sábado e o domingo e os feriados de segunda e terça e considerar como dia do começo do prazo a
data 06/03/2019, quarta feira! (Lembre-se que 04 e 05/03 são considerados feriados nacionais (04 e 05 de março (Lei
5.010/66) – Feriado de Carnaval)).
No entanto, vamos frisar mais uma vez: a contagem do prazo de 15 dias será feita excluindo o dia do começo
e incluindo o dia do vencimento, de forma que o início da contagem se dará em 07/03/2019 (quinta feira). Assim,
contamos o prazo até o seu termo final, que será incluído para fins de contagem e será considerado a data de
vencimento do prazo: 27 de março de 2019!
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo: 
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V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta se dê,
quando a citação ou a intimação for eletrônica;
[1] Data da Intimação Eletrônica
[2] Data da Consulta do teor da intimação eletrônica
[3] Termo inicial do prazo
[4] Data em que se começa a contar o prazo (excluímos o dia de início)
[5] Data em que se encerra o prazo, além de ser o seu termo final (incluímos o dia de vencimento)
Agora, vamos a uma seguinte situação hipotética:
O advogado da autora Bárbara, precavido como é, tomou conhecimento do teor do recurso apresentado pelo réu antes
de consultar o sistema informatizado e acabou apresentando suas contrarrazões no dia 04/03/2019. antes mesmo do
início do prazo: o ato será considerado tempestivo (Um ato tempestivo é aquele que é realizado “dentro do prazo”.), ou
seja, será considerado válido?
SIM. Ainda que o ato processual seja realizado antes do termo inicial do prazo, ele será considerado tempestivo e,
portanto, plenamente válido:
§ 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
Agora vamos pensar em outra hipótese: 
A autora Bárbara deixou para apresentar suas contrarrazões ao recurso do réu no último dia do prazo. Como sabe que teria
até as 24h do dia 27/03/2019, programou-se para protocolar a sua peça eletronicamente às 23h. Contudo, o sistema do
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Poder Judiciário estava “fora do ar”, o que impossibilitou que protocolasse a sua peça processual! 
O CPC/2015 tem uma solução para esse tipo de imprevisto: os dias do começo e do vencimento do prazo serão
prorrogados (protraídos, na letra da lei) para o primeiro dia útil seguinte ao restabelecimento do sistema
informatizado:
Art. 224, § 1º. Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se
coincidirem com dia em que o (1) expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou (2)
houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
Como podemos perceber pela leitura do dispositivo, essa prorrogação não se restringe apenas à indisponibilidade dos
sistemas de informática: no caso de prática de atos processuais de forma física, caso o expediente do fórum seja
reduzido (encerrado antes ou iniciado depois da hora normal), os dias de começo e vencimento do prazo serão
prorrogados para o primeiro dia útil seguinte.
Outras regras:
Art. 224 (...) § 2º Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente.
O que o dispositivo acima afirma é que, se houver mais de um intimado, o prazo para cada um é contado
individualmente, ou seja, para cada parte a fluência do prazo ocorre com a juntada de seu aviso de recebimento ou de
seu mandado aos autos, por exemplo.
Há mais duas regrinhas de menor importância cuja leitura basta:
Art. 231. (...) § 3º Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte ou por quem, de qualquer forma,
participe do processo, sem a intermediação de representante judicial, o dia do começo do prazo para cumprimento
da determinação judicial corresponderá à data em que se der a comunicação.
Art. 230. O prazo para a parte, o procurador, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública e o Ministério Público será
contado da citação, da intimação ou da notificação.
Vamos a uma questão da VUNESP:
(VUNESP – Prefeitura de São José dos Campos/SP – 2019) Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do
começo do prazo:
a) a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça.
b) a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for pelo correio.
c) a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria.
d) o dia da carga, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico.
e) a data de publicação, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da
secretaria.
RESOLUÇÃO: a) INCORRETA.
A data de juntada aos autos do aviso de recebimento será considerada dia do começo do prazo quando a citação ou a
intimação for pelo correio!
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo: 
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I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio;
b) INCORRETA. A data de juntada aos autos do mandado cumprido será considerada dia do começo do prazo quando a
citação ou a intimação for feita pelo oficial de justiça.
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo: 
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça;
c) CORRETA. Será considerado dia de começo do prazo a data de ocorrência da citação ou da intimação quando ela se
der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria.
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo: 
I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio;
III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria;
d) INCORRETA. O dia da carga será considerado dia do começo do prazo quando a intimação se der por meio da
retirada dos autos, em carga, do cartório ou da secretaria.
VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da secretaria.
e) INCORRETA. A data de publicação será considerada o dia do começo do prazo quando a intimação se der pelo Diário
da Justiça impresso ou eletrônico.
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo: 
VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico;
Resposta: C
REFERÊNCIAS:
[1] Quando um ato processual é publicado no Diário de Justiça Eletrônico, o Poder Judiciário está comunicando ao
advogado (ou até mesmo as partes ou interessados que quiserem acompanhar de perto o andamento do processo), que
o mesmo teve andamento e que algum ato (sentença, despacho ou ato ordinatório) foi publicado.
[3]Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo: 
I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio;
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça;
III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivãoou do chefe de secretaria;
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por edital;
V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta se dê,
quando a citação ou a intimação for eletrônica;
VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de juntada da carta aos autos
de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em cumprimento de carta;
VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico;
VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da secretaria.
IX - o quinto dia útil seguinte à confirmação, na forma prevista na mensagem de citação, do recebimento da citação
realizada por meio eletrônico. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
(...)
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§ 4º Aplica-se o disposto no inciso II do caput à citação com hora certa.
[4] Caso o advogado da parte não tenha consultado o referido teor do ato de intimação ou citação.
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Prazos Diferenciados
Litisconsortes com Procuradores Diferentes
Suponha que dois autores, com advogados diferentes que não integram o mesmo escritório de advocacia, ingressaram
com uma mesma ação – situação a qual denominamos litisconsórcio no polo ativo da ação. Caso o juiz profira uma
sentença desfavorável a ele, ambos os litisconsortes terão um prazo comum para recorrer. 
Portanto, como há mais de uma parte e estas são representadas por advogados diferentes, você há de concordar
que fica mais difícil para os advogados prepararem as peças processuais (no caso, as peças do recurso) já que eles não
poderão, em tese, retirar os autos do cartório pelo fato de existir a possibilidade de o advogado da outra parte poder tê-
los retirado antes para poder formular sua peça.
Considerando esse problema, como resolvê-lo? O CPC/2015 solucionou da seguinte forma:
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos
contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de
requerimento.
§ 1o Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um
deles.
§ 2o Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.
Portanto, muita atenção!
Se os litisconsortes tiverem
(1) diferentes procuradores que integrem (2) escritórios de advocacia distintos...
terão prazo em dobro (2x) para todas as suas manifestações
...Em qualquer juízo ou tribunal, independente de requerimento ao juiz!
Pergunta: Se os advogados dos litisconsortes forem diferentes, mas pertencerem ao mesmo escritório de advocacia, ainda
assim eles terão direito ao prazo em dobro?
NÃO! O art. 229 do CPC exige, expressamente, para a concessão do prazo em dobro, que os advogados sejam de
escritórios diferentes. Assim, se os litisconsortes tiverem advogados diferentes, mas estes forem do mesmo escritório,
o prazo será simples (não em dobro).
Imagine que em um processo haja dois réus em litisconsórcio (João e Pedro), representados por advogados diferentes, de
escritórios distintos. Ocorre que apenas um deles (João) apresentou defesa, sendo Pedro revel (ou seja, o processo correrá
contra ele sem a sua manifestação e participação). João continuará tendo prazo em dobro para as demais manifestações
nos autos?
NÃO! Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 réus, é oferecida defesa por apenas um deles.
Como um dos réus permaneceu inerte, o Código infere que ele não tem interesse em atuar no processo, de forma que
seu litisconsorte terá a possibilidade de consultar de forma irrestrita os autos físicos.
E há aplicação do prazo em dobro no caso dos autos eletrônicos?
NÃO! Como os autos eletrônicos ficam disponíveis para todos os sujeitos do processo ininterruptamente, (vinte e
quatro horas por dia), não há razão para conceder o prazo em dobro aos litisconsortes em tal caso.
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Vamos de VUNESP?
(VUNESP – Prefeitura de Porto Ferreira – 2017 - Adaptada) Julgue o item abaixo.
Se os autos do processo forem eletrônicos, havendo pluralidade de réus assistidos por advogados diferentes, mesmo
que pertençam a sociedade de advogados em comum, estes terão o benefício da contagem de prazo dobrado para se
defender.
RESOLUÇÃO: O art. 229 do CPC exige, expressamente, para a concessão do prazo em dobro, que os advogados sejam
de escritórios diferentes. Assim, se os litisconsortes tiverem advogados diferentes, mas estes forem do mesmo
escritório, o prazo será simples (não em dobro).
Além disso, o prazo dobrado não se aplica a processo que tramita por autos eletrônicos!
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados
em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.
§ 1º Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles.
§ 2º Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.
Item incorreto
Outros Sujeitos Processuais com Prazos Diferenciados
O CPC/2015 modificou de forma significativa a questão dos prazos processuais referentes à Fazenda Pública[1]. Veja só:
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito
público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da
intimação pessoal.
§ 2º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o
ente público”
A mesma regra se aplica ao Ministério Público e à Defensoria Pública: 
Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua
intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1o.
§ 1º Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem o oferecimento de parecer, o juiz requisitará os autos e
dará andamento ao processo.
§ 2º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o
Ministério Público.
(...)
Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais.
§ 1º O prazo tem início com a intimação pessoal do defensor público, nos termos do art. 183, § 1o.
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§ 2º A requerimento da Defensoria Pública, o juiz determinará a intimação pessoal da parte patrocinada quando o ato
processual depender de providência ou informação que somente por ela possa ser realizada ou prestada.
§ 3º O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito reconhecidas na forma da
lei e às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a Defensoria Pública.
Perceba que também têm o privilégio de prazo em dobro os escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito
reconhecidas na forma da lei e as entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de convênios
firmados com a Defensoria Pública (art. 186, § 3º).
Hora de resolvermos uma questão:
(FGV – MP/RJ – 2016) Julgue o item abaixo:
O Ministério Público dispõe do prazo em quádruplo para contestar.RESOLUÇÃO: Item incorreto. O Ministério Público dispõe do prazo em dobro (2x) para contestar:
Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua
intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1º.
REFERÊNCIA:
[1] O termo Fazenda Púbica é frequentemente utilizado no Processo Civil e refere-se à atuação em juízo das Pessoas
Jurídicas de Direito Público: União, o Estado, o Município, bem como as entidades da administração direta e indireta
dotadas de personalidade de direito público (exceto as que possuem personalidade de direito privado).
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Suspensão dos Prazos Processuais
Os advogados também precisam de férias! Todos os anos, os prazos processuais estarão suspensos entre os dias 20
de dezembro e 20 de janeiro, durante parte do recesso do Judiciário. 
A orientação está prevista no art. 220, CPC/2015. Além disso, ao longo desse período também não serão realizadas
audiências nem sessões de julgamento (artigo 220, § 2º).
Art. 220. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro,
inclusive.
§ 2º Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento.
§ 1o Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do Ministério Público,
da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições durante o
período previsto no caput.
No entanto, é importante reforçar o fato de que, no período em questão, os prazos são suspensos e não
interrompidos. Quando ocorre sua suspensão, os prazos param de ser contados e na sua retomada, voltam de onde
parou - devemos voltar a contar o prazo que “sobrou”!
Vamos aprofundar:
Determinada sentença foi disponibilizada no Diário da Justiça em 15 de dezembro (sendo esta, por exemplo, uma quinta-
feira), sua publicação se considera ocorrida em 16 de dezembro (sexta-feira). Como a contagem dos prazos processuais
é feita excluindo-se o seu dia de início (que ocorreu na data de publicação), começamos a contar o prazo para embargos
de declaração[1] no dia 19 de dezembro (segunda-feira), ficando “paralisada” a contagem entre 20 de dezembro e 20
de janeiro do ano seguinte (uma sexta-feira). 
Como 21 de janeiro foi sábado e 22 de janeiro foi domingo, o prazo volta a ser contado em 23 de janeiro (segunda-feira e
segundo dia para a oposição dos embargos). Então, concluímos que o prazo final para apresentação dos embargos de
declaração se dá em 26 de janeiro (quinta-feira).
O período de 20 de dezembro e 20 de janeiro indicado na regra em destaque não se confunde com:
→ as férias forenses
→ os feriados
→ os recessos forenses
Esse período de suspensão dos prazos ocorrerá no período de 20 de dezembro e 20 de janeiro somente a suspensão
dos prazos, nada tendo a ver com as datas de funcionamentos dos Tribunais, que serão por eles reguladas.
Veja uma questão da VUNESP:
(VUNESP – FAPESP – 2018) Com relação aos prazos processuais, julgue o item abaixo:
Se interrompe o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro.
RESOLUÇÃO: Item incorreto. No período em questão, os prazos são suspensos e não interrompidos. 
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
Quando ocorre sua suspensão, os prazos param de ser contados e na sua retomada, voltam de onde parou - devemos
voltar a contar o prazo que “sobrou”:
Art. 220. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro,
inclusive.
Veja uma questão:
(IESES – TJ/MA – 2008) Julgue o item abaixo:
Nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, o curso dos prazos processuais ficará suspenso
RESOLUÇÃO: Perfeito. É isso mesmo.
Art. 220. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro,
inclusive.
Também há mais três hipóteses que geram a suspensão dos prazos processuais:
Art. 221. Suspende-se o curso do prazo por (1) obstáculo criado em detrimento da parte ou ocorrendo (2) qualquer das
hipóteses do art. 313[2], devendo o prazo ser restituído por tempo igual ao que faltava para sua complementação.
Parágrafo único. Suspendem-se os prazos durante a (3) execução de programa instituído pelo Poder Judiciário
para promover a autocomposição, incumbindo aos tribunais especificar, com antecedência, a duração dos trabalhos.
Veja de forma esquematizada quais são as hipóteses que suspendem o curso do prazo processual:
Obstáculo criado em detrimento da parte 
Exemplo: A parte retira indevidamente os autos físicos do cartório ou secretaria, sendo a outra parte necessita também
dos autos do processo já que o prazo é comum para ambas.
Esse é um exemplo clássico de obstáculo que enseja a restituição do prazo à parte que foi prejudicada.
Nos casos de suspensão do processo arrolados pelo artigo 313:
A suspensão do processo pode ocorrer por vários motivos, como pela morte ou pela perda da capacidade processual de
qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador, pela convenção das partes, pela arguição de
impedimento ou de suspeição, pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas, dentre outros
enumerados no dispositivo.
Durante a execução de programa instituído para a promoção da autocomposição
Esse caso de suspensão dos prazos processuais veio para permitir que os advogados possam participar das audiências
marcadas para autocomposição. Assim, esses profissionais não precisam se preocupar em cumprir os prazos
processuais pendentes!
REFERÊNCIAS:
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[1] Embargos de declaração é uma espécie de recurso pelo qual uma das partes pede ao juiz (ou ao tribunal) que seja
esclarecido determinado aspecto de uma decisão proferida por ele, quando houver alguma dúvida, omissão,
contradição ou obscuridade. O prazo para sua apresentação é de 5 dias.
[2] Art. 313. Suspende-se o processo:
I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu
procurador;
II - pela convenção das partes;
III - pela arguição de impedimento ou de suspeição;
IV- pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas;
V - quando a sentença de mérito:
a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica que
constitua o objeto principal de outro processo pendente;
b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a
outro juízo;
VI - por motivo de força maior;
VII - quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos da navegação de competência do Tribunal
Marítimo;
VIII - nos demais casos que este Código regula.
IX - pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável pelo processo constituir a única patrona
da causa;
X - quando o advogado responsável pelo processo constituir o único patrono da causa e tornar-se pai. 
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Classificação dos Prazos Processuais
Os prazos processuais podem ser classificados quanto à origem, às consequências processuais (de seu
descumprimento), à possibilidade de dilação (ou seja, se podem ser alterados - ou não), à exclusividade e, por
fim, quanto à unidade de tempo em que são medidos.
Separei para você uma tabela com as principais classificações e as regras do CPC/2015 sobre cada espécie de prazo.
Vamos lá?
Quanto à origem,podemos ter:
PRAZOS LEGAIS PRAZOS JUDICIAIS PRAZOS CONVENCIONAIS
São os prazos fixados
por lei
É a regra geral do
sistema:
Art. 218. Os atos processuais
serão realizados nos prazos
prescritos em lei.
As partes (com a
participação do
juiz) poderão fixar
outros prazos
diferentes dos que
estabelecem a lei (art.
190 e 191)
São os prazos fixados pelo Juiz
Serão estabelecidos se
houver omissão da lei:
Art. 218, § 1º. Quando a lei for omissa, o juiz
determinará os prazos em consideração à
complexidade do ato.
! E se o prazo não for estabelecido pela lei
nem pelo juiz?
 ↓ 
O CPC/2015 estabelece o prazo genérico
de 5 (cinco) dias para a prática do ato a
cargo da parte! 
Veja:
Art. 218 § 3º. Inexistindo preceito legal
ou prazo determinado pelo juiz, será de 5
(cinco) dias o prazo para a prática de ato
processual a cargo da parte.
Imagine o caso das partes que
são intimadas a comparecer em
juízo para serem interrogadas.
No entanto, não há prazo
São os prazos
fixados em
convenção –
 negociados pelas
partes.
Exemplo: o prazo
ajustado pelas partes
para devolução dos
autos ao cartório, na
hipótese de prazo
comum.
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estabelecido na lei e o juiz se
esqueceu de estabelecê-lo.
Como fica a situação?
↓
As partes só ficam obrigadas a
comparecer em juízo após o transcurso de
48 (quarenta e oito horas) da intimação:
Art. 218, § 2º. Quando a lei ou o juiz não
determinar prazo, as intimações somente
obrigarão a comparecimento após
decorridas 48 (quarenta e oito) horas.
(As partes e seus procuradores obviamente
precisam se preparar para irem à juízo!)
Resolva a questão:
CESPE – TRE/PE – 2017 - Adaptada) Julgue o item abaixo:
Na ausência de preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de cinco dias úteis o prazo para a prática de ato
processual a cargo da parte.
RESOLUÇÃO: Perfeito!
O prazo “subsidiário”, que é aquele que a lei estabelece quando não houver previsão específica em lei ou determinação
pelo juiz, será de CINCO DIAS!
Veja o esquema abaixo:
→ Se a lei não fixar um prazo para a parte praticar algum ato, o juiz o determinará de acordo com a complexidade
do ato.
→ Se o juiz não determinar, o CPC fixou um prazo de 5 dias para a prática do ato!
Art. 218, § 1º Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato.
§ 3º Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual
a cargo da parte.
Outra questão:
(FGV – AL/MT – 2013 - Adaptada) Considerando a falta de previsão legal para a prática de um ato processual e a
omissão do magistrado no mesmo sentido, assinale a alternativa que indica corretamente o prazo para a prática dos
atos processuais.
a) Cinco dias.
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b) Dez dias.
c) Quinze dias.
d)Trinta dias.
RESOLUÇÃO: O prazo “subsidiário”, que é aquele que a lei estabelece quando não houver previsão específica em
lei ou determinação pelo juiz, será de CINCO DIAS! Veja o esquema abaixo:
→ Se a lei não fixar um prazo para a parte praticar algum ato, o juiz o determinará de acordo com a complexidade
do ato.
→ Se o juiz não determinar, o CPC fixou um prazo de 5 dias para a prática do ato!
Art. 218, § 1º Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato.
§ 3º Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato
processual a cargo da parte
Resposta: A
Quanto às consequências processuais, temos:
PRAZOS PRÓPRIOS PRAZOS IMPRÓPRIOS
São os prazos que devem ser obedecidos pelas partes do
processo
Se descumpridos → ocorre a preclusão temporal, que
nada mais é do que a perda da faculdade de praticar o
ato processual. Tal perda é automática: ocorre
independentemente de declaração judicial.
! No entanto, caso a parte apresente justificativa plausível para o
descumprimento do prazo e o juiz verifique que ocorreu justa
causa
↓
Justa causa: evento que foge à vontade da parte e que impede que
ela pratique o ato, por si ou por outra pessoa (o mandatário), como
uma enchente que atinge o fórum, por exemplo.
↓
Nesse caso, juiz permitirá que o ato processual seja praticado
novamente, mas atenção: dessa vez será no prazo que o
magistrado determinar!
São prazos que devem ser observados pelo
Juiz
serventuários
escrivão
Ministério Público (fiscal da lei!)
Se descumpridos ☐ NÃO ocorre preclusão
temporal, ou seja: ainda poderão ser
praticados após o transcurso do prazo.
Exemplo: 
Art. 226. O juiz proferirá:
I - os despachos no prazo de 5 (cinco) dias;
II - as decisões interlocutórias no prazo de 10
(dez) dias;
III - as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias.
Art. 227. Em qualquer grau de jurisdição,
havendo motivo justificado, pode o juiz
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Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de
emendar o ato processual, independentemente de declaração
judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o
realizou por justa causa.
§ 1º Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e
que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário.
§ 2o Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do
ato no prazo que lhe assinar.
exceder, por igual tempo, os prazos a que
está submetido.
Quanto à possibilidade de dilação, temos:
PRAZOS DILATÓRIOS PRAZOS PEREMPTÓRIOS
São os prazos fixados em normas
dispositivas: as partes podem dispor do
prazo, aumentando-os ou reduzindo-os
 ↓ 
Ex: Prazo de suspensão do processo por convenção das
partes (art. 313, II) 
No CPC/2015, todos os prazos podem ser
alterados por acordo entre partes, inclusive os
peremptórios
 São os prazos que não podem ser alterados
pela vontade das partes
Não podem ser reduzidos pelo juiz, a não
ser que as partes concordem:
Art. 222, § 1º. Ao juiz é vedado reduzir prazos
peremptórios sem anuência das partes.
Essa distinção perdeu utilidade prática 
 ↓
No CPC/2015, todos os prazos podem ser alterados por
convenção das partes (nos processos que admitem
autocomposição).
Contudo, continua sendo cobrada nos concursos:
(FCC – TRT/MS – 2017) Julgue o item abaixo:
É lícito ao juiz reduzir em caráter excepcional algum
prazo peremptório independentemente de anuência das
partes.
RESOLUÇÃO:
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INCORRETA. Os prazos peremptórios só podem ser
reduzidos com a anuência das partes. 
Imagine um processo que tramite na Comarca de Japurá, no Amazonas, a 1.498 quilômetros da Capital Manaus.
Foi pensando nesse tipo de situação que o CPC permitiu que o juiz prorrogue todos os prazos processuais por até 2
meses em processos que tramitam em comarcas de difícil acesso como essa, qualquer que seja a sua natureza.
Se houver ainda calamidade pública, o prazo de dois meses poderá ser excedido!
Art. 222. Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá prorrogar os prazos
por até 2 (dois) meses.
§ 2º Havendo calamidade pública, o limite previsto no caput para prorrogação de prazos poderá ser excedido.
Vamos de VUNESP?
(VUNESP – SAAE/SP – 2018) Assinale a alternativa correta sobre o prazo processual.
a) Será considerado intempestivo o ato praticado antes do termo inicial.
b) Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas 24
(vinte e quatro)horas.
c) Salvo disposição em contrário, serão contados incluindo o dia do começo e excluindo o dia do vencimento.
d) A parte não poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, mesmo que o faça de maneira
expressa.
e) Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá, como regra, prorrogá-los por até
2 (dois) meses.
RESOLUÇÃO: a) INCORRETA. O ato praticado antes do termo inicial será considerado tempestivo.
Art. 218, § 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
b) INCORRETA. Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento após
decorridas 48 (QUARENTA E OITO) HORAS.
Art. 218, § 2º Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento após
decorridas 48 (quarenta e oito) horas.
c) INCORRETA. Salvo disposição em contrário, serão contados EXCLUINDO o dia do começo e INCLUINDO o dia do
vencimento.
Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do
vencimento.
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d) INCORRETA. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, DESDE QUE o faça de
maneira expressa.
Art. 225. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira
expressa.
e) CORRETA. Em regra, os prazos poderão ser prorrogados por até 2 meses na comarca, seção ou subseção judiciária
onde for difícil o transporte, podendo o limite ser excedido caso haja calamidade pública.
Art. 222. Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá prorrogar os prazos por até 2
(dois) meses.
§ 2º Havendo calamidade pública, o limite previsto no caput para prorrogação de prazos poderá ser excedido.
Veja que interessante esta questão:
(FGV – TJ/AM – 2005) Julgue o item abaixo:
O juiz poderá, nas Comarcas onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de vinte dias.
RESOLUÇÃO: Nada disso! 
O CPC/2015 autoriza que o juiz prorrogue os prazos processuais por até dois meses, em comarcas onde for difícil o
transporte:
Art. 222. Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá prorrogar os prazos por até 2
(dois) meses.
Quanto à exclusividade:
PRAZOS PARTICULARES PRAZOS COMUNS
São os prazos fixados para cada uma das partes,
individualmente
Ex: Prazos para resposta do réu e para o autor se manifestar sobre a
contestação
Como o prazo particular compete à parte de forma individual, é possível
que ela o renuncie sem necessidade de consentimento da parte
contrária ou de homologação do juiz
ATENÇÃO! A renúncia deve ser expressa: 
Art. 225. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente
em seu favor, desde que o faça de maneira expressa.
São os prazos fixados para
ambas as partes, de forma
comum
Ex: Prazo para interposição de recurso
em caso de sucumbência recíproca.
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Verificação dos Prazos e Penalidades
O juiz possui a incumbência de dirigir o processo e zelar pela sua razoável duração. Como consequência disso, tem
também o dever de verificar se os seus auxiliares (serventuários como o escrivão, o chefe de secretaria e o oficial de
justiça) descumpriram os prazos previstos na legislação:
Art. 233. Incumbe ao juiz verificar se o serventuário excedeu, sem motivo legítimo, os prazos estabelecidos em lei.
§ 1º Constatada a falta, o juiz ordenará a instauração de processo administrativo, na forma da lei.
§ 2º Qualquer das partes, o Ministério Público ou a Defensoria Pública poderá representar ao juiz contra o serventuário
que injustificadamente exceder os prazos previstos em lei.
Veja só os prazos estipulados para os serventuários:
Art. 228. Incumbirá ao serventuário remeter os autos conclusos no prazo de 1 (um) dia e executar os atos processuais
no prazo de 5 (cinco) dias, contado da data em que:
I - houver concluído o ato processual anterior, se lhe foi imposto pela lei;
II - tiver ciência da ordem, quando determinada pelo juiz.
§ 1º Ao receber os autos, o serventuário certificará o dia e a hora em que teve ciência da ordem referida no inciso II.
§ 2º Nos processos em autos eletrônicos, a juntada de petições ou de manifestações em geral ocorrerá de forma
automática, independentemente de ato de serventuário da justiça.
Portanto, se liga:
Os prazos para o serventuário são de:
1 (um) dia para encaminhar os autos à conclusão[1]
5 (cinco) dias para executar os atos processuais, contados da data:
→ em que concluiu o ato anterior
OU
→ que tiver conhecimento da determinação do juiz. 
Além disso, os advogados[2] das partes possuem o direito de retirar os autos do cartório ou da secretaria (“fazer a carga
dos autos”, sempre que tiverem que cumprir prazo para praticar determinado ato processual, a não ser que haja prazo
comum para a prática, que seguirá um outro regramento.
Caso não devolvam os autos físicos no fim prazo que foi determinado, 
→ o advogado será intimado para que devolva os autos, 
→ caso não devolva os autos no prazo de 3 (três) dias:
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
perderá o direito à vista fora de cartório: ou seja, não poderá mais retirar os autos do cartório para levar
ao seu local de trabalho
incorrerá em multa correspondente à metade do salário-mínimo.
o juiz comunicará o fato à OAB Seccional para procedimento disciplinar e imposição de multa
administrativa OU ao órgão competente responsável pela instauração de procedimento disciplinar
contra o membro Ministério Público, da Defensoria Pública ou da Advocacia Pública, (a multa, nesse
último caso, será aplicada ao agente público responsável pelo ato).
Acompanhe pelos dispositivos abaixo:
Art. 234. Os advogados públicos ou privados, o defensor público e o membro do Ministério Público devem restituir os
autos no prazo do ato a ser praticado.
§ 1o É lícito a qualquer interessado exigir os autos do advogado que exceder prazo legal.
§ 2o Se, intimado, o advogado não devolver os autos no prazo de 3 (três) dias, perderá o direito à vista fora de cartório e
incorrerá em multa correspondente à metade do salário-mínimo.
§ 3o Verificada a falta, o juiz comunicará o fato à seção local da Ordem dos Advogados do Brasil para procedimento
disciplinar e imposição de multa.
§ 4o Se a situação envolver membro do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da Advocacia Pública, a multa, se
for o caso, será aplicada ao agente público responsável pelo ato.
§ 5o Verificada a falta, o juiz comunicará o fato ao órgão competente responsável pela instauração de procedimento
disciplinar contra o membro que atuou no feito.
Temos, também, um procedimento a ser seguido caso o juiz exceda os prazos previstos para a prática dos atos de sua
competência. no entanto, sugiro que apenas leia os dispositivos, já que não é um tópico relevante para fins de prova:
Art. 235. Qualquer parte, o Ministério Público ou a Defensoria Pública poderá representar ao corregedor do tribunal ou
ao Conselho Nacional de Justiça contra juiz ou relator que injustificadamente exceder os prazos previstos em lei,
regulamento ou regimento interno.
§ 1º Distribuída a representação ao órgão competente e ouvido previamente o juiz, não sendo caso de arquivamento
liminar, será instaurado procedimento para apuração da responsabilidade, com intimação do representado por meio
eletrônico para, querendo, apresentar justificativa no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º Sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis, em até 48 (quarentae oito) horas após a apresentação ou não
da justificativa de que trata o § 1o, se for o caso, o corregedor do tribunal ou o relator no Conselho Nacional de Justiça
determinará a intimação do representado por meio eletrônico para que, em 10 (dez) dias, pratique o ato.
§ 3º Mantida a inércia, os autos serão remetidos ao substituto legal do juiz ou do relator contra o qual se representou
para decisão em 10 (dez) dias.
Veja uma questão:
(CESPE – TRF1 – 2017) Julgue o item, relativo aos atos processuais.
O serventuário deverá remeter os autos conclusos no prazo de um dia contado da data em que tiver cumprido ato
processual anterior; o não cumprimento dessa regra, sem motivo legítimo, acarretará a instauração de processo
administrativo.
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RESOLUÇÃO: Isso mesmo! O serventuário deverá remeter os autos conclusos no prazo de um dia contado da data em
que tiver cumprido ato processual anterior:
Art. 228. Incumbirá ao serventuário remeter os autos conclusos no prazo de 1 (um) dia e executar os atos processuais no
prazo de 5 (cinco) dias, contado da data em que:
I - houver concluído o ato processual anterior, se lhe foi imposto pela lei;
Se não houver motivo legítimo que justifique o descumprimento do prazo, poderá ser instaurado processo
administrativo contra o serventuário:
Art. 233. Incumbe ao juiz verificar se o serventuário excedeu, sem motivo legítimo, os prazos estabelecidos em lei.
§ 1º Constatada a falta, o juiz ordenará a instauração de processo administrativo, na forma da lei.
Ufa! Estudar prazos é realmente cansativo, mas valeu a pena termos chegado até aqui, não? 
Vamos esquematizar os pontos mais importantes deste tópico?
PRAZOS PROCESSUAIS
Conceito: Lapso temporal que existe entre dois termos:
(1) Termo Inicial (dies a quo) → (2) Termo Final (dies ad quem)
 PRAZO
Classificação:
Quanto à origem:
Legais
Judiciais
→ Em caso de omissão da lei
→ Omissão da lei E do juiz: 5 dias (prazo subsidiário)
Convencionais
Quanto às consequências de seu descumprimento:
Próprios
Impróprios – não geram preclusão!
→ Prazos do juiz:
Despachos: 5 dias
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decisões interlocutórias: 10 dias
sentenças: 30 dias.
→ Se houver motivo justificado, pode o juiz exceder, por igual tempo, os prazos a que está submetido.
Contagem dos prazos processuais
→ EXCLUI o dia do começo
INCLUI o dia do vencimento
→ Contam-se apenas os dias úteis
→ Entre 20 de janeiro e 20 de janeiro: 
suspensão dos prazos processuais
não se realizam audiências
não se realizam sessões de julgamentos
Prazos Especiais:
Litisconsortes com
→ Diferentes procuradores de diferentes escritórios
→ Apenas em processos físicos
↓
Prazo em DOBRO para TODAS as manifestações (contestar, recorrer etc.)! 
Ministério Público
Fazenda Pública Prazo em DOBRO para TODAS as manifestações (contestar, recorrer etc.)! 
Defensoria Pública
REFERÊNCIAS:
[1] Encaminhar os autos à conclusão significa “enviar” o processo ao juiz para que ele se pronuncie sobre alguma
questão.
[2] O mesmo se dá com relação aos advogados públicos, defensores públicos e membros do Ministério Público, que
terão acesso aos autos mediante retirada em carga ou remessa.
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Legislação utilizados nesta aula
Código de Processo Civil
Atos Processuais
Seção I
Dos atos em geral
Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a
exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.
Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:
I - em que o exija o interesse público ou social;
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda
de crianças e adolescentes;
III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade
estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.
§ 1o O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certidões de seus atos é
restrito às partes e aos seus procuradores.
§ 2o O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como
de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes
estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus,
poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo,
recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que
alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o
caso.
§ 1o O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos
excepcionais, devidamente justificados.
§ 2o Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas
tiverem sido designadas no calendário.
Art. 192. Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa.
Parágrafo único. O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando
acompanhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou firmada
por tradutor juramentado.
Seção II
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Da Prática Eletrônica de Atos Processuais
Art. 193. Os atos processuais podem ser total ou parcialmente digitais, de forma a permitir que sejam produzidos,
comunicados, armazenados e validados por meio eletrônico, na forma da lei.
Parágrafo único. O disposto nesta Seção aplica-se, no que for cabível, à prática de atos notariais e de registro.
Art. 194. Os sistemas de automação processual respeitarão a publicidade dos atos, o acesso e a participação das partes
e de seus procuradores, inclusive nas audiências e sessões de julgamento, observadas as garantias da disponibilidade,
independência da plataforma computacional, acessibilidade e interoperabilidade dos sistemas, serviços, dados e
informações que o Poder Judiciário administre no exercício de suas funções.
Art. 195. O registro de ato processual eletrônico deverá ser feito em padrões abertos, que atenderão aos requisitos de
autenticidade, integridade, temporalidade, não repúdio, conservação e, nos casos que tramitem em segredo de justiça,
confidencialidade, observada a infraestrutura de chaves públicas unificada nacionalmente, nos termos da lei.
Art. 196. Compete ao Conselho Nacional de Justiça e, supletivamente, aos tribunais, regulamentar a prática e a
comunicação oficial de atos processuais por meio eletrônico e velar pela compatibilidade dos sistemas, disciplinando a
incorporação progressiva de novos avanços tecnológicos e editando, para esse fim, os atos que forem necessários,
respeitadas as normas fundamentais deste Código.
Art. 197. Os tribunais divulgarão as informações constantes de seu sistema de automaçãoDA LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................................................................
PRÁTICA DOS ATOS PROCESSUAIS POR ESCRITO (EM PAPEL OU MEIO VIRTUAL)............................................................................................
TEMPO DOS ATOS PROCESSUAIS..................................................................................................................
PRAZOS........................................................................................................................................................
FORMA DE CONTAGEM DOS PRAZOS PROCESSUAIS.........................................................................................................................................
PRAZOS DIFERENCIADOS.....................................................................................................................................................................................
SUSPENSÃO DOS PRAZOS PROCESSUAIS...........................................................................................................................................................
CLASSIFICAÇÃO DOS PRAZOS PROCESSUAIS.....................................................................................................................................................
VERIFICAÇÃO DOS PRAZOS E PENALIDADES......................................................................................................................................................
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
Atos Processuais: Forma, Tempo e Lugar e Prazos
Introdução e Conceito
Na aula introdutória, analisamos o processo judicial sob algumas perspectivas. Vamos relembrá-las?
→ método de criação de normas jurídicas: no caso específico do Poder Judiciário, o juiz, ao aplicar as normas
gerais a um caso concreto trazido em juízo, cria uma lei específica, dentro do processo, para as partes envolvidas –
que se dá quando ele profere uma sentença. Em outras palavras, a sentença vale como lei para elas, seja favorável
ou desfavorável aos seus interesses, devendo ser obrigatoriamente cumprida.
→ ato jurídico complexo: diz-se que o processo é um conjunto de atos jurídicos realizados sucessivamente que se
relacionam ordenadamente entre si, constituindo parte integrante do processo destinado a realizar uma
finalidade – nesse caso, a de pôr fim ao conflito de interesses mencionado por nós logo acima, através de
um procedimento definido por lei. 
→ relação jurídica: o processo, sob esse enfoque, é analisado tendo por base as relações que são estabelecidas
entre os vários sujeitos que nele atuam. Assim, podem ser formadas inúmeras relações entre eles. Em seu
conjunto, elas podem ser consideradas como uma das bases do processo.
Portanto, hoje daremos enfoque à perspectiva do processo judicial como um ato jurídico complexo, que compreende
um conjunto de atos realizados de forma sucessiva e que se relacionam de forma ordenada entre si. 
Veja como isso ocorre na prática:
Atropelada por um micro-ônibus em Uberaba (MG), Bárbara precisou se submeter a um procedimento cirúrgico emergencial.
Foi operada por Bruno, cirurgião renomado e conhecido de sua família. Durante a cirurgia, uma grave lesão foi causada ao
intestino da paciente, resultando em complicações que a deixaram internada em estado gravíssimo por oito meses.
Felizmente, ela conseguiu se recuperar do ocorrido, sem sequelas em seu órgão!
Uma vez recuperada, ela consultou seu advogado e decidiu ajuizar ação de indenização por danos materiais e morais em
face do médico que realizou a cirurgia, pretendendo provar a imperícia de Bruno no curso de um processo judicial.
Ajuizada a petição inicial, o juiz manda citar Bruno, o réu, e designa uma audiência para que as partes tenham
a oportunidade de entrar em acordo. No entanto, como a tentativa de conciliação restou frustrada, o juiz abriu um prazo
para o réu apresentar uma resposta aos fatos alegados pela autora. Passada a fase em que as provas são produzidas e
apreciadas, o juiz profere sentença e manda intimar as partes, para que estas possam interpor recurso, caso necessário.
Assim, caso Bruno considere a sentença proferida desfavorável aos seus interesses, poderá apresentar um recurso para
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atacar a decisão, ocasião em que a autora Bárbara será intimada para apresentar contrarrazões ao recurso do réu. E
por aí vai...
Percebe que existem vários atos que podem ocorrer dentro de um processo, de forma ordenada e sucessiva?
Tendo em vista essas linhas gerais, qual a definição de ato processual?
Assim, ao produzirem efeito jurídico no processo, podemos dizer que os atos processuais impulsionam o processo no
sentido de obter uma decisão final. Temos como exemplos de atos processuais: a citação do réu efetivada pelo Oficial
de Justiça, o depoimento prestado por testemunha durante a audiência, a desistência da ação pela parte autora, a
juntada de um documento ao processo pelo servidor do cartório... como havia mencionado: são vários os atos
processuais!
Com essa definição, já podemos excluir da definição de ato processual os fatos processuais, acontecimentos
naturais com alguma repercussão no processo (perceba que eles não dependem da ação humana).
Você há de concordar que a morte das partes ou de seus procuradores tem enorme relevância para o curso do processo,
podendo provocar a sua suspensão ou até mesmo extinção; imagine agora uma enchente que atinge o fórum e destrói os
autos de vários processos. Não houve ação humana nesses casos. Contudo, é inegável que tais acontecimentos geram
efeitos no processo!
REFERÊNCIA:
[1] Imagem disponível em: https://setorsaude.com.br/wp-content/uploads/2015/03/Quase-metade-das-internações-por-
infecção-generalizada-são-evitáveis.jpg
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Classificação dos Atos Processuais
Tradicionalmente, existem vários critérios para classificação dos atos processuais. No entanto, para o seu concurso
específico, nos importa apenas a classificação dos atos processuais por quem os pratica: atos das partes,
pronunciamentos do juiz e atos do escrivão ou chefe de secretaria.
Vamos lá!
Atos das Partes
Os atos das partes são aqueles praticados pelo autor, pelo réu, pelos terceiros intervenientes e pelo Ministério
Público. Veja o que o CPC/2015 diz a respeito deles:
Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem
imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais
Percebemos, então, que os atos das partes podem ser divididos em:
ATOS UNILATERAIS 
São aqueles que precisam da manifestação da vontade de uma pessoa apenas para produzirem efeitos, ou seja, são
atos que a parte pratica sem necessitar da concordância da parte contrária 
Podemos elencar:
→ Atos de Postulação - Apresentação da petição inicial, Contestação, Interposição de Recursos e Requerimentos em
geral
→ Confissão
→ Renúncia etc...
ATOS BILATERAIS
São os atos processuais que necessitam da manifestação de vontade de dois sujeitos processuais para produzir
efeitos:
São exemplos:
→ Autocomposição: quando as partes entram em acordo sobre o objeto da ação.
→ Negócio Jurídico Processual: quando negociam alguma mudança no procedimento, por exemplo. 
Como regra geral, os atos das partes produzem efeitos imediatos. 
Mas professor, o que isso quer dizer? 
Que os atos processuais das partes não dependem de homologação judicial paraem página própria na rede
mundial de computadores, gozando a divulgação de presunção de veracidade e confiabilidade.
Parágrafo único. Nos casos de problema técnico do sistema e de erro ou omissão do auxiliar da justiça responsável pelo
registro dos andamentos, poderá ser configurada a justa causa prevista no art. 223, caput e § 1o.
Art. 198. As unidades do Poder Judiciário deverão manter gratuitamente, à disposição dos interessados, equipamentos
necessários à prática de atos processuais e à consulta e ao acesso ao sistema e aos documentos dele constantes.
Parágrafo único. Será admitida a prática de atos por meio não eletrônico no local onde não estiverem disponibilizados
os equipamentos previstos no caput.
Art. 199. As unidades do Poder Judiciário assegurarão às pessoas com deficiência acessibilidade aos seus sítios na rede
mundial de computadores, ao meio eletrônico de prática de atos judiciais, à comunicação eletrônica dos atos
processuais e à assinatura eletrônica.
Seção III
Dos Atos das Partes
Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente
a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.
Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial.
Art. 201. As partes poderão exigir recibo de petições, arrazoados, papéis e documentos que entregarem em cartório.
Art. 202. É vedado lançar nos autos cotas marginais ou interlineares, as quais o juiz mandará riscar, impondo a quem as
escrever multa correspondente à metade do salário-mínimo.
Seção IV
Dos Pronunciamentos do Juiz
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual
o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a
execução.
§ 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1o.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art223
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art485
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art487
§ 3o São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da
parte.
§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser
praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.
Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais.
Art. 205. Os despachos, as decisões, as sentenças e os acórdãos serão redigidos, datados e assinados pelos juízes.
§ 1o Quando os pronunciamentos previstos no caput forem proferidos oralmente, o servidor os documentará,
submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura.
§ 2o A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na forma da lei.
§ 3o Os despachos, as decisões interlocutórias, o dispositivo das sentenças e a ementa dos acórdãos serão publicados
no Diário de Justiça Eletrônico.
Seção V
Dos Atos do Escrivão ou do Chefe de Secretaria
Art. 206. Ao receber a petição inicial de processo, o escrivão ou o chefe de secretaria a autuará, mencionando o juízo, a
natureza do processo, o número de seu registro, os nomes das partes e a data de seu início, e procederá do mesmo
modo em relação aos volumes em formação.
Art. 207. O escrivão ou o chefe de secretaria numerará e rubricará todas as folhas dos autos.
Parágrafo único. À parte, ao procurador, ao membro do Ministério Público, ao defensor público e aos auxiliares da
justiça é facultado rubricar as folhas correspondentes aos atos em que intervierem.
Art. 208. Os termos de juntada, vista, conclusão e outros semelhantes constarão de notas datadas e rubricadas pelo
escrivão ou pelo chefe de secretaria.
Art. 209. Os atos e os termos do processo serão assinados pelas pessoas que neles intervierem, todavia, quando essas
não puderem ou não quiserem firmá-los, o escrivão ou o chefe de secretaria certificará a ocorrência.
§ 1o Quando se tratar de processo total ou parcialmente documentado em autos eletrônicos, os atos processuais
praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo
eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo, que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo
escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos advogados das partes.
§ 2o Na hipótese do § 1o, eventuais contradições na transcrição deverão ser suscitadas oralmente no momento de
realização do ato, sob pena de preclusão, devendo o juiz decidir de plano e ordenar o registro, no termo, da alegação e
da decisão.
Art. 210. É lícito o uso da taquigrafia, da estenotipia ou de outro método idôneo em qualquer juízo ou tribunal.
Art. 211. Não se admitem nos atos e termos processuais espaços em branco, salvo os que forem inutilizados, assim
como entrelinhas, emendas ou rasuras, exceto quando expressamente ressalvadas.
CAPÍTULO II
DO TEMPO E DO LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS
Seção I
Do Tempo
Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
§ 1o Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou
causar grave dano.
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§ 2o Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de
férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o
disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal.
§ 3o Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa deverá ser protocolada no
horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de organização judiciária local.
Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas do
último dia do prazo.
Parágrafo único. O horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser praticado será considerado para fins de
atendimento do prazo.
Art. 214. Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais, excetuando-se:
I - os atos previstos no art. 212, § 2o;
II - a tutela de urgência.
Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela superveniência delas:
I - os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quando puderem ser
prejudicados pelo adiamento;
II - a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador;
III - os processos que a lei determinar.
Art. 216. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias em que não
haja expediente forense.
Seção II
Do Lugar
Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em outro lugar em
razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido
pelo juiz.
CAPÍTULO III
DOS PRAZOS
Seção I
Disposições Gerais
Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.
§ 1o Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato.
§ 2o Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas
48 (quarenta e oito) horas.
§ 3o Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, seráde 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato
processual a cargo da parte.
§ 4o Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5xi
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art212%C2%A72
Art. 220. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro,
inclusive.
§ 1o Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do Ministério Público, da
Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições durante o período
previsto no caput.
§ 2o Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento.
Art. 221. Suspende-se o curso do prazo por obstáculo criado em detrimento da parte ou ocorrendo qualquer das
hipóteses do art. 313, devendo o prazo ser restituído por tempo igual ao que faltava para sua complementação.
Parágrafo único. Suspendem-se os prazos durante a execução de programa instituído pelo Poder Judiciário para
promover a autocomposição, incumbindo aos tribunais especificar, com antecedência, a duração dos trabalhos.
Art. 222. Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá prorrogar os prazos por
até 2 (dois) meses.
§ 1o Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes.
§ 2o Havendo calamidade pública, o limite previsto no caput para prorrogação de prazos poderá ser excedido.
Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente de
declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa.
§ 1o Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o ato por si ou por
mandatário.
§ 2o Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe assinar.
Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do
vencimento.
§ 1o Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com
dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da
comunicação eletrônica.
§ 2o Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário
da Justiça eletrônico.
§ 3o A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.
Art. 225. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira
expressa.
Art. 226. O juiz proferirá:
I - os despachos no prazo de 5 (cinco) dias;
II - as decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias;
III - as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias.
Art. 227. Em qualquer grau de jurisdição, havendo motivo justificado, pode o juiz exceder, por igual tempo, os prazos a
que está submetido.
Art. 228. Incumbirá ao serventuário remeter os autos conclusos no prazo de 1 (um) dia e executar os atos processuais
no prazo de 5 (cinco) dias, contado da data em que:
I - houver concluído o ato processual anterior, se lhe foi imposto pela lei;
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art313
II - tiver ciência da ordem, quando determinada pelo juiz.
§ 1o Ao receber os autos, o serventuário certificará o dia e a hora em que teve ciência da ordem referida no inciso II.
§ 2o Nos processos em autos eletrônicos, a juntada de petições ou de manifestações em geral ocorrerá de forma
automática, independentemente de ato de serventuário da justiça.
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos
contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de
requerimento.
§ 1o Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles.
§ 2o Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.
Art. 230. O prazo para a parte, o procurador, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública e o Ministério Público será
contado da citação, da intimação ou da notificação.
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio;
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça;
III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria;
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por edital;
V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta se dê,
quando a citação ou a intimação for eletrônica;
VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de juntada da carta aos autos
de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em cumprimento de carta;
VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico;
VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da secretaria.
IX - o quinto dia útil seguinte à confirmação, na forma prevista na mensagem de citação, do recebimento da citação
realizada por meio eletrônico. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 1o Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à última das datas a que
se referem os incisos I a VI do caput.
§ 2o Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente.
§ 3o Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte ou por quem, de qualquer forma, participe do processo,
sem a intermediação de representante judicial, o dia do começo do prazo para cumprimento da determinação judicial
corresponderá à data em que se der a comunicação.
§ 4o Aplica-se o disposto no inciso II do caput à citação com hora certa.
Art. 232. Nos atos de comunicação por carta precatória, rogatória ou de ordem, a realização da citação ou da intimação
será imediatamente informada, por meio eletrônico, pelo juiz deprecado ao juiz deprecante.
Seção II
Da Verificação dos Prazos e das Penalidades
Art. 233. Incumbe ao juiz verificar se o serventuário excedeu, sem motivo legítimo, os prazos estabelecidos em lei.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art232
§ 1o Constatada a falta, o juiz ordenará a instauração de processo administrativo, na forma da lei.
§ 2o Qualquer das partes, o Ministério Público ou a Defensoria Pública poderá representar ao juiz contra o serventuário
que injustificadamente exceder os prazos previstos em lei.
Art. 234. Os advogados públicos ou privados, o defensor público e o membro do Ministério Público devem restituir os
autos no prazo do ato a ser praticado.
§ 1o É lícito a qualquer interessado exigir os autos do advogado que exceder prazo legal.
§ 2o Se, intimado, o advogado não devolver os autos no prazo de3 (três) dias, perderá o direito à vista fora de cartório e
incorrerá em multa correspondente à metade do salário-mínimo.
§ 3o Verificada a falta, o juiz comunicará o fato à seção local da Ordem dos Advogados do Brasil para procedimento
disciplinar e imposição de multa.
§ 4o Se a situação envolver membro do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da Advocacia Pública, a multa, se
for o caso, será aplicada ao agente público responsável pelo ato.
§ 5o Verificada a falta, o juiz comunicará o fato ao órgão competente responsável pela instauração de procedimento
disciplinar contra o membro que atuou no feito.
Art. 235. Qualquer parte, o Ministério Público ou a Defensoria Pública poderá representar ao corregedor do tribunal ou
ao Conselho Nacional de Justiça contra juiz ou relator que injustificadamente exceder os prazos previstos em lei,
regulamento ou regimento interno.
§ 1o Distribuída a representação ao órgão competente e ouvido previamente o juiz, não sendo caso de arquivamento
liminar, será instaurado procedimento para apuração da responsabilidade, com intimação do representado por meio
eletrônico para, querendo, apresentar justificativa no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2o Sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis, em até 48 (quarenta e oito) horas após a apresentação ou não
da justificativa de que trata o § 1o, se for o caso, o corregedor do tribunal ou o relator no Conselho Nacional de Justiça
determinará a intimação do representado por meio eletrônico para que, em 10 (dez) dias, pratique o ato.
§ 3o Mantida a inércia, os autos serão remetidos ao substituto legal do juiz ou do relator contra o qual se representou
para decisão em 10 (dez) dias.
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
Resumo direcionado
Classificação dos Atos Processuais
Atos das Partes
ATOS UNILATERAIS 
São aqueles que precisam da manifestação da vontade de uma pessoa apenas para produzirem efeitos, ou seja, são
atos que a parte pratica sem necessitar da concordância da parte contrária.
ATOS BILATERAIS
São os atos processuais que necessitam da manifestação de vontade de dois sujeitos processuais para produzir
efeitos.
Pronunciamentos do Juiz
SENTENÇAS DECISÃO INTERLOCUTÓRIA DESPACHO
Critério duplo 
É o ato do juiz que tem:
1) o conteúdo do art. 485 ou
487 do CPC
 E
Definição por exclusão:
 ↓
Todo ato com conteúdo decisório
que não se encaixe na definição de
sentença!
Ato do juiz sem conteúdo
decisório.
↓
Dá andamento ao processo
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
2) o efeito de pôr fim à fase de
conhecimento
 OU
2) o efeito de pôr fim à
execução.
Recurso
cabível: apelação
Recurso cabível: agravo de
instrumento (para
algumas decisões)
Ato ordinatório: praticado de
ofício pelo servidor (não
precisa de despacho)
e revistos pelo juiz, se for
necessário.
Forma dos Atos Processuais
Ainda que com vício, se o ato atingir sua finalidade sem causar prejuízo às partes, não se declarará a sua nulidade.
Publicidade dos Atos Processuais
Haverá segredo de justiça nos seguintes casos:
Interesse público ou social
Ações de Direito de Família
Casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e
adolescentes.
Dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade
Processos que versem sobre arbitragem (cláusula de confidencialidade deve ser provada em juízo)
Os terceiros que demonstrarem interesse jurídico terão o direito de pedir
→ Certidão do dispositivo da sentença
→ Certidão de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação
Uso obrigatório da língua portuguesa 
Só será possível a juntada de documento estrangeiro se ele estiver acompanhado de uma versão traduzida em
língua portuguesa e...
→ tramitada por via diplomática
OU
→ tramitada pela autoridade central
OU
→ firmada por tradutor juramentado
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
Prática dos Atos Processuais por Escrito (em papel ou meio virtual)
Os atos processuais podem ser realizados de modo total ou parcialmente eletrônicos (art. 193)
Os atos processuais eletrônicos devem ser registrados por meio de padrões abertos que atendam,
dentre outros, os requisitos da autenticidade, integridade e confidencialidade;
Caso (1) haja problemas técnicos no sistema ou (2) o auxiliar da justiça não registre eletronicamente o
andamento dos processos = será reconhecida a justa causa para a parte praticar o ato em outra
oportunidade.
FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS
Negócio Jurídico Processual
�. Típico
�. Atípico → as partes podem convencionar sobre quase qualquer regra de processo, mesmo sem previsão
legal específica.
Requisitos: 
direitos que admitam autocomposição
partes capazes
objeto deve estar relacionado aos ônus, poderes, faculdades e deveres processuais das partes, bem
como ao procedimento em si
Juiz controlará validade em caso de:
Nulidade
Inserção abusiva em contrato de adesão
Manifesta vulnerabilidade
Calendarização Processual
Observações:
montado de comum acordo entre as partes e o juiz, os quais ficam vinculados ao que foi convencionado (só poderá
haver mudança em casos excepcionais)
as partes não serão intimadas para a prática dos atos e para comparecerem à audiência.
Tempo dos Atos Processuais
Os atos processuais devem ser praticados nos dias úteis, em regra. 
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
Os atos processuais devem ser realizados no horário das seis às vinte horas (6h às 20h), em regra.
Se o ato a ser praticado for eletrônico, poderá ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas do
último dia do prazo, tendo como referência o horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser realizado.
Podem ser realizados atos processuais em dia não-útil e/ou fora do horário das 6h às 20h:
Os atos iniciados antes das 20h, quando o adiamento puder prejudicar a diligência ou causar grave dano.
As citações, intimações e penhoras, poderão realizar-se nos períodos de férias forenses, onde as houver
e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido, INDEPENDENTEMENTE DE AUTORIZAÇÃO
JUDICIAL.
Os atos processuais não serão praticados nas férias forenses e feriados! 
Vamos ver quais os atos processuais que podem ser praticados na superveniência de férias forenses e feriados?
Citações e intimações
Penhoras
Tutela de urgência.
Processam-se durante as férias forenses e não se suspendem pela sua interveniência:
Procedimentos de jurisdição voluntária
Procedimentos necessários à conservação de direitos, quando puderem ser prejudicados pelo adiamento.
Ação de alimentos
Processos de nomeação ou remoção de tutor e curador
Processos determinados por lei
TEMPO DOS ATOS PROCESSUAIS
Os atos processuais são praticados em dias úteis.
Dias não úteis: feriados (nacional, estadual e municipal), sábado, domingo e dias que não houve
expediente forense. O conceito de dia útil é por exclusão.
Os atos processuais são praticados das 6 horas às 20 horas.
Processo eletrônico: prazo para a prática do ato processual é até 24h do último dia do prazo
Citações/Intimações/Penhoras podem ser realizadas pelo Oficial de Justiça:
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
Nas férias forenses
Nos feriados
Nos dias úteis fora do horário estabelecido (fora do período de 6h às 20h)
 ↓
 INDEPENDENTEMENTE DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL
Processos quecorrem em férias forenses:
Procedimentos de jurisdição voluntária
Procedimentos necessários à conservação de direitos, quando puderem ser prejudicados pelo
adiamento.
Ação de alimentos
Processos de nomeação ou remoção de tutor e curador
Processos determinados por lei
Atos que podem ser praticados durante férias forenses e feriados:
Citações e intimações
Penhoras
Tutela de urgência.
Prazos
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Forma de Contagem dos Prazos Processuais
Na contagem dos prazos processuais:
→ Excluímos o dia do começo
→ Incluímos o dia do vencimento
→ Computamos apenas os dias úteis
Se a citação ou intimação for
feita...
O dia do começo do prazo será...
...pelo CORREIO; ...a data da juntada aos autos do aviso de recebimento.
...por OFICIAL DE JUSTIÇA ...data de juntada aos autos do mandado cumprido
...por ATO DO ESCRIVÃO/CHEFE
DE SECRETARIA;
...a data de ocorrência da citação ou da intimação
...por EDITAL; ...dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz
...for ELETRÔNICA; ...dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação 
OU
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...dia útil seguinte ao término do prazo para que a consulta se dê[1]
...em CUMPRIMENTO DE CARTA;
...data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo
esse, a data de ...juntada da carta aos autos de origem devidamente
cumprida
Art. 232. Nos atos de comunicação por carta precatória,
rogatória ou de ordem, a realização da citação ou da intimação
será imediatamente informada, por meio eletrônico, pelo juiz
deprecado ao juiz deprecante.
...por meio da RETIRADA DOS
AUTOS, EM CARGA, do cartório ou
da secretaria.
...dia da carga
...pelo DIÁRIO DA JUSTIÇA
IMPRESSO OU ELETRÔNICO
...data de publicação do ato
... citação por MEIO ELETRÔNICO
... quinto dia útil seguinte à confirmação, na forma prevista na
mensagem de citação
Prazos Diferenciados
Litisconsortes com Procuradores Diferentes
(1) diferentes procuradores que integrem (2) escritórios de advocacia distintos...
terão prazo em dobro (2x) para todas as suas manifestações
...Em qualquer juízo ou tribunal, independente de requerimento ao juiz!
Suspensão dos Prazos Processuais
Os prazos processuais estarão suspensos entre os dias 20 de dezembro e 20 de janeiro, durante parte do
recesso do Judiciário. 
Hipóteses que suspendem o curso do prazo processual:
Obstáculo criado em detrimento da parte 
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
Nos casos de suspensão do processo arrolados pelo artigo 313:
Durante a execução de programa instituído para a promoção da autocomposição
Classificação dos Prazos Processuais
Os prazos processuais podem ser classificados quanto à origem, às consequências processuais (de seu
descumprimento), à possibilidade de dilação (ou seja, se podem ser alterados - ou não), à exclusividade e, por
fim, quanto à unidade de tempo em que são medidos.
Separei para você uma tabela com as principais classificações e as regras do CPC/2015 sobre cada espécie de prazo.
Vamos lá?
Quanto à origem, podemos ter:
PRAZOS LEGAIS PRAZOS JUDICIAIS PRAZOS CONVENCIONAIS
São os prazos fixados por
lei
É a regra geral do sistema:
Art. 218. Os atos processuais serão
realizados nos prazos prescritos em
lei.
As partes (com a
participação do
juiz) poderão fixar outros
prazos diferentes dos que
estabelecem a lei (art. 190
e 191)
São os prazos fixados pelo
Juiz
Serão estabelecidos se
houver omissão da lei:
E se o prazo não for estabelecido pela
lei nem pelo juiz?
 ↓ 
O CPC/2015 estabelece o prazo
genérico de 5 (cinco) dias para a
prática do ato a cargo da parte! 
Veja:
As partes só ficam obrigadas a
comparecer em juízo após o
transcurso de 48 (quarenta e oito
horas) da intimação.
São os prazos fixados
em convenção –
 negociados pelas
partes.
Exemplo: o prazo
ajustado pelas partes
para devolução dos
autos ao cartório, na
hipótese de prazo
comum.
→ Se a lei não fixar um prazo para a parte praticar algum ato, o juiz o determinará de acordo com a complexidade
do ato.
→ Se o juiz não determinar, o CPC fixou um prazo de 5 dias para a prática do ato!
Quanto às consequências processuais, temos:
PRAZOS PRÓPRIOS PRAZOS IMPRÓPRIOS
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
São os prazos que devem ser obedecidos pelas partes
do processo
Se descumpridos → ocorre a preclusão
temporal, que nada mais é do que a perda da
faculdade de praticar o ato processual. Tal perda
é automática: ocorre independentemente de
declaração judicial.
! No entanto, caso a parte apresente justificativa plausível para
o descumprimento do prazo e o juiz verifique que ocorreu justa
causa
São prazos que devem ser observados
pelo
Juiz
serventuários
escrivão
Ministério Público (fiscal da lei!)
Se descumpridos ☐ NÃO
ocorre preclusão temporal, ou
seja: ainda poderão ser praticados após
o transcurso do prazo.
Exemplo: 
O juiz proferirá:
I - os despachos no prazo de 5 (cinco) dias;
II - as decisões interlocutórias no prazo de 10
(dez) dias;
III - as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias.
Art. 227. Em qualquer grau de jurisdição,
havendo motivo justificado, pode o juiz
exceder, por igual tempo, os prazos a que está
submetido.
Quanto à possibilidade de dilação, temos:
PRAZOS DILATÓRIOS PRAZOS PEREMPTÓRIOS
São os prazos fixados em normas dispositivas: as
partes podem dispor do prazo, aumentando-os ou
reduzindo-os
No CPC/2015, todos os prazos podem ser alterados por
acordo entre partes, inclusive os peremptórios
 São os prazos que não podem ser
alterados pela vontade das partes
Não podem ser reduzidos pelo juiz,
a não ser que as partes concordem
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O juiz pode prorrogar todos os prazos processuais por até 2 meses em processos que tramitam em comarcas de
difícil acesso.
Se houver ainda calamidade pública, o prazo de dois meses poderá ser excedido.
Quanto à exclusividade:
PRAZOS PARTICULARES PRAZOS COMUNS
São os prazos fixados para cada uma das
partes, individualmente
São os prazos fixados para ambas as
partes, de forma comum.
Como o prazo particular compete à parte de forma individual, é possível que ela o renuncie sem necessidade de
consentimento da parte contrária ou de homologação do juiz
ATENÇÃO! A renúncia deve ser expressa!
Verificação dos Prazos e Penalidades
Os prazos para o serventuário são de:
1 (um) dia para encaminhar os autos à conclusão[2]
5 (cinco) dias para executar os atos processuais, contados da data:
→ em que concluiu o ato anterior
OU
→ que tiver conhecimento da determinação do juiz. 
Caso não devolvam os autos físicos no fim prazo que foi determinado, 
o advogado será intimado para que devolva os autos, 
caso não devolva os autos no prazo de 3 (três) dias:
→ perderá o direito à vista fora de cartório: ou seja, não poderá mais retirar os autos do cartório para levar ao seu
local de trabalho
→ incorrerá em multa correspondente à metade do salário-mínimo.
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→ o juiz comunicará o fato à OAB Seccional para procedimento disciplinar e imposição de multa administrativa OU
ao órgão competente responsável pela instauração de procedimento disciplinar contra o membro Ministério
Público, da Defensoria Públicaou da Advocacia Pública, (a multa, nesse último caso, será aplicada ao agente
público responsável pelo ato).
PRAZOS PROCESSUAIS
Conceito: Lapso temporal que existe entre dois termos:
(2) Termo Inicial (dies a quo) → (2) Termo Final (dies ad quem)
 PRAZO
Classificação:
Quanto à origem:
Legais
Judiciais
→ Em caso de omissão da lei
→ Omissão da lei E do juiz: 5 dias (prazo subsidiário)
Convencionais
Quanto às consequências de seu descumprimento:
Próprios
Impróprios – não geram preclusão!
→ Prazos do juiz:
Despachos: 5 dias
Decisões interlocutórias: 10 dias
Sentenças: 30 dias.
→ Se houver motivo justificado, pode o juiz exceder, por igual tempo, os prazos a que está submetido.
Contagem dos prazos processuais
→ EXCLUI o dia do começo
INCLUI o dia do vencimento
→ Contam-se apenas os dias úteis
→ Entre 20 de janeiro e 20 de janeiro: 
suspensão dos prazos processuais
não se realizam audiências
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não se realizam sessões de julgamentos
Prazos Especiais:
Litisconsortes com
→ Diferentes procuradores de diferentes escritórios
→ Apenas em processos físicos
↓
Prazo em DOBRO para TODAS as manifestações (contestar, recorrer etc.)! 
Ministério Público
Fazenda Pública Prazo em DOBRO para TODAS as manifestações (contestar, recorrer etc.)! 
Defensoria Pública
REFERÊNCIAS:
[1] Caso o advogado da parte não tenha consultado o referido teor do ato de intimação ou citação
[2] Encaminhar os autos à conclusão significa “enviar” o processo ao juiz para que ele se pronuncie sobre alguma
questão.
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)produzirem efeitos, quais sejam: a
constituição, a modificação e a extinção de direitos processuais!
Portanto, caso o réu Bruno queira confessar os fatos alegados por Bárbara em juízo, o ato de confissão em questão não
precisa ser homologado pelo juiz para começar a produzir seus efeitos! A título de curiosidade, a confissão judicial tem por
principal efeito excluir a necessidade de prova do fato confessado, efeito esse que se dá de forma imediata.
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
Isso também vale para o recurso: quando a parte desiste do recurso, não é necessária a homologação do juiz!
Atenção!
Há uma exceção muito explorada em concursos públicos: o ato de desistência da ação, que é a manifestação, feita
pela parte autora, do interesse de desistir da ação proposta sem que o juiz analise o mérito do que foi pedido.
Logo, para produzir efeitos, a desistência da ação depende de homologação judicial!
Art. 200. Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial.
Veja, agora, duas regrinhas que não costumam ser muito cobradas em provas:
As partes têm o direito de exigir recibos de petições, arrazoados, papéis e documentos que entregarem
no cartório/secretaria (em processos físicos, obviamente). 
Qual a finalidade desse direito? Em caso de desaparecimento de documento, por exemplo, as partes terão a prova de
que o entregou em secretaria e no prazo adequado, se for o caso.
As partes não podem lançar nos autos cotas[1], sejam elas marginais (nas margens dos papéis)
ou interlineares (entre as linhas escritas).
E se lançarem cotas, há uma penalidade? 
SIM, quem as escreveu será condenado a pagar multa correspondente à metade do salário-mínimo (1/2 S.M.)
Art. 201. As partes poderão exigir recibo de petições, arrazoados, papéis e documentos que entregarem em
cartório.
Art. 202. É vedado lançar nos autos cotas marginais ou interlineares, as quais o juiz mandará riscar, impondo a
quem as escrever multa correspondente à metade do salário-mínimo.
Vamos ao que mais interessa em relação a este tópico?
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
Não saia da aula de hoje sem ter assimilado essa informação!
Quer ver uma questãozinha da nossa banca VUNESP?
(VUNESP – Câmara de Serrana/SP – 2019) Assinale a alternativa correta sobre os atos das partes.
a) Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais de vontade não produzem a constituição, modificação ou
extinção de direitos processuais.
b) A desistência da ação só produzirá efeitos após aceitação da parte contrária.
c) É vedado lançar nos autos cotas marginais ou interlineares, as quais o juiz mandará riscar, impondo a quem as
escrever multa correspondente a um salário-mínimo.
d) Os atos das partes consistentes em declarações bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição,
modificação ou extinção de direitos processuais.
e) É permitido lançar nos autos cotas interlineares, porém, o juiz poderá pedir que risque e ordenará que apresente as
mesmas em petição nos autos.
RESOLUÇÃO: a) INCORRETA. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais de vontade, na realidade,
produzem a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.
Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a
constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.
b) INCORRETA. A desistência da ação só produzirá efeitos após a HOMOLOGAÇÃO DO JUIZ.
Art. 200, Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial.
c) INCORRETA. É vedado lançar nos autos cotas marginais ou interlineares, as quais o juiz mandará riscar, impondo a
quem as escrever multa correspondente a MEIO salário-mínimo.
Art. 202. É vedado lançar nos autos cotas marginais ou interlineares, as quais o juiz mandará riscar, impondo a quem as
escrever multa correspondente à metade do salário-mínimo.
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
d) CORRETA. Os atos das partes consistentes em declarações bilaterais (ou unilaterais) de vontade produzem
imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais. Por mais que a afirmativa nada afirme
sobre as declarações unilaterais, não devemos considerá-la incorreta.
Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a
constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.
e) INCORRETA. É VEDADO lançar nos autos cotas interlineares.
Resposta: D
REFERÊNCIA:
[1] Cotas são notas, expressões, frases, apontamentos, citações que se acrescenta a qualquer escrito de um processo ou
termo processual já existente.
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
Pronunciamentos do Juiz
No decorrer das aulas, veremos que compete ao juiz a prática de uma série de atos no decorrer do processo,
sobretudo por ele ser o sujeito responsável por conduzir e dirigir o processo.
Pode o juiz praticar, então:
ATOS EXECUTÓRIOS, quando ele determina a penhora de algum bem, por exemplo;
ATOS DE DOCUMENTAÇÃO, quando ele assina os termos do processo, por exemplo;
ATOS PROBATÓRIOS, que são os relacionados a colheita de prova (quando ele ouve testemunhas, por
exemplo);
ATOS DE CORREIÇÃO, quando ele fiscaliza a atuação dos auxiliares da justiça que se encontram
subordinados a ele, como os chefes de secretaria, por exemplo;
Outros tipos de atos
No entanto, neste momento não iremos estudar tais atos, já que serão vistos de forma mais detalhada em outras aulas.
Os atos que importam para o nosso estudo são os pronunciamentos do juiz, que podem ter três naturezas distintas:
Veja:
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despacho.
Por que eles são relevantes para o nosso estudo? 
Justamente por representarem os atos pelos quais se manifesta a autoridade jurisdicional! Uma sentença, mais do que
a própria manifestação de vontade do juiz singularmente considerado, representa a resposta do Estado ao conflito que
lhe foi levado pelas partes!
Além disso, a definição da natureza dos pronunciamentos judiciais é fundamental para descobrirmos qual o recurso
cabível contra o pronunciamento do juiz: da sentença cabe apelação, ao passo que das decisões interlocutórias pode
caber agravo de instrumento. Quanto aos despachos, contudo não cabe recurso. 
Vem comigo detonar esta questão da VUNESP:
(VUNESP – Prefeitura de Arujá/SP – 2019 - Adaptada) Quanto aos atos e fatos processuais, julgue o item abaixo.
Os pronunciamentos do juiz consistem em sentenças, despachos, decisões interlocutórias e atos ordinatórios.
RESOLUÇÃO: Opa! Os atos ordinatórios não são considerados pronunciamentos do juiz: 
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
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Aula 2: Artigos 188 a 275; (Parte I)
Resposta: E
Vamos ao estudo de cada um deles!
Sentença
Muito se ouve falar em sentença – de forma geral, quando pensam em sentença, as pessoas logo imaginam que seja a
resposta decisiva sobre o conflito levado ao Judiciário, ainda que por algumas vezes não haja a análise do mérito da
ação.
No entanto, o Novo Código de Processo Civil nos trouxe um outro significado para o conceito de sentença:
Art. 203, § 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por
meio do qual o juiz, com fundamentonos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem
como extingue a execução.
Perceba então que o CPC levou em conta dois critérios para formulação desse conceito: o conteúdo e o efeito da
sentença!
Assim, para ser considerado sentença, o pronunciamento judicial:
 Deve ter fundamento nos artigos 485 e 487 do CPC - deve analisar – ou não – o mérito da demanda (conteúdo da 
decisão)
 Deve colocar fim à fase cognitiva do procedimento comum (efeitos da decisão)
OU
Deve extinguir a execução (efeitos da decisão)
Vamos a cada um dos critérios?
1º Critério – CONTEÚDO
Para a determinação das espécies de sentença, levamos em consideração o seu conteúdo. As matérias constantes dos
artigos 485 e 487 dizem respeito às hipóteses de decisões judiciais[1] que não analisam o mérito e aquelas que
analisam o mérito, respectivamente.
Suponho que você já saiba, mas não me custa nada te reforçar: 
Decisão de mérito é aquela que analisa o pedido formulado na petição inicial.
Assim, quando o autor leva ao judiciário a sua demanda, ele deseja receber uma decisão que analise o pedido
formulado e que aplique o direito. Caso estejam presentes os requisitos para análise do mérito, o juiz deve decidir
acerca de todos os pedidos formulados na petição inicial, através de uma sentença definitiva.
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O pronunciamento judicial que condene o médico Bruno a indenizar Bárbara por danos materiais e morais poderá ser
considerado uma decisão de mérito.
Se a decisão judicial foi proferida sem análise de mérito, é provável que o juiz tenha levado em consideração
ao julgar apenas questões processuais (ou formais) quando deu a sentença, que nessa situação é denominada
de sentença terminativa.
Se a autora Bárbara abandonar a causa por mais de 30, deixando de realizar os atos que o juiz determina, haverá
uma decisão sem a análise do mérito, já que não houve apreciação do pedido principal.
Acompanhe os dispositivos legais que disciplinam a questão: as matérias constantes dos arts. 485 e 487 dizem respeito,
respectivamente, às hipóteses de decisões judiciais que não analisam o mérito e aquelas que analisam o mérito.
Mais uma vez, não é necessário que você se aprofunde nas hipóteses abaixo. Isso não será exigido na sua prova. Quero
apenas que você leia as hipóteses abaixo para ter uma noção do conteúdo de cada um dos pronunciamentos:
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
I – indeferir a petição inicial;
II – o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III – por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV – verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V – reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI – verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII – acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua
competência;
VIII – homologar a desistência da ação;
IX – em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal;
X – nos demais casos prescritos neste Código.
Art. 487 Haverá resolução de mérito quando o juiz:
I – acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
II – decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
III – homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção
Voltemos: mais uma vez, é importante que o pronunciamento se enquadre tanto no critério de conteúdo quanto no
critério de efeito. 
2º Critério: EFEITO
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Além de ter por conteúdo uma das situações previstas nos artigos 485 ou 487 do CPC/2015, a sentença
deve determinar o encerramento da fase de cognição (de conhecimento) do procedimento comum OU o
processo de execução.
Na FASE DE CONHECIMENTO/COGNIÇÃO DO PROCEDIMENTO COMUM, o juiz analisará os fatos e os
fundamentos jurídicos trazidos pelas para reunir as informações necessárias para julgamento. Ou seja, aqui ele
vai “conhecer” melhor a causa. É nessa fase que as provas das partes serão apresentadas e apreciadas pelo juiz.
Caso precise, haverá agendamento de audiências para ouvir as partes e as testemunhas. Por fim, o magistrado
irá proferir a sentença e decidir sobre o conflito, encerrando a fase de conhecimento/cognição.
Já o PROCESSO DE EXECUÇÃO se restringe a atos necessários à satisfação de um direito já existente do credor 
representado por um título extrajudicial e, consequentemente, a compelir o devedor a cumprir com a obrigação 
(seja de pagar quantia, entregar coisa, fazer ou não fazer).
É essencial que levemos em conta o efeito do pronunciamento judicial. Isso porque há pronunciamentos judiciais que
analisam o mérito sem colocar um fim à fase de conhecimento, por exemplo. Nestes casos, não serão considerados
sentenças pela ausência do seguindo requisito! O melhor exemplo é o do julgamento parcial antecipado de
mérito, previsto no art. 356 do CPC/2015.
No julgamento parcial antecipado de mérito, o juiz poderá decidir acerca de um ou mais pedidos formulados pelo autor
na petição inicial. Isso pode ocorrer quando os pedidos se mostrarem incontroversos (ou seja, quanto a eles não
pairam dúvidas).
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:
I - mostrar-se incontroverso;
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355. (desnecessidade de provas/revelia).
Neste caso, o juiz analisará e julgará apenas parte do pedido formulado na petição inicial, fazendo uma análise de
mérito, mas não colocará um fim à fase de conhecimento, já que o processo deverá continuar normalmente em relação
aos demais pedidos, os quais serão julgados posteriormente. Entendeu?
Suponha que, ao contestar os pedidos apresentados em juízo por Bárbara, o réu Bruno tenha se defendido apenas da
pretensão de indenização por dano moral, nada alegando sobre o pedido referente à indenização pelos danos
materiais. Assim, não foi estabelecida controvérsia judicial sobre ele, o que autorizou o juiz a julgá-lo procedente de
forma antecipada! O processo continuará correndo para que o juiz julgue o pedido de indenização por danos morais.
Agora você vai saber me responder esta pergunta: considerando a hipótese acima, o pronunciamento do juiz nesse
caso consistirá em uma sentença?
NÃO!
Muito embora tenha analisado o mérito de um dos pedidos, julgando-o procedente, o pronunciamento não pôs um 
fim à fase de conhecimento do procedimento comum!
Portanto, não será o caso de proferir sentença, mas sim uma decisão interlocutória – que é o pronunciamento que 
veremos logo a seguir.
Decisão Interlocutória
O conceito de decisão interlocutória é obtido por exclusão: 
Art. 203, § 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no
§ 1º. (sentença).
Portanto...
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Por que dizemos que as decisões interlocutórias possuem natureza decisória? 
Por elas se prestarem a resolver questões apresentadas pelas partes. Quando as partes pedem que seja concedido o
benefício da gratuidade da justiça, quando pedem para o juiz admitir alguma prova, quando pedem alguma
providência que não colocará um fim à fase de cognição/conhecimento ou à execução, a decisão proferida terá
natureza de decisão interlocutória.
A autora Bárbara, com o objetivode provar o dano moral sofrido, requer que o juiz admita prova testemunhal a fim de
que sua vizinha seja ouvida na qualidade de testemunha, a qual viu de perto como os meses de internação em estado
grave fizeram mal ao estado emocional da autora. 
Então, o juiz ouve as partes e conclui que as provas dos autos já são suficientes para mensurar o dano causado. Ele irá
proferir uma decisão interlocutória indeferindo a prova testemunhal requerida pela autora.
Importante relembrar que decisão interlocutória pode, de fato, analisar questão de mérito, quando julga de forma
parcial o mérito, apreciando um ou mais pedidos. Não se esqueça de que a definição do que é uma decisão
interlocutória se dá por negação: se o pronunciamento do juiz possuir conteúdo decisório e não pôr um fim ao
processo, estaremos diante de uma decisão interlocutória.
Despacho
Os despachos são pronunciamentos judiciais que não possuem conteúdo decisório. Por essa razão, dizemos que
eles que dão andamento ao processo e não causam prejuízo às partes ou a terceiros:
Art. 203, § 3º São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a
requerimento da parte.
Veja alguns exemplos:
Despacho que determina a renumeração das páginas dos autos
Despacho dá abertura de vistas às partes para que elas se manifestem sobre alguma peça ou documento
no processo;
Despacho determina a citação do réu etc
Alguns atos considerados meramente ordinatórios são praticados de ofício pelos servidores e, atenção: não
dependem de despacho proferido pelo juiz, que apenas serão revistos pelo juiz em caso de necessidade:
§ 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo
ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.
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Acórdão
Em um processo, quando o juiz profere uma sentença ou uma decisão interlocutória na primeira instância de um
processo, a parte que se sentiu prejudicada poderá entrar com recursos perante alguma instância superior (em
segunda instância[2] ou nos tribunais superiores[3]) a qual, por meio de seus órgãos colegiados[4], vão analisar o
processo e proferir uma decisão que poderá substituir ou manter a decisão recorrida do juiz: o acórdão. Essa é a
regra geral, tendo em vista que existem exceções que não serão estudas por ora[5].
Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais.
Há acórdãos com conteúdo de sentença e outros de decisão interlocutória. Isso vai depender da natureza do
pronunciamento que os acórdãos substituirão:
Art. 1.008. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver sido objeto de recurso.
Cuidado! O acórdão não está previsto no rol do art.203. 
Dessa forma, caso uma questão objetiva afirme que “os pronunciamentos do juiz consistem em sentenças, 
decisões interlocutórias e despachos”, marque a alternativa como correta.
Regras Comuns aos Pronunciamentos Judiciais
O CPC/2015 estabelece, por fim, algumas regras que não possuem muita importância para sua prova de concurso.
Contudo, para não ser “pego de surpresa”, sugiro que apenas faça uma rápida leitura:
→ Os juízes deverão redigir, datar e assinar os despachos, as decisões as sentenças e os acórdãos.
→ A assinatura poderá ser eletrônica
→ É possível que o juiz profira uma sentença oralmente. Nesse caso específico, o servidor fará a documentação
do pronunciamento nos autos e o submeterá ao juiz para que seja revisado e assinado
→ Serão publicados no Diário de Justiça Eletrônico para que as partes, os advogados e os interessados possam
consultar o seu teor:
os despachos
as decisões interlocutórias
o dispositivo das sentenças
a ementa dos acórdãos
Veja os dispositivos do CPC/2015 que serviram de referência:
Art. 205. Os despachos, as decisões, as sentenças e os acórdãos serão redigidos, datados e assinados pelos juízes.
§ 1º Quando os pronunciamentos previstos no caput forem proferidos oralmente, o servidor os documentará,
submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura.
§ 2º A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na forma da lei.
§ 3º Os despachos, as decisões interlocutórias, o dispositivo das sentenças e a ementa dos acórdãos serão publicados 
no Diário de Justiça Eletrônico.
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Tenho uma questão da VUNESP para ti:
(VUNESP – Câmara de Sertãozinho – 2019) A respeito dos pronunciamentos do juiz, é correto afirmar:
a) Decisão interlocutória é todo ato judicial de natureza decisória.
b) São despachos todas as manifestações do juiz praticadas no processo, de ofício ou a requerimento da parte.
c) Os atos meramente ordinatórios dependem de despacho, mas podem ser praticados de ofício pelo servidor e
revistos pelo juiz, quando necessário.
d) É sentença o ato do juiz que, aplicando as hipóteses previstas nos artigos 485 e 487 do CPC, põe fim à fase cognitiva
do procedimento comum.
e) A decisão interlocutória é, em regra, a manifestação por meio da qual o juiz extingue a execução.
RESOLUÇÃO: a) INCORRETA. Na verdade, decisão interlocutória é todo ato judicial que não se enquadra no conceito
de sentença.
b) INCORRETA. Despacho é toda manifestação do juiz praticada no processo que não se enquadra no conceito de
sentença e de decisão interlocutória.
c) INCORRETA. Os atos meramente ordinatórios NÃO DEPENDEM de despacho:
d) CORRETA. Isso mesmo! A sentença põe um fim à fase cognitiva do procedimento comum.
e) INCORRETA. A sentença é que extinguirá a execução.
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. 
§1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o
juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a
execução. 
§2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no §1o. 
§3o São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da
parte. 
§ 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser
praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.
Resposta: D
Vamos esquematizar os pronunciamentos do juiz?
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Agora quero que treine este tópico com uma questão:
(FCC – TRE/AP – 2015 - Adaptada) Julgue o item abaixo:
Os atos processuais do juiz podem ser praticados pelo escrivão, sem exceção, desde que revistos pelo juiz.
RESOLUÇÃO: Item incorreto. A questão “escorrega” quando diz que todos os atos do juiz (sentenças, decisões
interlocutórias e despachos) podem ser praticados pelo escrivão, pois afirma que podem ser praticados “sem exceção”.
Existem, de fato, atos típicos do juiz que podem ser realizados pelo servidor independentemente de despacho (mas
que serão submetidos a revisão pelo juiz quando este quando achar necessário). São os atos meramente ordinatórios, a
exemplo de juntada e a vista obrigatória, atos considerados burocráticos, sem qualquer conteúdo decisório em seu
teor.
Já os atos que possuem natureza de decisão (sentenças, por exemplo) e que geram prejuízos às partes não podem ser
praticados pelos servidores.
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.§ 4º Os atos 
meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de 
ofício pelo servidor e revistos pelojuiz quando necessário.
REFERÊNCIAS:
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[1] A palavra “decisão” aqui está sendo usada de forma abrangente. Muitas questões utilizam-na como sinônimo de 
sentença!
[2] TJs, TRFs, TREs etc.
[3] STF, STJ etc.
[4] Um Tribunal é composto por órgãos colegiados compostos por no mínimo 3 desembargadores/ministros: Plenário, 
Câmaras, Seções, Turmas etc.
[5] Há ações que começam a tramitar originariamente nos Tribunais, as quais serão decididas igualmente por meio de 
um acórdão.
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Atos do Escrivão ou do Chefe de Secretaria
O escrivão ou o chefe de secretaria[1] é o nome que se dá ao servidor responsável pelos ofícios de justiça (cartórios
judiciais) ou pelas secretarias de vara, possuindo por determinação legal as seguintes funções:
Art. 152. Incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria:
I - redigir, na forma legal, os ofícios, os mandados, as cartas precatórias e os demais atos que pertençam ao seu ofício;
II - efetivar as ordens judiciais, realizar citações e intimações, bem como praticar todos os demais atos que lhe forem
atribuídos pelas normas de organização judiciária;
III - comparecer às audiências ou, não podendo fazê-lo, designar servidor para substituí-lo;
IV - manter sob sua guarda e responsabilidade os autos, não permitindo que saiam do cartório, exceto:
a) quando tenham de seguir à conclusão do juiz;
b) com vista a procurador, à Defensoria Pública, ao Ministério Público ou à Fazenda Pública;
c) quando devam ser remetidos ao contabilista ou ao partidor;
d) quando forem remetidos a outro juízo em razão da modificação da competência;
V - fornecer certidão de qualquer ato ou termo do processo, independentemente de despacho, observadas as
disposições referentes ao segredo de justiça;
VI - praticar, de ofício, os atos meramente ordinatórios.
Portanto, a atribuição que mais nos interessa neste momento é a prática de atos meramente ordinatórios pelos
serventuários, independentemente de despacho do juiz (ou seja: de ofício), mas que podem ser revistos pelo
magistrado:
Art. 203, § 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho,
devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.
Olha aqui uma questão:
(FGV – DPE/RJ – 2019) No que concerne aos pronunciamentos dos órgãos jurisdicionais, julgue o item abaixo.
Os atos meramente ordinatórios, como a vista ao órgão da Defensoria Pública, independem de despacho.
RESOLUÇÃO: Perfeito! Os atos meramente ordinatórios não dependem de despacho do juiz para que os servidores
possam praticá-los.
Um caso de ato ordinatório é dar vista ao órgão da Defensoria Pública de algum documento que foi juntado pela parte
contrária, dando-lhe ciência de tudo para que tome alguma providência, se quiser.
Art. 203, § 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser
praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.
Resposta: C
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Os artigos seguintes estabelecem algumas regras especiais referentes a atos praticados pelos escrivães/chefes de
secretaria. 
Veja só:
Autuação
Quando o interessado provocar o Poder Judiciário por meio da propositura da ação, é necessário que se faça o
protocolo da petição inicial. Após esse protocolo haverá o registro e a distribuição a algum juízo (caso seja
necessário). Após esses atos de burocracia, a petição inicial e os documentos que a acompanham chegam ao
cartório judicial, competindo ao escrivão ou ao chefe de secretaria a autuação da petição inicial (nos autos físicos).
Autuar um processo significa colocar uma capa que proteja fisicamente a petição, os documentos e todas as peças que
forem protocoladas e juntadas ao processo, além das decisões, certidões etc. 
Essa capa deverá conter:
Art. 206. Ao receber a petição inicial de processo, o escrivão ou o chefe de secretaria a autuará, mencionando o juízo,
a natureza do processo, o número de seu registro, os nomes das partes e a data de seu início, e procederá do
mesmo modo em relação aos volumes em formação.
Numeração e Rubrica das Folhas 
Novamente, o ato processual de numeração e rubrica (assinatura) das folhas pelo escrivão/chefe de secretaria veio
estabelecida no CPC/2015:
Art. 207. O escrivão ou o chefe de secretaria NUMERARÁ E RUBRICARÁ todas as folhas dos autos.
Parágrafo único. À parte, ao procurador, ao membro do Ministério Público, ao defensor público e aos auxiliares da
justiça é FACULTADO rubricar as folhas correspondentes aos atos em que intervierem.
Art. 208. Os termos de juntada, vista, conclusão e outros semelhantes constarão de notas datadas e rubricadas pelo
escrivão ou pelo chefe de secretaria.
Art. 209. Os atos e os termos do processo serão assinados pelas pessoas que neles intervierem, todavia, quando
essas não puderem ou não quiserem firmá-los, o escrivão ou o chefe de secretaria certificará a ocorrência.
§ 1o Quando se tratar de processo total ou parcialmente documentado em autos eletrônicos, os atos processuais
praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo
eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo, que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo
escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos advogados das partes.
§ 2o Na hipótese do § 1º, eventuais contradições na transcrição deverão ser suscitadas oralmente no momento de
realização do ato, sob pena de preclusão, devendo o juiz decidir de plano e ordenar o registro, no termo, da alegação e
da decisão.
Também é necessário que os termos de juntada, vista, conclusão e outros semelhantes, além de datados, sejam
rubricados pelo escrivão ou chefe de secretaria com o objetivo de conferir validade a esses atos praticados pelos
serventuários em questão.
Ressalte-se que as partes, o procurador, o membro do Ministério Público, o defensor público e os auxiliares da
justiça possuem a faculdade de rubricar as folhas correspondentes aos atos em que intervierem.
No entanto, todas as pessoas que de alguma forma intervierem nos atos e termos do processo deverão apor sua
assinatura no documento. Em havendo recusa ou impossibilidade de assiná-los, o escrivão ou chefe de secretaria
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certificará essa ocorrência, por meio de uma certidão dotada de fé-pública, ou seja, em que se presumem
verdadeiros os fatos ocorridos sob sua presença.
Resolva a questão:
IESES – TJ/MA – 2009) A respeito dos atos processuais, julgue o item abaixo. 
As partes, os advogados e os membros do Ministério Público deverão rubricar as folhas correspondentes aos atos em
que intervierem.
RESOLUÇÃO: Cuidado! As partes, os advogados e os membros do MP poderão (trata-se de uma faculdade!) rubricar as
folhas correspondentes aos atos em que intervierem.
Art. 207. O escrivão ou o chefe de secretaria NUMERARÁ E RUBRICARÁ todas as folhas dos autos.
Parágrafo único. À parte, ao procurador, ao membro do Ministério Público, ao defensor público e aos auxiliares da justiça
é FACULTADOrubricar as folhas correspondentes aos atos em que intervierem.
Veja abaixo mais duas regrinhas em que a leitura atenta dos dispositivos correspondentes basta:
Art. 210. É lícito o uso da taquigrafia, da estenotipia ou de outro método idôneo em qualquer juízo ou tribunal.
Art. 211. Não se admitem nos atos e termos processuais espaços em branco, salvo os que foreminutilizados, assim
como entrelinhas, emendas ou rasuras, exceto quando expressamente ressalvadas.
Portanto, o escrivão e o chefe de secretaria não poderão deixar espaços em branco, entrelinhas, emendas e
rasuras nos atos e termos processuais. Haverá permissão somente quando estiverem expressamente ressalvadas
pelo juiz, que irá atestar e certificar a ocorrência.
Veja uma questão:
(FGV – TJ/PI – 2015) A respeito dos atos processuais, julgue o item abaixo. 
Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, podem ser praticados pelo servidor, desde que à
vista de determinação do Juiz, que supervisionará a atuação.
RESOLUÇÃO: Opa... Questão manjada nos concursos! Atos ordinatórios, como a juntada e a vista
obrigatória, independem de determinação do juiz para que o servidor os pratique! 
Art. 203, § 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser
praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.
REFERÊNCIA:
[1] Primeiramente, tenha em mente que os cargos de escrivão e o de Chefe de Secretaria se equivalem. Em geral,
escrivão é o nome utilizado na justiça estadual e chefe de secretaria nas justiças da União
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Forma dos Atos Processuais
A forma dos atos processuais é o aspecto exterior pelo qual eles se apresentam. Veja só como o CPC/2015 dispõe
sobre o assunto:
Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a
exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.
Portanto, preste atenção: como regra geral, a forma dos atos processuais é livre. Isso representa o princípio da
liberdade das formas dos atos processuais. 
Contudo, a lei pode dispor de modo contrário, ou seja, pode determinar que certo ato tenha de se subordinar
a determinada forma e requisitos de validade. 
Vamos a um exemplo: o CPC/2015 determina que a citação deverá observar algumas formalidades, como a entrega de uma
cópia da petição inicial àquele que será citado pelo oficial de justiça, quando for determinada por mandado[1]. 
Portanto, caso a citação do réu Bruno se dê por mandado e a referida cópia não lhe for encaminhada, a princípio o ato
processual de citação será considerado nulo!
Entretanto, mesmo com a não observância de tal formalidade, Bruno tomou tomado conhecimento do teor da petição
inicial através de outros meios e compareceu espontaneamente à audiência de conciliação que estava marcada. 
Dessa forma, a citação efetivada foi considerada válida, já que cumpriu com a sua finalidade mesmo tendo sido
realizada de modo diverso do que foi previsto em lei! 
Não faria o menor sentido anular o ato e invalidar todo o processo apenas por uma mera irregularidade cometida por
um servidor. Isso representa o princípio da instrumentalidade das formas dos atos processuais.
Ainda que com vício, se o ato atingir sua finalidade sem causar prejuízo às partes, não se declarará a sua nulidade.
REFERÊNCIA:
[1]Art. 250. O mandado que o oficial de justiça tiver de cumprir conterá:
I - os nomes do autor e do citando e seus respectivos domicílios ou residências;
II - a finalidade da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a menção do prazo para
contestar, sob pena de revelia, ou para embargar a execução;
III - a aplicação de sanção para o caso de descumprimento da ordem, se houver;
IV - se for o caso, a intimação do citando para comparecer, acompanhado de advogado ou de defensor público, à
audiência de conciliação ou de mediação, com a menção do dia, da hora e do lugar do comparecimento;
V - a cópia da petição inicial, do despacho ou da decisão que deferir tutela provisória;
VI - a assinatura do escrivão ou do chefe de secretaria e a declaração de que o subscreve por ordem do juiz.
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Publicidade dos Atos Processuais
Logo nas primeiras aulas, estudamos juntos o princípio da publicidade processual, garantia constitucional que confere
publicidade aos julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário e dos atos processuais. Veja:
Art. 5º LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
social o exigirem;
Art. 93, IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões,
sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados,
ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o
interesse público à informação;
Portanto, como regra geral, temos a publicidade dos julgamentos e dos atos processuais, exceto em alguns casos em
que a intimidade ou o interesse social exijam que haja a restrição da publicização. Nessas situações, costuma-se dizer
que os processos tramitam em segredo de justiça, tendo acesso aos seus termos apenas as partes e seus advogados. 
Veja só como o CPC/2015 disciplinou as exceções: 
Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:
I - em que o exija o interesse público ou social;
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda
de crianças e adolescentes;
III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que aconfidencialidade
estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.
Haverá, então, segredo de justiça nos seguintes casos:
Interesse público ou social
Quando falamos em interesse público ou social, estamos nos referindo a um interesse geral, que envolve todos os
membros da sociedade e que vai além das pessoas individualmente consideradas. Seria o caso de determinada ação
que envolva as finanças de uma importante empresa pública. Se divulgadas, causariam desequilíbrio na economia.
Ações de Direito de Família
Seria prejudicial às partes dar publicidade a ações que discutam casamento, separação de corpos, divórcio,
separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes. Pela natureza da demanda, não é
recomendável que haja amplo acesso aos fatos que geralmente são levados ao processo.
Dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade
São processos que geralmente trazem fatos da vida privada das partes que não podem ser publicados, sob pena de
se ferir o direito constitucional à intimidade. Temos como exemplo um processo cuja autora pleiteia indenização por
danos morais contra seu ex-namorado, que divulgou fotos e vídeos íntimos de ambos. Podemos citar também processos em
que haja quebra de sigilo fiscal.
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Processos que versem sobre arbitragem
Uma das vantagens dos processos que correm no juízo arbitral é justamente o de as partes estabelecerem
a confidencialidade. Assim, mesmo que o processo não envolva nenhuma das situações acima apontadas, poderá ser
estabelecido o segredo de justiça (inclusive em relação ao cumprimento da carta arbitral). 
E quem terá acesso aos autos desses processos? Como vimos, apenas as partes e os procuradores terão essa
permissão, podendo inclusive pedir certidões de seus atos.
No entanto, preste muita atenção: 
Os terceiros que demonstrarem interesse jurídico terão o direito de pedir
→ Certidão do dispositivo da sentença
→ Certidão de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
Confira:
§ 1º O direito de consultaros autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certidões de seus atos
é restrito às partes e aos seus procuradores.
§ 2º O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem
como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
Este é um tópico muito cobrado pela banca VUNESP: 
(VUNESP – PGM de Poá/SP – 2018) A publicidade dos atos processuais tem irrefutável relevância para o Estado
Democrático de Direito, além de configurar garantia fundamental prevista na Constituição Federal. A respeito do tema,
o Código de Processo Civil prevê que os atos processuais são públicos. Todavia, tramitam em segredo de justiça os
processos
a) que versem sobre arbitragem, salvo no caso de cumprimento da carta arbitral.
b) em que o exija o interesse público ou social.
c) que versem sobre arbitragem, desde que a confidencialidade seja estipulada em instrumento público.
d) que versem sobre tributos e fiscalização.
e) que versem sobre filiação, desde que haja pedido das partes.
RESOLUÇÃO: a) INCORRETA. Tramitam em segredo de justiça os processos que versem sobre
arbitragem, INCLUSIVE sobre o cumprimento da carta arbitral.
b) CORRETA. Tramitarão em segredo de justiça os processos em que o exija o interesse público ou social.
c) INCORRETA. A confidencialidade estipulada pelas partes deverá ser comprovada perante o juiz, independentemente
de ter sido estipulada por instrumento público ou privado.
d) INCORRETA. Não temos essa previsão no CPC.
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e) INCORRETA. Haverá segredo de justiça nos processos que versem sobre filiação independentemente de pedido das
partes nesse sentido.
Veja:
Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:
I - em que o exija o interesse público ou social;
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de
crianças e adolescentes;
III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
IV - que versem sobre arbitragem, INCLUSIVE sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade
estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.
Resposta: B
Olha aqui uma questão da VUNESP:
(VUNESP – TJ/SP – 2017 - Adaptada) Sobre a forma dos atos processuais, julgue o item abaixo:
O direito de consultar os autos do processo que tramita em segredo de justiça e de pedir certidões é restrito aos
advogados das partes, pois somente esses possuem capacidade postulatória.
RESOLUÇÃO: Opa! O enunciado da questão excluiu indevidamente as partes do processo que corre em segredo de
justiça:
§ 1º O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certidões de seus atos é restrito
às partes e aos seus procuradores.
Item incorreto!
Uso obrigatório da língua portuguesa 
Sabemos que a língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. Portanto, todos os atos e os
documentos que são utilizados e anexados ao processo devem utilizar a língua portuguesa
.Art. 192. Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa.
E se a parte pretender juntar ao processo, por exemplo, um contrato de transporte marítimo redigido em alemão? 
Só será possível a juntada de documento estrangeiro se ele estiver acompanhado de uma versão traduzida em
língua portuguesa e
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→ tramitada por via diplomática
OU
→ tramitada pela autoridade central
OU
→ firmada por tradutor juramentado
Veja:
Parágrafo único. O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando
acompanhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central,
ou firmada por tradutor juramentado.
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Prática dos Atos Processuais por Escrito (em papel ou
meio virtual)
Por mais que alguns atos processuais sejam realizados de forma oral (como a sustentação oral)[1], haverá a sua
redução a termo: o que foi transmitido e praticado de forma oral fica documento no processo.
Há mais de 10 anos, a edição da LEI Nº 11.419/ 06, que disciplinou informatização do processo judicial, representou um
grande avanço, na medida em que possibilitou que a tramitação dos processos, comunicação de atos, transmissão
de peças, bem como a realização de atos e termos do processo fossem realizados de forma eletrônica, o que
poupou trabalho dos serventuários da justiça, dos advogados, juízes e vários outros sujeitos processuais.
O CPC/2015 não ficou por trás e trouxe algumas regras referentes à prática eletrônica dos atos processuais. É
importante que façamos a leitura dos artigos e, logo em seguida, vamos a algumas observações mais relevantes:
Art. 193. Os atos processuais podem ser total ou parcialmente digitais, de forma a permitir que sejam produzidos,
comunicados, armazenados e validados por meio eletrônico, na forma da lei.
Parágrafo único. O disposto nesta Seção aplica-se, no que for cabível, à prática de atos notariais e de registro.
Art. 194. Os sistemas de automação processual respeitarão a publicidade dos atos, o acesso e a participação das partes
e de seus procuradores, inclusive nas audiências e sessões de julgamento, observadas as garantias da disponibilidade,
independência da plataforma computacional, acessibilidade e interoperabilidade dos sistemas, serviços, dados e
informações que o Poder Judiciário administre no exercício de suas funções.
Art. 195. O registro de ato processual eletrônico deverá ser feito em padrões abertos, que atenderão aos requisitos
de autenticidade, integridade, temporalidade, não repúdio, conservação e, nos casos que tramitem em segredo de
justiça, confidencialidade, observada a infraestrutura de chaves públicas unificada nacionalmente, nos termos da lei.
Art. 196. Compete ao Conselho Nacional de Justiça e, supletivamente, aos tribunais, regulamentar a prática e a
comunicação oficial de atos processuais por meio eletrônico e velar pela compatibilidade dos sistemas, disciplinando a
incorporação progressiva de novos avanços tecnológicos e editando, para esse fim, os atos que forem necessários,
respeitadas as normas fundamentais deste Código.
Art. 197. Os tribunais divulgarão as informações constantes de seu sistema de automação em página própria na rede
mundial de computadores, gozando a divulgação de presunção de veracidade e confiabilidade.
Parágrafo único. Nos casos de problema técnico do sistema e de erro ou omissão do auxiliar da justiça responsável pelo
registro dos andamentos, poderá ser configurada a justa causa prevista no art. 223, caput e § 1º.
(Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente de
declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa.
§ 1o Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário.)
Art. 198. As unidades do Poder Judiciário deverão manter gratuitamente, à disposição dos interessados, equipamentos
necessários à prática de atos processuais e à consulta e ao acesso ao sistema e aos documentos dele constantes.
Parágrafo único. Será admitida a prática de atos por meio não eletrônico no local onde não estiverem disponibilizados
os equipamentos previstos no caput.
Art. 199. As unidades do Poder Judiciário assegurarão às pessoas com deficiência acessibilidade aos seus sítios na rede
mundial de computadores, ao meio eletrônico de prática deatos judiciais, à comunicação eletrônica dos atos
processuais e à assinatura eletrônica.
Vamos às regras em que a leitura vale a pena:
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Os atos processuais podem ser realizados de modo total ou parcialmente eletrônicos (art. 193)
Seria ideal que todos os atos processuais fossem produzidos, comunicados, armazenados e validados por meio
eletrônico. Essa é a intenção das leis que disciplinam a informatização dos processos judiciais. Contudo, sabemos que o
Brasil possui inúmeras realidades distintas: alguns Estados ainda utilizam os autos físicos de forma significativa. 
Por isso, o CPC permitiu a prática de atos processuais eletrônicos em processos físicos, de papel. 
Imagine o caso de uma audiência ser feita de forma eletrônica, com os depoimentos gravados e armazenados em mídia
eletrônica que posteriormente será anexada aos autos físicos.
Os atos processuais eletrônicos devem ser registrados por meio de padrões abertos que atendam,
dentre outros, os requisitos da autenticidade, integridade e confidencialidade;
Autenticidade é um conceito aplicado sobretudo aos documentos: denota a certeza quanto à autoria de um
documento digital;
Integridade significa a não alteração indevida das informações constantes do registro do documento;
A confidencialidade deve ser observada nos processos que tramitem em segredo de justiça, já que o acesso
à informação do processo deve ser limitado tão somente às partes e procuradores.
Caso (1) haja problemas técnicos no sistema ou (2) o auxiliar da justiça não registre eletronicamente o
andamento dos processos = será reconhecida a justa causa para a parte praticar o ato em outra
oportunidade.
REFERÊNCIA:
[1] A sustentação oral é um complemento da defesa: o advogado terá a oportunidade de sustentar as razões do seu
recurso, de complementar a fundamentação que está contida na referida peça, ou as contrarrazões do recurso da parte
adversária, no dia do julgamento perante os tribunais.
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Atos processuais: negociação e “calendarização”
Tradicionalmente, considera-se que as normas processuais possuem natureza de ordem pública e cogente, ou seja,
possuem observância obrigatória e não podem ser alteradas livremente pelas partes. 
No entanto, seguindo uma tendência consolidada ao longo dos anos anteriores o CPC/2015 permitiu que as partes
possam alterar alguns aspectos do procedimento estabelecido em lei, de comum acordo. 
Dito de outra forma, as partes têm o poder de mudar algumas regrinhas e normas do processo. É o que se costuma
denominar de convenções ou negócios jurídicos processuais.
Há dois tipos de negócios processuais: os típicos e os atípicos:
A) Negócios processuais típicos
São aqueles negócios processuais previstos em lei, sendo por ela regulado. Já havia previsão legal no CPC e não
representam propriamente uma novidade. 
Assim, não é necessário que as partes regulem a prática destes atos, já que a própria lei o faz. 
Veja alguns exemplos:
�. Convenção de arbitragem – é negociação pré-processual típica (que ocorre antes de iniciado o processo)
�. Eleição negocial do foro (art. 63 CPC): as partes podem mudar algumas regras de competência do juízo
�. Acordo para suspensão do processo (art. 313, II CPC)
�. Adiamento negociado da audiência (art. 362, I)
�. Escolha consensual do perito (art. 471)
�. Calendarização da prática dos atos processuais (art. 191)
Quanto a essa última forma típica de negócio jurídico processual, devemos fazer alguns comentários, já que se trata de
um assunto que despenca nas provas de todos os concursos públicos. Vamos lá!
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando
for o caso.
§ 1o O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos
excepcionais, devidamente justificados.
§ 2o Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas
tiverem sido designadas no calendário.
O CPC/2015, de forma bastante inovadora, permitiu que as partes e o juiz, de comum acordo, fixem um calendário
para a prática dos atos processuais. Isso mesmo! É como se elas planejassem um agendamento do que irão fazer no
decorrer do processo, de modo a evitar o famoso “tempo-morto” processual.
Em um processo, as partes X e Y e o juiz fixaram o seguinte calendário: a partir da data da celebração do negócio jurídico
processual, que ocorreu em 04/02/2019, as partes terão trinta dias para juntar documentos; em seguida, terão o prazo
comum de dez dias para que cada uma se manifeste sobre os documentos que foram levados ao processo pela parte
contrária; depois, o perito terá cinquenta dias para apresentar seu laudo tendo os assistentes técnicos das partes o prazo
comum de dez dias para a apresentação de seus pareceres. Vinte dias depois do fim do prazo para apresentação dos
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pareceres dos assistentes técnicos, fica agendada uma audiência de instrução e julgamento, ocasião em que o juiz terá 45
dias para sentenciar. 
No entanto, a calendarização dos atos processuais deve observar alguns requisitos:
Deve ser montado DE COMUM ACORDO ENTRE AS PARTES E O JUIZ, os quais ficam vinculados ao que
foi convencionado (só poderá haver mudança em casos excepcionais).
AS PARTES NÃO SERÃO INTIMADAS para a prática dos atos e para comparecerem à audiência, pois elas já
têm conhecimento prévio das datas em que ocorrerão.
A) Negócios processuais atípicos
São aqueles negócios processuais não previstos em lei e que podem ser pactuados pelas partes para atender as suas
necessidades e conveniências em relação ao processo e seu respectivo procedimento, antes ou depois do seu início.
Leia:
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente
capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os
seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste
artigo, recusando-lhes aplicação somente (1) nos casos de nulidade ou de (2) inserção abusiva em contrato de adesão
ou em que alguma parte se encontre em (3) manifesta situação de vulnerabilidade.
É muito provável que a banca cobre isso em sua prova, já que se trata de uma grande novidade apresentada pelo
CPC/2015 que privilegiou a autonomia das partes para que possam escolher o rito que melhor atenda às suas
necessidades. 
São inúmeras as possibilidades de alterações do procedimento. Mas veja uma lista com alguns exemples que vêm
ocorrendo na prática e que já foram objeto de cobrança em provas de concurso:
�. Acordo de produção antecipada de prova
�. Previsão de meios alternativos de comunicação das partes entre si – ou seja, as partes comunicam umas
às outras acerca da juntada de algum documento, não sendo necessário esperar que o juiz a intime.
�. Pacto de exclusão contratual da audiência de conciliação ou de mediação prevista no art. 334
�. Acordo de rateio das despesas com o processo
�. Ampliação de prazos para resposta, recursos e manifestações em geral
�. Redução de prazos para resposta, recurso e manifestações em geral
É plenamente possível que a autora Bárbara e o réu Bruno negociem a redução dos prazos para resposta, recursos e
manifestações em geral com o objetivo de acelerar o julgamento do processo. 
Interessante, não?
A celebração de negócios jurídicos processuais atípicos precisa observar alguns requisitos. Veja

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